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EXPROPRIAÇÃO
CONCEITO
ESPÉCIES
ADJUDICAÇÃO
a) Conceito
b) Espécies
Sobre o momento inicial em que a adjudicação pode ser requerida, há duas correntes:
1ª – após a penhora e avaliação;
2ª – após o prazo de 15 dias para interposição dos embargos ou da impugnação. Interpostos
os embargos ou a impugnação será também possível a adjudicação, salvo se os embargos ou a
impugnação forem recebidos com efeito suspensivo.
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A adjudicação considera-se perfeita e acabada com a lavratura e assinatura do auto pelo juiz,
pelo adjudicante, pelo escrivão ou chefe de secretaria e, se for presente, pelo executado,
expedindo-se a respectiva carta, se bem imóvel, ou ordem de entrega ao adjudicante, se bem
móvel. A carta de adjudicação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula e
registros, a cópia do auto de adjudicação e a prova de quitação do imposto de transmissão.
A carta de adjudicação autoriza o adjudicante a registrar o imóvel em seu nome, mas só será
expedida mediante quitação do imposto de transmissão inter vivos.
g) Remição
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Sobre a diferença entre arrematação e adjudicação, cumpre salientar que a primeira exige
leilão judicial, sendo que qualquer interessado pode ser arrematante, ao passo que na segunda o
bem não é posto em leilão judicial, sendo que somente o credor e outros legitimados podem
figurar como adjudicantes.
A arrematação pode ser feita por valor inferior ao da avaliação, desde que não seja preço vil.
Já a adjudicação sempre se realiza pelo valor da avaliação.
a) Cabimento
A alienação em leilão judicial só é feita quando não for requerida a adjudicação nem a
alienação particular do bem penhorado.
Arrematação é a aquisição do bem que foi alienado em leilão judicial. O
CPC anterior, usava a expressão hasta pública, que subdividia-se em:
a) praça: alienação de imóveis;
b) leilão: alienação de móveis.
O CPC/2015 emprega o termo leilão tanto para bens móveis quanto para imóveis.
Em regra, o leilão é realizado por leiloeiro público. Abre-se exceção aos valores mobiliários
das sociedades anônimas, cujo leilão é realizado por corretores da bolsa de valores.
Cabe ao juiz a designação do leiloeiro público, que poderá ser indicado pelo exequente.
O leiloeiro recebe uma comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz, cujo pagamento
deve ser efetuado pelo arrematante do bem.
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e) Intimação do leilão
De acordo com o art. 889 do CPC, serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5
(cinco) dias de antecedência:
I - o executado, por meio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos,
por carta registrada, mandado, edital ou outro meio idôneo;
II - o coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhorada fração ideal;
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III - o titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de superfície, concessão de uso
especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre
bem gravado com tais direitos reais;
IV - o proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície, enfiteuse,
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a
penhora recair sobre tais direitos reais;
V - o credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com penhora anteriormente
averbada, quando a penhora recair sobre bens com tais gravames, caso não seja o credor, de
qualquer modo, parte na execução;
VI - o promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja
promessa de compra e venda registrada;
VII - o promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de
promessa de compra e venda registrada;
VIII - a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem tombado.
Se o executado for revel e não tiver advogado constituído, não constando dos autos seu
endereço atual ou, ainda, não sendo ele encontrado no endereço constante do processo, a
intimação considerar-se-á feita por meio do próprio edital de leilão (parágrafo único do art. 889 do
CPC).
Em regra, qualquer pessoa solvente tem legitimidade para oferecer lance nos leilões.
Com efeito, dispõe o art. 890 do CPC:
Pode oferecer lance quem estiver na livre administração de seus bens, com exceção:
I - dos tutores, dos curadores, dos testamenteiros, dos administradores ou dos liquidantes,
quanto aos bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade;
II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam
encarregados;
III - do juiz, do membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, do escrivão, do chefe
de secretaria e dos demais servidores e auxiliares da justiça, em relação aos bens e direitos objeto
de alienação na localidade onde servirem ou a que se estender a sua autoridade;
IV - dos servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa jurídica a que
servirem ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
V - dos leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam
encarregados; VI - dos advogados de qualquer das partes .
g) Lances
No edital, o juiz deve fixar o preço mínimo pelo qual o bem pode ser arrematado. Se não
fixar, será aceito qualquer lance, exceto o lance que ofereça preço vil.
Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não
tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da
avaliação (parágrafo único do art. 896 do CPC).
Abre-se exceção ao imóvel de incapaz, cuja arrematação não poderá ser por preço inferior a
80% (oitenta por cento) do valor da avaliação (art. 896 do CPC).
h) Pagamento
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Em regra, o pagamento deverá ser realizado de imediato pelo arrematante, por depósito
judicial ou por meio eletrônico.
Abrem-se, no entanto, as seguintes exceções:
a. decisão judicial que autoriza o pagamento não imediato.
b. arrematação feita pelo próprio exequente quando este for o único credor. Se o
exequente arrematar os bens e for o único credor, não estará obrigado a exibir o preço, mas, se o
valor dos bens exceder ao seu crédito, depositará, dentro de 3 (três) dias, a diferença, sob pena de
tornar-se sem efeito a arrematação, e, nesse caso, realizar-se-á novo leilão, à custa do exequente (§
o
1 do art. 892 do CPC).
c. pagamento em prestações.
Com efeito, de acordo com o art. 895 do CPC, o interessado em adquirir o bem penhorado
em prestações poderá apresentar, por escrito:
I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior ao da
avaliação;
II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja
considerado vil .
A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos vinte e cinco
por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30 (trinta) meses, garantido por
caução idônea, quando se tratar de móveis, e por hipoteca do próprio bem, quando se tratar de
o
imóveis (§1 ).
As propostas para aquisição em prestações indicarão o prazo, a modalidade, o indexador de
o
correção monetária e as condições de pagamento do saldo (§ 2 ).
No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá multa de dez por cento
o
sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas (§ 4 ).
O inadimplemento autoriza o exequente a pedir a resolução da arrematação ou promover,
em face do arrematante, a execução do valor devido, devendo ambos os pedidos ser formulados
o
nos autos da execução em que se deu a arrematação (§ 5 ).
o
A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o leilão (§ 6 ).
A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as propostas de
o
pagamento parcelado (§ 7 ).
Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado:
I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim compreendida, sempre,
a de maior valor;
II - em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar.
No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante pertencerão ao
exequente até o limite de seu crédito, e os subsequentes, ao executado.
j) Documentação da arrematação
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A arrematação constará de auto que será lavrado de imediato e poderá abranger bens
penhorados em mais de uma execução, nele mencionadas as condições nas quais foi alienado o
bem (art. 901 do CPC).
A ordem de entrega do bem móvel ou a carta de arrematação do bem imóvel, com o
respectivo mandado de imissão na posse, será expedida depois de efetuado o depósito ou
prestadas as garantias pelo arrematante, bem como realizado o pagamento da comissão do
leiloeiro e das demais despesas da execução.
A carta de arrematação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula ou
individuação e aos seus registros, a cópia do auto de arrematação e a prova de pagamento do
imposto de transmissão, além da indicação da existência de eventual ônus real ou gravame.
No caso de leilão de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura do auto de
arrematação, oferecendo preço igual ao do maior lance oferecido (art. 902 do CPC).
No caso de falência ou insolvência do devedor hipotecário, o direito de remição previsto no
caput defere-se à massa ou aos credores em concurso, não podendo o exequente recusar o preço
da avaliação do imóvel (parágrafo único do art. 902 do CPC).
Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo
leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser
o
julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4 deste
artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos (art. 903 do CPC).
o
De acordo com o § 1 do art. 903, ressalvadas outras situações previstas neste Código, a
arrematação poderá, no entanto, ser:
I - invalidada, quando realizada por preço vil ou com outro vício;
II - considerada ineficaz, se não observado o disposto no art. 804, isto é, intimação do titular
do direito real sobre bem.
III - resolvida, isto é, extinta, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.
o
O juiz decidirá acerca das situações referidas no § 1 , se for provocado em até 10 (dez) dias
após o aperfeiçoamento da arrematação. É vedado ao juiz agir de ofício.
Passado o prazo de 10 (dez) dias, sem que tenha havido alegação de qualquer das situações
o
previstas no § 1 , será expedida a carta de arrematação e, conforme o caso, a ordem de entrega ou
mandado de imissão na posse.
Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a invalidação da
arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo processo o arrematante figurará
o
como litisconsorte necessário (§ 4 do art. 903 do CPC). Entretanto, conforme já dito, a procedência
desta ação não anulará a arrematação, mas apenas gerará a obrigação de reparação dos danos.
m) Desistência da arrematação
o
O § 5 do art. 903 do CPC esclarece que o arrematante poderá desistir da arrematação,
sendo-lhe imediatamente devolvido o depósito que tiver feito:
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I - se provar, nos 10 (dez) dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame não
mencionado no edital;
II - se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de entrega, o executado alegar
o
alguma das situações previstas no § 1 ;
o
III - uma vez citado para responder a ação autônoma de que trata o § 4 deste artigo, desde
que apresente a desistência no prazo de que dispõe para responder a essa ação.
Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de vício com o
objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante ser condenado, sem
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de multa, a ser fixada pelo juiz e
o
devida ao exequente, em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do bem (§ 6
do art.903 do CPC).
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PERGUNTAS:
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