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Hideraldo A.

Teodoro
M∴ I∴
CIM 178.909

O Balandrau na Maçonaria
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Balandrau, segundo o Novo Dicionário de Maçonaria (H. Theodor – Clube de


Autores), “é uma veste talar (de comprimento até os tornozelos) e fechada, na cor preta,
usada pelos maçons em Sessões não magnas, sobre a qual se coloca o avental e demais
insígnias. Originou-se, em parte, de traje dos membros dos “Collegia Fabrorum”,
construtores do Império Romano, e em parte do uso de traje semelhante por confrarias
religiosas, como as opas.” (Opa = tipo de veste ou capa com aberturas em lugar das
mangas, geralmente usada por membros de irmandades e confrarias em cerimônias
religiosas).
O linguista e lexicólogo Antônio Houaiss classifica a palavra “balandrau” como
sendo de origem controversa, vinda, talvez, do latim medieval “balandrana”, designando
um casaco usado por padres. E o maçonólogo José Castellani diz que o termo designa
uma antiga vestimenta, com capuz e mangas largas, abotoada na frente, e, igualmente,
certo tipo de roupa usada por membros de antigas confrarias, geralmente religiosas.
Embora alguns autores insistam em dizer que o balandrau não é veste maçônica, o
seu uso remonta à primeira das associações de ofício organizadas (cujo conjunto é hoje
chamado de “Maçonaria de Ofício” ou “Operativa”), exatamente a dos “Collegia
Fabrorum”, cuja criação teria se dado no século VI a.C., em Roma, e que eram regidos
por rígidas leis, dentre as quais a que determinava a aceitação de novos membros
apenas por hereditariedade.
Segundo alguns historiadores, os “collegiati”, membros dos “Collegia", quando se
deslocavam pela Europa, seguindo as legiões de soldados romanos, para reconstruir o
que ia sendo destruído pelos conquistadores, construir pontes, etc., portavam uma túnica
negra. À semelhança deles, os membros das confrarias operativas dos francos-maçons
medievais, os pedreiros livres (século XIII em diante), quando viajavam para outras
cidades, outros feudos ou outros países, usavam um balandrau negro.
Os que condenam o uso do balandrau costumam afirmar que o Maçom deveria
apresentar-se em todas as Sessões das Lojas vestindo terno preto, camisa branca,

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gravata, sapatos e meias pretas, o que é altamente discutível. Por exemplo, nos Estados
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Unidos os maçons, em grande parte, costumam trabalhar em mangas de camisa,
portando o avental, e este, sim, o avental, é o verdadeiro traje maçônico, sem o qual o
maçom estaria como que nu. É por esta razão que, ao ser elevado, exaltado ou instalado,
nunca se tira simplesmente o avental que o Ir∴ está usando para, então, se colocar outro,
antes é colocado o novo avental sobre aquele em uso, quando este último pode ser
retirado.
Na realidade, discutir traje (além do verdadeiro traje, que é o avental), em
Maçonaria, é o mesmo que discutir o sexo dos anjos, pois, sabe-se que o traje masculino
sofreu variações através dos tempos, variando, inclusive, de povo para povo, na mesma
época. Sendo assim fica evidente que não se deveria determinar, da maneira como se
tem feito, o modo de trajar.
O terno (calça, paletó e colete), defendido como de uso permanente nas Sessões
por muitos maçons, foi, no passado, traje comum para homens em várias partes do
mundo, o que hoje não mais ocorre. Num passado mais distante vê-se que os maçons
iam às respectivas Lojas com o traje de uso comum em seu dia a dia, como aconteceu
com o terno, quando o uso do mesmo era comum.
É permitido, por exemplo, em várias partes do mundo, o uso de roupas típicas para
maçons estrangeiros ou o uso de uniforme, por parte de militares, do colarinho clerical
para os religiosos que o usam, desde que estejam, é claro, com seu avental maçônico.
Em uma revista maçônica tive a oportunidade de ver a foto de Grão-Mestres
reunidos em um país de clima quente, devidamente paramentados, e os que eram
daquela região usavam uma camisa branca, de mangas compridas, com a gola abotoada,
de tecido fino, com uma camiseta por baixo.
A existência de traje “a rigor” para os Maçons, talvez venha de uma antiga
mentalidade do traje para lugares especiais, como a famosa “roupa de Missa” no Brasil,
ou à imitação de fóruns e tribunais, mas, nesse caso, trazendo para nossa Ordem, porque
somente o terno se prestaria a tal propósito? Deve-se ter em mente, ainda, a dificuldade

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do terno para alguns IIr∴, devido a suas atividades: profissionais da área médica,
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militares, religiosos, etc.
Traje maçônico é o avental, mas sob ele deve haver roupa decente; e o balandrau
pode uniformizar o traje, sem ser traje meramente de rigor profano, e, como vimos, o
balandrau já foi traje de maçons de Ofício.
Atualmente, na Legislação do Grande Oriente do Brasil, no que é acompanhado
por outras Potências nacionais, determina-se o seguinte: “Os Maçons presentes às
sessões magnas estarão trajados de acordo com o seu Rito, com gravata na cor por ele
estabelecida, terno preto ou azul marinho, camisa branca, sapatos e meias pretas,
podendo portar somente suas insígnias e condecorações relativas aos graus simbólicos.
Nas demais sessões, se o rito permitir, admite-se o uso do balandrau preto, com gola
fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas, sem qualquer símbolo ou
insígnia estampados (RGF, artigo 110). O ritual de Gr∴ 1 em uso no REAA complementa
o disposto para o uso do balandrau em Sessões que não sejam magnas, estabelecendo o
seguinte: “Nas demais sessões admite-se o uso do balandrau preto... sem qualquer
estampa ou insígnias estampados, desde que usado com camisa branca, calça,
sapatos, cinto e meias pretos, não sendo permitido o uso de tênis ou
similares”(Ritual 1º Gr∴ - Apr∴ M∴ - REAA, página 33). Naturalmente, disciplinar o traje a
ser usado com o balandrau, talvez com mais elasticidade, se faz necessário, para evitar
abusos.
Para maior informação, são Sessões Magnas, segundo nossas leis, as seguintes
(RGF, art. 108, § 2º e § 3º): de iniciação; de colação de graus; de posse; de instalação; de
sagração de estandarte; de regularização de Loja; de sagração de Templo (privativas de
maçons); de adoção de Lowtons; de consagração e de exaltação matrimonial; de pompas
fúnebres; de conferências, palestras ou festivas; de caráter cívico-cultural (admitida a
presença de não maçons, exceto na abertura e encerramento dos TTrab∴). As
demais são Sessões Ordinárias e Extraordinárias. São Sessões Ordinárias (RGF, art.
108, § 1º): regulares; de instruções; administrativas; de finanças; de filiações e
regularizações de Maçons; de eleições da administração e de membro do Ministério

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Público; de eleições dos deputados federais e estaduais e de seus suplentes; de


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Banquete Ritualístico; de admissão de membros honorários. São Sessões
Extraordinárias (RGF, art. 108 § 4º): de eleições de Grão-Mestre Geral, de Grão-Mestre
Adjunto, de Grão-Mestre Estadual e de Grão-Mestre do Distrito Federal e seus adjuntos;
do Conselho de Família; de concessão de placet ex-officio; de alteração de estatutos; de
mudança de Rito; de mudança de Oriente; de mudança de Título Distintivo; de fusão ou
incorporação de Lojas.
Em que pesem abalizadas análises da questão, está o maçom obrigado a cumprir
a legislação de sua Potência, bem como o estabelecido nos rituais, que têm força de lei,
uma vez aprovados oficialmente pelas autoridades maçônicas por Decreto. No caso do
Grande Oriente do Brasil mudanças a respeito podem ser feitas pela Soberana
Assembleia Federal Legislativa e pelas autoridades do Simbolismo para o Rito, o que,
naturalmente, deverá constar, no caso das autoridades do Rito, nos rituais.

Hideraldo A. Teodoro – M∴I∴


A∴R∴B∴O∴L∴S∴ Pentalpha nº 2239

(baseado, inicialmente, em Trabalho do Ir∴ José Castellani, com adaptações,


atualizações e ampliações)

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