Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
com
Uma derivada parcial de uma função de várias variáveis é a sua derivada com respeito a
uma daquelas variáveis, com as outras variáveis mantidas constantes. Para encontrar as
derivadas parciais de uma função de duas variáveis F(x,y) ,por exemplo, primeiro derivamos
em relação a x (considerando y uma constante), e depois derivamos em relação a y
(considerando x uma constante).
Notação:
𝜕𝑓 (𝑥,𝑦)
Derivada parcial de F(x,y) em relação a x : 𝐹𝑥 𝑥, 𝑦 =
𝜕𝑥
𝜕𝑓 (𝑥,𝑦)
Derivada parcial de F(x,y) em relação a y : 𝐹𝑦 𝑥, 𝑦 = 𝜕𝑦
Exemplo 1:
𝐹𝑥 2,1 = 4 + 12 = 16
𝐹𝑦 𝑥, 𝑦 = 6𝑦² + 2𝑦𝑥³ (𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑥 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)
𝐹𝑦 2,1 = 6 + 16 = 22
São as segundas derivadas parciais de uma certa função com mais de uma variável , em
relação a uma ou duas variáveis.Para funções com duas variáveis,existem quatro possibilidades
de derivadas de segunda ordem, são elas:
𝜕²𝑓
Derivar com relação a x duas vezes: 𝑓𝑥𝑥 𝑥, 𝑦 =
𝜕𝑥 ²
𝜕²𝑓
Derivar com relação a y duas vezes: 𝑓𝑦𝑦 𝑥, 𝑦 =
𝜕𝑦 ²
𝜕²𝑓
Derivar primeiro com relação a x e depois com relação a y: 𝑓𝑥𝑦 𝑥, 𝑦 = 𝜕𝑥𝜕𝑦
𝜕²𝑓
Derivar primeiro com relação a y e depois com relação a x: 𝑓𝑦𝑥 𝑥, 𝑦 = 𝜕𝑦𝜕𝑥
Exemplo:
𝐹𝑦 𝑥, 𝑦 = 3𝑥²𝑦² − 4𝑦
2ª ordem: 𝐹𝑥𝑥 𝑥, 𝑦 = 6𝑥 + 2𝑦 3
𝐹𝑦𝑦 𝑥, 𝑦 = 6𝑦𝑥² − 4
𝐹𝑥𝑦 𝑥, 𝑦 = 6𝑥𝑦²
Iguais
𝐹𝑦𝑥 𝑥, 𝑦 = 6𝑥𝑦²
𝐹𝑥𝑦 𝑥, 𝑦 = 𝐹𝑦𝑥 𝑥, 𝑦
Teorema de Clairaut
Se 𝐹𝑥𝑦 𝑥, 𝑦 e 𝐹𝑦𝑥 𝑥, 𝑦 existem e são funções contínuas, então:
𝐹𝑥𝑦 𝑥, 𝑦 = 𝐹𝑦𝑥 𝑥, 𝑦
Exemplo:
Pelo Teorema de Clairaut: Vamos supor que tal F(x,y) existe, então as derivadas parciais de 2ª
ordem são contínuas, e as derivadas cruzadas devem ser iguais.
𝐹𝑥𝑦 𝑥, 𝑦 = 3 𝑒 𝐹𝑦𝑥 𝑥, 𝑦 = 4
Como encontramos derivadas cruzadas diferentes, vemos que não existe nenhuma função que
satisfaça simultaneamente as duas condições iniciais.
Exercícios Recomendados:
𝜕³𝑢
10)(Stewart) Determine as derivadas parciais indicadas: 𝑢 = 𝑒 𝑟𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ; 𝜕𝑟 ²𝜕𝜃
Gabarito: 1)A taxa de variação da temperatura quando a longitude varia, com a latitude e o
tempo fixados; a taxa de variação quando apenas a latitude varia; a taxa de variação quando
apenas o tempo varia.
Uma das maiores preocupações em Cálculo a respeito do gráfico de funções de duas variáveis
é a determinação da equação do plano tangente ao gráfico daquela superfície em um
determinado ponto. Felizmente, com as ferramentas que possuímos, essa tarefa não é uma
das mais difíceis.Em primeiro lugar, precisamos enxergar o plano como uma equação. Dentre
as várias equações do plano que temos disponíveis, uma das mais fáceis é aquela que nos
permite determiná-lo através de um ponto e de um vetor normal.
𝜕𝑓 𝜕𝑓
Temos como o declive de 𝑣1 igual a 𝜕𝑥 𝑎, 𝑏 e o declive de 𝑣2 igual a 𝜕𝑦 𝑎, 𝑏 .
𝝏𝒇 𝝏𝒇
𝒁 = 𝒇 𝒙𝟎 , 𝒚𝟎 + 𝒙𝟎 , 𝒚𝟎 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒙 , 𝒚 𝒚 − 𝒚𝟎
𝝏𝒙 𝝏𝒚 𝟎 𝟎
Para resolver, devemos isolar o z, o que nos deixará algo muito parecido com a fórmula geral.
3 11
𝑧 = − 𝑥 + 2𝑦 +
2 2
𝜕𝑧 3 𝜕𝑧
=− 𝑒 =2
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑍 = 𝑓 𝑥0 , 𝑦0 + 𝑥0 , 𝑦0 𝑥 − 𝑥0 + 𝑥 , 𝑦 𝑦 − 𝑦0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 0 0
𝜕𝑓 𝜕𝑓
−1,2 = 8𝑥 = −8 𝑒 −1,2 = −2𝑦 + 2 = −2
𝜕𝑥 𝜕𝑦
8𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 0
Obs:O plano tangente também pode ser encontrado através do seu vetor normal, que é o
produto vetorial das derivadas de duas curvas contidas na superfície que se interceptam num
ponto.
Exemplo:Suponha que você precisa saber uma equação do plano tangente à superfície S no
ponto P(2,1,3). Você não tem uma equação para S, mas sabe que as curvas abaixo estão em S.
Encontre uma equação para o plano tangente em P.
𝑟1 𝑡 = 2 + 3𝑡, 1 − 𝑡 2 , 3 − 4𝑡 + 𝑡 2
𝑟2 𝑢 = (1 + 𝑢2 , 2𝑢3 − 1,2𝑢 + 1)
𝑟1′ =(3,0,-4)
𝑟2′ =(2,6,2)
Para achar o vetor normal ao plano tangente, fazemos o produto vetorial das derivadas
(vetores diretores).
Temos :
𝑖 𝑗 𝑘
𝑛 = 𝑟1′ 𝑥 𝑟2′ = 3 0 −4 = 24𝑖 − 14𝑗 + 18𝑘 = (24, −14,18)
2 6 2
24 𝑥 − 𝑥0 − 14 𝑦 − 𝑦0 + 28 𝑧 − 𝑧0 = 0
24 𝑥 − 2 − 14 𝑦 − 1 + 18 𝑧 − 3 = 0
4 7 44
𝑧=− 𝑥+ 𝑦+
3 9 9
Aproximação Linear
2𝑥 + 3
≅ 3 + 2𝑥 − 12𝑦 𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 0,0 .
4𝑦 + 1
Primeiro, no ponto (0,0) o resultado das duas equações deve ser exatamente o mesmo, neste
caso ambas são 3.
2(4𝑦 + 1) 2
𝐹𝑥 0,0 = = =2
(4𝑦 + 1)² 4𝑦 + 1
4(2𝑥 + 3)
𝐹𝑦 0,0 = = −12
(4𝑦 + 1)²
Portanto, vemos que é uma aproximação linear válida para a equação original no ponto em
questão.
(III) Diferenciabilidade
Exercícios Recomendados:
1)(UFRJ-2013.1)
2)(UFRJ-2012.2)
3)(UFRJ-2014.1)
Suponha que z=f(x,y) seja uma função diferenciável de x e y, onde x=g(t) e y=h(t) são
funções diferenciáveis de t. Então z(x,y) é uma função diferenciável de t e
𝑑𝑧 𝜕𝑧 𝑑𝑥 𝜕𝑧 𝑑𝑦
= +
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝑑𝑡 𝜕𝑦 𝑑𝑡
Exemplo: 𝑆: 𝑧 = 𝑥²𝑦 + 3𝑥𝑦 4 , onde x=sen(2t) e y=cos(t). Determine dz/dt quando t=0
Primeiro, devemos encontrar os valores de todas as variáveis no ponto dado, logo:
𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 0 = 0 𝑒 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠 0 = 1
𝑑𝑧 𝜕𝑧 𝑑𝑥 𝜕𝑧 𝑑𝑦
= +
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝑑𝑡 𝜕𝑦 𝑑𝑡
𝜕𝑧
= 2𝑥𝑦 + 3𝑦 4 , 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 0,1 = 3
𝜕𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑥
= 2. cos 2𝑡 , 𝑒𝑚 𝑡 = 0, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 =2
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝜕𝑧
= 𝑥² + 12𝑥𝑦³, 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 0,1 = 0
𝜕𝑦
𝑑𝑦 𝑑𝑦
= −𝑠𝑒𝑛 𝑡 , 𝑒𝑚 𝑡 = 0, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑧
Logo, 𝑑𝑡 = 3.2 + 0.0 = 6
Suponha que z=f(x,y) seja uma função diferenciável de x e y, onde x= g(s,t) e y =h(s,t) são
funções diferenciáveis de s e t. Então:
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑦
= +
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑡 𝜕𝑦 𝜕𝑡
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑦
= +
𝜕𝑠 𝜕𝑥 𝜕𝑠 𝜕𝑦 𝜕𝑠
𝜕𝑧 𝜕𝑧
Exemplo: Se 𝑧 = 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦 , onde x= st² e y=s²t determine as derivadas parciais 𝜕𝑠 𝑒 𝜕𝑡 .
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑦
= +
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑡 𝜕𝑦 𝜕𝑡
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑦
= +
𝜕𝑠 𝜕𝑥 𝜕𝑠 𝜕𝑦 𝜕𝑠
E temos:
𝑑𝑧 𝑑𝑧 2
= 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦 , 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑥 = 𝑠𝑡² 𝑒 𝑦 = 𝑠²𝑡 , = 𝑒 𝑠𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝑠 2 𝑡)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝜕𝑧 2
= 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦 = 𝑒 𝑠𝑡 cos(𝑠 2 𝑡)
𝜕𝑦
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦
= 𝑡² ; = 2𝑠𝑡 ; = 2𝑠𝑡 ; = 𝑠²
𝜕𝑠 𝜕𝑡 𝜕𝑠 𝜕𝑡
𝜕𝑧 2 2 2
= 𝑒 𝑠𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑠 2 𝑡 𝑡² + 𝑒 𝑠𝑡 cos 𝑠 2 𝑡 . 2𝑠𝑡 = 𝑒 𝑠𝑡 (𝑡 2 𝑠𝑒𝑛 𝑠 2 𝑡 + 2𝑠𝑡. 𝑐𝑜𝑠(𝑠 2 𝑡)
𝜕𝑠
𝜕𝑧 2 2 2
= 𝑒 𝑠𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑠 2 𝑡 . 2𝑠𝑡 + 𝑒 𝑠𝑡 cos 𝑠 2 𝑡 𝑠 2 = 𝑒 𝑠𝑡 (2𝑠𝑡. 𝑠𝑒𝑛 𝑠 2 𝑡 + 𝑠 2 . cos
(𝑠 2 𝑡)
𝜕𝑡
Percebemos então que é fácil utilizar a regra da cadeia, é bem similar ao que se utilizava no
Cálculo I.No entanto, alguns exercícios podem ser confusos quanto ao uso de valores e
variáveis, nesse caso deve-se sempre tomar bastante cuidado.
𝜕𝑓 𝜕𝑥 𝜕𝑓 𝜕𝑦
𝑓𝑢 = 𝑔𝑢 = +
𝜕𝑥 𝜕𝑢 𝜕𝑦 𝜕𝑢
𝜕𝑓 𝜕𝑥 𝜕𝑓 𝜕𝑦
𝑓𝑣 = 𝑔𝑣 = +
𝜕𝑥 𝜕𝑣 𝜕𝑦 𝜕𝑣
Logo,temos:
𝑥 = 𝑒 0 + 𝑠𝑒𝑛 0 = 1
𝑦 = 𝑒 0 + cos 0 = 2
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑔𝑢 0,0 = 𝑓𝑥 1,2 . + 𝑓𝑦 1,2 . = 2. + 5.
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢
𝜕𝑥
= 𝑒𝑢 = 𝑒0 = 1
𝜕𝑢
𝜕𝑦
= 𝑒𝑢 = 𝑒0 = 1
𝜕𝑢
Logo:
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑔𝑣 0,0 = 2 +5
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝜕𝑥
= cos 𝑣 = cos 0 = 1
𝜕𝑣
𝜕𝑦
= −𝑠𝑒𝑛 𝑣 = −𝑠𝑒𝑛 0 = 0
𝜕𝑣
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑔𝑣 0,0 = 2 +5 = 2.1 + 5.0 = 2
𝜕𝑣 𝜕𝑣
Vemos que para resolver este problema é necessária muita atenção ao utilizar os
valores da tabela.
Exercícios Recomendados:
1)(UFRJ-2013.2) 2)(UFRJ-2012.1)
𝑦
𝑑𝑤
3)(Stewart) Encontre 𝑑𝑡
𝑠𝑒 𝑤 = 𝑥. 𝑒 𝑧 , 𝑥 = 𝑡² , 𝑦 = 1 − 𝑡 𝑒 𝑧 = 1 + 2𝑡
𝜕𝑤 𝜕𝑤
4)(Stewart) Sendo 𝑤 = 𝑥𝑡 + 𝑦𝑧 + 𝑧𝑥 , 𝑥 = 𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 , = 𝑟𝑠𝑒𝑛𝜃 , 𝑧 = 𝑟𝜃 . Encontre 𝑒
𝜕𝑟 𝜕𝜃
𝜋
quando r= 2 e θ=2 .
𝑦
𝑥 2𝑥𝑦
Gabarito: 1) A |2) -4 |3)𝑒 𝑧 [2𝑡 − 𝑧
− 𝑧2
] |4)2𝜋, −2𝜋
Bons Estudos!!
Dúvidas?
Acesse o Solucionador na página www.engenhariafacil.weebly.com ou mande email para
contatoengenhariafacil@gmail.com .