Vous êtes sur la page 1sur 10

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

EXPROPRIAÇÃO

CONCEITO

Expropriação é o ato judicial, posterior à penhora, que retira do devedor a propriedade do


bem penhorado.

ESPÉCIES

São três as espécies de expropriação:


a) adjudicação;
b) alienação por iniciativa particular;
c) alienação em leilão judicial.
Assim, a primeira medida preferencial é a adjudicação, caso o credor queira adjudicar, pois
ela se realiza sem qualquer despesa. Se não houver interesse na adjudicação, procede-se a
alienação por iniciativa particular. Caso não haja também interesse, resta a alienação em leilão
judicial, que é a mais onerosa.

ADJUDICAÇÃO

a) Conceito

Adjudicação é o fato de o exequente ou outros legitimados adquirir a propriedade do bem


penhorado como forma de extinção da obrigação. A adjudicação pode recair sobre bem móvel ou
imóvel.
A adjudicação é a forma preferencial de expropriação e pode ocorrer enquanto não houver a
alienação judicial do bem.
A adjudicação não pode ser feita por valor inferior ao da avaliação.

b) Espécies

Se o valor da avaliação do bem for inferior ao da execução, o exequente poderá prosseguir na


execução para receber a diferença. Fala-se em adjudicação satisfativa. Se o valor da avaliação for
superior ao da execução, fala-se em adjudicação-venda, pois o exequente terá que depositar
imediatamente em juízo a diferença.

c) Momento para requerer a adjudicação

Sobre o momento inicial em que a adjudicação pode ser requerida, há duas correntes:
1ª – após a penhora e avaliação;
2ª – após o prazo de 15 dias para interposição dos embargos ou da impugnação. Interpostos
os embargos ou a impugnação será também possível a adjudicação, salvo se os embargos ou a
impugnação forem recebidos com efeito suspensivo.

d) Legitimidade para adjudicar

Além do exequente, são ainda legitimados a


adjudicar: a) credor com garantia real sobre o bem;

1
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

b) proprietário do terreno sobre o qual incide o direito real de enfiteuse, superfície,


concessão de uso, uso e compromisso de compra e venda;
c) credores concorrentes que também hajam penhorado o mesmo bem;
d) cônjuge, companheiro, descendentes e ascendentes do executado. Eles não são intimados
da penhora e, por isso, devem intervir voluntariamente;
e) União, Estado-Membro, Distrito Federal e Município, quando se tratar de bem tombável;
f) sócio e acionista de sociedade anônima fechada, quando a penhora recair sobre quota ou
ação. Nesse caso, a sociedade é intimada para comunicar os sócios ou acionistas que eles têm
direito de preferência na aquisição da quota ou ação penhorada.

e) Direito de preferência para adjudicar

Se houver mais de um pretendente legitimado para adjudicar, proceder-se-á a


licitação entre eles, tendo preferência, em caso de igualdade de oferta, o cônjuge, o
o
companheiro, o descendente ou o ascendente, nessa ordem (§ 6 do art. 876 do CPC).

f) Momento do aperfeiçoamento da adjudicação

A adjudicação considera-se perfeita e acabada com a lavratura e assinatura do auto pelo juiz,
pelo adjudicante, pelo escrivão ou chefe de secretaria e, se for presente, pelo executado,
expedindo-se a respectiva carta, se bem imóvel, ou ordem de entrega ao adjudicante, se bem
móvel. A carta de adjudicação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula e
registros, a cópia do auto de adjudicação e a prova de quitação do imposto de transmissão.
A carta de adjudicação autoriza o adjudicante a registrar o imóvel em seu nome, mas só será
expedida mediante quitação do imposto de transmissão inter vivos.

g) Remição

Remição é o pagamento efetuado pelo executado para impedir a adjudicação do bem.


No caso de penhora de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura do auto
o
de adjudicação, oferecendo preço igual ao da avaliação (§ 3 do art. 877 do CPC).
Na hipótese de falência ou de insolvência do devedor hipotecário, o direito de remição
o
previsto no § 3 será deferido à massa ou aos credores em concurso, não podendo o exequente
o
recusar o preço da avaliação do imóvel (§ 4 do art. 877 do CPC).

h) Distinção entre adjudicação e dação em pagamento

A adjudicação distingue-se da dação em pagamento, embora nesses dois institutos o credor


consinta em receber em pagamento prestação diversa da que lhe é devida.
Na dação em pagamento, é o próprio devedor que entrega o bem ao credor, para extinguir a
dívida. O credor o recebe aliud pro alio , isto é, uma coisa pela outra, sem determinar o valor do
bem, pouco importa se ele tem valor superior ou inferior ao débito.
Na adjudicação , é o Estado-juiz que entrega o bem ao exequente, que o recebe pelo valor da
avaliação, poderá cobrar o saldo ou terá que depositar a diferença, conforme o bem valha mais ou
valha menos que o valor da dívida.

i) Distinção entre adjudicação e arrematação

2
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

Sobre a diferença entre arrematação e adjudicação, cumpre salientar que a primeira exige
leilão judicial, sendo que qualquer interessado pode ser arrematante, ao passo que na segunda o
bem não é posto em leilão judicial, sendo que somente o credor e outros legitimados podem
figurar como adjudicantes.
A arrematação pode ser feita por valor inferior ao da avaliação, desde que não seja preço vil.
Já a adjudicação sempre se realiza pelo valor da avaliação.

ALIENAÇÃO POR INICIATIVA PARTICULAR

A alienação por iniciativa particular é a feita por intermédio do exequente ou corretor ou


leiloeiro público credenciado perante a autoridade judiciária.
O corretor ou leiloeiro deve estar em exercício profissional há pelo menos três anos, mas nas
localidades em que não houver corretor ou leiloeiro credenciado, a indicação será de livre escolha
do exequente.
O exequente é o único legitimado a requerer ao juiz a alienação por iniciativa particular.
O juiz fixará:
a) o prazo em que a alienação deve ser efetivada;
b) o preço mínimo;
c) as condições de pagamento e as garantias;
d) a comissão, quando for intermediada por corretor ou leiloeiro. Se a alienação for feita pelo
próprio exequente, não há comissão;
e) forma de publicidade.
A alienação, após o depósito do preço em juízo, será formalizada por termo nos autos,
assinado pelo juiz, pelo exequente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-
se carta de alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, ordem de
entrega ao adquirente. Assim, não há necessidade de escritura pública.

ALIENAÇÃO EM LEILÃO JUDICIAL

a) Cabimento

A alienação em leilão judicial só é feita quando não for requerida a adjudicação nem a
alienação particular do bem penhorado.
Arrematação é a aquisição do bem que foi alienado em leilão judicial. O
CPC anterior, usava a expressão hasta pública, que subdividia-se em:
a) praça: alienação de imóveis;
b) leilão: alienação de móveis.
O CPC/2015 emprega o termo leilão tanto para bens móveis quanto para imóveis.

b) Legitimidade para realizar o leilão judicial

Em regra, o leilão é realizado por leiloeiro público. Abre-se exceção aos valores mobiliários
das sociedades anônimas, cujo leilão é realizado por corretores da bolsa de valores.
Cabe ao juiz a designação do leiloeiro público, que poderá ser indicado pelo exequente.
O leiloeiro recebe uma comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz, cujo pagamento
deve ser efetuado pelo arrematante do bem.

3
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

c) Formas de leilão judicial

O leilão judicial pode ser eletrônico e presencial.


Leilão eletrônico é o realizado pela internet. O leilão eletrônico têm preferência sobre o
presencial. É regulado pelas normas do CNJ. No referido leilão as propostas poderão ser
apresentadas durante um certo período.
Leilão presencial é o que se realiza no local designado pelo juiz, em data e horários
determinados. O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início,
independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de expediente forense
(art. 900 do CPC).

d) Funções do leiloeiro público

De acordo com o art. 884 do CPC, incumbe ao leiloeiro público:


I - publicar o edital, anunciando a alienação. O edital deve conter o valor da avaliação e o
preço mínimo da arrematação. A publicação do edital deverá ocorrer pelo menos 5 (cinco) dias
antes da data marcada para o leilão.
O edital será publicado na rede mundial de computadores, em site designado pelo juízo da
execução, e conterá descrição detalhada e, sempre que possível, ilustrada dos bens, informando
expressamente se o leilão se realizará de forma eletrônica ou presencial.
Não sendo possível a publicação na rede mundial de computadores ou considerando o juiz,
em atenção às condições da sede do juízo, que esse modo de divulgação é insuficiente ou
inadequado, o edital será afixado em local de costume e publicado, em resumo, pelo menos uma
vez em jornal de ampla circulação local.
Atendendo ao valor dos bens e às condições da sede do juízo, o juiz poderá alterar a forma e
a frequência da publicidade na imprensa, mandar publicar o edital em local de ampla circulação de
pessoas e divulgar avisos em emissora de rádio ou televisão local, bem como em outros sites.
Os editais de leilão de imóveis e de veículos automotores serão publicados pela imprensa ou
por outros meios de divulgação, preferencialmente na seção ou no local reservados à publicidade
dos respectivos negócios.
II - realizar o leilão onde se encontrem os bens ou no lugar designado pelo juiz. O escrivão, o
chefe de secretaria ou o leiloeiro que culposamente der causa à transferência responde pelas
despesas da nova publicação, podendo o juiz aplicar-lhe a pena de suspensão por 5 (cinco) dias a 3
(três) meses, em procedimento administrativo regular (parágrafo único do art. 888 do CPC).
III - expor aos pretendentes os bens ou as amostras das mercadorias;
IV - receber e depositar, dentro de 1 (um) dia, à ordem do juiz, o produto da alienação. O
leiloeiro tem o direito de receber do arrematante a comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo
juiz.
V - prestar contas nos 2 (dois) dias subsequentes ao depósito.

e) Intimação do leilão

De acordo com o art. 889 do CPC, serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5
(cinco) dias de antecedência:
I - o executado, por meio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos,
por carta registrada, mandado, edital ou outro meio idôneo;
II - o coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhorada fração ideal;

4
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

III - o titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de superfície, concessão de uso
especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre
bem gravado com tais direitos reais;
IV - o proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície, enfiteuse,
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a
penhora recair sobre tais direitos reais;
V - o credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com penhora anteriormente
averbada, quando a penhora recair sobre bens com tais gravames, caso não seja o credor, de
qualquer modo, parte na execução;
VI - o promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja
promessa de compra e venda registrada;
VII - o promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de
promessa de compra e venda registrada;
VIII - a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem tombado.
Se o executado for revel e não tiver advogado constituído, não constando dos autos seu
endereço atual ou, ainda, não sendo ele encontrado no endereço constante do processo, a
intimação considerar-se-á feita por meio do próprio edital de leilão (parágrafo único do art. 889 do
CPC).

f) Legitimidade para arrematar bens

Em regra, qualquer pessoa solvente tem legitimidade para oferecer lance nos leilões.
Com efeito, dispõe o art. 890 do CPC:
Pode oferecer lance quem estiver na livre administração de seus bens, com exceção:
I - dos tutores, dos curadores, dos testamenteiros, dos administradores ou dos liquidantes,
quanto aos bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade;
II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam
encarregados;
III - do juiz, do membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, do escrivão, do chefe
de secretaria e dos demais servidores e auxiliares da justiça, em relação aos bens e direitos objeto
de alienação na localidade onde servirem ou a que se estender a sua autoridade;
IV - dos servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa jurídica a que
servirem ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
V - dos leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam
encarregados; VI - dos advogados de qualquer das partes .

g) Lances

No edital, o juiz deve fixar o preço mínimo pelo qual o bem pode ser arrematado. Se não
fixar, será aceito qualquer lance, exceto o lance que ofereça preço vil.
Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não
tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da
avaliação (parágrafo único do art. 896 do CPC).
Abre-se exceção ao imóvel de incapaz, cuja arrematação não poderá ser por preço inferior a
80% (oitenta por cento) do valor da avaliação (art. 896 do CPC).

h) Pagamento

5
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

Em regra, o pagamento deverá ser realizado de imediato pelo arrematante, por depósito
judicial ou por meio eletrônico.
Abrem-se, no entanto, as seguintes exceções:
a. decisão judicial que autoriza o pagamento não imediato.
b. arrematação feita pelo próprio exequente quando este for o único credor. Se o
exequente arrematar os bens e for o único credor, não estará obrigado a exibir o preço, mas, se o
valor dos bens exceder ao seu crédito, depositará, dentro de 3 (três) dias, a diferença, sob pena de
tornar-se sem efeito a arrematação, e, nesse caso, realizar-se-á novo leilão, à custa do exequente (§
o
1 do art. 892 do CPC).
c. pagamento em prestações.
Com efeito, de acordo com o art. 895 do CPC, o interessado em adquirir o bem penhorado
em prestações poderá apresentar, por escrito:
I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior ao da
avaliação;
II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja
considerado vil .
A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos vinte e cinco
por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30 (trinta) meses, garantido por
caução idônea, quando se tratar de móveis, e por hipoteca do próprio bem, quando se tratar de
o
imóveis (§1 ).
As propostas para aquisição em prestações indicarão o prazo, a modalidade, o indexador de
o
correção monetária e as condições de pagamento do saldo (§ 2 ).
No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá multa de dez por cento
o
sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas (§ 4 ).
O inadimplemento autoriza o exequente a pedir a resolução da arrematação ou promover,
em face do arrematante, a execução do valor devido, devendo ambos os pedidos ser formulados
o
nos autos da execução em que se deu a arrematação (§ 5 ).
o
A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o leilão (§ 6 ).
A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as propostas de
o
pagamento parcelado (§ 7 ).
Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado:
I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim compreendida, sempre,
a de maior valor;
II - em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar.
No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante pertencerão ao
exequente até o limite de seu crédito, e os subsequentes, ao executado.

i) leilão judicial de uma quota de bem divisível

Quando o imóvel admitir cômoda divisão, o juiz, a requerimento do executado, ordenará a


alienação judicial de parte dele, desde que suficiente para o pagamento do exequente e para a
satisfação das despesas da execução (art. 894 do CPC).
o
Não havendo lançador, far-se-á a alienação do imóvel em sua integridade (§ 1 do art. 894 do
CPC).

j) Documentação da arrematação

6
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

A arrematação constará de auto que será lavrado de imediato e poderá abranger bens
penhorados em mais de uma execução, nele mencionadas as condições nas quais foi alienado o
bem (art. 901 do CPC).
A ordem de entrega do bem móvel ou a carta de arrematação do bem imóvel, com o
respectivo mandado de imissão na posse, será expedida depois de efetuado o depósito ou
prestadas as garantias pelo arrematante, bem como realizado o pagamento da comissão do
leiloeiro e das demais despesas da execução.
A carta de arrematação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula ou
individuação e aos seus registros, a cópia do auto de arrematação e a prova de pagamento do
imposto de transmissão, além da indicação da existência de eventual ônus real ou gravame.

k) Remição do bem hipotecado

No caso de leilão de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura do auto de
arrematação, oferecendo preço igual ao do maior lance oferecido (art. 902 do CPC).
No caso de falência ou insolvência do devedor hipotecário, o direito de remição previsto no
caput defere-se à massa ou aos credores em concurso, não podendo o exequente recusar o preço
da avaliação do imóvel (parágrafo único do art. 902 do CPC).

l) Arrematação perfeita e acabada

Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo
leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser
o
julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4 deste
artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos (art. 903 do CPC).
o
De acordo com o § 1 do art. 903, ressalvadas outras situações previstas neste Código, a
arrematação poderá, no entanto, ser:
I - invalidada, quando realizada por preço vil ou com outro vício;
II - considerada ineficaz, se não observado o disposto no art. 804, isto é, intimação do titular
do direito real sobre bem.
III - resolvida, isto é, extinta, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.
o
O juiz decidirá acerca das situações referidas no § 1 , se for provocado em até 10 (dez) dias
após o aperfeiçoamento da arrematação. É vedado ao juiz agir de ofício.
Passado o prazo de 10 (dez) dias, sem que tenha havido alegação de qualquer das situações
o
previstas no § 1 , será expedida a carta de arrematação e, conforme o caso, a ordem de entrega ou
mandado de imissão na posse.
Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a invalidação da
arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo processo o arrematante figurará
o
como litisconsorte necessário (§ 4 do art. 903 do CPC). Entretanto, conforme já dito, a procedência
desta ação não anulará a arrematação, mas apenas gerará a obrigação de reparação dos danos.

m) Desistência da arrematação
o
O § 5 do art. 903 do CPC esclarece que o arrematante poderá desistir da arrematação,
sendo-lhe imediatamente devolvido o depósito que tiver feito:

7
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

I - se provar, nos 10 (dez) dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame não
mencionado no edital;
II - se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de entrega, o executado alegar
o
alguma das situações previstas no § 1 ;
o
III - uma vez citado para responder a ação autônoma de que trata o § 4 deste artigo, desde
que apresente a desistência no prazo de que dispõe para responder a essa ação.
Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de vício com o
objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante ser condenado, sem
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de multa, a ser fixada pelo juiz e
o
devida ao exequente, em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do bem (§ 6
do art.903 do CPC).

8
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

PERGUNTAS:

1) O que é expropriação e quais as suas espécies e preferências?


2) O que é adjudicação?
3) Até quando é possível a adjudicação?
4) A adjudicação é feita por qual valor?
5) O que é adjudicação satisfativa?
6) O que é adjudicação venda?
7) A partir de qual momento se pode requerer a adjudicação?
8) Além do exequente, quem mais pode requerer a adjudicação?
9) Se mais de um legitimado requerer a adjudicação, quem terá preferência?
10) Em que momento reputa-se perfeito e acabada a adjudicação?
11) Qual a diferença entre carta de adjudicação e ordem de entrega?
12) A carta de adjudicação dispensa o pagamento do imposto de transmissão inter vivos?
13) O que é remição?
14) Quais as diferenças entre adjudicação e dação em pagamento?
15) Quais as diferenças entre adjudicação e arrematação?
16) O que é alienação por iniciativa particular?
17) O que é e quais os requisitos para a alienação por iniciativa particular?
18) O que é arrematação?
19) O CPC/2015 usa a expressão hasta pública e praça?
20) Quem realiza o leilão?
21) Quem nomeia o leiloeiro público?
22) Quem paga a comissão do leiloeiro?
23) Quais as duas formas de leilão judicial?
24) Qual a diferença entre leilão eletrônico e leilão presencial?
25) Qual é a forma preferencial de leilão?
26) Quais as funções do leiloeiro público?
27) O edital do leilão deve ser publicado com quantos dias de antecedência?
28) Deve conter o valor do bem e o preço mínimo?
29) Onde é publicado o edital?
30) Quais as sanções previstas ao leiloeiro ou escrivão que por culpa provocarem o adiamento
do leilão?
31) O preço da arrematação é pago diretamente a quem?
32) O leiloeiro deve depositar o preço em juízo? Qual é o prazo?
33) Quem é intimado do leilão?
34) A intimação é com quantos dias de antecedência?
35) O executado é intimado pessoalmente ou através de advogado?
36) Quais as duas hipóteses em que o edital do leilão já funciona como intimação do
executado?
37) Quem tem legitimidade para arrematar bens? Quais as exceções?
38) O que se entende por preço vil?
39) Em que momento deve ser realizado o pagamento pelo arrematante?
40) E se o arrematante for o próprio exequente?
41) Quais os requisitos para se arrematar mediante pagamento em prestações?
42) Até que momento pode ser feita esta proposta de pagamento em prestações?

9
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

43) Esta proposta suspende o leilão?


44) Se houver mais de uma proposta de pagamento em prestações, quem terá a preferencia?
45) Se o arrematante em prestações incidir em mora, qual será a consequência?
46) Se o arrematante em prestações for inadimplente, quais as duas opções do exequente?
47) As duas opções acima devem ser exercidas em ação autônoma?
48) É possível se alienar apenas uma parte do imóvel penhorado?
49) O auto de arrematação pode abranger bens penhorados em mais de uma execução?
50) Qual a diferença entre carta de arrematação e ordem de entrega do bem?
51) É possível a remição do bem arrematado?
52) Quando se aperfeiçoa a arrematação?
53) Antes da assinatura do auto de arrematação, o que pode ser alegado no prazo de 10 (dez)
dias?
54) Assinado o auto de arrematação ele será anulado pela procedência dos embargos ou pela
procedência da ação de anulação da arrematação?
55) Quais as hipóteses em que é possível se desistir da arrematação?

10

Vous aimerez peut-être aussi