Vous êtes sur la page 1sur 9

MARIA NO MISTÉRIO DE CRISTO E DA IGREJA

1. A mariologia da Lumen gentium

O objeto desta última meditação de Advento é o capítulo VIII da


Lumen Gentium, intitulado "A Bem-Aventurada Virgem Maria, no
mistério de Cristo e da Igreja". Ouçamos de novo o que o Concílio
fala a este respeito:

"A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda


a eternidade simultaneamente com a encarnação do Verbo, por
disposição da divina Providência foi na terra a nobre Mãe do
divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava
humilde do Senhor. Concebendo, gerando e alimentando a Cristo,
apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando
agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé,
esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para
restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa
mãe na ordem da graça[1]".

Junto com o título Mãe de Deus e dos crentes, a outra categoria


fundamental que o Concílio usa para ilustrar o papel de Maria, é a
de modelo, ou de figura:
“Pelo dom e missão da maternidade divina, que a une a seu Filho
Redentor, e pelas suas singulares graças e funções, está também a
Virgem intimamente ligada, à Igreja: a Mãe de Deus é o tipo e a
figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união
com Cristo, como já ensinava S. Ambrósio[2]".

A maior novidade do tratado conciliar sobre Nossa Senhora


consiste, como se sabe, justamente no lugar em que foi colocado,
ou seja, na constituição sobre a Igreja. Com isso o Concílio – não
sem sofrimentos e lágrimas – operava uma profunda renovação da
mariologia, em comparação com os últimos séculos[3].

O discurso sobre Maria não é independente, como se ela ocupasse


um lugar intermédio entre Cristo e a Igreja, mas recolocado, como
tinha sido na época dos Padres, no âmbito da Igreja. Maria é vista,
como dizia Santo Agostinho, como o membro mais excelente da
Igreja, mas um membro dela, não fora, ou acima dela:

"Santa é Maria, bem-aventurada é Maria, porém, mais


importante que a Virgem Maria é a Igreja. Por quê?
Porque Maria é uma parte da Igreja, um membro santo,
excelente, superior a todos os demais, contudo, é um membro de
todo o corpo. Se é um membro de todo o corpo, sem dúvida, mais
importante que um membro é o corpo[4]”.

As duas realidades iluminam-se mutuamente. Se, de fato, o


discurso sobre a Igreja ilumina o que é Maria, o discurso sobre
Maria ilumina o que é a Igreja, ou seja, “corpo de Cristo” e, como
tal, “quase que uma extensão da encarnação do Verbo”. São João
Paulo II destaca isso na sua encíclica Redemptoris Mater:

“Apresentando Maria no mistério de Cristo, o Concílio


Vaticano II encontra também o caminho para aprofundar
o conhecimento do mistério da Igreja[5]”.

Outra novidade da mariologia do Concílio é a insistência na fé de


Maria[6], um tema também retomado e desenvolvido por João
Paulo II que o faz tema central da sua encíclica mariana
"Redemptoris Mater[7]". É um retorno à mariologia dos Padres que,
mais do que sobre os privilégios da Virgem, apela à sua fé, como
contribuição pessoal de Maria no mistério da salvação. Também
aqui se nota a influência de Santo Agostinho:
"Ora, até a própria bem-aventurada Virgem Maria, ao crer,
concebeu a quem deu à luz crendo...Depois que o anjo falou, ela,
cheia de fé (fide plena), concebendo a Cristo antes no coração que
no ventre, respondeu: Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim
segundo a vossa palavra[8]”.

2. Maria Mãe dos crentes em perspectiva ecumênica

O que eu gostaria de fazer é iluminar o caráter ecumênico dessa


mariologia do Concílio, ou seja, como ela possa contribuir – e mais
ainda, já está contribuindo – para aproximar católicos e protestantes
neste terreno delicado e controverso que é a devoção à Virgem.

Esclareço, em primeiro lugar, o princípio que está na base das


reflexões a seguir. Se Maria se coloca fundamentalmente ao lado
da Igreja, a consequência disso é que as categorias e as
afirmações bíblicas usadas para lançar-lhe luz são aquelas
relacionadas às pessoas humanas que constituem a Igreja,
aplicadas a ela “a fortiori”, em vez daquelas relacionadas às
pessoas divinas, aplicadas a ela “por redução”.

Para entender, por exemplo, da forma mais correta, o delicado


conceito da mediação de Maria na obra da salvação, é mais útil
começar pela mediação criatural, ou de baixo, como é aquela de
Abraão, dos apóstolos, dos sacramentos e da própria Igreja, e não
da mediação divino-humana de Cristo. A maior distância, de fato,
não é a que existe entre Maria e o resto da Igreja, mas é aquela que
existe entre Maria e a Igreja, de um lado, e Cristo e a Trindade do
outro, ou seja, entre as criaturas e o Criador.

Agora, tiremos de tudo isso a conclusão. Se Abraão, pelo que fez,


mereceu na Bíblia o nome de “pai de todos nós”, ou seja, de todos
os crentes (cf. Rm 4, 16; Lc 16, 24), entendemos melhor,
assim, como a Igreja não hesita em chamar Maria “Mãe de
todos nós”, mãe de todos os (verdadeiros)crentes.

Dessa comparação entre Abraão e Maria podemos derivar uma luz


ainda maior, que afeta não só o simples título, mas também o seu
conteúdo e significado. Mãe dos crentes é um simples título de
honra, ou algo a mais? Aqui se prefigura a possibilidade de um
discurso ecumênico sobre Maria. Calvino interpreta o texto onde
Deus diz à Abraão: “Em ti serão abençoadas todas as famílias da
terra” (Gn 12, 3), no sentido de que "Abraão será não só exemplo e
patrono, mas causa de benção[9]”. Um conhecido exegeta
protestante moderno escreve, no mesmo sentido:

"Nós nos perguntamos se as palavras de Gênesis 12, 3 ["Em ti serão


abençoadas todas as famílias da terra "] pretendem afirmar
somente que Abraão se tornará uma espécie de fórmula para
abençoar, e que a benção que ele gozava passará em provérbio [...].
Deve-se retornar à interpretação tradicional que vê aquela
palavra de Deus “como uma ordem dada à história” (B. Jacob). Foi
reservado à Abraão, no plano salvífico de Deus, o papel de
mediador da benção para todas as gerações da terra[10]”.

Tudo isso nos ajuda a entender o que a tradição, a partir de Santo


Irineu, diz de Maria: que ela não é só um exemplo de benção e de
salvação, mas, de uma forma que depende unicamente da graça e
da vontade de Deus, também causa de salvação. “Como Eva,
escreve Santo Irineu, desobedecendo, tornou-se causa de morte
para si e para todo o gênero humano, assim Maria..., obedecendo,
tornou-se causa de salvação para si e para todo o gênero
humano[11]”.

As palavras de Maria: “Todas as gerações me chamarão de


bem-aventurada” (Lc 1, 48) devem ser consideradas, também,
"uma ordem dada por Deus para a história".

É um fato encorajador verificar que os mesmos iniciadores da


Reforma reconheceram à Maria o título e a prerrogativa de Mãe,
também no sentido de Mãe nossa e mãe da salvação.

Em uma pregação para a Missa de Natal, Lutero


dizia:
“Este é o consolo e a transbordante bondade de Deus: que
o homem, em quanto crente, possa gloriar-se de um bem
tão precioso, que Maria seja a sua verdadeira mãe, Cristo
o seu irmão, Deus o seu Pai... Se acredita nisso, então, sente-te
verdadeiramente no ventre da virgem Maria e seja o seu filho
querido[12]”.

Zwingli, em um sermão de 1524, chama Maria "a pura Virgem


Maria, mãe da nossa salvação” e diz que nunca, a seu
respeito, “pensou e nem sequer ensinou ou afirmou em público algo
de ímpio, desonroso, indigno ou ruim[13]”.
Como, então, chegamos à situação atual de tanto desconforto dos
irmãos protestantes com relação à Maria, a ponto de que em alguns
ambientes tornou-se quase que um dever diminuir Maria, atacar
continuamente neste ponto os católicos e, de qualquer forma,
encobrir tudo o que a própria escritura fala dela?

Este não é o lugar para fazer uma revisão histórica; somente quero
dizer qual me parece ser o caminho correto para sair desta triste
situação sobre Maria. Tal caminho passa por um sincero
reconhecimento, de nós católicos, do fato que, muitas vezes,
especialmente nos últimos séculos, contribuímos para fazer Maria
inaceitável para os irmãos protestantes, honrando-a de forma, às
vezes, exagerada e imprudente e, especialmente, não colocando tal
devoção dentro de um quadro bíblico bem claro que mostrasse o
papel subordinado com relação à Palavra de Deus, ao Espírito
Santo e ao próprio Jesus.
A mariologia nos últimos séculos tornou-se uma fábrica
contínua de novos títulos, novas devoções, muitas vezes
polêmicas com os protestantes, usando, às vezes, Maria – a
Mãe comum! – como uma arma contra eles.

A esta tendência o Concílio Vaticano II reagiu oportunamente. Ele


recomendou que os fieis “tanto nas palavras como nos fatos evitem
diligentemente tudo o que possa induzir ao erro os irmãos
separados ou qualquer outra pessoa, sobre a verdadeira doutrina
da Igreja”, e recordou aos próprios fieis que “a verdadeira devoção
não consiste nem em uma estéril e passageiro sentimentalismo,
nem em uma certa e vã crença[14]”.

Do lado protestante, acredito que exista a necessidade de tomar


nota da influência negativa que houve, na atitude deles sobre Maria,
não só a polêmica anticatólica, mas também o racionalismo. Maria
não é uma ideia, mas é uma pessoa concreta, uma mulher, e como
tal, não se presta para ser facilmente teorizada ou reduzida a
princípio abstrato. Ela é o próprio ícone da simplicidade de Deus.
Por isso não podia, em um clima dominado por um exasperado
racionalismo, não ser eliminada do horizonte teológico.

Uma mulher luterana, morta há alguns anos, Madre Basilea


Schlink, fundou uma comunidade de religiosas dentro da Igreja
luterana, chamadas “As irmãs de Maria”, agora difundidas em
vários países do mundo. Em um livreto seu, que eu mesmo
organizei a edição italiana, depois de ter recordado vários textos de
Lutero sobre Maria, escreve:

"Ao ler as palavras de Lutero que até o fim da sua vida honrou
Maria, santificou as suas festas e cantou todos os dias o
Magnificat, sente-se o quanto se distanciou, no geral, da correta
atitude sobre ele... Vemos o quanto nós, evangélicos, nos
deixamos submergir pelo racionalismo... O racionalismo
que admite só o que se pode compreender com a razão,
difundindo-se, jogou fora das Igrejas evangélicas as
festas de Maria e tudo o que se refere à ela, e fez perder o
sentido de toda referência bíblica a Maria: e desta
herança sofremos ainda hoje. Se Lutero, com esta frase:
‘Depois de Cristo ela é, em todo o cristianismo, a joia
preciosa, jamais louvada o suficiente’, nos inculca este
elogio, eu, de minha parte, devo confessar de estar entre aqueles
que, durante longos anos da própria vida, não o fizeram,
contornando até o que diz a Escritura: "De agora em diante todas
as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1, 48). Eu não
tinha me colocado entre estas gerações[15]”.
Todas estas premissas nos permitem cultivar no coração a
esperança de que, um dia, não distante, católicos e protestantes
possamos não estar mais divididos, mas unidos por Maria, em uma
comum veneração, diferente nas formas, mas unânimes no
reconhecer nela a Mãe de Deus e a Mãe dos crentes. Eu tive a
alegria de constatar pessoalmente alguns sinais desta
mudança em ato. Em mais de uma ocasião, pude falar de Maria
a um auditório protestante, notando entre os presentes não só
a acolhida, mas, pelo menos em um caso, uma verdadeira
emoção, como a redescoberta de algo caro e uma purificação
da memória.

4. Maria, mãe e filha da misericórdia de Deus

Deixemos agora de lado o discurso ecumênico e tentemos ver se


também este ano da misericórdia não nos ajuda a descobrir algo
novo da Mãe de Deus. Maria é invocada na antiguíssima oração da
Salve Regina, como “Mater misericordiae”, Mãe da misericórdia; na
mesma oração lhe é dirigida a invocação: “illos tuos misericordes
oculos ad nos converte”; Volte a nós aqueles seus olhos
misericordiosos”. Na missa de abertura do ano jubilar na Praça de
São Pedro, do passado 8 de dezembro, ao lado do altar estava
exposto um antigo ícone da Mãe de Deus, venerada em um
santuário pelos grego-católicos de Jaroslav, na Polônia, conhecida
como a “Porta da misericórdia”.

Maria é mãe de misericórdia em um duplo sentido. Foi a porta


através da qual a misericórdia de Deus, com Jesus, entrou no
mundo, e agora é a porta por meio da qual nós entramos na
misericórdia de Deus, nos apresentamos diante do “trono da
misericórdia” que é a Trindade. Tudo isso é verdade, mas é só um
aspecto da relação entre Maria e a misericórdia de Deus. Ela, de
fato, não é só canal e mediadora da misericórdia de Deus; é
também o objeto e a primeira destinatária. Não é só aquela que nos
obtém misericórdia, mas também aquela que obteve, primeiramente
e mais do que todos, misericórdia.

Misericórdia é sinônimo de graça. Só na Trindade o amor é


natureza e não é graça; é amor, mas não misericórdia. Que o Pai
ame o Filho, não é graça ou concessão; é, em certo sentido,
necessidade; o Pai tem necessidade de amar para existir como Pai.
Que o Filho ame o Pai, não é concessão ou graça; é necessidade
intrínseca, embora se perfeitamente livre; ele precisa ser amado e
amar para ser Filho. É quando Deus cria o mundo e, nele, as
criaturas livres que o seu amor se torna gratuito e imerecido, ou
seja, graça e misericórdia. Isso antes ainda do pecado. O pecado
fará somente que a misericórdia de Deus, de dom, se torne perdão.

O título "cheia de graça" é, portanto, sinônimo de "cheia


de misericórdia". Maria mesma proclama isso no
Magnificat: "Olhou, diz, a humildade da sua serva”,
“recordou-se da sua misericórdia”; “a sua misericórdia se
estende de geração em geração”. Maria se sente
beneficiária da misericórdia, testemunha privilegiada
dela. Nela a misericórdia de Deus não se materializou
como perdão dos pecados, mas como preservação do
pecado.

Deus fez com ela, dizia Santa Teresa do Menino Jesus, o que faria
um bom médico em tempos de epidemia. Ele vai de casa em casa
para curar aqueles que contraíram a infecção; mas se existe um
pessoa que ele gosta especialmente, como a esposa ou a mãe,
tentará, se possível, que nem sequer seja contagiada. E assim fez
Deus, preservando Maria do pecado original pelos méritos da
paixão do Filho.
Falando da humanidade de Jesus, Santo Agostinho diz:
"Com base no que, a humanidade de Jesus mereceu ser assumida
pelo Verbo eterno do Pai na unidade da sua pessoa? Qual foi a sua
boa obra que precedeu isso? O que tinha feito antes desse momento,
no que tinha acreditado, ou pedido, para ser elevada a tal inefável
dignidade?”. E acrescentava em outro lugar: “Procure o mérito,
procure a justiça, reflita e veja se encontra outra coisa além de
graça[16]”.

Estas palavras lançam uma luz singular também sobre a pessoa de


Maria. Dela deve-se dizer, com mais razão: o que fez Maria, para
merecer o privilégio de dar ao Verbo a sua humanidade? O que
tinha acreditado, pedido, esperado ou sofrido, para vir ao mundo
santa e imaculada? Procure também aqui, o mérito, procure a
justiça, procure tudo o que quiser, e veja se encontra nela, no início,
algo além de graça, ou seja, misericórdia!

Também São Paulo não vai parar, durante toda a vida, de


confessar-se como um fruto e um troféu da misericórdia de Deus.
Define-se como “alguém que alcançou misericórdia do Senhor” (1
Cor 7, 25). Não se limita a formular a doutrina da misericórdia, mas
torna-se testemunha viva dela:

“Eu era um blasfemo, um perseguidor e um violento. Mas


alcancei misericórdia” (1 Tm 1, 12).

Maria e o Apóstolo nos ensinam que o melhor modo de pregar a


misericórdia é dar testemunho da misericórdia que Deus teve
conosco. Sentir-nos, também nós, frutos da misericórdia de Deus
em Cristo Jesus, vivos só por causa dela. (Sentir, não
necessariamente dizer).
Um dia Jesus curou um pobrezinho possuído por um
espírito imundo. Ele quis segui-Lo e unir-se ao grupo dos
discípulos; Jesus não o permitiu, mas lhe disse: “Volte
para a sua casa, para os seus, anuncie-lhes o que o
Senhor te fez e a misericórdia que teve contigo” (Mc 5,19
s.).

Maria, que no Magnificat glorifica e agradece a Deus por sua


misericórdia com ela, nos convida a fazer o mesmo neste ano da
misericórdia. Nos convida a fazer ressoar todos os dias na Igreja o
seu cântico, como o coro que repete um canto atrás da coryphaea.
Permitam-me, portanto, convidá-los a proclamar juntos, de pé,
como oração final, em vez da antífona mariana, o cântico à
misericórdia de Deus que é o Magnificat. “A minha alma engrandece
ao Senhor...”

Santo Padre, Veneráveis Padres, irmãos e irmãs: Feliz Natal e Feliz


Ano da misericórdia!

(Tradução Thácio Siqueira, ZENIT)

REFERÊNCIAS:

[1] LG, 61
[2] LG, 63
[3] Sulle vicende dello schema mariologico nelle discussioni
conciliari, cf. la citata Storia del Concilio Vaticano II, a cura di G.
Alberigo, II, pp. 520-522; III, pp. 446-449; IV, pp.74 ss.
[4] Santo Agostinho, Discorso 72,7 (Miscellanea Agostiniana, I,
Roma 1930, p.163).
[5] São João Paulo II, Enc. “Redemptoris Mater”, 5.
[6] Cf. LG, 58.
[7] RM, 5: “Nestas reflexões refiro-me, principalmente àquela
“peregrinação da fé”, na qual a ‘Beata Virgem avançou’,
conservando fielmente a sua união com Cristo”.
[8] Santo Agostinho, Discorsi, 215, 4 (PL, 38, 1074).
[9] Calvino, Le livre de la Genèse, I, Ginevra 1961, p. 195.
[10] G. von Rad, Das erste Buch Moses, Genesis, Göttingen9 1972
(trd.Ital. Genesi, Brescia 1978, p. 204).
[11] S. Ireneo, Adv. Haer. III, 22,4.
[12] Lutero, Kirchenpostille (ed. Weimar, 10,1, p. 73).
[13] H. Zwingli, Predigt von der reinen Gottgebärerin Maria (in
Zwingli,Hauptschriften, der Prediger, I, Zurigo 1940, p. 159).
[14] LG, 67.
[15] Mutter Basilea Schlink, Maria, der Weg der Mutter des Herrn,
Darmstadt 19824 (ed. Ital. Milano, Ancora, 1983, pp.102-103).
[16] Santo Agostinho, La predestinazione dei santi, 15,30 (PL
44,981); Discorsi 185,3 (PL 38,999).

Vous aimerez peut-être aussi