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Com a aplicação gradativa dessa carga serão mobilizados dois tipos de tensões
resistentes: (1) resistência lateral ou adesão e (2) tensões de resistência normais a
ponta ou base.
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Eng.° Luiz Felipe Goulart Fiscina
Mestrando em Geotecnia – UNICAMP
E-mail: luizfiscina@gmail.com
Com base na literatura, a evolução do fenômeno de mobilização da resistência em
estacas se dá primeiramente pela mobilização do atrito lateral até a sua capacidade
máxima, para que em seguida a sua resistência de ponta comece a ser mobilizada.
Transferência de carga em estaca esbelta (Veloso e Lopes, 2012)
Já para a parcela de atrito lateral (RL), que é representada pelo perímetro do fuste
(U) e pela somatória das forças resistentes por atrito lateral nos diversos segmentos
do elemento de fundação, tem-se:
RL = U x Σ (rL x ΔL)
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e esbelta cravada em argila mole, em que toda a resistência se dá por atrito lateral. Por
outro lado, pode-se ter casos com a predominância da resistência de ponta, como
ocorre geralmente em estacas cravadas mais robustas e com estacas Franki. No
extremo, tem-se as estacas de ponta, as quais normalmente são embutidas em rocha,
em que seu comportamento é exclusivamente de ponta (estacas metálicas e estacas do
tipo raiz).
Considerações acerca do valor de capacidade de carga de um elemento de
fundação em função do tempo:
Solos saturados possuem uma tendência de aumento de capacidade de carga ao
longo da vida útil da obra. Isso acontece devido ao fato de que o solo presente ao
redor do fuste da estaca e na ponta se encontra no estado não drenado (menor
resistência). Com a dissipação das pressões neutras ao longo do tempo e
consequentemente aumento das pressões efetivas, a capacidade de carga
geotécnica aumentará com o tempo. Portanto, deve-se optar pelo cálculo de R na
condição não drenada (mais conservadora) utilizando parâmetros do solo
correspondentes a essa condição (SPT);
Efeito set-up: nas camadas argilosas, a cravação de estacas causa uma acentuada
redução de resistência, a qual é recuperada com o decorrer do tempo graças a uma
“cicatrização do solo”;
Solos colapsíveis: solos não saturados, com baixo teor de umidade e porosos (alto
índice de vazios), podem sofrer um colapso de sua estrutura em consequência da
infiltração de água, quando submetidos a um carregamento externo.
São métodos que possuem como base os princípios da Mecânica dos Solos e
da Teoria da Plasticidade como forma de mensurar a capacidade de carga das
fundações (rasas e profundas). Para fundações rasas esses métodos são bastante
razoáveis. Contudo, para fundações profundas existe uma dificuldade de ajustar um
bom modelo físico e matemático à questão de ruptura nesse tipo de elemento. Outra
limitação dos métodos teóricos é a consideração exclusiva de solos granulares (areais)
ou coesivos (argilas), enquanto na natureza é frequente a existência de solos
intermediários (solos c-φ).
Em suma, para a aplicação dos métodos teóricos é necessário o conhecimento
da resistência do solo em cada camada, ou seja, parâmetros como ângulo de atrito (φ),
coesão drenada (c) e coesão não drenada (cu) precisam ser determinados, seja de
forma direta ou de forma indireta.
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2.1.1. Estacas em argila
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Valores típicos de α e cu (Rajapakse, 2007)
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Valores típicos de δ (Rajapakse, 2007)
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K0 é o coeficiente de empuxo lateral em repouso, Ka é o coeficiente de
empuxo lateral ativo e KP é o coeficiente de empuxo lateral passivo. Onde:
Ka < K0 < K (condição no perímetro da estaca) < KP
Como os valores de σ’v variam com a profundidade (h), utiliza-se o seu
valor médio. Alguns autores utilizam o valor da σ’v no ponto médio da estaca.
Para a determinação da resistência de ponta (rP) utiliza-se a equação:
rP = Nq x σ’v
Onde Nq é o fator de capacidade de carga (função do ângulo de atrito do
solo na ponta da estaca, do fenômeno de dilatância do solo e de sua densidade
relativa) e σ’v é a tensão vertical efetiva do solo na base da estaca. O fator Nq é
objeto de estudo de diversos autores. Uma estimativa do seu valor é apresentada
a seguir (Obs: Driven Pile – Estaca Cravada e Bored Pile – Estaca Escavada)
Valores típicos do fator de capacidade de carga Nq (Rajapakse, 2007)
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Valores típicos para o Método de Kolk and Van der Velde (1996) apud Rajapakse
(2007)
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afirmando que para uma varia de 30º a 35º no ângulo de atrito, a capacidade de
carga pode aumentar em 100%.
Devido a necessidade de ensaios laboratoriais e às dificuldades de se
trabalhar com as incertezas dessa metodologia, adotou-se no Brasil o uso de
correlações empíricas com ensaios de campo (SPT e CPT) para o cálculo das
parcelas de atrito lateral e ponta. No entanto é necessário ressaltar que as
formulações teóricas possuem grande influência no desenvolvimento das
equações semiempíricas.
2.1.3. Correlações típicas de parâmetros do solo
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Fundações Teoria e Prática (Diversos Autores, 1998)
Correlação entre NSPT e o Ângulo de atrito Bowles (2004) apud (Rajapakse, 2007)
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c) Peso específico (Godoy, 1972)
Argilas
Consistência NSPT γ(kN/m³)
Muito mole <2 13
Mole 2–5 15
Média 6 – 10 17
Rija 11 – 19 19
Dura > 19 21
Areias
NSPT Consistência Areia Úmida Saturada
seca γ(kN/m³) γ(kN/m³)
γ(kN/m³)
<5e5–8 Fofa a Pouco Compacta 16 18 19
9 – 18 Mediamente Compacta 17 19 20
19 – 40 e Compacta a Muito 18 20 21
>40 Compacta
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2.2.1. Método de Aoki e Velloso (1975)
O método pode ser aplicado tanto para parâmetros obtidos via ensaio CPT,
resistência de ponta (qcone) e resistência lateral (fS), quanto para parâmetros
extraídos via ensaio SPT (índice de penetrabilidade – NSPT).
𝒒𝒄𝒐𝒏𝒆 𝒇
𝑸𝒖𝒍𝒕: 𝑨𝒃 × 𝑭𝟏
+ 𝑼 × 𝜮 𝑭𝟐𝑺 × 𝜟𝑳 (CPT)
𝒌×𝑵𝑺𝑷𝑻𝑷 𝜶×𝒌×𝑵𝑺𝑷𝑻𝒎
𝑸𝒖𝒍𝒕: 𝑨𝒃 × 𝑭𝟏
+𝑼×𝜮 𝑭𝟐
× 𝜟𝑳 (SPT)
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k, α e F1/F2 estimados a partir de estudos com solos do Estado do Rio
de Janeiro (Danziger, 1982; Laprovitera, 1988; Benegas, 1993).
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k, α e F1/F2 estimados e ampliados (mais tipos de estaca) a partir do
estudo de Monteiro (1997). Além disso, esse autor cita algumas recomendações
como (1) o valor de NSPT é limitado a 40 e (2) o valor da resistência de ponta
deverá levar em conta os valores de resistência ao longo de espessuras de 7 e 3,5
vezes o diâmetro da estaca para cima e para baixo da profundidade
respectivamente. O valor de resistência de ponta será a média desses valores.
Determinação da capacidade resistente da ponta Monteiro (1997)
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O equacionamento geral da equação é:
𝑵𝑳
𝑹 = 𝜶 × 𝑪 × 𝑵𝑷 × 𝑨𝑷 + 𝜷 × 𝟏𝟎 × ( + 𝟏) × 𝑼 × 𝑳
𝟑
Para a parcela de ponta (𝛼 × 𝐶 × 𝑁 × 𝐴 ) tem-se: α é um fator em função
do tipo de estaca e do tipo de solo na ponta, C é o coeficiente característico do
solo na ponta, NP é o valor médio do índice de resistência à penetração na ponta
ou na base da estaca obtido a partir da média de três valores: NSPT da ponta da
estaca, NSPT da camada imediatamente inferior e o NSPT da camada imediatamente
superior e AP é a área da ponta. Já para parcela lateral (𝛽 × 10 × ( +
1) × 𝑈 × 𝐿) tem-se: β é um fator em função do tipo de estaca e do tipo de solo na
ponta, NL é a média do número de golpes ao longo do fuste em todo o
comprimento da estaca (L) e U é o perímetro da estaca.
Os valores de N menores que 3 devem ser considerados igual a 3 e os
maiores que 50 devem ser considerados iguais a 50. Observa-se também que como
o método foi originalmente feito para estacas pré-moldadas, os valores de α e β
para estas são iguais a 1.
Os valores de α, C e β foram tabelados e podem ser visualizados a seguir.
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Coeficiente característico do solo C (kPa) (Cintra e Aoki, 2010)
Tipo de Estaca
Solo
Deslocamento Escavada
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Parâmetro β (Cintra e Aoki, 2010)
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Valores K em função da condição do solo (Lizzi, 1982)
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A partir de várias tentativas de ajustar o equacionamento foi avaliado que
a área da ponta que contribui com a capacidade geotécnica é diferente da área da
seção transversal do perfil metálico. Isso se dá pelo fato que existe um certo
“embuchamento” do solo durante a cravação da estaca. Quanto maior a resistência
do solo maior o efeito do “embuchamento” e consequentemente maior é a área
circunscrita da estaca.
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Onde β’2 e β’1 são fatores que dependem do tipo de solo, Nb é o valor
médio do índice de resistência à penetração na ponta ou na base da estaca obtido
a partir da média de três valores: NSPT da ponta da estaca, NSPT da camada
imediatamente inferior e o NSPT da camada imediatamente superior e Ab é a área
da ponta. N é o valor médio do índice de resistência à penetração ao longo do
fuste.
Os valores de N menores que 4 devem ser considerados igual a 4 e os
maiores que 40 devem ser considerados iguais a 40.
Valores de β’2 e β’1 conforme Antunes e Cabral (1996) apud Velloso e Lopes (2012)
As fórmulas dinâmicas são os métodos mais antigos e usados com mais frequência
na estimação da resistência mobilizada das estacas cravadas. Todas essas fórmulas
relacionam a resistência mobilizada última para uma determinada penetração
permanente no solo para cada golpe do martelo (nega) e assume que a resistência à
cravação é igual à capacidade de carga da estaca sob carregamento estático.
Como critério objetivo de parada, atende-se a tradicional nega de cravação, o
deslocamento ou penetração permanente por golpe de cravação da estaca, com valor
geralmente especificado em projeto de 1mm/golpe a 3mm/golpe ou 10mm/10golpes
a 30 mm/10 golpes (sua medida em campo é usualmente medida por meio de 10
golpes consecutivos.
No início da cravação a nega geralmente é alta, o que indica uma ruptura do solo.
Enquanto houver negas de cerca de 10% do diâmetro da estaca (Critério de Ruptura
de Terzaghi), tem-se a ruptura do sistema solo-estaca, isto é, houve a mobilização
máxima da resistência geotécnica. Quando os deslocamentos são inferiores a esse
valor implica dizer que a energia de cravação utilizada é insuficiente para provocar a
ruptura do sistema solo-estaca, mobilizando apenas parte da resistência geotécnica e
não o seu valor máximo.
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Nega para 10 golpes (sinal superior) e Nega para um golpe isolado (sinal inferior)
O uso das formulações dinâmicas objetiva (1) estabelecer uma carga de trabalho
confiável para uma estaca usando os registros de cravação da estaca (nega) e (2)
determinar os requerimentos de parada da cravação (nega), para uma determinada
carga de trabalho.
O conceito por trás das fórmulas dinâmicas se baseia no princípio da conservação
de energia. Em ouras palavras, iguala-se a energia potencial do martelo ao trabalho
realizado na cravação da estaca.
𝑾×𝒉= 𝑹×𝒔
Onde W é o peso do martelo, h é a altura do martelo, R é a resistência a cravação
e s é a penetração permanente ou nega.
𝑾𝟐 .𝑯
Fórmula dos Holandeses (Woltmann): 𝑸𝒖 = 𝑺.(𝑾 𝑷)
𝑾𝟐 .𝑷.𝑯
Fórmula de Brix: 𝑸𝒖 = 𝑺.(𝑾 𝑷)𝟐
𝑾.𝑯
Fórmula do Engineering News: 𝑸𝒖 = 𝑺 𝒄𝒒
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representativas da fundação. Além disso, as provas de carga devem ser executadas em
fase de projeto ou de adequação deste antes do início da obra.
Fatores de segurança globais (Velloso e Lopes, 2012)
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4.1. Considerações do número de investigações ou de provas de carga
Ou
𝑹𝒌,𝒎é𝒅 𝑹𝒌,𝒎í𝒏
𝑹𝒌 = 𝑴í𝒏[ , ]
𝝃𝟑 𝝃𝟒
Sendo:
Fatores de minoração da resistência (Velloso e Lopes, 2012)
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Para a obtenção do valor da resistência admissível de projeto, o valor da
resistência característica do elemento de fundação (sob cargas axiais de compressão)
obtido por qualquer um dos dois métodos (investigação geotécnica ou provas de carga)
deve ser dividido por um fator de segurança igual a 1,4 (Método dos Valores
Admissíveis).
Vale ressaltar que se a análise for feita em termos de fatores de segurança parciais
(Método de Valores de Projeto), esta resistência característica não precisa ser dividida
por nenhum fator de minoração para a obtenção do valor da resistência de projeto do
elemento de fundação.
Uma outra observação pertinente é que a norma também aceita os coeficientes de
segurança preconizados pelos autores dos métodos semiempíricos clássicos de obtenção
de capacidade de carga de um elemento de fundação. Para o método de Aoki e Velloso
(1975) os autores adotam o mesmo coeficiente global da norma:
𝑹𝒖𝒍𝒕 𝑹𝑳 + 𝑹𝑷
𝑹𝒂𝒅𝒎 = =
𝟐 𝟐
Onde Radm é a carga admissível do estaqueamento, Rult é a carga de ruptura
característica, RL é a carga característica lateral e RP é a carga característica de ponta.
Já Décourt e Quaresma (1978) utilizam fatores de segurança globais diferentes
para carga lateral e de ponta, sendo a carga admissível:
𝑹𝑳 𝑹𝑷
𝑹𝒂𝒅𝒎 = +
𝟏, 𝟑 𝟒
Por último, Teixeira (1996) adota FS=2,0 para estacas cravadas (semelhante a
norma) e para estacas escavadas o valor de:
𝑹𝑳 𝑹𝑷
𝑹𝒂𝒅𝒎 = +
𝟏, 𝟓 𝟒
É relevante também a citação da NBR 6122/2010 quanto a carga admissível de
estacas escavadas. A mesma preconiza que no máximo 20% da carga admissível pode ser
suportada pela ponta da estaca o que equivale a um mínimo de 80% para a resistência
lateral.
𝑹𝑳 ≥ 𝟎, 𝟖 × 𝑹𝒂𝒅𝒎
𝑹𝒂𝒅𝒎 ≤ 𝟏, 𝟐𝟓 × 𝑹𝑳
Quando superior a esse valor, o processo executivo de limpeza da ponta deve ser
especificado pelo projetista e ratificado pelo executor.
5. Metodologias de Projeto
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Nessa abordagem fixa-se o valor da carga admissível igual à carga de catálogo
da estaca a ser utilizada:
𝑹𝒂𝒅𝒎 = 𝑹𝒄𝒂𝒕á𝒍𝒐𝒈𝒐
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Sendo assim, a carga de ruptura geotécnica (Rult) terá que ser pelo menos duas
vezes a carga de catálogo.
Rult = Rcatálogo x FS
Posteriormente, para cada furo de sondagem, estima-se a profundidade necessária
(L) a partir de um método de cálculo de capacidade de carga, garantindo o valor de Rult.
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Nesse método, todos os valores de capacidade de carga e, consequentemente o
valor médio serão iguais, implicando na ausência de dispersão de valores de resistência.
5.2. Segunda Metodologia
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Sendo assim, existe um NSPT limite para cada tipo de estaca, o que caracteriza
um determinado comprimento de execução em campo.
Nlimite implica em um determinado comprimento L
Posteriormente calcula-se a capacidade de ruptura geotécnica (Rult) para esse
comprimento por um dos métodos semiempíricos. A carga admissível do
estaqueamento será:
𝑹𝒖𝒍𝒕
𝑹𝒂𝒅𝒎 =
𝑭𝑺
Logo, para cada furo de sondagem, tem-se um valor de capacidade de carga.
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A American Association of State Highway and Transportation (AASHTO,
1992) sugere alguns valores típicos de eficiência de grupo conforme a distância eixo
a eixo entre estacas. Os valores podem ser visualizados a seguir.
Eficiência de grupo de estacas em solos argilosos AASHTO (1992) apud Rajapakse
(2007)
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A carga de ruptura geotécnica de uma estaca tracionada pode ser estimada como
sendo o peso próprio do elemento de fundação somado ao peso de uma massa de solo
contida no interior da superfície de ruptura e a resistência por cisalhamento que ocorre
na superfície de ruptura (Paschoalin Filho, 2008).
Prováveis superfícies de ruptura de uma estaca tracionada (Velloso e Lopes, 2012)
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6.2. Resultado de algumas pesquisas
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