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CURITIBA
2013
JOSÉ LUCAS SOBRAL MARQUES
RODOLFO ROSENDO DE CARVALHO
CURITIBA
2013
TERMO DE APROVAÇÃO
____________________________________
Prof. Dr. José Marques Filho
Orientador – Departamento de Construção Civil, UFPR
_______________________________
Prof. MSc. José de Almendra Freitas Júnior
Departamento de Construção Civil, UFPR.
___________________________________
Prof. Phd. Marcos Antônio Marino
Departamento de Construção Civil, UFPR.
No ano de 2012, a humanidade passou a ser composta por mais de sete bilhões de
indivíduos, cujas necessidades de moradia, saúde, água e energia devem ser
satisfeitas, para que todos desfrutem de uma qualidade de vida digna. Este
crescimento levou ao mundo uma política socioambiental mais ativa, gerando
esforços na direção da sustentabilidade. A construção civil possui papel relevante
nas mudanças, não só nos números econômicos e geração de empregos, mas na
utilização intensa de recursos naturais e na geração de resíduos e poluição,
principalmente na emissão de Gases do Efeito Estufa - GEE. Em termos mundiais a
produção de energia também é grande geradora de GEE, gerando a necessidade de
investimentos em fontes de energia renováveis. Além de seu papel na contribuição
para a segurança do fornecimento de energia e reduzir a dependência do país de
combustíveis fósseis, a energia hídrica oferece oportunidades para o alívio da
pobreza e desenvolvimento sustentável. O Brasil têm um dos maiores potênciais
para exploração da energia hidráulica, mas passa hoje por um processo de
desconfiança socioambeintal nesse tipo de solução. A geração do sistema elétrico
brasileiro é fortemente pautada em fontes renováveis, pois é muito dependente da
hidroeletricidade, o sistema elétrico é fortemente dependente da disponibilidade
hídrica. As barragens são estruturas que apresentam um risco potencial elevado,
motivo pelo qual os regulamentos de segurança prescrevem atividades de
acompanhamento e observação, por instrumentação, inspeção visual ou ensaios
específicos. A escolha do tipo de barragem dependerá, principalmente, da existência
de material qualificado para sua construção, dos aspectos geológicos e geotécnicos,
e da conformação topográfica do local da obra. O presente trabalho apresenta os
critérios de verificação de estabilidade global para barragens de concreto à
gravidades da ELETROBRÁS e dos órgãos internacionais U. S. Army Corps of
Enginners e U. S. Bureau of Reclamation, criando um manual para verificação dos
critérios de estabilidade e apresenta os fenômenos físicos relacionados. Após a
apresentação dos conceitos, apresenta-se uma análise de sensibilidade de
estabilidade global para seções típicas de barragens de concreto compactado com
rolo, variando a altura, a inclinação do paramento de jusante, os parâmetros da
interface concreto fundação e a inclinação do leito do rio. Mostra-se claramente a
importância fundamental da avaliação adequado dos parâmetros de fundação, e a
influência significativa da altura em relação à geometria da barragem e da
inclinação da fundação.
In 2012, the Earth’s population has more than 7 billion inhabitants. Their energy,
water, health and housing needs must be furnished by Civil Engineering, in order to
provide dignity and decent standard of living for them. The accelerated growth in the
last centuries generated the necessity of a new social and environmental approach.
Building have been recognized as one of the most intensive user of natural resources
and this activity produces a significant amount of waste and Green House Gas
(GHG) emition. Power and energy industries are relevant producers of GHG emitions
too, and renewable energy development is a worldwide necessity. In particular,
hydropower energy is a great option to minimize GHG emitions, and Brazil has a big
hydropower potential and the nation has an integrated transmition grid that permits to
optimize the energy availability. Most of the eletricity power used in Brazil is obtained
from Hydropower plants and the country has a enormous potential to be used to
energy supply. In spite of the benefits of hydropower plants, their development has a
significant society distrust and rejection. This paper aims to furnish arguments to
discuss about dams, their effects and safety. In order to enlight the several physical
concepts analized, this document presents the main wordwide Stability Analysis
Criteria, and performed a sensitivity analysis on Rolled Compacted Concrete Gravity
Dams typical cross section. The studied parameters are dam heigth, rock-concrete
interface strength parameters, downstream slope and foundation slope. The results
show the relevance of geological parameters investigations and the relationship dam
shape X heigth.
B Largura
c Coesão
E Empuxo
g Gravidade
GW Gigawatt
i Gradiente Hidráulico
k Coeficiente de permeabilidade
kg Quilo
kN Quilonewton
LI Licença Prévia
LP Licença Instalação
LO Licença de Operação
m Metro
mm Milímetro
MP Ministério Público
MW Megawatt
m³ Metro cúbico
P Peso próprio
TWh Terawatt/hora
µm Micrômetro
μ Subpressão
τ Tensão Tangencial
Ângulo de atrito
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 18
1.1. IMPORTÂNCIA DO TRABALHO ...................................................................... 20
1.2. OBJETIVOS DO TRABALHO ........................................................................... 24
1.3. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................... 24
2. SUSTENTABILIDE ........................................................................................... 26
3. EMPREENDIMENTOS HIDRÁULICOS ............................................................ 34
3.1. LICENÇAS AMBIENTAIS ................................................................................. 45
3.2. SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO .................................................................... 50
3.3. TIPOS DE BARRAGEM .................................................................................... 57
3.4. ANÁLISE DE RISCO E SEGURANÇA DE BARRAGENS ................................ 61
4. BARRAGENS DE CONCRETO À GRAVIDADE ............................................. 65
4.1. VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA .................................................................... 68
4.1.1. Tipos de concreto utilizados ......................................................................... 69
4.1.1.1. Concreto Massa ........................................................................................ 69
4.1.1.2. Concreto Compactado com rolo (CCR) .................................................... 73
4.1.2. Exploração do Subsolo ................................................................................ 77
4.1.3. Conceito de Subpressão .............................................................................. 79
5. ANÁLISE DE ESTABILIDADE GLOBAL DA ESTRUTURA ............................ 84
5.1. AÇÕES ATUANTES ......................................................................................... 85
5.1.1. Peso Próprio ................................................................................................ 85
5.1.2. Pressões Hidrostática .................................................................................. 86
5.1.3. Subpressão – Pressão Intersticiais no Concreto .......................................... 86
5.1.3.1. Eletrobrás (2003) ...................................................................................... 87
5.1.3.2. U. S. Army Corps of Engineers (1995) ...................................................... 91
5.1.3.3. U. S. Bureau of Reclamation (1976) ......................................................... 96
5.1.4. Empuxo Devido a Presença de Material Assoreado .................................... 98
5.1.5. Ações Sísmicas ............................................................................................ 99
5.2. CONDIÇÕES DE CARREGAMENTO ............................................................. 101
5.3. VERIFICAÇÕES DE ESTABILIDADE GLOBAL ............................................. 105
5.3.1. Segurança à Flutuação .............................................................................. 106
5.3.2. Segurança ao Tombamento ....................................................................... 107
5.3.3. Segurança ao Deslizamento ...................................................................... 109
5.3.4. Avaliação das tensões ............................................................................... 117
6. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE ...................................................................... 122
6.1. CARACTERÍSTICA DOS MATERIAIS ............................................................ 125
6.2. CRITÉRIOS DE VERIFICAÇÃO DE ESTABILIDADE GLOBAL ..................... 125
6.3. RESULTADOS ................................................................................................ 125
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 152
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................... 156
18
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o Brasil passa por mudança significativa do seu perfil
econômico apresentando aumento de crescimento e de acesso de camadas da
sociedade mais desfavorecidas aos bens de consumo, segundo o IBGE (2011) a
taxa de atividade de pessoas economicamente ativas na população de 15 ou mais
anos de idade atingiu 63,7% no Brasil. Evidenciando ainda mais essa mudança do
perfil brasileiro, de 2000 a 2010, o rendimento médio mensal do trabalho principal
dos trabalhadores por conta própria e a de todas as categorias dos empregados
cresceu e o ganho real no rendimento médio mensal do total dos empregados foi de
15,8% (IBGE, 2011). Nas crises econômicas dos anos 80 e 90, o país passou por
dificuldades significativas que diminuíram os investimentos em infraestrutura de
grande porte, sendo desmanteladas as equipes de projeto e construção, bem como
houve um redirecionamento dos cursos de engenharia civil para edificações
convencionais, diminuindo a quantidade de profissionais especializados e
bibliografia e normalização incipientes referentes ao assunto (MARQUES FILHO,
2012).
Apesar dos vastos recursos hídricos disponíveis no país, a sociedade
organizada apresenta resistência crescente à implantação de empreendimentos
hidráulicos, principalmente na área de energia, pressionando a matriz energética
pela necessidade de geração térmica, em geral mais cara, e pela grande quantidade
de obras a fio d’água. As obras chamadas a fio d’água geram energia com o fluxo do
rio, com mínimo ou nenhum acúmulo do recurso hídrico diminuindo as áreas de
alagamento e reduzindo o tamanho do reservatório, com isso não há reserva de
energia para os períodos de seca (ANEEL, 2002). As dificuldades atuais no
desenvolvimento dos empreendimentos hidrelétricos são totalmente diferentes das
enfrentadas décadas atrás, onde os conhecidos riscos técnicos e econômico-
financeiros são colocados em igualdade com as questões socioambientais, incluindo
o relacionamento com a comunidade, questões culturais e do patrimônio histórico
arqueológico (IHA, 2011).
Com a diminuição dos investimentos já citado, os cursos de engenharia civil
focaram seus currículos na área de edificações, diminuindo significativamente os
conteúdos referentes aos aproveitamentos hidráulicos, assim como as publicações
didáticas no assunto. Também, a comunidade técnica não criou normalização
adequada, sendo mais conhecidos alguns regulamentos internacionais.
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Biomassa para
geração de calor e
eletricidade
Energia hidrelétrica
Fornecimento Global de Energia (EJ/a)
Biocombustível
Energia Eólica
Energia Geotérmica
Energia Solar
Resíduos
sólidos urbanos
e será sentido pelos residenciais ao longo de 2013, conforme forem sendo feitos os
reajustes anuais de tarifa, reajuste começa em 3 de fevereiro e o percentual
depende do aval da Aneel (LUNA e VETTORAZZO, 2013).
Constatada a necessidade de expansão da infraestrutura cabe a Engenharia
Civil garantir todas essas melhorias para a população, e deve-se constatar que
construção civil tem uma relação muito intensa tanto com a economia quanto com a
sociedade. Ao mesmo tempo em que esta atividade é responsável por 16% do PIB
mundial, é a maior consumidora de recursos naturais do planeta, de 60 a 75%
(MARQUES FILHO, 2012).
Sabendo desta responsabilidade que a construção tem com a sociedade e
com as questões ambientais, fica evidente a necessidade da evolução de materiais
utilizados, técnicas de construção e é claro a utilização de energia renovável.
Segundo o IPCC (2012), a construção civil é a atividade humana com o maior
potencial de mitigação das emissões de GEE. Sendo assim se torna importante
especificar bem todos os critérios de projeto em busca da sustentabilidade e,
portanto da viabilidade socioambiental e econômica, além da necessidade do
reconhecimento do potencial dos danos de cada projeto específico (IPCC, 2012).
O apelo da sociedade organizada por maiores preocupações ambientais
trouxe grande dificuldade para desenvolvimento de novos aproveitamentos hídricos.
O licenciamento ambiental muitas vezes leva um grande período para que sua
maturação seja completada, gerado pela forte pressão que o sociedade faz, focando
apenas nas características negativas desses empreendimentos, reais ou as vezes
gerada pelo desconhecimento. Admite-se que grande parte das críticas provém da
falta de conhecimento da comunidade técnica na defesa desses empreendimentos.
Como já mencionado, o assunto empreendimentos hidráulicos é muito pouco
abordado nos cursos de graduação. Com as crises financeiras que se instalaram no
país ao longo das ultimas décadas viveu-se um período de pouco desenvolvimento e
investimento em novas tecnologias, assim como novos profissionais capacitados
não foram maturados. Houve uma setorização do ensino, onde a maioria dos cursos
de Engenharia Civil acabou dando ênfase para as construções convencionais.
Juntamente com essa conjuntura vem um falta de pesquisas e trabalhos científicos,
minimizando a quantidade de matéria didático referente ao assunto assim como a
inexistência de uma norma vigente e consistente.
A inexistência de material didático adequado se torna um empecilho na
24
2. SUSTENTABILIDE
Potência Instalada
Geração
FIGURA 4 – HIDRELÉTRICAS POR REGIÕES NO MUNDO: POTÊNCIA INSTALADA E GERAÇÃO
FONTE: IHA (2012)
3. EMPREENDIMENTOS HIDRÁULICOS
Outros Brasil
EUA 6%
(2012), as usinas hidrelétricas não consomem a água que move as turbinas, com
isso após a geração de energia, ela está disponível para várias outras utilizações
essenciais. As usinas Hidrelétricas podem ser classificadas segundo a altura relativa
da queda d’água, capacidade ou potência instalada, tipo de turbina, localização, tipo
de barragem, etc.
O sistema energético brasileiro é o maior da América do Sul, com energia
hidrelétrica responsável pela geração de mais de 85% de toda a sua eletricidade.
Outras fontes de energia utilizadas são as de origem térmica utilizando gás natural e
carvão, nuclear, e a eólica que é responsável por 0,4% da eletricidade do sistema
(WWF, 2011). Mesmo sendo o maior do continente, assim como no resto do mundo,
no Brasil há um anseio muito grande pela implementação de novos
empreendimentos, devido ao aumento da demanda de água e energia, tanto pelo
aumento populacional quanto pelo aumento do poder aquisitivo dos brasileiros.
Além da vasta hidrografia brasileira, o país ainda conta com grande parte de
seu território dominado por terrenos de planalto, o que facilita a implantação de
usinas hidrelétricas, pois são necessários desníveis para a implantação da mesma.
Assim sendo, no Brasil, há um imenso potencial hidráulico, pois o país possui rios
que têm todas as condições para aproveitamento de seu potencial energético e
distribuidor (LUVEZUTTI et al., 2011). O potencial hidrelétrico brasileiro é estimado
em cerca de inventariado é de 108.778 MW e o estimado de 28.096 (MME, 2012).
Na (FIGURA 7) pode-se observar a evolução do potencial Brasileiro ao longo dos
anos.
38
A chamada questão ambiental diz respeito aos diferentes modos pelos quais
a sociedade, através dos tempos, se relaciona com o meio físico-natural. O ser
46
humano sempre dependeu dele para garantir sua sobrevivência, e seu uso, como
base da existência humana, bem como as alterações por esse uso provocados na
Terra são coexistentes desde os primórdios (QUINTAS, 2006).
Como já foi mencionado, hoje, o cenário é de demanda crescente por água e
energia tanto no mundo quando no Brasil. Segundo Souza (2009), paralelamente a
este fato, é observado um fortalecimento e consolidação da legislação e do sistema
de gestão ambiental, assim como a participação de novos interessados em prover a
expansão do parque de geração de energia e, também, a maior participação dos
movimentos sociais na esfera pública. Juntando isso aos graves problemas
socioambientais já ocorridos em decorrência da construção de aproveitamentos
hidráulicos, gera ambiente propício aos conflitos socioambientais que perpassam
todo o processo de licenciamento (SOUZA, 2009).
Desta maneira, é necessário que o Estado de alguma forma crie meios e
métodos, assim como delegue as funções de execução e fiscalização à alguém ou
algum órgão que o representa. Segundo o IPCC (2012), os órgãos jurídicos assim
como suas atribuições variam de país para país, incluindo práticas de concessões,
royalties, direitos de água, etc. Com o crescente envolvimento do setor privado, as
disposições contratuais que cercam as hidrelétricas tornaram-se cada vez mais
complexas.
O Brasil possui legislação avançada e severa para as questões ambientais
além de ser o único país que questões ambientais são apresentadas na constituição.
Segundo Vainer (2007), juntamente com o processo de democratização houve a
ascensão de movimentos ambientalistas, que se somando a uma maior
preocupação ambiental, a pressão da sociedade civil e a resistência principalmente
das populações atingidas culminou na necessidade do setor elétrico acrescentar
questões sociais e ambientais em seu cotidiano. Do mesmo modo, ele coloca que a
criação da Constituição Federal e das Constituições Estaduais, no final da década
de 1980 e início da década de 1990, marcaram também o avanço das legislações
estaduais e a consolidação das agências ambientais de vários estados. Segundo
Quintas (2006), a Constituição Federal, ao consagrar o meio ambiente
ecologicamente equilibrado como direito de todos, bem de uso comum e essencial à
sadia qualidade de vida, atribuiu a responsabilidade de sua preservação e defesa
não apenas ao Poder Público, mas também à coletividade. Sendo assim cada
cidadão tem o dever de protegê-lo, porém caberá aos órgãos e agências públicas o
47
Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento
da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a
viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início das obras.
Vale ressaltar que a solicitação de qualquer uma das licenças deve estar de
acordo com a fase em que se encontra a atividade/ empreendimento: concepção,
obra, operação ou ampliação, mesmo que não tenha obtido anteriormente a Licença
prevista em Lei (FEPAM, 2013).
Após a emissão das licenças ambientais a empresa entra em fase de
acompanhamento da operação em que os órgãos ambientais poderão fazer vistorias
regulares para verificar o cumprimento das exigências pré-estabelecidas. Com isso,
se for determinado que as atividades não estão de acordo com o especificado, a
licença pode ser cancelada e o empreendimento interditado. Além do
acompanhamento realizado existe um prazo de validade, estabelecido pelo órgão
ambiental, que varia de atividade para atividade de acordo com a tipologia, a
situação ambiental da área onde está instalada, e outros fatores (FIRJAN, 2004). O
(QUADRO 4) apresenta os prazos de validade das diversas licenças.
Estabelecer tarifas;
controlar o fluxo da água, podendo variar desde pequenos maciços de terra até
enormes estruturas de concreto (ICOLD – CIGB, 2008). Segundo Marques Filho
(2005) é necessário que continuem os estudos dos materiais e novas técnicas de
construção para empreendimentos hidráulicos, pois apesar da grande quantidade de
reservatórios já existentes, o aumento populacional atrelado à busca da melhoraria
de qualidade de vida por todos os indivíduos, assim como o aumento da procura por
energia pressionam as reservas de água para consumo humano, agropecuário e
industrial.
A escolha do tipo de barragem dependerá, principalmente, da existência de
material qualificado para sua construção, dos aspectos geológicos e geotécnicos, e
da conformação topográfica do local da obra. Além desses fatores outros também
são de extrema importância: a disponibilidade de solo ou rocha com qualidade e
quantidades adequadas; a natureza das fundações; as condições climáticas que
podem dificultar a construção de determinados tipos (MME, 2007).
As barragens são classificadas conforme o material usado em sua
construção.
As principais soluções de barramentos a serem utilizadas nos arranjos
hidráulicos podem ser divididas em barragens com corpo executado em
materiais soltos ou em concreto, sendo que a solução final depende de
avaliação técnico-econômico-ambiental considerando o empreendimento
como um todo. A escolha de um tipo de barragem em um aproveitamento
hidráulico depende, obviamente, de condicionantes de custo, prazo e
qualidade técnica, sendo que esta última depende da tecnologia existente,
através da evolução da teoria da segurança, dos modelos estruturais e dos
processos construtivos (SHARMA, 1981; CREAGER et al., 1965; GRISHIN,
1981; VARLET, 1972; FUSCO, 1976 apud MARQUES FILHO, 2005).
Concreto Permeável
Galerias de drenagem
Falhas e fraturas
Empuxo
Juntas de Galerias de
contração Drenagem
Sabendo que a escolha do tipo de cimento para obras de grande porte será
determinada, obviamente, pela disponibilidade cotejada contra os custos de
transporte, pois este tipo de empreendimento geralmente está localizado em regiões
afastadas dos grandes centros urbanos, cabe a tentativa da busca pelo cimento
disponível com menor calor de hidratação de preferência cimentos com adição de
materiais pozolânicos, pois esse, além de reduzir o calor de hidratação desse tipo de
material, melhora a trabalhabilidade e ajuda a inibir reações deletérias (MARQUES
FILHO e ISAIA, 2011).
Sabendo da necessidade de um concreto que respeite todas as
características já pré-estabelecidas, é muito importante que se tome muito cuidado
com as escolhas dos constituintes desse concreto e sua dosagem. Segundo Mehta
e Monteiro (2008) através de diversos métodos é possível atingir consumos baixos
de cimento, até 100 kg/m³, com isso é essencial a utilização de aditivos e adições.
Geralmente, para reduzir a quantidade de água necessária, são utilizados de 4 a 8%
de ar incorporado à mistura de concreto, assim como aditivos redutores de água
estão sendo cada vez mais utilizados, paralelamente são utilizadas pozolanas para
substituir parcialmente o cimento e assim reduzir o calor de hidratação (MEHTA e
MONTEIRO, 2008). Assim como há essa preocupação com a quantidade de cimento
e as adições e aditivos utilizados, também é necessário um cuidado com os
72
Concreto –
permeabilidade
controlada
Cortina de
Drenagem
Galeria de
drenagens
Cortina de
Injeções
Para tentar limitar essa percolação de água pelo maciço rochoso a face de
montante da barragem é composta por concreto menos permeável que o concreto
do resto do maciço, sabendo que permeabilidade do é menor com a diminuição da
relação água/cimento, o que aumentaria em tese o consumo de cimento, buscam-se
concreto com utilização de aditivos, pozolanas como substituição de parte do
cimento Portland, utilização de fíler na forma de agregado pulverizado ou pozolana
para que evitar o calor de hidratação (MARQUES FILHO, 2005).
As cortinas de impermeabilização são realizadas de modo a impedir a
circulação de água sob barragens ou outras estruturas, ou apenas reduzi-la até um
ponto que possa ser controlada, segura e economicamente, por métodos de
drenagem, tal controle é atingido através da execução de uma ou mais fiadas de
furos na fundação de uma barragem, usualmente paralelos ao alinhamento da
barragem ou perpendiculares ao sentido de escoamento da água (GAMA, 2012).
A cortina é então executada, preenchendo as fissuras do maciço com calda
à base de cimento ou outro material. Teoricamente, a cortina necessita apenas de
ser de uma determinada largura, sendo que em termos práticos aquela que é obtida
será superior à necessária em algumas zonas e, possivelmente, não o suficiente em
outras, devido à variação das condições geológicas subsuperficiais (GAMA, 2012).
82
Segundo Gama (2012) a maioria das injeções é realizada com caldas à base
de cimento Portland misturado com água numa misturadora de velocidade elevada
com razão A/C entre 5:1 a 0,5:1 (Fell et al., 2005) de modo a obter-se uma calda
capaz de penetrar os defeitos do maciço da fundação.
Outra maneira de tentar limitar essa percolação e diminuir a supressão é
utilização concomitantemente à cortina de injeções de cortinas de drenagem.
Segundo Porto (2002) apud Levis (2006), as cortinas de drenagem são
constituídas de furos igualmente espaçados e dispostos logo a jusante da cortina de
injeção profunda, cujo objetivo consiste em drenar as águas que fluem através do
maciço e aliviar as subpressões impostas pela carga hidráulica do reservatório.
Além dessa cortina, é indispensável a presença de drenos que interceptem
as fraturas capazes de conduzir água dentro do maciço e que sua cota seja a menor
possível, pois quanto mais perto do solo esses drenos forem instalados mais será o
alívio da subpressão na base da barragem (GUIMARÃES 1988 apud LEVIS, 2006).
A experiência e as análises de desastres evidenciaram a necessidade
dessas técnicas para aliviar a subpressão e aumentar a segurança da barragem por
garantir sua estabilidade. Stharly (1966) apud Levis (2006) reafirma que em um
terreno homogêneo, para escoamento em regime permanente, a distribuição das
subpressões depende somente das disposições geométricas: forma da obra,
situação e espaçamento dos drenos, e independe do coeficiente permeabilidade, ou
seja, o terreno poderá ser mais ou menos permeável, mas a pressão será a mesma,
resultando daí que, uma rede de drenagem terá o mesmo efeito nas subpressões
em qualquer terreno variando apenas a vazão nos drenos. Com isso fica
evidenciando a necessidade de novos estudos e desenvolvimento de novas
tecnologias para empreendimentos futuros para baratear o custo e evitar novos
acidentes.
A maioria das recomendações de projeto considera, a favor da segurança,
que os esforços são aplicados na totalidade das seções analisadas (MASON, 1988
apud MARQUES FILHO, 2005).
Segundo Marques Filho (2005), o campo independe dos esforços internos
das estruturas, devendo ser considerado nas análises de equilíbrio interno e externo.
Para efeito de análise mecânica surgem os conceitos conforme a (FIGURA 25):
Tensão total, ou seja, aquela que decorrente do estudo do equilíbrio da seção
em estudo;
83
com largura unitária. Assim, a (EQUAÇÃO 02) apresenta o peso de uma seção
transversal por unidade de comprimento.
(02)
onde,
P: Peso Próprio da Barragem;
V: Volume da estrutura, usualmente considerado como a área da seção típica;
γconc: peso específico do concreto.
onde,
E: Empuxo Hidrostático;
Hm,j: nível d’água de montante (m) ou nível da água de jusante (j);
γágua: peso específico da água.
B: largura da seção.
Para o caso em que houver uma linha de drenos operantes e que a cota
inferior da galeria de drenagem estiver igual ou abaixo do nível d’água de jusante, a
Eletrobrás (2003) estabelece que a subpressão na linha de drenos (Hdm) será igual à
altura hidrostática correspondente ao nível d’água de jusante (Hj) adicionada de um
terço da diferença entre as alturas hidrostáticas a montante (Hm) e a jusante (Hj). A
subpressão deverá variar linearmente até a extremidade da base a partir deste
ponto, conforme (EQUAÇÃO 04).
(04)
onde,
Hdm: subpressão na linha de drenagem;
Hm: altura hidrostática à montante;
Hj: altura hidrostática à jusante.
Para o caso em que houver uma linha de drenos operantes e que a cota
inferior da galeria de drenagem estiver acima do nível d’água de jusante, a
Eletrobrás (2003) estabelece que a subpressão na linha de drenos seja determinada
89
onde,
Hdm: subpressão na linha de drenagem;
Hm: altura hidrostática à montante;
hg: dimensão compreendida entre a cota da linha de interseção dos drenos com o
plano de análise e a boca dos drenos.
(07)
onde,
Hdm: subpressão na linha de drenagem mais á montante;
Hdj: subpressão na linha de drenagem mais á jusante;
Hm: altura hidrostática à montante;
Hj: altura hidrostática à jusante;
hg: dimensão compreendida entre a cota da linha de interseção dos drenos com o
plano de análise e a boca dos drenos.
A (FIGURA 29) apresenta o diagrama de subpressão com uma linha de
drenos operante e a (FIGURA 30), com duas.
onde,
HX: subpressão no ponto X;
H1: nível de água a montante;
H2: nível de água a jusante;
L: comprimento da barragem;
X: distância em relação à jusante onde se pretende determinar o valor da
subpressão;
γ: peso específico da água.
92
onde,
93
onde,
H1: nível de água a montante;
H2: nível de água a jusante;
H3: subpressão na linha da galeria de drenagem;
H4: altura da galeria de drenagem em relação à base;
L: comprimento da base da barragem;
X: distância da galeria de drenagem em relação a montante;
E: eficiência da galeria de drenagem expressada em porcentagem (de 25 a 50%).
Para T ≤ X:
(15)
onde,
H1: nível de água a montante;
H2: nível de água a jusante;
H3: subpressão na linha da galeria de drenagem;
H4: altura da galeria de drenagem em relação à base;
L: comprimento da base da barragem;
X: distância da galeria de drenagem em relação a montante;
96
Para T > X:
(18)
onde,
H3: subpressão na linha da galeria de drenagem;
Hm: altura hidrostática à montante;
Hj: altura hidrostática à jusante.
onde,
H3: subpressão na linha da galeria de drenagem;
Hm: altura hidrostática à montante;
Hj: altura hidrostática à jusante;
X: distância da galeria de drenagem em relação a montante;
T: comprimento da região descolada da base.
(21)
onde,
Ps: força horizontal de assoreamento em kN/m;
γ: peso específico do sedimento;
γágua: peso específico da água;
γsub: γ - γágua;
hs: altura de cálculo;
φ: Ângulo de atrito interno.
Para tais verificações, são adotados tanto critérios dessa publicação como
critérios internacionais.
A seguir são apresentadas as diretrizes básicas para as verificações de
estabilidade global da estrutura segundo critérios da Eletrobrás (2003), U. S. Army
Corps of Engineers (1995) e U. S. Bureau of Reclamation (1976).
onde,
FSF: Fator de segurança à flutuação;
∑V: Somatório das forças gravitacionais;
∑U: Somatório das forças de subpressão.
107
Eletrobrás
Coeficiente de Casos de Carregamento
Segurança Normal Excepcional Limite Construção
onde,
FST: Fator de segurança ao tombamento.
∑Me: Somatório dos momentos estabilizantes atuantes sobre a estrutura.
(ELETROBRÁS, 2003);
∑Mt: Somatório dos momentos de tombamento. Deverão ser desprezados os efeitos
estabilizantes de coesão e de atrito despertados nas superfícies em contato com a
fundação. (ELETROBRÁS, 2003).
Segundo Marques Filho (2005), em estruturas usuais de barragens,
considera-se como ponto natural de rotação o seu pé de jusante. Marques Filho
(2005) ainda ressalta que a situação é fictícia, pois antes de qualquer movimento as
tensões induzidas levariam a ruptura do material.
O U. S. Army Corps of Engineers (1995) propõe um critério de avaliação que
pode ser utilizado complementarmente ao critério da Eletrobrás (2003). A
estabilidade ao tombamento para este critério é assegurada conforme o
posicionamento da força resultante na base (eb) no plano potencial de ruptura, para
cada caso de carregamento, por meio da (EQUAÇÃO 24).
(24)
onde,
eb: distância da força resultante na base até o ponto de tombamento T;
∑Mt: somatório de momentos fletores das forças normais atuantes em relação ao
ponto de tombamento T;
∑Ni: somatório de forças normais efetivas ao plano X e Y.
Eletrobrás
Coeficiente de Casos de Carregamento
Segurança Normal Excepcional Limite Construção
Casos de
Localização da força resultante na base
Carregamento
Usual 1/3 médio
Não Usual 1/2 médio
Extremo Na base
QUADRO 9 – LOCALIZAÇÃO DA FORÇA RESULTANTE NA BASE – U. S. ARMY CORPS OF
ENGINEERS
FONTE: OS AUTORES
deslizamento na fundação:
materiais de ruptura frágil como o concreto, solos e rochas, que possuem uma
resistência à compressão muito superior à sua resistência à tração.
Segundo Proença (2004), uma representação que serve para compreender
melhor as combinações de solicitações que levam à ruptura local de certo material
resulta da construção, num sistema de eixos (σ, τ), dos círculos de Mohr máximos
de tensões principais. Os círculos correspondem a diversas situações de
solicitações limites, realizadas em laboratório, variando desde a tração e a
compressão simples até os estados duplos e triplos.
Tomando-se uma linearização por partes da envoltória, nota-se que a
resposta do material muda de acordo com o regime e a intensidade das tensões
(FIGURA 47). Nessas mudanças, algumas características distintas típicas dos
materiais dúcteis e frágeis podem ser identificadas, e a partir dessa análise resultam
sugestões mais simples de resistência. (PROENÇA, 2004).
Na envoltória linearizada, distinguem-se três trechos:
no trecho I a ruptura é governada pela resistência à tração pura. Um critério
baseado somente nesta condição poderia ser aplicado a materiais frágeis não
resistentes à tração (PROENÇA, 2004);
onde,
τ: Tensão cisalhante;
c: Coesão;
σ: Tensão normal;
φ: Ângulo de atrito interno.
114
(27)
onde,
FSD: Fator de segurança ao deslizamento;
FSDφ: Fator de redução da resistência ao atrito;
115
Eletrobrás
Coeficiente de Casos de Carregamento
Segurança Normal Excepcional Limite Construção
(28)
onde:
τ, τr: Tensão de cisalhamento atuante e resistente, respectivamente, na superfície de
escorregamento;
(σz – U): Tensão normal (vertical para planos horizontais) efetiva atuante na
superfície de escorregamento (de compressão apenas);
φ: Ângulo de atrito da superfície de escorregamento em análise;
c: Coesão ao longo da superfície de escorregamento.
Jansen (1988, citado por Gutstein, 2011) apresenta também comparações
entre os métodos de equilíbrio limite e o método de shear-friction (U. S. Bureau of
Reclamation, 1976) para planos inclinados, bem como para planos múltiplos de
ruptura.
Segundo Gutstein (2011), para o caso de fundação rígida e superfície de
escorregamento horizontal, o uso da (EQUAÇÃO 28) seria equivalente ao da
(EQUAÇÃO 26), usando-se um coeficiente global FS. Neste caso a solução
calculada pela (EQUAÇÃO 28) corresponde a uma solução de equilíbrio limite
sempre que a superfície potencial de ruptura adotada for a crítica para o caso em
análise. Entretanto, mesmo para superfície horizontal as (EQUAÇÕES 26 e 28)
fornecem resultados diferentes para casos de maciços deformáveis, quando o
cálculo das tensões considerar a deformabilidade da fundação. A deformabilidade da
fundação pode ser considerada por meio de modelagem computacional pelo Método
dos Elementos Finitos, assunto que não será abordado no presente trabalho.
O (QUADRO 11) apresenta os valores mínimos para FS segundo o critério
do U. S. Army Corps of Engineers (1995).
U. S. Bureau of Reclamation
Coeficiente de Casos de Carregamento
Segurança Normal Excepcional Limite
SFF (contato
3,0 2,0 1,0
concreto-rocha)
onde:
118
U. S. Bureau of Reclamation
Coeficiente de Casos de Carregamento
Segurança Normal Excepcional Limite
onde,
eb: distância da força resultante na base até o ponto de tombamento T;
∑Mt: somatório de momentos fletores das forças normais atuantes em relação ao
ponto de tombamento T;
∑Ni: somatório de forças normais efetivas ao plano.
onde,
P': tensão na base da fundação;
L: largura da base;
e: excentricidade da resultante R na base;
R: resultante de todas as forças atuantes acima do plano de analise.
6. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
6.3. RESULTADOS
2,60
2,40
2,20
2,00 30
1,80 60
1,60 90
1,40 120
1,20
1,00
0,65 0,7 0,75 0,8
x
2,40
2,20
2,00
30
1,80
60
1,60
90
1,40
120
1,20
1,00
0,65 0,7 0,75 0,8
x
onde,
FSD: Fator de segurança ao deslizamento;
FSDφ: Fator de redução da resistência ao atrito;
∑Ni: Somatório das forças normais à superfície de deslizamento, em análise;
φ i: Ângulo de atrito característico da superfície de deslizamento, em análise;
∑Ti: Somatório das forças paralelas à superfície de deslizamento.
onde,
FSD: Fator de segurança ao deslizamento;
FSDφ: Fator de redução da resistência ao atrito;
FSDc: Fator de redução da resistência à coesão;
∑Ni: Somatório das forças normais à superfície de deslizamento, em análise;
φ i: Ângulo de atrito característico da superfície de deslizamento, em análise;
ci: Coesão característica ao longo da superfície de deslizamento;
Ai: Área efetiva comprimida da estrutura no plano em análise;
∑Ti: Somatório das forças paralelas à superfície de deslizamento.
1,15
1,10
1,05
30
1,00 60
0,95
0,90
37,5 40 42,5 45
φ
250,00
200,00
150,00 30
60
100,00
50,00
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
200,00
150,00
100,00 30
50,00
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
1,15
1,10 30
1,05 60
90
1,00
120
0,95
0,90
37,5 40 42,5 45
φ
500,00
400,00
30
300,00
60
200,00 90
120
100,00
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
1,50
1,40
1,30 30
1,20 60
90
1,10
120
1,00
0,90
0,65 0,7 0,75 0,8
φ
70,00
60,00
50,00
40,00
30
30,00
20,00
10,00
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
350,00
Coesão Necesária (kN/m²)
300,00
250,00
30
200,00
60
150,00
90
100,00
120
50,00
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
1,60
1,50
1,40
30
1,30
60
1,20
90
1,10
120
1,00
0,90
0,65 0,7 0,75 0,8
φ
1,10
1,05
30
1,00
0,95
0,90
0,65 0,7 0,75 0,8
φ
600,00
500,00
400,00 30
300,00 60
90
200,00
120
100,00
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
1,40
1,30
30
1,20
60
1,10 90
120
1,00
0,90
37,5 40 42,5 45
φ
200,00
150,00
30
60
100,00
90
50,00 120
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
300,00
250,00
200,00 30
150,00 60
90
100,00
120
50,00
0,00
37,5 40 42,5 45
φ
2,00
1,80
1,60 CCN
CCE
1,40
CCL
1,20
1,00
0 2,5 5 7,5
α
1,12
1,10
1,08
1,06 CCE
1,04
1,02
1,00
0 2,5 5 7,5
α
1001,00
801,00
601,00 CCN
CCE
401,00
CCL
201,00
1,00
0 2,5 5 7,5
α
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORREA, T. B.; MELO, E.; COSTA, A. M. da. Análise e avaliação teórica dos leilões
de compra de energia elétrica proveniente de empreendimentos existentes no brasil.
Economia, Brasília, v. 7, n. 3, p. 509-529, 2006.
MARQUES FILHO, J. Patologia em Barragens. São Paulo, jun. 2012. Aula proferida
para o curso de pós-graduação do instituto IDD.
WWF - WORLD WILDLIFE FUND. The Energy Report: 100% renewable energy
by 2050. Switzerland: WWF, 2011.
164