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CURSO DE DIREITO
Análise Jurisprudencial
UBÁ/MG
2015
Sergio Medice Sperandio
Liberdade Sindical
Ubá/MG
2015
Resumo
INTEIRO TEOR
TRT-00940-2013-145-03-00-4 RO
RECORRIDOS: OS MESMOS
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
JUÍZO DE MÉRITO
RECURSO DA RECLAMADA
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA
Ao exame.
Por fim, a Súmula 666 do STF, analogicamente aplicável ao caso dos autos
dispõe: "A contribuição confederativa de que trata o artigo 8º, IV, da
Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo".
Nega-se provimento.
Ao exame.
Nego provimento.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Conclui, ainda, a prova pericial, que, embora o autor não permanecesse toda
sua jornada em área de risco, vez que referido Anexo não define tempo de
exposição, tratando-se de situação de risco e considerando-se o potencial
perigo dos inflamáveis gasosos, configurou-se o labor em condições
periculosas, conforme art. 193 da CLT.
Autorizado pelo art. 436 do CPC, o juiz não está adstrito ao laudo pericial,
podendo formar sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos
autos. À míngua de comprovação em contrário por parte da ré, certo é de se
concluir, portanto, que o reclamante executava as tarefas descritas no laudo
pericial, exposto aos riscos ali constatados, situação que enseja o recebimento
de adicional de periculosidade no percentual de 30% sobre o salário base do
reclamante, nos termos da NR-16, Anexo 2, da Portaria 3.214/78 do Ministério
do Trabalho e Emprego.
Nego provimento.
HONORÁRIOS PERICIAIS
Nada a prover.
Nego provimento.
O recorrente alega que, pela análise dos cartões de ponto, constata-se que
usufruiu somente as folgas ajustadas, inexistindo a compensação ou o
pagamento das horas extras. Aduz que as horas extras eventualmente
quitadas não refletem o real direito obreiro e, por isso, entende que faz jus às
diferenças a serem apuradas em liquidação de sentença. Acrescenta que os
recibos salariais demonstram várias irregularidades no pagamento das horas
extras registradas, como, por exemplo, na base de cálculo, não foram
computadas as parcelas salariais conforme determina a Súmula 264 do TST,
citando o adicional noturno, abono por tempo de serviços e prêmio por
produção.
Ao exame.
INTERVALO INTRAJORNADA
Entretanto, não existe prova nos autos que confirme a assertiva do autor e
retire a eficácia dos cartões de ponto (fls. 82/138) que registram o intervalo
intrajornada de 01 (uma) hora.
Saliente-se que nos períodos em que não houve o registro do intervalo nos
cartões de ponto, foi realizada a pré-assinalação do horário, atendendo ao
disposto no artigo 74, parágrafo 2º, da CLT e autorizado pelo instrumento
coletivo (cláusula 5ª do ACT de fls. 322/327).
Nego provimento.
MINUTOS RESIDUAIS
Examino.
Não se desincumbindo o autor do ônus que lhe competia, não há que se falar
em reforma da sentença para deferimento de minutos residuais.
Nada a prover.
DESCONTO SUPERMERCADO
Ao exame.
Nada a prover.
FERIADOS EM DOBRO
A reclamada, contudo, aduz que é autorizada por lei a operar em dias feriados
e que, conforme acordo coletivo, ao final de cada ano, os colaboradores da
reclamada que laboram nos turnos A, B e C usufruem de uma semana de folga
(de 14h do dia 24/12 às 14h do dia 01/01 do ano seguinte), para fins de
compensação do trabalho eventualmente prestado nos feriados civis/religiosos.
Ressalta que o pagamento dos feriados trabalhados sem compensação foi feito
no mês de dezembro de cada ano.
Cabe ressaltar que não houve impugnação específica dos cartões de ponto
trazidos aos autos com relação aos feriados laborados e que o reclamante
limitou-se a afirmar que no ano de 2011 laborou nos feriados de 02/11 e 15/11
e no período de 24/12 a 01/01/2012 (fls. 362). Todavia, do cotejo dos cartões
de ponto verifica-se, à fl. 126, que em 2011 o reclamante usufruiu da semana
compensatória de feriados laborados (24/12/2011 a 01/01/2012).
Nego provimento.
CONCLUSÃO
AMAR/mf