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Telecomunicações e Redes de Computadores

6 – Meios de Transmissão

Prof. Paulo Lobato Correia


IST, DEEC – Secção de Telecomunicações
Objectivos

Î Meios de transmissão
; Guiados
; Não guiados
Î Limitações dos meios de transmissão
Î Sistemas de transmissão com repetidores
Î Sistemas de transmissão com regeneradores

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Meios de Transmissão

Î Meios guiados
; Usam um condutor para transmitir o sinal do emissor até ao
receptor. Exemplos:
• Par de fios;
• Cabo coaxial;
• Fibra óptica.
Î Meios não guiados (sem fios)
; Usam ondas rádio para transmitir os sinais. Exemplos:
• Feixes hertzianos;
• Satélites;
• Comunicações móveis.

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Características dos Meios de Transmissão

Î Largura de banda – A largura de banda disponível condiciona o


ritmo de transmissão possível.
Î Atenuação e outras limitações à transmissão – Impõe limitações
à distância que o sinal pode percorrer.
Î Interferência – A transmissão de diferentes sinais num mesmo
meio de transmissão pode criar “sobreposições” dos sinais,
degradando ou mesmo “escondendo” um dado sinal.
Î Número de receptores – Ao ligar mais equipamentos a um meio de
transmissão pode criar-se interferência, atenuação, distorção,
limitando as distancias alcançáveis ou os ritmos de transmissão
utilizáveis.
Î Preço
Î etc.
Diferentes meios de transmissão apresentam diferentes características,
tendo pois aplicação em situações diferentes.
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Espectro Electromagnético

c
λ=
f

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Meios Guiados: Par de Fios Entrançados

Î Condutores isolados separadamente;


Î Entrançados (twisted), para minimizar interferências
electromagnéticas;
Î Geralmente vários pares de fios estão juntos num cabo (que nas
ligações a longa distância podem conter dezenas ou centenas de pares
de fios).

Î A espessura de cada fio habitualmente está entre 0.4 e 0.9 mm

Î Usado para comunicações analógicas e digitais.

Î É usado na rede telefónica comutada (principalmente na rede local), e


nas redes locais de computadores.
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Par de Fios Entrançados: Características

Î Transmissão analógica:
; Amplificadores espaçados de 5 ou 6 km;
; Atenuação típica é 1 dB/km na banda de frequências da voz;
Î Transmissão digital:
; Permite transmitir a alguns Mbit/s, mas a distâncias menores;
; Repetidores espaçados de 2 ou 3 km;

Características:
Î Barato e fácil de manipular;
Î Alcance limitado;
Î Largura de banda limitada;
Î Ritmo de transmissão limitado.
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Par de Fios Entrançados: Tipos

Î Unshielded Twisted Pair (UTP)


; Fios telefónicos normais;
; Mais barato;
; Fácil de instalar;
; Sujeito a interferências electromagnéticas externas.

Î Shielded Twisted Pair (STP)


; Existe uma camada metálica que reduz interferências;
; Mais caro;
; Mais difícil de manipular (grosso, pesado).

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Categorias UTP

Î Categoria 1: Usado para transmissão de sinais de voz;


Î Categoria 2: Usado para voz e dados até 4 Mbit/s;
Î Categoria 3: Permite transmissão de dados até 10 Mbit/s;
Î Categoria 4: Permite transmissão de dados até 20 Mbit/s;
Î Categoria 5:
; Largura de banda disponível: 100 MHz;
; Permite transmissão de dados a 10 e a 100 Mbit/s;
Î Categoria 6: 100 metros

; Largura de banda disponível: 250 MHz;


; Permite transmissão de dados até 1 Gbit/s;
Î Categoria 7:
; Largura de banda disponível: 600 MHz;
; Permite transmissão de dados 10 Gbit/s. <20 metros
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Cabo Coaxial

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Cabo Coaxial: Características

Î Transmissão analógica:
; Amplificadores espaçados de poucos quilómetros (mais
próximos para frequências maiores);
; Largura de banda até 500 MHz;
Î Transmissão digital:
; Repetidores espaçados cerca de 1 km (mais próximos para
frequências maiores);

Principais limitações:
; Atenuação;
; Ruído térmico;
; Ruído de intermodulação.

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Cabo Coaxial: Aplicações

Meio bastante versátil.


Exemplos de aplicação:
Î Distribuição de televisão;
Î Transmissão telefónica de longa distancia;
; Suporta dezenas de milhares de chamadas telefónicas
simultâneas;
; Hoje em dia é substituído por fibra óptica;
Î Ligações a curta distância e elevados ritmos de
transmissão;
Î Redes locais de computadores.

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Atenuação em Função da Frequência

Par de fios Cabo coaxial

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Fibra Óptica

Î A fibra óptica é um guia de ondas cilíndrico feito de dois


materiais transparentes (vidro de elevada qualidade e/ou
plástico) cada um com um índice de refracção diferente.
Î Os dois materiais são dispostos de forma concêntrica de modo a
formar um núcleo interior e uma bainha exterior.

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Fibra Óptica: Princípio Funcionamento

Î A luz transmitida através do núcleo é em parte reflectida e em parte


refractada na fronteira com a bainha (lei de Snell).
Î Para n1 > n2, e para todos os ângulos de incidência superiores a θc
(θc = arcsen(n2/n1)), o raio incidente é totalmente reflectido sem
perdas refractivas na fronteira entre os meios;

n2
n1

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Sistema de Transmissão por Fibra Óptica

Emissor Receptor

Circuito Fonte Foto- Receptor


Eléctrico Óptica detector Eléctrico
Fibra
Óptica

Díodo Emissor de Luz, LED Fotodetector Positive-Intrinsic-Negative, PIN


Díodo com Emissão Estimulada de Luz (Laser), LD Fotodetector de Avalanche, APD

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Fibra Óptica: Características

Î Funciona como um guia de ondas de 1014 a 1015 Hz:


; Parte do espectro infravermelho e visível;
Î Grandes ritmos de transmissão: centenas de Gbit/s;
Î Baixo peso e pequena dimensão;
Î Atenuação baixa;
Î Imunidade a interferências electromagnéticas;
Î Espaçamento entre repetidores: dezenas de quilómetros;

Aplicações:
Î Transmissão digital a longa distância;
Î Redes locais de computadores;
Î Redes metropolitanas;

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Fibra Óptica: Atenuação

Î A luz ao propagar-se através da fibra


óptica é, em parte:
; absorvida (devido a impurezas no
vidro);
; perdida (devido à dispersão de
Rayleigh - irregularidades a nível
microscópico).

Î Outras fontes de atenuação:


; Deformações e micro-curvas;
; Juntas: ligações permanentes de
duas fibras (valores típicos: 0.2 dB);
; Conectores: ligações sem carácter
permanente (0.3 – 1 dB);

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Janelas de Comunicação
- 850 nm, 1300 nm, 1550 nm -

850 nm => os primeiros


sistemas de comunicação
óptica utilizaram comprimentos
de onda entre 800 e 860 nm:
usados em sistemas a baixos
ritmos e curta distância.

1300 e 1550 nm => são


mais atractivos devido às
melhores características de
atenuação e dispersão: usados
em sistemas a ritmos elevados
e distâncias longas.

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Fibra Óptica: Modos de Transmissão

Fibra de índice em degrau (multimodo)

Fibra de índice gradual (multimodo)

Fibra de índice em degrau (monomodo)


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Fibra Óptica: Modos de Transmissão

Fibras Monomodo Fibras Multimodo


Diâmetro do Núcleo 6-10 μ m (ITU-T Rec. G. 652) 50 μ m (ITU-T Rec. G.651)
Diâmetro da Baínha 125 μ m 125 μ m
Atenuação 0.3-1 dB/km @ 1300 nm; 0.3-1 dB/km @ 1300 nm;
0.15-0.5 dB/km @ 1550 nm 0.15-0.5 dB/km @ 1550 nm
Características Só o modo axial se propaga Vários modos de propagação são possíveis
Dispersão Intramodal (cromática) Intermodal e intramodal

Fibras Monomodo:
Î Desvantagens:
; abertura numérica menor => menor ângulo de aceitação e maiores perdas de acoplamento fonte
óptica-fibra que as fibras de índice gradual.
Î Vantagens:
; só existe dispersão material (dispersão intermodal é nula);
; dispersão material nula a 1310±10 nm e cerca de -20 ps/(nm km) a 1550 nm

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Fibra Óptica: Distorção de Sinal

Î A dispersão origina um alargamento do pulso transmitido:


; Determina a taxa de transmissão máxima que a fibra suporta;

Î Tipos de dispersão:
; Dispersão intramodal, cromática ou material (Dc [ps/nm/km]) – os diferentes
comprimentos de onda de um modo têm diferentes velocidades de propagação;
; Dispersão intermodal ou multimodal (Di [ns/kmγ]) – os diferentes modos ou
caminhos de propagação têm diferentes comprimentos de propagação

A dispersão total depende do comprimento da fibra.

( )
O alargamento do pulso transmitido (tempo de subida),
tr = (Dc ⋅ Δλ⋅ L) + Di ⋅ Lγ
2 2
em ps, é aproximado por:
; Δλ = largura espectral da fonte óptica
; L = distância de transmissão, em km
; γ = factor de dependência no comprimento, tipicamente entre 0.5 e 1
(parâmetro fornecido pelos fabricantes)

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Distorção de Sinal: Tempo de Subida

Î Tempo de subida de um sistema: é o tempo que o


sistema, em resposta a uma transição abrupta de
valor, leva a ir de 10% a 90% do valor final.
Î A cada um dos três componentes de um sistema de comunicação
(emissor + canal + receptor) está associado um tempo de subida.

Î O tempo de subida total do sistema, tr,tot, relaciona-se com os tempos de


subida individuais aproximadamente por:
; tr,e = tempo de subida do emissor t r2,tot = t r2,e + t r2,c + t r2,r
; tr,c = tempo de subida do canal
; tr,r = tempo de subida do receptor
Î Os tempos de subida do emissor e do receptor são geralmente
conhecidos pelo projectista do sistema.

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Relação entre
Tempo de Subida e Frequência de Símbolo

τ t
t
Î Sendo τ a largura dos pulsos a transmitir, o tempo de subida total de
um sistema de comunicação deve verificar:
tr,tot ≤ τ
Î Se a largura do pulso for igual à largura temporal de cada símbolo,
Tsímbolo (pulsos NRZ – “non-return-to-zero”):

NRZ: Tsímbolo = τ => tr,tot ≤ 1 / fsímbolo


Î Se a largura do pulso for metade da largura temporal de cada símbolo,
Tsímbolo (pulsos RZ – “return-to-zero”):
; no resto da duração do símbolo a amplitude do pulso é zero !

RZ: Tsímbolo / 2 = τ => tr,tot ≤ 1 / (2 fsímbolo)

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Fontes Ópticas

Fontes ópticas utilizadas :


Î Díodo emissor de luz – LED (Light Emitting Diode): emissão
espontânea de luz;
; Mais barato, menos sensível à temperatura, maior duração;
Î Díodo laser – LD (Laser Diode): emissão estimulada de luz.
LASER = Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation
; Mais rápido, mais potência;
Î As fontes de luz não são monocromáticas (não emitem um
único comprimento de onda).

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Fotodetectores

PIN APD
Î Ausência de ganho interno; Î Ganho interno (ganho de avalanche)
Î Baixo ruído interno; Î Elevado ruído interno, que condiciona
Î Desempenho determinado pelo desempenho, juntamente com ruído da parte
ruído da parte eléctrica do eléctrica do receptor ;
receptor. Î Mais sensível à temperatura;
Î Menos fiável;
Î Mais caro.

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Amplificadores Ópticos

Esquema de um
amplificador de
fibra dopada a
érbio (EDFA)
(a amplificação é
feita a nível óptico
sem conversão para
eléctrico)

Parâmetros
típicos de um
EDFA
(atender à janela,
ganho, factor
de ruído e
largura de
banda)
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Fibra Óptica vs. Meios Metálicos

Î Largura de banda; Î Radiação;


Î Dimensões; Î Condições ambientais;
Î Peso; Î Fiabilidade;
Î Espaçamento entre regeneradores; Î Custo;
Î Isolamento eléctrico; Î Atribuição de frequências.
Î Diafonia;

Multimodal

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Fibras Ópticas para WDM

Î As fibras ópticas dividem-se em fibras monomodais e fibras multimodais. As


redes WDM (Wavelength Division Multiplexing) só usam fibras monomodais.

Î Os principais fenómenos limitativos são a atenuação e a dispersão. O primeira é


responsável por reduzir a amplitude dos pulsos e a segunda por alargá-los.
A fibra óptica monomodal normal
apresenta um pico de atenuação
devido à absorção OH em 1385 nm.
Fibra óptica monomodal “AllWave” A fibra “AllWave” elimina este pico.
Fibra óptica monomodal normal
5 5
Coeficiente de atenuação (dB/km)

Fibra Normal
Coeficiente de atenuação

4 4

A banda disponível para WDM (atenuação


(dB/km)

3 3 Sinal WDM ≤ 0.35 dB/km) situa-se entre os 1440 e


1330-1625 nm 1625 nm, o que corresponde a 370 canais
2 2 para um espaçamento de 0.5 nm.

1440- Fibra “AllWave”


1 1625 nm 1 1.7
0.35 dB/km 0.35 dB/km
0 0 A banda disponível para WDM (atenuação
0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 ≤ 0.35 dB/km) situa-se entre os 1330 e
1625 nm, o que corresponde a 590 canais
Comprimento Onda (μm) Comprimento Onda (μm) para um espaçamento de 0.5 nm.

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Sistema WDM ponto-a-ponto

Î Os elementos essenciais de um sistema de multiplexagem por divisão no comprimento de


onda ou WDM (Wavelength Division Multiplexing) são os multiplexadores (MUX),
responsáveis por agregar vários canais ópticos (comprimentos de onda) num único sinal
multiplexer e os desmultiplexadores (DMUX) que realizam a operação inversa.
λ1 λ1
Laser 1 Sinal multiplex ⇒ λ1, λ2 ,λ3,..., λN Receptor
Óptico 1

λ2 λ2 Receptor
Laser 2 Óptico 2
MUX OA OA OA DMUX

λN λN
Laser N Amplificador Receptor
Fibra óptica Óptico N
Óptico
monomodal

Î Sistemas DWDM ( Dense WDM) ponto-a-ponto comerciais de ponta

Fabricante Equipamento Capacidade Número de λs


Ciena CoreStream 1.9 Tb/s 192 λs × 10 Gb/s
Alcatel-Lucent 1625 Lambda Extreme 2.56 Tb/s 64 λs × 40 Gb/s
Transport 1.28 Tb/s 128 λs × 10 Gb/s
Nortel Optical Long Haul 1600 0.8 Tb/s 80 λs × 10 Gb/s
320 λs × 2.5 Gb/s
Ericsson Marconi MHL 3000 Core 3.2Tb/s 80 λs × 40 Gb/s

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Fibra Óptica vs. Meios Metálicos

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Fibra Óptica e Meios Metálicos

É habitual usar fibra óptica e meios metálicos num


sistema de comunicações.

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Meios Não Guiados

Transmissão e recepção usando antenas:


Î Direccional:
; Feixe hertziano;
; Requer alinhamento cuidadoso das antenas.
Î Omnidireccional:
; Sinal propaga-se em todas as direcções;
; Pode ser recebido por diversos tipos de antenas.

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Meios Não Guiados: Espectro Radioeléctrico

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Meios Não Guiados

Î 2 GHz a 40 GHz
; Feixes hertzianos e ligações via satélite;
; Direccional;
; Ponto to ponto.
Î 30 MHz a 2 GHz
; Omnidireccional;
; Difusão de rádio e televisão;
; Rádio móvel celular (GSM, UMTS).
Î 3 x 1011 to 2 x 1014
; Infravermelhos;
; Local.

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Meios Não Guiados

Î Nas ligações via atmosfera ou espaço livre, o sinal propaga-se sob a


forma de ondas electromagnéticas;
Î Nas ligações em linha de vista as ondas propagam-se “sem reflexões”
entre a antena emissora e a antena receptora:
; Este modo de propagação é geralmente utilizado nas comunicações a longa
distância com frequências acima de 100 MHz.
Î As perdas de uma ligação em espaço livre são devidas à dispersão da
onda rádio em todas as direcções:
; A uma distância d a potência por unidade de superfície é inversamente
proporcional ao quadrado da distância (a potência dispersa-se
uniformemente na superfície de uma esfera cujo raio é a distância de
propagação);
Vantagens:
; Reduzir número de repetidores;
; Eliminar a existência de cabos longos.
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Transmissão Não Guiada

Î Quanto maior a frequência usada maior a largura de banda disponível e


maior a taxa de transmissão de informação possível;

Î Atenuação cresce com o quadrado da distância (em unidades lineares);

Î Sujeita a interferências de outros sinais;

Î Maior frequência:
; maior atenuação;
; antenas mais pequenas, mais directivas e mais baratas;

Î Propagação via atmosfera –> atenuações adicionais a considerar:


; Gases da atmosfera;
; Chuva;
; Obstáculos
; Reflexões
; ...

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Propagação de Ondas Rádio

⎛ 4 ⋅π ⋅ d ⎞
2
Î Perdas de propagação em espaço livre: l fs = ⎜ ⎟
⎝ λ ⎠
; λ é o comprimento de onda da onda electromagnética (λ = c/f );

Î Em unidades logarítmicas (com a frequência em MHz):


⎛ 4 ⋅π ⋅ d ⎞
L fs [dB] = 20 ⋅ log⎜ ⎟=
⎝ λ ⎠
32.5 + 20 ⋅ log10 (d[ km ] ) + 20 ⋅ log10 ( f[ MHz ] )
Î Perdas (em dB) aumentam com logaritmo da distância e não na
proporção directa como nos meios de transmissão guiados!
Duplicar a distância aumenta as perdas só em 6 dB !!!

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Ganho de uma Antena

As antenas utilizadas nas ligações em linha de vista apresentam um efeito


“concentrador” da potência emitida:
; Existem direcções de emissão / recepção privilegiadas;
; Antenas apresentam um ganho relativamente à emissão / recepção em todas as
direcções (isotropia):
4 ⋅ π ⋅ Ae
g ant =
λ2
; Ae – abertura efectiva (relacionada com a área física e tipo de antena);
; Para antenas parabólicas a abertura efectiva da antena é dada por

η ⋅π ⋅ D2
Ae =
4
• D é o diâmetro da antena, em metros
• η é o rendimento (eficiência) da antena geralmente da ordem dos 0.5
• Antenas parabólicas de elevada área podem fornecer ganhos acima de 60 dB.
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Ligação por Feixes Hertzianos

Î Antenas parabólicas;
Î Feixes direccionais;
Î Ligação em linha de vista;
Î A curvatura da Terra limita alcance (cerca de 80 km); para
ligações mais longas podem usar-se repetidores passivos
(espelhos ou duas antenas costas-com-costas) ou activos
(duas antenas que recebem, processam e retransmitem).

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Ligação por Feixes Hertzianos

Î Ganhos na ligação em linha de vista:


; Ganhos das antenas (de emissão e de recepção), gant,E e gant,R
; Ganhos de eventuais repetidores, grep
Î Perdas na ligação em linha de vista:
; Perdas dos cabos (geralmente guias de onda) entre emissor e
antena emissora e entre antena receptora e receptor, ag,E e ag,R
; Perdas da propagação em espaço livre, lfs
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Ligação por Feixes Hertzianos

Î Potência à saída do sistema de transmissão (entrada do receptor):

po = pi . gant,E . gant,R / (ag,E . lfs . ag,R)


Î Em unidades logarítmicas:

Po = Pi + (Gant,E+Gant,R)-(Ag,E+Lfs +Ag,R)

Î Se existir um repetidor entre emissor e receptor, contabilizar:


; Perdas de propagação entre emissor e repetidor, Lfs,E-r;

; Perdas de propagação entre repetidor e receptor, Lfs,r-R ;

; Ganho do repetidor, Grep

Po = Pi + (Gant,E+Gant,R+Grep)-(Ag,E+Lfs,E-r+Lfs,r-R+Ag,R)

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Transmissão via Satélite

Î O satélite funciona como um repetidor;


Î Recebe numa frequência, amplifica ou repete o sinal
e retransmite-o noutra frequência (transponder);
Î Aplicações:
; Televisão;
; Ligações telefónicas de
longo alcance;
; Rede privadas.

Î Satélite geostacionário:
; Altura da órbita: 35,784km.

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Transmissão via Satélite

Tipos de órbitas, altura acima da Terra, tempo de transmissão (ida e volta


ou round-trip) e número de satélites necessários para cobertura global.
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Transmissão via Satélite: Órbitas

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Transmissão via Satélite: Órbitas

GEO – Geosynchronous Orbit:


; 35 800 km. Usado para televisão, meteorologia, etc.
MEO – Middle Earth Orbit:
; 1600 a 35 800 km. Usado para GPS, etc.
LEO – Low Earth Orbit:
; 160 a 1600 km. Usado para comunicações móveis, para
videoconferência, para espionagem.
HEO – Highly Elliptical Orbit:
; Usado para espionagem e
para organizações cientificas
(e.g. para fotografar corpos
celestes – quando está longe
da Terra fotografa, e quando está perto transmite para Terra).

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Transmissão via Satélite: GEO

Î Estacionário em relação à Terra para que esteja sempre em linha de


vista.

Î Deve ter período de rotação igual ao período de rotação da Terra o


que acontece à altura de 35784 km.

Î Para evitar interferências entre satélites exigem-se 4º graus (medidos


a partir da Terra) de espaçamento entre satélites na banda 4/6 GHz e
3º na banda 12/14 GHz.

Î Atraso de propagação, de uma estação terrena para outra estação


terrena:
; 240-300 ms;
; Observável em conversações telefónicas;
; Introduz problemas em comunicações de dados no domínio do controlo
de erros e controlo de fluxo;
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Low-Earth Orbit (LEO): Iridium

(a) (b)

Satélites Iridium criam 1628 células em movimento para cobrir a Terra.

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Low-Earth Orbit (LEO): Iridium

Î Constituído por 66 satélites LEO;


Î Serviços: telefonia sem fios (voz, paging);
Î Proposto em 1987;
Î Início do serviço em 1999;
Î Nome provém do número inicialmente previsto de satélites:
elemento químico com 77 electrões é o Irídio;
Î Existe transmissão entre satélites;
Î O terminal Motorola 9505 para o Iridium pesa cerca de 370g,
permite falar durante 2.4 horas, tendo um tempo de standby
de 24 horas;
Î Usa a banda L (1600-1700 MHz) para comunicações com
Terra e 18-30 GHz para comunicações entre satélites.
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Low-Earth Orbit (LEO): Globalstar

Constelação Globalstar composta por 48 satélites LEO;


Operacional desde 1999;
Serviço disponível em cerca de 100 países;
Comunicação entre satélites é possível.

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Low-Earth Orbit (LEO): Globalstar

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Transmissão via Satélite

O satélite pode ser usado para comunicações de difusão:


Î Difusão de televisão;
Î Redes privadas:
; VSAT (Very Small Aperture Terminal) – terminais de baixo custo.

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Transmissão via Satélite

Principais bandas de frequência usadas.

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Fibra vs. Satélite

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Outros Sistemas de Comunicações
Não Guiados

Ligações rádio (de 30 MHz a 1 GHz):


Î Ligações omnidireccionais e em linha de vista;
Î Frequências mais baixas:
; Menor atenuação;
; Menor banda disponível;
Î Limitações à propagação: reflexões e obstáculos (chuva não é
importante);
Î Utilização:
; difusão de rádio (FM) e TV (VHF e UHF);
; redes rádio de transmissão de dados por pacotes.

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Outros Sistemas de Comunicações
Não Guiados

Ligações usando o espectro visível:


Î Exemplo: usando lasers.

Correntes de convecção podem afectar sistemas de comunicação usando lasers.


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Outros Sistemas de Comunicações
Não Guiados

Sistemas de comunicações móveis:


Î Sistemas celulares:
; Reutilização de frequências;
; Área de serviço dividida em células;
; Necessidade de handover;
Î Mobilidade:
; Efeito de Doppler;
; Variabilidade do canal de transmissão;
Î Suporte a diversos tipos de serviços:
; Voz;
; Dados.

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Escolha do Meio de Transmissão

Fios de Cobre:
; Tecnologia madura e não dispendiosa;
; Largura de banda e ritmos de transmissão limitados;
Fibra de Vidro:
; Tecnologia mais dispendiosa;
; Maior capacidade de transmissão;
; Maiores distâncias;
Rádio:
; Não é necessária ligação física;
; Pode usar-se para ligação com terminais móveis;
; Atenuação varia com distância ao quadrado.

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Escolha do Meio de Transmissão

Meios Guiados
Tipo de Distância de Taxa de
Meio Rede Custo Transmissão Segurança Erros Velocidade

Par entrançado LAN Baixo Curta Bom Baixa Baixo-alto


Cabo Coaxial LAN Moderado Curta Bom Baixa Baixo-alto
Fibra Óptica qualquer Alto Mod.-Longa Mto bom Mto. baixa Alto-Mto. alto

Meios Não Guiados


Tipo de Distância de Taxa de
Meio Rede Custo Transmissão Segurança Erros Velocidade

Rádio LAN Baixo Curta Fraca Mod. Baixa


Infravermelhos LAN, BN Baixo Curta Fraca Mod. Baixa
Feixes Hertz. WAN Mod. Longa Fraca Baixa-Mod. Mod.
Satélite WAN Mod. Longa Fraca Baixa-Mod. Mod.

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Sistemas: Representação

Sistema de Telecomunicações:
; Qualquer circuito eléctrico excitado por uma tensão ou corrente num
determinado ponto do circuito (entrada) e que produz outra tensão ou
corrente noutro ponto do circuito (saída);
; O sinal de saída pode ser bastante diferente do de entrada.

Relação entre a entrada (excitação) e a saída (resposta): y(t) = f[x(t)]

Entrada do sistema, Saída do sistema,


excitação resposta
Sistema
x(t) y(t)

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Sistemas Lineares e Invariantes no Tempo
(SLIT)
Sistema linear:
; Se a resposta a x1(t) for y1(t) e a x2(t) for y2(t), então a resposta a
a1 x1(t) + a2 x2(t) (a1 e a2 são constantes) será a1 y1(t) + a2 y2(t)

Sistema invariante no tempo:


; A um atraso na entrada corresponde um atraso na saída:
y(t)=f[x(t)] y(t-t0)=f[x(t-t0)]
As características do sistema não variam com o tempo;
Sistema causal:
; a resposta não começa antes da entrada ser aplicada;
; o valor da saída num instante de tempo t=t0 depende só de valores da entrada em
instantes de tempo t≤t0

y(t)=f[x(τ); τ ≤t]; para qualquer instante de tempo t


; Sistemas não causais não existem na realidade.

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 61


Sistemas Lineares e Invariantes no Tempo

Para um SLIT, a saída relaciona-se com a entrada através do integral de


convolução: y ( t ) = h ( t )∗ x ( t ) = ∫−+∞ ( ) ( )
∞ h τ ⋅ x t − τ dτ

Para uma entrada impulsiva, x(t)=δ(t) a resposta do SLIT é y(t)=h(t)


h(t) – Resposta impulsiva do sistema: caracteriza o comportamento do sistema
no tempo.

Aplicando a transformada de Fourier a y(t) = h(t)*x(t), os espectros dos sinais


x(t) e y(t) relacionam-se do seguinte modo:
Y(f) = H(f) . X(f)
H(f) = TF[h(t)] – Função de transferência do sistema: caracteriza o
comportamento do sistema na frequência.

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 62


Transmissão de Sinais

O sistema de transmissão é o canal entre a fonte e o destino da informação.


Caracterização:
Î Armazenamento de energia:
; Altera a forma do sinal à saída – distorção de sinal;

Î Dissipação de potência internamente:


; Reduz a amplitude do sinal à saída – perdas de sinal da entrada para a saída;

Î Introdução (geralmente, adição) de sinais indesejáveis “sobrepostos” ao


sinal que se pretende transmitir:
; Impedem a recuperação perfeita do sinal – ruído.

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 63


Transmissão Sem Distorção

Sistemas não distorcivos:


; Dado um sinal na entrada, x(t), diz-se que a saída y(t), não está distorcida
se ela diferir da entrada somente através da multiplicação de uma constante
e de um tempo de atraso finito, td (não se altera a forma do sinal):

y(t) = K . x(t-td) (K e td são constantes)

; Sendo a função de transferência (representação na frequência) de um SLIT:

H(f) = K . e (-j.2.π.f.td)
; Um sistema não introduz distorção se apresentar uma função de
transferência com amplitude constante e fase com uma variação linear em
função da frequência:
|H(f)| = |K|, arg[H(f)] = -2 . π . f . td + m . π (m é um número inteiro)
No caso de tempo de atraso nulo, a fase deve ser constante e valer mπ .
H(f) deve observar as condições anteriores só na banda de frequências em que
o sinal de entrada tem conteúdo espectral significativo.
TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 64
Tipos de Distorção

Distorção não-linear:
; Ocorre quando o sistema inclui elementos não-lineares;
; Não existe função de transferência para sistemas não-lineares;
Distorção linear:
; Único tipo de distorção existente em SLITs;
; Pode ser descrita em termos da função de transferência do SLIT;

Distorção de amplitude: as componentes espectrais à saída não estão


na correcta proporção (as várias componentes espectrais sofrem
diferentes atenuações). |H(f)| ≠ |K|
Distorção de fase ou de atraso: as várias componentes espectrais
sofrem diferentes atrasos. arg [H(f)] ≠ - 2.π.f.td + m.π
TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 65
Distorção de Amplitude

Sinal original: aproximação da onda quadrada que inclui os termos até à


quinta harmónica:

Atenuação das baixas frequências diferente da atenuação das altas


frequências:

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 66


Distorção de Fase

Sinal original: aproximação da onda quadrada que inclui os termos até à


quinta harmónica

Desvio de fase constante (para todas as componentes espectrais) de θ=-π/2

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 67


Combater a Distorção

Distorção de atraso:
; O ouvido humano é insensível à distorção de atraso. A distorção de atraso é
raramente motivo de preocupação na transmissão analógica de voz e música.
; Factor crítico no desempenho da transmissão de pulsos;
Î Distorção linear pode ser eliminada através de igualação (equalization):
; Igualador: função de transferência Heq(f), inserido a seguir ao canal distorcivo,
função de transferência Hc(f), resultando a função de transferência global:

H(f)=Hc(f) . Heq(f)
; A saída do igualador não tem distorção se:

H(f) = K exp(-j2πftd) Ke − j 2π ft d
H eq ( f ) =
(K e td são constantes) Hc ( f )
; Na prática, conseguem-se melhorias significativas no desempenho utilizando
aproximações de Heq(f).
TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 68
Sistemas de Transmissão por Cabo

Î Para vencer as perdas dos cabos de transmissão usam-se amplificadores,


geralmente equi-espaçados, designados por repetidores.

l1 l2 g2 po
pi g1
Pi G1 G2 Po
L1 L2

Troço de cabo 1 Repetidor Troço de cabo 2 Amplificador de


saída

Î Potência à saída do sistema de transmissão:


; Em unidades lineares: po = pi .g1.g2/(l1.l2)
; Em unidades logarítmicas: Po = Pi + (G1+G2)-(L1+L2)
; A cada conjunto troço de cabo + amplificador que o sucede chama-se secção.

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Ruído Térmico

Î Se o ruído de entrada for ruído branco (densidade de ruído uniforme em


todas as frequências): Sn,i(f) = Sn,i

Î Ruído disponível numa largura de banda Bn:


; A potência de ruído disponível é: nr = K.T.Bn

Î Ruído num SLIT (hipóteses):


; SLIT (filtro) com uma função de transferência H(f) e que não introduz ruído;
; Ruído gaussiano (com média nula), ni(t), e densidade espectral de potência
Sn,i(f) unilateral à entrada do SLIT;
Î O ruído à saída do SLIT, no(t), é também ruído gaussiano de média nula,
cuja densidade espectral de potência é Sn,o(f) = Sn,i(f).|H(f)|2 e a potência é:
+∞
>= ∫ Sn ,i ( f ) H ( f ) df
no(t) 2
ni(t) SLIT < no2
0
h(t) H(f)
TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 70
Relação Sinal-Ruído

Î Na recepção de um sistema de comunicação encontram-se presentes,


em simultâneo, o sinal que transporta a informação e o ruído.
Î Para ruído aditivo ao sinal, caracterizam-se o sinal e o ruído,
respectivamente, pela
; potência média de sinal, <s2>
; potência média de ruído, <n2>
Î A grandeza que dá uma medida da qualidade de desempenho dos
sistemas analógicos é a relação sinal-ruído:

Unidades
s < s2 > logarítmicas S ⎛ s⎞ ⎛ < s2 > ⎞
= = 10 log10 ⎜ ⎟ = 10 log10 ⎜⎜ 2 ⎟

n < n2 > N dB ⎝ n⎠ ⎝ < n >⎠

NOTA: S/N não representa uma razão, mas uma grandeza, a relação
sinal-ruído em dB !!!
TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 71
Qualidade Exigida na Transmissão Analógica

Tipo de sinal Banda de Relação sinal-ruído


frequências em dB, (S/N)bb
Voz muito pouco 500 Hz - 2 kHz 5-10
inteligível
Voz - qualidade 200 (300) Hz - 25-35
telefónica 3.2 (3.4) kHz
Difusão AM - 100 Hz - 5 kHz 40-50
qualidade áudio
Áudio de alta 20 Hz - 20 kHz 55-65
qualidade
Vídeo televisão 60 Hz - 4.2 MHz 45-55

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 72


Factor de Ruído

Î Quando um sistema (componente) introduz ruído, a relação sinal-ruído à


entrada, (s/n)i, é mais elevada que a relação sinal-ruído à saída, (s/n)o.
Î A degradação introduzida pelo sistema (componente) na relação sinal-
ruído é quantificada pelo factor de ruído:
Definição:
( s / n )i ⎛ S⎞ ⎛ S⎞
fr = com ni = KT0 Bn F = 10 log10 f r = ⎜ ⎟ − ⎜ ⎟
( s / n)o ⎝ N ⎠i ⎝ N ⎠o
Unidades
logarítmicas

Temperatura ambiente de referência

Î Como (s/n)i ≥ (s/n)o => fr ≥ 1 => F ≥ 0dB

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 73


Factor de Ruído

Î Potência do ruído à entrada (à temperatura ambiente de referência, T0):

ni = K.T0.Bn
Î Potência do ruído gerado internamente: na

Î Potência do ruído à saída: no = g ni + na


no = fr g ni
Î Potência de sinal à saída: so = g si

Î Relação sinal-ruído à entrada: (s/n)i= si / ni

Î Relação sinal-ruído à saída: (s/n)o= gsi / (g ni + na) = si / {ni[1+ na/(g ni)]}

Î Factor de ruído: fr = (s/n)i / (s/n)o= 1+ na/(g ni)


; Componente (ex. amplificador) muito ruidoso: fr >> 1
; Componente de baixo ruído: 1 < fr< 2 ==> 0 dB < F < 3 dB

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 74


Factor de Ruído de Sistemas com Perdas

Î Em sistemas com perdas (meios de transmissão guiados e cabos de


ligação) as perdas resultam de dissipação de potência na resistência
interna:
Ruído interno é ruído térmico à temperatura ambiente, Tamb
Î Se o sistema com perdas l, se encontrar à temperatura ambiente de
referência, Tamb=T0, demonstra-se que o seu factor de ruído é:

fr = l
Conclusão:
Î quanto maiores as perdas do sistema maior a quantidade de ruído
introduzido pelo sistema.

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 75


Associação de 2 SLITs em Cadeia

SLIT 1 SLIT 2 SLIT equiv.


N0,i = K T g1, B1, fr,1 g2, B2, fr,2 N0,i = K T gtot, Bn, fr,tot

Î O ganho total da associação é dado por gtot = g1 g2

Î O ruído à saída consiste em três termos:


i) o ruído de entrada amplificado pelos dois SLITs;
ii) o ruído interno do primeiro SLIT amplificado pelo segundo SLIT;
iii) o ruído interno do segundo SLIT.
Î O factor de ruído total é:
f r ,2 − 1
f r ,tot = f r ,1 +
g1

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 76


Associação de SLITs em Cadeia:
Factor de Ruído

Î O factor de ruído total da associação de m SLITs em cadeia é:

f r ,2 − 1 f r ,3 − 1 f r ,m − 1
f r ,tot = f r ,1 + + +...+
g1 g1g2 g1g2 ... gm−1

Î O factor de ruído total:


; depende directamente do factor de ruído do primeiro SLIT e do seu ganho;
; o primeiro SLIT é de importância fundamental no desempenho do sistema e o
seu projecto deve ser cuidado.
Î Se o primeiro SLIT for um pré-amplificador de ganho g1 bastante elevado o
factor de ruído total reduz-se ao factor de ruído do pré-amplificador:
; o ruído do sistema é determinado principalmente pelo pré-amplificador;
; os restantes SLITs dão ganho adicional e filtragem sem deteriorar
significativamente a relação sinal-ruído.

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 77


Sistema de Transmissão por Cabo:
Factor de Ruído

Î Cada secção é constituída por um troço de cabo seguido por um


repetidor cujo ganho compensa as perdas do cabo.
; Se o troço de cabo estiver à temperatura ambiente de referência, T0, e as
suas perdas forem lc então fr,c = lc.
; Se o repetidor compensar exactamente as perdas do troço de cabo que o
antecede, grep = lc, e tiver factor de ruído fr,rep
; Então, cada secção tem ganho unitário, gsec = 1 e factor de ruído fr,sec=lc fr,rep.

Î O factor de ruído total de m secções em cadeia é

fr,tot = m fr,sec-(m-1) ≈ m fr,sec = m lc fr,rep

válido para fr,sec >>1 ⇔ lc >>1

; duplicar o número de repetidores aumenta o factor de ruído total de 3dB


TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 78
Sistema de Transmissão por Cabo:
Relação Sinal-Ruído

Î Potência de ruído à entrada do sistema, à temperatura ambiente de referência:


ni = KT0Bn
Î Relação sinal-ruído à saída do sistema, à temperatura ambiente de referência:
(s/n)o = (s/n)i / fr,tot => (s/n)o = si / [ KT0Bn fr,tot ] ≈ si / [ KT0Bn m fr,sec ]

⎛ s⎞ ⎛ si ⎞ 1 ⎛ s⎞ 1
⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ =⎜ ⎟
⎝ n ⎠ o ⎝ KT0 Bn f r ,sec ⎠ m ⎝ n ⎠ 1 m

; (s/n)1 é a relação sinal-ruído à saída da primeira secção (primeiro repetidor)

Relação sinal-ruído vai-se degradando com a transmissão


(com o aumento do número de secções)

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 79


Impacto do Ruído num Sinal Digital

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 80


Regenerador

Elementos constituintes:
; Amostrador para tirar uma amostra do sinal recebido, no instante de
tempo mais adequado;
; Decisor para decidir com base na amostra fornecida pelo amostrador
qual o símbolo recebido.

Sinal à entrada
do receptor

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 81


Regeneradores vs. Repetidores

Î Repetidor: “Repete” o sinal de entrada na saída, amplificando-o;


Î Regenerador: Regenera o sinal de entrada realizando 3 funções (3R):
Reshaping Retiming Regeneration
(Re-formatação) (Re-temporização) (Regeneração)
iguala e amplifica temporiza a partir do sinal recebido amostra, decide e codifica

Esquema
de
regenerador

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 82


Probabilidade de Erro

Î À saída de um regenerador não há ruído, mas a decisão tem associada


uma probabilidade de erro;
Î O desempenho em termos de probabilidade de erro depende do tipo de
ruído e da forma do sinal;
Î Suponha-se:
; Ruído gaussiano com uma potência média igual a σ 2.
A função densidade de probabilidade é: 1 ⎛ n2 ⎞
P( n ) = exp⎜⎜ − ⎟

2πσ ⎝ 2σ ⎠
2

; Exemplo: código de linha polar (+V e -V) correspondente aos sinais na recepção:
y1 = V + n e y0 = −V + n
; Nível de decisão, 0 V;
; Os bits 0 e 1 são equiprováveis;

Î A probabilidade de erro é dada por


[ P(n < −V ) + P(n > V )]
1
P(e) = P(e|1) ⋅ P(1) + P(e|0) ⋅ P(0) =
2
TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 83
Probabilidade de Erro

Î Sendo n gaussiano, então também y0 e y1 são gaussianos de média +V e


-V, respectivamente, pelo que a probabilidade de erro é a média aritmética
das áreas a sombreado.

entrada do
circuito de
decisão
⎛V ⎞ ⎛ s⎞
Î Integrando para obter as áreas vem P (e ) = erfc ⎜ ⎟ = erfc ⎜ ⎟
⎝σ ⎠ ⎝ n⎠

2 − z2
onde 2 +∞ − t e
erfc( z ) = ∫z e dt = se z ≥ 2
π z π
TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 84
Probabilidade de Erro

Î O número de níveis por


símbolo é limitado pela
relação sinal-ruído
necessária para obter
uma probabilidade de
erro aceitável.

Î Quanto maior for o


número de níveis usado
mais próximos estarão
para uma dada potência
de sinal ou maior terá de
ser essa potência para
obter a mesma
probabilidade de erro.

TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 85


Cadeia de R Secções (R-1 Regeneradores):
Probabilidade de Erro

Regenerador Regenerador
Emissor Receptor
Meio 1 R-1 Meio
transmissão transmissão

Î Cada regenerador tem uma probabilidade de erro, p.


Exemplo: para o código polar: ⎛ s⎞
p = P(e) = erfc⎜ ⎟
⎝ n⎠
Î Supondo independência entre repetidores, a probabilidade de um bit
sofrer k erros é dada por:
Pk = Ck ⋅ p ⋅ (1− p)
R k R−k

Î Como cada bit pode acumular erros ao longo das diversas


regenerações, só haverá erro na recepção se um dado bit sofrer um
número ímpar de erros.
; Probabilidade de erro de bit para uma cadeia com R secções:

PR(e) = ∑Pk = ∑ k ⋅(1− p)


R−k
CR
⋅ pk
≈ R⋅ p se R⋅ p << 1
k impar k impar TRC – Prof. Paulo Lobato Correia 86

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