Vous êtes sur la page 1sur 13

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA


DEPARTAMENTO DE DIREITO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA GERAL

CONCEITOS DE SOCIOLOGIA E SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA

TERESINA
2010
Jefferson Torquato

Kaynan Miranda

Rhavena Dias

Samantha Ramos

CONCEITOS DE SOCIOLOGIA E SOCIOLOGIA COMO


CIÊNCIA

Pesquisa apresentada à Disciplina Sociologia Geral,


do Curso de Direito da Universidade Estadual do
Piauí, como requisito parcial para obtenção de nota.
Orientador: Professor Gabriele Sapio.

TERESINA
2010

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
CONCEITOS DE SOCIOLOGIA...................................................................................8
SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA...................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................11
REFERÊNCIAS...........................................................................................................12
5

INTRODUÇÃO

Disciplina que se distingue das demais ciências sociais pela abrangência de


seu objeto, a sociologia busca conhecer, mediante métodos científicos, a totalidade
da realidade social como tal, sem proposta de transformação.
Sociologia é a ciência que estuda a natureza, causas e efeitos das relações
que se estabelecem entre os indivíduos organizados em sociedade. Assim, o objeto
da sociologia são as relações sociais, as transformações por que passam essas
relações, como também as estruturas, instituições e costumes que têm origem
nelas. A abordagem sociológica das relações entre os indivíduos distingue-se da
abordagem biológica, psicológica, econômica e política dessas relações. Seu
interesse focaliza-se no todo das interações sociais e não em apenas um de seus
aspectos, cada um dos quais constitui o domínio de uma ciência social específica.
As preocupações de ordem normativa são estranhas à sociologia e não lhe cabe a
aplicação de soluções para problemas sociais ou a responsabilidade pelas reformas,
planejamento ou adoção de medidas que visem à transformação das condições
sociais.
Vários obstáculos impediram a constituição da sociologia como ciência, desde
que ela surgiu, no século XIX. Entre os mais importantes citam-se a inexistência de
terminologia clara e precisa; a tendência a subjetivar os fatos sociais; a
multiplicidade de temas de seu interesse e aplicação; as afinidades partilhadas com
outras ciências sociais; a dificuldade de experimentação, já que os elementos com
que lida são seres humanos; e a proliferação de métodos, técnicas e escolas que
tentaram elaborar uma teoria sociológica unificada como instrumento adequado de
análise, descrição e interpretação dos fenômenos sociais.
A sociologia surgiu em um contexto que coincide com os derradeiros
momentos de desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização
capitalista. Sendo a sua criação resultado da elaboração de um conjunto de
pensadores que se empenharam em compreender as novas situações de existência
que estavam em curso. De acordo com Carlos Martins, a palavra sociologia surge
por volta de 1830, como consequência da revolução francesa e industrial, que a
precipitaram e tornaram possível a sociologia.
Para ser mais exato, foi com Augusto Comte em 1839, no seu Curso de
Filosofia Positiva, que pela primeira vez usou-se a palavra sociologia. Embora, ele
6

seja tradicionalmente considerado o pai da sociologia, foi com Emile Durkhein que a
sociologia passou a ser considerada uma ciência e como tal se desenvolveu.
Segundo Pérsio Oliveira, Durkein formulou as primeiras orientações para a
Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que os
distinguem dos que são estudados pelas outras ciências. Para Durkein, a Sociologia
é o estudo dos fatos.
Alguns autores acrescentam que, atualmente, pode-se dizer que existem
duas grandes escolas do pensamento sociológico:
• Escola funcionalista:
Contém forte influência de Durkheim, entende-se que a sociedade se
assemelha a um organismo humano-biológico (se uma das partes do corpo não está
bem, o todo também não estará), ou seja, todos os participantes de uma sociedade
devem agir do mesmo modo, as normas devem ser compartilhadas por todos,
sofrendo sanções os que não agirem como se deve.
• Escola do conflito:
Olha para a sociedade, levando em conta as suas contradições. Para seus
pensadores o “organismo” não adoece, apenas possuem problemas em suas partes
(órgão) uma vez que entende que o conflito, o choque normativo, é o que move os
grupos de uma dada sociedade historicamente constituída. A escola do conflito
ainda afirma que todas as sociedades conhecidas são estratificadas, daí o conceito
de mudança social permanente estar presente como um fato, entende-se que tanto
a desigualdade social, como o idioma, são dados estruturais das sociedades.
Entretanto, a reflexão sobre os fenômenos sociais não começou com a
Sociologia, no século XIX. Antes que Auguste Comte inventasse, na primeira
metade daquele século, a palavra sociologia para denominar a nova ciência e
proclamasse a necessidade, a conveniência e a possibilidade de aplicação dos
princípios da ciência ao conhecimento da sociedade, os filósofos já se ocupavam da
explicação dos fenômenos sociais.
A reflexão filosófica a respeito da sociedade difere da sociologia tanto nos
resultados quanto, principalmente na maneira de alcançá-los. Para alguns autores,
afirmar que a sociologia é uma ciência significa, antes de mais nada, dizer que ela é
diferente da filosofia social. E que, além disso, diferente da filosofia, a sociologia não
possui juízos de valor.
7

Assim, pode-se dizer que a sociologia como ciência em geral, é moralmente


neutra. Mas, ela possui um sentido moral, assim como as outras ciências. O sentido
moral da atividade cientifica está no seu compromisso com a verdade, ao menos
com a verdade que a nossa capacidade de observação e entendimento permite
alcançar.
De acordo com as classificações geralmente aceitas, somam-se, ainda, às
correntes principais da sociologia:
• Organicismo positivista:
Primeira construção teórica importante surgida na sociologia, nasceu da hábil
síntese que Comte fez do organicismo e do positivismo, duas tradições intelectuais
contraditórias.
O organicismo representa uma tendência do pensamento que constrói sua
visão do mundo sobre um modelo orgânico e tem origem na filosofia idealista. O
positivismo, que fundamenta a interpretação do mundo exclusivamente na
experiência, adota como ponto de partida a ciência natural e tenta aplicar seus
métodos no exame dos fenômenos sociais. Assim, os primeiros conceitos da nova
disciplina foram elaborados de acordo com analogias orgânicas, três das quais são
fundamentais para a compreensão dessa corrente sociológica: (1) o conceito
teleológico da natureza, que implica uma postura fatalista, já que as metas a serem
alcançadas estão predeterminadas, o que impede qualquer tentativa de alterá-las;
(2) a idéia segundo a qual a natureza, a sociedade e todos os demais conjuntos
existentes perdem vida ao serem analisados e por isso não se deve intervir em tais
conjuntos. Essa noção leva, em conseqüência, à adoção de uma atitude de laissez-
faire; e (3) a crença de que a relação existente entre as diversas partes que
compõem a sociedade é semelhante à relação que guardam entre si os órgãos de
um organismo vivo.
• Formalismo:
Corrente teórica do pensamento sociológico, que definiu a sociologia como o
estudo das formas sociais, independente de seu conteúdo, legou à sociologia um
detalhado estudo sobre os acontecimentos e as relações sociais. Para o formalismo,
as comparações devem ser feitas entre as relações que caracterizam qualquer
sociedade ou instituição, como, por exemplo, as relações entre marido e mulher ou
entre patrão e empregado, e não entre sociedades globais, ou entre instituições de
diferentes sociedades. O interesse pela comparação entre relações permitiu à
8

sociologia alcançar um nível mais amplo de generalização e conferiu maior


importância ao indivíduo do que às sociedades globais. Essa segunda característica
abriu caminho para o surgimento da psicologia social.
• Behaviorismo social:
Surgida entre 1890 e 1910, o behaviorismo social se dividiu em três grandes
ramos -- behaviorismo pluralista, interacionismo simbólico e teoria da ação social -- e
legou à sociologia preciosas contribuições metodológicas. O behaviorismo pluralista,
formado a partir da escola de imitação-sugestão representada pelo francês Gabriel
Tarde, centralizou-se na análise dos fenômenos de massas e atribuiu grande
importância ao conceito de imitação para explicar os processos e interações sociais,
entendidos como repetição mecânica de atos.
Os americanos Charles Horton Cooley, George Herbert Mead e Charles
Wright Mills são alguns dos teóricos do interacionismo simbólico que, ao contrário do
movimento anterior, centralizou-se no estudo do eu e da personalidade, assim como
nas noções de atitude e significado para explicar os processos sociais.
O alemão Max Weber foi o expoente máximo do terceiro movimento do
behaviorismo, a teoria da ação social. Com seu original método de "construção de
tipos sociais", instrumento de análise para estudo de situações e acontecimentos
históricos concretos, exerceu poderosa influência sobre numerosos sociólogos
posteriores.
9

CONCEITOS DE SOCIOLOGIA

Para Martins, a sociologia é o resultado de uma tentativa de compreensão de


situações sociais radicalmente novas, criadas pela então nascente sociedade
capitalista. Segundo o autor, a trajetória desta ciência tem sido uma constante
tentativa de dialogar com a civilização capitalista, em suas diferentes fases.
A sociologia estuda as relações sociais e as formas de associação,
considerando as integrações que ocorrem na vida em sociedade. A sociologia
abrange, o estudo dos grupos sociais; a divisão da sociedade em camadas; a
mobilização social; os processos de cooperação, competição e conflito na
sociedade; etc. De modo geral, a Sociologia estuda os fenômenos sociais,
compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas
culturas.
Outros autores acrescentam que, a sociologia estuda os valores e as normas
que existem de fato na sociedade e tenta identificar e classificar as relações entre
esses componentes da sociedade e outras manifestações da vida social, sem, no
entanto, julgar a sociedade nem os homens e os seus atos. Não cabe à Sociologia
dizer como a sociedade deve ser, mas constatar e explicar como ela é.
Segundo Tuner, a sociologia é o estudo do comportamento social das
interações e organizações humanas. Tendo como objetivo tornar as compreensões,
sobre o comportamento e as experiências interpessoais presentes no cotidiano da
sociedade, mais sistemáticas e precisas, à medida que suas percepções vão além
das experiências pessoais.
Além disso, o autor acrescenta que a sociologia estuda todos os símbolos
culturais que os seres humanos criam e usam para interagir e organizar a
sociedade; ela explora todas as estruturas sociais que ditam a vida social, examina
todos os processos sociais, tais como desvio, crime, divergência, conflitos,
migrações e movimentos sociais, que fluem através da ordem estabelecida
socialmente; e busca entender as transformações que esses processos provocam
na cultura e estrutura social.
10

SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA

Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais


válidos para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades
dos fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e,
consequentemente, da abordagem científica da sociedade.
Entretanto, se levarmos em consideração que a ciência se expressa como um
sistema de conceitos, proposições e teorias que se encontram interligados e
logicamente articulados, podemos caracterizar a sociologia como ciência. Além
disso, toda ciência, qualquer que seja o seu grau de desenvolvimento, possui áreas
polêmicas e questões abertas, que é uma conseqüência inevitável da dinâmica
própria do conhecimento científico, perseguindo sempre o ideal de um corpo de
ideias logicamente harmonizadas entre si. E é esse o mesmo ideal da Sociologia.
A sociologia pretende explicar o que acontece na sociedade, enquadrando-se
no ramo das ciências sociais. Como um tipo de conhecimento garantido pela
observação sistemática dos fatos, a Sociologia, contudo, pode-se transformar, como
tem ocorrido, em instrumento de intervenção social, como, por exemplo, através do
planejamento social. Esse planejamento não é, entretanto, a aplicação apenas da
Sociologia à intervenção na sociedade, mas, de modo conjugado, das demais
ciências sociais.
A ciência, de um modo geral, baseia as suas generalizações na observação
sistemática, planejada e, quando possível, em condições laboratoriais, dos fatos. No
método, por conseguinte, está a característica mais importante da ciência. Desse
modo, a sociologia se distingue das formas não científicas de explicação da
sociedade pelos meios como são alcançadas as suas generalizações. Em outras
palavras, a sociologia é, como toda ciência, predominantemente indutiva, isto é,
parte da observação sistemática de casos particulares para daí chegar à formulação
de generalizações sobre a vida social.
A transitoriedade é outra característica do conhecimento científico. Um
sistema filosófico pode se manter inalterado durante séculos, o que não acontecerá
com as ciências. A ciência da Sociologia depende das observações dos fatos que
são transitórios diante da história da humanidade; também podem mudar os
conceitos durante a melhora dos métodos de observação. A ciência não é cristaliza.
11

Ela é, sobretudo, um processo de pesquisa contínua e de ininterrupta reformulação


de teorias.
Todavia, a Sociologia não estuda todos os fatos da sociedade; estuda
aqueles que apresentam alguma regularidade no seu modo de ser, isto é,
generalizações padronizadas na vida social. Uma generalização somente pode ser
considerada cientificamente quando é universalmente válida.
Contudo, a sociologia como ciência também se caracteriza por tem um duplo
valor: pode aumentar o conhecimento que o ser humano tem de si mesmo e da sua
sociedade, e pode contribuir para a solução de problemas que ele enfrenta.
Não se esquecendo que a sociologia é importante, pois fornece instrumentos
para entender as forças externas que regulam os pensamentos, percepções e ações
da sociedade.
12

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o termino desta analise sobre os conceitos, origens e como a


sociologia atua no âmbito da ciência se pode verificar a sua grande importância para
as sociedades existentes, desde sua criação até os dias atuais.
Pode-se dizer que como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a
Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O
conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos,
constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas
redes ou relações sociais, é também um meio possível de aperfeiçoamento do
conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreenderem
mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade
como um todo.
Se antigamente atribuía-se a origem de certos males sociais a entidades
espirituais, hoje, pela mão da sociologia, tem-se o conhecimento de que os fatos
sociais se explicam pelos próprios fatos sociais, isso porque a sociologia nasce da
própria sociedade, ou seja, as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio
objeto de estudo. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num
segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si
mesma com objeto de indagação crítica, com exemplo disso se tem: o amor, que
leva ao namoro e posteriormente pode-se ocorrer o casamento; a saúde e a doença;
o crime e o castigo; o trabalho e o lazer.
Pode-se dizer também que de certa forma, hoje, o grande desafio da
Sociologia, além da objetividade cientifica em seus estudos, é o de contribuir para
reinventarmos a civilização através da observação, de estudos e pesquisas sobre as
sociedades, fazendo-nos entender a causa das desigualdades existentes
atualmente e buscando meios de se resolver esse problema.
13

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMARGO, Orson. Sociologia, o que é? Disponível em


<http://www.brasilescola.com/sociologia/sociologia2.htm>. Acessado em 05/10/2010.

MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. 38 ed. São Paulo: Brasiliense,


1994. (Coleção primeiros passos)

Nova Enciclopédia Barsa. São Paulo: Barsa Consultoria Editorial Ltda, 2001.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. 24 ed. São Paulo: Ática,
2002.

SOUSA, Alfredo Marcos Ribeiro. O que é Sociologia? Disponível em


<http://www.viasantos.com/pense/arquivo/0020.html>. Acessado em 05/10/2010.

TURNER, Jonathan H. Sociologia – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Markron


Books, 2000.

Vous aimerez peut-être aussi