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Prol. NAPOLEÃO MENDES DE ALMEIDA


Rua Libtro Badar6, 34 6 .. 4. 0 andar, a aios 8, 9 e 10
C. Postal 4455 = SÃO PAULO
. ~ T~llllon• 2-9688
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PREFACIO
da J.a ed·ição (Julho de 1942)

Se nàlJ há gina.Mno qu.e eslu,de com gosto o latin1.,'.,


professor de latirn. t.ampou-co há que deixe. de .l-astim.ar · ~
a pom·eza lle conheci1n.ento~~ do vernác·ulo em seus diJJ . .
cf.p·ulo.r.;. Vendo '114 deficiência de conhecimento do.~ prin-
cípios /ttnda·ntentais de análi.çe lógica tlo período portu,-
guês a ca.u.r.;a principal desse de8.aprt8ta1J~e,~tn é que nl~
1J'l.4JS a re(ligir elite l'rabalho, m~ostrando ao .alun.o o· que
real-mente dificulta o a1>re1'tdiz.(J,do do latim. e au.xiliantio
o professor con~ questionários e exercícws que do altt,rw .
force'ln o conhecittnento tlo essencial e suficientemtmte
·neces;iário tl() estudo desse idiotn.a.
Asas de 'U:"In. plÍ~~saro, o l.atim- e o portu{J1tês de·vem
1Joar ju.nlo-8; trilhos de u,-rna ferrovia, deve1n conser '.:ar
ifllUil a bitola. ; tal é a nzinha convicção, tal foi a minho
preocupacão em toda.s estas lições.
Não ertcont'tava
.
o pobre menino dd qlUJrta série gi- . ·
nas-Üll que1n lhe provasse aer o latim, dentre todas (18·
I

disciplinas ensinada.~ na anterior legislação de ~i~o~


1 que mdis lhe favorecia o dese-nvolvim~to àa intBli- -
gência. Talvez nem mes1no c.ornpreendesse o significada
de <<desenvolver a inteligoot,ia >>, tal a rzuleza de sua num- -
·te,· preocupada com outras. coil~aB que não estudos.. ·i

O hábito da a12álise, o espírito de observação, a edu- .. _.


cação d.o racioc~ínw dificilmente podíamos, pobres pro-
'11
4 PREFÁCIO
. .· ,

fessores, au 1nelhor, ditadores de <<pontos» de exame,


conseguir de um menino p·reocupado tão só com médws,
cont. férias, oom esportes, co·m. bolas e revistas.
Muita gente h.á a.lheia a assuntos de educação, que
8e ad~nzira co-rn ver n latim atlt.a.lrnente adotado em lo-
das as séries .fJinasi.ais, 1nal t'?a7Jendo ,q1te en8inar não é

ditar e que edu.car ·ntio é en8inar. E' ens1~nar dar inde-
pendência de pfrnsa1nento ao al-1-tno, /a.zendo CO'l/1t que
de per si progrida: o ptofe.ro:snr é g'ltia. E• ed1.t(·a.r 1~·ncutir
no ·Jnerl.ino o espírito de análise, de obser·P.ação, de 'ra-
ciocínio, c-apacitan do-o a ir alern da sirnples letra do
texto:~ do sinl.ples conleudo de u1n livro, incentit'a.ndo-o,
{J!n.i1n-mulo-o. ()nde o progres8o, onde llS pesqui.~.as ,_r.;ocin,is
do fu,t·u.ro se a geração dA agora li~nitar-Re ao e8trita-
j

'ln~nte essencial para U'lna no h~ nl.:Ínl>lrut de aprovaçã,o?


No fazer do menino de hoje o hornem de a,mtJ;nhã está
a ed·ucacão e ni8so e8lá o trabalho edu.cacional do pro-
. fessor .
. Qu,a·ndo o aluno t~ompreender quanta atençiio exige
o latim) qu,anto lhe prendern, o i12telelo e lhe deleita·m o
espírito a.s várias fornta.s flexionais latinas, a diver8i-
dade de ordetn dos terntos, a 'L"ariedade de constru,ções
de um período, terá de sobejo !visto a excelente coope-
racão, a in~ubstitui~l.Y?l utilidade do la.ti1n na for·rrul.ção
do se-u e8p'irito e a razão lle .se1· o lali1n obrigatório em
todas a.s sér1:e8 ginasiaü;.
J.9er culto não é co-nhecer idionuu diversos. Não ;. -
o conhecim ento llo· i1~glês nem do francê8 que vem. com-
pro·va.r cultura no indivíduo . Tanto rna·rinheiro, tanto
ciga11..o há a que1n nteÜL dúzia de idiornas são fanJ.ili4res
sent q-uê, no entanto, poss!ua1n cu.ltura.
1\ iio é para. fal.ar o loii·rn qtte o ginoJ~iano e.')f:ud.a,
1
r:;
•• PREF.{CIO I -
.)

esse idiorna. Para a~qu.çar 8mt inteleto, para iornttr-.r;;e
1nais observador, par!J. aper/eif}oar-8e no poder de con-
ce-ntração de esp-írito, pa_ra obrigar-se à atenção, ·parn.
desenvolver o espírito de análise, para acostu·nupr-se à
calnw e à ponderação, qualidades i1nptecindiveis ao ho-
1nem de cif1ncia, é que o ginasi.ano estuda e.s8e idiorna.
Jf.uita gente i·ndaga a razão d(~ fall_~;ulatle, da le·VÚlln-
dade, da. aridl~z inlelet·ltal da, geração 1noça de hoje . E'
quê, tendo a.prendido a ler pelo -ruétotlo am.tlítico, tão
tYrático e facil, ju./g.a o ·1nenino q1te a tZ.isci]Jlina que prá-
tic-a e fa(:ilidade no aprerulizaclo nüo contiver não lhe
trará pro·veito, sentia téd-io e perda de tenlpo. Acostu-
·nla:clo a tudo asf··n:rnilar co;n facilidade no curso pr-inui-
1·io, eb·ba·rrl]J o al·u1~0 n.u yinâsio cotn a obr-igação de pt?'tt-
sar, e elt~ estrttnh.a, e elt~ se abate, e ele se rebela. O
1nenino fJUe no curso pri1tuírio era o priuleiro da cl.asse
passa ]Jara l'u,g.ar infe-rior no rJ1.~ná.Bio; perda de inteligên-
cia, diferen(:a de idade? 1Vãu: f alfa de hábito de pensar.
O q·ue no cu,.rso prirttário eslava. ent qu~inlo, ent déci~mo
luga·r ·pws~a ·no gin1í.sio às pri1neira8 colocações; aqttisi-
1
ção de inteligéncifJ? 1 arnbe'n't não: pen8a·nzento mtJ,i.S de-
rntoratlo) 11Wi8 firrne por i8SO 1nes1i1.0) SObrepuja agora 08
coleyas tle inleleto iJnaif; vi-vo, ~~'ivo portnn tii.o só . para·
aB coisa8 objetiva8 e de evidência.
Fazer ver estCJas vantagens ao alu,nu, e:1.:planar ~sses
argu/inentos que ai ficarn tiio re8utnidos, nâo se es-quJ€-
cendo de que é esse idio1na a rna·ior ar;na do pedagogo,
é o trabalho e preoc,upação do profe~u~or de lati·m~ j.'A./ ãu
de1;endo, poi8, o pro/esl~Or perder o contato cotn o aluno,
deve chantá-lo lrequentetnente à lição, sondar-lhe o es-
pírito de análise, obri.gá-lo a corn.parações, torná-lo en-
fim dou.to, Cltlto, pois é o latim o 1naior fator de c-ultura.
6 ,.. PRIII'ÁCIO

Quero que o bom prof essur veja neste trabalho o


meu esforço, meu. auxilio ao ã-luno, nuru devotamento
ao ensino de nossa juventude, meu anseio de cultura
na mocidade brasileirlJ, que deve aprende-r a racioainar
e não habituar-se a ver. Raciocinar é, partind-o de idéiw;
conheciãas, diferentes, chegar a uma terceira, desconhe-
cida, e é o latim, quando estudado com método, calma
e· ponderação, o 'mpior fator para agu<:a1· o poder de ra-
ciocínio do estudante, tornando-lhe rnai8 claras e 'mais
firmes as conclu8ões.
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fNDICE

Lição 1 - NomLnath'O . 15
Lição 2 - Vocativo. 19
Líç.ão 3 - Genitivo . . 22
Lição 4 - Dativo . . 24
Lição 1í - IM.tivo (conelnsão) 29
Lição O - Ablativo. 32
Líçãoo 7 - Acusativo . . . 34
Lição 8 - Flexão . . . . 3f1
Lição \! - Pronúncia e s.ocntuação 39
Lição 10 - L• declinação . . . . 43
Lição 11 -- N()nnas para a tradução 4S
Lição 12 -- 1.~ conjugação ativa (noções) 52
Lição 13 - Oulras nonni!Js dG trad\lÇilo 56
Ução 14 -- 2.• declinação . . 59,
Lit;ão 15 ~· 2." doclinação . . . . . 63
Lição 16 - Bonus, bona, bonum . . G6
Liçfu> 17 - f'Jurn, predicado nominal 71
Lição 18 - Nomes em er da 2. • declinação 75
Lição 19 - Voz pas.o,iva - complemento agente 78
Lição 20 - 1.• conjugação passiva (.ooçõoo) 83
Lição 21 - 3.• declinação 87
Lição 22 - Noones em tr~r . . . , . gz'-
Lição Z.'l - Neutros da 3.• declinação . il7
Lição 24 - Al{p.l!mas particularidades da 3.a dec.linação 102
r~ição 25 - 4.• dedinação . - . - - - - 107
Liç.ã-0 26 - 5.a doolin.ação . . . . . . . . 112
Lição 27 - Roco.rdaçâo e estudo r,omparati\-o das decH-
nações . . . . . . ---:- 116 .
Lição 28 - Declinação doo adjelivos . 124·'
Lição 29 - Adjeti\'OS da 2.6 class(l 130
Lição 30 - Grau doo :u1jetivos . . 138
ÍN"J'HCE

Lição 31 COor.oparaüvo o ~mperlativo Pariic.ularidadcs, 142


Lição .32 - Comparativo e superlativo - .últimas obser-
'vaçõos • 148
Liçilo .33 - ~i.nd.axe do oompatativQ e do superlativ-o 151
.l Liçio 34 ~ NumGrais çaràinais e ordinais . 160
Lição 35 - 2.• COI'Ijuf}'H;ão at.iv-a t) p..1.o;siva Noções 172
J,iç~ 36 _- l'rindp.ais f(Jrma.s pronvminaís . 178
Liçã.o 37 - 3.• oonju"!lação ati-va e passiva - Noções 184
Lição 38 - l'rincip;Üs adyórbios e preposições _ 188
Lição 89 - 4.~ oonjugaç·.ão ativa o P..'H:lSiva -- NoçÕt.'s 195
LiçlQ 40 - rri.ncipais mnjunçües c intcrj!:'ÍÇÕCS 202
Voc.abu1ú.rio laUm- pol"l uguês 2'07
V(ll':thulúrio ]l(lrlugllêS-la.tím . 217
. '

ÍNDICE ALFABÉTICO E ANALÍTICO

Os números precedidos de L indicam lição; os


demais, parágrafo
ex.= exercício ob. = obsmTaç(io
n.=not(/ s,q, = seguintes
r.= 'ceja
n (pHlposíção) · - 21; 2.1; 55 a.eqw:) ... ac, aequc ... n.tquA 16.7
abl<1li1'o - L. 6; 5.1; di/f't'"ença n.e-s, aeris - .111, n. 2
de qtwmtidade 1UI- 1." rl.eel. Mi, ngenle: (da ação N;rb(l{) 2
n; em a.boo, 75; em 11lms, 118; n.gnoo, i - 74
J,U; 186, B, ou ..'? a,gricu•ltura - 1!17
Abram -- 122, 7 al·t~r -' 173, 1, IJ; 17.1, ;;
iiC -- 16B alvus, i - 68
acentwu:ão - L. 9; 116, n. <tmnis - ll.'J, 8
acug - 11.~ amUS•PJÍS - lJ.'I, 2
acnsati1•0 -- T. 7; posição i),';l f1 am:dit-ico (supflda!i1·o) 148
60; em in1, 11.'1; 191 anguis, - llJ, 3
Adam - 122, 7 angll<'l•tíae -- 51
ndjeti1'o - posse.~si~'o 62_; d('- apelo - l'" ja (( V!WAlHt--o ~
clin. de hunus, a, um L. J(J; apu~to - 178 ·
conrJordância 1"9; di1Jisão, L. arcus- 118
28; 1. 11 classe, L. 28; 2." cla.~­ artigo -52
se, L. 29; empregado sub8tan- al'tus - 118
fi1,am. 136, B, ob. 2; gmu.s do Athcnac - 51
adj., Lições 30, 31, 32, -1d; a.l<jOO ·- 163
. m~meral 169 e ss. atnbuto - 19, d
advérbio = cMnpa.rativo e $U- . auxilium, auxilia 72
perl. 15/'i a.>is - 11:1, .1
ad1;érbio8 (noçõP~) - 185, 186 ba!neum ~ 12!-. ob.
nedes (aedis) -· ll!i hll!li;; - 11-'J, 2
~·{·"·;··:;·~~~:i-~-~- ,~~ ··~ ..~ ~{~~~\:.~·,:'~ ........
. 10 ..•NOÇÕES FlrNDAWI!!NTAIS DA LfNGUA LATINA

•· Bethleem - 122; 7 · confunção (Mções) _196 e IUj·


_bonuan, bona -'- 72 copia - 50
bráquia - 1a cum (regêncig., emprego, colooa·
bos -126 ção) - 61; 182, n. 8
caelum - 125 d~tivo - J.dçõ~s 4 e 5; 60, am
c.a;rbll.sus - 125 .abue, 75; em ubus, 118
carc&r - 115 de (preposição) - 12; H; 55
ca.ro - 126 declinação - .'14, 35, 86
ca8o - 4; l); 47; - lexicogê- J.t~ - Lições 10, 11, 12, 13
nico, 121 2." Lições 14, 15, 18
castrum, castra. - 72 8." - Lições 21, 22, 23, 24
cera- 50 4.a - Lição 25
(ceturu.s), era, crum 13.'1 5.a - Lição 26
chorm~, i ~ 74 dos comparativog, 141; dos HU-
civis - 113, 3 perlativog, 14.5, 146
claS~:~is -
118, 3
dental- 106
co"tocação - do acu.vativo, 59;
desinência - fi2; dos ~·erbos, 58;
do dativo, 60; do genitivo, 63,
94, 9lí
80; dos complementos cir-
Deua, Dei - 74
cu:nst., 61; do adjeti·vo, 80; dos
dies, dii'.i - 120, ob. 1
regimes de preposições 182,
dis, dilll - 1.'16, A. oh. 4
n. s·; 190, c
divitiae - .'51
oolus, i - 68
oomus, i - 68; 117
(',()mit.ium, cornitia ··- 72
cmnplemento: agente - 91 duo, duae, duo - 171, 2
..t: ·, circunstancial - 24; 25; .f!6 e (conjunção) -- ex. 2
.. ~....~ ~ I
cploca<;Üo - 61 êi, ~i - 120, ob. 2
:>;'f'..·.
:::,·/ de apreciação -
de cauRa ~ 53
1.')8
elementos (on termo&) da ora-
ção - 1
de compa11hia -- 61 cpülum - 124, ob.
de especi{!:cação - L. ,'J (e.lilli)rml), i:!ro, erum - 1/18
de preço - 158 .facultas - 115
de verbo- 17 far, farris n. -· 110. n.
restritivo - V. oomp-k.rnento fas - 122
d&
eapecilica(·.ão febris - 113, 2
completi1•o 8Ubjetivo - 19, d filia, ae - 75 .
rP-capitulação - 200 fi1ius, ii - 74
complüreos · - 158 fini-s - 115
concordârwifl do - adjetiro, 7!1 Cortuna - 50
i s:":-: :· ·J. ---~- .-~;"- :: ~ ·. - :~ .. ~ b.::. ·:;·\.-.: ~~_._ _ · .·:·, ,~-: ~... ~:; ~\:·> ,• .-~-· :_,'~.-~/~·· 1,.
· · ·'. ÍNDICE ALFABÉTiéO. E ANALfTfCo l1 '·

frenum - 12/J I '

funÇão - 4 ·~ loca.tivo -~ 117


fmis ~ 113, 2 locuções prepositit•a8 -~ .190 B
genitivo - T.Ãção 3; 39; 63; 73; locus - 125
80; da a.a deiJl. 101; 108, pl. ludus, llldi . -- 72
da 3."' lU, macron -- 43
gr.alia - 50 mane- 122
comparativo (gmu, dos adjet.)- manna. - 122, 7
LiçCes 30, 31, 32 e .1:; meridics - 120, ob. 1
flexão - 6; L. 8; de gmu doa mullo - 161, n. 3
adjctivn~r, Lições 30, 3!, .12 e multus - 168
3.q muis -- 1l5
grau - do adjetivo, Lições :w, navis - 113, 3
31, 82 e 33 necta.r, ncdllriH 110, n.
!fl'tural - 106 ne.fas - z.e2
hepar, Iteplltis n. -- 110, n. neutro (gênero). - 38; declina- .-
Hierosotyma - 122, 7 ~ão dos neutras, 66; 71; 88;
h()rlul!, horti -. 72 da 3." declin. L. 2/J; de origmn ·
humus, i -- fi,~ gfegn .112; da 4.", 116
i=e - 108 Pl(W!e:8 -- - 'frYÓprÍD8 geográ/~()8
ignis - 113, 3 em is, 113; indedin.aveis, 123;
imparissílabos - 100 hebraicos, 722, 7; dfl{ectivos,
impedimentum, a - · 72 12,1; heteróclitos, 124; Mtero-
in (regênnw,) - 189 gêneos, 125; compostos, 127;
indutia.fl - 51 que não teem pluml .171, 1, b
inf-ixo temporal · 96; 91" 1wminativo - Lição 1
insidiae - 51 normas .para a traàucãn - Veja
instar - 122 << tradução J
interjeiçM (noções) 199 nostmrn, nostri - 182, n. 3
.lernsaJem - 122, 7 numerais - 169 e ss.
Je6UB - 117 número (flexão) -·· 51, 72
j.liCUS - 125 nuptiae- [jJ
jubar, jubli.ris -- 110, )<. ó ·- oh! - , 10; .54
J11fltlrum -- 12tl objeto - direto, L. 4; i!'ldireto,
Jupiter - lO[j L. 4 e 5; 19; 60; 182, n. 1.;
jus, juris - 111, n. 2 posição, 59, 60
jusjurandum - 127 , opera - 50
labial- 106 Op6 - 115
\.aCW! -- JJ8 ordinais - 169; 172, .173
(
12 NÜçÕl!S I<'UND-\.MKNTAIS DA LÍNGUA LATiNA
(
os, oris 111, tt. 2 pronome - em oraçõeH compa-
OI'ÍS - 113, 3 rativaB - 161 n. 4; noções·
pa~iente (da ação 11erbal) ·-- .17 gerai11, 179 e ss.
para (preposição) - 21; 23; ·55 pron;únoia -- L. 9
parissílabos - 99 puppis - 113, 2
rariter ac - 163 qu (pramincia) - 44
pa.rs - 115 qL\e (=et) - 198
qU(I.ntidade - 1B; tH, n.
padictpio presente - 136, ob. 2
guc·rcus ·- 118
e 3
radical -- .'j2, ;19; tJ.R, n.; das
pa.rtus· - 118
verbos. da 1. n. conj. 68
pa.scha - 122, 'i
ravis - 11.7, 2
p.aterfamilias - 127 o/,,
regência --- da ·rerl.io 20; d-tJs
p~u - 118 preposi(:ões 188
pelagus, i t~. - 88 l'f!qnles - 126
palo, pela, pelos, pelas -· 28; 55 l'espu!Jlka - 127
p!:e.rique, plerã.cque, pl~rãqne re-te, is n. - 110, n.
133 rostrurn, rostra - 7-'J
plural ----:- 50 51, 72, 115
1 sal, salis ~- 110, n.; l[j
pluri.mus, a, um - 158 socundu:o~ - 173, 1; 173, 5
·plus - 158 seeüris - lB, 2
pondo - 122 semis -- 122
por (preposiciio) - .'M; 5.'1: 55 sig1d{icuçrio - 50; 72 a; JJ,;
poor>lus - 118, n. xintéiico (superlu!ivo) - U:l
posicão - V. «colocação)) sitís - 11(}, 2
( IJ{}Sterus ), el1a, emm --~ 1B.3 som~nk ·.. - 171, 1, ,z
predicação -- 16, 17, lfi SOl"S - Jl(;
predicado nominal - 1.9; d Sp<:CWI -- 118
prepollições ·- 187 e ss. substantiros.- V. "1wnw~ >>
oolocacão dos regime~; - 182, 1111-jeito - 2: L ..'!; ~rtit•o, 8!1;
,._ 8; .t!){}, c passi1:o, 90
do - 12; 14; 55 !!Um - Li<:ão 17
a - 21; !!3; 5fj 8Updi;;.X - 126
para - 21; 23; 5;'; xupe.rlatít~o ( gma, duH ntlj.) -
por (pelo) - 28; 53; !;5 L. 30, 31, 3.'J e 33
jiexão gradual .,..- 157 lHlS - 126
locuções preposili'l'lls - J.l'}{) B Syracusa.e - 51
pümu.s - 173, 1 tam... quam - 168
porim -- 173, 1, b Tartãru.<> - 12/5
ÍNDICE ... L~'ABÉTICO E ANAL-Íl'li.O 13

tema - l'.. « radir:al » {'cio, 19 d; indie. we8. da J.a


tempos -.. F. 1'erbo cot;}uq. õ7, 58; voz tJa.NHÍ-í!a, L.
termos (nas omr,:ões cmnpurali- 79, L. 20; swn, L. 17; dMli-
t•as) - 13R uação rio partiaipio prese,.fe,
!Mraemotus - 127 136~ ob. · 2 (~ 3: xu.bj. pre.'i.
Thehae - .51 193; 2." COIIj. 171; .'f." conj.
lonitruum - 1:!4 .18!); 4.a conj. 193.
tradução (normas pru·u a) -~- 118, 11.
'!' I
\'Cl'll -
U.; 23; 2/?; L. 11; 9'i vespcr - 126
lr€s, (ria · .. 171, 3 n~~lrum, vestri - ltN, n. 3
llibus - lld vi~;ilia - · i5()
lurris - 11-'1, :! vir (P- compol/tvs) - i!Jl
lus-sis - 11-J, .'! 'I'ÍI'f!Ula~ · · 1W t'OOillÍ!!O, 9
um sú -- 171, 1, c virus, i ''· ·- 88
unus, a, um- lil, ,-is -- .11.'1, .'J; 114, /.J
1·:mnus, i - 68 to1:ativo -- L 2; fí4; rlf1 2." de-
\';u; liJJ. dina(i'io, li7; 74
\"cnt'tiae - 51 ·t·ogtr/. oarateril;tica - 9,1
t·er bo -- 2; qteu nlo riO ~:v mplc- 'I'OZ ]JUSI<tl'<Z · - T•. 19; L. 2()

me1do. L. 4; inlrausili-t•o, lS; vulgu~, i 1t. - 8/'j


lransilil•o-relatit·o, 19; de liga- x (tle~·tuihwia) - W?, R
·I· . \ .. '!;:.. .._:.:·:':..· (··· ~-··-~{ 2'~··.~~:··.. o~··:-·:~,,..~ .... _ ·..; .~ ': '!.:' .·'

PROGRAMA-DE, 9R.A.MÃTICA · ·. ~
'da i.a StRIE GINASIAL. ··'
(R~lorma Capanttmo)
l - Pronúncia.: Lição 9.
2 - Noçoes do valor e emprego uOfl casos: Liç~s 1, 2, 3, 4, :),
6 e 7.
3 - As declinações - de SllJ.lst.antivos: Lições 10, 14, 15, 18, 21,
22, 23, 24, 25, 26 e 27.
Aa decÚnaç~ - de adjeti\'05 qu:alificati\'QS: Lições 16, 28
e 29.
4 - Grau dos adjetivos: Lições 30, 31 e 32.
Concordã.ncia. do adjetivo com o sllhstantivo: Liç~ 16 e 17.
5 - Principais formas pronominais: Lição 36.
6 -- O verbo aum: Lição 27.
As qu.atro oonjuga~ües regularos: Liçõ('S 1:!, 20, 35. 37 e 3\1.
Noções de concordância do verbo com o sujnik>: § 97, A.
7 - NumeraL!~ cardinai11 c ordinais: Lição 34.
8 - Principais advérbios, preposições: Lição 38.
Prindpais oonjunções, interjoiçiies: Lição 40.

Assuntos, que o!lte l!vr·o apt•esenta, não especificado~


no programa oficial:
1 - Flexão.
2 - N()1mas para n. tradução.
3 - Predicado nominal.
4 - Sintaxe do oomparativo e do superlativo.
5 - Colooação dos termos da oz·ação.
6 - Aposto.
7 - Complementos: agente
d<:l a.preó.ayâo
de cauoo
de oompauhi<J.
de iJnBt.mmen to on mei<l
t!e preçA.>
de lugar oode c para onue
de tempo quando
compMivo ob~tivo
oompletivo sub1>tivo.
.. '
' ,• .·~ ·.·. ·.•'.' : :.··. . .,. ~.

· .. ' '
' I ; • ,'~

Noçõ.es Fundamentais da língua Latin~.

LIÇÃO 1

NOMINATIVO
Pe~o ao ••nau a JDah:hna atent:Ao para as
olto primeiras Uoões. Quem não as es-
tudar convenientemente Jamais po·derli
eoJDpreender o mecanismo do latim.

1 ~ Numa oração nós podemos encontrar seis ele-


mentos:
1. 0 · - o Bujeito
2.n --· o vocativo
:1. 0 - o complemento restritivo
4. 0 - o objeto indireto
5. 0 - o complemento circunstancial
fi.o ·- o objeto direto

Sujeito
2 -Vamos ver o que vem a ser sujeito de uma
oração: Sabemos ser verbo toda a palavra que indica .
ação. Quem esareve, quem desenha, quem pinta, quem
anda, ·qu-em quebra, quem olha, quem abre, quem fecha .
pratica ações diversas: ação do escreve·r, ação de dese-
nhar, açãb de pintar etc., aç.ões expressas por palavras
que se. denominam verbos.
16 . NOÇÕF.S FUNDAMENTAIS DA LÍNGUII. LATINA

Ora, flabemos todos que é impossivd uma ação sem


causa; so uma chícara, por exemplo, aparece quebrada,
alguem deverá ter praticado a áç.ão de quebrar; ou mtm
pessoa, ou um animal, ou uma. coisa qualquer, como o
vento, quebrou a chkara. Pois b{'rn, eSl:!a pessoa ·ou coisa
que pralicou a açào de quebrar é em gramática chilmada
sujeito (ou agente) da ação verbal.
3 - Qual a mmwíra prática de tk>-scobrir o suji>ílo
de uma: ora~ão ·~
Snponha-!:ie a oraçü.o ((Pedro qnehrou o dis~o >). -
Para. que se dr-scubm o suj·eil.o da oração, é bastante
saber quem praticou a :tçüo de quebrar, isto é, qumn •
quebrou o di&co, o quo se consegue mediante a. pNgnntrt:
Quem quebrou o (N.~co?
Uesposta: PAdro.
A resposta indica o ::;u,jeito tla Ol'iu,:no. Portanto o
sujeito da oração é· Pedro.
Outro8 exemplos: desrohrir o Rllj4•ito das R(·~ninlt•s
orações:
8ótrate." di8Cf)TfeU SOlJ·re a alma.
Per1gunla: Quem disC{Irreu ;-;ohre a alma?
Ht~r-.11osta:
Sócrates.
Suje-ito = Sócra.tcR.
()8 romanos honravam seus deuset?.
Pergunta: Quem honrava ::;cus deuseR?
Resposta: Os rvmanos.
Sujeito =Os romanos.
Pedro foi ferido na .rJuerra.
Pergunta: Quem foi k~rido na guerra?
R~sposla: Pedro.
SnjPito =Pedro.
LIÇ.\0 1 - NOMINATIVO 17

Ao pr-ofessor e ao pm do menino chegam reclamaçõe.~


dos colegas.
Pergunta: Quê é que chega a·o profesoor e ao
pai?
Resposta: Reclamações.
Sujoilo =Reclamações.
4 --- Os el~mentos que virnos no § 1 veem a S·Ar a
função que a palavra exe-rce na oraçfi.o.
Se existem s·ei~ elementos, haverá naturalmente seis
funções: a função do sujeito, a fum(~(ÍO do vocativo, a
funoão do complemento restriti-t:o otc., conforme já s.a ·
hemos.
Pois bPm, para c.aua função Hxisle, <.'ln la.tim, um
caso.
á - Quê é caso? Ca..so é a ma.neira. de cscreYer n.
palavra om latim de acordo com a funçi'io (fUü da exerce
na oração.
Mas então as palavra-R nm lalim podem snr escrila~
do maneiras difcrcnt<.>s? - Sim, senhor; uma Yf'Z que
em latim existem seis fun\·.ões; ou seja, seis casos, uma
palavra em latim podt~ ser escrita de seis maneiras di-
ferentes.
6 · - Os casos se distinguem pela tem1inação. Assim
como em porlugues a mesma palavra tem terminação
diferente para indimr o plura.l e o feminino (flexão df"
número o flexão de gêne-ro), em latim a. mesma palavra
tem tenninac;ão difercniB Jmra indicar a fun<;~ão que ·
exerce na oração (flexão de' easo); se a pala na exerce
função do sujeito, termina de mna maneira; se exerce
função de objeto direto, termina de outra maneira; se
exeroo função de objeto indireto, tennina ainda de outra
maneira, o assim por dl·antc, para ns seis funções.
·~----
UCM1
.. ...... "", .. .
~ :· "i·'.
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18 NOÇÕES FUN~AMBNTAIS DA LiNGUA LATINA

'1 - Cada caso latino tem nome especial. Nós já


sabemos o que vem ·a ser função de sujeito; pois bem:
o caso que indica a função de sujeito chama-se nomi-
nativo.
Quer isso dizer quê, no traduzir uma oração do
português para o latim, o sujeito deve ir para o nomi-
nativo e, vice-versa, quando, numa oração latina, nós
encontramos uma palavra no nominativo 1 é sinal de
que ela está de-sempenhando a f1mção do su~it.o da
oração ou do que a P--lo se refere.

QUESTIONÁRIO

l - Quantos elf.lmenlos podemos encontrar numa ora-


ção?
2 -- Quais são os elementos que podemos encontrar
numa oração?
3 - Quê é ~;ujeüo '?
4 -- Como se desoobre o sujeito de uma ora(;:ão?
5 - Construa 5 orações o diga ondo es1á o sujeito.
6 - Indiquo ondo está o sujeito das t:;eguintes orações:
a) A filosofia é a ciência de todas as coisas.
b) O fundamento da justiça é a fé.
c) O autor des~;e livro é Proro.
d) De todas as coisas, a mais cfici~nte é o hom
humor.
e) E' necessária a moderação.
f) Nesse lugar foi encontrado um esqueleto.
g) São c.aducas as riqu€zas.
h) Nesse ano o rei morreu.
7 -Em latim, quantas funções podem desempenhar as
palavras?
8 - Quê é ca&J?
9 - Quantos casos existem em latim?
. .. . ~

.
I cJ''I.
' ~
. ~ ' ':·-~ ; ~ .: . ,·

LIÇÃO 2 - VOCATIVO 19

10 - Cada caso em latim tem nome especial?


t1 - Como s.& distinguem os casos em latim.?
· 12 -~Conhece o nome de algum caso latino?
13 - Quando uma palavra exerce na oração a função
de sujeito, em quê caso deve Bstar no latim? ·
14 -~ Qual a fuhção do nominativo'?
15 - Nas seguintes oràçües, quais as palavras que de-
vem ir para o nomína~ivo?
a) O filho do vizinho estudou.
b) O sol sempre ilumina a terra.
c) A temt é iluminada, pelo sol.
d) Nem sempre a lua ilumina a terra durante a
noite. .
~~) O sol tem luz própria, ao pa8so que a lua não
tem.
f) A lexoolog1a <.:onstituc a l)ri!lleira parlc da
gramática.
y) O nominativo indica o sujeito da oração.
h) O sujeito do uma oração vai em lalim para o
casü nominativo.
i) Procf!de mal o aluno que pretende ac~rl<lr as
r'espostas do questionário s-em antes ter estu-
dado bem a lição.

I.JIÇAO 2

8 - O segundo elemento que nós podemos encon·


trar numa oração é u vocativo.
A função do vocativo é indicar apelo, chamado.
Quando nós vemos um amigo e dizemos: ((Pedro, ve-
nha cá» - a palavra Pedra está indicandQ apelo, cha-
rruulo; a palavra Pedro, portanto, é t~ocativo.
\,
20 NOÇÕJo:S 1'1Mfl11Mt:NTA!S Di\ LÍNGUA LATINA

Quando nós chamamos a atenção de alguma pe~oa


ou de alguma coisa, nós recorremos sempre ao vocativo.
Consid:eremol-> a oração: <<Meninos, estudem o ponto»
- Com essa oração, nós ~~h::unamos a atenção dos me-
nino::>; a palavra meninos é, pois, vocafi,uo.
O caso que em latim inuica a fúnção de vocativo
chama-se tambem voc:tt.ivo.
9 - Note-se que o vocativo pode vir 110 começo.
no meio ou no fim da oração:
no principio : ((Meninos, estudem a liçào)>.
no meio: << Estud~m, rnenino.s, a lição».
no fim: «Estudem à líçilo, menino..,>).
Observo o a1UI~o que o vocativo vem S>L'fllpre ;u.·om-
panhado de vírgulas; quando o voGtlivo íuiciu a oração,
há uma vírgula depois; quando vnrn no meio, o vocativo
se põe entre vírgulas; q uani.lo no fim da oração, põe-se
uma vírgula ank>-s.
Essa pontuação é f'empre oll?-;ervatla, lanlo em por-
tuguês quanto em latim, do maneira que a própria pon-
tuação indica ao aluno n vocati·vo.
10 O vocati\o; em portugtH~~, um vem coHstituido
somento da palavra, ora vem acompanhado da int~r-jei­
ção Ó;
t-- . Menino, VO('.ê niío tem exw~riência da vida.
2 --- () menino, voct~ nã.o k·rn ex~rif~ncia da
viela.
O a1uno não deve confundir o ó <fUC aparece nos
vocativos com o oh! quo aparece nas oraçõe1-.> exclama-
tivas; o oh! das or::u;ões que indicam admiração vem
com h e pont.o do admiração, ao paK'>O que o ó que às
vezes acompanha o ,·ocativo não deve vir com h.
r.IÇÃ.O 2 - VOCATIVO 21

· QUESTIONÁRIO

1- Qual é o segundo elemento que nós podemos en-


contrar numa oração?
2 - Qual é a função do vocati,·o?
3 -- Quantas posições pode ocupar na fras.e o voeativo '1
4 -- Qual a pontuação quo o vocativo sempre exige?
5 ·- Construa trPs orações difr-reutes Prrt I.{UA haja voca-
tivo. Na l.a oração coloque u vocativo no começo;
na 2.a no meio; na 3." JlO fim.
{) A simples pontuação pode indicar o vocatí vo? Por-
quê'!
7.- · Diga para que caso don~m ir as palavras grifadas
das seguintes frases (Lemhre-'lt: o aluno de que até
agora estudamos somt)nte doi:=; easM, o nominativo
e o vocativo):
a) Os 8old,arlus de-fendem a pátria.
b) Soldado.-r, defendei ;:t pátria.
c) O menino quebt·ou a perna.
d) o menino, não escreva dessa forma.
e) João, seu mano já voltou?
f) Seu mano Jotío jú voltou'? (Não se esqueça o
aluno de que a existência ou não de vírgulas
indica a exisLêncift ou não de vocativo).
g) Pedrinho não vai ap cinema, Maria?
lt) Porquê Maria não quer brincar?
i) Porquê, Maria; você não que-r brincar?
.. . :· -~ .-... r
22' NOÇÕES FUNDAMENTAIS D4 LÍNGUA t.ATÚi'A.

IJlÇÃO 3

GENITIVO
11 - O terceiro elemento que pode aparecer numa
oração é o comp]cmento restritivo ou complemento de
especificação.
Complemento restritivo é o complemento que res-
tringe um nome. Suponhamos a frase ((Casa de Pedro)>.
- A casa podia ser de Paulo, de Jo[io, de Antônio etr.,
mas diz0ndo (< c.asa de Pedro>> nós restringimos a pala-
vra casa. Portanto, de Pedro, ao mesmo tempo que com-
pleta o sentido da palavra casa, está restringindo, está
especificando essa palavra.
Üll tras oraçõ-e-s em que exist~)rn complementos res-
tritivos:
1 - O pe-Jo do camelo ê quente.
2 -- Os cultores da filosofia adquin~m bela cul-
tura.
3 - Vendi a fazenda de 1:ot~ô.
12 - O aluno deve ter notado que o eomplemento
restritivo V{..'ffi sempre acompanhado da preposição de.
Isso não quer dizer que a preposição de indique sempre
um complemento restritivo; o que podemos dizer é o
seguint-e: Nem sempre a preposição de indica comple-
mento restritivo, mas o complemento restritivo vem
soo:~pre antecedido da preposição de.

13 - O complemento restritivo em português ('nr-


responde em latim ao caso genitivo.
14 -·- Se o complemento restritivo em poril1guês
-·uÇÃ.O 3 - GENITIVO 23

vem sempre com a prepo!lição de, acontece tambem que


- uma palavra que em latim está no genitivo sempre se
traduz com a preposição de. Por outras palavras: Se a.
palavra «Pedro>> está em latim no caso genitivo, nó:;
devemos traduzí-la em português por <(de Pedro», e se
om português encontramos a frase «de Pedro>) devere-
mos pô-Ia em latim no genitivo.

QUESTIONÁRIO

1 ~ Qual é o ierr,ciro elemento que uma oração pode


apresentar?
2 · ~ Quê é complemento restriti·Po?
3 - Redija três orações em que haja complemento res~
tritivo.
4 - Qual é a preposição que em português sempre an-
tecede o complemento restritivo?
5 - O complemento restritivo em português para quê
caso vai em latim?
6 ·- O genitivo latino como se traduz em português?
7 - Diga para qne caso deve<m ir as ·palavras grifadas
das seguintes frases:
a) A casa de meu amigo vai ser desapropriada.
b) Você viu, maninho, como a lição do profM-
sor foi instrutiva?
c) Nem sempre as árvores aHas teem grande quan-
tidade de galhos.
d) Homem de pouca fóJ pol'quê deixou seus filhos
sem a luz da ciência r
e) João, quê foi feito d.o anel de sua irm.ãzinha?
24 NOÇÕ!!;S Jo'UNDHIENl'AIS I)A LÍNCiliA L>I.TJNA

D AT tV O

lõ -· O a,luuo jamais pod(}rá compreender o que


vem a ser em latim o caso dativo, se- não tiYer perfeil.a
compre-ensão do que é objeto indireto em português..
Para que o a1tmo lenha conhecimento completo do as-
sunto, aquí vou e-xpor um ponto muito importante da.
gramática portuguesa, ponto que é base para ·a com-
preensão do dativo e tambcm dQ. acusativo~ caso este
que iremos estudar logo mais.
16 - Sabemos já o que é verbo, pela explicação
dada no § 2, onde vimos que toda a ação tem uma cau-
sa, isto é, um sujeito, um .agente.
PDis bem;, corno toda a ação re-quer uma causa,
igualmente toda a ação produz um ef-eito.
Se, quando dizt?mos: í( Pedro e-s.ct'üveu uma carta >l
- atrilmimos a causa a Pedro, da mesma maneim a
ação do escrever produzíu um efeito; qual o resuHado
da ação que PedrD praticou, ou seja, 11uê é que Pedro
escreveu? Um.a carta.
Observ;tndD, entrefautD, outros verbos, notaremos
que a ação por eles expressa não produz, como no exem-
plo dado, nenhum efeito. Assim, quando dizetnOJ-5; «O
pássaro voou» - uão ~rguntamos: «Quê é que ele
voou·~)>. - Que~· isso dizer que a ação fica loda ela no
sujeito do verbo, s-em produzir resultado algum.
Qual a razão da desiglla!dadc entre es.->es dois ver-
bos? E' a seguinte: no primeiro ca~, citamos um ver-
· LiÇÃ.O 4 - DATIVO 25

ho de predicação incompleta, e, no segundo, um verbo


de predicação completa.
17 - · Quê vem a ser predicação? ~ O verbo é
chamado tambem predicado, porque alribue, predica wna
ar.;ão a alguma pessoa ou coisa; pois bem, quando essa
aç:ão fica toda no sujeito, diz-se que o verbo é d·c pre-
dicação completa; quando não, ou seja, quando a ação,
que o verbo exprime, exige uma pessoa ou coisa sobre
qlll} recair, diz-so que o verbo é de predicação incorn·
pleta.
A pessoa ou coisa que se. acrescenla ao verbo para
lhe completar a significação chama-se complemento ou
paciente da a(:ão rerbal.
18 - Os verbos dívidcaH~e, 11ois, em dois impor-
tantes grupos: verbos do pl'cdicação completa e verbos
de predicação incompleta; verbo de predicação comple-
ta. é o que nãu exige nenhum complemento, ou. seja, é
o que tem sQntido completo; assim, silo de prcdiraçáo
CDmpleta verbos como voar, corrPr, fugirt morrer, an-
dar, porque nenhuma palavra exigem dep-ois de si; teem
todos elos S·entido completo; a águia vorz, u lebre corre,
o ladrão fugiu, Pedro o;norrlm, a criança anda - são
oraçêH:s constituidas t.lo apenaB dois termos, sujeito e
verbo, sem nenhuma necessidade, ptrra o sentido, de
um terceiro termo. Tais verbos se chamam intransitivos.
Outra classo de verbos, bastante diferente des::;a, é
a dos verbos d(~ predicação incompleta, isto é, verbos
quo exigem depois de si um complemento, ou seja, um
termo que lhes comple-te o s,entido: eu escrevi, ele p(~r­
(leu, nós seguramos, Maria ganho-u - não são orações
de sentido inteirado, pois não sabemos que foi que eu
escrevi, que foi que ele perdeu, que segurumos nós, que
26 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA ,LiNGUA LATINA

ganhou Maria; os verbos que nessas orações entram


exigent uin termo que lhes OOQiplete o sentido, e a
ora·çoo toda passará a ter três termos: sujeito, verbo e
complemento: eu escrevi uma carta, ele. perdeu a car~
teira, nós seguramos o ladrão, ~aria ganhou um colar.
19 - VERBOS DE PREDICAÇÃO INCOMPLE-
TA: Existem quatro espécies de verbos de predicação
incompleta:
a) Verbos cuja ação passa diretamente para a pes-
soa ou coisa sobre que recai.
Quando dizemos: <<Pedro estudou a lição » - não
colocamos nenhuma preposição entre estudou e a lição.
Toda a vez que a um verbo de predicação incom-
pleta seguir-s·e diretamente a pessoa ou coisa sobre que
recai a ação, esse ve·rbo será transitivo (do latim tran~
sire =passar). Tal pessoa ou coisa sobre que recai, di-
retamente, a ação verbal chama-w objeto direto.
Exemplos de verbos transitivos: ver, beber, derru-
bar, pegar, segurar, deixar, abrir etc ..
b) Não podomos dizer: «Pedro depende o pai» -
unindo diretamente ao verbo depender o complemento
o pai. Empregando a p-reposição de, dizemos soempre:
((Pedro depende d-o pai» - O verbo depender é tam-
bem de predicação incompleta (De quê depende Pedro?),
mas não é perfeitamente igual ao verbo estudar, porque
oo liga indiretamente (por meio de preposição) ao com-
plemento.
Tais verbos são chamados relativos, e o seu com·
plemento se denomina objeto indireto.
Exemplos de verbos reJa ti vos : gosta-r (de alguma
coisa), obedecer (a alguma coisa), corresponder (a al-
guma coisa), recorrer (a alguma coisa)' etc ..
.·'::'"

l.lÇÃ.O 4. - DATIVO " 27

c) Se um . ai:nigo, vin.do-nos ao encontro, disser:


Eu dei - imediatamente perguntamos: Quê é que você
deu? Prova issó que o verbo dar, como nos casos an-
teriores, é, tambem, de predicação incompleta. O amigo
nos responderá, por exempl:O: Dei quinhentos crozeiros.
Estará perfeitamente complda a predicação do
verbo? - Não, porque logo em seguida nos ocorre a
pergunta: <<A quem deu você quinhentos cruzeiros? >l
Concluímos dai que o verbo dar é de predicação
duplamente incompleta, pois exige não apenaB um,
mas dois complementos: um para especificar a coiRa
dada, outro para determinar a pessoa a quem a r.(}ís'a Íoi
dada: Dei quinhentoB nruzeiros a Pedro.
Tais verbos são chamados transitivo-relativos. Co-
mo transitivos, pedem um complemento direto; como re-
lativos, outro, indireto.
Exemplos de verbos transitivo-relativos: eoncedM,
levar, oferecer, contar, relatar, dizer etc ..
d) (,Juando dizemos Pedro é bom, não atrihuimos a
Pedro nenhuma ação, e, sim, uma qualidade, a quali- ·
dade de ser bom. Tais verbos são tambem de prroicação
incompleta (Quô é Pedro?) e, cons·eguintemente, re- ·
querem um complemento, com a diferença de ser este
c,onstituido de qualidade e não de pe1:5soa ou coisa.
Mesmo quando se diz - Pedro é pedra - -~ ~mbora o
complemento seja constituído por coisa (pedra), este
complemento não é efeito de nenhuma ação praticada
por Pedro, mas sim uma qualidade-, um atributo de
Pedro, a qualidade de ser como pedra.
Tais verbos são chamados de ligação e seu comple-
mento se chama predicado nominal ou completivo sub-
jetivo ou, ainda, nome predicativo (j<tmais objeto).
. 28 · NOÇÕES FUNDA?.IIl!lfTAIS D.\ LÍNGUA LATINA

Exemplos de verbos de ligação: s.er, eswr, andar,


ficar, permanecm· etc ..
20 - REGtNCIA: Quando indagamos se tal verbo
exige objeto dir-eto ou indireto, ou quando, €xigindo oh·
jeto indireto, procuramos saber se a preposição que o
Jiga ao objeto deve 8er de ou por ou com ou a ou para
ou em etc., e-stamo :o; procnran do sr~ hr r a. rr,qênoin do
verbo.
Vemos daí qtw regénria verbal só diz resJwito a
verbos de predira~~ão inrn.mplela, pois qu-e os intransi-
tivos, sendo c.ompletos, não re·gern palavn algnma.

QUADRO HINOTlCO HA PRE~H-}~"1'1<: I,Jç.W


fli'Nlica(·fio Nlmplela -~ intran~iti~·o (~.-;rn ohjt>to)
lr:m!litivo (objeto direto)
(não há preposição entre o 1·erbo
c o ~o0rnplernento)
predi<·:u;.iio incompkta n'l:llivo (objeto indireto)
(há preposiç.fi.u entre o w:rbo c o
comnlcmenlo)
rlr liga.ção (prc~li{',ado nnr~~inal)
predicá(~~ o
ilnpl;tmen1e t tntn!lith·o,relati\'O
(dois objetos: llnt
incompleta tlimto e outro indirdo)

QUESTIONÁRIO
1 - Quê s-e entende por complemento, quando se fala
em «vorbo quanto ao complemento))?
2 - Considerados quanto ao complemento, todos os ver-
hos são iguais? Porquê 'l
3 -- Quê é verbo de predicação compl,eta? Quê outro
nome tem? Exemplo~,
4 -- Quant.as espécies existem de verbos de predicação
incompleta? Definir cada espécie e exemplificar
com orações. (O aluno dt:ve esmerar-se no respon-
der e-sta pergunta, ponptanto versa sobre um dos
LIÇÃO 5 - DATIVO (CONCLUSÃO) 29

. mais importantes assuntos. O § 19 deve ser aquí


todo explicado pelo aluno, com termos próprios e
exemplos alnmdantes).
5 ~ Como se denominam os r.omplcmentos dos verbos
de predicação incompleta'?
6 ~ O verbo ser tem objeto? Porquê?
7 - Como se dama o r.ornpk'mento do ,-eroo estar?
Porquê'?
8 ~ Qw~ so entende por regência quando se estuda o
verho q ua.n_to ao com1• lemen lo?
9 Fa:ça o qua.dro sinótico do estudo do verbo quanto
ao oomplemP.nlo.

DATIVO (Conclu8ão)

21 ~ O r.aso que em la Li tn representa a função de


objeto indirdo é o dativo.
QuMo acrescentar :w que disse na lição anterior
sobre o obj(>Jo indirdo a seguinte observação; Geralrnoo-
te, o oLje·to indimto, em português, vem antecedido ou
1
da prel=Josiçiio a ou da preposição para. Exemplos:
ohj. i~
Obedeço a metl pai
obj. indir.
Perdôo a essa criança
obj. ~
Dei um livro a João
obj. inui1·.
Enviei para o tesoureiro
obj.i~
E' bom para mim

2 Noções Puntl. da Lín111w Lntina


• "• I~

'·'
00 NOÇÕES I<UNDA.MENTA.IS DA. LiNGÚA LATINA

22 -Na frase: «Ele mB obedece» o me é objeto


indireto, porque constitue complemento de um verbo
relativo.
NoTA - As formas oblíquas me, te, nos e vos
servem, indifere-ntemente, tanto para objetos dire-
tos, como para objetos indiretos~ ou seja, podem
ser complementos tanto de verbos transitivos como
de ve-rbos relativos.
ExEMPLOS: «Eu te amo}) (objeto direto -
verbo transitivo) - «Eu te obedeço» (objeto in-
direto - verbo relativo) - «Nós vos amamos»
(objeto direto -- verbo transitivo) - «Nós vos
perdoamos)) (objeto indireto - verbo relativo).
As formas pronominais oblíquas o e lhe da
terceira pessoa não podem ser usadas indiferen-
temt..m.te; a forma oblíqua o jamais podNá funcio-
nar oomo objeto indireto, e a forma lhe jamais
. como direto. Comete erro gravíssimo quem diz:
«Eu lhe vi >l, porque o verbo ver é transitivo, e,
portanto, o oblíquo dove ser o. Da mesma forma,
erra enormemente quem diz: «Eu o obedeço)),
porque o verbo obedecer é relativo, e, portanto,
o obliquo deve ser lhe.
O seguinte quadro eluçida a questão:

OB,TF.TOS
~~---·

Direto Indireto
(compl_ vet-b. trans.)
me
I (compl.. verb. 1'elat.)

Singular { te Singular ~ me
te
se, o
nos
I ,
. _{ se, lhe
nos
Plural vos Plural vos
l 00, os I se, lhes
[
·t.
LIÇ.iO 5 - DA'f!VO (CONCLUSÃO) 31

23 - As,sim como o objeto indireto em português


vem geralmente antecedido da preposição a ou para, o
dativo latino deve ser traduzido em português com essas
preposições. Por outras palavras (preste atenção o alu-
no): Se para traduzir o objeto indireto <<para João l> em-
prega-se em latim o dativo, é sinal de que esse nome:,
se em latim estiver no da.Livo, deverá ser traduzido com
a preposiçãJO a ou para, ficando <<a João» ou «para
JoãA:l ».
QUESTIONÁRIO
1- Qual é o quarto e-lemento que pode aparecer numa
oração'?
2 - Quê é objeto indireto?
3 - O objeto indireto vem 8(\mpre antecedido de pre·
posição? (Se a resposta for positiva, declarar qual
ou quais são as preposições que antecedem o obje·
to indireto).
4 - Redija cinco orações em que haja objeto indireto
com a preposição a e cinco com a preposição para.
5- O objeto indireto português para quê caso vai em
latim?
6- O dativo latino corno se traduz em português?
7 - Diga para que caso devem ir as palavras grifadas
das seguintes orações:
a) O sol fomeco luz a todos.
b) O cão do ·víz·inho de·sobedeceu-me.
c) Dei·lhc peras em quantidade
d) .Meninos, perdoai aos inimigos.
e) Maria o. seu irmào não nos doram o prazer de
visitar-nos,
32 NOÇÕES FUNDAMEN't'AlS DA LÍNGUA LATINA

LIÇAO 6

ABLATIVO

24 - Já vimos o que vem a ser cvmplcmento res-


tritivo; vimos tambem o quo vem a ser eomplcmento rlc
verbo (objeto direto e objelo indireto ou predicado no-
minal). Vejamos agora o quo vem a ser eomplemento
circunstancial.
25 -- Se à oração «Pedro morreu>> (de sentido per-
feitamente completo, pois o verbo é intr;m~ihvo e, como
tal, nonhum eomplcmento pede) acrescentarmos uma
circunstância, a de lugar, por exemplo, dizendo: « Peilro
morreu no rio >l, «no rio» constituirá "um complemento
circunstancial.
O complemento circunstancial, poi:s, não é exigido
pelo verbo. Os objetos diretos c os indiretos o o predi-
cado nominal são tamoom <'omplcmentos, rnas são exi-
gidos para a inteira compreensão do verb{J.
26 - Diversas são as espécies de complemento8
circunstanciais:
LUGAR - onde: Est{JU na sal-a.
donde: O avião vai sair do camzw.
por onde: Vim pelo melhor caminho,
TEMPO -" quando: No verão os corp{Js se disten-
dem.
lui quanto tempo: Somos assim desde
crian(;rls.
MODO -- Não peça com tanta insistência.
CO.M.PANHlA - Farei forluna com meu irmtio.
INSTRUMENTO ou MEIO - Comemos com garfo.
LIÇÃO 6 - "'BLATIVO 33

CAUSA - Quebrou-se por culpa do mfmino .


.MATÉRIA - Anel de ouro.
2?' - Existem outros tipos de complementos cir-
cunstanciais, mas, em regra geml, podemos dizer o se-
guinte: O caso que em latim representa o complemento
circunstancial é, geralmente, o ablativo.
Quer dizer que os substantivos grifados no § ante-
rior (sala, campo, caminho, garfo, culpa) devem em la-
tim ir para o ablativo.
28 - Vimos no § 14 a maneira pr<'ttica de reoonhe-
cer e traduzir o genitivo; no § 23 aprendemos o mes-
mo com relação ao dativo. E o ablativo? Este caso tem
mais aplicações, pois se presta para traduzir grande
parte das muitas espécies de complementos circunstan-
ciais. Não é possível dar-lhe urna oorrespondência exata
em portugufis, mas, para norma geral, adota-se a pre-
posição por (pelo, pela, pelos, pelas) para traduzir o
ablativo e, vice-v-ersa, quando numa frase portuguesa
uma palav!'ll vem an teoedida dessa preposição traduz-se
em ltüim pelo ablativo.

QUESTIONÁRIO
1 - Quais os oomplomentos quo estudamos até agora?
2 - Que é complemento circunstancial?
3 - O objeto direto e o indimto :são tambem comple-
mentos circunsbnciais? Porquê?
4 - Construa 5 Ol'ações em que haja complemento cir·
cunstancial.
5 - O mais das vezes, para quê caso vai em latim o
complemento circunsJ:mcial? .:·,~
6 - Diga que função ex·ercem as palavras grifadas. d~-~-, ···.
seguint(}S orações, e, a seguir, para que ç~<d~vet[l\.. )
ir no latim: __ :;< <' _'-....-'
... '</ / ,j~
"•
3{ NOÇÕES I!'UND"MENTAIS DA LÍNGUA LATINA

a) Estávamos conversando na sala, quando vimos,


pelo buraco da fechadura do quarto fronteiriço,
um ladrão quê, tendo fugido da prisão, dirigiu-
se a nossa casa com o intuito do roubar nossas
coisas.
b) Orfeu arrastou oom o seu canto as florestas e
as pedras.
c) Vivendo oom economia, Pedro e Pat{,lo podem
enviar dinheiro para seus pais.
d) Fugiu por descuido do guarda.

LIÇÃO 7

ACUSATIVO

29 - O sexto e último caso latino é o acusativo.


30 - Vimos na lição 4 o que é objeto direto; pois
bem, o objeto direto traduz-se em latim pelo acusativo.
Quadro dos casos e respetivas funções:
NOMINATIVO - sujeito.
VOCATIVO -apelo.
GENITIVO -·- complemento restritivo (do especifica-
ção).
DATIVO -- objeto indireto.
ABLATIVO -- complementos circunstanciais, em ge-
ral.
ACUSATIVO -objeto direto.

QUESTIONÁRIO
1 - Qual é o sexto o último caso latino?
2 - Quê é objeto direto?
3 - Construa 5 orações em que haja objeto direto.
LIÇÃ,O 8 - FLEXÃO 35
'
4 - Quando uma palavra, em português, exerce função
de objeto direto, para quê caso dev:e ir em latim?
5 - Diga que função oxcrc·em as palavras grifadas das
orações seguintes o declare o caso para que devem
ir em latim:
ab) Pedro feriu o irmiio com uma pedra.
) Os homf->ns lívres dão à humanidade conforto
e satisfação.
c) Os governas discricionários nenhuma garantia
oferBoem ao cidadii.o.
d) Não conquisto simpatia com p1·omessas mas com
fatos. ·

LIÇÃO 8

FLEXAO
31 - Afinal, quê vem a ser flexão? - .Flexão é <t
propriedade qué teem certas categorias gramaticais (a
dos substantivos, a dos adjetivos, a dos pronomes e a
dos verbos) de sofrer alte-ração na parte final, isto é, na
última síla.ba.
Quando s·e diz que uma palavra é flcxivel (ou va-
ri.avel), entendü-se que a palana tem terminações dife-
rentes; quando so diz que uma palavra é inflcxivel (ou
invariavel), entende-::>e que não sofro nenhuma alteração.
32 - Nas palavras variaveis dá-so o nom~ desi-
nência à parto final flexivoL Dá-Sé o nome tema, ou
radical, à parte quo resta da palavra tirando-so a desi-
nência ..
Na palavra estudioso a desinência é o «o)) final,
por·que pode ser mudado para a (estudios-a), para os
(estudios-o~?), para as: e,studios-a8. O restante - estu~
dws - vom a ser o tema (ou radical).
~6 NOÇÜES l''llNDAMENTAIS DA LÍXGUA LATINA

Compare-s-e- a desinência com a ponta de uma la-


piseira; as p<:Jntas podem ser trocada.s, ao passo que a
lapiseira é St}mpre a mesma; as pontas veem a ser as
desinências, a lapiseira vem a ser o radic.-1.1.
Como se descobre o radical de uma palavra latina?
Descobre-se, praticamonte, tirando-se fora a desinêneia
do genitivD singular (V. § 39).
33 - Sabe já o .:tluno o que vem a ser f~aso (Li-
ção 1); saoo tambem o que vem a ser flexão; deve por-
tanto compreender o que vem a ser flexão de caso:
Variação que sofre a palavra na desinência, de acordo
com a função que oxerce na oração.
34 -- Vimos na lição 1 que existem seis r.asos em
latim. Dovemos agora saber que os substantivos, em
lalim, distribuem-se em cineo grupos, isto é, nem todos
os substantivos em latim tcnninam da rnesrna maneira.
Cada grupo de ca::;os, ou seja, cada grupo de flexões re-
cebe o nome· declinação. Declinação é, portanto, o con-
junto de flexões de d-eterminado grupo de substantivos.
35 - Uma vez que exist~m cinco grupos de flexõe-s,
existem tambem cinco deelinações, que recebem por
nome um número ordinal: l.a, 2.a etc.:
p-rimeira d~Jinação;
seyumda declinação;
terceira df~clinação;
quarta declinação;
quinta declinação.
36 ~ Todas as declinações possuem singuktr e plu-
ral; há portanto, sei;$ ca:ros para o singular e seis para
o plural; ao lodo, 12 flexões:
LIÇÃO 8 - FLEXÃO 37

SINGULAR PLURAl.
Nominativo . . . . . ...... . Norninati·l)o ............ .
Vocativo ............... . Vocativo ............... .
Gmdtivo ............... . Genitivo ............... .
Dativo ................. . Dativo ................. .
Ablativo ............... . .4 blt!ti vo ............... .
Acusativo .............. . .4cusativo .............. .
Dec)iJ)ar uma palavra é recitar a palavra em todos
os caso8, tanto do singular como do pluraL
37 - A ordem dos casos não tem importância; o
aluno pode, num examo oral, d-eclinar urna palavra em
qualquer orde-m; é IK'Cessário que declare, então, caso
por caso, qual o que vai dizer.
Nestas liçõe-s adotaromos sempre a ordem que ficou
exposta no parágrafo anterior.
38 - Quando o substantivo designa ser animado,
facil é dizer se a palavra é do gênero masculino ou fe-
minino; quando, porem, designa ser inanimado, isto é,
coisa, a palavra pode em latim ser ou masculina, ou
feminina, ou neutra.
N entro quer d i.wr «nem um nem outro >>J isto é,
n~rn masculino nt~m feminino. Assim, bellurn (=guerra),
flurnen (= rio), capu,t (= cabeça) são palavras neutras,
com tenninações especiais em ccr!os casos, conforme
iremos vt·r.
Há, portanto, om latim que se r.onsiderar o gênero
dos substantivos, coisa quo iremos estudar qu<mdo vir-
mos as declinações.
39 - Como de,scobrir a que declinação pert-ence um
substantivo? Os bons livros de exe-rcícios e os bons di-
cionários latinos sempre trazem, logo após a palavra,
sS NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINà.

oti o gooitivo completo ou uma ou algumas letras que


indiquem o g·enitivo singular da palavra,; como esse caso
é diferent(l ~m todas as declinações, serve pa.ra especifi-
car a declinação a que pertence a palavra. Eis o g.eni-
tivo singular das cinco declinações;

!__n~cli~çõc-~_j_~J-~L!~.~l~~~
I Genitivo sing. I ae I i _ is j us i ei
J

Se, no procurar uma palavra no dicionário, encon-


trarmos << vosa, ae )), saberemos que é da l,a declinação;
se a palavra que proeuramos é « fons, fontis », sabemos
que é da 3.a declinação; se é «bellum, i», sabemos que
é da 2 ..., e assim por dl\ante.
Como já vimos no § 32, o que sobrar da palavra,
tirando-s·e a desinência do g·enitivo singular, constituo
o radical da palavra:
radical
r os ao
bell
font is
rnan us
dti oi

QUESTIONÁRIO
1- Quê é flexão?
2 - Quais as categorias gramaticais flexíveis?
3 - Quê se entende quando se diz que uma palavra é
inflexivel ?
4 - Quê é desinência?
5 - Quê é terna,?
I '
LJÇÃ.O 9 - PRONÚNCIA E ACENTUAÇÃO 39

6 - Na..:; seguinlos palavras portugúesas, indique o ra-


dical e a desinência: falso, quadro, caderno, li-
t•ro, feijão, pedra, célebre.
7 - Quê é flexão de caso?
8 - Quê é declimação ?,
9 - Quanta..;; declinações há em latim?
10 - Qual é o total de flexões de uma declinação?
11 - Quê é declinar uma palavra'?
12 - Cite, na ordem, os sds casos latinos.
13 - Quê é gênero noutro?
14 - Como dBscobrir a que declinação pedenoo uma
palavra?
15 - Dizer a que declinação pertencem as seguintes pa-
lavras o indicar o radical:
Iupus, i nauta, ae
liber, bri honos, oris
dens, den tis -mare, is
dies, ei rnanus, us
rex, rcgis res, rei
canlus, us tabernaculum,

LIÇÃO 9

PRONúNCIA E ACENTUAÇAO
40 -- Agora que vamos aprender a declinar as pala-
vras e, logo mais, a construir frases latinas, devemos
ver algumas questõ·es importantes para a perfeita pro-
núncia e acentuação das palavras latinas. Como não se
tolera a pessoa que aoentua mal as palavras portugue-
sas, muito. menos se· tolera a pessoa que acentua mal
os vocábulos latinos.
41 -- Em regra geral, as letras são pronunciadas
como em português; w~jamos, porem, em primeiro lugar,
a questão da acentuação: -
40 NUÇÕES IIUNOAII1ENTAIS D.\ LiNGUA U.TINA

As pa1avras latinas teem o acento ou na penúltima


ou na antepenúltima sílaba.; em regra geral, não há pa-
lavras com acento na última sílaba.
-i2 - A sílaba. que indica onde cai o acento é a
penúltima. Do quê fonna? -- Se a penúltima vogal, ou
S·eja, :>o a penúHima sílaba de urna palavra latina trou-
xer o sinal·-·, que se ass·eJnelha a meia lua (a, e, 1, o, iíl,
o aoeonto de.verá recuar para a vogal ant.erior. ·
Suponhamos a palavra agrícola. A penúltirna sílaba
é cõ; em cima do <<o >> vemos a bráquia, isto é, o sinal
indicativo de vogal breve. Quê indica isso? Indica que
o acento deve recuar para a sílaba gri, ou seja., para a
vogal imodiatamento anterior, pronunciando-se, então:
agrícola.
43 - Se a penúltima siJaba, ou seja, se a penúlti-
ma vogal trouxer um tracinho longo (ã, e, i, o, ii), o
acento dev(~rá eair nessa mesma vogal.
Suponhamos a palavra Penãtes; a penúltima sílaba
é n:â; em cima do «a l> vemos o macron (pronuncie má-
cron), isto é, o sinal indir,ativo de vogal longa. Indica
isso que o ar~nto deve eair n~s.sa sílaba, pronuneian-
do-se, portanto: Penáfes.
A propriedade que icem as vogai~ de serern longas
ou breves é que se chama em latim quantidade. Quando
pergunta ao aluno: <<Qual a quantidade dessa vogal?»
- o professor quer qu-o o aluno declare se ~la. é breve
ou longa.
Resumindo Penúltima brtwe, o acento recua (a palavra é p1·opa·
rox:ítona).
renúltima longa, . O aC<'nto cai sobre ela (a palavra é
paroxítona).
\ LIÇÃO 9 - I'RONÚNCIA E ACENTUAÇÃO

NoTAS: l.a- Em latim não se usam acen-


41

tos; esst78 sinais são <..'mpregados em livros didá~


-ticos e em dicionários, para que os alunos s·e ha-
bituem a ler as palavras com o arenlo devido.
2." - Quando necessário, aparecerá neste li-
vro o sinal indicativo da qnat].tidade da penúlti-
ma silaba.
3.a - Como importante norma prática, apren-
damos quê, mn regra geral, uma vogal é breve
quando seguida de outra vogal: iní!U.it (ínfluit),
rcmf!o (rêmeo), acüo (áeuo), muHer (múlicr).
44 -- PromJmcia das letras: Somente em alguns
casos há divergência do pronúncia com certas lelms:
1 - o x tem sempre o surn de ks: max'írm.t,s, excel-
lens, nox, rex, lex, Alexander são palavras que se pro-
nunciam: mákcimu.s, ekcéllens, nóh, réks, léks, Alek-
çânder.
2 ·- o t, qua.odo seguido do um i hr-cve e de mais
uma vogal, tem som tio c: justitl'a, Helvct1a, avarit1a,
pat1entla, palavras qne ~~ pronunciam jnslícia, Helvécia,
avarícia, paciência (Hú exceções c1ue no momento não
importa mencionar).
3 - o ch tem sempre som de k: pulcher (púlkm),
charisma ( karisma).
4 - o s impuro ( s inicial s~guido de consoante
que não seja u) deve s~er bem pronunciado, de tal forma
que não so oiça a vogal e; palavras como 8tatum, spes
pronunciam-se sstatum, sspes e não e.stalum, espe:,;.
5 - o u do grupo qu é :.empre- pronunciado em la-
tim: quoqtte, qui, que, lJUOd pronunciam-se kuóku.e, lmí,
kué, lr:u,ód.
42 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

6 - os grupos vocálicos· ae e oe pronunciam-se co-


mo é_; caecus, coelum, haed\o pronunciam-se cécus, cé-
lum, héreo. Numa ou noutra palavra, como em poeta, é
que as duas vogais são pronunciadas distintamente.
As formas Eugae, muscae (génitivos de fuga, musca)
devem portanto ser pronunciadas fújc, múce e não fúghe,
múske.
7 ~ Notemos, por último, que todas as consoantes
em latim são muito bem pronunciadas: faclus pronun-
cia-se fáktus e não /átu,s. O n e. o m final dev-em ter
som alfabético e não som nasal. As letras dobradas (ll,
tt, nn etc.) de\·em t,er som reforçado.
Ob. - As sílabas finais latinas devem sor
muito bem pronunciadas; em português escreve-se
tarde e se pronuncia tardi, escreve-se Pedro e se
pronuncia Pedru, mas em latim as vogais. deV-em
ser bem pronunciadas, para que se evitem confu-
sões desastrosas.

QUESTIONÁRIO
1. ~ Em quê sílabas as palavras latinas podem ter o
ac,ento?
2 - Qual a sílaba que indica onde cai o acento tônico
das palavras latinas?
3 · ~ Se a penúltima sílaba de uma palavra latina trou·
xer a sigla~, onde cairâ o acento?
4 -- Se a penúltima sílaba de uma palavra latina trou-
xer a sigla -, onde cairá o acento?
5 -- Dizer em que sílaba cai o acento das seguintes
palavras (Consulte o vocabulário no fim deste li-
vro): accipiter, agricola, ambulo, animal, aquila,
a.rboris, Arpinas, auctoritas, calamitas, celebro,
C01"poris, desidero, diligens, dilucide, eruditus, fur·
~ \ LIÇÃO 10 - l,o. DECLINAÇÃO

fures, gracili.s, hiemis, incito, indico, optimates,


·praedíco, b'Uperior, velox. ·
6 - O x como so pronuncia em latim?
7 - O t, seguido de l (i breve) e de mais uma vogal,
quê som tem? Dê exemplos.
8 ·- Quê é quantidade '-"fi latim?
9 - Quê pretende saber o profe::;::;or, quando .(X)tgunta
ao aluno qual a quantidade de uma vogal?
10 · - Exercício de leitura (Lembre-se de que não se
. deve ar..eJlluar a. úitima sílaba do palavras de duas
ou mais sílabas): Quousquo tandem abutêre, Ca·
lilina, patientla nostra? Quamd1u eUam furor iste
tuus nos elãdet? Quem ad finem sese effronãta
jactabit audac'ía? Nihilne te noctumum praesi-
díum Palatii, nihil urbis vigilLae, nihil timor po-
puli, nihiJ concursus honõrurn omn'íum, nihil hic
muniliss\'mus habendi ::;enatus locus, nihil horum
ora vultüsque rnoverunt? Patere tua consilia non
sootis? Con-strictam jam omnlum horum conscien-
tra teneri conjurationem tuam non vides? Quid
prox1ma, quid superiore nocto eg~ris, ubi fu~ris,
quos convocav-Bris, quid eonsim cep~ris, quem no-
strurn ignorãre arbitr.ãris? »

LIÇ AO 10

l.a DECL I N A Ç AO

45 - Pertence à primeira dQclinação toda a palavra


que tem o genitivo síngular em ae. Quase todas as pala-
vras desta declinação são do gênero feminino, havendo
algumas do gênero masculino (nomes de hom(ms, de se-
res do ooxo masculino, de certas profissões e de alguns
rios). . ·
44 NOÇÕES FUNDAMI':NTMS DA LÍNGUA LATINA

46 - As desinências da 1.a declinação são as se-


guintes:

SrNGULAH
~....,___,-...,._.____,...."~~.---
I PLUHAL
-- ------~~

Nominalivo a l Nominativo ae
Vocativo a Vocativo ae
Genitivo ae Gcnitivo ar um
Dativo ae Dativo is
Ablativo a Ablativo is
. Acusativo am Acusativo as

47 - Note o aluno a existência de casos iguais (no


singular há 3 casos terminados em a o dois em ae; o
plural tem dois terminados tambem em ae, havendo ain-
da dois iguais, o dativo e o ablativo, que terminam em
is). Não pense, porem, que isso traz confusão na frase.
A análL.;;e dos termos da oração indica em que caso está
a palavra. Justamente no fato de o Íatim obrigar-nos a
analisar, a pensar, é que está a sua importância e pro-
veito para a nossa intcligôneia, educando-nos, instruin-
do-nos, desenvolvendo nossa capacidade de análise cien-
tífica, de concentração de e-spírito, de atenção.
48 - Declinação dn um nome f em i ui no: rosa, rosa e
(=rosa):
Singular Plural
r-adical desi .. radical desl-
nênciu n~ncia

Num. 1"08 a Nom. ros ae


Voe. '1'08 a Voe. ros ae
Gen- '1'08 ae Gen. ros a rum
Dat. '1'08 ae Dat. '1'08 is
Abl. TOS a Abl. ros JS
Ac. 1"08 :un A c. ros as
\ L!ÇÀO 10 - 1.• DECL!'IAI;ÃO · 4õ

NoTA . - Como pode observar o aluno, 6 ra-


dical permanece invariavel em todo o decurso da
declinação. Nenhuma dificuldade ·exisle_, portanto,
para declinar uma palavra, pois basta, uma voz
descoberto o radieaJ, coisa que já sabemos achar
(§ 32 e 39), acrescentar-lhe a desincneia do caso
quo se deseja. Vemos, por conseguinte, que o
importante é saber muito bcin de cor as desinên-
cias da declinação a que pertence a palavra.
Qualquer 1}aJavra pertencente à l.a declina·
ção, que seja do gên:ero feminino, declina-se como
rosa, rosae, comD, por exemplo, as segu i.ntes:
{a b-ula, fabulae = iábula pmeda, praedae =presa
1,w, viae -~ v·ia, caminho musea, m-n8eae =mosca
gloria, gloriae = glória stella, stellae =estrela

49 - Declinação de um nome· masculino: nauta,


nautae = marinheiro:
Singular Plural
lliom. nnut-a Nom. 1und-ae
Voe. 11l1Ut-a Voe. nmd-ac
G-An. naut-ae Gen. ?lau.t-<tnnn
Dat. naul-ae Dat. naut-is
Abl. m11â-a A.bl. rund-is
A.c. naut-am .4c. naut-as

NoTA - A não ser a diferença de gênero, ne·


nhuma outra diferença existe entre a declinação
de. roBa, rosae e nauta., nautae. Vê, portanto, o
alunD que declinar om laLim não é bicho de sete
cabe·ças, a não ser para alunos relapsos, descui-
dosos do esludo. O que é preciso, tão somente, é
saber de cor, muito Lmn de cor, as desinências
de cada declinação.

NOÇÕES J'UNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

5o - Existem alguns substantivos da La declinação


que no singular significam uma ooisa, e no plural signi-
ficam coisa diferente, fato que existe tambem em portu-
guês (por exempl<J: () bem - indica o que é oorn; os
bens - indica propriedados, coisas que <J indivíduo pos-
sue; a honra - significa estima, as honras - significa
di&nidades, cargos):

Singular l'bU"al
cera =cera oorae = tábuas esm·itas
oopla = aôumlância eopiae = exérdtos, tropa.~
fortuna = sorte fortwtae = bern~, riqu,eza11
gratia = favor, graçq. graliae = agradecimentos
Ji,ti;ra (ou ljtt~ra) = letra l..iteroo (ou litt~ra.e) = carúi
opi;ra. = obra (}p~rae = :1perários
vigilia =ato de ficar acordado, vigiliae = sentinelas
véspera

ãl - Outros substantivos há, ora comuns, ora pró-


prios, que só se usam no plural, coisa que lambem em
português exü;te (ócul.os, núpcias, Campinas, primícias,
Atenas, Tebas, víveres, Campos, fezes, Santos, Andes
etc.):
Nornes comuns Nomes próprios
angustiae, arum = desfilad~iro, Athenac, arum =Atenas
garganta Syracusae, arum = Sirar.:u~~a
divitiae, arum =riqueza Thel:Jae, arurn = Tebas
indutiae, a rum = trégua, armÍ8- Venetiac, a rum = Veneza
tí.cio
insidíae, arum = cilad6, insidia
nuptia.e, arum = nupcias
tenêbrae, arum = trevas
Calendae, arum ou
Kalendac, arurn = Calendas (l.o
dia do mês)
, Nonae, arum = o 5.o ou o
;.o d·ia dos me/Je8 romanos
\
1
LIÇ.\0 10 :-- 1.& DECLINAÇÃO 47

QUESTIONÁRIO
1 -•Para que uma palavra pertença à l.a declinação)
como deve terminar no genít.ivo singular·?
2 - De quê gênero são as palavras pertoncentes à La
declinação?
3 -- Quais as. desinências da l.a declinação? (No respon-
der indiquQ os cas.os, dizendo tudo bem de oor e
S·ern titubear_ Quem não souber muito bem de cor
as desinências das deelinaçõt-'-8 jamais saberá la-
tim).
4 - O fato de haver desinências iguais numa declina-
ção perturba a oornproensão de um texto latino?
Porquê?
5 - Há alguma dificuldade para dcdin.ar uma palavra
em latim?. Porquê'?
6 - · Qual o radical de planta, plantae? Como fez para
encontrá-lo'( Decline essa palavra, discriminando
todos os casos, primeiro no singular, depois no
plural.
7 - Existem na 1."- declinação nomes quo no singular
toom um significado e DD plural, outro? Dê exern·
plos, discriminando a significação;
8 - Cite dois. nomes próprios locativos da La declina-
ção quo só se usam no plural. Cite três cDmun.s
nas mesmas condições o decline um deles.
Nc;IÇÕES FUNDAMF:N'rAIS DA LÍNGUA LATINA

LIÇÃO 11

NORMAS PARA A TRADUÇAO

52 - Nãr> existe artigo mn latim, nem definido nem


indefinido. Quando peoirern que traduza em latim a fra-
so «A coroa de uma rainha>>, o aluno não deve cogilar
em traduzir o «a>> quo precede coroa nem o «uma>> que
preced,e rainha. Vice-v-ersa, pedindo que traduza 001 por·
tuguês uma frasf~ latina, o aluno devorá colocar os ar-
tigos que a língua portuguesa ex1ge.
53 - O comple-mento de cansa, que em português.
costuma vir acompanhado da preposição por (por des-
cuido, por culpa; por falta de- rec.ur~os), nenhuma pre-
posição traz em latim; as palavra~ quo indicam a causa,
o motivo de uma coisa vão em latim para o ablativo,
sem nenhwna preposição:

compl. de cau~a

O vaso ea.iu vor descuido do menino


I t
I
I cnluca-Me
l
não se
no a/Jlati\·o

lra.du~

Vice,·versa, quando um ablativo latino indica causa,


traduz-se em português com a preposição «por»:
compl. de causa
I~naviit reginao
!
(la rainha
LIÇÃO 11 - NORMAS PARA A TRADUÇÃO 49

54 - Assim como o vocativo português nem sempre


vem acompanhado da interjeição « ó », tambem em latim
este «o» (que em latim não tem acento) só aparece em
casos de ênfas.s (V. § 10).
õ5 - Da mesma mam~ira que não se leva em oon-
sideração o artigo português, tampouco se devem eonsi-
derar a preposição de do oomplemento restritivo, a prn-
posição a (ou para) do objeto indireto, nem, em alguns
casos, a pmposiçâo por de certos eomplementos eireuns-
tanciais.
Viee-vcrsa, o genitivo latino geralmente se traduz
em pmtuguês com a preposiç.ão de, o dati\·o com a pre-
posição a (ou para) o o ablativo, em certo,; casos, com
a preposição por:
Genitivo -- de (do, da, dos, das)
Dativo - - a (Oli para: no, à, aos, às, para o, para a,
para os, para as}
Ablativo- por (pelo, pela, pe[Qs, pelas)
Pelo que ficou dito, vemos que os casos latinos, na
generalidade da8 vezes, assim se traduzem (Para melhor
oxemplificação, dou a declinação dt=~ ala= asa):

CasosI Singular
-----7-------·· - - -
j_____ P_I~~
Nom. alã =a asa (suj.) alae =a.~ asas ( suj.)
f'oc. ala = 6 asa alae = ó asas ·
Cem. a]a(l = i/.a, asa :tlarum = rlas asas
Dat. alae = para a asa (ou alis =paTa as asas (ou
à asa) às aRas)
Abl. alã =· pela asa alis = pelas asas
·Ao. alam= a as.'t (obj. di r.) alas =as asa~ (obj. dir.)

NoTA ·- Não sei s·e o alunQ obs-ervou runa


sigla breve em cima . do a final do nominativo
.50. NOÇÕ'ES FUNDAlltENTAJS DA LÍNGUA LATINA

singular e uma sigla longa em cima. do a do abla-


tivo singular. Fique portanto sabendo, desde já,
que existe eooa diferença de quantidade entre es-
ses. d'ois casos.

EXERC1CIOS DA l.a DECLINAÇÃO

Uma vez que já sabemos distinguir as funçõ·es dos


t~rrnos da oração e declinar palavras da La declinação,
estamos capacitados para traduzir pequenas frases, tanto
do português para o Ialim como do latim para o portu-
guês. Tratando-se de exercíeios de tradução do portu-
guês para o latim bastará conhecermos as palavras em
latim, para colocá-las no caso devido. Para isso darei
sempre um vocabulário antes de cada exercício, fazendo
o mesmo nos de tradução do latim para o português.
Alem do 'gênero, indicarei sempre o nominativo e o ge-
nitivo, para que o aluno veja qual o radical da palavra.

EXERC1CIO 1
Traduzir em latim

NoTA - Tratando-se dé fras·es pequenas, sem


verbo, a função lógica da palavra pode oferecer
dúvida. Para evitar isso, aparece em tais casos,
entro parênteses, a função da palavra.

VoCABULÁRIO:

águia - aqnila, aquilae f. lavrador - agriciíla, agricõlae m.


asa - ala, alae f., marinheira - nm11ta, nautae m.
coroa - corona, coronae f. pena --- penna, pennae f-
criada - ancilla., ancillae f. pomba. - columba, colurnbae f.
eaerava - ancilla, ancillae f. província - provinda, provinciae f.
füha - fi!ia, fil!ae f. rainM. - regina, regina.e f.
LIÇÃO 11 - NORMAS PARA A TRADUÇÃO 51

1- A filha (suj.) da rainha.


2- A coroa (suj.) da filha.
3- As coroas (suj.) da rainha.
4 - As filhas (suj.) das rainl1as.
5 - A pena (obj. dir.) das pombas.
6 - As penas (obj. dir.) .da pomba.
7 - O escrava da rainha.
8 -· O rainha das üSI('.ravas.
9 - Os marinheiros (suj.) da rainha.
10- Os lavradores (obj. dir.) da província.
11 - Para as criadas da filha da rainha.
12 -- As penas (suj.) da águia da filha da rainha.
13 -- O lavradores da rainha.
14 - ú rainha dos marinhoiros.
15 - Pena (suj.) para a asa da águia.
16 - Pcn.as (obj. dir.) às asas das águias.

EXERCICIO 2
Traduzir em português

VocABULÁRIO: Palavras já vistas em exerCICIOS an-


teriores não são ropetidas; consulte o aluno o Vocabu-
. lário, no fim do livro.
A conjunção portuguesa e t~aduz-se em latim et,
pronunciando-se o t final: ét.
culpa, culpao f. - culpa insüla, insiílac f. - ilha
fuga, fugae f. - fuga laetitia, laetitiae f. - alegria
gloria, gloriae f. -- glória palria, patriae f. - pátria
GraúcÜJ., Gra.e{)iae f. - Grécia poeta, poctae m. - poeta
ignavia, ígnaviae f. - c:ovardia st.a.tua, st.atuae f. - estátua,
incola, incolae rn. - habitante victoria, victoriae f. · - vitória
52 NOÇÕES FUNDAMENTAIS llA L(NGUA. LATINA

1 -- Gloria (nom.) poeiarurn.


2 - Victoriã (nom.) nautarum.
3 - Fugií. (nom.) aqullae.
4 -- Filiae (nom.) Graeciae.
5 -- Poetae (dat.) victoriae.
6 -- Aqullis ( dat..) el columbis.
7 - O incõla ins.iílae.
8 -- Ignaviã (ahl.) naularum.
9 -- Laotitiae ( d:ll.) incolarUJU insularum.
10 - Culpa filiao regiJLae (V. nota do § 55).
11 - Statuae (nom.) poetarum palria<!.
12 -- Agricolao (nom.) et nauliw filiao (obj. ind.) re-
gmae.
13 - Pootae (voe.).

LI Ç A O 12

La CONJ UGA Ç Ã O A T I VA ( N OÇOES )

56 -- Para que o aluno se familiarize com os casos


e com a funçiio dos casos latiitos dentro d·e uma frase,
vou nesta. liçio expor o indicativo presento da J.rz con-
jugação regular latina. Como o ostudo dos verbos ire-
mos fazer mais !.urde, darei aqui só o necessário para o
nosso .escopo.
57 ~ O infinito da primeira r.onjugação latina é
pratieamcnto igual ao da 1.a conjugação portuguesa:
português latim
arn-ar am-are
As formas do indicativo presente sào tamhem muito
semelhantes, sendo algumas perfeitamente iguaís:
LIÇÃO 12 -- i, a ~:ONJUGA.ÇÀO A. TI VA (NOÇÕES) 53

PortuguPs Latim
ra- desl-
<lieal nênein

am-o am o
am-as am ~ts

am-a am at
am-amos am amus
am-ais tlm a tis
am-am am anl

NoTA - Nos dicionários pürtugu~ses, a gente


procura um verho na fonna infinitiva; em latim a
gente vai pror,urar na l_a pessoa do singular do
indicativo presente. Portanto, quando o professor
perguntar como so traduz o verbo arnar em latim,
o aluno devo responder amo (c não amare). No
VO('.ahulário que enr-t\beya os exercícios, darei ao
aluno o verbo nessa forma e, logo a seguir, no
infinito, para que de identifique bem a conju-
gação:

Voeabuláriu pot·t.-latim Vocabulário lat.-português


amar - amo, are amo, are amar

58 --· Assim corno nas dDclinaçõcs existe radical e


desinência, tambem exüüe àesinêneia e radical nos ver-
bos ..Muito facil é descobrir o radical de um verbo da
La conjugação: basta tirar o ((0 >> da La pessoa:
radical
am.-o
Uma vez tloseobcrto o radical, para conjugar o indi-
cativo presente de Lodo e qualquer verbo da l.a conju-
gação nada mais facil do que acrescentar as desinências
a, as, al, amus, atis, ant ao radical encontrado.
54 NOÇÕES l"UNDAMENTA.IS DA LiNGUA LATlNA

pugno, are~ combater, lutar


pugn-o
» --as
)) ---at
)) -ãmus
)) -- ãtis
» --'ant

59 - O latim costuma colomr o objeto diroto, isto


é, o acusatívo, antes do verbo, coisa que se dá com ou-
tras línguas vivas e, na poesia ou em frases enfáticas,
com o próprio português.
Em português dizemos: «A lua ilumina a terra>>.
Em lalim, precisamos colocar o ohjeto direto antos do
verbo transitivo:

Sujeito obj. dir. verl>. transi t.


Luna terram illustrat

Vioe-vNsa: A oração latina «Luna terram illustrat >>


não devemos traduzir em português «A lua a terra ilu-
mina», na mesma ordem latina; devemos colocar os ter-
mos em português eomo costumam ser colocados: « A lua
ilumina a terra>> - pondo o objeto direto depois do
verbo transitivo.

QUESTIONÁRIO

1 -· Qual a desinência do infinito da 1.n. oonjugação la-


tina?
2 -:-- Em quê forma se procuram os verbos num dicíu-
nário latino: no infinito ou na Lo. pessoa do singu-
lar do indic. pros·ente?
LIÇÃO 12 ~ l,a CONJUGAÇÃO ATIVA (NOÇÕES) 55

3 - Como se descobre o radical de um verbo latino da


La conjugação?
4 -- Quais as desinências do indicativo presente da La
conjugação latina?
5 ~ O obj,eto direto em quê lugar se coloca em latim?
6 --- Conjugue o verbo illustro no indicativo presente.

EXERCíCIO 3
Traduzil• em latim

VOCABULÁRIO;

agricultor - - agricõla, ae rn. moça - puella, ae


água - aqua, ae mostrar - monstro, are
atividade ~ industri.a, ae não- non
caminho ~ via, a.e f.
ocupar - occüpo, are
c}w,mar - ·- voco, aro
porquê? - cur
dar - do, dare
deleítar -- dclccto, are preparar - paro, are
fábula - fabüla, ae · regar - rigo, are
rustiça - justitia, ae sombra - umbra, ae
louvar - laudo, are terra - terra, ae
lua - !una, ae turba - turba, ae

1~ As águas regam a terra_


2 -- A lua mostra o caminho aos marinheiros.
3 ~ Os marinheiros ocupam a ilha_
4 ~ A filha da rainha chama as pombas.
5 ~ A turba louva os marinheiros.
6 --- As fábulas d?:,; poetas deleitam as moças.
7- Poeta, porquê não louvas a justiça?
8 - A sombra dá alegria aos agricultores.
9 - Por culpa· do poeta, o marinheiro prepara a fuga.
10 - Louvamos a atividade das. criadas.
56 NOÇÕES FUNDAMEN1'AIS DA LÍNGUA LATINA

EXERCíCIO 4
Traduzir em portuguGs
VOCAHUL"{RIO:

amo, are - a'ffU/.r orno, ate - adornar, enfeitar


circundo, 11re -- cirCltnd.ar sorvo, are - conservar, prcser•
do, dare - proporcionar, caw:ar
fugo, are - afugentar, aja.~tar var, proteger
illnstro, are - ilumioor silva, ae f-- sel-va, floresta, mata
lingua, ac f- - língua, idioma
nuntio, are - anunciar, rJomuni· vigilantia, ae f- - vigilância,
car c:uidado

1 - Poctae linguam Gmecioo anumL


2 - Coronae reginas omant.
3 - Laditiam nautis das.
4 -~ Gloriam patrüte do.
5 - Agrio61as laudamus.
6 - Incõlas silvarum laudatis.
7 - Victoriam nuntiamus.
8 - Aqua in:sülas circundat.
9 - Vi.gilaniia naularum patriam s·ervat.
10 - Luna umbraru fugat el terram illustrat.

OUTRAS NORMAS DE TRADUÇÃO

60 - Quando numa oração existem dois objeto:s, um


dir·eto (acusativo) e outro indirelo (dativD), o indireto
costuma. vir antes do direto:
Português:
As trombetas anunciam a batalha oos marinheiros.
lAtim:
Tubae nautis (obj. índ.) pt~gnarn (obj. dir.) nuntiant.
LIÇÃO 13 - OIJTrtA..<; NOt\:IIAS DE 'fRADUÇÃO 57

61 - O complemento circunstancial de wmpanhia,


que em português vem sempre antecedido da preposição
cam, coloca-se em latim no ablativo, tarnbem com essa
preposição, que em latim é cwm. O complemento de com-
panhia, como quase todm; os complementos circunstan-
ciais, coloca-se antes do verbo:
Pm·tuguês:
As rahihas passeiarn com m; (suas) eriadas.
Latim:
Jleginac cum and1li8 ambiílanL
62 - Os adjetivos possessivos (seu, sua; seus, ~mas)
só se expressam em latim qua.ndo necess{trios para a
clareza. No exemplo do parágrafo anterior o «suas l> que
anlecede «criadas» não foi traduzido por não ser exigido
para a clareza.
63 - O gcnitivo lalino vem, na maiuria dos casos,
antes da palavra de que llopende. O latim prefere essa
posição porque dá rmt-is forç.a à exprossão c porque é
da índol(l do latim colocar o complemenlo antes da pa-
lavra oomplel.'tua. Esta regra, r.omo toda1-; as regras de
posição, não é absoluta.
Português: Latim:
As pc11as da pomba Colurnbae pen.nae

QUESTION,\RIO

1 -- Quando numa <Jração latina exislern dois objetos,


um dir·eto, outro indireto, em quê ordem costumam
8er colocados'?
2 - Como se constrói em latim o complemento de com-
panhia?
·.·. ''· ·.•.

58 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

3 -Em· qu,ê posição costumam vir na oração os com·


plementos circunstanciais?
4: - Quê diz do uso dos adjetivos possessivos orn latim?
5 - Qual a função do genitivo latino? Quê posição
ocupa na oração?

EXERCtciO 5
Traduzir em latim
VocABULÁRIO:

aom - c um (ablat.) passear - amblilo, ·are


àesertDf" - perfiíga, ae m. refeição - ooena, ae
economia - p.arcimonia, ae
embelezar - orno, are salvar - S<Jrvo, are
mulher - femina, ae vida - vita, ae
1- Os marinheiros comunicam a vitória aos habi-
tantes.
2 - A vigilância dos marinheiros salva a pátria.
3 - A rainha passeia com as criadas.
4: - Os habitantes dão água aos marinheiros.
5 - Os desertores não amam a pátria.
6 -- Passeamos com a rainha.
7- As· mulheres preparam a refeição para os lavra·
dores.
8 - A economia embeleza a vida dos lavradores.
9 - As estátuas dos poetas embelflzam a pátria.
10 -- Os habitantes mostram a ilha aos desertores._

EXERCíCIO 6
Traduzir em português
VOCABULÁRIO:

amicitia, ~e - a.mizaJo prndentia, ac - pruditu..-ia.


arant\a, ae f. - aranha pugna, ao f. - batalha, combate
musc.a, ac f. - mosca rogo, are - pedir
pecunia, atl f. - dinheiro tu!Ja, a(! /. - trombeta
.•..·:·
LIÇÃO U - 2." DECLINAÇÃO 59

1 -;- Regina nautis pecuniam rogat.


2 ~ Nautarum fili.a.-e cum re.gina ambülanL
3 - Agrioõlae parcimonia.m laudatis.
4 ~ Laetit.iam filiis damus.
5 ~ Araneoo d muscae insulam occiipant.
6 -· Nautarum prudentiam et agricol.arum amicitiam
laudas.
7 ~ Keginae laotitiam, ancilli.s pecuniam do.
8 ·- Columbae et aquilae re-ginis Iaetitíarn 1.Lmt.
9 - Tuba-e pugnam immlarum incolis nunlia.nt.
10 ~ Aqua insulis vi!am dat.

LIÇÃO 14

2.a DEC LI NA Ç AO

64 - Omhecemos já a desinência do genitivo sin-


gular desta declinaçiio: i. Qualquer palavra. que o dicio-
nário traga cmn essn. desinência no genitivo singular
(por ex.emplo: romanus, i, liber, bri, vir, i, bellum, i)
pertence à. 2.a declinação.
65 - Acontooo, porem, quo o nominativo singular
dAssa declinaç.ão não apresmlta uma únír,a forma para
todos os nomes. Grande número das palavras pertencen-
tes a esta declinação toem o nominativo em ns: ronumus,
i; dominus, i; 8Brvus, i etc ..
Outras, em número menor, teern o nominativo em
ér: liber, bri; ager, agri; puer, i etc ..
Uma palavra existe, desta declinação, quA termina
em ir no nominativo: vir, víri =varão.
Finalmente um ,grupo de palavras neutra:! (V. § 38)
60 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATlNA

que teem o nominativo em um: beUum, i= guerra; -vz- .


num, i= vinho ete ..
66 ~ As palavras neutras são mais faceis de de-
clinar, porque toem três casos iguais no singular, nomi-
nativo, vocativo e acusatiYo, que terminam em mn, e
esses mesmos casos iguais no plural, que terminam
em a.
67 - · O vocativo das palavras em us termina <:m
geral em e. O vocativo das palavras lerminad~ts em er,
ir e um é igual ao nominativo.
68 -··Com exceção dA algumas (domus=casa: V.
§ 117; humus ~-"terra, alvus =vem Ire, colus =roca, van-
nus = joeira ú em geral os nomes de árvores, ilhas c de
alguns paiscs como Egyptus ), as palavras terminadas em
U8 são masculinas; as em er são masculinas; a palavm
vir é masculina e as palavras em nm, corno vimos, são
neutras.
69 - Os f'asos não observados (ge.nilÍ\'ü, dativo e
ablali vo) são iguais para lodos os gêneros.
70 -- Estabelecidas essns normas, podemos ver e
decorar muito hem as dcsinflncias da 2.n · declinação.
(Chamo a atrnção 1Jara as abreviaçôes: m.=masculino;
f.= feminino; n. =neutro):

Singular I Plm•al
·~---·

m. I. rn. VIr n. m. f. m. vn n.
Nom. us, c r, ir, um Nom. i, i, i, a
Voe. e Cl' ir um Voç. i i i a
Gen_ Gen. . .... Ol'Um •.••.
Dal. o DaL ...•.. is ...•..
Abl. o A!Jl. . _.... is ..... .
Ac. um Ac. os os os a
LIÇÃO 14.--- 2. 4 DECLINAÇÃO 61

71 - Como sabemos, uma voz conhecido o genitivo


singular, sabe-&e qual é o radical da palavra; para
declinar os d~mais casos, é suficiente acrescentar as
desinências aD radical. Declinemos dorn'inus, dom'lni
(mas c.; = 8enhor) e bellum, belli (neutro; =guerra):

Dominus, i (masculino)
Singular Plural
Nom. domin-us N om. domin-i:
Voe. domin-e Voe. domin-i
Gen. domin-i Gen. domin-orum
Dat. domin-o Dat. domin-is
Abl. domin-o Abl. domin··is
Ae. domin--um Ao. dom·in-o.Y

Bellum, (neutro)
Singnlat• Pluml
Nom. bell-um Nom. bell-a
Voe. bell-um Voe. bell-a
Gen. bell-i Gen. bell-orum
Dat. bell-o Dat. bell-i~J
Abl. bell-o Abl. bell-is
Ao. bell-um Ac. bell-a
72 -- ,a) Como vimos no § 50, há palavras que no
plural não teom a mesma significação do singular:

Singnlat· Plural
auxilium (n.) =auxílio ILnxiHa = tropas al!Xiliares
bonum (n.) =bem bona = propriedadeiJ, bens
castrum (:n.) =castelo castra = o,campamenfo
oomitium (n.) =lugar. par(l. co- oomitia. =reunião Jo povo, co-
mício mício
hortus (m.) = jardim horti =_parqu~, jardim público
impedimentum (n.) = impedi- impediment.a = oogagens do exér-
mento cito
ludus (m.) =jogo, divertimento lwli = espetáculo público
rostrum (n.) =bico de pásiJaro, rostra = trib1tna de orador
rastro

8 Naçõc& Fund. da Línyua Latina


.\;·. '. . .. . ..: ;.~

. 1•'-·.·
l._._ ••

62 NOÇÕEs FUNllAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

b) Outros há, a semelhança do que vimos no § 51,


que só se usam no plural:
arma, orurn = armo.s
liberi, orum (ou libl!rum) =meninos (<»m
o significado de filhos)
Argi, orum = Argos
Veii, Veiorum = T'eios

QUESTIONÁRIO
1 - Qual é o caso que importa conhooor para identi-
ficar a declinação de um substantivo? Como ter-
mina na 2.a declinação?
2 - Quais sã.o as terminações do nominatitJO ,.,ingutar
da 2.a declinação?
3 :- Os nomes terminados em us a quê gênero geral-
mente pertencem?
4- Quê pala"·ra.s terminadas em us são feminin~?
5 - De quê gênoro são as palavras da 2.a declinação
terminadas em e r?
6 - Qual é a única palavra da 2. 8 declinação cujo no-
minativo é em ir?
7 - De quê gênero são as palavras da 2.a declinação
terminadas em um?
8 - Quais sã.o os três casos iguais das palavras neu-
tras? No singular da 2.a declinaçào como ter-
minam? E no plural?
9 - Como é o vocativo singular dos nomes terminados
em us?
10 - O vocativo das palavras terminadas mn er, ir o
um é igual ao nominativo?
11 - D€cline uma destas palavras: servus, i; amieus, i;
diBcipi'J,lus, i.
LIÇÃO 15 ·~ ~.a DECLINAÇÃO

LIÇÃO 15

2.a OE C L I. NA Ç A O
(Algwmas .observações)

73 - O genitivo singular da 2." dôclinação pode


apre.oontar às vezes dois ii. Isto at.x:mh)oe quando a pa-
lavra já tem um i no radical, ou s·eja, quando no nomi-
nativo termina em ius ou em ittm. Por exemplo: fluvi1ts
(rio) tem por radical fluvi; como o genitivo da 2." é
em i, esta palavra fica, nesse caso latino, fluvii. E' claro
que no nominativo e no vocativo plu~al o mesmo fenô-
meno se opera, aparecendo ainda dois ii no dativo e no
ablativo do plural. Outros exemplos: nuntius, nuntii; vi~
oarius, vicarii; impius, impii; filius, filii; auxilium, au-
xilii; proelium, proelii etc.. (Em tais palavras, os di-
cionários oostumam indicar os dois ii do genitivo: nun-
tíus, ii).
Para maior segurança vejamos a declinação de um
desses nomes, tendo o cuidado de pronunciar destacada-
mente os dois ii nos caoos citados:
Singular Plural
Nom. fluvi-us Nom. fluvi-i
Voe. fluvi-e Voe. /luvi-i
Gen. /luvi-i (:fen. {luvi-orum
Dat. fluvi-o Dat. /luvi-ic
Abl. fluvi-o Abl. fluvi-ic
Ac. fluvi-um. Ao. /luvi-os
14 ~Deus, Dei (=Deus), agnus, agni (=cordeiro)
e chorus, chori (=coro) teem o vocativo igual ao nomi-
nativo.
Filtus, filii (=filho) tem o vocativo inegular fili.
64 NOÇÕES FUNOAMENTAIS DA LÍN:GUA LATINA

Alem da írregularidade observada no vocativo, a pa-


lavra Deus apresenta outras irregularidades. Vamos de-
clinar esse nome:
Singular Plural
Nom. De-us Nom. Di ou Dii (raramente Dei)
Voe. TJe,us Voe. Di ou Dii (raramente Dei)
Gen. De-i Gen. De-orum au De-um
Dat. De-o Dat. Dis ou Diis (rar. Deis)
.A.bl. TJe-o Abl. Dis ou Diis (rar. Deis)
Ae. De-um Ac. De-os
Di, Di.v são as formas prefcJ"idlUl na prosa.

75 - Não sei se o. aluno nolou que a desinência do


dativo ·e do ablativo do plural é igual na 2.a e na La de--
clinação. Ao mesmo tempo que isso facilita decorar a
2.a declinação, devemos observar o s-eguinte: O dativo e
o ablativo plural de filia, ae (=filha) é filiis; o dativo
e o ablativo plural de filius, ii (=filho) é tamhBm filiis.
Como saber distinguir uma palavra da outra? Em tais
casos, o latim adota para a l,a. declinação a desinência
abns para o dativo e ablativo plural.
Outras palavras que podem trazer essa confusão e
que seguem essa irregularidade nos casos citados:
1. a declinação dat. e abl. plural
anima, ae (f.)= atma animabus
dea, deae (/.)=deusa deabus
filia, ac (f.)= filha Iiliabus
liberta, ae (/.) =lit>re libertabus
famiila, ae (!.}=serva fa.mulabus

2." decl,nação dat. e abl. pl!~ral


animus, i (m.) = espírito animis
deus, dei (m.) =deus diiH (ou deis)
filius, ii (m.) =filho filiis
libertus, i (m.) = liwe liberlis
famülus, i (m.) = servo íam!llis
LIÇÃO 1/J - 2.a OECLlNAç.iO .

QUESTIONÁRIO

1 - Uma palavra da 2.a declinação }Xlde apresentar


dois ii no genitivo singular? Quando acontece isso?
Em quais outros casos se dá o aparecimento des-
ses d-ois ii?
2 -· Decline nnnlius, ii (V. § 44, 2).
3 - Qual é o vocativo de Deus? Quais as outras pala-
vras nas mesmas condições de Deus?
4 - Decline Deus, Dei.
5 - Qual é o vocativo de filius, ii? Decline essa pa-
lavra. ·
6 - Porquê o dativo e o ablativo plural de filia, ae é
/iliabus? Quais as outras palavras em idênticas
condições?

EXERCíCIO 7
Traduzir em latim

VOCABULÁRIO:

alu.na - alumnus, i jardim ·-- horlus, i


amígo - amícus, i lobo - lupus, i
cavalo -- equus, i (V. § 44, 5) patrão - herus, i
criado - servus, i
recusar - recuso, are
Deus - Deus, Dei
disposição - animus, riacho - rivus, i
filho - filius, ii rio - fluvius, ii m.
ímpia - impius, ii sujar - inquino, are

1 - Deus dá disposição aos alunos.


2 - O rio circunda o jardim.
3 - Os criados do patrão afugentam o::; cavalos.
4 - Os lobos sujam as águas dos riachos c dos rios.
5 - Recusamos os filhos e os amigos dos ímpios.
' 66 NOÇÕES P'l.I'NDAMENTA.IS DA LfNGUA" L:ATINA.

EXERCíCIO 8
Traduzir em . português

VOCABULÁRIO:

accuso, are ~ acusar existimo, are ~ apreciar


asinus, i ~ burro pracdieo, are ~ gabar
concordía, ae ~ concórdia verLI\ro, are - açoitar, 8Urrar

1 - Ancillae se-rvos herorum accusant.


2 - Herorum et servorum concordiam praedtcant.
3 - Agricolarum equos et a.s'ínos verberatis.
4: - Reginao filii prudentiam existimamus.
5 - Servorum filiis et filiabus Deus prudentiam et pa-
tientiam dat.

LIÇÃO 16

BONUS, BONA, BONUM

76 - Os adjetivos em latim distribuem-se em vários


grupos, dos quais passaremos a estudar o primeiro,
cujo modelo é bonu.~, bona, bonum. Os adjetivos deste
grupo sempr-e se enunciam dessa maneira, citando-se as
três fornias do nominativo singular. Bonus correspondo
ao masculino (=bom); bona, ao feminino (=boa) e
bowum corrcsponde ao neutro, gênero inexistente para
os ~dj,etivos portugueses.
O masculino (bonus) segue a 2.a declinação, decli-
nando-se como dominus (§ 71); o feminino (bona) segue
a 1... declinação, declinando-se oomo rosa (§ 48) e o
neutro (bonum) segue tambem a 2.a~ declinando-se como
bellum, belli (§ 71).
LIÇÃO 16 ~ HONUS, HONA, .BONUM .67

77 - Facil é, portanto, para quem sabe bem a l.a


e a 2.a declinação, declinar um adjetivo dessa classe.
Deve, no e-ntanto, o aluno ter o cuidado de citar em eada
caoo os três gêneros de uma vez, e não declinar todo o
masculino, para depois declinar todo o feminino e por
último todo o neutro:
Singular
m. (2.•) f. (1.•) n. (2.•)
Nom. bonus, ~Jona, bonum
Voa. bono bona bonum
Gen. boni bonae boni
Dat. bono bonae bono
Abl. bano bana bono
Ac.· bonum banam bonum

Plural
m. (2.•) f. (1.•) ll. (2.•)
Nom. bani bonae bona
Voe. boni bonae IJOna
Gen. bano rum bonarum bonormn
Dat. bonis bonis bonis
Abl. bonis bonis bonis
Ac. bonos bonas IJOna

78 - O cuidado único para declinar os adjetivos é


o de encontrar o radical, o que se consegue da maneira
que jâ vimos com m; substantivos {§ 32).
Os dicionários ·e os vocabulários indicam os adje-
tivos pelas terminações do nominativo, apresentando o
masculino inteiro (bonu& ), depois um a e o urn: bonus,
a, um.
Outro exemplo: panms, á, um. Com isso sabemos
que se trata de um adjetivo da 1."- classe, que s-e declina
como bonus, -a, U'm.
68 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA. LÍNGU,\ LA.TINA

Outl'os eiemplos:
magnus, a, um c=0 grande antiquus, a, um= antigo
panus, a, um= pequeno pius, a, um"= piedoso
altus, a, um= alto malus, a, um = mau
dcprcssus, a, um = baixo mtJilS, a, um= meu
novus, a, um = novo tuus, a, um = teu
notu11, a, urn = conhecido suus, a, um = seu

79 ~ Tal qual acontece em português, tambem em


latim o adj-etivo concorda com o substantivo a que se
refere, isto é, o adjetivo deve ir para o gênero, para o
número e para o caso do substantivo com que so rela-
ciona:
vir bonus o homem bom
nom. masc. s-ing. nom. masc. sing.
viro rum bonorum dos homflns bons
gen. rna8a. pb~ral gen. mn.sc. plural
ahmmae novae as abtnas nova.B
nom. fem. plural nom. fem. plural
bclla mala as guerras más
nom. neutro pl. nom. neutro pl.

80 - O adjetivo coloca-se ordinariamente depois


do substantiv-o. Essa colocação é até proveitosa, por-
quanto, uma vez encontrado o subsb.w!.ivo latino, o aluno
fica conhecendo o gênero do substantivo . eom o qual
deverá concordar o adjetivo. Suponhamos a frase: gran-
de guerra; é impossivel traduzir o adjetivo grande sem
antes saber como é guerra em latim e de que gênero é.
Procurando-se no dicionário, encontra-se «guerra - bel-
lum, ·i, n )). O .adjetivo, portanto, será magnum, tambem
neutro. 1
neutro

Quando o substantivo vem re-gendo um genitivo, eo-


loca-se o adjotivo em 1. 0 lugar, em seguida o genitivo e
por último o substantivo:
LIÇÃO 16 - BONUS, BONA, BONUM

Português: A piedosa filha da rainha


Latim: Pia regina·e filia

QUESTIONÁRIO
1- Quantas formas possue em latim o adjetivo bom no
nominativo singular?
2 - Quê declinação seguem essas formas?
3 -- Decline bonus, a, ·um, recitando sempre, em cada
caso, os três gêneros em seguida, como ficou ex·
planado no § 77.
4 - Como conoorda o adjetivo com o substantivo a que
s,e refere?
5 - Comumente, o adjetivo vem antes ou depois do
substantivo? Há vantagens nessa colocação? Por-
quê?
6 -~ Quando o substantivo, já acompanhado do adje-
tivo, vem regendo um geniLivo, qual a posição que
se dá às palavras em Jatim?
7 - Decline, conjuntamente, em todos os casos do sin-
gular e do plural, o substantivo e o adjetivo das
seguintes frases:
a) dmninws bonus
b) insula longa
c) bellurn nefmstum

EXERCíCIO 9
Traduzir em português

VOCABULÁRIO :

capillus, i - cabelo indignus, a, um - indigno


dorninus, i - senhor 111()(}e.&tus, a, urn - modesto
falsus, a, um - falso ovum, i n. - avo
gallina, ae - galinha parvus, a, um - pequeno
gratus, a, um - grato, agradeeido pr.aemium, ii n. - prêmio
.--·· ,' ..
'· ·· -., ·'
... ,-.

70' NOÇÕES FUNDAMENT"-lS DA LÍNGUA ÜTINA

1_- Dominus gratus, domini grati (suj.'), dominos


gratos.
2 ~ Puellã modesta, puellarum modestarum, puellis mo•
destis (obj. ind.).
3 - Praemium indígnum (suj.), praemia indigna (obj.
dir.).
4 - Falsi feminae capilli, falsis feminarurn capillis
(abl.).
5 ~ Parvum gallina·e ovum (obj. dir.), parvorum galli-
narum ovorum.

EXERCfCIO 10
Traduzir em lo.tim

VOCABULÁRIO:
bom - bonus, a, um mensageiro - nuntius, ii"
aa~lo - equus, i meu - meus, a, um
grande - magnus, a, um teu - tuus, a, um
guerra - bellum, i n. verM.deiro - verus, a, um

1 _ . O meu cavalo, dos meus cavalos, para os meus ea-


valos.
2 - Do teu mensageiro, os teus mensageiros, pelos teus
mensageiros.
' 3 - A grande coroa da rainha, as grandes coroas das
rainhas.
4 - A verdadeira e a falsa guerra, as yerdadeiras e as
falsas guerras.
6 ~ O prêmio do bom aluno, os prêmios dos bons
aluoos.
-~:...,.,~~~~-- -·~,--;~~:::.•:_~ . . ,_~, • • • ,''_;~.t.C''"":~'."··.~··(."" :::<•·:·· ·,_:··>.'·.· ·-:-,·....• ,.... -~. ··:_-·:1·,"···:
·.:i .•
·. L.lÇÃO ·1 "1. ~ sum, ·PRJ;::OlCADO NOMil~AL ?1

LIÇÃO 17

SUM- PREDICADO NOMINAL

81 - Podemos e devemos desde já conhecer o verbo


ser em latim. Não há idioma do rimndo em que esse
verbo não seja irregular; é irregular, port.anto,' tambem
em latim, mas a irregularidade do presente do indicativo
está somente no radical; as desinências são as que oo-
nhecemos1 isto· é, m, s, t, mus, tis, nt.
Sum -- indicativo presente
sum sou
.es és
est é
sumus oomos
estis sois
sunt são
NoTA - Não se esqueça o aluno de que em
latim todas as consoantes são pronunciadas.
82 - Dada a importância e relativa facilidade, va-
mos ,estudar o pretérito imperfeito, o perfeito e o mais
que perfeito do indicativo. Muito cuidado na pronúncia
deveiDQS ter, jamais acentuando a penúltima sílaba quan-
do a vo.gal trouxer a bráquia ( ~ ). Para facilitar, indico
a respetiva pronúncia e tradução:
Imperfeito do indicativo
PRONÓNClA TRADUÇÃO

eram éram era


eras éras 61'(18
erat érat era
cramus erámus éramos
eratis erátiB ereiB
erant érant eram
72 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATI-NA

Pretérito perfeito
PRONÚNCIA TRADUÇÃO

fui fúi fui


fuisti juísti foste
fuit fúit foi
fuimus fúimus fomos
fuistis juístis fostes
fuerunt fttémnt foram

Pretérito mais que perfeito


PRONÚNCIA TRADUÇÃO

fueram fúeram fora (tinha, sido)


fucras {úeras foras (tinhas )) )
iuerat fúerat fora (tinha )) )
"fueramus fuerámus fôramos (tínhamos » )
fueratís fueráti.~ foreis (tinheis )) )
fuerant /úerant foram (tinham )) )

83 - Sabemos que esse verbo é de ligação (V. §


19, d) e que seu complemento se denomina predicado
nominal (1 ); pode o predicado ser constituído de adjetivo
ou de substantivo:
Pedro é bom
adjetivo
Pedro é o arrimo da família
substantivo

84 --· Quando o predicado nominal é constituído de


adjetivo, este deve em latim concordar com o sujeito em
gênero, número e caso. Se o sujeito for masculino, mas-
culino deve ser o adjetivo; se feminino o sujeito, femi-
nino o adjetivo; Sü o sujeito for do gênero neutro, o
adjetivo tambem irá para o neutro. O mesmo se diga
quanto ao número e quanto ao caso. Exemplos:
(1) Veja <Gramática Metódica da Lfngua Portuguesa>, § 478, nota.
LIÇÃO 17 - sztm, PREDIC-"DO NOMINAL 73

Petrus est bonus


nom. sing. masc. t~om. sing. masc.

Maria cst bona


nom. sing. fem. nom. sing. fem.
Ex:emplum est bomun
nom. sing. neutro nom. sing. neutro
Alumni sunt parvi
nom. plur. masc. nom. plur. masc.
Alumnae BUnt altae
nom. pl!~r. fem. nom. plur. {em.
Bella BUnt as pera
TUJm. plur. neutro nom. plu.r. neutra
85 - Quando o predicado nominal é constituidd de
substantivo, este tem gênero próprio e, muitas vezes,
não pode variar em número; conseguintemente, só deve
concordar com o sujeito em ca.::.·o. Tan1o faz dizer «Pedro
é arrimo» corno <<Maria é arrimo>>, «Eles são o arrimo>>,
<<Elas são o arrimo>> -- o substantivo arrimo fica sem-
pre no mesmo número e no mf'smo gênero. Só em ca.so
é que pode concordar:
Viri sunt praesidium palriae (Os homens ;;ão a defesa da pátria)
nom. nominat.
NoTA - Não vá pensar o aluno que praesi-
dium está no acusativo. Termina em urn porque
é nome neutro. O verbo sum exige predicado no-
minal e nunca objeto direto.

QUESTIONÁRIO
1 - Quais são as desinências pessoais das formas ver-
bais latinas?
2 - Qual o indicativo presente do verbo ffum1
3 - Qual o pretérito imparfeito do indicativo do verbo
swm?
:l •~

NOÇÕEs FUNDA.Ml>:·NTAJS DA. LfNGUA LA.TINÁ

4- Conjugue o perfeito do indicativo do verbo sum.


5 - Conjugue o mais que perfeito do indicativo do verbo
sum, dando a respetiva tradução em português.
6 - Quê é predicado nominal?
7 - O predicado nominal só pode ser oonstituido de
adjetivo?
8 - Quando o predicado nominal é constituído de ad-
jetivo, para quê gênero, número e caso deve ir?
Exemplos.
9 - Quando o predicado nominal é constituído de subs-
tantivo, como concorda com o sujeito? Exemplos.

EXERCíCIO 11
Traduzir em portuguê~

VOCABULÁRIO:

causa, ae - causa parcus, a, um - parco, frufpil


malum, i n. - rool paucus, a; um ~ pouco
mansa, ae - meBa ruina, ae - ruina
multus, a, um - muito

1- Veri amici pauci sunt.


2- Pootae parcas agricolarum mensas laudant.
3 - Pugnae ruinarum magnarum causa sunt.
4 ~ Modestam agricolarurn vitam amo.
5 - Multorum malorum, domine, causa es.

EXERCíCIO 12
Traduzir em latim

VOCABULÁRIO:

cordeiro - agnus, i gregos - Graeci, o rum (com G


rooi-lúlmlo) .
devorar - devõro, are roroonos - Romani, orum (com
R maiúsculo)
discípulo - discipulus, tesouro - thesaurus, i
,--'.:~'~.~· .. ,;.·,:·-·r ~.·r;.'.~ \_.··.·.
LIÇÃO; 18.·--'- NOMI':S EM 81' DA 2.a DECLINAÇÃO·. 75.

1 - As mesas de muik>s senhores são frugais.


2 ---'- Os verdadeiros amigos são tesouro para a pátria.
3 - Os romanos foram discípu,Ios dos gregos.
4 - O lobo devora o teu e o meu cordeiro.·
5- Tínhamos sido bons amigos dos agricultores.

LIÇÃO 18

NOMES EM ER OA 2.a DECLINA ÇAO


Outros nomes

86 - Em dois grupos se distribuem ·os nomes da


2.a declinação que teem o nominativo em er. Ao primeiro
pertencem os que perdem o e dessa terminação; ao se-
gundo, que é muito pequeno, pertencom os nomes que
cons·ervam o e dessa terminação em todo o decurso da
declinação. Cúmo modelo do primeiro grupo declinare-
mos liber, libri (=livro); como modelo do segundo, puer,
puhi (=menino):
Singular
Nom. liber (livro) puer (menino)
Voe. liber pue r
Gen. libri pucri
Dat. libra puero
Abl. libra puero
A c. librum puerum

Plural
Nom. libri pueri
Voe. libri pueri
Gen. .librOf'Um puerãrum
Dat. libris pueris
Abl. libris pueris
ÂC. libros pueroa
76 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

Seguem a declinação de liber os nomes que no ge-


nitivo perdem o e da terminação er; &f}guem a de puer
os que conservam essa vogaL Isso é facil verificar com
auxílio dos dicionários; nos nomes do primeiro grupo,
os dicionários costumam dar por inteiro a sílaba .final
do genitivo, e às vezes o genitivo inteiro: magister, tri;
ager, agri; caper, pri. Nos nomes do segundo grupQ os
dicionários apresentam ora somente o i (puer, i), ora a
terminação por extenso 'í!ri: socer, eri; gener, ~ri.
87 - Vir (=varão, homem) nenhuma dificuldade
apresenta para a declinação: Nom. vir; voe. vir; gen.
viri; dat. viro etc .. Os nomes compostos de vir (decemvir,
decemv'íri; triumvir, triumv'íri) requerem cuidado na
acentuação; o i da penúltima sílaba dessas palavras é
breve,' razão por que não pode ser acentuado; o Rcento,
por regra que já conheeemos (§ 42), deve recuar para
o u: triúmviri, decémviri, triúmviro, decémviro ... O mes-
mo se dá com outros comp<:~stos: duumvir, quindecimvir.
88 - Vimos no § 68 que certos nomes da 2.a de·
clinação terminados em us são femininos. Notaremos
agora a -existência de três nomes neutros da 2.a que não
terminam em um, como bellum, i, mas em us: vulgus, i
(=vulgo), virus, i (=veneno), pelagus, i (=mar), nomes
estes que só s.e empregam no singular.

QUESTIONÁRIO
1 ~- Os· nomes da 2.a declinação que terminam em er
íeem o genitivo singular igual? Resposta completa
e exemplificada.
2 - Decline ager, agri ·(=campo).
3 - Decline socer, soc~ri (=sogro).
4 - Declino vir, viri (=varão, homem).
LIÇÃ.O 18· NOMES EM er DA 2.a DECLINAÇÃO 77

5 - Quê cuidado devemos ter no declinar os oompostos


de vir? Porquê?
6 - Decline triumvir, triumviri. ·
7 - Quais nomes em ·us, da 2.a declinação, são femi·
ninos?
8 - Há nomes neutros em us na ·2.a declinação? Res-
posta completa.

EXERCíCIO 13
Traduzir em português

VOCABULÁRIO:

ingralus, a, um - ingrato proelíum, ti n. - combaie


liber, bri - livro
magister, tri - mestre pucr, - menino
perniciosos, a, um - -pernicioso,
prejudicial soc.er, éri - sogro

1 - Libri bonis pueris boni sunt.


2 Magister meus amici mei discipulus fuit.
3 Socer tuus agrícola fuit et agrícolas amat.
4 Pucri, ingrati estis.
5 Proelium non magistris sed pucns pemiciosum
fuerat.

EXERCfCIO 14
Traduzir em latim
/

VocABULÁRIO:

alegre - laetus, a, um latino - latinos, a, um


benéfico - beneficus, a, um prejudicial - noxius, a, um
campo - ager, agri
varão - vir, viri
chuva - pluvia, ae
conhecido - notus, a, um variado - varius, a, um
escrito - scriptum, i n. vocábulo - vocabulum, n.
genro -·-- gener, eri wlgo -- vulgus, i n.
1 .:.__ Múitos vocábulos da língua latina são conhecidos
para os meus discipulos.
2 - O dinheiro não é benéfico para meu genro .
. 3 - Os escritos dos varões tinham sido variados.
4 - As chuvas foram pvejudiciais aos campos.
5 --· O vulgo é alegre.

LIÇA.O 19

VOZ PAS.SIVA- COMPLEMENTO


AGENTE

89 -;- Vimos· na lição 1, § 2, que o sujeito de um


verbo é aquilo que pratica a ação expressa pelo verbo.
Na oraçâJo << O menino quebrou o brinquedo >}, menino é
suj·eito do verbo quebrar, porque é ele quem pratica a
ação de quebrar. Pois bem, quando o sujeito pratica. a
ação, isto é, quando age, o verbo está na voz ativa.
Qu.a.ndo, '80tão, um verbo está na voz ativa? - Um
verbo está na voz ativa quando o sujeito pratica a ação
do verbo.
90 - Vejamos agora o caso em que o sujeito, em
-vez de praticar, recebe a ação do verbo. Na oração «O
menino foi castigado pelo professor», qual é ó sujeito?
Descobre-se fazendo-se a pergunta que já sabemos:
« Qoom foi castigado pelo prof,essor? )) - O menino.
·Ú suj·eito, portail.to, é menino.
AgoM eu pergunto: O menino praticou ou recebeu a
ação de castigar? Naturalmente que recebeu, porque
quem pmtioou a ação de castigar foi o profe.ssor.
' .· :··. .. . . •. ' ·. .. . ,\" /."" _-, '• .-~:

. ~---
LIÇÃO 19 :..:.._ :VOZ PASS!VA '-- C9MPLEM;$NTO AGENTE

Est.a.mos,. dessa forma, vendo um caso em que o su-


jeito recebe, sofre a ação em vez de praticar. Pois bem,
quando o sujeito recebe, sofre a ação do verbo, o verbo
está na voz passiva.
NoTA - A palavra: passivo prende-se à mes-
ma raiz latina de paixão (lat. passio, passionis);
:ambas teem rotação com sofrer, padecer (Paixão
de Cristo ='sofrimento de Cristo); daí a signifi-
cação de verbo «passivo>>: verbo ~~ja ação é
sofrida pelo sujeito.
91 - Como se analisa o complemento <<pelo profes·
oor >> na oração que acabamos de ver «O menino foi cas-
tigado pelo professor»? Chama-se complemento agente.
Complemento agente é, portanto, o complemento que nas
orações passivas pratica a ação.
NoTA -·· O complemento agente costuma apa-
recer acompanhado da preposição per ou pot·
(per+ o= pelo; per+ a= pela); em alguns casos,
em vez de per aparece a preposição de, princi."
palmente com verbos que exprimem sentimento:
«ser que-rido das crianças >> - «ser temido dos
nécios » - «ser amado de todos>>.
92 - O suj-eito da oração passiva vai para o nomi~
nativo. O verbo coloca-se em forma especial para indicar
passividade (Lição 20) e o complemento agente como se
traduz? Coloca-se no ablativo.
93 ~ Quando o complemento agente é coisa, é ser
inanimado, basta ir para o ablativo. Quando é pessoa j:m
qualquer ser animado, alem d~ ir para o ablativo é
preciso vir antecedido da preposição a ou ab, empregan·
do-se a quando a palavra que segue essa preposição' co-

., ... '.·
80 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LfNGUA LATINA

meça por consoante, e ab quando começa JXlr vogal ou


pQr h.
Exemplos de traduções de complemento agente cons-
tituido de coisa (ablativo s,em preposição):
Ele foi envenenado por erva
l
herba
O país foi salvo pela fuga
l
fuga
Os habitantes foram sacrificados pela guerra
!
bel! o
O wmpo estam il1tmbwdo pela lua
l
Iuna

Exemplos de traduções de complemento agente cons-


tituido de pessoa (ablativo com preposição a ou ab):
O menino foi ca11tigado pelo professor
l
a mtJ.gristro
O mundo foi criado por Ikus
!
a Deo
As ilhas são conhecidas pelos marinheiros
!
a nautis
011 campos foram salvos pelos amigos
!
ab amicis
OB empregados foram gratificados pelo patrão
!
ab hero

93~A -O português indica a passividade geral-


mente de duas maneiras:
' '
LIÇÃO 19 --:-" VOZ PASSIVA - COMPLEMENTO AGENTE 81

1."- - Mediante os verbos ser e estar e o particípio


pasRado de certos verbos ativos: ser visto (sou visto, és
visto, é visto etc.); estar preso (estou preso, estás preso,
está preso etc.).
NoTAS -a) Tamhem o verbo ficar se presta,
às vezes, para indicar a voz passiva; na oração:
((me foi preso» - podemos, sem s.a.crifício do
sentido passivo da oração, substituir o foi por
ficou: <<Ele ficou preso>>.
b) O poriugu_ês não possue flexões verbais
sintéticas para o verbo passivo; em latim o indi·
cativo p:res-enté passivo de amar expressa-se por
uma única palavra -- amor (pronuncie ámor) -
ao passo que o português necessita de duas:
ROU amado.

2 ... Mediante o pronome se, que então se diz


~--
partÍC't/..la apassh;adora.
Na oração: «Alugam-se casas l> ·~-- casa.~ não pratica
a ação de alugar e, sim, recebe, sofre tal ação, o que
equivale a dizer que ca::;as não é o agente mas o paóente
da ação verbal. O verbo é passivo, e essa passividade é
indicada pelo pronomo se. A oração: <<Alugam-se casas»
é idêntica à oração «Casas são alugadas>>; em ambas o
su}eilo é casas.

QUESTIONÁRIO

1- Quando um verbo está na voz ativa? (§ 89).


2 ~ Qua.ndo um verbo está na voz pa.~siva? (§ 90).
3 ~ Quê é complemento agente?
4 --- Em quê caso se coloca em latim o complemento
agente?
r\ ·.· ,.~. ~ ~; ;··:·~· , , , ·~,:' ,.,·. . .. ::~~...-~
'· .,,
82 ,. NOÇOBS FUNDAME)UA.IS DA. LfNGUA. LAtiNA
' . . '

5 - Quando o oomplemento agente é constituído de pes-


S<Ja, quê preposição se emprega antes do ablativo?
Quando se coloca a, quando ab 1
6 - Geralmente, de quanta.s maneiras o português indica
passividade?

EXERCíCIO 15
Traduzir em latim

VOCA.BULÁRJO :
A.nMnio - Antonius, ii honesto - honestus, a, um
oonciência - conscientia, ae Senhor - Domínus, i

Traduzir somente as palavras grifadas das seguintes


orações:
1 - Os maus são Ca1)tigados peta conciência.
2 -· Os maus são castigados pelo Senhor.
3 - Ele foi preso por Antônio.
4 - O bom aluno é estimado dos mestres.
5 - O comandante ficou envaidecido pela vitória.
6 - Nero era temido pelos romanos.
7 - As lições foram dadas pelos alunos.
8 - Eles são levados pelos prêmios.
9 - Os homens perversos serão desprezados pelos ho-
nestos.
10 - Por muitos varões foi trazido o cavaJo.
·' .. ~. ;·,, •'
''.~·~';I
~ ' '
~ LiÇÃO 20 - La 'coNJUGAÇÃO PASSIVA (NoÇõEs} 83 /F

LIÇÃO 20

J.a C ON J U GA ÇAO P A S S I V A ( N OÇOE S )

94 -- Vimos na lição 12 como se conjuga o indica-


tivo presente da L" conjl14jação. Dum lanço d'olhos po-
demos ver que as desini!mcias pessoais são, propriamen-
te, o, H, t, mus, tis, nt. Na prirneirà pessoa o <<o» vem
logo depois do radical; nas outras pessoas existe entre
o radical e essas terminações a letra «a», vogal carate-
ríst.ica da La conjugação:
am o am a mus

am a s am a · tis

am a I am a nt

95 --- Quê é preciso fazer para conjugar esse mes-


mo tempo na voz passiva, ou por outra, corno se diz
em latim sou amado, és amado, é amado etc.?
Para a La pessoa acrescenta-se <<r»: amor. Essa
forma já significa e traduz nossa expressão FIOU amado.
Para as outras pessoas, substituem-se as termina·
ções s, t, mus, tís, nt por estas: ris, tur, mur, m'íni, ntur,
terminaçõe-s que importa saber bem de cor:
am OI" sou amado
am a ris és amado
am a tu r é amado
am a mur somos am.ado8

am a mlni 8QÍ8 amados


arn a I ntur 11ão amados
'.

84 NOÇÕES PUN DAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

96- Vejamos como é o imperfeito da voz ativa


do verbo amo:
Vogal Infixo Desinência
Badiclll co.ratorf~t. tcrnporal pessoal
1
am a ba m amava
am a ba 8 amavas
am a ba amava

am a ba 711U8 amávamos
am a ba tis amaveis

am a ba nt amavam
Nenhuma dificuldade ofereoo para ser decorado, por·
quanto a forma é quase idêntica à portuguesa, bastan-
do trocar o v :POi b antes do acr·cscentar as terminações
latinas.
Qualquer outro verbo regular da l.a conjugação se-
guirá igual orientação: ao radical acrescenta-se primeiro
a vogal caraterística, depois o infixo temporal e por úl-
timo a desinência pesso.a.l. De laudo, are o imperfeito é
laud-a-ba-m; de pugno, are é pugn-a-ba-m ...
Para conjugar na voz passiva esse mesmo t-empo,
bastar-nos-á trocar o m por r, fazendo nas demais pes-
soas o mesmo que a prendemos a fazer no parágrafo
anterior:
am a ba r era amado
am Ia
i ba riS eras amado

am a bã lur era amo.do


I
am a bti mur éramos amados
am I a ba mini ereis amados

am Ia ba ntur eram anlados


LIÇÃO 20 ·- La cÓNJUGAÇÃO PASSIVA. (NOÇÕES) 85

97 - Do esludo que até agora fizemos dos verbos


latinos podemos tirar estas conclusões:
l.a - Se no indicativo prescnLe a t.a pessoa termi·
na em o, no imperfeito termina em m.
2." - .i\s demais pessoas teem terminações idênticas
no presente e no imperfeito, s-endo que no pre:sente há
a vogal caraterístiea a, e no imperfeito, alem dessa vo·
ga1, o infixo que designa o tempo, ba.
3.a ·-- Para pas~.:Sar um tempo da ativa para a pas·
siva basla trocar as dt.>Sinências da alim pelas da pas·
siva, notando-se quê:
a) quando na ativa a 1." pessoa termina em o, acres·
centa-se r na passiva;
b) quando na ativa a l.a pessoa termina em m, tro-
ca·se es,se m por r, continuando·se a conjugação sem
mais novidades.
4.a -- As formas verbais passivas sintéticas, isto é,
expressas por uma só palavra, como amor, indicam
tanto o masculino (sou amado) quanto o feminino (sou
amada).
97-A ·- 1 - O complemento agente segue sempre
as mesmas regras vistas na lição anterior.
2 - Quando um aluno não porcebe o sentido de
uma oração latina, é sinal do que ele não está sabendo
analisar direito os termos dessa oração. A primeira coisa
que então deve fazer é procurar o v·erbo da oração;
pelas terminações, fica o aluno sabendo se está no sin-
gular ou no plural. So o verbo estiver no singular, facil
será doscobrir o sujeito, que evidentemente deverá estar
no nominativo singtllar; se o verbo estiver no plural, o
substantivo que estiver no nominativo plural é que será
86 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA.

então o sujeito. Para a tradução das demais palavras é


bastante ver em que caso estão, e, portanto, que função
exercem: objeto direto, objeto indireto, complemento de
especificação, complemento agente etc ..

QUESTIONÁRIO
1 - Quais são as desinências pessoais do presente do
indicativo da voz ativa?
2 - Quais as desinências pessoais do presente do indi-
cativo da voz passiva?
3 - Quê é precioo fazer para passar um verbo do pre-
s.ente do indicativo ativo para o presente do indi-
cativo passi"vo?
4 - Conjugue, na voz ativa, o imperf<Jito do indicativo
de voco, are.
5 - Conjugue ess·e me·smo tempo na voz passiva.
6 - Para se assegurar da tradução perfeita de um tre-
cho latino, quê se procura em primeiro lugar?
Porquê?

EXERCíCIO 16
Traduzir em portngnês

VOCABULÁRIO:

auxilium, ii n. - auxílio Galli, orum - gauleses


Belgae, artlii1 - belgas mundus, i _.. mundo, .universo
celébro, are - celebrar paro, are - proporcionar
exP,ugno, are - subjugar pociílum, i n. - copo

1 - Reginae a poetis oolebranfur.


2 - Auxilium a viro rogahatur.
3 - Pueris bonis auxilia a viro rogaba.nhir.
4 - Pocülnm a servo parabatur..
5 - Poculum a se.rvis paratur.
6 - Pocnla a servis viris parabantur.
"~ -.... ,"F. ;,.. ·' .·.- '

.
(

' .
LIÇÃO 21 ~ 3.a DECLIN.AÇÃO 87

7·- A pueris bonis laudamur.


·8 - Mundus lunã illustratur.
9 - Libris Iaetitia pueris paratur.
10 ~ &lgae ot Galli, a Romanis expugnamini.

LIÇÃO 21

3.a OE; CL I N A Ç AO

98 -~ Passaremos agora a ver a mais importante


das declinações latinas, a terceira declinação, à qual
perte-ncem nomes d,e todos os gêneros e de muitas ter~
minações no nominativo singular. Na 2. 11 declinação vi-
mos que existem quatro terminações no nominativo, mas
na 3.a as terminações são tão variadas qu-e não podem
ser fixadas. Por isso é quê, ao mencionar as desinên-
cias da 3." declinação, costuma-se dizer: Nominativo
- várias terminações. Quer isso diz~r qui:l os nomes da
3.a declinação devem ser ?studados quase de um em um
ou de grupo em grupo, pDr causa dessa variedade de
terminações.
O vocativo não apresenta dificuldade, porquanto é
sempre igual ao nominativo.
O gonitivo singular já sabemos que termina em is
(§ 39). As demais terminações do singular são mais ou
menos lixas e iremos estudá-las aos poucos.
E as desinências do plural? Não apresentam difi-
culdade, mas o genitivo tem duas terminações: um e
ium. Para o correto emprego dessas terminações pre-
cisamos saber o que são palavras parissílabas e pala-
vras ímparissílabas.
'
88 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LfNGUA LATINA

99 ~ Palavras parissílabas são as que no singular


teem igual número de sílabas no nominativo e no geni-
tivo. Não vá pensar o aluno que parissílabas sejam as
palavras que teem número par de sílabas; nada disso.
Uma palavra de três sílabas no nominativo pode muito
bem ser parissílaba, com tal que no genitivo tenha tam-
bem três sílabas. Exomplos de nomes parissílabos:
nom. genit.
auris, auris 2 sífo,ha.~ em o.mbos os c-asos
nubes, nubis 2 » ))

v-olücris, v-olücris 3 » )) ))

cubile, cubilis 3 )) )) )}

100 ~ Palavras imparissflabas são as que no ge-


nitivo singular teem uma ou mais sílabas a mais do que
no nominativo. lmparissílabo quer di7.er, portanto, nú-
mero diferente de sílabas o não número impar de sílabas.
Uma palavra de duas sílabas no nominativo pode ser
imparissílaba, uma vez que tenha três ou quatro sílabas
no genitivo. Exemplos de nomes imparissílabos:
nomin. genítivo
dvx ducis 1 sílaba no nom. e 2 no gm1.
urbs urbis 1 )) ,) )) 2 )) »
labor labõris 2 l!Ílabas » )) )) 3 »
homo homlnis 2 )) »3 )) »
i ter itineris 2 )) )) 4 )) »
societas societatis - 4 )) )) )) 5 )) ))

101 - Genitivo plural: Uma vez que aprendemos


o que são palavras paríssílabas e palavras imparissíla-
bas e uma vez que sabemos qu-e o radical de uma pa-
lavra se descobre tirando-se a desinência do genitivo
singular (que na 3.a declinp.ção é iB), podemos compreen·
der a seguinte regra geral:
LIÇÃO 21 - 3.a DECLINAÇÃO , 89

A) Os nomes imparissílabos, cujo radical termina em


uma só consoante, teem o genitivo plural em: UM
B) Os nomes parissílabos, bem como os nomes im·
parissilabos cujo radical termina em duas ou
mais consoantes, teem o genitivo plural em: IUM

102 - Podemos agora decorar as desinências da


mawr parte das palavras da 3.a declinação:

Singular Plural
f--·
Nom. - várias terminações Nom. es
Voe. - i.gool ao nominativo Voe. es
Gen. is Gen. -um ou ium (§ 101)
Dat. Dat. ibus
Abl. e Abl. ibus
Ac. em Ac. es

103 - Cientes do que acabamos de estudar e do


que já ficou dito na nota do § 48, isto é, uma vez!
achado o radical de uma palavra, este radical não varia
em todo o decurso da declinação, podemos declinar com
segurança muitas palavras da s.a declinação, como rex,
regis; leo, leonis; libertas, libertatis; natio, naüonis; m-
vis, civis; nox, noctis; ars, artis etc.:
Singular Plural
Nom. rex (=rei) Nom. reg-es
Voe. rcx Voe. reg-es
Gen. reg-is Gen. reg-UIU (§ lOl·A)
Dal. reg-i Dat. reg-!bus
Abl. reg-e Abl. reg-ibus
Ac. reg-em Ae. reg-es

Nom. loo (=leão) Nom. le(m-es


Voe. leo Voe. leon-es
Gen. leon.is Gen. loon·UIU (§ 101·A)
Dat. leon-i Dat. loon-lbus
Abl. leon-e Abl. leon-ihus
A.c. leon-em .J.e. loon-es
~. :"". ·,~ ..· .. _.;... "
·- J t .
~
,,.
~ /
·.1 •'

.90 NOÇÕES FUNDAMENtAIS DA LÍNGUA LATINA .

Nom. libertas (-liberdade) Nom. libertat-es


Voe. libertas Voe. libertat-es
Gen. libertat · is Gen. libertat-um (§ 101-A)
Dat. libertat-i Dat. líberta.t-ibus
Abl. libertat-e Abl. libertat-Ibus
Ac. libertat ·CID A.c. líbertat-es

Nom. h orno (=homem) Nom. homin-es


Voe. homo Voe. homin-es
Gen. homin-is Gen. hornin-wn (§ 101-A)
Dat. homin-i Dat. homin-ibus
Abl. homin-c Abl. homin-lbus
Ac. homin-em Ac. homin-es

Nom. natio (= ~ção) Nom. nation-es


Voe. na tio Voe. nation-es
Gen. nation-is Gen. nation-urn (§ 101-_A)
Dat. nation-i Dat. nation-ibus
Abl. nation-e Abl. nation-ibus
Ae. nation-em Ac. nalion-es

Nom. civis (=cidadão) Nom. civ-es (cidadãos)


Voe. civis .Voe. civ-es
Gen. .civ-is Gen. civ-ium (§ 101-B)
Dat. civ-i Dat. civ-ibus
Abl. civ-e Abl. civ-ibus
A.c. civ-em Ao. civ-es

Nom. nox (=noite) Nom. noct-es


Voe. nox Voe. noct-es
Gen. noct-is Gen. noct-ium (§ 101-B)
Dat. noct-i Dat. noct-ibu3
Abl. noel-i! Abl. noct-ihus
Ac. noct-em Ao. noct-cs

Nom. ars (=arte) Nom. art-es


Voe. ars Voe. art-i:ls
Gen. art-is Gen. art-íum (§ 101-B)
Dat. art-i Dat. arl-ibus
Abl. art-e Abl. arl-ibus
A.c. art·em .4c. arl-es
1._ ·• ., ·."/ ~\ • 1'-. :·.··

··. ~-.
. LIÇÃO 21 - 3.• DI!CLINAÇÃO 91

QUESTIONÁRIO
1 - A 3.a declinação tem terminações fixas no nomi-
nativo? Porquê?
2 - Qual o vocativo da 3.a declinação?
3 - As palavras da 3.a declinação dividem-se em pa·
rissílabas e imparis8Íla1fas; quê vom a ser isso?
(Resposta completa e exemplificada).
4 - Quantas terminações tem o genitivo plural da 3. 11
declinação? Quais são? Quê espécie de nomes
teem o genitivo plural em um e quê espécie em
ium?
5 - Quais são as desinências para o geral dos nomes
da 3.a. declinação? ·
6 - Decline lex, legís (=lei).
7 - Decline sermo, sermonis (=sermão).
8 - Decline sacerdos, sacerdotis (=sacerdote).
9 - Decline majestas, majesto.tís (=majestade).
10 -- Decline pavo, pavonis ( = pavão).
11 -Decline nox, noctis (=noite).
12 - Decline nubes, nubis (=nuvem).
13 - De-clino gens, gentis (=povo, raça, nação).
14 - Decline piseis, piseis (=peixe).

EXERCiCIO 17
Traduzir em lo.tim

VocABULÁRIO;

ação - actio, actionis f. gerrruznos - Germani, orwn (plu-


oor - oolor, õris m. ral)
costume - rnos, motis m. homem - homo, inis
elogiar - laudo, are imperador - imperator, õris
escritm· - scriptor, õris m. orador - orator, õris
flor - fios, Iloris m. yerfume - odor, õfis m.

1 - Os bons costumes dos alunús são elogiados pelo


mestre.
92 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

2 - Os perfumes e as cores das flores são variados.


3 - Os escritores romanos louvavam ~os costumes dos
germanos.
4 - Os imperadores são amigos dos oradores.
5 -· As boas ações são celebradas pelos homens bons .
..
EXERCíCIO 18
'rraduzir em português
VOCABULÁRIO:

justus, a, um - justo sol, solis - sol


!ex, legis - lei
templwn, i n. - templo
nubes, is - nuvem
obscuro, are - obscurecer victof, õris - vencedor

1 -Bonos discipulorum mores magístri laudant.


2 ~ Boni patriae homines sunt victores.
3 - Sol nuhlbus obscuratur.
4 - Dei templa flodbus ornantur.
5 - Leges just~te ab homin!bu...:; ceJ,ebrabantur.

LIÇÃO 22

NOMES EM TER

104 - Certos nomes da 3.a declinação, cujo nomi-


nativo termina em ter, perdem o e dessa terminação no
genitivo e, conseguintemente, em todos os demaís casos.
A desinência do genitivo plural de tais nomes é um.
São eles: pater, patr-is (=pai), <Jnater, matr·is (=mãe),
frater, fratr-i8 (=irmão), accip1.ter, accipitr-is (= ga-
vião).
Para maior elucidação, vejamos a declinação oom-
, pleta de pater, patr-is:
..
'-
j
,,
LIÇÃO 22 _:_ NOM~S EM tm· 9à
Singulai' Plural
.Vom. - pater (=pai) Nom . - patr-es
Von. - pater Voe. - patr-cs
Gen. - patr-is Gmt. - patr-om
Dat. - palr-i Dat.· - patr-iblis
Abl. - pair-e Abl. - patr-Ibus
A c. - patr-em Ac. ~
patr-es

105 - Há na 3.a declinação um nome tenninado em


ter, bastante irregular: Jup~tm· (=Júpiter), cujo gcnitivo
é Jnvis, declinavol some-nte no singular:
Nom. - JupHer (ou JuppHer) Dat. Jovi
Voe. - Jupitcr Abl. - Jove
Gen. - Jovis Ac. Jorcm

1MP ARISSlLABOS EM s
106 - Muitos 'nomes imparissílabos terminados em
s no nominativo teem o radical do genitivo geralmente
terminado ou numa labial, ou numa gutural ou numa
dental.
Chamam-sü labiais as consoantes b, p 'e m, porque
são pronunciadas com o auxílio dos lábios.
Guturais são as consoantes g e c, que- no primitivo
latim eram produzidas na garganL'l: gá, gó, cá etc ..
Chamam-se dentais as consoantes d, t e n, porque
seu SO'Jll se produz nos dentes.
107 --· A) Os imparissílahos em s, cujo radic.aJ ter-
mina em labial (b, p, m) conservam a labial no nomina-
tivo. Exemplo: o radical da palavra plebe é em latim
pleb (geni t. pleb-is); como o b é labial, essa consoante
subsiste no nominativo ~ingular, que é então plebs.
B) Quando o radical de tais imparissilabos termina
em gutural (g, c), a gutural funde-s:e com o 8 no nomi-
-r .~ . : -'. c.< '' ... ' 1 : •• ,. • • ~·· • -- •• ' •· c, ' .· . . .
.. NOÇÕES FUNDAMBNTAlS J)A I:..ÍNGI}A L.ATlNA

nativo, produzindo a letra x, que em latim sempre tem


o som de cs. Exemplo: o radical de rei é em latim reg
(gen. reg- is); como o g é gutural, essa consoante, em
combinação com o s, dá x no nominativo, que é então
rex (reg+ s).
C) Quando o radical de tais imparissílabos termina
em dental (d, t, n), a dental desaparece no nominativo.
Exemplo: o radical de dente é em latim dent (gen.
dent-is); como o t é dental, essa letra desaparece antes
do s no nominativo, que é então dens (dent+s).
108 -Vemos mais urna vez quanto é importante o
genitivo de uma palavra latina, tão importante no pre-
sente caso que por meio dele ficamos conhecendo o no-
minativo da palavra.
NoTAS: 1." -- Quando, no presente caso, o
radical tem um i breve, essa vogal muda-se no
nominativo em e se o nominativo terminar em n
(gen. lum'in-is, 'nom. lumen), ps (g.en. prinotp-is,
nom. princeps), ts (gen. miUt-is, nom. miles), x
(gen. jud'í.c-is, nom. judex).
2." - Suponhamos que o aluno encontre nu-
ma frase latina a palavra custod'ibus; não sabendo
o significado e precisando consultar o dicionário,
quê palavra irá procurar? O primeiro trabalho é
tirar a desinência ibus; 'resta custod, radical ter-
minado em dental. ·Pelo que acabamos de estudar,
o nominativo deve ter s ( custods ), mas como o
radical termina em dental (d), esta dental deve
desaparecer, ficando custos.
Exemplo interessante temos na palavra noite,
cujo radiCal latino é noct (gen. noct-is) .. Acrescido
LIÇÃO 22 - NOMES ·EM Mr 95

de 8, o radical perde a dental (letra C d'o §. 107),


ficando « nocs >), mas do encontro ·c8 (letr~ B do
§ 107) resulta x, sendo então o nominativo nox.

QUESTIONÁRIO
1 - Quê particularidade apresenta a decHnaçlio dos
nomes da 3.a declinação terminados em ter?
2 -- Decline os seguintes nomes pater, patris, frater,
fratris, accip1ter, accip~tris. Qual o significado des-
ses substantivos?
3 - Decline Jupiter.
4 -- Quais são as consoantes labiais e porquê assim se
denominam?
5 - Quais são as consoantes guturais e porquê assnn
se denominam'?
6 - Quais são as consoantes dentais e porquê assim
se denominam?
7 -- Os nomes imparissílabos em s, cujo radical termi-
na em labial. como se declinam? Dê exemplos.
8 - Os nomes imparissílahos em 8, cujo radical ter-
mina em gutural, corno se declinam? Dê exemplos.
9 -- Os nomes imparissilabos em s, cujo radical termi-
na em dental, como se declinam? Dê exemplos.
10 - Apiicando o conhecimento adquirido no § 107 e
exomplificado na 2.a nota do § 108, diga e justi-
fique o nominativo singular das seguintes pala-
vras: hi~mis, dentem, legum, mil'ítes, urbes, mon-
tium, pont,bus, sangu'ínis e noctium.

. EXERCíCIO 19
Traduzir em português

"VOCABULÁRIO;

custos, 5uis - guarda firmo, are - assegurar


dux, ducis - c.omawi.ante, gene· foetlus, eris n. - tratado
ral, chefe gra.tus, a, um - agrada~el
96. NOÇÕES' FUNDAME:>fT.I.IS DA LÍNGUA LATINA

laus., laudis•f. - louror, elogio rex, regis - rei


lcx, I~gis - lei sacerdos, ütis --- sacerdote
miles, litis - soldado semper - sempre
obses, idiB - refem signum, i n. - sinal
pa.ter, tris - pai virtus, útís - !.irtude
revcrentia, ae - respdto \'oluptas, atis f. -- prazer

1 - Voluptates homin1bus semper noxiae snnt.


2 ~ Magistri laudes discipuli patri gratae fuerunt.
3 - Reges sunt miiHum duces et legum custodes.
4 Obsrdum vita reverentiam foederi's firrnabat.
5 ~ Sacerdotum reverentia signum est virtuti:s .

. . . EXERCíCIO 20
Traduzir em latim

VOt:.>\.llULÜ!lü:

mttMi.dadc - aucloritas, â.tis lição - lcclio, onis


eomprido - longus, a, um noite -·- nox, noclis
condenar -- darnno, are pl'ocedimenio - mot·e~, lllOI'Um
rJa•-ião - accipíter, accípTtris 'm. pl.
inverno - hiems, hiemis f- proporcionor -- paro, <LI'tl
irmão - frater, fratris

1 As noites do in vemo são compridas.


2 O rei condena o procedimento do filho.
3 As asas dos gaviões são variadas.
4 A autoridade dos reis é grata aos soldados.
5 - Grande alegria era proporcionada aos mestres pe-
las lições de teu irmão.
.
. ..... ... ·~ . . : . -- . . . :.""- ~- '

LIÇÃO 23 - • NEl'TROS J}A . 3.a DECLINAÇ10 . 97

Jjl Ç AO 23

N E UT R OS OA 3.a OE CLI N A Ç Ã O

109 - Para o completo estudo dos neutros da 3.a


declinação, devemos dividí-los em trôs grupos.
No 1.0 , estudaremos os tennínados em f~, al e ar.
No 2. 0 , estudaremos os restantes não compreendido::;
no 1.0 grupo.
No 3. 0 , estudamrnos certos nomes neutro,; de origem
grega, terminados em 1na.
110 . _ Neutro8 da 3.", terminado8 em e, al e ar: Os
neutros assilJl tcnninados fazem :
a) no ablativo singular -- i;
b) nos três casos iguais do plural - ta;
c) no genitivo plural -- tum .
.<\s desinôncias dos neutros deste grupo são, por-
tanto:
.--------------------~--------------.
Singular Plural
i --~-- ... - - - · - ·
•. ___

Nmn. e, al, ar Nom. 'ía


Voe. igual ao 110m. Voe. 'ía
Gen. iK Geu. !um
Dal. Vat. lbus
-tbl. Abl. 'íhnr~
Ac. igual ao nom. ,i c. 'ía

Exemplos:
Singula.r Plural ·'.i

Nom. mare (= mM) Nom. rnaría


Voe. mare Voe. ma ria
Gen, ma ris Gen. mar\ um
.. ,

NOÇÕ~S FUNDAMENTAIS DA. Li'NGUA LATINA

Singular Plural
Dg.t, rnari Dat. maribus
Abl. mari ;1bl. maribus
Ac. m.are Ac. maria

Nom. animal (=animal) Nom. animalia


Voe. animal Voe. animal ia
Gen. animalis Gen. anímallum
Dat. animali Dat. animallbus
A.bl. animali Abl. animalibus
Ac. animal .4c. anim.alia

:Vom. exemplar (= aópia, N O'f/l. exemplaria


exemplar)
Voe. exemplar Voe. cxemplaria
Gen. exemplaris Gen. exemplarium
Dat. exemplari Dat. exem plarlb us
Abl. excmplari Abl. exemplaribus
A e. exemplar Ac. exemplaria

NoTA - Devemos notar alguns nomes deste


grupo: far, farris (=trigo), hepar, hepatis (=fí-
gado), jubar, jubaris (=ésplendor), nectar, nectã-
ris ( = ncctar), rete, r etis ( = rede) e sal, · salis
(=sa1).
Esse:-; neutros tw-m o ablativo singular em e.
--- 8al, salis no plural é do gênero masculino; no
singular é neutro ou tambem masculino, a von-
tade.
111 -- Outros no-mes netttros da terceira: Os nomes
neutros de outras terminações teem:
a) o ablativo singular em e;
b) os três casos iguais do plural em a;
c) o genitivo plural em um.
As desinências dos neutros deste grupo geral são.
portanto:
!~;<:·<:.""·":•·::·<':·.' ; ··. '',·· -.":. ·r-=-=

'· . LIÇÃO 23 - NEU'l'RO!'. DA 3.• !lllCLINA.ÇÃO

Sil!gular Plural

Nom. várias terminações Nom. a


Voe. igual ao nominativo Voe, a
Gen. is Gen. um
Dat. i Vat. lbus
Abl, e A.bl. lbus
Ac. igual ao nominativo Ac, a

Exemplos:
Singular Plural
Nom. corpus (=corpo) Nom. corpõr-a
Voe. corpus Voe. corpõr-a
Gen. corpor-is Gen. corpõr-u.m
Dat. ·corpõr-i Dat. corpor-ibus
A.bl. corpõr-e Abl. corpor-ibus
A.c. corpus Ac. corpõr-a
Nom, flumen (= rio) Nom. flumtn-a
Voe. flumen Voe, flumin-a
Gen. flÚm.ln-is Gen. flumin-um
Dat. flumin-i Dat. flumin-Ibus
Abl, ílumln-e Ahl. flumin-ibus
A.c. flumen Ac, flumin -a
Nom. caput (= cabeça) Nom. capít-a
Voe. caput Voe, caprt-a
Gen. eap~t-ís Gen. c:apit-um
Dat. capit-i Dat. capit-íbus
.4bl. capn-e Abl. capit-Thus
Ao. caput A.c. capit-a
NoTAS: 1.11 - Devemos notar aquí dois neu-
tros deste grupo geral: cor, oordís (=coração) e
os, ossis (=osso) .. Ambos teem o genitivo plural
em ium: cordium (dos corações), ossium (dos
ossos).
2.a -- Há três neutros que no plural só teem
os casos terminados em a: os, oris (=boca, rosto),
jus, juris (=direito), aes, aeris (=bronze).
100 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

112 - Neutros de or(qem grega, terminados em ma.


O radical de tais nomes sempre apresenta um t depois
da Lemlinação ma. Exemplos: thema, themat-is; poema,
poemat-is, diplorna, diplomat-is etc ..
De preferência o dativo e o ablativo do plural des-
tes neutros é em is, como se foss·em da 2." declinação,
e o gerlit.ivo do plural é Lambem o da 2.a, em oru.m. Po-
dem, no enhulto, es-ses c:tsos ter as mesmas df•sinências
regulares da 3." declinação. Exemplo:

Nom. poema ( = pvema) Nom. pocmlí.t-a


l'oc. poema Voe. poorn!H-a
Gen. poemi'lt-is (Jen. poemat-orum (ou poernãtnm)
Dat. poemllt-i Dat. poemlít-is (ou poerrutlibu~)
Abl. poomãt-1~ Al1l. poemli.t-is (ou poematibus)
Ac. poema .k poemiít-a

QUESTIONÁHIO

1. · ·- Em quantos grupos se dividem os neutros da 3.a


declinação?
2 - - Quais as particularidade.<; desinenciais dos neutros
terminados em e, al, ar?
3 - Decline ovlle, ovtlis (n. =o vil, re<:lil).
4 -~ Declin~ cubile, eubilis (n. =leito).
5 - Dedine praesepe, praesepi& (n. = eurral).
6 - Decline tribunal, lribunãl-is (n. =tribunal).
7 -· Decline calcar, calcãris (n. =espora).
8 ~ Os nomes neutros nectar, jubar e sal quê irregula-
ridade apresentam no ablativo singular? Sobre Ml,
salis não há outra observação que fazer?
'9 - Decline nwrrnor, marmln-is (n .. mármore).
10 - Dedins tempus, tempõris (n. =tempo).
11- Decline nomen, nomznis (n. =nome).
12 - Decline agrnen, agm1nis (n. =esquadrão).
13 -- · Dedine pomna, poemãtis (n. =poema).
14 - Decline aenigma, aenigmatis (n. =enigma).
''
' LJÇ..\0 2.3 - !I.'EUTROS DA 3.• DECLINAÇÃO 101

EXERCíCIO 21
'l't•aduzir em portuguêg

VocABr;LÁR!o:

alillOrlatio, onis - exortação omen, orn1ms n. - preságio


animal, ãlis n. - animal onns, eris n. - encargo, peso,
attentus, a, um - atencioso, cui- obrigação
dadoso, vigilante ovilc, ovilis n. - ovü, redil
captivus, i - escravo, prisioneiro parentes, um plur. - pa-is
diligenter - diligentemente periculosus, a, um -- pet'igoso
dubius, a, um --· fluvidoso, in- praeceptor, õris - preceptor
certo purgo, are - limpa-r
futurns, a, um - /1~turo saepc adv. --- muitas uezes
incitamentum, i n. - estímulo, SlÜle, suilis ·- chiqueiro, pocilga
incentivo tempufl, oris n. - tempo
mare, maris n. - mar dllicus, i - feitor, camponês

Magna maris animalia nauti::; saepe periculosa sunt.


2 Villlci attenti ovilia et suilia diligenter purgant.
3 Parentum et praeceptorum adhorlationes ineitarnen-
la sunt pueris.
4 Omen. tempõris futuri dubium est.
D Magna sunt onera captivorum.

EXEB.C[CIO 22
'.rradnzir em latim

aliado - socíus, ii honra - honor, õds m.


alto - altus, a, um incitar - incito, are
áspero - confragosus, a, urn indicar - · indico, are
caminho -- iter, itineris n. montanha - mons, montis m.
cavaleiro - eques, His nome - nomen, inis n. ~
consul - consul, tilis paüzvra - verbum, i n.
espora - calcar, ãris 11.. poema - poema, poemat.is 11.
Homero - Homerus, i tema - thema, themãtis n.

1 Os caminhos das montanhas allas são ásperos.


2 As esporas dos cavah~iros incitam os cavalos.
.' .· ..... ·

102 NOÇÕES FUNDAMENtAIS l)À ,LÍNGUA LATINA

3 - As palavras são indicadas pelo tema.


4 - Os nomes são dados aos aliados pelos cônsules.
5 - Aos poemas de Homero grandes honras são dadas.

I~IÇ ÃO 24

A L GU M A S P A R T I C U L A R I' OA DE S
OA 3.a OE CLI N A Ç AO
U3 - Certos nomes da terceira teem o acusativo
em im o o ablativo em i. São os seguintes:
1 - Nomes próprios geográficos em is çomo, por
exemplo, Tib~ris (Tibre), Neapõlis '(Nápoles), l'anais
(Tánais ou Dom), Tripolis (Tripole), Sybãris (Síbaris),.
Arar, Ara ris (A r ar ou « Saona ») e Ligér, Digf:ris
(Liger ou « Loire >>) te·em tambem o acusativo em im,
mas o ablativo ~ode ser em i ou em e.
2·- Os seguintes nomes comuns:
amussis - nível secüris - machado
ba.sis --- pedestal sitis - sede
febris -- febre turris - torre
furis - rabiça do arado tussis - tosse
{JQCSis - poesia vis - força, violência, alague
puppis - popa (o plural desta palavra é vi-
ravis - rouquidão res, viriwn, viribus)
3 - Outros teem o acusativo em em mas o abla-
tivo tanto podo ser em e como em i:
amnis --· · rio classis -- armada
anguis - serpente ignis - fogo (Z)
a vis - ave ( 1 ) navis -- navio, nau
civis - cidadão ovis - ovelha
(1) A"i8 tem o n-blativo em i quando significa preságlo.
(2) 1'em sempre o ablativo em i n".s expressões cou.eagraJa.s; .Aqua et
ign; ;,.terdic~~ (Proibir o uso <la água e do fogo= exilar) - Ferro et ioni
vustare (Levar a ferro e iogo). ·
'·'.f".
···) . . .
LIÇÃO 24·~ ALGUMAS PARifiCULA.RIDADES PA. 3.• DECLINA.ÇÃO 103

GENITIVO PLURAL IRREGULAR

114 _..:.__ Vários nomes há da 3.a declinação que no


genitivo plural fogem· da regra geral exarada no § 101
(Lição 21): ·
a) Teem por exceção o genitivo plural em um os.
s-eguintes parissilabos.:
Nomes · Genitivo plural
canis, is - cão canum
juvi:!nis, is - moço, jovem juvenum
pauis, is - pão panum
senex, senis -·- ancião, ·~:elho se num
strues, is - montão Rtruum

b) Toem por exceção o genitivo plural em ·ium os


seguintes imparissílabos de urna só consoante no radiC',al:
Nomes Genitivo plural
!los, dotis f. - dote dotium
fauces, fem. plur. - fauces faucium
glis, gUris m. - atg!.Lrtaz glirium
r-
lis, litis demanda, pleito, lnta li ti um
mas, maris - macho mariwn
mus, mu6s (m. e f.) - rato murium
nix, nivis - neve (o pl. é nives =flocos de neve) nivium
nostras, ãtis - que é de nosso país nostratium
trabs, trabis - trave trabium

c) Alguns. nomes fazem no genitivo plural, indife-


rentemente, ium ou um; exemplos:
Nomes Genitivo plural
adoleaoens, adolescerotis m. e f. adolescentium mk adolescentutn
- adolescente
apis, is - ahelha apium ou apum
cliens, clien lis - cliente clientium ou clientum
fraus, fraudis - fraude fraudium ou fraudum
104 NOÇÕES FUNDAMENTAIS. D~ LÍNGUA ·L ATINÁ

Jaus, laudis _f. - louvor laudimn ou laudum


ruensis, is m. - mês mensium ou mensum
parentes m_ - os pais parentum (mais usado que pa-
rentium; o singular parem:!, pa-
rentis é m. ou 1., conforme
Rigni/icar pai ou mãe)
scd~s, :;edis - r!adeira, assento sedmn (raramente scdimn)
renes (masc. plur.) - rins renium ou renum
vates, valis -- adivinho ~-atum (raramente vatium)
voli:ícris, is ~- prÍ.1marn volucrium ou voli:ícrum
Arpinãtes pl. - arpiuates Arpinatium (às vezes Arpinãhim)
Penãtes pl. - deuses penalt!x Penatium (às vezes Penãtum)
Quirltes pl. --· quirites Quiri ti um (às t•ezes Quiritum)
Samnites pl. - .~amnitas Samnitium (às vezes Samnilurn)
optimãt~s pl. --- opümates optimatium (às vezes optimãtum)

115 - a) Como sucede nas duas primeíras declina-


ções, certos nomes há da 3." declinação que no plural
toem significado ligeiramente modificado, c outros, di-
ferente:
Singular Plnral
aoocs ou aedis, is -~ templo acdes, ium - casa
carcer, ei'ÍS -- cárcere l'arceres ~ - barro11 ilf' ierJ'o, can-
Cflla
facultas, atis -- f=uldo.de facnltates -- hens, t'iquezas
finís, is , ·- fim ' fines -, confins, te1-ritório
naris, is - narina narcs ~ nariz
ops, opís ~ a·uxílio opes - poder, riqueza
pa.rs, partis · -- parte parte~ -- p1Lrf.ido, papel dP tea-
tm
sal, salis - sal salcs - sais, argúr;ias
sors, sol'f.ís ~ sorle sort;;s --- respostas do OJ'áculo

b) Outros há que só se usam no plural:


cervil'.es, kum - nucu (às vezes no sing, cervix, leis)
fauces, fauciurn - gorganta (à11 vezes no aúlat. sin.g. fmH.'.P)
fídes, fidium - lira (às veus no singulfCr fidis. is)
fores, forium - porta -
frugcs, um - frutos da terra
furfiíres; um - farelo
LIÇ10 24- ALGUMAS PARTICULARIDADES DA 3.i\ DECLINAÇÃO 105

majores, wn - antepassados
moenia, ium · ·· muraloos
preees, preeum - p'l"eces (às 1Jezes no abla-t. !Jing. prece)
verbcra, rum - açoite, vara, surra (à8 vezes no sing. vPrber, érís n.)
Gades, i um · -- Gades (Cadia:)
Sardes, iurn - Sardes
Bacchanalia, Íllll). (ou orum) - &u:nnais
... alem de outros JWrlws de {estaR on solenidadeR pagãs.

QlJESTIONÁRlO

l Existe na 3.a declinação acusativo singular em im?


2 Quê e:s.péci~ de nomes próprios tecm o acusativo
com esHa tenninaçào?
~ - Arar, Ararü~ o Liger, Ligerís como terminam no
acusativo e úo ablativo?
4 Quais os nomes comuns da 3.a declinação que no
acusativo singular terminam em im?
5 - Amnis, anguis, civis, cla.ssis, navis e ovis quê Sl·
gnificam e como terminam no acusativo e no
ablativo?
6 Quê diz do ablativo singular de avis e do ignis ~
7 Quais os parissílahos que por exceção teem o ge-
nitivo plural em urn?
R Quais os irnparissílabos, de urna só cor_1soante no
radieal, qu!t por exc.e·ção tH&m o genilivó plural em
ium?
9 Cite alguns nomes que no genitivo plural termi-
nam indiferentemente em um ou em ium.
JO - Cite cinco nomes da 3.a declinação que no plural
toem significação diversa do singular.

EXERCíCIO 23
'l't·aduzir em português
VOCABULÁRIO;

anguslus, a, um - apertado, es- foramen, inis n. - buraco


treito glis, gliris -- arganaz
A rpinas, fttis -- Arpinate mus, muris ~ rato
, .• '• - • ,' • .J_. • _f'. ~. f '; ,.. ,.~: . .'
106 . NOÇÕES FUNDA:ileNT>\lS DA .ÚDIGUA LATJNÂ

canis, is - cão sedo, are -.matar, extingu,ir


carus, a, um - caro senex, senis - velho, aneião
custodia, ae - guarda sitis, is -:- sede
fidus, a, um - fiel · tussis, is - tosse
finis, is (V. § 115) vexo, are - atormentar

1 -- Aqua sitim sedat.


2 ~ Senes vexantur tussi.
3 - Fída canum custodia agricolis cara est.
4 - Murium et glirium foramina parva sunt.
õ ~- Fines Arpinatium angusti erant.

EXERClCIO 24
Traduzir em latim

VocABULÁRIO:

cansado - fessus, a, um força - vis, vis; o pl. é vires,


corpo - corpus, õris n. Vlflll!ll
desejar - desidl!ro, are Nápoles - Neapõlis, is
doença - morbus, i m., optimates - optimates (§ 114, c)
· fomll - fames,. is Roma - Roma, ae

1 ~· Os agricultores cansados matam a sede.


2 - Antônio desejava Roma e Nápoles.
3 - Muitas vezes os soldados são atormentados pela
fome e pela sede.
4 - As doenças são prejudiciais às forÇ;as do corpo.
5 - Grande foi a honra· dos optimates.
LIÇÃO 2b - o:ta DECLINAÇÃ.O. 107

\
LIÇ A. O 25

4.a DE CLI N A Ç AO

116 - Passemos ao estudo da penúnima declinação


latina. Pertencem à 4.a declinação nomes masculinos e
femininos, que terminam em ns, e nomes neutros, que
terminam em u.
O genitivo singular desta declinação já sabemos que
termina em us. Os demais casos não oferecem dificul-
dade, notando-se que os nomes neutros terminam no
singular sempre em u (o genitivo pode ser tambcm em
us) o no plural teem os três caoos iguais (nom. voe.
e acus.) em ú:1.
Em geral, as desinências da 4. 8 declinação são as
seguintes:
QUARTA DECLINAÇAO
,_.
Siuguhu· j Plural
m. e f. neutro m. e f. neutro
Nom. us u Nom. us üa
Voe. us n Voe. us na
G'en. us u (ou ns) Gen. iíum
Dat. Ui ll Dat. '(hus
u u llms
Abl.
Ac. um u
Abl.
Ac. us üa
J
Exemplo:
Singular Plu.ral
' -
radiaâl
Nom. fruct
Voe. fruct
desúz.
us
us
(maac.) =fruto Nom
Voe.
radiral
rruct
fruct
-
de ain.
.us
us
Gen. fruct us Gen. fl'uct líum
nat. huct ui Dat. fruct i !.Jus
Abl. fruct u AIJl. fruct I !Jus
Ac. fruct um Ae. fmct us
O«lras nomes masculinos: sensus, motus, currus, actus, exer·
citus etc ..
108 NOÇÕES FUNJ;)AME!"TAIS D.A LÍNGUA LATINA

Idêntica é a d-eclinação dos nomes femininos, corno


manus (=mão), nuruH (=nora), socrus (=sogra), anus
(= velha) etc_ ..
Exemplo de nomes neutros:
Singular Plural
Nom. gen-u Nom. gen-tia
Voe. gen-u Voe. gen-üa
Gen. gen-u (ou genus) Gen. gen-üum
Dat. gen-u Dat. gen-lbus
A.bl. gen-u Abl. gen-ihuR
Ac. gen-u Ae. gen-tia
Outros nomes neutros (que RÜ!J rar[ssimos): cornu (=corno,
rhifre), gelu (gelo, geada).

NoTA - Certas palavras esdrúxulas exigem


cuidado em certos casos; exerc'itu.s, por exemplo,
no nominativo tem o acento na sílaba er, mas no
dativo singular é exercitui, com acento na sílaba
ci, porque houve acréscimo de uma sílaba: exer-
cí-tii-i. Idêntico cuidado devemos ter no plural,
nos casos genitivo, dativo e ablativo: exercí-fii-um,
exercí-t'í-bus.
117 ~ Dois nome-s da 4.a devem ser estudados Sfl-
paradamente: l e:c;u:,; (= Jesús) e domus (=<:asa}..
Jesus (o acento é na sílaba inicial: Jésus) tem o
nominativo e o acusativo regulares, o todos os demais
casos. em 'U:
Nom. Jes·us
Voe. les-u
,..,
Gen. Jes-u
Dat. Jes-u
Abl. Jes·u
Ac. Jes-um

Domus (fem. =casa) podA declina r· se em alguns


caws como se fosse. nome da 2.a declinação. Outra par-
I
LIÇ10 25 ~ 4.• Dl!CLINAÇÃO . 109

ticularidade deste nome é o caso locativo, isto é, o caso


que indica. lugar onde, ou seja, lugar em que se encontra
alguem. Outros nomes possuem tambem esse caso, mas
é facil discriminá-lo porque a terminação é sempre igual
à do gcnitívo, sendo que o locativo de domus termina em
i como se fosse da 2.a declinação:
Singular Plm·al
Nom. dom·us ({em.= caRa) Nom. dom-us
·voe. dom-us l'oc.dom·us
Ge11. dom·us on dumi Gen. dom-num on domorum
Dat. dom·tií Dat. dom-ibus
.1bl. do·m-o (rara.m. domu) Abl. dom-Thus
A c. llom·um .4c. dom-os (mram. domus)
Locativo - dom i (=em casa)

DATIVO E ABLATIYO PLURAL RM iibus


118 ··- Certos nomes da 4.a declinação teem o da-
tivo e o ablativo do plural em ubu,8. Isso se dá, geral-
mente, com substantivos que nesses casos ficariam iguais
a nomes da 3. 11 declinação. Para que não s.e confunda
part'ibu& ( dat. e ablat. plural de partus, us =parto, da
4." declinação) com partZbus (dat. e ablativo, plural de
par.s, partis= parte, du 3.n), o primeiro nom€ tem esses
casos em ubu,s.
São os seguintes os nomes da 4.a que aprcsentmn
essa irregularídad·e:
Nollles nn.tivu plural
acus ({.) - agulha aciibus
areuR ; rn.l ---··- a·reo arciibus
arhu! {m.) - membro artubus
lacus (m.) ·- l.ago laciibus
partus (m.) - parto partiíbus
pecu (-n.) - rebanho pecübus
quercus (/.) - ~arvalho quercübus
speçus (m. e f.) - · caverna ~pecübus
tribus (f,) -· tribo tríbilbus
110 NOÇÕE$ FUNDAMENTAIS DA LÍNGUÀ LATINA

NOTA- Teru (neutro=espeto) e portus


(m. =porto) teem ess·es casos em ubus ou em
ibus.
QUESTIONÁRIO

1 - A 4.a declinaç·ão tem palavras de todos os gêneros?


2 -- Quais as desinências da 4."- declinação para os no·
mes masculinos e femininos?
3 - Decline um nome masculino da 4.a declinação.
4 - Decline um nome feminino da 4.a declinação.
5 - Há muitos nomes neptros na 4.a declinação? Quais
· as desinências? · ·
6 - Decline genu (n. =joelho).
7 - Decline exerrütus, us (m. =exército).
8 - Decline Jesus.
9 - Quê é caso locativo e para quê serve?
10 - Decline domus (=casa).
11 - Existem na 4.a declinação nomes cujo dativo e
ablativo plural é em ubusl Geralmente porquê s.e
dá isso?
12 - Quais os nomes da 4.u deClinação que no dativo
e no ablativo do plural terminam em ubus?
13 - Decline portus (m. =porto).

EXERCíCIO 25
Traduzir em português

VOCABULÁRIO:

casus, us - acaso fructus, us m. - fruto


copia, ae - abundánoia incertus, a, um - incerto, duvi-
doso
divino. are - presapiar ludibrium, ii n. - caprioho
domu.s (§ 117) - casa obnoxius, a, um - sujeito, sub-
eliam - tambem metido (rege dativo)
exrtus, us m. - resultado regius, a, um - régio
fortuna, ae f. -- fortuna, sorte varius, a, um - inconstante
LlÇÃO 25 - 4.a DECUNAÇÃQ 111

1 - Bellorum ex''tus inoerti sunt..


2 ~- Magnam frucluum eopiam divinabamus.
3 -- Ludibria fortun.ae et · casus varia sunt.
4- Etiam domini domuum regiarum casibus fortunae
ob~oxii sunt.
5 -- Malae herbae pcciíbus noxiae sunt.

EXERCfCIO 26
Traduzir em latim

VOCABULÁRIO:

alegrar - delecto, are movimento - motus, us m.


assolar - vasto, are primavera -·- ver, veris n:
constituir - sum, esse rom~J-no - romanus, a, um
estar - sum, esse
exército - cxerdtus, us m·. vantajoso ~ commodus, a, um
força - robur, õds n. veterano - veteranus, i
membro - artus, us m. volta - reditus, us m.

1 Os veteranos constituíam a força dos exércitos ro·


~
manos.
2 ~ Os exércitos assola:m os campos de meu pai.
3 - Os movimen1tos do eorpo são vantajosos aos mem·
bros.
4 - Estou em casa.
5 - A volta. da prunavera alegra os lavradores.
112 NOÇÕES FUNDA.MENT.\IS DA LÍNGUA LA.TIN!l

LIÇÃO 26

5.a DE CLI NA Ç Ã O

119 ··- E' a quinta a última das dedina.çõt~s latin;ls,


:'t qual poucos nomes pertencnm, podendo-se dizer que
somente os substantivos res (=coisa) e dies (= 1lia)
constituem verdadeiramente essa dedinaç~fw.
O nominativo singular tem urna só terminação, es,
e abrange nomes unicamente do gênero feminino.
São as seguintes as desinências da 5. 11 declinação:

--~I
Singular Plural
----------- --- -----
.\"om. es ;\'om . t•!S
Voe. e!I J!oc. cs
Gen. ei (01, eil a~ll. c rum
Dat. oi (ou iH) lJat. C';lms
Abl. c tl 1!1. iibn!l
• Ao. em Ac. llS

Exemplos:
Singul~r Plnt•al
radical desinê?lcia radical desi11~ncia
i t
Nom. r cs (=coisa) Aum. r ('S
l 1oc. r cs l'oc. r es
Gen. r ei Gen. r e rum
Dat. 1' ei Da I. r ebus
Al)l. r e Abl. l' clm~
Ac. I' em Ac. r t'g

Nom. di-es Nom. di-es


J'oc. ili-es Voe. di-('S
Gcn. di-ei Gen. di-f!rum
LIÇÃO 26 - Ó.a DECLINAÇÃO 113

DIU. tli-ei Dal. di-ebus


Abl. di-e Abl. ui-ebus
Ac. di-em Ac. 11i-es

NoTA--· Nfw se vá confundir rtJfl, rei (=ooi-


sa), da S. a, oom rex, regi,~ (=rei)> da 3." deelina-
ção.
120 -- São es~·s os dois únieos nornPs da iJ.n de-
clinação de fh..'X.ões completas.: os demais, em geral, não
possuem o plural, havendo, por·P-m, vários que no plural
se declinam sq nas formas em tJB (nominativo> voca tj vo
o :u:usativo):

Singular l'lural
Nom. pernici-es (!.=mina) Nom. pernioi-cs
Voe. pernici·es l'oc. pernici·es
Gen. pernici-ei Geu.
T>at. pernici-i'í Dat.
Abl. pernici·e Abl.
Aa. perniei-cm Ac. pernici-cs

ÜBSERVAÇÕF.S: La - « Dies», no singular,


quando signifie.a, verdadeiramente, di.a, isto é,
período de 24 horas, é mo.sculino. Quando em-
pregado com a significação de tempo, prazo, dia
fixo, de ocasião (Farei isso num dia qualque-r,
num dia c.orto) é d-o gênero feminino. E' airH1a
feminino no singular quando po!->posto às prepo-
~ições ante, posl, ad e seguidas de urn adjetivo
demonstrativo: ante fJam dkm. No plural é sem-
pre masculino.
O com posto meri,d'ie.'l (= me-io J ia) é s-empre
masculino e não tem plural.
2." - Note-8e no genitivo singular a~ formas
~i O ei. Ü C é breve (e i), C róJlS•eguintetnf!ntP nãO
(- '"J" .u , · · .: ·--:,. ,:. ·~ ,-
.- ...
c

114 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

se aoentua, quando é antecedido de consoante (fi-


di!i); o e é lon.go (êi), e conseguintemente acen-
tuado, quando antecedido d-e vogal: diei, facíei,
specii'i, pernici"i.
3.a .... Há cert-os nomes em latim com duas
formas: uma da 5." declinação (mater'íes, barba-
rles, luxur'íes ... ), outra da l.a: materza, barbaria,
luxur'ta. No singular, tais nomes se declinam in-
diferentemente por essas declinações, mas no plu.-
ral seguem a primeira.

QUESTIONÁRIO
1- Do quê gênero são as palavras pertencentes à 5.o.
declinação?
2 - Quais as:desinências da 5.a declinação?
3 -- Decline res, rei.
4 - Decline dies, diei.
5 - Quê diz rlo plural da 5.a declinação?
6 - Decline fides, fid~i ( = fé).
7 ·- Qual a única palavra da 5.o. declinação de gênero
masculino'l E' sempre do gên·ero masC11lin-o?
8 - Quando o substantivo dies é masculino e quando
feminino?
9 - O composto meridies de quê gênero é e em quê
número se emprega?
10 - Porquê o genitivo d·e /ides é lidei, com acento na
sílaba inicial, e o de facies é faciei, com acento
n.o e?
11 - Há em latim nome,s de duas formas, uma perten-
. cente à 1." declinação, outra à 5."? Cite dois. No
plural1 quê d·eclinação devem seguir?
LIÇÃO 26 - 5." DECLINAÇÃO 116

EXERCíCIO 27
Traduzir em português

VOCA!HJJ,Á RTO;

amo, are (trans.) - gostar de ignis, is (§ 113, 3) - fogo


ars, artis - arte malum, i 1~. - m.al
honurn, i n. - bem metus, us m. - medo
dies, ei - dia (§ 120, ob. 1) pocsis, is (113, 2) - poesia
domina, ae - senhora
rcs, rei - coisa
duritíes, éi -- dureza
s.i - se (conjunção)
ferrum, i n. - ferro
festus, a, um - festiuo, de fei!la signum, i n. - sinal, índ·icc
fides, ei - fidelidade spes, spei - esperança,
fundamcntum,,í n. ~-fund.amento tempero, are -- abrandar

1 - Pueri et puellae dies festos amant.


2 - Ferri durities temperatur igne, hominum poEsí et
artibus.
3 - Fundamentum justitiae est fides.
4 Fortuna est rerum domina.
5 - Si spes cst signum boni, mali signum est metus.

EXERCíCIO 28
Traduzir em latim

VocABULÁRIO:

certo - certus, a, um hum.ano - humanus, a, wn


Oesar - Caesar, ãris incerto - incertus, a, um
chefe - princeps. c!pis morte - rnors, mortis
de boa família - ingenuüs, a, nobres - optirnãtes (§ 114, c)
um
explicar ~ explico, are olho - ociílus, i
face -- facies, ei parte - pars, partis
fidelidade - fides, ei penhor - pignus, õris n.
frontl! - frons, ntis sólido - solidus, a, um
história - historia, ae vão (adj.) - vanus, a., um
116 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

1 -~ A história explica as coisas e as causas das coisas.


2 -~ Suas espe-ranças são vãs.
3 - A morte é certa, incerto é o dia da morte.
4 -~ A fronte o os olhos são partes da face humana.
5 - Os refens dos gauleses de boa família eram para
Ccsar sólidos penhores de fidelidade dos chefes e
dos nubres.

Recordação e estudo comparativo


das declinações

SUllS'fANTIVOS INDECLINAVEIS, DEFECTIVOS,


COMPOSTOS ETC.

121 ~- O acusativo, que é para o português o caso


lexicogênico, isto é, o caso de que provieram os nosSO«
vocábulos, tennina geralmente em m no singular das
r-in co declinações:

1.• 4." 5.a


aM uM eM

Outra oboorvação que facilita decomr as declinações


latinas é esta: O .~cu.>ativo plural das cinco declinações
geralmente tennina em !'I (Por esse motivo é que o
plural das palavras portuguesas é geralmcilte em s):

1.• 2." 3,1t 4.• 5.a


aS oS eS uS eS
O <(uadro completo das declinações é este:
LIÇÃ.O 27 RECORD. E ESTUDO COMPARAT. DAS DECLIN. 117

L• 2.• 3.• 4.• 5.a


- I
I i :
Nom.
1
i
ins; er; Ir; um I' árias !ermi·l"'
naçoes.
I es

Voe. é, i; igu.al ao lf!UI.I.l au nu· tis


i.es
~
1 1
1
nom. mi1~ativo. I
c
~
Gen. ae is iis ü tas I ci
'et"
Dat. ae ili (li); , ~ Ci

Ahl. c, l I ü
I
Ac. am um em, ün j um em

I I
Nom. ae :i ã! ~s; li, íã 1
ÜS üll és

.,.
Voe. ae C'Sj .. iií ÜS M cs
Gen. i'irum I õrum 11m, iüm iHím erüm
I
"~ Dat. is, ãbt1s 1 is lhns ibüs, Ohüs ebüs

Abl. Js, âbtis: is ihils ih tis, tihill:l ebüs


I
Ac. iis I üs t's; li, iã Us iill ês

122- Substantivos indaclinaveis: Certos substan-


tivos há em latim que são inde'clinaveis, isto é, teem
todos os casos iguais, ou melhor, toom sempre a mesma
terminação nos casos em que são empregados. São eles:
1 -- fas n. ~o que ·é lícito, direito, correto.
2 - nefas n.~o que não é permitido; ilegal, ilí-
cito, torto.
Fas est ~é permitido, é lícilo.
Per fas et per nefas ~a torto e a direito,
seja ou não permitido.
; ' '. t . ' (';_ ~~~, :· ·'· :r ·~...:.. ··. -~~.~.·· :....:~· ·:.... . -~~,:~.:·.
. I

118 NOÇÕES l'UNOAMENTAIS DA LÍNGUA LUlNA

3 -- imstar n. =à semelhança de, semelhante ·a


instar 1nontis =à semelhança de monto.
4 - mn.ne n. =de manhã, de madrugada.
iJ - semis m. (designação de certa moeda romana).
6 - pmulo n. = peso, libra.
sex pondo= seis libras.
7 - as palavras hebraicas -manna n. ( = maná), Pas-
cha n. (=Páscoa), Bethli-em, lerusalem, Adam,
Abram (ou Abriíharn), Jacob, lsaac, Dauiil,
Joseph.
Algumas dessas palavras encontram-s-e às vezes de-
clinadas, nessas mesmas fonnas ou em outras seme-
lhantes:
Pascha, il.tis n. ou Pascha, ae f.
Hierosolima, orum n. pl ..
Abram, Ahrae ou Abrã.ham, Abrl:tbae
David, Davidis
Adam, Ada.e ou Adãmus, i
Josephus, i
,./
123 - Sub(õ;tantivos defectivo!': Como acontece em
português, tambem em latim há certos substanlivos co-
muns que só se us:tm no singular, uma vez que o signi-
ficado nã:o permite o plural (1 ) ; alguM exemplos:
sanguís, inis - sangue
senectus, ütis -- velhice
meridies, iii -· meio dia
pilHas, ãtís -- piedade
plebs, plebis - plebe
proles, is - prole

Outros há que só so usam no plural (pl~tral'ia tan-


tum), como já ficou visto no estudo de cada declinação
(§ 5, 72-b, 115-b).

(1) V. Gramática Mct6dica da L!ngua Portugueaa, § 192.


......

LIÇÃO ·27 - RECORD. E ES'fUDO COMPARA.T. DAS DECLIN. 119

124 - Substantivos heteróclitos: Denominam-se


heteróclitos os substantivos que no singular seguem
uma declinação e no plural outra:
1 -- vas, vasis n. (=vaso) no sing. segue a 3.a e
no plural a 2.a:
sing. - vas, vasis
plur. - vasa, vasorum
2 - jug't:rum, ·i n. (= jeira) no sing. segue a 2.a c
no plural a 3.":
sing. - jug'~-ru:m, ·i
plur. - jug~ra, jugerum
3 - tonitruum, i n. ( = tmvão) no sing. segue a 2.a
ou a 4.a (tonitrus, us m.), no plural o neutro
da 4.a: tonitrua, truum.
Ob. --- Certos nomes h~tcróclitos, alem de
mudarem de declinação no plural, mudam tambcm
de gênero. São heteróclit.os e ao mesmo tempo
heterogêneos:
1 - bal;n't!um, balnei (=banho): neutro, 2.a
declinação.
balneae, arum: feminino, 1. 3 declinação.
2 - eplilurn, i (=banquete): neutro, 2.a de-
clinação.
eptllae, arum: feminino, l.a declinação.
125 - Substantivos heterogêneos: Denominam-se
hete,rogêneos os substantivos que no singular são de um
gênero e no plural de outro:
1 - l,ocus, Zoei: 1nasc. e significa lugar
loca, locorum: neutro e significa trechos _(de
um livro)
\ '

12() NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

2 -- carbã~'MS, i: f em. e significa linho finíssimo


(',arbas.a., orum: neutro e significa vela (de
navio).
3 -- jocus, joci: rnasc.
joca, jooorum: neutro, ou joci, jocorum ma.sc.
Tem o nwkimo sigriifieado no sing. e no plu-
ral (=gracejo, chiste, brincadeira).
4 --- caelum, i: neutro (ou coelum, i)
caeli, orum: masculino - Conser\ra o mesmo
significado (=céu).
5 -- frenum, i: neutro ( = freio)
frena, o-rum: neutro, ou freni, o-rum masc.
com o rnt,'<Srno 1-:>ignificado.
6 -- Ta-rtaru.s, i: masc. (= Tárlktro, inferno)
T artftra, urunt: neutro ~ com o mesmo ::ngm-
ficado.
126 -- Vejamos mais alguns substantivos do deeli-
naçàD irregular ou curiosa:
Bos m: o f., significa rês (boi ou vaca)~ tom o radi-
cal em ·o: bovis, bovi, bove, bovem. No plural é
boves ( nom., voe. e a c.) boum (gen.) e bobu.B ou
bubu8 ( d at. e abl.).
Caro f-em. (=carne) - o radical é oam: carnis,
carni, carne etc.; o genitivo plural é em 1.wn:
camnum.
Requzes f.R-m. (= dflseanso, repouso) ~ gen. re<[Mie-
tis, dat. requieti, abl. requiete ou requ'ie, acus.
requie.tern ou -requiern.
Hus mase. (=porc.o, suino) gen. s1.âs ete.; no
plural pode se-r su'ibus ou suhu,8 para o dat. e
ablativo.
LIÇÃO .27 - RECORD. R ESTUDO COMPARAT. DAS DECLIN . . 121

Supellex fern. (=mobília) - g~m. supellect'í[.is etc.;


o ablat. singular é em e ou em i; não tem plural.
V esper masc. (= tarde, estrela Vesper = Ven us) --
pode ser da 3." declinação (vesper, vesp'éris) ou
da 2." (vesp~rus, vesp'Mi). O abla.t.i\·o é sempre
vespere (=de tardo).
127 - Nomes compostos: Duas espécies há de no·
mes compostos:
a) Compostos de ;,'ubstwnfivo e adjetít•o como res-
publka (=repúbliea; res, subst. e rmblica, adj.), jus-
juramdurn (=juramento; jus, subst. e jurandum, adj. ).
Em tal caso, declinam-so ambos oreiementos: nom.
re:;publica, voe. resp~lblica, geu. reipublic<u~, dat. rei-
pubHcae etc ..
No1t1. }'u.sjurandum, voe. jus:iura.ndum, gen. juriSJU-
randi., dat. jurijurando ek (Y. § 111, nota 2).
b) Compo.stns de dois sub.~tantú·os, um no genitivo,
quo fjca invariavd, e outro que S•e declina, f'Omú ff~rrae­
mofus ( = rnovirnenlo da tf'rra., terremoto), a,qricultnra
( -=cultura do eam po, agricultura).
Em tal caso só se declina o 2." elemento, ficando
inalterarlo o 1. 0 , que é genitivo, complemento de c>;pe-
cifica.ção: nom. lerraenwtus, v. terraemotus, g-en. terrae-
motus, dat. terraemotui etc ..
Ob. ·· Existe em lu l.im o c01hposto pat&rfa-
'tnilia,s ( = cheff' de família, pai do família) que
conserva indeclinavcl o elemento farnilia:;, fom1a
areaica do genil.ivo singular da 1. 11 declinação. O
g,cn.itivo é patri;,fmn.ilias, o dat. patrifamilias etc ..
O 2. elemento aparece às vezes na forma regular
0

farniliae, e os dcmento:s ora aparecem ligados


(paterfamilias ), ora separados 1wter fam-~lias.
122 · NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LA'I'INÁ.

QUESTIONÁRIO
1 -- Qual o ca:so latino que deu origem aos vocábulos
portugueses? Quê nome tem em virtude disso?
2 - Geralmente, como termina o acusa li vo do singular
nas cinco declinações?
3 - No plural, como geralmente termina o acusativo
das cinco declinaçõc;;? ·
·1 -·- Cite todas as desinência8, do singular e do plural,
de todas as declinações.
5 - Quê são substantivos indeclinavcis? Cite alguns.
6 -- Quê significa a locuÇão per f as et per nefas?
7 - Quê diz da dedinação das palavras hebraicas?
8 - Quê são suhstantivos defectivos?
9 - Quê são subs·tantivos heteróclitos? Exemplo.
10 -- Qual o plural de baln't?um, balrl'ti e de epdum, i?
11 --- Qua1 o si[Jnificado, a declinação e o gênero de lo-
cus e de carbltsus, no singular e no plural?
12 - . Jocus, joci e caelum, i como se declinam no plu-
ral?
13 --- ~o é boi em latim? ~edine.
14 - Como é carne em latim? Decline.
15 - Como é descanso em latim? Decline.
16 - Como é porco em latim? Decline.
17 -- Como é mobília em latim? Decline.
18 - Como é tarde em latim? Decline.
Hl - Decline respublica, reipubliaae.
20 ~ Decline jusjurandum, jurisjurandi (V. § 111, no-
ta 2).
21 -,- Decline terraemotus, terraemotus.
22 - Quê diz do significado, da composição e da de-
clinação de paterfamilias ?
... ~ ·. '. .
LIÇÃO 117 RECORD. E .ESTUDO COMPARAT. DAS DECLIN.. 123

EXERCICIO 29
Traduzir em português
VOCABULÁRIO:

amor, õris ~ amor opulentus, a, um - rico, opu-


animus, i - iJiieligência, espírito lento
bos, bovis {§ 12fi) - boi paterfarnilias (§ 127, ob.)- che-
caro, carnis f. (§ 126) - oarne f'e de familia
Cimon, onis - Cimon pax. pad ~ - paz
c.opiac, arum (§ uO) - tropa.9 requies (§ 126) - descanso, re-
diversus, a, um - diferente pouBo
fugo, are - 7./1~gentar, por em sapicntia, ae - sabedoria
fuga soror, õris - irmã
juvenis, í.s - moço, rapaz, jo· sus, suis (§ 126) - porco
vem ThraJC, acis - Trâcio
mater, matris - mãe urbs, bis - cidade

1 - llone Deus, da (=dá, imperativo) longam vit.am pa-


tri rneo et matri; da fratribus et sororihns meis
oonoordiae amorem; ·juvenihus sapientiam animi eL
vires corporis, senibus requiem et paoom.
2 -·- Boni patres familias pauci sunt.
3 - Magnae urbe..o; opulentis domlbus ornantur.
4 -· lloum et suum carnes diversa-e sunt.
5 ··- Cimon magnas Thracum copias fugavit.

EXERCICIO 30
Tradnzir em latim
VOCABULÁRIO:

agradavet - jucundus, a, um lems - Jesus, u (§ 117)


Apolo - Apollo, inis Júpiter - Jupitcr, JoiTis (§ 105)
carvalho- quercus, us f. (§ 68) longo - longus, a, um
dedicado - dicatus, a, um loureiro - laurus, us f. ou lau·
doente - aegrõtus, a, um rus, i f. (§ 68)
farelo - furfilres, um (m. pl.) número - numeru11, i
forragem - pallillum, i n. salvação - salus, ütis f.
gênero - genus, ilris n. trevas - tenêbrae, arum (§ 51)
124 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA l.iNGUÀ LATINA

1 - Grande era o númem de casas da cidade.


2 - Jesús, P,s a salv<tc;ão do gênero humano.
3 ····- Aos bois damos forragem, aos porcos farelo.
4 - O carvalho era dedicado a Júpiter, o loureiro a
Apolo.
5 - As trevas das longas noites nãô são agrauavcis
aos homens dQentes.

LIÇÃO 28

DECLINAÇÃO DOS ADJETIVOS

128 - Ternos já algum conhecimento dos adjetivos


latinos pelo que estudamos na lição 16. Iniciaremos com
a presente lição o estudo completo dessa categoria gra-
matical (Categoria.H gramaticais são as diversas classes,
em número de 8, em que estão distribuídas as palavras
do idioma: 8Ubstantivos, adjetivos, pronomes, verbo8,
mlvérbios, preposiçõe.<I, conjunções e interjeições) (1 ).
129 - Adjetivo é a palavra que vem sempre acom-
panhando um substantivo, para. indicar-lhe ou uma qua-
lidade (homem 'inteligente, laranjeira alta, grande movi-
riwnto) ou urna determinação (aquele homem, esta la-
ranjeira, dois movimentos). Há portanto duas grandes
oopécies de adjetivos: adjetivos qualificativos c adjeti-
vos determinativos.
Adjetivo qualificativo é o que indicfl. uma qualida-
de do substantivo: rapaz e.studioso, homem nwgnânimo.
O adjeli'I)O determinativo, em vez de indicar urna
qualid.a\ie (born, mau, grande, peqneno, estndioso, ne·
(1) Y. Gramáticu Metôtlioo da Línguu Portug11e.sa., § 128 e a<>guillt_."·
LIÇÃO 2S - DECLINAÇÃO DOS ADJE1'1VOS 125

gligente etc.), indica uma circunstância externa, distin-


guindo um ser dentre outros da me<>ma espécie: aquele
hom~m, o mesmo hom~m, meu pai, vinte lapis, todo o
homem etc. (1).
Estudaremos por ora os qualificativos.
130 ~ Para efeito de declinação, os adjetivos qua-
lificativos dividem-se em latim em duas classes:
a) adjetivos da 1." classe
b) adjetivos da 2.a dasse
lJm adjetivo é da primeira classe quando segue as
duas primeiras declinações (o feminino segue a l,a de-
clinação; o masculino e o neutro seguem a 2.a), <.,'üisa
de que já tomos certo conhecimento pelo que estudamos
nos parágrafos 76 o 77 (Lição 16).
Um adjetivo é da segunda classe quando as de::;i-
nências, para todos os gêneros, seguem a 3.a d-eclinação.

ADJETIVOS DA t.a CLASSE


us, a, um
131 ~ Os adjetivos da 1." claRse teem três fonnas,
uma para cada gênero:
a) uma para o masculino, em us (2.a declinação)
b) uma para o feminino, em a (La declinação)
c) uma para o neutro, em um (2.a declinação).
Quando, portanto, o dicionário trouxer um nome da
soguinte forma:
bonu.'?, a, um dignus, a., 1.tm parvu,s, a. um
126 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LA'fiNA

citando três formas, uma por extenso em us, seguida


de duas abreviadas, em a e em um, in.dicar-noo-á tratar-
se de um adjetivo da l.a class·e, cuja dedinação já sa-
bemos (§ 77).
er~ á, um

132 · . Saremos que há substantivos mascul~nos da


2.a de·clínação que teem o nominativo singular em er
(liber, ·rnagister, pu.er etc.). Pois bem, há adjetivos da 1.a
classe que em vez da forma us para o masculino teem
a fom1a er, ficando então er, a, um, como pulcher, pul-
chra,. pulchrum, niger, nigra, nigrum etc ..
:A maioria de tais adjetivos s·egue no masculino a
declinação de liber, perdendo no genitivo singular o e
da terminação er. .
Alguns seguem 110 masculino a declinação de puer,
isto é, conservam sempve o e dessa terminação (§ 86).

Exemplo de adjetivo que perde o e da torrninação


er: ~.

Singular
Maso-ulino Femü1it1o Nll"Utro
Nom. pukher (= Jh,do) pulchra pukhrum
Voe. pulcher pulchra pulchrum
Gen. pulchr-i pulchr-ac pulchr-i
Dat. pulchr-o pulchi·RC pulchr-o
Abl. pulchr-o pulchr-a pulchr-o
Ac. pulcbr-um pulchr-am pulchr-um

Plural ~
.,
Nom. pulchr-i pulchr-ae pulchr-a.
Voe. pulchr-i pulchr-ae pulchr-a
Gen. pulchr-orun1 pulchr-arum pulchr-orum
'Dat. pulcbr-is pulchr-is pulcbr-is
Abl. pulchr-is pulchr-is pulchr-is
Ac. pulchr-os pulchr-as pulchr-a
-. '.;·

'LIÇÃO 28 ~~ DECLiNAÇÃO DOS ADJETfVO!:i Ü!7

Exemplo do adjetivo que conserva o e da termi-


nação er:
Singular
Ma8culino Feminiuo Neutro
Nom. mmr (= iaúcliz) mísera míserum
Voe. miser mísera miserum
Gen. miser-i miser-a;; miser·i
Dat. miser-o miser-ae miscr-o
Abl. miser-o míser-a miser-o
A c. miser·UIII miser-am rniser-um
Plural
Nom. miser·i miser-ae rniser-a
Voe. miser-i miser-ae miser-a
Gen. m1ser-orum rrÜ!;er-arWJJ miser-orum
Dat. miser-is miser-is miser-is
Abl. miser-is miser-is miser-is
Ac. míser-os míser-as miser-a
133 ~ 1) De tQdos o~ adjetivos da l,e. classe, so-
rnonto um oxü;to que no nominativo masculino termina
em ur: s.atur, satura, satururn (=farto, saciado).
2) Os seguintes ad,jetivos raramente se empregam
no nom. ma se. sing.:
(ceterus), ectiÚ·a, ccteruw ( = re.~t.ante)
{exterus), extéra, e:xtérum (= cxt€rior, cxteroo)
(posH!rus), postera, posternm (= •seguil!llle)

3) Existe um adjetivo ~ pler'ique, plerãeque, ple·


rãque -- que significa <<a maior parte>>, <<o maior nú·
mero)), «quase todos)>, dedinavel somente no plural,
ficando sempre com o que final inalterado; não tem vo-
cativo e no ge.tiitivo é substituído por plu1'irnorurn,
plu1'irna1'u'fn, plu1'imorwm:
m. f. n.
Nom. plerique pleràeque pleràque
Gen. plurimorum plurimarum plurimorum
Dat. pleri8qu e
Abl. plerisqu e
Ac. plerosque plerasque plerãque
128 NOÇÕES l'UNDAMENT AIS DA LÍNGUA LATINA

QUESTIONÁRIO
l .___
Quê é categoria gramatiool?
2 Quê é adjetivo?
----
3 -
Quantas espécies há de adjetivos?
4 --Quê é adjetivo qualifiootivo ?
5 --
Quê é adjetivo determitwtivo?
6 --Quando um adjetivo é da t.e· classe?
7 --
Quando um adjekivo é da 2.a classe?
8 ---
Pelo dicionário, eomo sabemos que um adjetivo
é da La classe?
.g --- Os adjetivos da l.a classe terminam no masculi-
no sempre em us? Resposta completa.
10 ~Decline probus, a, um (=probo).
11 ~ Decline niger, gra, grum (=negro).
12 ~ Decline aeger, gra, grum (=doente).
13- Decline miser, ~ra, ~m (=infeliz).
14 ~ Decline tener, E\ra, E\rum (=tenro).
15 - Decline liber, ~ra. ~rum ( = livre).
16 - Decline pest'ífer, era, erum (=pestífero).
1.7 -- Qual o único adjetivo desta classe, te-rminado em
ud Decline-o. ·
18 -- Dedine plerique, pleraeque, plerâqMe.

EXERCíCIO 31
Traduzir em português

YocABULÁRtO:

aeger, gra, grum - doento opus, cns n. ·- oln·a, trabalho


ala, ae - al4 miscr, era, érum - infeliz, des-
albus, a, um - branco graçado
dexter, tra, trum (em tét·a, t~­ niger, gra, grum. - negro, preto
rum) - direito ruber, bra, brum - vermelho
graecus, a, um - grego sinister, tra, !rum - esquerdo
liber, éra, émm ,- liwe sed - ma;r (conjunção)
LIÇÃO 28 - DECLINAÇÃO DOS ADJETIVO,; 129

1 Hominum opera libera sunt.


2 Dextra Graecorum ala sinio;tram Persarum al(l.m
fugat.
3 Homini m1sero longa est vita.
4 - · Equi ducis non sunt nigri, sed all.li et rubri.
5 Mater mea aegra erat, et miser eram.

EXERCíCIO 32
Traduzir em latim

VOCABULÁRIO:

condição - conditio, onrs ouro · ·- aurum, 1L


dor - dolor, õris m. plebe - plebs, plebis
espaçoso - vastus, a, um pórtico - porticus, us m.
falta - peccatum, i n.
precioso - prctiosus, a, um
laborioso - induRtrius, a, um
mas - sed preguiçoso - piger, gra, grum
metal - metallmn, i n. quinta ·- villa, ae
miseravel .... miser, era., lírum recriminar -- vitu péro, are

1 - O ouro é metal precioso.


2 -- A condir;ão da plebe romana era miserav·el.
3 - Os pórtiws das quintas romanas eram altos e es-
paçosos.
4 - Pequenas faltas muitas vezes são causas de gran-
des dores.
5 O mestre louva os alunos laboriosos mas recrimi-
na os preguiçosos.
~ :~ ;--.. --~- ..... -~ ' ' ..... ··~ ,> ·~ .-p ·,:. - --~~
. --;,: -~---., Ç-:.";- ~--~ ' .··::;..-:.:1-="\
•• ~ ' • • - ~- -. - -~- p'
:, ., - .. -. .,;:-
~

180 NOÇÕES FUNPAMENTAIS DA LiNGUA L,\TINA

LIÇÃO 29

A OJ E T I V OS O A 2.a C L A S S E

134 ~ Quem bem estudou as desinências da 3.a de-


clinação nenhuma dificuldade terá no declinar os adje·
tivoo da 2.a class·e. As regras do genitivo plural ~ão as
mesmas. Somente o ablativo do singular, que em geral
t.ormina em -i, é que me·rece atenção especial. Para faci-
lidade de t-"Biudo, os adjotivos da 2." classe são dividi·
dos em parissílabos e imparissílahos.

ADJETIVO~ PARISSlLABOS

13õ - Subdividem-se em dois grupos: um do duas


tonnina~:ões no nominativo (uma para o masculíno e
feminino, outra par.a o noutro), outro do três, urna para
cada gênero.
A) O modelo dos u,djetiVOl:l paússílabos de _duas
lerminações é brevis, breve. Bre-vis modifica nomes
masr.ulinos <' femininos (cervus · brevis., hora brevi-Y) e
breve modifica. uomes neutro:-:;: tem pus bre·ve.

Síngular Plural
m. e f. lt. m. e f. n.
Som. hrevis lH'e\'e Xom. brev~s brevia
Voe. brevis breve Voe. !Jreve~ brevia.
Gen. ·brevis Gen. brevium
Dat. h r e v i Dat. hrevíbus
Abl. b r c v i Abl. brevibus
Ac. hrevem breve .ic. breves brevia

Ob.s: La -· Tais adjetivos teem o. ablativo


do singular sempro ern i.
_ÜÇÃO 29 - -~DJETlVOS DA 2.• CL~SSE 131

2.a - O g-enitivo plural é em i1l"m, pmque Sf'


lrata d.e adjetivos parissílabos.
3." - O neutro tom as três terminações pró-
prias (nom., voe. e acus.) no singular em e e no
plural em ia, sendo nos d.Pm a i:;; casos igual aos
outros gêneros.
B) O modelo dos parissílabos de três tcnuinações
é acer, acris, acre (=agudo, acre). A única diferença
entre a dedinação deste adjetivo e a de brcvis, e está
na existência de uma forma especial em er para o mas-
culino, no nominativo e no vocativo do singular; no
mais, a declinação é idêntica à de brevis, e:
Singular Plural
m. f. n. m. f. n.
}iam. acris a.cl'c
acetl.' Nom. acre!:\ Ml'la
Voe. acer acris .acre Voe. acres acri.a
Gen. a c r -
i s Gen. a c r í nm
Dat. a c r i Dat. a c r i b u ~

Ab!. a c r i Abl. a c 1' i b u R


Ac. acrern (m. e f.) acre .4c. acres a.crú.l

Os adjciivos da 2.a ela.;,; se com três terminaçôPs silo


treze:
acer a cris acre 11{/U·dO
alacer alll.cris alãcrc pronto, experto
campester campestris campestre campestre
cell!ber celebris l'elebre apressado, frequentado, eélebr<J
celer celeris ce lere rápido, veloz
equesl.er equcstris equestre equestre
paluster palustris palustre palustre
pedester pedestris pedestre pedestre
pu ter putris putre mole
salüber salübris salubre salubl'i-1
sílvester silvestris silvestre silvestre
t.errester t.errestris terrestre terrestre
voli1cer voliicris volucre alado
132 NOÇOES FUNDAMENTAIS DA LiNGUA LA'flNA

NoTAS: La- Alguns destes .adjetivos de três


terminações teem às v·ezcs, no nominativo mas-
culino singular, a desinência is, oonfundindo-se,
portanto, oom os do grupo anterior: salUbris an-
nus, collis silvestris, terrestris exercitus, eques-
tris tumultus, aWcris Dares.
2.a - Celer, celtris, cel'êre (=rápido) é o
único desses 13 aJjc.tivos que cons-erva nos de-
mais casos o e do nominativo.

ADJETIVOS UIPARISSlLABOS
136 -- Os imparissílabos teem uma única termina-
ção no nominativo singular para os três gêneros. Subdi-
videm-se tambem em dois grupos, pertencendo ao pri·
meiro os que toem o genitivo plural em ium, e ao se-
gundo os que o teem em um.
A) 'l'eem o genitivo plural em iu,m os imparissíla-
bos cujo radical termina em duas consoantes {§ 101),
como prudens, prudent-is, ou em c, como velox, veloc-is.
Exemplos:
Singular Plural
m. e /. neutro
Nom. prndens ( m. f. e 91.• ) Nom. prudent-es prudent-ia
Voe. prudens Voe. pruuent-es prudent-ia
Gen. prudtmt-ís Gen. pruuent-ium
Dat. prudent-i Dat. prudent-ibus
Abl. prudent·i Abl. prudent-ibus
Ae. prudentem (m. f.) prud<ln~ (n.) A c. prudent-es prudent-ia

Singular Plural
m. e f. neutro
Nom. velox (m. f. e n.) Nom. veloc-es veloc-Ia
Voe. velox Voe. veloc-es veloc-ia
Ge1l. vcloc-is Gen. veloc-lum
Dat. veloc-i Dat. veloc-ibus
Abl. veloc-i Abl. I' e I o c i b•..u s
A c. veloc-em (m. f.) velox (n.) A c. veloc-es veloc-ia
LIÇÃO 29 - ADJETIVOS DA 2.a CLASSE 133

Ob.s: 1." - Veja bem o aluno a existência


de duas formas no acusativo do singular, uma
para o masculilw e feminino, outra especial para
o n·cutro. Isso é evidente, porquanto o neutro no
acusativo é igual ao nominativo. O mesíno se
observo no nominativo, vocativo e acusativo do
plural.
2.a. -·· Os particípios presentes dos verbos la-
tinos tonninam em ns e so declinam como pru-
den8, prndentisi no ablativo singular, porem, ter-
minam em e quando funcionam realmente com
força de verbo; terminarão em i quando funcio-
narem como adjetivos: fervente aqua (=enquanto
a água ferve), ferventi aqua (=com água fer-
vente).
3.a - Com rolação aos particípios presentes
dos verbos rlevcmos ainda observar o s-eguinte:
terão o genitivo plural regularmente em íMm quan-
do funcionarem como adjetivos (virorum sJ-pien-
ti·um =dos home.nR :;;ábios, dmtlo8); terão o geni-
tivo plural em um quando funcionarem realmente
como verbos: virorum, sapientum =dos homent>
ffllO S..C'lbem, que oonhe-cem.

4.a - Seguem tambem a d-eclinação de pru-


dens os. adjetivos par, pari:-; (= igual), lociíples,
loeupletis (=rico), anceps, ancip'ítis (=ambíguo),
Arpinas, Arpinãtis ( = d·e Arpino) e o adjetivo
dis, ditis (= rioo), n()tando-se que este último h~m
no nom. sing. a forma neutra dite.
5.a ··· O ablativo singular de anceps, anci-
pltis o de praeceps. cip'itis pode ser em i ou em
/
..?
134 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

e; o genitívo plural é em ·um: anaipUum, prae-


cipltum.
6." - Excecionalmente, três adjetivos (jujo ra-
dical termina por r, teem o genitivo plural em um:
· redux, redücis (=que volta), supplex, supplicis
( súplice) e trux, trucis (=selvagem).
7.n - Os nomes. dos meses ooncordam com o
sub~tantivo a que se refe·rem em gênero, número
e caso. September, October, November, Deoern-
ber e A..prilis são da segunda cla.ss'e e toom o
ablativo do singular em i.
B) Toom o gooitivo plural em um os. imparissíla-
bos cujo ra.dical termina por uma só consoante que não
seja o; exemplo:
Singular Plnral
m. f. n.
Nom. vobus (m. f. e n. = vetho) N om. vetl!res vetêra
17oo. vetus l'oe. vetere:s vetllra
Gen. vete..--is Gen. veth-wm
Dat. ve.tllr.i Dat. _vcteribus
Abl. ve.tllre Abl. veteribus
A~. vml!!1ffl'n (m. f.) yetns (n.) A.c. vetllres vl:têra

Ob.s: 1.a ~ Seguem a declinação de vet-us,


'IJeieris os seguintes adjetivos;
compos; õtis - que é senhor de, princeps, ipis - primeiro (quan-
que goza de to ao tempo ou lugar)
deses, desidis ---= ocioso quadrüpes, pMis - quadrúpede
divcs, divitis - rico reses, rdis - preguiçoso
caelebs, caeHhis - solteiro sospes, [tis - são e salvo
impos, õtís - que não é senhor superstes, stltis - s"pérstite
de
impubes, ~ris - impúbere Aupplex, icis - supUcante
particeps, c!pis - partícipe teres, i!tis - redondo
pauper, eris - pobre versicõlor, õris ·--- furtaoor
• ··r ··"'-·'.-:.

J.lÇÃO 29 c- ADJETIVOS lJ,\ 2.a CLASSE 135

2.a - Os seguintes adjetivos podem ter o


:üJlativo do singular em e ou em i:
ales, itis - alado inops, õpis - pobt'e
cicnr, üri:s · -~ domado, manso mernor, õrís - que se lembn1,
degener, !!ris - degenerado, vü uber, eris - fecundo
imml!\mor, 1lris - esquecido vigil, gilis - atento, vigílante

3.a --· Quase todos os adjetivos deste grupo


são empregados substantivamente e muitos deles
não tcem os casos noutros do plur11l em Yirtude
do próprio significado e emprego.
4." - Quando se empregn um adjetivo na
forma neutra plural, desacompanhtulo de subs-
- tant.ivo, e necessário acrescentar na tradução por-
tuguesa a palavra r:oí8a8: omnia mea =todas as
minhas coisas (ou tudo o meu) -- bono sunt
utilia = as coi8as boas são uteis.

QUESTIONÁRIO

1 Quê declinação seguem os adjetivos da 2.a classe'?


2 Como terminam no ablativo singular os adj~:ltivos
da 2.a elasse de duas terminaçõf>s, como brevis. e,
ommis, e?
3 ·-
Decline omnis, e (=todo).
4 -Decline simUis, e (= semelhante).
5 -Decline deb'tlis, e (= debil).
6 -Qual a única diferença de declinação entre os
adjetivos de três terminações, como acer. acris,
acre, e os de duas, como omnis, e?
7 - Decline cellber, bris, bre (=apressado, abundan-
te, frequentado). ~ ·
8 - Decline alãcer, cris, cre (=experto, pronto, veloz).,
.9 - Doclim.e celer, celüis, cel'ére (=rápido).
10 - Qual o acusativo singular de pru,dens, prudentis?
(V. ob. 1 do § 136).
186 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA
/
/
11 -- Qual o acus:üivo singular de velox, velo e-is?
12 - Decline prudent>, prudentis (=prudente),
13- Declirno iners, inertis (=inérle).
14 - Decline felix, felicis (=feliz). _
15 -- Declino 8implex, .simpl'ícis {= simples).
16 -- Decline o parlidpio pres·ente mnans, arnantis (Cui·
d<ulo com o ablativo sing. e com o genitivo plural:
V. oh.s 2 e 3 do § 136).
17 Decline dives, div'itis (=rico).
18 ~- Declino parU.ceps, partidpis (= partícip~).

EXERCíCIO 33
Traduzir em português

VOCABULÁRIO:

bellicus, a, um - bélico omuis, e - todo


celeber, brit>, bre - célebre oraculum, i n. ~ orámdo
civilis, e --- cidl Parus, i - Paros
clarus, a, um - ilUl!tre l'ersae, arum (subst.) ~ Persas
classis, is f. - armada, frota privo, are (rege acus. de pes8.
e al>lat. de coisa) - privar
commeatus, us m. - mdoH de
quies, quíetis ~ repouso, des-
tranl!porle
canso
C{)mmunis, e - comum salüber, hrís, bre - salubre, lf{l-
eopiosus, a, um - rico dio, salutar
dives, !tis - rico, abastado sapi.ens, entis (§ 136, A, ob. 3)
exemplum, i n. -- exemplo - sábio, douto.
fidelis, e - fiel Lorre~ter, tris, tre - terrestre
florens, entis -·- flores(!ente turpis, e - horrendo
Miltiãdes, i~ - Milcíades n Lilis, e - util
ministro, are - fornecer vetus, éris - velho, antigo

1 - Ami~orum bona oommunia sunt.


2 ~ Ddla civilia sernper turpia sunt.
3 - - Divl!urn vi ta homin um magnas voluptatcs minis-
tra L
4 - Fidelium camun cus.todia utilis est dominis.
5 - Celcbria erant Jovis cl Apollínis oracula.
LIÇÃO 29 -;- ADJETIVOS DA 2.a CLASSE 137

6 - Exempla clarorum ot sapientium virorum omn1bus


hominibus utília sunt.
7 ·- Magna est bellica veterum Romano rum gloria.
8 -- Miltiãdes Parum, insillam copiosam ot florentem,
omn.i commeatu privat (rege ablat. de coisa).
~ Graeci Persarum c1assem et exercitus terrestres
fugabant.
10 Fesso corpori saliíbris est quies.

EXERCíCIO 34
VoçABULÁlUO:

Traduzir em latim
abrandar - mitigo, are meridirmal -·- australis, tJ
ânimo - anTmus, i ~Uinotauro - Minotaurus, i
aspeto -- facie~, éi monstro - rnonstrum, i n.
earicfude - carilas, atis mult·idão - multitudo, udínis
clemente - clemens, entis Palestina - l'alaestina, atJ
corrigir - castigo, are papagaio - psiWlcus, i
domicílio - domicilium, ii 11. povo - popülus, i
enc,ant<Lr - uelecto, are praça - oppidum, i n.
e8tultícia -- stultitia, ae 1·e[ulgente - fulgcns, entis
Herodes - Herõdes, is ro-uxinol ~- lusci nia, ac f.
infeliz - infelix, icis 'l'arento - Tarcntum, i n.
inocente - innõcens, entis terrivet -- terribi!is, e
intoleravel - ferox, õcis tristeza - tristi tia, ae
lüília -- Italia, ae trucidar - trucido, are

1 ~ O pai c.orrigia o anuno intoloravel do filho.


2 - As penas dos papagaios são refulg-entes.
3 - A estu1tícia é rrule de todos os males.
4 Herodes tru6da (urna) multidão de meninos mo-
centes.
5 Tarento era praça flores.centc da Itália meridionaL
6 Todos os povos amam os reiR sábios e clementes.
7 ~ Os rouxinóis encantam todos os homens.
1
;- OM::~,=~·:::::~ ::,.:;:•;ahlat.).7
-r-ivel.
9 ~- A Palestina foi· o domicílio terrestre de Deus.
10 ~-~ A caridade abranda a tristeza dos homens infe-
lizes.

lJIÇAO 30

GRAU DOS ADJETIVOS

137 - Três são os graus dos adje,tivos: o normal


(ou positivo), o comparatiYo ? o to~npcrlativo.
Dizendo: (<Pedro é estudioso)> - atribuimos ao in-
divíduo Pedro uma qualidade, expressa normalmente;
o adjetivo, nesse caso, está no grau nomwl ou positivo.
Dizendo: «Pedro é tnais estudioso >l - reforçamos a
qualidade, elevando-a a wn grau maior; o adjetivo
passa para o grau comparativo. Dizendo, por último:
«Pedro é estudiosíssimo J>, reforçamos· ainda mais a qua-
lidade do Pedro, elevando-a ao último grau, ao grau má-
ximo, e o adjetivo, então, está no grau superlativo (1 ).
138 ·- Grau comparativo: Um adjetivo está no
grau oomparativo quando põo em relação dois termos,
atribuindo a qualidade mais a um termo do que a
outro:
o filho mais inteligente do que o pai
t
l.o termo
-----
adj. no grau comparat.
2.a termo
(atribue mais inteligência
ao filho do q. ao pai)
NoTA - O comparativo pode tambem compa-
rar qualidade·s ~ vez de indivíduos, isto é, pode

(1) V. Gram4tioa Metódica da Línyua Portuouesa. § 274 e seguiutes.


i:~dicar num mesmo termo a existência de uma
qu'llidade em porção maior do quo outra quali-
dud~:

O filho é mais inteligente do que doo


~
um (mko t~rmo
adj. no grau compar. l
2."' qualidade
(com para qualidades)

139 -· Em português, um adjetivo não sofre pro-


priamente flexão para indicar o comparativo; o compa·
rativo é obtido em nossa língua mediante junção de
advérbios: 1nais sábio, mais estudioso, mais valente. Em ·
latim o adjetivo flexiona-se verdadeiramente, sofrendo
alteração na desinência, segundo regraR simples, que
passaremos a estudar (l).
140 -- Formação do comparativo: Coloca-se um
adjetivo no grau comparativo acresoontando-s'e ao radi-
cal do adjetivo (que se tira do genitivo singular - § 32
e 3'9) a deRinência ior para o masculino e .feminino e
iu.s para o n.~eutro.
Necessi1antdo dizer m..a-'is agrada~Jel em latim, deve-
mos:
l,o - saber como é a{lradavel em latim: jucundus, a,
1~m;

2. 0
- procurar o radical: JUCUND-i;
3. 0 ~. acrescentar as terminações, e temos:
1/t, c f. ne;~tro

JUCUNDIOH, JUCUNDILTS
141 - Declinação dos comparativos: Os compara~
ti vos COI\oorvam sempre a função de adjetivos; devem,
portanto, concordar com o substantivo a quo se referem;
(1) V. Gramática MetódiM da Lingua Port.,guesa. § 288.
140 ·NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

para isso é· preciso dediná-los, s-eguindo a 3. 8 decÚ-


/
nação:
Singular
m. e f. neutro
Nom. jucundior · jucundiuP
Voe. jucundior jucundius
Gen. jucuruiior-ia
Dat. jucundior-i
Abl. jucundior-e
Ac. jucundiorem jucundius

Plural
Nom. jucundior-es jucundior-a
Voe. jucundior-es juc.undior-a
Gen. jucundior-um
Dat. jucundior-ibus
Abl. jucundior-ibus
Ac. jucundior-es jucundior-a

142 - Grau superlativo: Um adjetivo está no grau


SUfl'&rlativo quando reforça a qualidade, elevando-a ao
último grau, ao grau máximo :
aluno eBtudioBíssímo pico aüíssimo
lição facílima lugar salubérrimo

143 -- Em português-, o superlativo pode ser -~in­


tético, ~sto é, expres-so por uma só palavra, como nos
exemplos acima, ou anal-ítico, isto é, expresso por mais
de uma palavra, como nos seguintes exemplos em que
o adj_etivo vem precedido de o mais:
o mais estudioso aluno
a mais facil lição
o mais alto pico
o mais salubre lugar

Ob.: --- Tenha o aluno sempre em mente 1sto:


Quando o adverhio mais, que precede um adje-
tivo, vier antecedido de o, o adjetivo d-everá ir
~

LIÇÃO 30 - GRAU DOS ADJETIVOS 141

para o superlativo. Saiba, portanto, distinguir


«mais estudioso» (grau comparativo) de «o mais
estudioso>> (grau superlativo).
144 -- Quer o superlativo em português seja sin-
tético quer analítico traduz-se om latim de uma só for-·
ma, segundo a seguinte regra:
145 ~ Formação do superlativo: Coloca-se um ad-
jetivo no grau superlativo acrescentando-se ao radieal
do adjetivo as desinências iss'ímu.s, iss'irna, iss"í.mum -
uma para cada gênero. Nec.essilando dizer agradabilíssi-
mo ou o mais agradavel em latim, acrescentaremos essas
desinências ao radical do adjetivo jucundus, a, um:
masc. fem. neutro
JUCUND-ISSIMUS JlíCUND-ISSIMA JUCUND-ISSIMUM

146 ~ Os superlativos tambem se declinam, para


eoncordarem com o substantivo a que se referem. Para
isso, nada mais facil, porque seguem a d·eclmação de
bonus, bana, bonum..

QUESTIONÁRIO
1 · Quantos e quais os graus do adjetivo?
2 -- Quando um adjetivo está no grau comparativo'?
Resposta clara, ex·cmplíficada e com explicação
do exemplo, confmme o § 138.
i-J - Dê um exemplo em que o comparativo compari'!
qualidades e não indivíduos (Nota do § 138).
4 - - Como se coloea em latim um adjetivo no grau
oomparativü?
5 -- A de-sinência comparativa ior para quê gênero
serve?
6 --- Doctius é forma comparativa de quê adjetivo 'l
De quê gênero?
7 -- Quê declinação se,guom os comparativos?
142 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LiNGIJA LATINA

8 ~Coloque o adjetivo fortis, e no comparativo e de-


cline-o.
9 - - Quando um adjetivo está no grau superlafivo'?
lO - O superlativo em português pod-e ser sintético ou
analítico; explique o que vem a ser isoo e dê
exemplvs claros.
11. - O superlativo sintético e o analítico traduzem-se
do maneiras dife11entes em latim? (§ 144).
12 - Como se coloca e-m latim üm adjetivo no grau su-
p-erlativo?
13 -- Doctissimus é forma superlatim do quê adjetivo?
Como foi formado?
14 -- A declinação dos superlativos segue a d-eclinação
de quê adjetivo?
15 - Coloque o adje·t.ivo forfis, e no grau superlativo e
dedine-o.
16 ---- Coloque no grau comparativo e no superlativo
(não se esqueça de por todas as formas, indicandD
os gêneros) os seguintes adjetivos:
gravis, e sanctus; a, um
prudens, entis felix, icis
aptua, a, um velox, õcis
wlcrs, crtis tutus, a, um

LIÇÃO 31

COMPARATIVO E SUPERLATIVO
PARTICULARIDADES
'\
147 As regras de formação dos graus do adje-
tivo que vimos na lição anterior são gerais; para r;ertos
adjetivos, ou por causa da terminação ou por causa do
significado, há regras particulares.
US - - Os :J.Jdjeti vos terminados em er, como niger,
acer, p1tlcher -etc., teem o comp3rativü regular (nig-r-ÜJr,
:LIÇÃO 31- COMPA!tAT. E SL~l'ERLAT.- PARTICIJLARIDADI<:S 143

ms; acr~ior, ius; pulcht--ior, it~s )., mas o superlativo é


formado mediarute o a~réscimo de rim.us ao nominativ11
ma:sculmo, fl.exionando-se corno bon~ts. bona, bonurn.
nigerrünus, a, um pulchenhnus, a, um
acerrímus, a, um uberrímus, a, um

NoTA Ess.a é a razão por. que. em portu-


guês o superlativo de eertos adjetivos como cé-
lebre é celebérrimo e não celebríssimv (1 ).
149 - Há cn1 la:tim seis adje.tivos te·rminados em
ilis, cujo superlat.ivQ se forma com acréscimo de lirnns
ao radical (note be~m: ao radical):
Positit•o Comparativo Superlativo
facilis, e faâlior, iu~ facillimus, a, um
difficilis, e difticilior, ius rlifficiltlmus, a, um
similis, e similior, ius sirnillimus, a, um
dissimllis, e dissirnilior, · iu" dissimilllmus, a, um
gracilis, e gracilior, ius gracillímus, a, um
humilis, e humilior, i11s hmuillimus, a, um

NoTAS: 1.a -- Como vê o aluno, o compara-


tivo desses adjetivos é regular.
2." - O superlativo dos domais adjetivos ter-
millil>dos em ilis forma-se regularmente: nobzlis:
nobilisHimus, a, um; utilis: utilissimus, a, um.
Somenrte irnbecillis, que é mais usado na for-
ma imbecillus, a, um, é que possue, alem da fór-
ma imbecillissimus a irregular imbecill'imus.
150 ~ Para o comparatiro o para o superlativo dos
adjetivos quo tcvminam .em {ictbs, dicus e volus, como
rnagnificus, maledieus e benevõlus toma-se o radical fi-
cent, .dicent, volent:

(1) -y. Gramdtica Metódica da L>ngua Portuguesa, § 284, nota 3.


144 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LA.TINA

Positivo Comparativo Superlativo


magnificus (=magnífico) magnificentior} magnificentissimus} ~
maledicus (=maldizente) malediC€ntior ;:! maledicentissimus ;:~.
bencvõlus (= benévolo) benevolentior .,. bencvolentissimus o;f

NoTA ~ Norma s'emdhanto segue o compara-


tivo e o superlativo de egenus (=indigente) e
prov'ldus (=previdente), que tomam p radical
egent (de egens, egent-ü;) e pro11ident (de pro-
v'idens, provident-is):
egénus (=indigente) egentior, ius egentissimus, a, um
providi1S (=previ- provi1lenlior, ius providentissimus, a, um
dente)

151 - Os adjetivos que terminam em us anteaedido


de vogal, r,omo idoneus, exiguus, regius, não possuem
forma~ comparativas nem superlativas sintéticas. O com-
parativo do tais adjetivos forma-se com a anteposição
do advérbio 'frtagis, que significa mais; o superlativo,
com a anteposição do advérbio max'íme, que significa
muito, o mais; cn'inplos:
positivo comparativo superlatit'O
idon~us, a, um(= idô- magis idoneus, a, um maxime ídonf!US, a, um
neo)
noxius, a, um (= pre- rnagis noxius, a, um maxlmc noxius, a, um
judicial)

· Outros exemplos de adjetivos nessas condições: ad-


versarius (=adverso, oontrário ), contrarius (=oposto,
contrário), dubiv..s (=duvidoso, indeciso), exiguus (= pe-
queno, es111eito ), vac-Uus (=vazio), perspicuus (= trans-
parente, claro) etc ..
NoTAS: 1." --- Flexionam-se todavia 11egular-
mente os adjetivos tenninados em quv..s, porque
o primeiro 1t não tem valor de vogal; o qu eom;.ti-
\
I

LlÇÃO 31- COMPARAT. E SUPERLAT.- PARTICULARIDADES 145

tue digrama (1): antiquus: antiquior, ius; ant'i-


quissimus, a, um.
2.a - Igualmente não pDssuem flexão gradual
sintética os adjetivDs terminados em imus, inus,
orus e ulus, como legit'imus (=legítimo), matu.ti-
nus (=matutino), c.anõrus (=canoro, sonoro), se-
dulus (=apressado).
152 - O superlativo do certos adjetivos cons·egue-
se com a anteposição dos prefixos per ou prae: perdiffi-
cilis (=dificílimo), praeclarus (=ilustríssimo), peroppor-
tunus (= oportuníssimo ), praedives (=riquíssimo), prae-
altus (= altíssimo).
15~ - Não é pos.sivel flexionar gradualmente cer-
tos adjetivDs que por si já indicam qualidad{lS não susce-
tíveis de graduação, como os s-eguintes:
aureus (áureo) maternus (materno)
ferrcus (férreo) paternus (paterno)
lignéus (lígneo) albus (branco)
T(lffiiU\US (ro'TlUlnO) etc ..

Se, todavia, fosso preciso flexioná-los gradualmente,


bastaria aplicar a norma que vimos no § 151.
154- Bonus (=bom), malus (=mau), magnus
(=grande) o par1,"Us (=pequeno) formam o comparativo
e o superlativo de maneira muito irregular, tomando ou-
tros radicais:
positivo comparativo superkltivo
bo:t;ms (bom) melior, ius (melhor) oplirnus, a, um (o me-
lhor, ótimo)
rnalus (mau) pejor, pejus (pior) pesslmus, a, um (o pio1')
magnus (grande) major, majus (maior) maximus, a, um (o ·maior)
parvus (pequeno) minor, mimts (me·nor) minirnus, a, wn (o met1or)

(l) V, Grarruitioa Metódica rlil Línoua l'ort"g"esa, § 76.


--.
146 NOÇÕES ~UNDAMENTAIS D.~ UNGU.\ \."<TINA

155 - Comparativo e superlativo dos advérbios:


Em latim, os advérbios de modo flexionam-se gradual-
mente. O comparativo é em 1.us, forma igual à do com-
paratiYo nC'utro do adjetivo co~reRpondente. O superla-
tivo é em isstme ou em zme:
odvérbios comparativo superlativo
doote - sabw- doeUus - mais sabia- cloetissi.me - muito sa-
mflnte mente biamente
forliter - fo-rte- fortilllll - mais forte- foMissime - m1tito for-
mente mente temente
longe ~~ longe longius - mais longe Jongissjme -- muito longe
m is€re - miseriJ- miserius-- mais míse- rniserrime - muito mise-
'1-'elmente ra velrnente ravelmente
prope - - perto propius - mais perto proxirne -- muito perto
hene bem meliu:s - mais bem, optime -- otimamerde
melhor
male mal pejus - mais nwl, pessime - pessimamente
pior
magnopere -- {fran- magis -- mais u1aximo - mu-i _qrande-
Jemente mente
nmUwm - gmu.de- plus - ·mais pturimum ~-- rnui grande·

paulum
mente

non ~ultum pouco


I minus - menos
menti'

minime -.. nmito pouco

üb.: - Os advérbios de modo em e, o, ter


são os únicos que possuem regularmente compa-
rativo e superlativo. Deve-s-e acrescentar;
saepe - muitas vezes s.aepius saep&ssime
nu per - recentemente nuperrime
diu -- muito tempo diutius cUuUssime

QUESTIONÁRIO
1 ~- Como se forma o. superlativo de adjetivos termi-
nados em er, como niger, acer, pulcher? O com-
parativo de tais adjetivos é tamoom irregular? ·
L!ÇÀO 31- COMPARAT. J'! SUPER!.AT.- PARTICULARIDADES 147

2 ~ Forme e decline o sup-erlativo dos seguintes ad-


jetivos:
acer, acris, acre
aspe1·, aspf:\ra, asperum
celer, c.eleris, cel ere
Haliiber., salühris . salülll'e

3 --- Quai'S são em latim os seis adj·etivos terminados


em ilü;, cujo suporlativo é fonnado írregular-
moote?
4 - Como s•e forma o superlativo dos seis adjetivos a
que se refere a pergunta anterior? O comparativo
desses adjetivos é tamoom irregular?
5 -- Flexione· no comparativo e no superlativo os ad-
jetivos ma,qnif'ícus, maledicus e benevolu.s.
6 -.. - Egen'lUJ (=indigente) e prov'idus (=previdente,
precatado) como se flexionam gradualmente?
7 -- Como se íorma o comparativo e o sup€rlativo dos
adjetivos terminados Dm us, que t~m essa ter-
minação antecedida de vogal'?
8 - - Inclue-se ent11e os adjetivos da pergunta <mterior
o adjetivo antiquu.'l. a, um? Porquê?
9 - - Qual o wmparativo e o superlativo de ea:norws?
10 - Em quê grau eslão os adjetivos perdiffú~Uis e
praedives? Porquê? CAJmo s~ traduzem·.'
l1 Adjetivo,; eomo aen't!u~'~ ( = brónzeo ), latinus (=la-
tino), paternu.s podem flexionar-se gradualmente?
.Porquê?
12 - Como se diz em latim bo-m, mau, grande o ·pe-
queno? Qutl..l o comparativo e o ~uperlativo dr,s-
ses adjetin~s em latim?
13 -- Como se forma o comparativo dos advérbioR?
14 - Como s~ forma o superlativo dos advérbios?
15 - Diga em latim fortemente, mais fortemente e /or-
tissimamente.
16 - Diga em latim miserat.•ehnente, mai.s miseravel~
mente, miserrirn.amente.
148 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNitUA LATINA

LIÇÃO 32

COMPARATIVO E SUPERLATIVO
úLTIMAS OBSERV AÇOES

156 ~ Semf:!o regular o comparativo, é no entanto


irregular o superlativo dos s·eguintes adjetivos, que sem-
prD indicam posição:
Dexter (colocado à direita, -- dexterior - dextimua
diteilo, dextro)
-- exLrémus (rar. extimus) ,;,.
Exti:!rus (externo, extremo) - exterior = último, no sentido
de mais aía8'lado do

InÍ11rus (ínfimo) - inferior


1- centro
infimus (01~ imus)
postremus (ou po-stt\
Postérus (que vem depois, - posterior mus) = último, para
seg-uinte, último) especificar o que está
na última fileira
Supérus (posto acima, su- superior supri.ímus (oz~ summus)
perior)

157 -~ Certas prepos],ções possuem formas compa-


rativas e superlativas:
c Hri!- (aquem) citeríor (anterior, nuús - citlmus (o mais aquem)
aquem)
in tra (dentro) interior (interior, mais -- intirnus (íntimo, bllm
para dentro) para dentro)
prae (deartle) - prior (o primeiro de primus (o primeiro de
dois) todos)

prope (perto) pro pior (mais perto) I


proximus (último, no
sentido de o mais
próximo)
ullt(nus (último, no
ultra (alem) ult.eorlor (ulterior, mai8J
alem) l
sentido de o mais
afastado)
ante. (antes) - anterior (anterior) não possue superlativo
LIÇÃO 32- COMPARAT. B SUPERUT.- ÚLTIMAS OBSERV. 149

NoTA - As formas graduais apresentadas


neste parágrafo e no anterior perderam em por-
tuguês a força oomparativa ou superlativa, sendo
usadas eomo meros adjetivos positivos (1 ).
158 - Alem de irregulares, o comparativo e o su-
perlativo do adjetivo multu..s, a, um (=numeroso, mui to)
necessitam certos esclarecimentos:
positivo. comparativo superlativo
multus =numeroso plus (nom.), plurimus, a, um = a
pl.uris (gen.) = rnais maior parte, mt-
mtmeroso Tnerosíssimo

No singular, o comparativo plus só é usado no


gênero neutro e nos casos nominativo, genitivo e acu-
sativo. A forma singular plus, que por ser neutra é
idêntica no nominativo e 110 acusativo, usa-se ora como
substantivo, ora como advérbio (donde veio o « plus >>
francês, correspondente ao nosso advérbio mais). A for-
ma pluris (genitivD) só se emprega como complemento
de apreciação e de preço: pluris fac'ére =estimar mais.
No plural, declina-s-e regularmente, podendo s,ar tan-
to adjetivo oomo substantivo:

Plnral
m. f. n.
Nom. plures plura (às vezes plurla)
Gen."" plurium
Dal. pluribus
Abl. pluribus
Ac. plures plura (às vezes plurfa)

Idêntica é a declinação do composto complüres


(=muitos), que só se emprega no plural.
(1) V. Gratll<Ítioo Metódica da Líng·ua Port«gtre8a, § 278, nota.
150 NOÇÕES FUNDJ\.MllNTAIS DJ\. LÍNGUJ\. LA.TI:>IJ\.

159 - Alguns u.djetivos há em latim quo só teem o


G"'mparativo; outros há que toom somente o superlativo.
As formas inexistentes são substituidas por adjetivos
sinônimos:
positivo comparativo superlativo.
adolescens - jovem, ado- adolescentior
lescente
juvenis - jovem junior
senex - idoso, velho senior
propi.nquus -- próximo prop~quior
alltcer - pronto, expet·to alacrior
longinquus - afastado longinquiOT
credibilis - crivd credibilior
probabilis - provavel probabilior
novus -- not•o (recentior) novissimus
vetus - antigo (vetustior) veterrimus
falsus - falso falsissimus
sacer - sagrado (aanctior) sacerrimus ou sancl.iasimus
inclitus ·- célebr•• inclitissimus
etc ...

NoTA - Formas comparativas e superlativas


existem :-;.em o oor:oosp<mdente positivo:
positivo. comparativo superlativo
cleterior - menos bom tloterrimus - o menos bom
ocior - mais rápido oci.ss'ímus - muito rápidQ
potior - preferit•el PQtissimuR - o principal

QUESTIONÁ RIO

l - Qual o signifioodo, o comparativo e o superlativo


dos seguintes adjetivos: dexter, ext'érus, inf'érus,
post'érus e sup'érus?
2 -· Há em latim formas oomparativas e superlativas
para certas preposições? Cite três preposições com
as respetivas flexões graduais, indicando o signifi-
cado do posi,tivo, do comparativo e do superlativo.
.,':, I

LiÇÃO 33- SINTAXE ])0 ·coMPA!H.TIVO t: DO Sl'PERLATIVO 151

i3 -Plu,s é forma CDinparativa de que adjetivo? Quê


significa e c.oruo se declina no singular e no plural?
4 - Plur'imus, a, um~ é superlativo de quê adjetivo? Quê
significa e oomü se dedin.a?
õ - Qual o significado ue oomplures? Decline.
6 - Cite três adjetivos que só possuem o c-omparativo.
7 - Ci,te três adjetivos que só possu(11J'n o superlativo.
8 - Quê siJgni fica poti.~Rimus? Qual o positivo desse
ad je ti•>'O?

LIÇÃO 33

SINTAXE DO COMPARATIVO
E DO SUPERLATIVO

160 -- SINTAXE DO COJIPARA~'IVO: Até ago-


ra vimoR como se floxiona o adjetivo para indicar com-
paração, notando-R•e que o tipo de comparativo que vi~
mos oorresponde em português ao c:omparativo de supe-
n:oridr.ule: «O filho é 1nai11 1:nteligente do que o pai».
Como devemos saber ( 1), pode-se tambem comparar
iyu.t.:tlirrulo ( cmnparativo de igualdade) e deminuindu
(comparativo de inferimid<~de). E::;tes dois últimos tipos
de comparação \'N€mo" depois; intoreilsn-nos ·por ora o
wmpárativo de superiorirlad!"·.
161 -- Comparativo de 8Uperioridade: VimoJ:> 110
§ 138 que tanto podemos comp-arar um indivíduo com
outro, tomando pür b.ase de comparação uma única qua-
lidMe (Paulo é mais i.rrLeligente do que Pedro), como
podemos comparar uma qualidade com outra, referentes
ao mesmo indivíduo: Paulio é mais inteligente do que rico.

(1) V. Gramática Metódica da Lí1lQIW Portuguesa, § 276 e seguillWs.


152 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

A -- Quando s-e comparam indivíduos, isto é, dois


termos, o primeiro termo vai para o raso que lhe eabe
de acordo eom a função, mas o segundo termo:
1 ~ · ou se põe no ablativo, sem nenhuma preposição,
2 ou se põe no mesmo caso do primeiro, precedido da
conjunção eomparativa quam.

Exemplo:
Lo termo grau comparativo 2.o termo
o filho é mais inteligente do que o pal

1 ··- Filiull est intelligentior palre


suj. nornin. verbo de compar. -~ prcdi· ablativo
ligação l carlo nominal
2 ·~· Filius intelligentior quam pater
conjunção I
comparativa
!
mesmo caso
que o l.C> termo

Outro exemplo:
Português L-atim
111 burro é mais pmdeufe rlo Asinus est prudentior equo
que o cavalo ou: Asinus est prudentior qu.am
equus

B - Quando se comparam duas qualidades, decla-


rando-se que no mesmo indivíduo uma existe em maior
grau do que outra:
1 - ou ambos os adjetivos vão para o comparativo, fa-
zendo-se antoccder o seg1mdo de quam,
2 --- ou ambos ficam no positivo, acrescentando-se à
oração a locução magis quam.
. LIÇÃO 3.'3- SINTAXE DO COMPARATIVO E DO SllPERLATlVO 153

Exemplo:
O filho é mais inteligente do que rico
La qualidade 2.:. qualidade
1 -- Filius t>st itJtelligentwr qunm ditior
2 - Filius est magür intelligens qv.am clives

Outro exemplo:
Portu{!Uês Latim
Conselho ma.is util do que honeRto Consilium utilins quam honestius
ou: Consilium magis utile quam
honestum

NOTAS: 1. a ---- A ordem dos t.ennos em latim


não é obrigatoriamente igual à portuguesa.
O aluno deve t.er a máxima atenção r:om a
r..oneordãncia do adjeti;'o. Veja, por exemplo, que
na última. fras.o dada - Consilium utiliu8 quam
honestius - os adjetivos estão na forma campa·
rativa neutra, porque Sfl referem a (;onsilium que
é substantivo neutro.
2." - Diz-se em portugucs .~·uperior a, infe-
rior a, preferivel a, mas as formas latinas rorres-
pondfmte-s eonstituem-se de adjetivos comparati-
vos - super'íor, inferior, pof'ior - - ü o comple-
mento segue a regra que acabamos de estudar.
Não vá, portanto, atrapalhar-s·e o aluno com a
preposição a dessas construções portuguesas. «A
realização é preferivel à palavra»: Res potior
est oratüme (ou qzw.m, nratio).
3." -- Quando a oração portuguesa traz o
advérbio muito ante-s do r..omparativo (<<Ele é
muito mais inteligente do que eu>>), traduz-s·e em
latim por multo: muit.o mais inteligente= multo
intelligentior.
1.')4 :>"OÇÕES l'UNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

4.a - O pronome· o, a, os! as de orações


comparativas como e·sta; ,; A casa de Antônio é
maior do que a do Ce·sar)) não s·e traduz em
latim: « Domus Antonii major est quarn Caesti-
ris ». Pode-se, em· tal caso, repetir o substantivo:
Domw; Antonii nmjor cst quain domus Caesaris.
5.a · - Tratando-se de adjetivo que não se
flexiona gradualmente, emprega-se o advérbio ma~
gis para o comparatiYo, coisa já vista no § 151.
Rec.orre-sc ao magi8 tambem em casos de eufonia.
162 - Comparativo de inferioridade: No compa-
rativo de infe.rioridade, o adjetivo não sofre flexão; for-
ma-se o comparativo de inferioridade juntando-se o ad-
vérbio minus ao adjetivo. O 2." termo segue a regra já
conhecida; ou vai para o ablatívo . ou fica no mesmo
r~so do t.o, antecedido d·e quam:

l'urtúgnh< Latim
O filho é nwno:-; inteligente do Filiu,; uúuus intelligens esl palre
'PW o pai 0u: ~'ilius minus intelligens esl
qwnn pa.te1·

163 · Compara ti v o de. igualdade: Forma-se em


latim de várias. maneiras, como indicam as diversas tra-
duções da oração: é< O filho ú tão inteligente como o pai~>;
Filius est 1to1> mim!R intelligens quam pat.er
Filius cst tam intclligens quam pater
.l!'ilius est par/ter int.ellig<:.lns ac pato r
l!'iliu.'i est aeque íntellige.ns ac pater
l~ilius est aeque intellige.ns atque pater

164- SINTAXE DO SUPERLATIVO: Existem


dois tipos de superlativos: o absoluto, que eleva a qua-
liuade de uma coisa sem fazer referência a outras coi-
-.' -.
J.IÇÀO 3,!J- SINTAXE DO COMPAR,\TlVO E PO st:PERL.o\.l'IVO 1135

sas, e o relativo, que ele.va a qualidade de um ser fa-


zendo relação oom outros ~eres.
Exemplos:
Superlativo absoluto: Pedro é estudiosíssimo
Superkdivo relativo: Pedro é o mais eBtudioso dos colegas.
Note bem o aluno .que em português o superlativo
absoluto é sintético, ao passo que o relativo é obrigato-
riamento ana1ítioo. Pois bem, em lalim o superlativo,
quer seja absoluto; quer relativo traduz-s·e sempre da
maneira que estudamos, isto é, é sempre sintétic.(). ln-
telligentissimus, por conseguinte, tanto serve para tra-
duzir inteligentíssimo como o ma.is inteligente.
165 - Superlativo relativo: O termo de relação
do superlativo relativo (Pedro é o mais ostudíoso DOS
IRMAOS) traduz-se em latim de \-úrias maneiras:
a) pelo genitivu: Petrus esl intelligentissimus fratrum
n) pelo ablativo
com ex: ex fratrib'!M
c) pelo ablativo
com e: e fratribus
d) pelo ablativo
com de: )) tle fratribull
e) p-elo acusativo
com inter: " inter fratres

NoTAS: J.a Quando o superlativo relativo


funciona como predicado nominal, pode ir para
o gênero do sujeito ou para o gênero do termo
de relação: Exemplo: O Indo é o maior de todos
os rios:
Indus est omnium fluminum maxim·us (gênero
de lndus) ou: Indus e,st. omnium fluminum rnaxi-
mum (neutro, porque flumen é neutro).
2.a - O adjetivo superlativo seguirá sempre
lfi6 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LlNGUA LATINA

o gênero do termo de relação: a) quando o sujdto


for substantivo abstrato: A virtude é o maior de
todos os bens - Virtus est omníum bonorum
maximum; b) quando o adjetivo superlativo vier
antes do termo de relação: Maximum omníum
Italiae fluminum est Padus: O Pó é o maior de
todos os rios da Itália.
166 - O superlativo latino pode SN reforçado de
várias maneiras:
a) com vel (=até): ümnia mala, vel acerbissi·
ma= Todos os males, até os mais cruéis.
b) eom quam (=o mais possível): Sementes quam
maximas facere =fazer sementeiras maiores o
mais possível.
c) com longe ou 1mllto: longe maximus =bastante
mawr.
d) com unus, unus omnium ou simplesmente om-
nium: unus omnium justissimus =o mais justo
entre todos.
167 - Tratando-se de adjetivo que não se flexiona
graduahnente, o superlativo S·e obtBm com a anteposição
de -max'tme ou de valde, adm'6dum, praecipue, advérbios
esses que podem ser empregados tambem oom adjetivos
flexíveis: m.axime intellzgens, valde intelltgens, ad'YtWdum
intell'ígens, praecirrue inteltigens.
168 - E' muilo comum encontrarem·S{~ alunos que
não sabem distinguir certas formas superlativas.. Por
exernpl<f: Quando oo diz muito. amigo, grande amigo,
grandemente amigo, bastante amigo, << muitíBsimo »amigo,
o adjetivo amigo está no grau superlativo e não no com-
parativo. Conseguintemente, qualquer dessas expressões
portuguesas traduz-se em latim pm amioissimus: O meu
grande amigo Catão =Cato amicissimus meus.
. :--:·'

LrÇÃO 33- SINTAXE DO COMPARATIVO E DO SUPERLATIVO 157

QUESTIONÁRIO

1 ~- Alem do comparativo de superiúridadH, quê oulros


tipos há de oomparativos?
2 -~ De quanlas maneiras R·e pode traduzir o Hegundo
termo de uma oração comparativa de superiori-
dade? Quais sã.o? Dê um ex·emplo.
!J -- QtlaJJ.do, em ve·z do se compararem duas eoisas,
onmparam-s~ duas qualidades, como na oração
<( () fill10 é mais inteligente do tflH~ riro )), COmO RC

trad uzern os adjetivos inteligente e rico?-


4 ·- So na oração da pergunta anterior houv-esse o
advérbio m-uito antes de mais, con1o se traduziria?
i) ~- Como se traduz em latim uma oração comparatint
de üúerioridade'?
6 - Cite várias maneiras de traduzir Pm latim uma
oração comparativa de igualdade.
7 ~ Nas oraç,ões sup-erlativas relativas, o adjetivo Ia-
tino assume forma diferente do superlalivo ab-
soluto?
8 -- O termo de relação das orações superlatiyas rela-
ti\ras por quais maneiras pode set traduzido em
latim?
9 - lnrliqne algumas maneiras de reforçar o su perla-
t.ivo latino.
10 -- Ern quê grau está o adjetivo bom na frase muito
bom? Traduza em latim.

EXERCICIO 35
Traduzir em português

VocABULÁRIO:

annus, i - ano ~ bellicosus, ·a, um - belicoso


arbor, l'lris f. - árvore calamitas, ãtis - nawmidade
arbuscúla, ao - arbt~3to civis, is --- cid-adão
Asia, ae - Asia cogitatio, õnis -- pcmw.mento
Atticus, i ~ Atico rlilucir1e - claramente

6 Nocóes Funfl. da Línnua Latina


'· ··._'r .i·
iõà NOCÕES FUNDAMÉNTAis DA LfNGtiÁ L.tTINA

ditior - compar. de dís, dite pius, a, um - virtuoso, honrado


dis, dite (§ 136, A, ob. 4) pra~ptum, i n. - preceito
rico, opulento probo, are - t:el'ificar, examinar
Europa, ae - Europa ramos, i - ramo
ex regibus -- V. § 165 Romülus, i - Rllmulo
fclix, )eis - feliz
Socrãtcs, is - Sócrates
iortis, e - forte
superior l'. § 156
gracilis, e - fragil
humilis, c --, baixo, pequeno fhmpus, uriR - esta.ção
inferior __ , V. § 1.56 turpis, e - hediondo
maxhne pii - V. § 167 tutus, a, um -- segum, garantido
myrica, ae ~ urze velox, õcis - ~>eloz, rápido
non minus:~ quam - V. § 163 ventus, i - t•ento
opinio, õnis·- pensamento, opi-nido vere --- e.ratamerde

1 - Cogitatio v~locim est quarn vcntus; peccata tur-


piora sunt quam calamitates.
2 - Exempla utiliora sunt praeceptis.
3 .......: Bona opinio tutíor pecuni[t est.
4 :________ Morbi animi perniciosiores sunt quarn corpons.
5 - Mont<:s Asiae altiores sunt quam Europae.,
6 - AWcus non minus bonus pater iuil quam civis.
7 ~ Socrãtcs sapientissirnus omnium Gra-cr,orum fuit.
8 - Ver est jucun.dissimum anui tcmpus.
9 - Romulus bellicosissimus ex regibus Romanornm
fuit.
10 - Asia ditioros quam fortiores exercitns parabal.
11 ~~ Superior~ arborum mmi suut graciliores quam
inferiores. \
12 - Humillima arbuscula est myrica.
13 - Viri rnaxime pii sunt etiam fe-licissimi.
14 P\'atres mei probant dilucidius et verius.
-~·; ·,.·. ~-.,...:,·"·"'.; ., ~ {~' ,•. ~::· )>' _...... -~: ~-- ':··:·-<"~-~~--~~~-~-·- ~?Jf·~~--~,~~~~--f~~::':.:~~:; ::::~~---~~~~-~~:;
. ·- ..;-

- LIÇÃO 32 ~- COMPARA.T. E SIJPERLAT. ~ÚLTIMAS OBSEI-i.V . • ,159

EXERCíCIO B6
Traduzir Pm laHm

VOCARUI.ÁRIO:

agradavel - jucundus, a, um lebre --- lepus, õris 1n.


Aristóteles - Aristoteles, is lisonjeiro - blandus, a, mn
célere - çeler, eris, ere maior -- V. § 154
camelo - camelus, i melhor -- V. § 154
diligente - dillgcns, enliR mente - mAns, rnentis
elefante - dephantus, i 011 cHi- Platão - Plato, õnis
ph.as, ardis prudente - prlldens, entis
eloquenfe - clõquens, e11tis quase - fere
erudito - eruditas, a, um mio - fulmen, ínis n.
esplêndido -- splendídus, a, um seguramente - tute (§ 155)
externo - externus, a, um superar - supero, are
filósofo -philosophus, i tímido -- timidus, a, um
generoso - munificus, a, um outrora --- olim (a-clv.)
grandíssimo- V. § 1M
1 - O cavalo ó mais fo:rtf} do fiLIO o burro.
2 - As lebres são mais tímida::; quo os cães.
3 - Os meu alunos são mais diligentes do que os teus.
4 - O raio não é maís célero do que a mente.
5 - Os velhos são mais prudentes do que os jovens.
ti As guerras civis são muito mais perniciosas do
que as gue-rras externas.
7 O cão é o mais fiel de t-odos os animais.
8 O ferro é o mais util de todos os metais.
9 - Dos filósofos gre-gos Sócrates foi o mais sábio,
·Platão o mais cloquente, Aristóteles o mais erudito.
10 - Gran<le é o cavalo, maior é o camelo, grandíssi-
mo o elefante.
11 - Os irmãos são os melhores amigos.
12 - As honras são quaso sempre mais esplêndidas do
que agradaveis.
13 - · Os homons mais lisonjeiros não são os mais ge-
nerosos.
14 - Superávamos o mar mais seguramente do que ou-
trora.
100 J>;OÇÕES FUND.\MENTA!S DA LiNGUA LATINA

LIÇÃO 34

NUMERAIS CARDINAIS E ORDINAIS

169 -- Dentre as váriati espécies do adjelivos de-


terminativ~s (V. § 129), existe a dos numerais. Ad-
jetivo determinativo numeral é o que acrescenta ao
substantivo idéia de quantidadlJ (um lapis, vinte ho·
m~ns, mil soldados) ou de ordem: primeiro ano, décimo
sexto aluno, quinq1wgétdmo aniversário. Daí a divisão
dos adjetivos numerais em cardinais, que indicam quan-
tidade total, e ordinais, que indieam ordem, sequência.
170 - Com ossa divisão, podemos estudar os adje·
iivos numerais latin~s:

CARDINATS

algarlemo•
llrabes
I
algarismos
romanos
em latim

~-- ·- ~- -- ~---Í;mu~, ~na, unum--(~-;----~--- ---------


2 Il i rluo, duae, duo (2)
3 III I tres, tria (3)
4,
5
IV
V
I qualuor ou quallunr {4)
quinque (5) ~
;

l
6 VI sex -1
7 VII septem (fi) J
8 VIII octo l
lO9
11
~
X
XI'
docem
00Ril1
und&im (7)
-_
·
12 XII 1luod&im .. ·
~~ iW ~r=t~~~iMoim - :-
15 XV quintlecim
lG XVI se(x)dêcirn ou decem et sex (8) i
17 XVII septemdocirn ou deccm et Reptem
18 XVIII duodeviginti (9) ott de~em et octo ou octo-
decim
(IÇÃO 34 NUMERAIS CARDINAIS E OROINAIS 161

algarismoe
á.l'ttbes
I
1
algarismos
romanos
l
.
'"" latim
--~---~--~- ____
I ----

19 XIX umlcv-iginti ou dcccm et nnv!lm ou novP.m-


decim
20 XX viginti
,21 XXI dginti unns, a, um ou unus, a., um- et n-
I ginti (10)
22 XXII \ iginti duo, duae, duo on duo, dmw, duo
ct vigin ti ( 11)
23. XXlll I viginti tres, tda ou. tres, tria ct viginli
24 XXIV viginti quatuor ou. quatuor ct viginti ( 12)
28 XXVIII duodetrigint a. ( 13)
29 XXIX undetriginta
30 XXX triginta
40 XL quadraginta
50 L quinquaginl ll
60 LX sexaginla
70 LXX septuaginta
80 LXXX odoginta
90 XC nonaginta
100 c eentrun
101 CI centmn unus, a, urn (eenhun et unuH, a,
um) (14)
102 CII centurn duo, iluae, duo (conlurn et dno, duae,
duo)
200 CC 1lucenli, duccnlae, ducenta (15)
300 ccc lrfiCenti, ae, a
400 cccc qua-rlriugcnLi, ac, rr
500 D qningenti, ::w, .a
600 uc sexccnti, ae, a ( 16)
700 DCC septingent.i, ac, a
800 DCCC ort.íngenti, ae, a
900 DCCCC nongent.i, ae, a
1000 M mil! e
1001 MI unus, a, um ct ntil!c ( 17)
1500 MD quíngenti, ae, a et mille
2000 MM duo millia (18)
2500 MMD quingenti, ae, a et duo millia
0000 MMM tria millia
10000 decem millia
100000 centum millia
500000 quingenta millía
999999 nongenta nonaginta novem millia nougenti
(ac, a) (e1) nonaginta novem (19)
1000000 (20)
I' .

16í? NOÇÕES .FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

171 - Explicação das nota._.. do § anterior:


1 -a) Assim como em português dizemos um ho-
mem, uma mulher, flexionando o cardinal de acordo com
o gênero do substantivo, tambem em lalirn esse cardinal
se flexiona, concordando em gênero, número e caso com
o substantivo a que se ref·ere. A declinação de unus, una,
unum é quas-e igual à de bonus, bana, bonu,m; a dife-
rença está no genitivo e no dativo do singular:
Nom. unus, una unum
Gen. uniu s
Dat. uni
Abl. uno una uno
Ac. unum unam unum

b) Como se vê, não existe vocativo, pois não é logi-


camente possível. O i do gflnitivo é longo, razão por que
nele deve cair o acento. O plural é regular, isto é, segue
exatamente o plural de bonus, bana, bomtrn, mas só é
usado oom os substantivos que não tc.cm plural, ou com
substantivos quo no plural apn,>scntam signiÍicação di-
versa do singular (V. § 50, 51, 72 e 115):
u:nae litterae = uma carl"l. (§ 50)
una castra =um acampamento (§ 72)

c) O:utra obs·ervação importante 6 a seguinte: O


latim só emprega o cardinal nnus, una, unum para in-
dicar ""'um só», «somente um»: UnU8 Deus est, oração
que se traduz: « Exisie somente um· Deus>> (e não:
<< ExiS!te um Deus»). Vioe-versa, o «um» do português·
não se traduz em latim a não ser que venha aoompa·
nhado de só ou s.<Jmente:
Amo a um Deus = Deum amo
Amo a um só Deus= Unum Deum 11mo
{'

LIÇÃO 34 - NUMERAIS CARDINAIS E ORDiNAIS 163

d) Note-se ainda que expressões como uni homines


se traduzem por somente os homens.
2 ~ O cardinal duo declina-se da s·eguinto maneira:
m. f. n.
Nom. duo duae duo
Voe. duo duac duo
Gen. duorum du;u·um duo rum
Vat. duobus duabus duolms
Abt. duohus duabus doobus
A(~. duos <.luas duo

O gonitivo masculino enconLra-se tambem na forma


· oon i rala du,um e o acusativo dum~ às voz-es na forma
duo.
3 ~ Tres em latim se declina:
m. e f. n.
•'V om. tres tria
Voe. tres tria
Gen. t r i u rn
Dat. trihus
Abl. l ri bus
Ac. t.res tria

4 ~ Os cardinais de quatuor aié centwm não f'.~}


declinam, isto é, teem uma só forma para todos os c.a-
sos e pam todos os gêneros. Aqucl~s em que entra nnus,
d·uo ou tres te·erri (:)S:SCS el-ementos declinaveis.
5 ·- Cuidado com a pronúncia dos uu (§ 44, 5).
6 ~v. § 44, 7.
7 ~ Uma voz qu.e a penúltima sílaba é bre-v-e, o
acento destes eompostos deve recuar para a vogal ime-
diatamente anteoodentB: úndecim, duódecim, trédecim,
qua&p,órdedm, quíndecim, sédecim, septêmdecim, ·octó-
decim, novêmdecim. Todos esses cardinais são esdrú-
xulos.
164 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LA.1'INA

8 - Alem das fmmas sedecim, septemdecim, octo-


decim e novemdecim há es-toutras: decem et sex, decem
et septem, decem et octo, decem et novem, formas que
em português deram dezesseis, dezessete, dezoito, de-
zenove. l
'9 -----; Os dois últimos números de cada dezena são
de pmferêneia indicados c.m latim por essa fonna de
subtra(,~ão:

18 = dois (tirados) de vinte - 1iuodevigiut.i


.19 =um (tirado) de ~•inte -- undeviginti
28 =dois (tirados) de trinta 1luod~Lriginla
29 = 1ttn (tirado) de trinta - undetriginta
e assim por de-ante.

lO - a) Para dizer, 21, 22, 23 e-tc., como 31, 32,


33 ... até 99, há duas maneoiras: ou s-e coloca o número
menor om sogundo lugar, oom a conjunção (viginti unus,
viginti duo etc.), ou se coloca o número menor antes,
empregando-se a conjunção et: unus et viginti, duo et
viginti ...
portu,quês latim
vinte e cinco viginti quinque
ou quinque et viginti

b) E' importante observar que para dizer viginti


umus, triginta ttnus etc., não se deve por o unus perto
do substantivo:
português latim
vinte o um homens homines viginti unus
~ ou unus et viginti homines

Nã.Qseria cormto dizer viginti unus homines.


• I

c) Vinte e U1'1UJ, rosas em latim se diz ((una et vi- /


glnli t·osae », pondo-s-e no feminino o cardinal um, tal
\
\ LIÇÃO 34 .:__ NUMERAIS CARDINAIS E ORDINÀIS 165

qual se dá em pol'tuguês. O mesmo se diga do neutro:


wnum et viginti bella, declinando-s,e o cardinal unus se-
gundo o gênero~ e o .(;a<b·o do substantivo a quo se refere:
Nom. unns una unum ct viginti
Gen. unius et viginti
Dat. !l Il I et viginti
Abl. U!lCf L!ll.fl UllCf et viginti
A c. unum unan1 unum et vigint.i

11 -- Obwrva-::;e- a m-esma concordância de gênéro


e de caso explicada na letra c da nota anterior.
12 - Ou quatuor et mginti, e assim por deante,
conforme fioou explicado na Ietra a da nota 10.
13 -::- Para 28, 29; 38!1 39; 48t 49 etc., o crit.érío é
o já indicado na nota 9.
14 - De 100 a 999 o número menor é posposto ao
maior, e se liga geralmente sem a conjunção et: cen:furn
unus (ou centum et unus), centum octoginta (ou cent·um ·
et octoginta).
15 - As centenas, de 200 a 900, são declinaveis
, como o plural boni, bonae, bana, not.:<ndo-se que o ge·
nitivo plural pode ser em orum ou em um: ducentorum
ou duccntum.
16 - · Os latinos empregavam o cardinal sexcenti
tambem para indicar quantidade inoontavHI.
17 - Do 1000 para círna, quase s·empre o menor
vem antes, ligado oom et: quinque et mille (1005 ), vi-
ginti et tria millia (3020), centum et duo millia (2100)
- V. nota 19.
18 - a) Comú acontece com o cardinal rnil em
portuguê~, tambem em latim milln é indeclinavel: mille
milites. cum mille et quadringentis militibus, mas possue
..166 NOÇÕES :PUNDÀMl'lN.TAili "DA
;··:.;
LfNGIJA
: .
LÁ. TINA
.... -
/

plural em latim, que é neutro -e d·eclinavel: millia (num.


e ac.) millium (gen.) e millibus (dat. e abl.).:
Nom. unum et viginti millia
Gen. unius éL viginti millium
Dat. uni et viginti millibus
Abl. uno .et viginti millibus ~-

.Ao. unl!rn .et viginti millia

b) O plural millia exige o substantivo, que se enu-


mera, no genitivo plural, como se correspondesse em
português a milheiro (dois milheiros de soldados) : ,
Nom. duo milha militum
Gen. duorum millium militum
Dat. duobus millibus militum
Abl. duobus millibus militum
Ac. duo mil!ía militum

Se, porem, o substantivo nãô vier diretamente uni-


do a millia, deixará d~ vir invariavelmente no genitivo
para ír para o caso exigido pela função na frase:
milites (militum) duo miWa quingenti ou duo millia quingeuti
milites
mi!itibus (militum) duobus millibt~s q!dngentis ou duobus rnilf.i-
bus quingentis militibus ·

19 ~ Tratando-se de números completos, isto é, em


que haja milhares, oontenas, dezenas e unidades, o nú-
mero maior precede em regra o mono r: 3186 =fria rnillia
oentum (et) octoginta sex.
20 - Requer conhecimentos quê, pelo programa,
só ma~ tarde serão ministrados.
172 - Passemos ao estudo dos ordinais:
-·.r: .· ·~- '. ··~:

Llç,\0 34 NUMERAIS CARÍHNAIS E OHDíNAIS 167


:j·
ORDINAIS
.
il:'

l.o
2.o
l segundo
primeiro primus, a, um (1)
secundus, a, um (alter, era, õrum)
i 3.o terceiro tertius, a, um
} 4.o quarlo qua.rtus, a, um
5.o quinto quintus, a, um
6.o sexto sextus, a, um
?.o sétimo soptimus, a, um
8.o oitavo octavus, a, um
9.o
lO. o Inono
décimo
nonus, a, um
dccimus, a, um
ll.o décimo primeiro undecimus, a, um
12.o
l3.o
Idécimo segundo
décimo terceiro
duodccimus, a, um
tertiu~ dedmus (2)
l8.o· rlécimo oitavo duodeviccsimus ou oc!avus dccimus (3)
19.o ·décimo nono undeviccsirnus ou nonus d!'.cimus
20.o vigésimo vicesímus
2l.o vigésimo primeiro unus et vioesimus ou vicesimus pri"
mus (4)

..' 22.o vigésimo segundo alter et vicesimus ou vicesimus ai-


~

:_:.;-;
Ler (5)
23.o v-igésimo tcróeico tortius et vic.esimus ou viccsimus ter-
~··.~- tius (6)
28.o \'igósimo oitavo duodetr.ioos;inms (V. n. 1, a)
29.o vigésimo nono 'undetricesim us
30. 0 trigésimo tricesimus
40.o quadragésimo quadragesimus
líO.o quinquagésimo quínquag11gimus
60.o sexagésimo sexagesimus
70.o setuagésimo scpluagesimus
80.o octogésimo octogesimus
90.<> nonagésimo nonagesirnus
lOO.o centésimo centesimus
lül.o centésimo primeiro centesimus (et) primus (7)
102.0 centésimo segundo centesimus (et) alter
200.o ducentésimo ducentesimus
!lQú,o trecen tésimo tr~ntesimus
400.o quadringentésimo quarlringentesimu s
õOO.o quingentésimo quingentesimus
600.o sexccnlésimo sexccnlesimus
700.o setingentésimo septingenfesimus
800.o octingentésimo oclingentcsimus
900.o nongentésimo n-ongcntesimus ·
JOOO.o milésimo millesirnlis
10Ql.o milésimo primeiro millesimus piimus (8)
~ 168 NOÇÕES FUNDAMENTAIS D .... LiNGUA. LATINA

173 ~ Explicação das notas do § anterior:


1 -- a) Com exceção de primus e secundus, os.
adjetivos ordinais se formam dos respetivos cardinais
e todos eles so declinam regularmente r,omo bonus, bona,
bonum: primU8, a, um; ser:undus, a, um; terfius (a,
um); deairm.ts (a, um) ~te ..
b) O latim emprega primus quando se traut de mais
de dois elementos; tralaudo·se de dois ~om~nte, emprega
pr·ior em ve-z d-e primus, que se declina como os com-
parativos.
O mesmo se dá com s.ecundus, que s·e substitue por
altm· (=o outro) quando oo trata de dois elementos so-
. mente, cuja declinação estudaremos. opürtunamente.
2 ~ De 13.<J a 17. 0 o ordinal menor precede o maior,
Effim et.
3 -- Como acontece com os cardinais, tamhem es-
tes ordinais podem s•eguir o prooesso de subtração: duo-
dequinquagesimus.
4 ~ Noo ordinais (}ffi quo entra primeiro, o latim
usa mais frequentemente a forma unus, anteposta o li-
gada com et: unus et CJ1.Únquagesirnu8.
5 - Nos ordinais c'iln que entra segundo, o latim
quase invariavelmenle emprega alter, quer anteposto
(ligado por et), quer posposto (sem et): alter et quin-
quagesimus ou quinquagesimulf! alter.
6 ~ Daquí até 99. 0 , ou se ooloca antes o ordinal
maior S'Cm et (nonagesimus nonus), ou o menor com et:
1 nonns· et nonagesímus.
7 -·- Daquí até 999.0 o maior quase sempre preeede
o· menor, oom ou sem el: nongenteBimu8 ( et) nonage-
simus nonu8.
8 - Daquí em deante o maior precede o menor,
LIÇÃO 34 ___.:. NUMERAIS CARDINAIS E ORDINAIS 169

sempre sem et: millúimus nongentesimus quaJragesi-


mus tertius (1943. 0 ).

QUESTIONÁRIO

1 - Quê é adjetivo determinativo numeral?


2 ··- ComQ se dividem oH adj·etivos numerais?
3 Qual a diferença entre numeral cardinal e nume-
ral ordinal?
4 -- Declino unus, una, unum (Cuidado C,Ol11 o gcnitivo
e com o dativo).
5 - Quando se usa o plural uni, unae, una? Exemplos.
6 - Qual o verdadeiro emprego e significado do r.ar-
dinal unus, una, unum~ Exemplos.
7 ~ Como se traduz a frase uni homines?
8 - Decline duo, duae, duo.
9 ·- Decline tres, tria.
lO ~ Conte de um a quinze em li!Lim.
1t ~ Quais as maneiras de dizer 16 e 17 em latim?
12 ~ Quais as maneiras de dizer 18 e 19 em latim?
13 ~ C'Onte de 16 a 20 em latim.
14 ~ Quais as maneiras de diz·er 21, 2'!, !!3 ... 27 em
latim'?
15 --- Diga em laLim de 1)inte e wn soldruln8 (gen.) c
pam vinte e du,as rosas (daL).
16 - Conte de 21 a 80.
17 - Conte, somente as dezenas, de 20 a 100.
18 - Conte, somente a.."> centenas, de 200 a tOOO, não
se esqueoondo das três formas genéricas.
19 - Decline nongenti, ae, a.
20 - D-ecline unum et viginti millia.
91 - Decline duo rnillia ped'ítum..
22 - Diga em latim 888888.
23 - Os ordinais se declinam'? Então diga em latim e
decline H.".
24 - Tratando-se sorncnLe de dois elementos, emprega-
se P'rimus ou prior?
170

25 ~ Tratando-se somente de do'is elementos, emprega-


se secundus ou alter 1
26 ~ Diga os ordinais latinos, de 1." a 17. 0 (Não se es-
queça da nota 2 do§ 173).
27 - Diga os ordinais latinos 18.0 , 19. 0 , 28. 0 , 29Y, 38.0 ,
39. 0 ...
28 - Diga os ordinais latinos 21. 0 , 81. 0 , 41. 0 ... e 22.o,
32. 0 , 42. 0 ...
29 ~- Diga os ordinais latinos das deze-nas e das cen-
ienas.
30 - Diga em português e em latim 1889. 0 •

EXERC1CIO 37
Traduzir em português

VOCABULÁRIO:

aHer, éra, erum (§ 173, 5) ·-- se- lcgio, onis - legião (didsão de
gundo 6 000 soldados)
amnis, is (§ 113, 3) - rio manipulas, i - 'fiUlnípulo (com-
Athenae, arum (§ 51) ~ Atm1aR panhia de 200 sold'-!.dos)
(Leva o verbo 111~ra o mille (plural milli.a)- § 1'11, 18
plural, que se traduz em navis, is (§ 11.3, 3) - navio
português no singulo,r) oroo, m·e - equiptu·
castra, orum (§ 72) - acampa- pcues, !tis - infante (soldado'
merda da infantaria)
cohors, ortis f. - coorte (pro- spatium, ii n. - espaço
nuncie coór te) termino, aro - limitar
duo, ae, duo (§ 171, 2) - doi8 Tigris, is - Tigre (rio)
Eup.hrat.es, ae - Eufrate tragicus, a, um - trágico
Gallia, ae · ~ Gália (França) tres, tria (§ 171, 8) - trh
hostis, is - inimigo (de guerra) lutior - eomparativo de tutus
Ilias, lldis /. - llíada · (pO(~m<! unus, a; um (§ 171, 1) - mn HIÍ
épico de Homero) Xcnws, is - Xel'xes

1 ~ Mundus est opus up.ius Dei.


2 ~ Gallíam duo maria terrninant.
3 ~ Athenae sunt trium tragicorum poetarum patria.
4 - Tigris et Euphrates duo rnagni amne-s sunt.
·
~·- _':.c:::>~·-r7•<;(' ·~·y~ F:::':;:;;:~; :~~:r:_;;.._,;á_)'.i'ê:_.~::·,:~-7~~:::\·-~\.'r';·-:~';···~·--t~~:~:'
~;r:: ,· •· ·.· ·. LIÇÃO 34 - NU1t:UÚtÁIS CARDINAIS E OJ'tPÍN,us·' . , i71

5 - Annus est spatium tmcentorum se:g:aginta quinque


dierum.
6 -- Unus amiCl!S fidchs cen lum incerlis tutior est.
7 - LL'gÍOnis decimne et uuodecimae milite·s castra llos-
tium expugnabant.
·' .
8 ~ Cohors decirna pars, manipulus tricesima pars le-
., '

gionis romanae erat.


O - Xerxes class-em mille ducenlarum navium omat
et exercítum septingentorum millium pedltum ac
quadringentorum millium equllum parat.
10 - Iliãdis lioor alter et vicesimus (vicesimus alter)
jucund us e·st.

EXERCtCIO B8
'l'ratlnzit· ~m latim

VOCABUdRJO:

,1 nco --~ Ancud, i rmt8u -- musa, ae


cem - centum Numa - Numa, ae
corajoHn -- IorliH, e Pompílio ·- Pompilius, u
eovarde - ignavus, a, um preparar -- oornpllro, aro
Dario - Darius, ii Prisco - Priscus, i
existir - sum, ess.~ profes8or ~ magister, tri
graça ~ gmtia, a.e
Eférvio -- Servius, ii
haver ~ sum~ esse
H ostílio . - Hostili us, i i 8onerbo ~ Superbus, i
lindo ~ pulc!Jer, chra, chrum Tarquímo ~ Tarquinius, ii
lutar ~ dimlco, are Túlio --~ Tullius, ii
Márcio -- Martius, ii Tulo -~ Tullus, i

1 - O profes·wr é louvado por um só aluno.


2 - -· Um só homem corajoso é mais util do que cem
covardes.
3 - Há uma só lei para todos os cidadãos.
4 Existem três Graças e nove Musas.
5 - Dario preparava uma frota de quinhentos navios.
172 . NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA .LATINA

6 - Sete foram os reis de Roma j o primeiro foi B.ô-


rnulo, o segundo Numa Pompílio, o terceiro Tulo
Hostílio, o quarto Anco Márcio, o quinto Tarquí-
nio Prisco, o sexto Sét-vio T~lío, o Hétimo Tarquí-
nio Soberbo:
7 - O acampamento dos inimigos era subjugado pelos
soldados da décima o ·da décima segunda legião.
8 - Dezesseis mil cavaleiros e 15 mil infantes luta-
vam.
9 ~ Uma frota do mil e duzentos navios era equipada
por Xerxes o um exército de setecentos mil in-
fantes e gua:trocentos mil cavaleiros era preparado.
10 - O décimo oitavo livro da llíada é lindíssimo.

LIÇÃO 35

2.a C ON JU GA Ç AO A T I V A E P A S S I V A
(NOÇOES) - APOSTO

174 -- Pouca diferença de conjugação existe entre


um verbo da 2. 11 conjugação e um da l.a.
a) Ante~ d·e tudo saibamos que os verLos da 2. 11
terminam sempl'e em ~o na La pess. do síng. do ind.
presente: del't!o, rnon'éo, irnpl'éo, hab'éo são verbos da 2.a
conjugação; o simples falo de esses verbos terminarem
em Elo deve fazer-nos ver que eles pertiJncem a essa <',on-
jugação) pois são raríssimos os verbos assim terminados
não pertenoentes à 2.a.
b) Em segundo lugar devemos ter o cuidado de não
acentuar o e dessa terminação quando b verbo tiver
mais do duas sílabas; deV'emos porlanto le,r: déleo, mô 4
LlçXo 35 - ~. 4 CONJUGAÇÃO A.TIVA E PASSIVA- NOÇÕES 173

neo, ímpleo, hábeo, como oo fossem palavras esdrúxu-



las mn português.
c) O aluno quo estudou bem os poucos tempos até
agora vistos da l,a oonjugação, nenhuma dificuldade terá
para oonjugar urn verbo da 2. 11 neSS(.'"S mesmos tempos,
pois bastará mudar a vogal caratoristica a para e nos
verbos da 2. 11 • Conseguintemente, o infinito da 2." é em
ere: delere, monere, implere, habere.
Vejamos o indicativo presente de del'éo, ere (=des-
. truir, apagar):
deMo destruo
del
dei
I ec I st
destróis
destrói
dei e mus I
del I. ê tis
destruímos
· destruis
del I e · nt destroem

175 -~ Quem estudou bem a lição 20 saberá, sem


dificuldade, conjugar eSise mesmo tempo na voz passiva:

presente do ind. passivo


deleor <~Ou destruido
dei ii ris és destruido
del ê tu r é destruido
del e mur somos desiruído:s
dei e mini sois destruidos
de! e , ntur são destruidos

176- De acordo oom o que estudamos no § 96,


twnos·:
imperfeito do ind. ativo
dei e ba I m de11truú.l
uel e ba s destruías
del e ha t destruia
dei e bã mus destruíamos
de! e bã tis destruieis
de! ê ba nt destruiam
~~- -. . . ' .. ~-;. ~
''"'''·':
··- --: ~·

··17,4- N_OÇÓES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LÁTINA.

imp!ff{eitv da ind . .passivo

de!
de!
Ie
e
ba

r
riS
em destruido
eraB destruido
-
del e bã tu r era destruido
de! e hã rnur éramos destruidos
de! e ba mini ereiB destr1üdos
uel c bã ntur eram destruidos

177 - Estudc'fnos agora o futuro do indicativo de


cmw e de del~o, isto é, das duas primeiras conjugações:
futuro ati·v!j
V• conjugação 2_a conjugação
anwrei destruirei
am ã bo de! c bo
a.m ã Li s uel ii bi s
am ã bi t ucl é bi t
am a bi lllUS (cuidado com Jel e bí lllU8
am a· bi tis o acento) del e bi !.is
am ii. bu nt de] 6 Lu ut
futuro pas.,ivo
l,a Nnjugaifil.O 2.a çonjugação
serei amado serei destruido
am ã ho r dcl c ho I ris
r
am a M ns del e bc
am a Li tur del e Li tur
am a bi mur de! e bi mur
am a bi mini de! e bi mini
am ai bu· ntur de! e !Jü ntur

NoTA - O aluno devo ter o máximo cuidado


com os acentos das fomtas verbais do futuro,
4 tanto ativo quanto passivo. Jamais se esqueça
de que a sigla breve ('-') na penúltima sílaba in-
dica qu& essa sílaba pode ser acentuada; leia ·não
outra vez ess-es lempos, prestando atenção espe-
cial nesse sentido.
\
I
I
178- APOSTO: Alem do adjetivo propriamente di-
to, pode funcionar com() adjunto atributivo uma palavra
ou grupo de palavras em aposição; essa palavra ou gru-
po de palavras em aposição chama-se aposto. Exemplo:
«Sócrates, filósofo grego, foi condenado à morte».
Podemos definir o aposto: Palavra ou frase que ex-
plica um ou vários termos expressos na oração: «Ale-
xandre, rei da Macedônia, morreu moçD ». Devemos ob-
servar que o aposto, quando vem depois do fundamental,
isto é, depDis da palavra modificada, aparece, tanto em
português como em latim, ontre vírgulas:
«João, meu aluno, ficou doente~
fundamental japosto
Regra de concordância do aposto: O aposto deve ir
para o mesmo caso do fundamental, 011 s·eja, o aposlo
concorda em caso com a palavra a quo se refere:
.T~!SUS, salmdor dos lHHnens, 6 filho de Dr,us
Jesus, hominum servator, Dei est filins
nominativo nominatiYo
(snj. de esl) (aposto de le81ts)

Adoro Jesus, sa./vador dos homens


les-am, hominum servatorem, adoro
acusativn acusativo
(obj. dir. de adoro) (aposto de
Jesum)

QUESTIONÁRIO

1 - Como te-rminam os verbos da, 2.a conjugação na


primeira pessoa do singular do indicativo pre-
sente?
2 -- Le-ia e diga a que conjugação pe·rtcncem os seguin-
tes verbos: neo, fleo, repleo, placeo, taceo, debeo,
habeo, moneo, defleo.
176 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LfNGUA LATINA

3 - ~Repita es-ses m·e·smos verbos no infinito.


4 ---- Co~njugue o prirneiro e o últin1o dessc·s verbos no
indicativo presen~.
5 -- Fleo quer diz.er chorar; OOlllO s~e diz em latim 80U
chorado?
6 - Cnnjuguo o verbo placeo (=agradar) no imper-
feito do indicativo ativo. ~
7 ·~ Conjugue
. o v. debeo (= d€ver) no imperf. do ind .
paSS·lVO.
8 ~.-Conjugue
o v. delecto, are (=agradar, deleitar),
no fut. do ind. ativo.
9 ~ Conjugue esse m·esmo verbo no futuro do indica ..
tivo passivo.
lü - Conjugue o v. del~o no fut. do ind. ativo.
11 -~ Conjuguo esse mesmo verbó no fut. do ind. pas-

SlVO.
12 - Mon~o
quer dizer advertir," como s·e diz en1 latim
sereis advertido ?
13 - Quê é aposto?
14 --- Quê é fundamtental do aposto?
15 - Quê diz do aposto com relação à vírgula?
16 - Co1no deve concordar o aposto com o fundain·en-
tal? E' capaz de rep:etir e explicar o ex·emplo
dado na lição?

EXERCíCIO 39
'
1.~radnzir em portugnê~

VOCABULÁRIO:
J

advenlus) us - chegada> vinda, narro, are -- narrar


.
aprox~rrw,çao
"'
oppidani, orum -·- hahUantes de
antiquus, a, um - antigo cidade
Cic~ro, õnis ~- Cícet<o • placeo, ér-e ~ a.grada1·
docêo, ere - enai:nar slrepitus) us -- estrépito, 1·nido
exercoo, õre - Bxercitar Tacltus, i - Tácito
facultas, atis - faculdade, força terreo, êre ~- arnedrontar, atet·-
formido, are -- temer, rece<1r rar
minlmus, a, um - mínimo (§ tirn~, êre - teme1·
154) valde (adv.) ~ 1nuito
LIÇÃO 35 - 2.a CONJUGAÇÃO ATIVA E PASSIVA- ~OÇÕES 177

1 -:.Mores antiquorum Germanormn a Tacito, scripto~
re ron1ano, laudabantur.
2 ~ Scriptores clarorun1 vitarn virorunt narrabunt.
3 - Animi facultates a pueris exerr.ebuntur.
4 - C~olun1bae 'miniJno s:trepitu terrentnr.
5 -- A n1agistris bonis docemur et docebl1nur.
6 ~ Hostium adventun1 non tin1ebo.
7 ~ Cir;eronis libri valde plac-ent et sempDr placehunt.
8 ~- Caesãris adve~ntus oppidanos terrebat.
9 --- <~acsaris adven.tu oppidani terrebantur.
10 - Veteres Romani vim CartliaginienR-·iunl non for·
1nidaverunt.

EX.ERClCIO 40
Tl~aduzir em. lathn
VocABOLinlo:
agitar ~ agito, are lá.grittta -~ lacrin1a, ac
apagar ~ deleo, êre creo, are
nome;(J/f --
ataque ~ vis, vis {§ 118, 2) mngistrado -~ Inagistratus, us
Catilina - Catilina, ae porque - quta
(~Ompletar -·- supplt~oj ere RUstentar - sustineo, ere
escurecer ~- obscüro, .are temer - ~ timeo, ere
injusto - injustus, a, um violenlo - violentus, a, urn

1- Os rnagis.trados rornanos eram , nomeados pP.lo


povo.
2 -- O mar será agitado por violento vento.
·3 -~ l)ouoos ho·mens oompletarão cetn anos.
4 -~-- Tua falta será apagada por tuas lágrimas.
5 -- Sois te~midos porque sois injustos.
6 - Cícero, orador ron1ano, era temido por Catilina.
7 -~ Tácito) escritor romano, louvava oR costun1~es dog
antigos germanDs.
R ~ O sol é e será 1nuitas vezes escurecido pelas
nuvens.
1'18

H- A aproximação da frota o dos soldados aterrarão


os cidadãos.
10 - Os cavaleiros e os infantes não sustentarão o ata-
que dos inimigos.

LIÇÃO 36

PRINCIPAIS FORMAS PRONOMINAIS

179 - Uma palavra· é pronome quando pode ser


colocada em lugar de outro nome, substituindo-o clara-
mente (Ele - Pedro - está em casa) ou indetermina-
dame-nte (Alguem - que não sabemos quem seja -
ostá em casa).
180 - Os pronome·s dividem-se em duas classes:
pronome·s substantivos e pronomes adjetivos.
Pronomes substantivos, mais comumente denomina-
dos pronomes pessoais, são os quê,· ao mesmo tempo que
substituem o nome de um ser, põem esse nome em re-
lação com a pessoa gramatical ( 1 ).
Limitando-nos na l.a série ginasial ao esludo dos
pronomes pessoais, vejamos antes o que se passa em
português com esses pronomes, para depois estudá-los
em latim.
181 - Em português os pronomes pessoais dividem-
se em retos e oblírl[ws. Pronomes pessoais retos são os
que toom por função representar o sujeito do verbo; são
retos os pronomes eu, tu, ele (ou ela), nós, vós, eles
(ou elas): Eu quero, tu deves, de pode, nós vamos etc ..

(1)· V. Gramática Metódioa da Lín(lua.Portuyuesa, § 230.


~ :'.; · •. • ,Pron:::J~~so:::~::::q:::·::·::~::;/:~o~ ;: . ,· .
função representar o complemento do verbo: «Manda-
ram~me embora» (o me exerce funçãv de objeto direto)
- <<Disseram-nos diversas coisas)) (o nos exerce fun-
ção de objeto indireto) <<Mário vai sair comigo» (o
comigo exerc·e função de complemento circunstancial
í.lo companhia).
Em quadro, assim podemos disLribuir os pronomes
pessoais portugueses:

PRONOMES PESSOAIS
-- -- ---~

Pessoa gramatical
I Caso reto
I Caso oblíquO!

{ l,a
eu me, mim, migo
Singular 2.a tu te, ti, tigo
3.a ele, ela I o, a, lhe, se, si, sigo
--~~--.

Pluml I La
2.a
nós
YÓS
nos, nosco
\"OS, I'OSCO
·-
- ····----

3.a
I eles, elas
I os, as, lhes, 5e, si, sigo

182 - Vejamos agQra· qums os pronomes pessoais


latinos e a cone-spondente flexão casual:

PRONOMES PESSOAIS LATL"ii"OS

i
Pessoas cdsos retos I Casos oblíquos

VQC. I
I Nom. Gen. Dal. Abl. Ac.

l,a Ego
I me i mihi me rne
2.a
3 ...
Tu
tu I sui
tu i tibi
si Li
te
se ou sese
te
se

La Nos
-II ou nostrum
nostri
nobis nobis nos

2." Vos vos 1 vcstrum vobis vobis vos

~I
on vestri
3 ..-. RUÍ silJi He M~ sese se
180 NOÇÕES FUNDAM!i:N'fA.lS DA. LÍNGUA LATINA

NoTAS: l,a - A 3.a pessoa so declina de


igual rnaneim no singular e no plural; não pos-
~uo nominativo, razão por que em lalim se cha-
ma bicho sem cabeça. Não possue nominativo
porquo esse pronome é S·ernpre reflexivo, isto é,
exerce sempre função de oomplemento. que se re-
fere ao sujoito da oração (t). Essa faltá é suprida
por meio de pronomes demonstrativos, como ve-
remos mais tarde; na tradução pode-se acrescen-
tar em português os adjetivos mesmo, próprio.
2." - Só se expressa o nominativo dos pro-
nomes pessoais para evidenciar
\
o sujeito.
3. 8 - Nostrum e nostri não significam ames-
ma coisa; nostrnm indica exclusão, partição; tra-
duz-se p<>r de nós, no significado de dentre nós:
unus nostrum =um de nós, um dentre nós. Nos-
lri s-ignifica simplesmente de nós e não oorres-
ponde a dentre nós: tem piedade de nós= mise-
rãre nostri.
A mesma observação deve ser feita para
vestrum e ve8t·ri; um de vós traduz-se em latim
· unus vestrum, «tenho piedade de vós>> traduz-se
«miserior vestri »: ·
4.n - Deve o aluno reler o que fioou dito na
nota do § 22; veja o quadro que s-e enoontra no
fim de-ssa nota e observe que se em português
o me, o to, o nos, o vos servem indiferentemente
para objeto dire-to e para indireto, em latim as
rormas são difere.nl,es:
Louvam-me Me laudant
v. hans. v. trans.
0/Jeder:em-me '!lihi p<Kent
v. rel1aNvo v. relativo

{1) V. Gramática Metódica da L'Ínyua l'ortugue.ga, § 336.


LIÇÃO 36 - PRINCIPAIS FORMAS PRONOMINAIS 181

Tenha, portanto, o maior cuidado no tradu-


zir esses pronomes do português para o latim, in-
dagando de um bom dicionário a regênria do verbo
latino, a' qual nern sempre r.orrf'sponde à regênr-ia
do verho português.
5." - Não existem em latim regras especiais
para a colocação dos oblíquos; podem vir <}In
qualquer lugar na has.o, corno se fossem meros
substantivos, e são sempm acentuados na leitura.
6.a - Em latim, o interlocutor, isto é, a pes-
~a com quem falamos, é sempre tratada por tu,
mesmo que nos dirijamos a um rei, a um supe-
rior, a Deus.
7.a - A primeira pesf'.oa S·fHnpre se enuncia
em ptünoiro lugar; a frase portuguesa você e cu
traduz-se em latim ego et tu.
8." ~ A preposição portuguesa com traduz-
se em latim por cum e rege ablativo, isto é, exige
que a palavra posposta a essa pr·eposição venha
no ablativo: cum fratre (com o irmão), orare
cum lacrimis (=rogar com lágrimas). Tratando-
se de pronomes pessoais, a prBpOSIÇao com se
coloca depois do pronome n.o ablativo e não an-
Les; não se dirá, p.ortanto, cu·m me, cum cnm te,
se etc., mas mecum ( = c-omigo), tecu,m (= contigo),
secum (=consigo, sempre reflexivo), nobiscnm
( = conosco), 1JO biscum ( = eonvoseo) (1 ).

QUESTIONÁRIO
1- Quê é pronomo?
2 - Em quantas classes se dividem os pronomes?
Quais são?
(1) V. Gramdtioa Metódica da Líng!UJ POTtug11esa, § 304.
-:>·

182 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGU~ L.\TINA

:3 - Quê outro nome toom os pronomes substantivos?


4 - Quê são pronomes pessoais?
5 - Como se dividem· em português os pronomes pes-
soais?
6 - Quê são pronomes pessoais mtos? Exemplos.
7 - Quê são pronomes pessoai:s oblíquos? Exemplos.
8 - Diga todos os pronomes pessoais portugueses.
9 - ComQ se diz em latim para mim, para ti, para i:d, ·
para nós, para vós?
10 - O pronome latino da 3.a. pessoa tem uma só for-
ma para o singular e para o plural?
11 - Traduza em latim comigo, contigo, conszgo, co-
nosco e convosco.
12 -- Diga, na ordem das pessoas gramaticais, o acusa-
tivo de todos os pronomeB pessoais.
13 - Como so diz em latim de mim, de ti, de si?
14 - De nós e de vós de quais maneiras posso traduzir
em latim? Quando de uma, quando de outra?
15 - De·cline, ao mesmo tempo, caso por caso, todos os
pronomes pessoais latinos.
16 - Quê cuidado devemos tor no traduzir para o latim
os nossos pronomes me, te, nos e vos? (V. n. 4
do § 182). ·

EXEUCíCJO 41
Tl'aduzir em português

VOCABULÁRIO

r.oeno, are - jantar imprõbus, a, urn - mau


c.ommendo, are - recomendar hutru- (prep., rege ac.) - entre
oompos, ütis - únhor memoda, ae - lembram;.a
obtempero, are (rel.) - obedecer
eras (adv.) - atoonhã
omnipõtcns, entis - onipotente
frumentwn, i -- trigo podo, are - levar, trazer, trans-
habeo, cre - ter portar
Helvetii, orwn - he/1Jécios Sequàni, orum - séquanos

1 ~ Ego e-t frater ambulamus.


2 -- Caesar tres legionoo secum habobat.
,.:·<..; ...... _ : ..-·
' . ~··~·'' .'

LIÇÃO 36 - PRINCIPAIS FORMAS PRONOMINAIS 183

3 Omnia mea mecum porto (§ 136, B, ob. 4).


4 Cicero a me laudalur.
[> Cras tecum coenabo.
6 ~ Irnprõhi (!) sibi semper obtemp(h"ant ( 2).
7 ~ Helvetii frumontum ómne secum portabant.
8 - Helvetii et Sequani obs'ídos inter sBse (3 ) dabant.
9 - Tibi nos commendabiL magiste-r.
10 - Tihi, Deus omnipotens et justissime, obtempera-
mus.
11 - Sapiens sui e:>t campos.
12 - Memoria vesLri sernpor parentihus mc1s jucunda
cs.t.
EXERCíCIO 42
Traduzir em latim

VOCABULÁRIO

combater - pugno, are pre~ente - munus, cris n.


mandar - impero, aro (rel.) . professor -- praeceplor, õris
podm· (subst.) - imperium, ii n. venem· - supero, are
1 -- Vós nos amais, nós vos amamos.
2 ---:--- Tu jantarás comigo amanhã.
3 O general levará consigo três legiões,
4 ~ Os maus combatem entro si.
5 - Os alunos me obedecem e me louvam.
6 - Dar-vos-ei, menino, um pr-esente.
7 ·- Um de vós dará um presente.
8 - Nós seremos louvados, vós s-ereis recríminados.
'9 -- Mandar em si é o maior poder (•).
(1) Adjetivo empregado subs'tarutivarnenle -.. V. Gramática Metódica
da Lfngua Portuguesa, § 203, 2.
(2) Obtemporarc sibi ~~ obedecer a Bi próprio, s€guir a própria inclinação ..
(3) A preposição inter (entre) rei!'O acusativo.
(4) Maior ~ cnm!>ardtivo; maíor, U3.
O maior - su~rlativo: tnaxim11J, a~ um.
~

184 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

• 10 - Um de nós dará o pre,sente.


11 - Você (§ 182, n. 6) nãD obedece aos teus professo-
res, eu obedecerei sempre.
12 -···· Os inimigos serão vencidos por nós.

IJIÇÃO 37

3.a C ON JU G A ÇA O A T I V A E P A S S I V A
(NOÇOES)

183 -- A 3.a eonjugação latina apresenta diferenças


mais pronunciadas. Em primeiro lugar saibamos que o
infinito termina tambem • erh ere, mas essa terminação
nunca pode ser aeentuada. Na 2." conjugação o ere do
infinito é aeentuado (ere), mas na 3." o ere é sempre
átono (llre).
CDmo distinguir então um verbo da 2.a de um ver-
bo da 3."? Distingue-se pela 1. 11 pess.: do sing. do in-·
dicativo presente; os verbos da 2." terminam em eo
nessa pessoa, ao passo que os da 3." nunca teem essa
terminação. Exemplo: prohibere será da 2."- ou da 3.a
conjugação? Recmrendo ao dicionário vemos que a l,n
pess. do sing. do ind. pres. termina em eo (prohib'éo);
o verbo é portanto da 2." e a terminação do infinito é
longa, conseguintemente aoentuada: prohibere.
Legere será da 2.a ou da 3."? Consultando o tlir,io-
nário, vemos de,sde logo que a l.a pess. do sing. do ind.
pres. não termina em eo; é; portanto, da 3.a conjugação,
e a termimu;,ão ere é, conooguintemonbe, breve: leg'êre
(légere).
Outra diferença entre os verbos da 2."' e os da iJ.a
T.lÇÃO 37 -~ a.o. CONJTTG!.. ÇÀO ATIVA E PASSIVA ~ NOÇÕES 185

oonjugação está na 2.a pess. do sing. do ind. presente;


os da 2.a teem essa pessoa em es (deles, mones, times,
supples etc.), ao passo que os da 3.'" teem essa I.IQSsoa
crn is: legis.
184 -- Alem dessa.<:. diferenças, há outras particula-
ridades na 3.". conjugação, que o aluno atento e estu-
dioso logo notará. Conjuguemos, nos tompos até agora
conhecidos, o verbo lego, ere (=ler), paradigma da 3.a
conjugação:
presente do indicativo
ativo L= leio) passivo (=sou lido)
IAg o leg or
leg s leg e ns
Ieg t leg i tu r
leg i mus leg mur
leg i tis leg mini
leg u nt leg u nt.ur

pretérito imperfeito do inilicati11o


ativo (=lia) pa11sivo (=era lido)
leg é ba rn leg c ba 1 r
leg il ha s leg e hã ris
leg e ba leg e bã tu r
leg e bã mus leg () Lã. mur
leg e hã f.iR Jpg e ba mini
leg e ba nt leg e bá ntur

{ttluro imperfeito
ativo ( = lerei) pa.ssko ( = serei lido)
leg I a
lcg e
Is m lc~
leg
· a
e
I r.
ns
leg P- leg e tu r
Ieg
leg
e
é
I mus
tis
leg
leg
c
e
mur
míui
leg e nl leg e ntur
11$ NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

QUESTIONÁRIO
1 - Os verbos da 2.a conjugação terminam no infinito
em ere; os da 3.a tambem em ere. São na realidad~
iguais essas terminaç,õ·es? Resposta completa c
exemplificada.
2 - Dentre outras diferenças, quais as duas principais
entre um verbo latino da 2.n. e um da 3.a conju-
gação?
3 - Diga qual é o infinito dos seguint€8 verbos, dos
quais apresento a 1." e a 2.a pessoa do singular
do indicativo presente: placeo, es - cado, is -
duco, is - sino, is - misceo, es - seco, as -·- fa·.
veo, es - sedeo, es - sono, as - surgo, is - ri-
deo, es - frango, is - domo, as - video, es -
peta, is - rnaneo, es- fluo, is- bibo,. Lq - veto,
as - prandeo, es - vivo, is.
4 - O futuro da 1. 4 conjugação e o da 2.a é bastante
semelhante, não é verdade? E o futuro da 3.a apre-
senta diferença? Qual?
5 - Diga o presente do indicativo ativo de todos os ver-
bos da pergunta 3.
6 - Conjugue esses mesmos verbos no presente do
indicativo passivo.
7 - Ainda os mesmos verbos no imperfeito ativo e passivo.
8 - Conjugue no futuro ativo os seguintes verbos: ve-
to, a.s - video, es e vivo, is.
9 - Conjuguo no futuro pa,ssivo os verbos domo, as
- video, es e duco, is.

EXERCICIO 43
Traduzir em português

VocAJlULÁRIO

anülus, i (annülus, i) - anel avaritia, ae - avareza


arguo, arguere - acusar caecus, a, um - cego
assidüus, a, um - contínuo, as- comnuno, iírc -- gastar
síduo duco, ere - conduzir, comamdar
~:a~Ji~r;!~;~~-~~:?~!P~~~::;~-~~~:;:~=~~~- ~?~r:-·:·;~~-~~-~~~~-~:;~:~~~~~-t~~~~:~~~:~~~fT
uÇxo 37 - 3." çoNJUGt..çÃo 'ATIVA E PAsstvA - :NoçõEs 187

facinus, õris n. - açãCJ molesti.a, ae - miséria, pena


ferreus, a, um - de ferro neque... neque - nem... nem
inopia, ac - carênCÜl, necessi- rego, ere - governar
dade relínquo, til'fl - aiJandonar, dei-
insatiabilis, e -· insaciavel xar
minüo, minuere - demirndr USUS, US - · U80

1 - A DG'O reg 1m ur.


2 Tu exercitum duces.
3 ··- A filiis meis relinquar.
4 ,---- Caecus (1 ) a cane dm'lebatur.
5 - Vita.o molestiae spe minuuntur.
6 Saepe otiam v i ri bani ab improbis hominibus ma-
lorum facinorum arguuntur. ·
7 - Ferrens assiduo consum'ítur anülus usu (Cuidado
com a ordem dos termos; nã.o se esqueça de que
o adjetivo deve esiar sempre no mesmo caso do
substantivo a que so refere). ·
8 Avaritia semper insatiahilis e~t: nequc copia ne-
que inopia minu'ítur_

EXERCfCIO 44
Traduzir ern Iniim

VOCABUL.-í.RJO

amar ~ diligo, ére negóeio - res, rei f.


dirigir - rego, 1:\l'C porque --- quia
estimar - dillgo, ere precioso - carus, a, um
l~r - lego, ere sacrificar - eaedo, erc

1 _:._ Estimamos (nosso) pai e (nossa) mãe, porque nos


dão todas as coisas boas (§ 136, B, oh_ 4).
2 ·- Três mil homens se·rão :sacrificados (§ 171, 18, b)-
3 --:-· Meus negócios s·erão dirigidos por Deus.
{1) Adjetivo eub.,taut,iva.lo ··- V. Grarrnit~<,,, Metôdka da Língua l'or·
tY-gu('Sa, § 203, 2.
Ü38 NOÇÕES FUNDAMENTAIS--DA I.iNGUA LATINA

4 -- Os poemas de Homero &erão sempre lidos.


5 - Muitos de nós são felizes, muitos de vós infelizes.
6 -~ A pá.tria nos é mais predO&'l do que a vida-..
7 - Amo (meus) pais, porque são para mim os Rmigos
mais fiéis (superlativo).
8 - A esperança dar-te-á força.

I .. IÇ AO 38

P R I N C I' P A I S A D V É R B I OS
E PREPOSIÇOES

185 --- Quê é advérbio? .,tdvérbio é t.oda a palavra


que se coloca junto de um verbo para modificar a ação
que o verbo exprime; pode-se lambem empregar o ad-
vérbio para modificar um adjetivo ou, ainda, para mo·
d ifícar outro q.dvérbio.
Quê se entende em gramática pela palavra modifi-
car? Uma palavra modifica outra, quando lhe acrescenta
uma idéia. Por exemplo, dizendo «menino bQm », a pa·
lavra bom modifica a palavra menino, porque lhe está
acrescentando uma idéia; bom é nesse caso adjetivo,
uma vez que está modificando um substantivo.
Se a palavra que modifica substantivo se chama
adjetivo, a palavra que modifica verbo, adjetivo ou
outro advérbio chama-se advérbio. Ex.s: {(O orador fa·
lou admiravelmente» - Nes.te exemplo, admiravelmente
é advérbio porque modifica o verbo falou, indicando a
maneira pela qual foi praticada a ação de falar.
«Rosas m'l.âtu brancas)) - Muito é advérbio porque
modifica o adjetivo brancas, reforçando essa qualidade.
WÇÃO 38 - PRINCIPAIS ADVÉRBIOS F: PREPOSIÇÕES 189

«Ele chegou muito cedo>> --' Cedo já é advérbio,


porque modifica o verbo chegou, mas, }XIr sua vez, está
sendo roforçado pela palavra muito, quê, portaJJto, A
tamhem advérbio.
186 - Os advérbios se distribuem em grupos, se-
gundo a circunstância que indicam. As principais cir-
cunstâncias que os advérbios podem indicar são as
seguintes: lugar, tempo e modo (1). Vejamos alguns do::;
advérbios latinos quo indicam ~ssas circunstâncias:

1 - Lugar:
ubi=ondo
quo= para onde, aonde
unde = donde, de onde
qua = por onde
Ubi (=onde) emprega-se oom verbos que indicam
permanência ( eslar em um lugar, permanecer em um
lugar, ficar em um lugar).
Quo (=aonde) emprega-se com verbos que indi-
cam movimento (ir a um lugar, dirigir-se a um lugar).
Unde (= donde) omprega-se com verbos que indi-
cam proveniência (vir de um lugar, sair de um lugar) ..
Qua (=por onde) emprega-s,e para indicar passagem
(passar po_r um lugar, ir por um lugar, andar por um
lugar).
2 -~Tempo:

dU1n=enquanto (durante o te-mpo em que)


semper =sempre-
nuno=ag-ora
hodle =hoje
(1) V. GratrUitic.u. Metód-ica da Lfng1ra Portuguesa, § 423.

7 Noções Fut~d. da Linu= Latíoo


191} NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LfNGUA LATINA

eras= amanhã
cotidk =todos os dhs
prid·'íe = na véspera
P.Ostrid'ie =no dia segnínte
dm"nde =depois, em s'eguida
.'laepe =muitas ve~es
-diu =por muito tompo
simul =ao mesmo tempo

3 - Modo:
bene=bem
male=ma!
fac'íle = facilmente
ditfic'lle =dificilmente
forHter = fortemente, corajosamente
/elie'iter = felizmente
prudenter =prudentemente
quo que= tambcm
187 - Quê é preposição? Preposição é toda a pa-
lavra quo serve para ligar duas outras. Ex.s: Fui com
João a vários lugares (1 ). - Toda a. preposição, portan-
to,. liga palavras: substantivo a substantivo, substantivo
a adjetivo, substantivo a verbo etc ..
A palavra que vem dep(Ús da preposição chama-se
regime. Isso quer dizer que as preposições regem, isto
é, subordinam. Como em latim a regência é indicada
pelos ca;Sos, importa saber quais os casos que as pre-
posições regem, isto é, em que caso deve estar em la-
tim a palavra que depende de uma preposição.

(1) Ni!.o confunda prEposição (G.• categorU. g<anmtical) com prOpoBição


(:.:::·.sentença, nrd.ção).
LIÇÃO 38 - PRINCIPAIS ADVÉRBIOS E PREPOSIÇÕES 191

NoTA - Quando a preposição so constitue.


de mais de uma palavra, chan~a-se locução prepo-
sitiva: alern de, por cirna de, aquern de (t).
188 - Em latim as preposições &ó pDdem reger
dois casos: acusativo e ablatívo.
1 - Algumas preposições que somente regem ~cu­
sativo:
ad per
ante post
apud propter
eis supra
erga trans
extra
inter

2 - Algumas proposições que somente regem abla-


tivo:
a ou ab e ou ex
cum pro
de sme

189 - A preposição in, muito usada em latim, rege


ora acusativo, ora ablativo:
l - rege acusati·vo quando empregada com verbos
de movimento; o in neste caso se traduz por para, con-
tra (eo in urbem =vou para a cidade; in cedere in has-
tes= avançar contra os inimigos);
2 - rege ablativo quando empregada com verbos
que indicam permanência; o in neste caso s·e traduz por
em: sum in urbe =estou na cidade.
190 - A) Como o significado das prepo:üções é
variavel, iremos ver o S·eu empvego nos exercícios, no-
(1) V. Gramátiw Metódica da Lingua Pmtuy11esa, § 433.
19Z NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍ;o;GUA LATINA

tando-se que algumas delas já nos são conhecidas (a,


ab, curn).
B) nevemos observar ainda o seguinte: Muitas lo-
cuções prepositivas portuguesas traduzem-se por uma
prepDsição constituída de uma sú palavra em latim.
Ex.s: em lugar de= pro; por cima de= BUpra. O aluno
inteligente deve ver que o de que finaliza as locuções
prepositivas portuguesal'l não significa que a palavra
lati.na deva ir para o genitivo; se por cima de s'e tra-
, duz por su..pra, a palavra latina deve ir para o caso
que o su..pra exige: por cirna da tenda= supra taberna-
auh~;m (a cus.).
C) E' muito oomwn a seguinte colocação em latim:
varias per regio-nes (=per varias regioncs), dulci sub
melle (=sub dulci mellc). Não deve tampoucD atrapa-
lhar-se o alun.o com. colocações como ~ta: In Taclti
libra, que equivale a: In libra Ta ci ti (=no .livro de
Tácito).
QUESTIONÁRIO
1 - Quê é advérbio?
2 -- Quê se entende por modificar, quando s.e diz que
uma palavra modifica outra?
3 - Redija três frasP.s ou oraç,ões, na t.a das quais
o advérb~o muito modifique um adjetivo, na 2.a
o mesmo advérbio modifique um verbo, e na 3.a
aiillda o mesmo advérbio modifique outro advérbio.
4 - Como se diz onde o como se diz aonde em latim?
Qual a diferen-ça de sontído e de emprego entre
esses advérbios d-e lugar?
5 --.. Quê significam os advérbios nnde e qua e quan-
do se empregam?
6 - Hoje, amanhã, agora e depois como se lraduzem
em latim? Diga outros advérbios de tempo em
latim.
L!ÇAO 38 - PRINCIPAIS ADVÉRBIOS E PREPOSIÇÕES 193

7 - D~ga cinco advérbioo; do modo em latim.


8 - Quê é preposição'?
!9 - Quê é locução prepos~tíva?
10 - Quê caso as preposições podem reger em latim'?
11 - Gle algumas preposições que regem acusativo.
12 - Cite algumas preposições que regem ablativo.
13 - Quanto à· regência, quê diz da preposição in?
Resposta oomplota e exemplificada.

EXERCtCJO 45
Traduzir em português

VocABULÁRIO:

ab (abl.) , · por, de (§ 93) in - V. § 189


ad (ac.) - para mi - vocal. sing. masc. de
AEgyptii, orum - egípcio~ meus, a, um
aer, aeris - ar moveo, i\re - mover
animus, i -- atenção negolium. ii n. - negócio, coisa,
apud (ac.) - entre ocupação
attentissime (§ 155) - ateniis- observo, are - obsen•ar
sima,mente oratio, onis ~ discurso
Brutus, i - Bruto prwlenter -~ prudentemente
converto, ére - voltar quo -- para onde
eras - amanhã quoq11c - tambcm
curo, are (irmM.) - cuidar de ubi - onde
domestrcus, a, um - doméstico nrbanus, a, um - urbano, de o·i-
oximie - ma,gnificam~<nte dade
extra (ac.) -~ fora de vado, ere - caminhar

1 -- Cras ad urbana negotia animum convertam.


2 ~ AL haste timebar.
3 - Viri in agris ambulabant.
4 - Ubi es et quo vadis?
5 - Ciceronis oralioncs a Romanis attentissime le-
geban.tur.
6 - Juvenes :senum praecepta prudenter observant.
7 ~ Tu quoqne, Brute, fili mi?
194 NOÇÕES FUNOAMBNTIIIS llA LÍNGUA LATINA

8 Apud veteres AEgyptios Ieminae negotia extra do-


mos, viri domos et res domesticas curabant.
9 - Aer movetur nobiscum.
10 ~· In Tacirti Iibro more-s. vetmum Gennanorum cxt-
mie laudanLur.

EXERCICIO 46
Tt•aduzir em latim

VocABULÁRIO

alem de - lrans (ao.) habitar - hablto, are


ao mesmo tempo ~ simul irnagem -- irnii.go, inis
aquem de - eis (fw.) imolar - irnmolo, are
Aquitânia ~ Aquitania, ae ir - pertinére
até - ad (ac.) no (=em-j-o) ·-V.§ 189
bené·volo - beneficus, a, um o maior (super!. de grande)
brilhar - fulgoo, ei'e
v. § 1!i4
para com - erga. (ac.)
carta - opistõla, ae
piedade - pilHas, ãlis
eontra - in (ao.) Pirenéus - Pyrenaeus, i (lfing.
costumar - ooli:ío, ere e pl.)
dentre - inter (ae.) por cima de ~- supra (ac.)
·llesde - a (ou ab ), abl. Ueno ~ Hhcnus, i
det;er (verbo) - deMo, ere rio ~- flumen, iniH n.
ditar - dicto, are solne (=acerca de, a re.~páto
diverso - plurimus, a, um di') - de (abl.)
em lugar de - pro (abl.) sucvos - Sucvi, orum
escrever - scribo, ere tenJ<.~, ·- · tabcrnuciílurn, i n.
excitar - inflammo, are velhice - senectus, ütis
Garona - Ga.rumna, ae (rio) 1-"itima - victima, ae

1 - O mesttre passeia no jardim com (seus) filhos.


2 - Cesar costllilllava ditar diversas cartas ao mesmo
tempo.
3 - Os suevos habitavam alem do Reno, os g;urleses
e os helvécios aquem do Rooo.
4 - Devemos ser b-enévolos para com todos.
·.: .· ..
· LIÇXO 89 - 4.• CONJt:GAÇÃO' ATIVA E PASSIVA....;... NOÇÕES 195

5 - Dentre todas as virtudes, a justiça e a piedade


são as maiores (supe-rl.).
6 - Por cima da tenda de Dario brilhava a imagem
do ool.
7 - A Aquitània ia desde o rio Garona até os montes
Pircnéus.
8 --- Escreveremos livros sobre a amizade c sobre a
velhice.
19 - Os gauleses imolavam homens em lugar de ví-
timas.
10 - O orador excita o povo contra os maus.

LIÇÃO 39

4.a C ON J U GA Ç A O A T I V A E P A S S I V A
(NOÇOES)
191 -- Facil é identificar um verbo latino perten-
cente à 4." conjugação:
a) a l,a pessoa do sin.g. do indic. presente termi-
na em io,:
l>) o infinito ttwmina em "ire, terminação sempre
longa e, portanto, sempre aoentuada no i;
c) a vogal caraterística da oonjugação é i, que so
conserva em todas as formas v·erbais.
As terminações do futuro são as mesmas da 3." con-
jugação.
192 -- Deve o aluno habituar~oo, desde a primeira
lei·tura da conjugação de um verbo, a acentuar correta-
mente todas as formas verbais; parit isso, é bastante
ob::;ervar com atenção as siglas (sinais de quantidade)
que sempre venho colocando na penúltima sílaba de cada
196 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LfNGUA LATINA

forma verbaL Conjuguemos, nos tempos até agora co-


nhecidos, o verbo audío, audire (=ouvir), .paradigma
da 4.a o últ.ima conjugação latina:

presente do indieativo
ativo (=ouço) passivo (= sou ouvido)
.aud o aud or
aud ),! aud ris
a.ud nud Lu r
aud mus aud mur
aud tis aud mini
aud unt aud üntur

pretérito imperfeito do indicat·ivo


ativo (=ouvia) passivo (= era ouvido)
aud e h a rn aud e ba r
aud e ha s .aud e bã ris
aud e ba t aud e bã tu r
:turl e bã mus aud e bã mur
aud e bã tis aurl c ba mini
aud e ba nt aud e hn ntur

futwro imperfeito
ativ() ( = ouvirei) passivo (=serei ouvido)
aud a m aud a r
aud e s aud 1i ris
aud e aud e tu r
aud 6 mus a\lil e mur
aud e tis aud e mini
aud e nl aud e nlur
193 - O subjuntivo presente das quatro conjuga-
ções latinas muito so ass·emelha ao das conjugações
portuguesas. O subjuntivo presente português de am(tr
é ame, ames, ame etc., com e na terminação; pois bem,
essa mesma vogal deve aparecer na terminação do sub-
juntivo presente latino dos verbos da l.a conjugação:
amem, ames, amet, amemus, ametis, ament.
LIÇÃO 39 - 4.a CONJUGAÇÃ.U ATIVA E PASSIVA- NOÇÕF,S 197

Os verbos portugueses terminados em er e em ir


terminam no subjuntivo presente em a; essa mesma vo-
gal aparece em todos os verbos latinos terminados em
ere (tanto da. 2.a quanto da 3.a conjugação) e em ire:

presente do subjuntivo ativo


l.a conj. 2."' conj.
am c m dei e a m
am e s de! eIa s
am e t de! e a t
a.rn ê mus !lei c ã mus
am
am
ê
e
tis
nt
de!
de!
e
e !I nl
tis

3.a conj. 4.a cm~j.

leg a m aud a m
leg a s aud a s
leg a t aud a t
leg ã mus aud i!. mus
leg ã tis aud ã tis
leg a nt aud a nt

presente do subjuntivo passivo


1.a conj. 2.a conj.
mn e r de! e a r
am ê ris dei e ã. ns
am ii tur del c ã. tu r
e rnw· de! e mur

~I
am
am e mini dei e mini
am c ntm de! c ntur

3.a conj. 4." C01!J.

leg
leg
~
a.
Ir aud
aud ãa I risr
I
I TIS
lcg
leg
leg
leg
ã
ii.
a
ã
'tur
mur
mini
ntur
am1
aud
aud
aud
ã
ã
a
ã
l tur
mur
mini
nh1r
1
.~ .. -· . ·. ~- .
198 NOÇÕES FUNDAMENTAIS ll.\ LÍNGUA LA"l'lNA·

194 -- Suponhamos que o aluno tenha dificuldade


para conjugar urrl verbo. regular de qualquer das qua-
tro conjugações, nos tempos estudados. Deverá recor-
rer à conjugação, da seguinte maneira: Precisando con-
jugar o verbo comper'ío, ire {= conhecer, descobrir) no
futuro passivo, ele comparará esse .verbo cóm o para-
digma da 4." conjugação, aplicando ao verbo que pre-
tende conjugar as mesmas diferenças sofridas na termi-
nação do infinito do paradigma:
aud-irc aud-iar
cO!uper-iro - comper-rar

Outros exempkJ.s:
futuro a. ti v o de lf'g- ijrc leg-am
futuro a. ti v o de dcscrib -erc. describ-am •:cl

2." pes11. pl. subj. pres. passivo de dcl-ero del-eaminí


2.a p1388. pl, SUVj. preB. passit!O de ohsid-cre - ohsid-camini

195 - Para encerrar estas NOÇOES de conjugação


de verbos latinos, vejamos uma observação muito im-
portanto, tomando por base o mesmo verbo comperio, ·1
que· vimos no § anterior . Nenhum aluno terá dificul-
dade em ler ou recitar a t.a pessoa do singular do in-
dicativo presente - comperio; o acento cai no e (corn-
pério), urna vez que o i, que constitue a penúltima
sílaba, é breve {V. § 43, nota 3). Veja, no entanto, o
aluno que esse verbo na 2.a pessoa do singular do indi-
cativo presente é comperiB;. pergunto: Onde cai agora ,
o acento? -
Temos portanto em nossa frente uma dificuldade,
que só o bom dicionário poderá resolver-nos; o e cons-
titue agora a penúltima sílaba e precisamos saber se
ele é longo ou breve. No Vocabulário deste livro sem-
.,.··.··-...:.· -· · .. ·,'

LIÇÃO 39 - 4.a CONJUGAÇÃO ATIVA E PASSIVA- NOÇÕES ··199

pre encontrará o aluno essa ind'icação, para que saiba


se a vogal deve ou não ser acentuada, quando constituir
a penúltima sílaba da forma verbal: cornp't!ri.o, ire.
indieati11o presente pronúncia
compcrio rompério
oomperLq cômperis
cowperit côrnperit
rompcrimns comperímns
comperilifl compcrítis
comperiunt compóriunt

NoTA - Esse cuidado precisamos ter em to-


das as conjugações; saiba conjugar, com acento
correto, verbos que no texto süo encontrados em
formas que não oferecem difiwldade de acentua-
ção. Consultando o Vocabulário, veja a que con-
jugação pertencem e como se conjugam, no indi-
eat.ivo pre-s-ente, verbos encontrados nestas for-
. mas: convocamus, refngabo, renwnetis, commove~
1nur, obsideor.

QUESTIONÁRIO
1 - Os verbos da 4." conjugação latina como termi-
nam no infinito?
2 - Comparando as quatro conjugações latinas, quê
diz das desinências do futuro?
3 - Qual o paradigma da· 4.a conjugação latina?
4 - Conjugue-o no indicativo presente ativo, tendo o
máximo cuidado com os acentos.
5 - Conjugue, no presente do indicativo passivo, o
verbo saneio, sancire (=ratificar).
6 - Vir traduz-:-;e em latim por 1)enio, 'l.lenire; diga,
em latim, vinha, vinhas, vinha, etc ..
7 ~ Guardar é em latim cu:ilodio, ire; como se diz em
latim era guardado, eras _qu,ardado, era guardado
etc.?
200 NOÇÕES FUNDAMENTAlS DA LÍNGUA LATINA

8 --· Sepelio, ire quer· dizer sepultar; como se diz em


latim sepultarm~, sepultarás etc.?
9 - Diga em latim serei sepultado, serás sepultado etc ..
10 - Conjugue no subjuntivo presente ativo os para-
digmas das quatro conjugações latinas.
11 ·· Conjugue-os no subjuntivo presente passivo. Nesse
tempo, como se traduzem?
12 - Tendo o máximo cuidado C',om os acentos~ diga
qual é a 2.n pess. do indicativo presente dos se-
guintes verbos: invoco, are - remaneo, ere -
concino, ere ·- sepelio, ire (Consulte o Voca-
bulário).
13 - Conjugue esses mesmos verbos no subjuntivo pre-
sente ativo.
14 ~- Conjugue no indicativo presente ativo os verbos
obs'iu'éo, e,·e e 1·eperw, ire.

EXERCíCIO 47
Traduzir em português

VOCABULÁRIO:

Augustus, i ~ Augusto Horatius, ii Horácio


cmno, erc ~ conhecer, perceber, inscilia, ae - inexperiência
distinguir nidus, i - ninho
commentarium, ii n. ~ comen-
periculum, i n. perigo
tário
describo, ere ~descrever, relatar pigritla, ae ···- preguiça
factum, i n. ··· · feito, ação quielus, a, um - so;;segado,
gallicus, a, um (adj.) - gatdês tranquilo, quieto
Gennania, ae ~ Gp,nnânia suus, a, um -- seu

1 - Ancilla, pigritriam tuam domina castigabit.


2 ~ Horatius, poeta romanus, Augusti erat amicus.
3 - Quietos agrícolas tcrrcLunl pericula belli.
4 Clarorum virorum facta celeLrent poctac.
5 - Aquilae hahent nidos in altis arboribus.
6 ·· Ventorum vi a.gitatur mare.
7 ·~~ Pulcra snnlopera Ciceronis, magni oratoris (§ 178).
LIÇÃO 39 - 4.a CONJUGAÇÃO ATJVA E PASSIVA- NOÇÕES 201

8 Juv~num inscitiam senum regit prudentia.


9 Caesar magna facta in oommentariis de bello gal-
lico describit.
10 - Amicus certus in re incerta cernltur.

EXERCíCIO 48
Traduzil' em latim
VOCABULÁRIO:

ndministrar administro, are JU!Z -- juuex, íeis


alpendre ~ porticus, us f. lado ~ cornu_, u (§ 11fi)
audição -- audilus, us m. manter ....- servo, are
a11anço - impetu·s, us olfato - oliact.us, us
eausar - paro, are poder ( subst.) --- potcstas, at.is f.
raramente - raro
dnco - r. § 170
sombr-io - opaeus, a, um
comprido ~ longus, a, um
tato - tactus, us
dano - damnum, i 11.. tomar assento - sedilo, iire
encont1·ar - repério, ire tril.>unal - tribünal, ãlis n. (V.
firme - firmus, a, um § 110, a)
!lOSio ·- gustus, us visão -· .. visum, i n.

1 --- Temam os marinheiros tímidos o mar profundo.


2 - O amor das mães para com os filhos é grandD.
B --· J\luilos n:1vios estilo em poder ('in com abl.) do~
·inimigos.
4 · - As guerras sempre causarão grandes danos aos
habitantes das cidades e dos campos.
5 - Tomem assento o:s juizes no tribunal e adminis-
trem justiça.
6 Os homens Ü'lem cinco sentidos: visão, audição,
olfato, gosto, tato.
7 - As casas dos ricos tinham alpendres eompridos
e sombrios.
8 ·--~. O lado esquerdo do exéreitó romano sustente o
avanço dos inimigos.
21()2 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

9 - Os verdadeiros amigos mantcem fidelidade em to-


das as eoisas (in eom ahl.).
1O - Raramente se encontrarão amigos firmes.

LIÇAO 40

PRINCIPAIS CONJUNÇOES
E INTERJEIÇOES

196 - Quê é conjunção? E' toda a palavra que


serve para ligar orações. Vimos na lição 38 que a pre-
posição liga palavras; a conjunç.ão serve_ tambom para
ligar, mas, em vez do ligar simples palavras, liga uma
oração a outra oração.
« Pedw partiu e Paulo fiam»
La oração conjunção 2.a oração

197 - O estudo completo das conjunções, tanto em


latim quanto em português, é muito util o muito neces-
sário (1 ), mas iremos limilar-nos a ver as de uso mais
frequente o de emprego mais simples:
conjunçries Zatina8 correspondenln1 portuguesas
et
que
ac
II' -. . -. . e
atque
não só... mas
et... et . ~~nto._.~ qum1to
f Ja... Ja
neque . ttem (=e não)
nam pois, com efeito
non solum ... sed ctiam \
nrio soment~ ... mas ainda
·non modo... se1l etinm i
seu , . . . . mas

(.1) V. Ommátiea Met6dica da-Línmra Partugve~ra, § -t35 e s.-guintcs.


.. LIÇÃO 40 - PIHNCIPAIS CONJU~ÇÕES E INTERJEJÇÔF:S· 2().~

etiam . . . . tambem, airuJn


tamen, aWírner: . todavia, contudo
enim }
erg() . loya, portanto
igitur
quia l parqt!e
quod f·
ut para que, afim de que (o ·v. vai
para o subjunti·r:oj
ut, sicut como

198 - O estudo completo, léxico e sintático, das ·


conjunções requer certo tempo e apresenta certas difi·
culdades quo no momento não são de interesse ao nosso
estudo fundamental da língua latina. O emprego das
oonjunções acimá citadas é praticamente o mesmo das
conjunções correspondentes portugúesas. Notemos so-
mente o seguinte: O que (=el) sempre vem posposto
à palavra; a fras·e portuguesa Pedro e Paulo podemos
traduzir por Petrus et Paulus ou, indiferenlementc, Pe-
trus. Paulusque (pronuncie paulúskue); de Pedro e Pau-
lo= Petri et Pmtli ou Petri Pcmllque (paulíkue); das coi- .
sas hum4na8 e divinas = rerum humanarum et div-ina-
rum ou rerum humanarum di·vinarumque.
199 - Quê é interjeição? E' toda a palavra fJUe
denota uma manifestação repentina de nosso íntimo,
que exprime resumida c subitamente um sentimento
nosso: ai! chi! oh! ó - (V. o final do § 10).
As principais interjeições latinas são:
· O=Ó
oh =oh!
heu =ai
vae = desgraçado, infeliz
200 -Recapitulação e exposição resumida de
alguns COMPLEMENTOS:
204 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

1 - Complemento de lugar ONDE: in com ablativo:


estou na cidade= swn IN URBE.
2 ·- Complemento de lugar PARA ONDE: in com
acusativo: vo.u à cidade= oo IN URBEM.
3 -- Complemento de COJIPANHIA: cum e abla-
tivo: passeio com amigos= ambUlo CUM AMICIS.
4 ~- Complemento de tempo QUANDO: ablativo sem
preposição: no inverno= hihne; no outono= autumno;
ao raiar do dia = prima luce.
5 -·· Complemento de JNBTRUJJENTO ou MEIO=
=ablativo sem preposição: ferir com a espada= ferire
GLADIO. .
6 - Complemento AGENT'E -ou de CAUSA: a) abla-
tivo oom preposição, quando for ooisa (ser inanimado):
morrer de fome (=pela fome) = interire F AME --- b)
ablativo com preposição, quando for pessoa (ser ani-
mado): serei enviado pelo senado - mittar A SENATU.
7 -- Complemento de PROVENZ:gNCIA ou ORI-
GEM: ex com ablativo: tirar água da fonte= haúrire
aquam EX FONTE.

EXERCfCIO 49
Deve o aluno valer-se destes dois últimos exercí-
cios para recordação de muitas questões estudadas em
todo este livro, procurando lembrar-se da razão de ser
de cada complemento, de cada flexão, de cada caso, de
cada forma verbal etc., não se esquecendo de que este
livro tem um lndice Alfabético e Analítico.
Traduzir em português
VOCABlJf,ÁRIO:

ac - § 197 conservo, are - conservar


oommodltas, ãtis comodidade oonstans, antis - constante
eonci!io, are - f:atii'ar, conseguir contra (prep.-aeus.) - contra
LIÇÃO 4() - PRINCIPAIS CONJUNÇÕES E INTERJEIÇÕES 205

derelictio, onis - abandono perfugium, ii n. - refúg{o, abrigo


• dissimílis, e (rege dativo) - di- perturbo, are - perturbar
ferente philosophía, ae - filósofia
divinus, a, um -- divino praebeo, ére - oferecer
edo, ere - comet· res adversae, rcrum arlversarum
enirn - portanto, pois (§ 197) - adt•ersidab (=coisas ad-
et... el - V. § 191' versas)
heri (adv.) - ontem res sec.undae, rerum seeundarum
inops, õpis - indigente - prospel'idade (=coisas fa-
natura, ae - natureza voraueis)
neque (= el non) - nem (= fl scientia, ao - ciência
não) solatium, ii n. - conforto, em!-
non modo... sed etiam não solo
somente... mas ainda ut - para, afim de (v. 110 ~ubj.)
non solum... sed etiam não utilit~s, a.lis -- utilidade, inte-
somente... mas ainda resse
rauper, eris --- pobt·e vivo, P.rc - viver

1 ~ Virtus ct concil'íat a.mic-ítias et cons-ervat (§ 197).


2 -- Philosophla stientia est rerum humanarum dívi-
narumquo (§ 198).
3 Tullus Hostilius non solum Numae dissimllis, sed
ferocior etiam Romulo fuit (§ 197).
4 Communis utllitatis dcrelictio contra naturarri est;
est cnim injusta.
5 Edo ut vivam, non vivo ut edam.
6 Amicitia multas ct magnas habet commoditates;
secundas res ornal, adversis rehus perfuginm ac
solatium praebct.
7 Vir fortis et consfans non perturbatur rehus ad-
versis neque mortem timet (§ 200, 6).
8 Discipu1i diligentes laudantur et amantur semper-
que landabuntur et amabuntu r a pracceptorihus.
9 ~ Cacsar et Antonius non modo non copiosi ac di-
vltes, Hed etiam inopes ac pauperes sunt.
10 - Adventus amici rnei fuit heri omnibus nobis gra-
tissimus.
7 L> i.• Noções F~tl<i. r!" Lin(Jl!fl Lati1111-
""·'· ~···
..- ·~. ~:

,~.i· ... '. ~ ..... -. ' ..:: '. .


•_, 206 NOÇ0$S FUNf1A.MENTAIS DA LÍNGUA LA.THU _

EXERCICIO 50
Tra-duzit· em português_
VocABULÁRIO

Athcnienses, ium ~ atenienses non solum... sed etiam - não


atrox, õcis - sinistro, atroz somente... mas aínda. (como
attãmen - todavia, eontudo tambem)
Britannia, aé -- Britânia (Grã- ovis, is - ovelha
Bretanha, Inglaterra) pasclía, ac - pa.stagem
consilium, ii n. - conselho plurimus, a, um - o maia nu-
exiguus, a, um - limitado, pe- mm·oso, em maior quantidade
queno, exíguo (§ 158)
haberc lidem duci (dat.) - ter satur, üra, .ürum saciado
confiança no comandante -(133, 1)
in- § 200, 1 serenus, a, um - limpo (de nu-
j nventus, 1ltis - jMventuàe vens)
lllaximus, a, um - § 154 sum, esse - existir, estar
ffiQleslus, a, um - molesto timor, õris - receio, temor
molllo, ire - amolecer ut... sic - como ... assim

1 - In Britann\'a exiguus est dicrum serenorum nu-


merus (§ 120, ob: 1).
2 - Misera apud Romanos erat scrvorum condilio.
3 - Ovis ex pascuis sahira (200, 7) el )<J.cta sedet in
o vil i.
4 - Atrocia facinora quietos urbis incolas terrent.
5 Pater Antonii, discipuli mci, in celebri Haliae urLo
habltat.
6 Plurima et maxima aninialia 1 in mari sunt.
7 - Ut ferri durities mollitur igne (200, 6), sic homi-
n um durities mollitur püesi (113) artibusquo.
8 - Memoriam in juventute exerceamus.
9 ·- Athenienses non solum spem duci habebant ma-
ximam, sed etiam tirnorem.
10 - In senum consiliis (190, C) saepae est juvenum
salus; altamen consilia senum saepe juveníhus
molesta. sunt.
.. ·, ·...
~
-~-~· . : .·-:··

VOCABULÁRIO
LATTl\'l-PORTUGU~S

Abreviatnras:
abl. = alilativo n. =neutro
ac. = acusa.tho subst. =substantivo
f. = feminino v. =verbo
!~.
m. =masculino V. =Veja
f:
A ambillo, are - passear
amicitia, ae f. - amizade
ab (ahl.) - por, de (§ 93)
amicus, i m. - amigo
accipiter, acci}lHris - gavião
MU'llis, is (§ 113, 3) - rio
!.tccuso, are - acusar
amo, are (trons.) - amar, gos-
actiu, onis f. - ação
tar de
ad (ac.) - para, até
amor, õris - àmor
adhortalio, onis - exortação
ancilla, ae f. - escrava, serva,
administm, are - administrar criada
adventus, us - chegada, ·vinda, Ancus, i - Aneo
aproximação angustus, a, um - apertado, es-
aegrotus, a, um - doente treito
AEgyptii, orum - egípcios animal, ãlis n. - animal
aer, aéris m. - ar animus, i m. - disposição, inte-
ager, agri - campo ligência, espiri~o, ânimo, atenção
agito, are - agitar annus, i - ano
agnus, i -. cordeiro antiquus, a, um - antigo
agricl:ila, ac m. - agricultor Antonius, ii - Antônio
ala, ae f. - asa, ala anülns, i - anel
albus, a, um -- branco Apollo, inis ~ Apolo
alter, era, l:irum (§ 173, 5) - apurl {ac.) - entre
8egundo aqua, ae f. - água
altus, a, um - alto aqnila, ae f. - águia
alumnus, i - aluno Aquitania, ae - Aquitdnia
NOÇÕES FUNUA.MENTAIS DA LfNGllA. LA.TINA

aranea, ae f, - aranha Caesar, aris - Cesar


arbor, õrís - ár·/Jore calamrtas, atis -- calamidade
nrbusciila, ae f. - arbusto calcar, ãris 11. - espora
arguo, ere - acu8ar carnelus, i - camelo
Arístotéles, ís Aristóteles canís, is - cão
Arpinas, ãtis --- _{rpinale capillus, i - cabelo
ars, artis - arte - captivus, i - escravo, pns~oneiro
artus, us m. (.§ lUJ) - membro caritas, atis - caridade
Ash, ac - - Asia caro, carnis f. Ui 126) - carne
asinuE, i - burro carus, a, um - caro, precioso
assiduus, a, um ·- contíuuo. as- castigo, are ---· corrigir, castigar
síduo castra, orum n. (§ 72) - - acam-
Athena.e, arum (.§ 51) - Atenas
'[NLme'llto
attentissimc (§ 155) - atentis- casus, us m. aoaso
~-
si7Mmente Ca til in-a, . ae -Gatilina
alleJJtu,s, a, um- atencioso, cui-
causa, ac - causa
dadoso, vigilante celeber, hris, bre - célebre
Atticus, i - Ãtico
cell:\bro, are - celebrai'
auctorita~, atis - autoridade cclcr, cris, crc . -- célere
auditus, us m. - audição cerno, ere-- conhecer, perceber,-
Au-guõ>lus, i - Augusto
distinguil'
aurum, i n. - ouro certus, a, um - certo
a!N'Itral.is, e - mer-idional Cicero, õnis - Cíçero
auxilium, ii n. - auxilio Chnon, õnis - Gímon
avarilia, ac -- avareza
circundo, ãre - circundar
eis (ac.) -- nquem de
n civilis, e - civil
Belga.e, a rum - belgas civis, is ~- cidadão
bellicosus, a, um -- belicoso clarus, a, um - ilustre
belllcus, a, um - bélico claS~Sis, is f. - armada, frota
llellurn, i n. -- guerra clemens, entis - clemente
bencficium, ii n. - benefício coena, ae - ~"~'~feição
bendicus, a, um - benéfico ooeno, are - jantar
Llandus, a, um - lisonjei1'0 cogitatio, õnis f. ·- pensamento
bonum, i n. (sub.~l.) --- hem 'cohors, ortis f. - coorte
bonus, a, um (adj.). - bom r.-olor, õris m. - cor
bos, bovis (§ 126) - boi c-Olumba, ae - pomba
Brutus, i - Bruto c.ommcatns, us m. - meios de
transporte
commendo, are recomendar
c commentarium, ii n. - comen-
c-aecus, a, um cego tário
cacdo, cre .wwrificar comrnoi.lns, a, um - ·vantajoso
YOCABUL..Í..Rlü LATIM-PORTUGUÊS 209

commoveo, erc agitar dexter, tra, trum (ou tera, 11:\·


communis, e - comnm nun) - direito
com pl:iro, are pTeparo..r dicatus, a, um - dedicado
campos, õtis -- senhor dicto, are - ditar
eoncino, ihe - cantar, lonVILr rlies, diéi (§ 120, ob. 1) - <lia
concordia, ae - concórdia di!igens, entis - diligente
conditio, õnis --- condição diligent.er -- lli!igenlemente
eonfragosus, a, um - áspero, ín- dillgo, ere --- amar, estimar
greme dilucTde - claramente
conscicntia, ao -- coneifincia dimico, are - lutar
consul, ülís consu.Z dis, dHe (136, A, ob. 4) rico,
con.sumo, ere - gastar
opulento
converto, crc - ·voltar
convõco, are - convoca~· discipülus, i discípulo
copia, ao (V. § 50) - abun- ditior - comparativo de dives
dância diversns, a, um - diferente
copiosus, a, um - t•ico dives, His rico, abagfado
cornu, u (§ 116) ··· lado divino, are -- pressagiar, antever
carona, ae - coroa do, dare - dm', proporcion<J..r,
corpus, õris n. -.- cMpo co. usar
eras, adv. -- amanhã tloceo, i're - ensiH(!r
creo, are - nomear dolor, õris m. - dor
culpa, ae - culpa domesticus, a, nm -- doméstico
cum (rege ahlat.) com domicilium, ii - domicílio
cur? - porq1~ê ? domina, ae - senhora
curo, are (trans.) -- cuidar de domlnus, i - senhor
custodia, ae - guarda domus (§ 117) t;asrL
!.'ustos, õdis - guarda dubius, a, um - du,vido~o, in-
certo
D duco, erc --- conduzir, conu.mdal'
damno, are - condenar duo, ae, duo (§ 171, 2) - dois
tlamnum, i n. - dano duritres, ei - dttreza
Darius, ii - na.rio dux, dncis - comandante, gene·
tle (abl.) - acerca de, a res- ra!, chefe
peito de, sobre
E
deueo, i1re - de·;;er
delecto, are - deleitar, encantar elõquens, entis eloquente
deH!o, érc - apagar, destruir epistõla, ae --- carta, epístola
dcscribo, cre - descrever, re· eques, equrtis - cavaleiro
lata r equus, i m. - cavalo
desidl:\ro, are - desejar erga (aa.) -·- para ·com
Deus, Dei (§ 74) - Deus eruditus, a, um - 11rudito
devoro, are - devorar el - e
. .

210 NOÇÕES -·FUNDAMeNTAIS DA LÍN<ÚJA Lf.TINA

cliam tambem iluvius, ii m. - rio


Europa, ae - Europa foedus, eris n. - tratado
exemplum, i n. - exemplo forarocn, inis n. - buraco
ex:ercoo, ere - exercitar formido, are - temer, recear
· exercitus, us m. - exército fort:i.s, e - corajoso, forte
eiimie - magni/icamente fortuna, ae - fortuna, sorte
existimo, are - apreciar fr·ater, fratris - irmão
exitus, us m. - ?·esuU<Zdo frons, n tis - fronte
explico, 1tre -- explica1· fructus, us m. - fruto
expugno, are - subjugar frurnentum, i ,n. -- trigo
externus, a, um - externo fuga, ae - fuga
extra (ao.) - fora ile fugo, are - afugentar, afastar,
por em fuga
F fulgens', entis - refulgente
fabtíla, ae - fábula
fulgeo, ére - brilhar
fulmen, Inis n. raio (descar-
facies, ci - face, aspeto
ga elétrica)
facinus, õris n. - ação
fundamentam, i n. - fundamen·
factum, i n. - feito, ação
to, base
facultas, atis - faculdade, força
!urfüres, um (m. pl.) - farelo
falsus, a, um - falso
futucus, a, um - futuro (adj.)
fames, is - fome
ielix, íeis - - feliz
femina, ae - mulher
fere - quase Galli, orum - gaulese.,
ferox, õcís - intoleravel Galli.a, ae -·- Gália, França
ferreus, a, um - de ferro, fér- gallicus, n, um - gaulês
reo gallina, ac - galinha
ferrum, i n. - ferro Garumn.a, ae m. · - Carona (rio)
fessus, a, um - cansado gener, eri __ · genro
festus, a, um - festivo, de festa genus, eris n. - gênero
fídeli.s, e -.: fiel Germani, orwn - germanos
fides, fidei - fidelidade Germani.u, ae - Germânia
fidus, a, um - fiel glis, glids - arganaz
filia, ae (§ 75) - filoo gloria, ac - glória
!filius, ii (§ 71 e 75) -- filho 15racilis, e - {ragil
finis, - is - sing. =fim; pl. = Graeci, orurn - gregos
= território (§ 115, a) Graecia, ae - Grécia
firmo, are - assegurar graecus, a, um (adj.) grego
finnus, a, um - firme gra.tia; ac - graça.
florens, entis - floresce-me gratus, a, um - grato, agradeci-·
fios, oris m. - flor do, agmdavel
flwnen, inis n. - rio gustus, us - gosto
·'"~ ·. ~ ..,.· .· T •• •• •" • •

....: .......
! ~OCABULÁRIO-. t.A'Í'I-M "PORTUGUÊS 211

H indico, are - indicar


indignus, a, um - indigno
habeo, ére - ter industria., ae - aticidaile
habito, are - lutbitar
industrius, a, um - laborioso
_Helvetii, orum --- helvécios
infelix, icis -- infeliz
herba, ae - erva ínferior - V. § 156
Herõdes, is - Herodes inllammo, are - inflcvow,r
hcrus, i - patrão ingenuus, .a, um - de boa fa-
hiems, hiémis f. - inverno
mília ,
historia, ae - histôt-ia
ingratus, a, um - ingrato
Homerus, i -- Homero
injuslus, a, um - injusto
homo, inis - homem
innõcens, entis - inocente
honestus, a, um - honesto inopla, ae - carência, necessi-
honor, üris m. -- honra
dade
Horatius, ii - llorácio inquino, are - sujar
hortus, i m. - jardim (§ 72) insatiabilis, e - insac14vel
· Hostilius, i i - H ostílio inscitia, ae - inexperiência
hostis, is - inimigo (de guerra) insüla, ae -- ilha
humanus, a, um - humano inter. prep. (ae.) -~ entre, drm-
humilis, c -- baixo, pequen<J tre
invoco, are - invocar
Italia, ae - Itália,
ignavia, ae - covardia iter, itineris n. - rominho
ignavus, a, um - covarde
ignis, is (§ 11/J, 3) - fogo J
Ilias, ll.dis f. - llíada Jesus, u (§ 117) - JesúM
illustro, are - iluminar Jovis - V. § 105
imãgo, inis - imagem jucundus, a, um - agradavel
lmmõlo, are - imolar
judex, icis - juiz
imperator, õris - imperador
Jupiter, Jovis (§ 105) - Júpiter
imperium, ii n. -~ poder justitia, ae ~ justiç-a
impero, are (dat. de pessoa)
justns, a, uni. - justo
ma-n.dar
juvenis, is (subst.) - moço, ra-
impNus, us - avanço
paz, fovem
impius, ii - ímpio
imprõbus, a, um - mau L
in - V. § 189
incertus, a, um - incerto, duvi- laetilia, ae - alegria
do8o l~tu.s, a, um - alegre, satis-
incitamentum, i n. - estímulo, feito
incentivo lacrima, ae - lágrima
incito, are - incitar latinus, a, um -. latino
indlla., ae m. - habif.tm.te laudo, are -louvar, el.Q_qiar
212 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA \.ATINA

laurus, us (ou i) /. (§ 68) :Miltíãdes, 1s Milcíades


loureiro minimus, a, um - mínimo (§
laus, laudis f. ·- · louvor 154)
lectio, onis - lição )Uinistro, are - fornecer
legio, anis - legião Minotaurus, i - Minotauro
lego, iíre - lm·.. escolher mintlo, êre - dem-inuir
lepus, õris m. - lebre miscr, era, érum - infeliz, des-
lex, lcgis - lei graçado, miseravel
liber, hri -- livro mittrgo, are - abrandar
liber, era, erum - livre modestus, a, um - modesto
língua, ae língua, idioma molestia, ae mtSena, pena
longus, a, um - comp-rido, lon- mons, montís m. - montanhc,,
_qo monte
1 ludibrium, ii n. - capricho monstro, are - mostro,r
]una, ae ... lu.a monstrum, i n. - monstro
lupus, i lobo morbus, i m. -- doença
luscinia, ae f. rouxinol more;;, mo rum m. pl. -- }J1'0Ce·
dimento, costumes
M rnors, mortis - morte
mos, moris m. - costume
ma.gis.t.er, lri - mestre, professor
motus, us m. -- movimento
magistratus, us magistrado
moveo, i're - mover
magnus, a, um - (J'f'ande
multitudo, udinis - multidão
malum, i n. (subst.) - mal
multus, a, um - muito
malus, a, um (adj.) mau
mundÚs, i - mundo, unit•erso
manipulus, i -- manÍp!!lo (com-
munificus, a, um - generoso
panhia de 200 ,qo/dados)
munus, eris n. - presente
mare, maris n. - mar mus, muris . - rato
:Martins, ii - Márcio
musa, ae - musa
mater, matds - mãe
musca., ae f. - mosca
rnaxlmc - V. § 167
rn yrlca, ae -- urze
memoria, ae - lembmnça, me-
mória N
mens, mentis - mente, inteli-.
gência narro, are - narrar
merum, a.c - mesa nauta., ae m. - ma,rinheiro
metallurn, i n. - metal .navis, is (§ 11.'J, 3) - 'IUH>io
metus, us - medo Neapólis, is ---- Nápoles
meus, a, um - me!! negotium, ii n. - negócio, coisa,
mi voc,at. sing. masc. de ocupação
meuR, a., tun neqne - nem (=e não)
miles, l!tis - solrlado neque ... neqnP. - nem ... nem
mille {pL millia) (§ 171, 18) uidus, i - ninho
- mil nigP.r, gra, grum --· negJ'o, preto
VOCABULÁRIO LATIM-PORTUGUÊS 213

nomen, inis n. - nome opus, eris n. - obra, trabalho


non - não; non mimts quam. oracülurn, i n. oráculo
T'. § 168 oratio, onis f. discurso
notus, a, um - conhecido orator, õris .~- orador
nox, noctis - noite orno, are - adornar, en/llitar,
noxius, a, um prcjucliaial embelezar, equipar
nu"bes, is - nuvem ovllc, His n. - ovil, redil
Numa, ae - Numa (m.) ovum, i n. - ovo
numerus, i n>imero
nuntio, are amtnciar, comu- p
nicar pabülum, i n. forragem
nunlius, H mensayeiro Palaestina, ae Palestina
o parcimonia, ae f. ~ economia
parcus, a, um - parco, frugal
obnoxius, a, um ···- sujeito, sub- parentes, um pl. - pais
metido paro, are - preparar, proporcio-
obscuro, are - obscurecer, escu- nar, causm·
recer pars, partis - parte
observo, are - obser·var Parus, i - Paros
obses, Idis - refem parvus, a, tun -- pequeno
obstdeo, ere - cercar pater, patris - pai
obtempero, ar<:; (rei.) - obedecer paterfamilias (§ 127, ob.)
occüpo, are - OC!!par chefe de famíli<z., pai de fa-
oculus, i - olho mília
odor, õris m. - perlume patria, ae - pátria
olfactus, us - olfato paucus, a, um - pouco
olim - outrora pax, pacis - paz
ome.n, ommLS n. - pres~<ágio peccatum, i n. - fa.U.z, pecado
~mnipiítens, entis - onipotente pccu (§ 118) - rebanho
ornnis, e - todo pecunia, ae f. - dinheiro
onus, eris n. - encargo, peso, pedes, ili'l - infante (soldado
obrigação da infantaria)
opãcus, a, um sombrio penna, ae - pena (de ave)
opinio, onis f. pensamento, perfuga, ae m. - desertor ·
opinião periculosus, a, tun - perigoso
oppidani, orum habitantes de pcricülum, i n. - perigo
cidade pernieiosus, a, ll1ll - pernicioso,
oppidum, i n. - praça (cidade prejudicial
fortificada) Persae, arum (subst.) - persas
optimãtcs (§ 114, c) optima- pertinere - ir
tes, nobres philosõphus, i - filósofo
opulentus, a, um - opulento, piétas, ãtis - piedade
rico piger, gra, grum - preguiçoso
- ""/. ··.zf
/ -. ~
214 . NOÇÕES FUNDAMEN'l'.US DA LÍNGUA LA'flN ...

pignus, l:iris n. - penhor pulcher, chra, chrum (ou pul-


pigrilia, ae --- preguiçn cbe.r, era, crum) - findo
pius,- a, um ··- virhtoso, honrado purgo, are - limpar
pladío, ere - agradar PyrenaBus, (•·ing. e pl.)
Plato, õnis - Platão Pirenéus
plebs, plebis -- plebe
Q
p.Juvia, ae - chuva
pocülum, i n. - copo qu.ercus, us (§ 68 e 118) --- car-
poema, pocmlHis n. - poema valho
poêsis, i~ (§ 11/J, 2) - poesia quia - porque
poeta, ae m. - poeta quiee, quiêtis f. - repouso, des-
Pompilius, ii - Pompílio canso
popiílus, i - povo quiêtus, a, um sossega(lo,
porlku.s, us f. - alpendre, pó1·- tmnqtâlo, quieto
tir:o quo (§ 186, 1) - pam onde
porto, are -- le1~ar, trazer, trans- quoqll€ - tambem
portar
potestas, a!is f. - podet· (.•rnbst.) R
praeceptor, õris preceptor,
ramus, ramo
professor
raro raramente
praeceptum, i n. - preceito
rccüso, are - reau~~al'
pracdico, are - gabar
redilus, us m. - volta
pracmium, ii n. - prêmio
refugo, are afugeul:tr, c<l.'-
pretiosus, a, um - precioso
pulsar
princeps, cipis - chefe, cabeça,
regina, ae - minha
príncipe
regius, a, um - régio, real
Priscus, i - l'rixco
rego, ére - governar, cliríyir
privo, are (rege abl.) prirar
rclinquo, líre - aliandonar, dei-
pro (abl.) - em lugar de
xar
probo, are --- verificar, fU4'minar
remane<J, êrc - parar, ficar
proc!illln, ii n. - comiHüe repério, ire - encontrar
prohlbeo, êre - -impedir, proi- requles, etis (§ 126) - descan-
bir 110, repouso
provinda, ae - província res, rei - eoisa, negóc-io, oca·
prmlens, cnlis -:- prudente sião
prudenter -- prudentemente reverentia, ae - respeito
prudcnlia, ac - prudência rex, regis ~ rei
p!!ittãcus, i ~ fHlpagaío Rhenus, i - Re·ntJ
puella, ae ~ 'moça rivus, i - riacho
puer, i ~ menino robur, õris n. - força
pugna, ao - batalha, combate rogo, are. - pedir
pugno, ar~ ~ combatow Roma, ae - Rama
.·':;'"'<! •.. ._., -~ ...... .""tr-:.. ., .· ··: ••: ... .
·.;...:-.

vocAsut.ÚÍo LATxM-PóRTUGUÊs 215

-Il.omani, o rum - romanos ( subs- sol, solis m. - sol


tantivo) soleo, ere - costumar
romanus, a, um (adj.) -- ro- solidus, a, um - súlido
tnano soror, õris - i?·mã
Romiílus, i - Rômulo spatium, ii n. - espaço
ruber, bra, brum - 'liermelho, !!pes, spei - esperança
rubro splendidus, a, um - esplêndido
ruína; ae - ruína slatua, ao f. - estátua
st.repitus, us - estrépito, 1·uido
s stultitia, ae - eslultici1~
Sucvi, orum - suevoa
sacerilos, õtis - saae1·dote
su.ile, ilis n. - chiq~.,ci!·o, po-
sae~ - muiws vezes cilga ·
salüber, bi·is, bre - saluf1re, sa-
sum, esse sm·, estar, consti-
dio, salutar
tuir, existir, haver
salus, salütis f. - .mlvação
superbus, a, um - soberbo
sapiens, entis (§ 1.'36, A, ob. 3)
superior - V. § 156
- sábio, aouto
supiírQ, are ~ supera-r, 1:e11cer
sapientia, ae - sabedoria supploo, ere -- compllltal·
scribo, ere - es(Jrevell
Rupra (ac.) ~ por r-ima de
Sl)riptor, õris - escritor
sus, suis (§ 126) - parao, suino
scri ptum, i - escrito
sustineo, ére ~ sustentar
sed.- mas (conjunção) suus_, a, urn - - set6
Bedeo, ere - tom11r assento, per-
maneeer, fiMr
T
~edo, aro - matar, extinguir
semper - sempre (adv.) tabernacu!urn, i n. tenda
senectus, íltis - velhtae , Tacitus, i Tácito
semex, senis - velho, anc-ião tactus, us - - tato
sepelio, ire - 11epu.ltar Turentum, i n. - Tarento
. Sequani, orum - séqU4nos TMquinius, i i -- Tarquínio
Servius, ii - Sérvio tempero, are - abrand-ar
servo, are - conser-var, pre8er- ternplum, i n. - tllmplo
var, p1·oteger, salvar, mante1· tempus, oris n. - tempo, esta-
servus, i - criado, escravo ção
si - se ( conjun<;ão) tcnebrae, arum (§ 51) - tre1~as
signum, i n. - si1u;,7, índice lennino, are - limitar
silva, ae - selva, floresta, mata terra, ae - terra
sirnul - ao mesmo tempo terroo, ére - (~medronlar, ate-r-
sinister, lra, trwn - esquerdo rar
sitis, is - sede lerrestcr, lris, tre - terrestre
S(l{'.er, eri - sogro terri.bHis, e - terrivel
11ocius, ii - aliado therna., lUis n. - tema
Socràtes, is ~ Sócrates thesaurus, i - tesouro
216 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA .LÍNGUA LATINA

Thrax, acís - Trácio vasto, are - assolar


Tigris, is - Tigre (rio) vastus, a, um - espaçoso
timeo, êre - temer \'elox, õcis - veloz, rápido
timidus, a, um - tímido ventus, i - vento
tragicUB, a, um - trágico ver, veris n. - primavera
trans (ao.) - alem de verbero, are ·- açoitar, 8'UN"ar
treR, tria (§ 171, 3) - três verbum, i - palavra
tristitia, ae ~- tristeza vere - exatamente
tribün.al, ãlis n. - tribunal verus, a, um - verdadeú·o
truddo, are - trucidar
voteranus, i - veterano
tuba, ae - trombeta
vetus, i'! ris -.. 1.'elho, antigo
Tulli us, i i -- Túlir;
Tullus, i -- Tulo
vexo, are - atormentar
turba, ae turba
via, ac f. - caminho
turpis, e ~ - horrendo, hediondo vidima, ac. - vítili'IQJ
tussis, is - tosse victor, õris - vencedor
tnte - segummente victoria, ae - vitória
futus, a, um - seguro, garan- l'igilant.ia, aD - 1)igilânoia, eui-
ti-do d4do
tuus, a, um -- teu ~-illa, ae - quint<t
villicus, i - feitor, ca.mponi!.~
u violt>ntus, a, um - violentr;
ubi - onde vir, v1n -- tJarão, hmnem
umbra, ae - sombra vires - pl. de vis
unus, a, nrn (§ 171, 1) - ·um só virtus, ütis - virtude
urbanus, a, um - nrbano, de vis, viR - força, rd,1qne (§ 118,
cidade 2)
urbs, bis c·idade viswn, i n. - dsiio :~:

usus, us uso vita, ae - vida -i~

'lllilis, e - util vitupero, are - recriminar •,,·,, ;~


. -·~.~
vocahulum, i n. - vocábulo
v voco, are - chamar
voluptas, atis f. - z;razer
vado, ére ~ caminhar. vulgns, i n. (§ 8S) - vulgo
valdo (adv.). - muito
vanus, a, um - vão
X
variu.s, a, um -- variado, 1:n.
consta-nte Xerxes, is -·- Xerxes
VOCABULÁRIO

PORTUGU:ES-LATIM

Abl"eviaturas:

abl. = ablativo rL =neutro


ac. =acusativo subst. = substantivo
f. = feminino v. =verbo
m. = mal>(~ulino V. =Veja

A úqua - ~ aqua, ac
ala · .... ala, ae
abandonar - relinquo, ere
alegrat· - delecto, are
abastado - dives, !tis
abrandar - tempero, are; mitc alegre - laetus, a, um
alegria - laetitia, ae
tígo, are
alem de ----' trans (ac.)
abundância - copia, ae
aliado ~- socius, ii
acampamento - castra, orum ?L
(§ 72) alpendre - porticus, us f.
ação adio, onic~; facinns, alto - aH.us, a, um
õris; n.; far;tum, i, n. aluno - alumnus, i
acaso - casus, us m. amanhã - eras
açottar --- vcrbero, are amar ·- amo, are; dillgo, ere
amtsar - accuso, are; argUo, ere amedrontar - terrco, ere
administrar' - admioistro, are amigo ~ amicus, i
adornar - orno, are amizade - amici tia, a e
afastar ··· ·- fugo, are amor - amor, õris m.
afugentar - fugo, are ancião - senex, is
agitar - agito, are Anao ~ Ancus, i
agradar -- placêo, crc anel - aniilus, i
agrarlavel - gra.t.us, a, um; ju- animal - animal, ãlis n.
cundus, a, um ânimo -- anlmus,
agradeeido - gratus, a, um ano ~ ahnus, i
agrimdtor - agriciíla, ae m. antevet· ~ divino, are
218 NO~ÕES FUNDAMENTAIS liA LÍNGUA LAi'JNA·.

antigo - antiquus, a, um; veolus, avanço - impetus, us


eris at·are~m -- ava;ritia, ae
AnUlnio - Antoniu~, ii
anunciar - nunt.io, am n
ao mesmo tempo - simul baixo - lmmilis, e
apagar ddeo, crc base - fundamentam, n.
apertado - - angustus, a, um batalha -~ pugna, ac
Apolo -· - Apollo, inis belgas ~- ilclgac, arum
aprecim· --- ·existimo, are
bélico -- bellicus, a, um
aprox-imação -- adventuR, IJR m. belicoso - bellicosus, a, um
aquem de - eis (ac.) bem (subst.) - bonum i n.
Aquitâni,a - Aqniüm1a, :w benefício - beneficiwn, ii n.
ar - aer, aeris m. benéfico - henelícus, a, um
amnha - aranea, ae
lJenévolo - hcnciíctts, a, .um
arbusto - arbuscula, ae
boi - hos, bovis (§ 126)
arganaz - · gli s, gliris
bom __ ,_ bonus, a, um
Aristóteles - Aristolelrs, is
IJranco - - albus, a, um
arma,da - classis, is
1Jrilhn1· - Iulgeo, ore
Arpinate - Arpinas, ãtis
Bruto - Drutus, i
arte - ars, artis
buraco · -- foramen, inis n.
árvore - arhur, üris /.
burro - asinus, i
asa - ala, ae
Asia - Asia, ac
áspero - eonfragosus, a, nrn
c
aspeto - facies, êi cabelo - capillus, i
assegumr --- finno, are (~nlamidade - calamitas, ãtis
asHíd-uo -- as&iduus, a, um camelo - ea;rnelus, i
aBsolar vasto, are caminhar - Yado, ere·
ataque vis, vis (§ 11,1, 2) caminho -- via, ae j.; i ter, iti-
até - ad (ac.) ncris n.
Atenas - Athenac, arum (§ 51) campo - ager, agri
alen9ão -- animus, i camponês - yilJicus, i
i~ttmeioso - aHenf.us, a, um eansarlo - fcssus, a, um
atentissimamente --- attentissimc cão - canis, is
(§ 1/J5) cap-richo ludibrium, H n.
aterrar - terreo, ere carência -- inopla, ae
Atico -- Atticus, i caridade - caritas, at.is
atividade - industria, ac carne - caro, carnis f. (§ L'26)
atormentar - vexo, are caro - carus, a, um
andíção - andih1s, us m. carta - cpistõla, ae
Angusto - A ugustus, i carvalho ~ qwcrcus, us f. (§ 68
autoridalle - auctoritàs, ãtis e 118)
auxílio - auxilium, ii n. casa - domus (V. § 117)
.-
"VOCAHULÁR!O I'Of'lTUGUÊS-LATlM • 219

Catili1ta Catilina, ae condetwr -- damno, are


causa - causa, ae condiçã.o--- conditio, õnis
causar - do; dare; paro, are condt~zir - duco, ére
cavaleiro - equcs, equrtis l)Onhecer -- ·cerno, crc
cavalo - equus, i m. conhecido notus, a, uu1
cego - caecus, a, um conservar stJrvo, are
cele1Jrar - celebro, are constituir sum, esse
célebre - celebcr, bris, bre cmwul - consul, ülis
célere -- celer, éris, ere continuo - assitluns, a, um
certo -- cer!us, a, um contra - in (ac.)
Ceaar - Cacsar, ãris coorte - cohors, ortis /.
c:lmmar - voco, aro copo - poctílum, i n.
chefe- dux, duris; prin~;eps, ci- cor - color, õris m.
pil;; f!he/e de família = pa:ter- corajoso - Iortis, e
cordeiro - agnus, i
fwmilias (§ 127, ob.)
coroa - corona, ae
chegada - adventus, us m.
corpo · ·- corp ll!S, õris n.
chiqueiro -- suile, llís 11.
corrigir - castign, are
chuva - phi.via, all
costumar - soléo, ere
Cícero - Cicer'o, õniB
coBtume - mos, moris m.
cidadão - civis, is
covarde · - ignavtlS, a, um
cidade - urbs, urbis
~ovardia - ip;navia, ac
de cida<le - urbanus, a, Hlll
eriarla - a ndlla, ae
Uímon - Cimon, onis
criado - servus, i
cirr!undai - circundo, (Ire
~~uidado - vigilantia, ac
cit'il (adj.) - cívilill, e
cuidadoso - ullcntus, a, urn
claramente - dilucide
cuidar de - cum, are (trrP/8.}
elemento - clcmens, cntis
cu)pa - culpa, ae
coisa -· res, rei; negolium, ii n.
com - cum (ablai.)
D
pa·ra com - CI"Jfl (ac.)
comandante - dux, ducis 1
dano · - damnum, n.
comandar - duco, ~re dar - do, dare
combate - pugna, ac; poelium, Dario - Darius, ii
ii n. de - a ou ab (§ 93)
combater - pugno, are dedicado - dicatus, a, um
comentário - commcntarium,. ii deix-ar - rclinquo, erc
n. deleiÚlr - dclccto, are
completar - suppléo, P.re deminuir - minüo, ere
comprido - lungus, a, um df5ntre - inter (ac.)
comum - comm unis, e descanso - requies, elis (§ 126);
comunica-r ~ nuntio, are quies, etis f.
conciêncw - conscientia, a<1 descrever - describo, ere
concórd.W. - concordüi, ae r desejar -·- desidero, are
NOÇÕES FUNQAMI!:NTAIS DA LÍNGUA LATINA

desertor perfliga, ae m. encantar - delecto, ara


desgraçado - miser, era, erum encargo ~- onus, eris n.
destruir ~ deleo, ere encontrar - reperío, ire
Deus - Deus, Dei (§ 74) enfeitar -- orno, are
dever - dchco, ere ensinar - doceo, êro
devorar - devoro, are entre - inter (ac.); apud (ac.)
dia - dies, dici (§ 120, ob. 1) equipar - orno, are
diferente ~ divorsus, a, um erudito - eruditus, a, um
di'igente - diligons, ent.is erva - herba, ao
driJentemente - diligcnter escolher -- lego, éro
dinheiro ~ pecunia., ae escrava - ancilla, aú ·
direita (adj,) - dextcr, tra, trum escravo - captivus, i
(ou tem, tf\rum) escrever - scribo, erc
dirigir - rego, l!re escrito - scriptum, i n.
discípula - discipülus, i escritor - scriptor, õris m.
discurso - omtio, onis f. escurecer - obscuro, are
disposição - animus, i m. espaço - spalium, ii n.
diatinguir - cerno, ere espaçoso - vastus, a, wn
.ditar - dict.o, are esperança - spes, spei
diverso - pludmus, a, um r,spirito - animus, i
doença - morbus, i m. esplêndido - splendidus, a, um
doente - aegrõtus, a, um espora - calcar, ii.ris n.
dais - duo, ae, duo (§ 171, 2) esquerdo - sinister, tra, trum
doméstico - domesticus, a, um estar - sum, esse
domicílio - domiciliurn, ii n. estátua - statua, ae
dor - dolor, õris m. estação (do ano) - ternpus, oris
douto - sapiens, entis (§ 136, n.
A. ab. 3)
estímulo ~~ · incitamen tum, i n.
dureza - durities, ei
estreito - angustns, a, um
duvidos.o ~- dubius, a, urn; in-
certus, a, um estrépito - strepitus, us
esinltícia - stultitia, ae
E Europa - Europa, ae
P. et
-- examinar - probo, are
economia parcimonia, ae exatamente - vere
egípcios. - AEgyptíí, o rum excitar ~ inflammo, are
elefante - elcphantu~, i ou ele· exemplo - cxemplum, i n.
p-has, a:ntis exercitar - exerceo, êro
elogiar - laudo, are exército - exercitus, us
eJoquente - cloquens, entis exortação - adhortatio, oms
em- V. § 189 explicar - explico, are
embelezar - orno, aro ezterno - cxternus, a, um
em lugar de - pro (abl.) extinguir - sedo, are
. I
VOCABULÁRIO PORTUGUÊScLATIM ~21

F frugal - parcus, a, urn


fruto - íructus, us m.
fábwa ~ f::tMla, ae
fuga - fuga, ae
face ~ faclcs, ci
fundamento - fundamcntum,
faculdade - fa!.:ulias, atis
falso - falsus, a, um
n.
1
futuro (adj.) - futurus, a, um
falta ·- pl;l{)calum, i n.
família - família, ae; gens, gen-
tis G
farelo - furiüres, um (m. pl.) gabar pracdico, are
{e·ito (subst) - factum, i n. Gália - Gallia, ae
feitor - villlcus, i galinha - gallina, ae
feliz ~ felix, i eis garant-ido - tulus, a, um
férreo (=de ferrn) Ierrens, Garona (rio) - Garurnna, ae m.
a, um ,qaslar ... - consumo, ere
ferro - ferrum, i n. gaulês (aclj.) -- gallrcus, a, um
festa --:- dies feslus o1.t dies Ies· gauleses - G~lli, orum
ta; de festa (adj.) - fest.us,
gadão - acciplter, accipltris ·
a, um
general - clux, ducis
festivo - festus, a, um gênero ·- genus, cris n.
fidelidade - fides, ei g1mr!roso - munifrcus, a, um
fiel - fidus, a, um; fidclis, e genro - gener, 1:\ri
filha - filia, ae (§ 7.'))
Germânia - Germatüa, ae
filho - filius, ii (§ 71-)
gerrn4nos - Germani, orum
fil6sofo ~ philosõphus, glória - gloria, ae ·
fim - finis, is (116, a)
gostar - amo, are (trans.)
firme - fi nnus, a, um
gosto ~ gustus, us
flor - fios, õris m.
governar - rego, ere
flore8cente - florens, entis
graça - gratia, ae
floresta - silva, ae
grande - magn.us, a, um
foqo ~ ignis, is (§ 113, 3)
grandíssimo - (V. § lti4)
fome - fames, is
grato - gratus, a, urn
fora de - extra (ac.) . Grécia - Graecia, ae
força - vis, vis; o plural é vt-
grego (aclj.) - graecus, a, um
res (§ 113, 2; 114, b); robur,
gregos (subst.) ·- Gra.eci, orum
õris n.; facultas, a tis
guarda - custos, õdis (pessoa);
fornecer - ministro, are
cuatouia, ae (ato de guardar)
forragem - pabülum, i n.
guerra - bellum, i n.
forte - fortis, c
fortuna - fortuna, ae
H
fragil -- gracilis, e
França - Gal1ia, ae habitante ~ indHa, M m.
fronte - frons, ntis habitantes de cidade- oppi-
frota - classis, is dãni, orum
. :.....J.-: -:-;,.--:; - . ..-~'..;.-:·~:;·-:;·:·.r,._.:;;;~~~~:::;:-, ~:/7 . :::..
. '(5·. ,'.-.. ·-. .:.._~

'NOÇÕES FUNDAMEr;"TAIS DI\ LiNGU!\ ,L!\TINA

habitar habito, are inocente - innõcens, entis


hedionrlo - tu:rpis, c insaciavel - jnsatiabilis, e
helvécios - Helvetii, omrn inteligência - animus, i
Herodes - Herõdcs, is intoleravel - ferox, ôcis
história - historia, ae inverno - hiems, hiemis f.
homem -- homo, Inis ir ~ pertincre
llomero - Homerus, i irmã - soror, õris
honesto - liOnéstus, a, um irmão frater, fralrís
honra .--:. horror, õris m. Itália - ltalia, al:l
honrado - pius, a, um
Honioio - Iloratius, ií J
horrendo - tu rpis, e
llostílio Hostilius, u jantar - coeno, are
lmmano - humanus, a, urn jardim ~ hortus, i m. (§ 72)
lMús - Jesus, u (§ 117)
jovem (útbst.) - juvenis, is
juiz - judex, icis
idioma - língua, ae f. Júpiter - Jupiter, Jovis (§ 105)
ilha -- insüla, ae fustiça - justitla, ae
llíada - !lias, lldis f. justo ~ · justus, a, um
ilumiMr - illustro, are
ilustre - clarus, a, ~m L
imagem - iruilgo, inis
imolar - immõlo, are laboriosó - industrius, a, um
impedir - prohibêo, él'e lado - cornu, u (§ .l16)
imperador - imperator, ôris lágrima - lacrima, ae
ímpio - impius, ii m. latino -- latinus, a, um
incentivo - incitamentum, i n. · lat'Tador - agrícola, ae m.
incerto - duhius, a, um; ince r- lebre - lepus, Õris m.
. tus, a, um legião - legio, onis (divisão de
incitar - incito, are 6 000 soldados)
inconstante - vadus, a, um le-i -· lex, lcgis
indicar - indico, are lembrança - mcmoria, ae
indice - signum, i n. ler - lego, ere
indigno - indignus, a, um levar - porto, are
inexperumcio. - insci tia, ae lição ~ lectio, onis
infante (soldado de infantaria) limitar - termino, are
- pedes, His limpar - purgo, are
infeliz - miser, éra, erum; infe- lindo - pulcher, chra, chrum
lix, icis (ou pulcbcr, era, crum)
ingrato ~ ingratus, a, um lingua - lingua, ae
íngreme - confragosus, a, um lisonjeiro - blandus, a, um
inimigo (de guerra) hoslis, is livre liber, era, érum
injztsfu · ínj.ustus, a, um lit>ro - liber, hri
yOCAI'ÍULÁRIO PORTUGUES-LATIM 223

lobo - lupus, 1 mestre ·- magister, tri


longo - longus, a,. um metal --- metullum, i n.
lo1~reiro- laurus, us f. on lau- meu - meus, a, um; 'lme. m.
rus, i f. (§ 68) lling. mi
louvar - laudo, are mil - mille (§ 171, .l7 e 18)
louvor - laus, laudis f. Mildade..~ - Mil!iãJes, is
lua - luna, ae mínimo - minimus, a, um (§
(lugar) em lugar de - pro (abl.) 154)
lutar --'- dimko, are ilfinotaur o - 1\Ii no !.a urus, i
miseravel - miser, era, erum
M misérht --- wolcstia, ae
moça - puella, ae
mãe - mater, matris moço (subat.) ·- juvenis, i,;
magistrado - rúagistratus, us modesto - rnotlestus, a, um
magm'/iwmenle - eximie monstro - mons!rum, i
maior (comp. de grande) - (§ moutanha - mona, montis m.
154), o maior .(superl. fie gran- monte - mons, montiH
de) - (§ 154) mo-rte - mors, mortis
mal (subst.) - malum, i n. mosca - musca, ;w
mandar - impero, are (d<lt. de mostrnr - monstro, are
pessoa) mover - moveo, cre
manípulo - manipulus, i (com· mm:imento - rnoius, us m.
panhia de 2(}0 soldados) muito (adr.) -" valile; mullo
manter - servo, are (161, B, n. 3)
mar - rnarc, marus n.; peUigus, muito - multus, a, um; mnitas
i_, n. sacpe
vezes
Márcio - Martins, ii mulher -- f e mina, ae; rnulíer,
marinheiro - nauta, ac m. i;:> ris
tnas (conjunção) - seu multidão - multitudo, udinis
mata - silva, ac mundo ·-- mundns, i
matar - · scdo, are: matar a musa - musa, ae
sede - sitim sedare
nmu- improhus, a, um; ma.lus, N
a, urn
medo - melus, us não -"- non
meios de transporte - commea- Nápoles - Neapolis, is C§ 113)
tus, us m. narrar ~ narro, are
melhor - V. § 1M navio - naviH, is /. (§ 11/J, 3)
membro - artus, us 111. (§ 118) necessidade - inopia, ao; ne-
menino --,..- puer, i cessitas, atis
mensageiro - nuntius, ii negócio - rcs, rei f.; negotium,
mente - mens, mcntis ií n.
meridional -- auMralis, e negro - niger, gra, grum
mesa -- mensa, ae nem... ru>m - Twque... neque
224 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA LATINA

ninho nidus, i parco - parcus, a, um


no (=em-l-o)-(§ 189) Paras - Parus, i
nobres - optimã.tes (§ 114, c) parte - pars, partis
noite - nox, noctis passear -- ambUlo, are
nome - nomen, inis n. patrão - herus, i
nomear - croo, are pátria ~ patría, ae
Numa, - Numa, ac m. paz - pax, pacis
número - numerus, i pedir - rogo, are
nu-vem -- nuhes, is pena (de a-ve) - penna, ae
pena - moles-tia, ae
o penhor -- pignus, õris n.
pensamento - cogitatio, onis f.;
obedecer - oblempero, are (rel.)
opinio, onis f.
obra ·- opus, l'iris n.
pequeno - parvus, a, um; hu-
obrigação ~ onus, erís n.
milis, e
obscurecer - obscuro, are
obsenur ..... observo. are perceber - cerno, ~re
perfztme --- odor, õris m.
ocupação - negolium, ii n.
acttpar -~ occiipo, are perigo - perit:ulum, i n.
perigoso - periculosus, a, um
olfato - o!factus, us
pernicioso - pcrniciosus, a, wn
olho - ociilus, i
persas - Persae, arwn (subst.)
onde - ubi
onipotente - omnip6tens, entis
peso ~ onus, eris n.
opinião - opinio, onis
pieM..de - pictas, ãtis
Pirenéus - Pyrenaeus, (sin.g.
optim~tes- optimãtes (§ 114, e)
e pl.)
opulento --- opulentus, a, um
Platão - l'lato, õnis
oráculo - oraci:ílurn, i n.
orador ·- orator, õris plebe - plebs, p!Bbis
poGilga -·- suile, suilis n.
ouro - aurum, i n.
poder (subsl.) -- imperium, ii
outrora - olim'
ovil ovile, ilif! n.
n.; potes tas, a tis f.
ovo -- o\·um, 1 n.
poema - poema, l.i.tis n.
poeBi.a - pocsis, is (§ 113, 2)
p poew - poeta, ao
pomba - oolumba, ae
pai - pater, patris; pais - pa- Pompílio ~- Porripilius, ii
rentes, um pl.; pai de família. por (prep.) ·-- a ou ab (§ 93)
paterfamilias (§ 127, ab.) por cima de - supra (ac.)
palavra - verbum, i n. por (em fuga) - fugo, are
Palestina Palaestina, ae parco - sus, suis (§ 125)
papagaio - ~iW'icus, i porque - quia
para. - ad (ac.); in (V. § 189) porquê? - cur
para com - erga (a c.) pórtico --- p-orticu;;, us
para onde - qoo pouco - paucus, a., um
VOCABUL.~RIO PORTUGUÊS·LATIM 225

povo - popiílus, i R
praça (cidade fortificada) op-
rainha - regina, ac
pidnm, i n.
raio (descarga elétrica) - ful-
prazer - voluptas, ãtis f.
preceito ·--- praeceptum, i n. men, ínis n.
preceptor - praeceptor, õris ramo - ramus, i
precioso - pretiosus, a, um; ca- rapaz - jul'enis, is
I'US, a, um rápido - velox, õcis
preguiça - pigritia, ae raramente - raro
preguiçoso - piger, gra, grum rato - mus, muris
prejudicial - perníciosus, a, um; rebanho - pecus (§ 118)
noxius, a, urn recear - formido, are
prêmio - praemiurn, ii n. recomendar - conunendo, are
preparar -'-- paro, are; compãro, recriminar - vitupero, are
are rect~sar - recuso, aro
presente --· munus, !íris n. redil - ovile, Ilis n.
preservar - servo, are refeição - e<ma, ae f.
pressagiar - 1livill:O, are refe.m - obses, idis
presságio - omen, ominis n. re/Jtlgente - fulgens, entis
preto - niger, gra, grum regar -- rigo, are
primavera - ver, vcris n. ré_qio - regius, a, um
Prisco - Priscus, i rei - rex, regis
prisioneiro - captivus, i relatar - describo, ere
privar - privo, are (rege abl. Reno -- Rhenus, i
de coisa) repouso - requles, e tis (§ 126);
procedimento mores, m01·um quies, quietis f-
m: pl. respeito - revcrentia, ac f.
professor praeceptor, õris;
reimltado - cxitus, us m.
magister, tri
riacho - rivus, i m.
proil!ir -- prohiboo, érc
rica - opulentns, a, um; dives,
proporcwnar -~ do, dare; paro,
H.iH; eopiosus, a, um
are rio - flul'ius, ii m.; flumen,
proteger - servo, are
!nis n,; amnis, is (§ 113, 3)
província - provincia, .ac
Roma - Roma, ae
prudência - prudcntia, ae
romano (adj.). - romanus, a,
prudente - pmdens, entis
um
prudtmtemente prudenter
romanos - Romani, oram
Rômulo - Romülus,
Q rouxinol - luscinia, ae f.
quase --· fere ntbro ruber, bra, brum
quieto - quietus, a, um ruído strepitus, us
quinta (subst.) - villa, ae ruiM ruina, ae
·...-
22& . NOÇÕ6S FUNHAMENT..._.S DA LfNGUA L.A1'1NA

s suevos - Suevi, orum,


sapientia, ae suino - sus, suis (§ 126)
sabedoria
sábio - s.apions, enüs (§ 136, sujar - inquino, are
A. ob. 3) . sujeito (adj.) - obnoxius, a, um
sa,cerdote - sacerdos, õtis superar - supero, are •
sacrificar - cacdo, ~re surrar - verb~ro, are
sadio - salüher, bris, brc st~8tentar - sustinoo, ere
salubre - salüber, bris, hrc
salutar - salüber, Lris, bre T
salvação - salus, fllis f.
salvar - servo, are Táeito - Tacítus, i
:~e (conjunção) - si tambem - ctiam; qmJque
sede - sitis, is Tarento - Tarentum, i n.
segundo - a!ter, era, iírum (§ Tarquíuio - Tarquinius, ii
173, 5) tato - tactus, us
seguramente - Lute tema - therna, l1tis n.
seguro - tutus, a, um temer - tirnoo, ere; íormido,
11elva - silva, ac are
sempre - semper templo - templwn, i n.
senhor - compo-s, tlLis (adj. - tempo - tcmpus, i'íris n.
rege gen.); dominus, i (8-16bst.) ao mesmo tempo - simul
senhora - domina, ae tenda - taheruacülum, i n.
séquanos ~ Sequãni, orum ter - habeo, ere
ser - sum, esse terra - terra, ae
Sérvio - Servius, ii lerrestre - terrestcr, tris, tre
seu - suus, a, um território - fines, ium (J15, a)
sinal - signum, i n.
terrivd - tcrribilis, e
,çuberbo - superbus, a, um
tesouro - thesaurus, i
sobre (=acerca de, a respe-ito
teu -- tuus, a, um
de) - de (ablat.)
Socrlites, is Tigre (rio) - Tigris, is (ou
Sócrates -
Idis)
sogro - sol'..er, eri
timúlo - timidus, a,_ mn
sol - sol, solis m.
todo - omnis, e
soldado - milcs, itis; de iufan·
latia - pedes, !tis; de cava- tomar assento - sedoo, ere
laria - eques, ltis tosse - ltLssis, is ( 113, 2)
súUdo --- solidus, a, um trabalho - opus, ~ris n.
8ombra - urnbra, ae Trácio - Thrax, acis
sombrio - opãcus, a, um trágico - tragicus, a, um
sorte - forl Wla, ae tranquilo - quietus, a, um
sossegado - quietus, a, um transportar - porto, are
St6bjltga·r - expugno, are transporte (meios de) - com·
8Ubmetido - obnoxins, a, um . meatus, us m.
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tratado foodus, eds n. velho - senelt, is (subat.); ve-


tra~er - porto, are lus, eris (adj.)
tr~s -- tros, tria (§ 171, 3) t'eloz - velox, õcis
trevas - ten~brac, arum (§ 51) vencedor - victor, õris
·tribunal - tribünal, ãlis n. vencer - supero, are
trigo - fruml'ntum, i n. ventQ - ventus, i
tristeza - trístitia, ae veriW.deiro - verus, a, um
trombeta - tuba, ae verij-ir-ar - probo, are
tropa~t - ~opiae, arurn (§ 50) vermelho - ruber, bra, hrum
.trucidar - trucido, are veterano -- vetcr.anus, i
Túlio - Tullius, ii vez - mu-itas vezes - saepe
Tulo ·- Tullus, i adv.
turba - turba, ae vida - vita, ae
vigilância ~- vigílantia, ae
u vigilante - attentus, a, um
vinda - adventus, us
- um só - unus, a, um (§ 171, 1) violento - violentus, a, urn
unit•erso.- mumlus, i mr!ude - vi.{tus, iitis
urbano - urbanus, a, um virtuoso - pius, a, um
ur;m - myrica, ae dsão - visum, i n.
'U-80 usus, us vítima - victirna., ac
t'til - utilis, e vitória - victoria, ao
vocábulo - vocalmlum, n.
v volta - redrtus, us m.
vantajoso - commõdus, a, ilm voltar - converto, erc
vão (adj.) - vanus, a., um vulgo --- vulgus, i n. (§ 8S)
vat·ão - vir, viri
variado varius, a, um X
velhice senect.us, iilis Xerxes Xer:x:es, is

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