Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
TECNOLOGIA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DA ÁREA II
ENGENHARIA CIVIL
a)– obter a aceleração de um corpo graficamente por meio das medidas de posição e tempo,
– verificar experimentalmente a segunda lei de Newton.
2) INTRODUÇÃO TEÓRICA
a) A segunda lei de Newton afirma que a soma das forças externas que atuam sobre um
corpo é igual ao produto de sua massa pela aceleração. Esta relação de
proporcionalidade entre a força resultante e a aceleração nos permite descrever uma
infinidade de sistemas mecânicos como o da Figura 1, por exemplo.
onde na M é a massa do bloco sobre a superfície sem atrito, m a do bloco suspenso, T1 a força de
tração que puxa o bloco de massa M, T2 a força de tração que puxa o bloco de massa m, g é a
aceleração da gravidade e a é o módulo da aceleração dos blocos. Supondo que a corda deslize pela
polia sem atrito as forças de tração T1 e T2 serão iguais e a aceleração do sistema poderá ser obtida
de (1) e (2) como:
Embora nenhuma polia real se enquadre na suposição acima, ela é bastante válida em diversos
sistemas e sua utilização também se justifica pelo fato de que normalmente a massa da polia é bem
menor que as demais massas envolvidas além do fato dela ser fixa, o que dificulta a medida de sua
massa. Mas então, o que fazer quando a polia não pode ser aproximada por uma polia ideal? Para
avaliar o efeito da rotação da polia, considere a Figura (2). Como o eixo de rotação da polia passa
pelo o seu centro de massa e considerando que T2 > T1, o módulo do torque (τ ) responsável por
rotacionar a polia é:
A polia possui um momento de inércia (I) em realção a um eixo passando pelo seu centro dado
2
por:
onde mr = 2m1 + m2 é a massa total da polia. Da Segunda Lei de Newton aplicada à rotação tem-se
que:
Combinando as equações (1), (2) e (6), pode-se obter a aceleração do sistema da Figura (1) em
função das massas dos blocos, da massa da roldana e da aceleração da gravidade:
Como era esperado, da equação (7) percebe-se que a polia só pode ser considerada ideal quando sua
massa for muito menor que as massas envolvidas no sistema
b) Descrever o(s) modelo(s) usado(s) para descrever o experimento
3) DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO
a) Montagem do aparato experimental
1. Monte o trilho de ar (Fig. 3), acoplando-o à unidade geradora de fluxo de ar. Nivele o trilho
(verifique com o professor o manual com o procedimento para nivelar o trilho) – (Fig. 4).
2. Disponha um sensor óptico na região central do trilho e conecte-o ao cronômetro digital (posição
S0 do cronômetro). Fixe-o.
3. Acople ao carro de seis pinos a cerca ativadora para registrar a passagem do carro pelo sensor.
Prenda a cerca ao carro utilizando tiras elásticas (ver Fig. 5).
4. Conecte molas amortecedoras nas extremidades do carro para suavizar o impacto do carro com o
trilho (ver Fig. 5).
. Meça a massa do carro montado e vazio (sem nenhuma peça de latão). Anote no campo apropriado
na folha de registro.
6. Meça a massa do bloco de madeira com gancho. Anote.
7. Retire a roldana do trilho utilizando as ferramentas adequadas, meça sua massa, anote e
recoloquea no local adequado.
8. Ligue o carro e o bloco de madeira por um fio de aproximadamente 1 m. Disponha o carro no
trilho próximo ao sensor, no lado oposto ao da polia. Passe o fio pela roldana, deixando o bloco
suspenso.
9. Ajuste a altura da roldana para que o trecho do fio que passa por ela e o carro esteja alinhado com
a horizontal.
3
10. Selecione duas peças de latão, meça e anote a massa correspondente e acople-as no carro. A
disposição das massas no carro deve ter simetria com os planos verticais que dividem o carro ao
meio. Por exemplo: prefira adicionar duas peças de 50 g (uma em cada lado do carro) ou quatro de
25 g (duas em cada lado, sendo uma em cada extremo) ao invés de uma única peça de 100 g.
11. Ligue o cronômetro digital e selecione a função F3.
12. Ligue o gerador de fluxo e ajuste o fluxo de ar o suficiente para o carro deslizar livre de atrito
sobre o trilho.
13. Abandone o bloco de madeira (do repouso) de modo que o mesmo puxe o carro ao longo do
trilho.
14. Anote os instantes de tempo registrados no cronômetro.
15. Realize cinco ensaios do experimento, acoplando massas adicionais de latão ao carro em cada
ensaio.
4
b) Trilho de ar, – unidade geradora de fluxo de ar para o trilho, – nível circular, – cavaleiro,
– carro (seis pinos), – sensor óptico, – cronômetro digital microcontrolado, – 12 peças de
latão de 50 g, – polia acoplada ao trilho, – paquímetro, – bloco de madeira com gancho,
– fio para acoplar bloco de madeira ao carro (passando pela polia) com
aproximadamente 1 m de comprimento.
4) RESULTADOS E DISCUSSÃO
5
t6(t0a6): 00,402 t6(t0a6): 00,388 –
0,108
t7(t0a7): 00,448 t7(t0a7): 00,427 –
0,126
t8(t0a8): 00,491 t8(t0a8): 00,463 –
0,144
t9(t0a9): 00,532 t9(t0a9): 00,497 –
0,162
t10(t0a10): 00,570 t10(t0a10): 00,529 – 0,180
aexp= m *g a≈ 1,66m/s²
m+M+0,5*mr
Ensaio 02
a= 78,46 *9,782
6
aexp= m *g
m+M+0,5*mr aexp= m *g
m+M+0,5*mr
a= 78,46 *9,782
441,21+78,46+0,5*8,0 a= 78,46 *9,782
841,24+78,46+0,5*8,0
a≈ 1,37m/s²
a≈ 0,80m/s²
Ensaio 03
Ensaio 05
aexp= m *g aexp= m *g
m+M+0,5*mr m+M+0,5*mr
a≈ 1,16m/s² a≈ 0,89m/s²
Ensaio 04
ateor∗100%
ateor
7
1. Faça o diagrama de corpo livre para o sistema estudado e deduza a expressão que descreve a
aceleração correspondente.
Bloco 01
FN
T1
∑FM = m*a
T1= M*a M
PM
Bloco 02
T2
∑Fm = m*a
P-T2= m*a m
PM
Como T1=T2
∑Fr = m*a
T1= M*a
P-T2=m*a
P= (M+m)*a
m*g= (M+m)*a
a= m *g equação da aceleração
m+M
2. Discrimine as principais fontes de erro das medidas realizadas. Como poderiam ser
minimizadas?
Fonte de erro:
A falta de precisão dos equipamentos utilizados.
A força de atrito existente entre o carrinho e o trilho de ar
Falta de exatidão durante a coleta de dados
Soluções para minimizar os erros:
3. O desvio entre aexp e ateor é significativo para diferentes combinações de massas do sistema
ou é circunstancial? Discuta.
Não e significativo, pois os valores das acelerações teóricas são próximas das acelerações
experimentais.
No ensaio n°04, pois a massa do sistema 919,07 (M=841,24g+78,46g) e muito maior que a
massa da polia (M=80g) que representa 10% da massa do sistema.
12
A roldana pode ser considerada ideal, quando sua massa e desprezível em relação a massa
do sistema.
5) CONCLUSÕES
Diante do exposto, fica evidente a ocorrência de fatores que afetaram os resultados encontrados,
uma vez que não foi possível obter um valor próximo do teórico para a aceleração da gravidade;
porém, observando o valor absoluto das acelerações dos cálculos experimental e teórico, tem-se,
conforme esperado devido à teoria associada a este experimento, uma diminuição da aceleração
devido ao aumento das massas acrescidas ao carrinho.
6) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W. Física I: Mecânica. 10a ed. São Paulo, SP:
Pearson Addison Wesley, 2003.
13