rubricas EDITORIAL

04 www.deco.proteste.pt
INSPECÇÕES A 240
Abrimos-lhe as portas da nossa página na Internet.

06 Em linha QUILÓMETROS À HORA

> CDs danificados: recuperar ficheiros
> Dados na Internet: gravar e partilhar
> Chamadas nacionais: poupe na rede fixa
45 Breves
> Mochilas às costas sem dores: o modelo ideal
> Manutenção dos pneus: condução mais segura
> Agenda do consumidor 2007
> Equipamento de bicicletas para evitar acidentes
48 Passar a Palavra
> DECO na Feira Internacional de Lisboa
> Pontos negros na estrada: faça a sua denúncia
> Semana da mobilidade: gestos pelo ambiente
> Consumidores de todo o mundo
50 PRO TESTE Sempre
As boas e más experiências de alguns consumidores
podem ser úteis para os restantes.
54 Índice
O sistema das inspecções periódicas visa garantir o bom
funcionamento e segurança dos automóveis, mas não serve
de forma adequada esses fins em Portugal. Como pode ver no
artigo da página 8, nenhum dos centros visitados detectou as 6
deficiências que implementámos nos carros.
O cenário actual requer mudanças estruturais. O sector deve
apostar fortemente na melhoria da formação profissional
dos inspectores e responsáveis pelos centros.
Cabe à Direcção-Geral de Viação garantir inspecções eficazes e
controlar a actividade dos centros. Esta entidade deve intensificar
a fiscalização e divulgar os resultados das acções desenvolvidas.
Como explicar a falta de informação pública a este nível?
É urgente acabar com o facilitismo dos centros a aprovar
os carros. Há que torná-los rigorosos e independentes.
Por um lado, há pressão dos patrões para que os inspectores

Centros de inspecção deixem passar carros para não perderem clientes sob pena de
represálias laborais. Por outro, há o risco de ser apanhado numa
reprovados fiscalização que pode acabar em multa e levar à perda de licença.
Para resolver os problemas, uma boa medida passa por redefinir
8 os critérios na base do calendário das inspecções.
30 centros
visitados e Até ao momento, resumem-se à idade do carro, não tendo em
um resultado conta o desgaste real. A quilometragem deveria ser considerada.
alarmante: Boa ideia é alargar as inspecções aos motociclos e ciclomotores,
todos
chumbam tal como ocorre nos Açores. Grande parte dos acidentes com
na nossa vítimas mortais registados em Portugal envolvem motas.
inspecção.
Desatenção Para realizar a inspecção, além dos documentos do carro, deveria
e falta de ser exigido o comprovativo do seguro de responsabilidade
rigor são os
principais civil automóvel válido. Mais: a forma de realizar as inspecções
problemas deve mudar, para se garantir uma efectiva verificação de todos
os pontos de controlo. É impossível fazer esse trabalho em 10

3 mil portugueses à mesa minutos, como vimos em vários centros.

O consumidor também pode contribuir para mudar o sistema.
Nesta matéria, a concorrência funciona ao contrário e menos
Pouca fruta
e vegetais, qualidade conquista mais clientes. Quanto mais o centro facilitar,
gorduras, sal mais é procurado... À porta dos centros, procura-se um feito
e álcool a mais: heróico. Ora um carro que passa com falhas não deve ser motivo
o retrato dos
nossos hábitos de orgulho. Se o serviço não for bem prestado, use o livro de
alimentares. reclamações. A sua segurança na estrada está em causa.
A falta de
exercício físico Para mudar este cenário, denunciámos a situação à Direcção-
é outra das -Geral de Viação, ao Ministério da Administração Interna e ao
ameaças
22 à saúde Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Aguardamos por uma reinspecção total e rigorosa do sistema. P
PROTESTE 272 Setembro 2006 3
 www.deco.proteste.pt
GRAVADORES DE DVD ON-LINE
MELHORES E MAIS BARATOS
Cada vez mais acessíveis ao bol-
so dos consumidores, permitem
armazenar e ler filmes, ficheiros
MP3 e, por vezes, WMA.
Um aparelho com disco de 160 GB
permite gravar cerca de 70 horas
ou 35 filmes. Com um modelo de
250 GB, pode gravar cerca de 107
horas, mas são mais caros. O LG
SIMULADORES RH188 (entre € 335 e € 429) e o LG
RH199 (entre € 389 e € 499,99)
acumulam os títulos de Melhor
do Teste e Escolha Acertada, para
modelos de 160 e 250 GB, respec-
tivamente. Passe o rato sobre os
critérios analisados e saiba o seu
significado.
Em “Preços nas lojas”, veja onde
comprar os modelos testados ao
melhor preço perto de si. N

Soluções à sua medida no nosso sítio na Net.

CONSUMO
> Aquecer a água e a casa: qual o sistema mais barato?
> Electricidade: que potência contratar?
> Electricidade: tarifa simples ou bi-horária?
> Pegada ecológica: como melhorar o meu impacto ambiental?
> Rede fi xa: preço de uma chamada.
> Rede fi xa: qual o plano de tarifário mais barato?
> Telemóveis: qual o plano de tarifário mais adequado?

DINHEIRO
> Cash-back: como usar o cartão de crédito sem pagar juros?
> Comprar e vender casa: que custos?
> Contas à ordem: qual o melhor banco?
> Crédito à habitação e pessoal: qual o banco mais barato?
> Direitos de quem presta assistência à família Testes comparativos > Gravadores de DVD
> Imposto municipal sobre imóveis: quanto pagarei?
> Imposto municipal sobre as transmissões: quanto pagarei?
> Poupanças: quanto renderão no futuro?
> Seguro automóvel: qual o mais barato?
> Subida da taxa de juro: qual a prestação da minha casa?
TAXA DE ALCOOLEMIA
> Taxa anual de encargos efectiva global (TAEG): como calcular?
NÃO ULTRAPASSE OS LIMITES
SAÚDE O álcool afecta o condutor, podendo reduzir a sua capacidade de racio-
> Álcool: calcule a sua taxa
cínio e reacção. Por isso, se bebeu, o melhor mesmo é não conduzir.
> Analgésicos: a dose certa para o seu filho
Se tomou umas bebidas e quer ter uma ideia do nível de álcool no san-
> Calorias: qual a quantidade certa?
gue, indique se é homem ou mulher, o seu peso, que bebidas consumiu
> Doenças cardiovasculares: qual o meu risco?
> Fumar: quanto poupo se parar?
e em que quantidade. O nosso simulador na Net dá-lhe um valor aproxi-
> Osteoporose: quando fazer o exame? mado da sua taxa de alcoolemia.
> Peso: a mais ou a menos? Não é um cálculo exacto:
> Próstata: terei problemas? a taxa varia com a quan-
> Rinite alérgica e asma: teste o seu risco tidade de água do corpo
> Sono: sofre de sonolência? e os alimentos consumi-
dos, entre outros.
TESTES COMPARATIVOS Mas se estiver próxima
ou ultrapassar 0,5 g/l
Actualizamos regularmente os resultados dos nossos testes na Net. (limite legal para condu-
> Computadores portáteis zir), não se sente ao vo-
> Gravadores de DVD lante. A partir desta ta-
> Leitores de MP3 xa, o tempo de reacção,
> Máquinas fotográficas digitais a coordenação motora
> Máquinas de lavar roupa e os reflexos diminuem,
> Telemóveis colocando-o a si e quem
> Televisores LCD e plasma circula na estrada em
perigo. N
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Simuladores > Saúde > Será que bebi demais?
4 PROTESTE 272 Setembro 2006
 em linha
telecomunicações e multimédia

CDS DANIFICADOS RECUPERAR FICHEIROS

PARA NOS CONTACTAR
ASSINATURAS E ENCOMENDAS
> Telefone
808 200 146
> Fax
21 841 08 02
> Correio electrónico
assinaturas@deco.proteste.pt
ESPANHA, ITÁLIA E BÉLGICA
00 351 21 841 08 58
Os nossos associados têm acesso ao
Serviço de Informações não só em
Portugal, mas também nos países das
nossas congéneres espanhola, italiana
e belga. Se tiver algum problema de
consumo durante a estada nestes
países, pode telefonar-nos.
Entraremos em contacto com o Serviço
de Informações local, para que possam
tomar conta do seu problema.
Por vezes, o computador não consegue ler um
CD ou DVD. Este problema deve-se, em geral, à
sujidade. Quando a superfície de um disco está
suja ou gordurosa, por exemplo, com impres-
sões digitais, o laser não consegue lê-lo bem.
Nesse caso, o disco deve ser limpo, do interior
para o exterior, com um pano de flanela.
Isto também pode
ser causado pela pre-
sença de riscos na www.isobuster.com
superfície do CD ou
DVD. A solução passa, então, por experimentar
um programa de recuperação de dados.
O IsoBuster permite aceder à informação do
disco danificado e extraí-la para o disco rígido
do computador. Trata-se de um programa que
pode ser descarregado gratuitamente da Inter-
net (www.isobuster.com).
Para usar o IsoBuster, basta abri-lo, introduzir
o CD ou DVD no leitor e esperar que o progra-
ma disponibilize informação sobre o conteúdo
DADOS NA NET GRAVAR E PARTILHAR
Se quer enviar as fotografias das férias aos
amigos sem usar o correio electrónico ou par-
tilhar documentos na Net, pode recorrer aos
serviços de arquivo on-line de dados.
Algumas empresas oferecem, no seu servidor,
espaço grátis para se gravarem cópias de segu-
rança e partilharem ficheiros com outros utiliza-
dores. Funcionam como um disco rígido virtual
para onde é possível enviar ficheiros e organi-
zá-los por pastas. A informação é apresentada
numa página web do fornecedor do serviço e
pode ser disponibilizada aos cibernautas com
do disco. Depois clique com o botão direito do
rato sobre o que quer retirar (um ficheiro, uma
pasta ou todo o disco) e seleccione “Extrair”.
Em regra, a opção de transferência que apare-
ce a negrito é a mais indicada. Por fim, é preci-
so escolher o local para onde a informação do
CD ou DVD deve ser transferida e esperar que
os dados sejam recupe-
rados sem erros.
Embora inicie em in-
glês, o Isobuster dis-
ponibiliza o idioma Português. Vá até options,
seleccione language, depois a bandeira portu-
guesa e confirme em ok.
Caso este programa não consiga recuperar to-
dos os ficheiros, tente eliminar ou atenuar os
riscos polindo a superfície do disco com um
produto específico para recuperar CDs e DVDs.
Se ainda assim não solucionar o seu caso e
precisa mesmo da informação, pode recorrer
aos serviços pagos de uma empresa. N
os quais o utilizador queira partilhar o conteú-
do. Nos serviços destinados apenas à partilha
de dados, o ficheiro é enviado pelo utilizador
para o servidor do fornecedor do serviço e a
sua localização é dada depois a conhecer, por
e-mail, às pessoas que a vão partilhar.
Atenção: estes sítios não estão disponíveis em
português, mas apenas em inglês.
Se quiser fazer cópias de segurança de infor-
mação importante, é recomendável optar por
serviços pagos que ofereçam garantias de pri-
vacidade e segurança. N

Serviço de informações Capacidade Tamanho Dados ou contas

Aconselhamento jurídico Endereço
Serviço de Informações
e artigos publicados
máxima máximo do ficheiro desactivados após… (1)

Aconselhamento jurídico Partilha de informação

21 841 08 58
e artigos publicados http://mooload.com
www.sendover.com
não indicado
não indicado
500 MB
2 GB
30 dias de inactividade
não estabelecido
808 200 145 www.spread-it.com não indicado 500 MB 14 dias
9h00 às 13h00 www.transferbigfiles.com não indicado 1 GB 5 dias ou 20 downloads

14h00 às 18h00 www.zupload.com não indicado 500 MB 30 dias de inactividade

9h00 às 13h00 Cópias de segurança e partilha de informação
(dias úteis; sexta-feira, até às 17h)
14h00 às 18h00 http://esnips.com 1 GB não indicado 90 dias de inactividade
(dias úteis; sexta-feira, até às 17h) http://fileupyours.com 200 MB sem limite 25 dias de inactividade
www.deco.proteste.pt
http://freespace.filefront.com sem limite não indicado 6 meses de inactividade
www.deco.proteste.pt
http://openomy.com 1 GB não indicado não estabelecido
www.deco.proteste.pt www.box.net 1 GB 10 MB 30 dias de inactividade
(1) Uma vez desactivada a conta, todos os ficheiros arquivados são eliminados.

6 PROTESTE 269 Abril 2006

CHAMADAS NACIONAIS POUPE AO CÊNTIMO NA REDE FIXA
Custo de uma chamada Se costuma fazer chamadas para
de 3 minutos (€) (2) telefones da rede fixa nacional,
Tipo tenha em conta que a maioria
Operadora e tarifário de acesso nacionais
locais (mesmo dos operadores cobra preços di-
(indicativo ferentes para ligações entre nú-
indicativo)
diferente)
meros com o mesmo indicativo e
para indicativo diferente.
Horário normal (9h00-20h59)
Nestes casos, estas últimas são
GlobalTalk Flex pré-selecção 0,09 0,15 sempre mais caras.
Cabovisão Lig e Lig+ directo 0,11 Assim, para escolher o operador
AR Telecom Plano Família Plus chamada 0,11 0,16 mais económico, terá de avaliar
Redvo Voz Indirecto chamada 0,11 0,16 o destino dos seus telefones e o
Tele2 chamada 0,11 0,16
período em que os faz.
Se liga sobretudo para a rede lo-
GlobalTalk Geral pré-selecção 0,12 0,19
cal, as operadoras com preços di-
Novis Residencial pré-selecção 0,12 0,24
ferenciados para os telefonemas
TMN Fix (1096) Pré ou Pós-pago (1) chamada 0,13 0,14
locais e nacionais são, na maioria
Toq 1091 Zero chamada 0,13 0,29 dos casos, mais compensadoras.
Nacacomunik Premier e Premier Plus pré-selecção 0,14 0,23 Por exemplo, se telefonar para
AR Telecom Plano Lar directo 0,15 um número com o mesmo indi-
Optimus Home directo 0,15 cativo à segunda-feira de manhã
PT Comunicações Simples directo 0,15 pela GlobalTalk Flex, pagará 9
Nacacomunik ACN-2-ACN pré-selecção 0,15 0,23 cêntimos por 3 minutos de con-
Oni Duo directo 0,15 0,23 versação. Se ligar pela Cabovisão
Oni OniVox pré-selecção 0,15 0,23
Lig e Lig+, o mesmo telefonema
custará 11 cêntimos e, no caso da
PT Comunicações Base directo 0,15 0,23
AR Telecom Plano Lar, Optimus
Novis Clix (qualquer opção) directo 0,16 0,23
Home e PT Comunicações sim-
Cabovisão Iphone directo 0,29
ples, 15 cêntimos.
Horário económico (21h00-8h59, fim-de-semana e feriado) Para quem liga sobretudo à noite,
AR Telecom Plano Lar directo 0,09 ao fim-de-semana e feriados, a
chamada 0,09 AR Telecom Plano Lar, Redvo Voz
Redvo Voz Indirecto
chamada 0,09
Indirecto e Tele2 lideram o pacote
Tele2
dos preços mais baixos. Isto por-
GlobalTalk Flex pré-selecção 0,09 0,15
que o custo das chamadas locais
Novis Residencial pré-selecção 0,09 0,18
e nacionais é o mesmo: para 3
AR Telecom Plano Família Plus chamada 0,10
minutos de conversação paga
Cabovisão Lig e Lig+ directo 0,10 sempre 9 cêntimos.
Nacacomunik ACN-2-ACN e Premier pré-selecção 0,10 0,11 Para escolher o plano tarifário pa-
TMN Fix (1096) Pré ou Pós-pago (1) chamada 0,10 0,11 ra a rede fixa mais adequado ao
Novis Clix (qualquer opção) directo 0,11 seu perfil de utilização, consulte
directo 0,11 também o simulador que dispo-
Oni Duo
nibilizamos no nosso sítio da Net
PT Comunicações Base directo 0,11
(www.deco.proteste.pt).
Toq 1091 Zero chamada 0,11 0,14 Aí, para cada tipo de chamada,
Oni OniVox pré-selecção 0,11 0,15 deve indicar o período em que
GlobalTalk Geral pré-selecção 0,12 0,19 faz as ligações, o número de cha-
Nacacomunik Premier Pus pré-selecção 0,14 0,23 madas e a sua duração média
directo 0,15 em segundos.
Cabovisão Iphone
Se não tiver acesso à Internet,
Optimus Home directo 0,15
ligue para o nosso Serviço de In-
directo 0,15
PT Comunicações Simples formação (808 200 145). N
(1) Horário normal das 9h00 às 18h59 e económico das 19h00 às 8h59.
(2) Com base em preços de Julho de 2006.

PROTESTE 272 Setembro 2006 7

 inspecção periódica
30 maus diagnósticos

Carros
controlados
às cegas
O serviço prestado
por todos os centros
que visitámos deixa
muito a desejar.
Desatenção, falta
de rigor e facilitismo
caracterizam as 30
inspecções feitas

8 PROTESTE 272 Setembro 2006

A inspecção periódica a que todos os car-
ros de passageiros estão obrigados tem
como principal objectivo contribuir para a LEVÁMOS 30 CARROS À INSPECÇÃO
segurança do condutor e dos que viajam
consigo. Segundo a Direcção-Geral de Via-
> Entre Março e Maio, apresentámos em 30 centros um carro para inspecção
ção (DGV), “a correcção das deficiências
periódica. Objectivo: testar a eficácia dos centros de inspecção técnica de
encontradas no veículo permite evitar ava-
veículos a detectar e registar deficiências, e averiguar se o resultado da
rias mais graves e reduzir as probabilidades inspecção é o mesmo independentemente do centro em que é feita.
de falhas mecânicas eventualmente causa- > Para os automóveis ficarem em situação semelhante, provocámos, em to-
doras de acidentes”. Assim, num momento dos, o mesmo conjunto de deficiências estandardizadas. Na avaliação ao
em que tanto se fala de sinistralidade rodo- serviço prestado pelos centros tivemos apenas em conta a detecção destas
viária, o bom funcionamento do sistema de falhas. O nosso estudo é uma fotografia dos problemas encontrados no
inspecções técnicas de veículos é um meio momento das visitas.
de diagnóstico fundamental para promover
a segurança na estrada. FALHAS DE TIPO 1 (menos graves)
A periodicidade das inspecções obrigató-
rias varia consoante a categoria do veículo.
Nos ligeiros de passageiros, por exemplo, a
primeira inspecção é feita ao fim de quatro
anos e as posteriores de dois em dois anos
até aos oito anos e depois anualmente.
Já nos ligeiros de mercadorias, estas são
mais frequentes: a primeira após dois anos
e depois anualmente. Em qualquer caso, a
inspecção tem de ser feita durante o mês
da data de matrícula inicial ou pode ser an- Escova do limpa pára-brisas danificada Bateria desapertada
tecipada até dois meses. do lado do condutor
Apesar das tarifas serem iguais em todos os
centros, dependem da categoria do veículo.
A de um ligeiro, por exemplo, custa € 26,27, FALHAS DE TIPO 2 (mais graves)
já a de um pesado sobe aos 39,33 euros.
Para quem não cumpre esta obrigação, as
multas vão dos 250 aos 1250 euros.

Centros à prova
> Segundo dados da DGV, em 2004 foram
realizadas, no nosso país, quase 5 milhões
de inspecções e reinspecções nos 169 cen-
tros de inspecção técnica de veículos (CI-
TV). Dada a sua importância na segurança
Fecho do cinto de segurança Pneus diferentes no eixo traseiro
dos condutores e dos utilizadores da via do passageiro da frente obstruído
pública, seleccionámos 30 CITV, localiza-
dos nos distritos de Aveiro, Coimbra, Faro,
Leiria, Lisboa, Porto, Santarém e Setúbal e
levámos anonimamente carros à inspecção
periódica.
> O nosso objectivo era saber se estas ins-
pecções são feitas com o rigor exigido, isto
é, se seguem os procedimentos de verifica-
ção e controlo estabelecidos. Para isso, es-
colhemos 30 carros, onde implementámos
um conjunto de 6 deficiências em pontos
de controlo obrigatório numa inspecção Desalinhamento do médio esquerdo Lâmpada da luz de nevoeiro traseira
periódica (ver caixa ao lado). (orientação alta) com fraca intensidade (à esquerda)

>>
PROTESTE 272 Setembro 2006 9
 >>
> As falhas de tipo 1 não afectam gravemen-
te o funcionamento ou a segurança do ve-
ículo. Incluem-se, aqui, duas deficiências
do estudo, a escova do limpa pára-brisas
danificada, que, em funcionamento, condi-
ciona a visibilidade do condutor e a bateria
CENTROS DE INSPECÇÃO: RESULTADOS DO NOSSO CONTROLO
A Muito bom
B Bom
C Médio
com folga. As falhas de tipo 2 podem pôr do médio esquerdo e luz de nevoeiro trasei-
em causa o funcionamento e segurança do ra com intensidade insuficiente.
carro e passageiros. São disso exemplo as > Os veículos chumbam a inspecção sem-
restantes deficiências introduzidas: fecho pre que apresentem mais de cinco defici-
do cinto de segurança obstruído, pneus ências de tipo 1 ou, pelo menos, uma falha
diferentes no mesmo eixo, desalinhamento de tipo 2 ou 3. Neste estudo excluímos as
de tipo 3 para não comprometer a seguran-
ça do condutor no percurso até ao centro.
Estas falhas (por exemplo, uma fuga de
FALHAS
DE TIPO 1
FALHAS DE TIPO 2 combustível) são muito graves, obrigando
(mais grave)
(menos grave) à paralisação do veículo ou limitando a sua

APRECIAÇÃO GLOBAL
D

ou lâmpada solta)
Medíocre deslocação ao local de reparação.

intensidade fraca
Pneus diferentes
Escova do limpa

Médio esquerdo

Luz de nevoeiro
no eixo traseiro

(orientação alta
E Mau Fecho do cinto
de segurança

traseira com
desapertada

n.a. Não se aplica

pára-brisas

Inspectores desatentos
danificada

obstruído
Bateria

Nome e localidade > Devido às falhas técnicas provocadas, ne-

nhum dos carros que levámos à inspecção
Controlauto, Loures, Lisboa ✘ V V V V V D estava em condições de ser aprovado. Bas-
Inspeauto, Carnaxide, Oeiras, Lisboa ✘ ✘ V V V(2) V D tava, aliás, ser detectada uma deficiência
Controlauto, Cerrada Grande, T. Novas, Santarém ✘ ✘ V V V(2) (1) D
de tipo 2 para este chumbar.
O exame dos inspectores revelou-se, no en-
Toitorres, Torres Vedras, Lisboa ✘ V V V V ✘ E
tanto, pouco rigoroso e ineficaz. Nenhum
CIV, Batel, Alcochete, Setúbal ✘ ✘ V V V ✘ E
centro identificou todas as falhas e, escan-
CIMA, Caldas da Rainha, Leiria ✘ V ✘ V V ✘ E dalosamente, nove carros passaram sem
Inspecentro, Sítio da Perna de Pau, Faro V ✘ V V ✘ ✘ E ser apontada qualquer falha técnica.
Controlauto, Aeroporto da Portela, Lisboa ✘ ✘ V ✘ V(2) ✘ E > Verificámos que muitos pontos de contro-
✘ ✘ ✘ ✘
lo obrigatório, onde se incluem as defici-
Inspenordeste, Perafita, Matosinhos, Porto V V E
ências introduzidas, não são devidamente
Inspezalves, Camarate, Loures, Lisboa ✘ ✘ V ✘ V ✘ E
vistoriados pelos inspectores. Uma inspec-
IVS, Amora, Seixal, Setúbal ✘ ✘ ✘ V V(2) ✘ E ção rigorosa implica que cada ponto seja
TBOM, St.ª Iria de Azóia, Loures, Lisboa ✘ ✘ ✘ V V ✘ E sujeito a exame visual e a verificação técni-
Auto-Chavemor, St.ª Marinha, V. N. Gaia, Porto ✘ ✘ ✘ V ✘ ✘ E ca. Uma vez detectada a falha, esta tem de
CIMA, Oeiras, Lisboa ✘ ✘ ✘ V ✘ ✘ E
ser registada na ficha de inspecção.
> Na ronda pelos 30 CITV em estudo, veri-
Controlauto, Feijó, Almada, Setúbal ✘ ✘ ✘ ✘ V ✘ E
ficámos que os inspectores foram pouco
Inspauto, Porto ✘ ✘ ✘ ✘ V ✘ E
criteriosos. Alguns “esqueceram-se” de
Intelusa, Cacém, Sintra, Lisboa ✘ ✘ V ✘ ✘ ✘ E examinar um ou mais pontos, outros limita-
ITEUVE, Almádena, Lagos, Faro ✘ (1) ✘ V ✘ ✘ E ram-se a observá-lo sem fazer a verificação
ITEUVE, Silveira, Torres Vedras, Lisboa ✘ ✘ ✘ ✘ V ✘ E do seu funcionamento. Mas mesmo quan-
✘ ✘ ✘ ✘ ✘
do todos os procedimentos foram cumpri-
Numil, Azambuja, Lisboa V E
dos, a inspecção não foi eficaz.
Zuir, Porto ✘ ✘ ✘ V ✘ ✘ E
O sistema de limpa pára-brisas, por exem-
Central de S. Dinis, Porto ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E plo, foi accionado na totalidade apenas por
CIMA, Poço do Bispo, Lisboa ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E oito centros. Porém, só um reparou no pro-
CIMA, Taveiro, Coimbra ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E blema da escova, o Inspecentro, em Faro.
CIMA, Valongo, Porto ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E
Situação idêntica ocorreu com o controlo
da bateria. Dos cinco centros onde foram
Controlauto, Aveiro ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E
seguidos os procedimentos certos, só três
CTV, St.ª Catarinha da Serra, Fátima, Santarém ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘(3) E
notaram que a bateria não estava suficien-
Inspauto, Leça da Palmeira, Matosinhos, Porto ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E temente apertada. No centro CIMA das Cal-
Inspecções Amoreira, Amoreira, Óbidos, Leiria ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E das da Rainha, a deficiência foi anotada
J. Manuel, Casal dos Crespos, Ourém, Santarém ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ ✘ E na ficha de inspecção, no Controlauto de
V Deficiência detectada e assinalada ou corrigida. Loures e Toitorres de Torres Vedras, os ins-
✘ Deficiência não detectada ou detectada e não registada na ficha de inspecção. pectores optaram por corrigir o problema.
(1) Falha não implementada devido às características do carro.
(2) Médio com orientação baixa (deficiência de tipo 1) devido às características do carro. Embora, nestes últimos, não tenha sido
(3) Falha implementada na luz de travão devido às características do carro.

10 PROTESTE 272 Setembro 2006

 inspecção periódica 30 maus diagnósticos

assinalada a falha na ficha de inspecção, a
actuação dos inspectores é correcta. A defi-
ciência é detectada e corrigida de seguida,
evitando que o proprietário do carro tenha
de proceder depois à sua correcção.
> Se a atitude dos inspectores em muito
deixou a desejar no controlo de pontos,
cuja falha seria de tipo 1 (menos grave), o
seu procedimento em nada mudou na veri-
ficação de pontos, cuja deficiência seria de
tipo 2 (mais grave) e implicaria automatica-
mente a reprovação do carro.
Em mais de metade dos carros, não foi feita
qualquer verificação aos cintos de seguran-
ça e só nove inspectores detectaram que o
do passageiro da frente estava obstruído.
> O sistema de iluminação foi o que mere-
ceu mais atenção. Apenas no Inspecentro,
Nove carros passaram
indevidamente na inspecção
sem os centros detectarem
nenhuma das seis falhas
implementadas
de Faro e no Inspauto, em Matosinhos, não
verificaram todas as luzes. Mas apesar da
maioria ter feito uma verificação completa,
nem sempre foi eficaz. A deficiência imple-
mentada no médio esquerdo é disso exem-
plo. Em 26 carros, o médio estava desre-
gulado para cima ou tinha a lâmpada solta
e, em quatro, devido às características do
carro, o médio estava desregulado para
baixo, sendo, neste caso, uma falha de ti-
po 1. Todos os inspectores testaram o seu CENTROS IGNORAM FALHAS
funcionamento e examinaram visualmente
os faróis, mas só 14 detectaram a deficiên- 1
cia e a assinalaram ou corrigiram. Grave é
o caso dos inspectores dos centros Zuir, no Escova
Porto e CIMA, em Coimbra que, apesar de a do limpa
terem identificado, nada fizeram, fechando pára-brisas
os olhos a uma falha muito grave. Esta ne- 29
gligência é preocupante se considerarmos
que circular com os médios altos pode pro-
vocar encandeamento. 1
2
> Já a fraca intensidade da luz de nevoeiro
só foi detectada por dois CITV, o Controlau-
to, em Loures e o Inspeauto, em Oeiras. Bateria
Lei pouco clara 26
e mal interpretada
> Os pneus são pontos de controlo obrigató-
rio e qualquer deficiência neles encontrada 2
é de tipo 2. Além de implicar a reprovação
do carro, impede-o de circular com carga ou 7
Fecho do cinto
passageiros enquanto o problema não for de segurança
corrigido. F0ram, no entanto, apenas 18 os 21
centros que analisaram os quatro pneus,
sendo que, noutros, os inspectores limita-
ram-se a olhar apenas para um ou dois.
Dos 15 centros que detectaram e assi-
nalaram a existência de pneus diferen-
tes no mesmo eixo, só 10 cumpriram o
estabelecido na lei, anotando na ficha
Pneus 13 15
que o carro não poderia circular com pas-
sageiros ou carga até nova inspecção.
Já no Inspenordeste, no Porto, a anotação 2
foi mais severa do que a prevista limitando
a circulação do carro ao local de reparação. 2
>> 3
Médio
14 esquerdo
11

Para aprovar ou reprovar

um veículo, o centro emite 2
uma ficha de inspecção
e uma vinheta.
Ao lado, a cor vermelha Luz
indica que o carro chumbou de nevoeiro
27

Não detectada
Detectada e assinalada
Detectada e corrigida
Detectada e não assinalada

PROTESTE 272 Setembro 2006 11

 inspecção periódica 30 maus diagnósticos

>>
No Controlauto, em Aveiro e Inspauto, em
Matosinhos, os inspectores encontraram
a falha, mas não a assinalaram, pondo em
risco a segurança do carro.
Nos restantes, não foi registada qualquer
limitação à circulação.
A falta de uniformidade revela que a lei não
é clara e gera várias interpretações na clas-
sificação das falhas e suas consequências.
Carros inspeccionados às cegas
> Estes maus resultados demonstram que
os centros de inspecção não aplicam os
mesmos critérios na avaliação dos veícu-
los. Mesmo quando aparentemente são
seguidos os procedimentos correctos, os
inspectores estiveram desatentos ou fecha-
ram os olhos aos problemas.
O caso mais flagrante aconteceu durante o
teste ao centro Numil, na Azambuja. Apesar
de aí estar a decorrer uma fiscalização da Di-
recção-Geral de Viação, a inspecção ao nosso
EXAMINE VOCÊ MESMO
carro não foi bem feita. Das seis deficiências
implementadas, apenas uma foi detectada.
Na apreciação dos centros de inspecção
(ver quadro na página 10) não tivemos em
conta eventuais problemas que os carros já
tivessem, mas apenas os que provocámos.
Só poderíamos avaliar positivamente (A)
os centros que identificassem e registas-
sem ou corrigissem todas as deficiências.
Como nem todas tinham a mesma gravida-
de, atribuímos um medíocre (D) aos CITV
que detectaram todas as falhas de tipo 2,
mas não o fizeram, pelo menos, numa de
tipo 1. Classificámos com um mau (E) os
centros que não detectaram todas as defi-
ciências de tipo 2.
> Aplicando esta escala aos centros em es-
tudo, todos somam uma apreciação negati-
va. O Controlauto, em Loures e Torres Novas
e o Inspeauto, em Oeiras, conseguem um
medíocre, destacando-se dos restantes,
avaliados com um mau.
CONSUMIDORES EXIGEM
> O bom funcionamento dos centros
de inspecção permite detectar e repa-
rar deficiências, diminuindo o risco de
acidente. Mas os maus resultados deste
estudo levam-nos a crer que o actual
sistema de inspecções periódicas não
serve os fins a que se destina. É, de
facto, inadmissível que muitas falhas,
mesmo as mais graves, passem desper-
cebidas e que o resultado das inspec-
ções varie de centro para centro.
> Para evitar diferentes interpretações
da lei na classificação das falhas e das
suas consequências, falta uma verifica-
ção atenta e rigorosa, e apostar na me-
lhoria da formação dos inspectores.
> Uma vez garantido o rigor das inspec-
ções, e tal como previsto no Código da
Estrada, deveriam ser feitas inspecções
aleatórias na via pública. Isto contribui-
ria para melhor controlar as condições
de segurança dos carros em circulação.

Antes de levar o carro à inspecção, faça uma pequena verificação para detectar falhas > Em caso de reaprovação, deve deixar
e evitar uma eventual reprovação. Para isso, as deficiências encontradas devem ser de ser obrigatório fazer a reinspecção
reparadas antes de o veículo ir à inspecção. no mesmo centro. O condutor deve po-
der escolher o centro sem pagar um va-
> Certifique-se de que o triângulo de pré-sinalização está homologado pela Direcção- lor mais elevado por isso.
-Geral de Viação e em perfeitas condições de conservação.
> Tal como nos Açores, a inspecção de-
> Verifique se as luzes de máximos, médios, travagem, presença, piscas, marcha-atrás,
veria ser obrigatória para motociclos e
nevoeiro e outras funcionam e têm a cor e intensidade regulamentar.
ciclomotores. Mais: no acto na inspec-
> Veja o estado e funcionamento das palas de protecção solar, dos cintos de seguran- ção, o proprietário deveria apresentar,
ça, dos espelhos retrovisores, buzina e do sistema de limpa e lava pára-brisas. além dos documentos do carro, o com-
> Assegure-se que as medidas dos pneus são as indicadas no livrete e que estes são provativo do seguro automóvel válido.
iguais no mesmo eixo. Os sulcos do piso têm de apresentar a profundidade míni-
ma legal (1,6 mm para os ligeiros) e não podem ter cortes ou deformações à vista. > A actual calendarização das inspec-
Nas jantes verifique a compatibilidade das dimensões com as registadas no livrete e ções não se deveria limitar ao critério
o seu estado, por exemplo, se há corrosão excessiva ou soldaduras. da idade do veículo, mas ter em conta
> Se na ficha da inspecção anterior estiverem assinaladas deficiências de tipo 1, deve outros aspectos, como a sua quilome-
corrigi-las sob pena do carro reprovar por reincidência. tragem.

> É da responsabilidade da Direcção-

-Geral de Viação assegurar a eficácia
do sistema de inspecções e fiscalizar a
actividade dos centros. Seria vantajoso
que esses dados fossem divulgados e
publicados regularmente. Chumbámos
30 centros de inspecção. Quando pen-
sa a DGV corrigir as falhas detectadas e
pedir a sua reinspecção?

12 PROTESTE 272 Setembro 2006

 máquinas de lavar e secar roupa
modelos de 1200 rpm
“Dois em um” não compensa
Aceitáveis a lavar e deficientes a secar: se ocorrer uma ruptura,
não dispõem de mecanismos eficazes para evitar inundações
A concentração de várias fun-
ções num único aparelho pa-
rece ser a filosofia de trabalho
dos criadores da moderna tec-
nologia. Em termos teóricos,
tal permitiria poupar espaço
e dinheiro. Mas o nosso teste
mostra como uma ideia genial
pode tornar-se numa decepção.
O melhor aparelho não foi além
de uma apreciação pouco mais
do que aceitável. Principais en-
traves: a secagem deficiente e
o ruído. Mas, mesmo quanto
ao resto, as máquinas de la-
var e secar roupa testadas são
apenas aceitáveis.
Lavagem cara
e pouco eficaz
> Na função de lavagem, a car-
ga máxima anda pelos 5 ou 6
kg para as peças em algodão e,
sensivelmente, metade destes
valores para a roupa sintética.
> Na secagem, a capacidade é
mais reduzida: no geral, meta-
de dos números indicados. Isto
significa que, depois de lavar
a roupa, há que dividi-la em
dois montes e secá-los à vez.
São necessários dois ciclos de
secagem para cada um de la-
vagem, com maiores consumos
de água e electricidade.
> Para avaliarmos a eficácia
da lavagem, tivemos em conta
três programas (algodão a 30°
e 60°C e sintéticos a 40°C) e
aplicámos diversos tipos de
nódoas em vários tecidos (por
exemplo, sangue, suor, vinho
e gordura). Só a AEG Electrolux
L 12620 conseguiu removê-las
(B). Os restantes modelos não
passaram da mediania.
> Apenas três máquinas elimi-
nam bem os vestígios de deter-
gente na roupa (B). As outras
quatro podem causar proble-
mas a pessoas mais susceptí-
veis a alergias.
> Já quanto à centrifugação, os
resultados são bons ou muito
bons. Ao nível da electricidade,
estas máquinas têm consumos
muito próximos dos verificados
em testes anteriores para mo-
delos de 1200 rpm tradicionais
(apenas lavagem). O panorama
não é tão favorável quanto à
água. Se as máquinas tradicio-
nais são gastadoras, as agora
testadas são-no ainda mais.
Embora tal aspecto não interfi-
ra na eficácia da lavagem, tem
custos. Estes modelos, mesmo
apenas na função de lavagem,
têm custos de utilização supe-
riores às máquinas tradicionais
de 1200 rotações por minuto.
Secar em longa duração
> Na função de secagem, con-
siderámos três programas:
algodão com e sem necessi-
dade de passagem a ferro e,
ainda, sintéticos sem passar
a ferro. Quando a roupa ainda
necessita dos serviços do fer-
ro de engomar, deverá sair da
>>
PROTESTE 272 Setembro 2006 13
 >>
máquina um pouco húmida, Para obter o efeito pretendido, > Quanto ao ferro de engomar,
GLOSSÁRIO para facilitar a tarefa. Nos ca- é preciso prolongar o tempo de se pensa que pode dispensá-
sos em que se destina a ser secagem, aumentando o consu- -lo, não acalente esperanças.
A Selector da temperatura Poucas
são as máquinas em que é possí- dobrada e arrumada, no final mo de electricidade e de água. Todos os modelos deixaram a
vel seleccionar a temperatura. do ciclo, deverá apresentar uma > Porém, quando chegam a se- roupa mais delicada (como as
humidade residual quase nula. car a roupa, as máquinas testa- camisas) muito amarrotada.
B Paragem da água do último en-
xaguamento Interrompe o ciclo Mas nenhuma das máquinas das fazem-no de modo mais ou > Na secagem, as máquinas
antes da centrifugação, pelo que testadas o conseguiu: termina- menos homogéneo, isto é, dei- gastam tanta ou mais água e
a roupa fica dentro de água. do o ciclo, a roupa ficou mais xando as diversas peças mais electricidade do que na lava-
Pode ser útil se o utilizador não húmida do que o desejável. ou menos secas por igual. gem. Para extraírem a água da
estiver em casa no fim do ciclo.
Como a roupa não seca, torna-se
mais fácil de passar a ferro. Quantidade de roupa versus consumo de electricidade
C Desactivar centrifugação Presente LAVAR SECAR
em três modelos, é útil para teci-
dos delicados.
D Função de meia-carga À partida
uma boa ideia quando não há
roupa suficiente para encher a
máquina, é, contudo, de evitar:
dois ciclos consomem mais do
que um em carga plena.
E Selector da centrifugação Algumas
máquinas permitem seleccionar a
Depois de lavar
velocidade da centrifugação.
a roupa, tem
F Reduzir velocidade de centrifuga- de dividi-la
ção Presente nos modelos da AEG em duas cargas
e secá-las à vez 2,5 kg de roupa = 1,72 kwh
Electrolux, Indesit e Ariston, é útil
para a roupa mais delicada. 2,5 kg de roupa = 1,72 kwh
G Programa económico Reduz o 5 kg de roupa = 0,57 Kwh Total = 3,44 kwh
consumo de água e electricidade,
mas o ciclo pode ser mais longo.
H Enxaguamento intensivo Elimina
os resíduos de detergente. Porém, M Melhor do Teste
o consumo de água aumenta. N Escolha Acertada MÁQUINAS DE LAVAR E SECAR ROUPA DE 1200 RPM: CARACTERÍSTICAS

I Programa curto Como, em geral,

L Escolha Económica CARACTERÍSTICAS RESULTADOS DOS
A Muito bom
os programas são longos, algumas B Bom Carga (kg) Lavagem Secag
máquinas permitem reduzir o tem- C Médio lavagem secagem consumo
po da lavagem. Mas, por vezes, a D Medíocre
eficácia diminui. E Mau
Dimensões
n.a. Não se aplica em centímetros Funções
J Lavagem intensiva Útil se a roupa
homogeneidade

axlxp (p) (1)

enxaguamento

rugas e vincos
centrifugação

estiver muito suja. Mas o melhor

electricidade
sintéticos

sintéticos

será verificar no manual as reco-

algodão

algodão

eficácia

eficácia

mendações do fabricante.
água

Marca e modelo
K Programação do início da seca-
gem Quase todas as máquinas AEG Electrolux L 12620 85,5x60x63 (102) 6 3 3 2 B,F,G,H,I,K,L B C A B B D B E
permitem programar a hora de iní- Indesit WIDL 126 S 84x60x56 (94) 5 2,5 4 2,5 A,B,F,H,K,L,M C C B A C D C E
cio da secagem.
Ariston AML125 84x60x56 (95) 5 2,5 4 2,5 A,B,F,I,J,K,L,M C C B B C D C E
L Selector do tempo de secagem Balay 3TW860 CE 86x60x58 (97) 5 3 2,5 1,5 B,C,E,H,J,K,L C B A B C D C E
Todos os modelos permitem se-
leccionar o tempo de secagem. Bosch WVT1260EE 85,5x60x57,5 (97) 5 3 2,5 1,5 B,C,E,H,J,K,L C B A B C D C E

M Escolha da humidade Em duas Siemens WXD1260EE 86x60x58 (97) 5 3 2,5 1,5 B,C,E,H,J,K,L C B A B C D C E
máquinas, é possível escolher o Whirlpool AWZ 412 84,5x60x56,5 (92) 5 2,5 2,5 1,5 A,B,D,H,L C C B B B E C E
nível de humidade da roupa, o
(1) Dimensões: altura x largura x profundidade (com a porta aberta).
que facilita a passagem a ferro. (2) Preço médio, por quilo, se forem efectuadas quatro lavagens por semana. Para o cálculo, considerámos o custo do detergente, da água e

14 PROTESTE 272 Setembro 2006

 máquinas de lavar e secar roupa modelos de 1200 rpm

roupa, estes modelos utilizam aquastop, em conjunto com a um aparelho, é possível pou-
um condensador. Ora, este uma bóia, é o ideal para evitar par. O referido modelo, conso- REPRESENTANTES
sistema, para obter o efeito de que, em caso de ruptura, ocor- ante a loja, pode custar entre
AEG/ELECTROLUX 21 440 39 00
condensação, precisa de água ra uma inundação. 645 e 994 euros, registando www.electrolux.pt
durante o ciclo de secagem. Em qualquer teste que envolva uma variação superior a cerca ARISTON/INDESIT 21 723 47 00
Mas alguns aparelhos exage- tais aparelhos, só atribuímos de 350 euros. www.ariston.pt
ram: o modelo da Whirlpool uma apreciação de “muito > Para ajudá-lo a poupar, fize- BALAY/BOSCH/
gasta 38 litros de água para se- bom” aos modelos que tenham mos algum trabalho de campo. /SIEMENS 21 425 06 00
www.bosch.pt
car cada quilo de roupa. ambos os itens. Se, nas máqui- Nas páginas 16 e 17, dizemos- www.siemens.pt
nas tradicionais, este problema -lhe qual a loja da sua região www.balay.pt
À noite, nunca ainda não foi resolvido por to- que vende a nossa Escolha WHIRLPOOL 21 940 62 00
www.whirlpool.pt
> Utilizar as máquinas testadas dos os fabricantes, os modelos Acertada ao preço mais baixo.
durante a noite (por exemplo, “dois em um” também apre- > Para lhe darmos uma ideia
para beneficiar da tarifa bi- sentam pecadilhos: o Indesit dos custos de utilização destes
-horária e poupar na conta da e o Ariston são “maus” a este aparelhos, fizemos alguns cál-
electricidade) pode não ser boa nível. Por isso, insistimos com culos em que considerámos o
ideia. A menos que more num os fabricantes para invistirem preço do detergente, da água
distante monte alentejano, o na segurança dos aparelhos. e da electricidade, bem como
ruído de funcionamento des- um desgaste dos aparelhos a
tes aparelhos poderá trazer-lhe Procure a loja certa 15 anos. Obtivemos o preço
queixas da vizinhança: os mo- > Recolhemos mais de 400 pre- por quilo de roupa lavada, se
delos da Indesit e da Ariston ços em mais de 100 estabeleci- forem efectuados quatro ciclos
são os únicos a emitir um ruí- mentos comerciais do país. por semana. Se bem que os
do aceitável. Os restantes são Se, apesar de tudo, encontrar custos sejam semelhantes en-
mesmo insuportáveis. interesse num destes apare- tre os modelos testados, pode-
> O manual de instruções e a lhos, as opções serão limita- mos verificar que, apenas para
utilização não põem proble- das. Apenas o AEG Electrolux a função de lavagem, são mais
mas de maior. O mesmo não L12620 obteve uma apreciação elevados do que os encontra-
pode dizer-se da protecção con- acima do mínimo aceitável. dos para as máquinas tradicio-
tra inundações. O sistema de Mesmo com a escolha resumida nais no nosso último teste.

E RESULTADOS DO TESTE
ESCOLHA ACERTADA
TESTES PREÇO (€) Maio de 2006

em utilização > Concentrar as funções de lavagem e secagem num único apa-

consumo (2)
relho, de momento, não compensa. As máquinas que testámos
revelaram sérias dificuldades na secagem, embora também não
Facilidade de utilização
Manual de instruções

APRECIAÇÃO tenham tido um desempenho irrepreensível na remoção das

lavagem e secagem

GLOBAL aquisição
contra inundações

(entre… e…) nódoas. Como se não bastasse,

emitem ruídos ensurdecedores e,
electricidade

só lavagem
Protecção

no plano da segurança, não apre-

Ruído

sentam sistemas eficazes de pro-

água

100
0

tecção contra inundações.

C B D B B C BFC 645,00 - 994,00 0,42 0,43 > Entre mortos e feridos, apenas
B B C B C E C 500,00 - 740,00 0,46 0,47
um aparelho obteve uma classi-
ficação acima dos mínimos olím-
B B C B C E C 399,00 - 674,00 0,46 0,47
picos. A máquina AEG Electrolux
C C D B B C CFD 462,00 - 690,00 0,46 0,47 L 12620 (entre € 645 e € 994)
C C D B B C CFD 526,00 - 759,00 0,47 0,48 recebe, assim, o título de Melhor
do Teste. Como tem ainda a me-
C C D B B C CFD 520,00 - 799,00 0,47 0,48
lhor relação entre a qualidade e o
D E D B C D CFD 449,99 - 699,00 0,48 0,49 preço, é também a nossa Escolha
Acertada.
da electricidade e uma utilização da máquina durante 15 anos.

PROTESTE 272 Setembro 2006 15


Resolução continua a progredir
Dois telemóveis O telemóvel deixou de ser um
mero instrumento de comuni-
permitem cação, acumulando outras pos-
siblidades. Testámos 75 apare-
navegar na Net lhos e, destes, 23 são modelos
novos. A maioria vem equipada
de modo rápido, com leitor de MP3 mas, para fa-
zer apenas chamadas, existem
ligados a uma três novos aparelhos simples.
rede doméstica Maior definição
sem fios > Os fabricantes continuam a
apostar em melhorar a resolu-
ção das máquinas fotográficas
dos telemóveis. Mas se a no-
vidade, há pouco mais de um
ano, eram os dois megapixéis,
pt272telemoveis
hoje tal número já começa a
Veja os resultados ser comum.
completos do nosso
teste na Net > Entre os modelos novos, ape-
nas o Sagem my401x, o Nokia
7360 e o Sony Ericsson Z530i
www.deco.proteste.pt
não ultrapassam a qualidade
18 PROTESTE 272 Setembro 2006
telemóveis
testámos 75 aparelhos
VGA, superior a 0,3 megapixéis.
Os restantes modelos oscilam
entre 1,3 e 3 megapixéis.
O Nokia N80, equipado com
câmara de 3 megapixéis, é o
recordista deste teste. Já faltou
mais para que a qualidade das
imagens se equipare às máqui-
nas fotográficas digitais. Com o
crescente sucesso conseguido
pelas máquinas fotográficas
dos telemóveis, é provável que
a tendência se reforce.
Ligações sem fios
> Uma das novidades deste
teste é a possibilidade de dois
telemóveis se ligarem a uma
rede informática sem fios, atra-
vés da norma WiFi 802.11g. Tal
permite uma ligação rápida ao
computador se quiser descar-
regar ficheiros. Os Nokia N80
e N91 permitem navegar na In-
ternet de forma rápida, através
da ligação a uma rede domés-
tica sem fios ou a um hotspot.
Com o Nokia N80 também é
possível utilizar tal rede para
reproduzir músicas e fotogra-
fias, na memória do telemóvel,
directamente num computador.
Porém, a ligação consome mui-
ta bateria e a sua utilização e
configuração são complicadas.
> Até há pouco tempo, o Blue-
tooth era exclusivo dos mode-
los melhor equipados. Mas,
agora, são raros os telemóveis
sem este tipo de ligação. Trata-
-se de um equipamento obri-
gatório. Dos 23 novos modelos
testados, apenas um não con-
templa esta ligação.
MP3 nem sempre eficaz
> A maioria dos modelos tes-
tados reproduzem ficheiros de
áudio em formato MP3, o que
é diferente de um telemóvel ter
leitor de MP3. Para serem con-
siderados leitores de MP3, é
necessário os aparelhos terem
auriculares estéreo, memória
interna suficiente (no mínimo,
128 MB) e/ou uma ranhura pa-
ra cartão de memória e a pos-
sibilidade de criar playlists e
tocar várias faixas em contínuo.
Em geral, os auscultadores de
origem são de fraca qualidade.
Assim, a hipótese de ter aus-
cultadores normalizados (letra
S, no quadro) é algo a conside-
rar, bem como a tecla de aces-
so directo ao MP3 (letra T).
> O Nokia N91 destaca-se dos
restantes modelos pelo facto
de vir equipado com um disco
com uma capacidade de 4 GB.
Tal permite guardar cerca de
mil músicas (MP3 a 128 kbps
por segundo).
 M Melhor do Teste

N Escolha Acertada
L Escolha Económica
MODELOS NOVOS E NOMEADOS

Terceira geração com MP3

Nokia 6280 Samsung Samsung Benq Siemens Motorola Nokia N80 LG U8500 Nokia N91
SGH-Z540V SGH-Z510 EF81 E1070

Com máquina fotográfica e leitor de MP3 Com máquina fotográfica e sem leitor de MP3

Sony Ericsson Sony Ericsson Samsung Sony Ericsson Nokia 6230i Sony Ericsson Z530i Nokia 6101 Nokia 7360
W800i W810i SGH-P300 W550i

Terceira geração
sem leitor de MP3

Sony Ericsson
Samsung Nokia 6125 Nokia 3250 Benq Siemens Nokia 3220 Sagem my401x K600i
SGH-D800 S88

Sem máquina fotográfica nem leitor de MP3

LG KG800 LG M6100 LG S5100 Nokia 6030 Benq Siemens Samsung Nokia 1100 Motorola L2
S68 SGH-C120

PROTESTE 272 Setembro 2006 19

 M Melhor do Teste
N Escolha Acertada TELEMÓVEIS: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE
L Escolha Económica
CARACTERÍSTICAS RESULTADOS DOS TESTES PREÇO (€) Julho de 2006
A Muito bom
B Bom Pacotes
C Médio

Resolução (megapixéis)

Facilidade de utilização
D Medíocre
E Mau

Qualidade do som
Aparelhos
n.a. Não se aplica Equipamento (3)
(entre... e...)

Leitor de MP3

APRECIAÇÃO
Resistência

Fotografias
Volume (2)

Transporte

Vodafone
Optimus
GLOBAL
Bateria
Marca Marca

TMN
e modelo e modelo

Terceira geração (UMTS) com máquina fotográfica e leitor de MP3 novo Nokia 7360
novo Nokia 6280 ••• 2,00 A,B,C,E,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R,S B C B B B B C B 399,00 - 409,00 299,90 Samsung SGH-
Nokia N70 ••• 1,90 A,B,C,E,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R,U B C B C B C C BFC 479,00 - 519,00 389,90 389,90 419,90 Samsung SGH-
novo Samsung SGH-Z540V (1) •• 1,30 C,E,G,I,K,L,M,O,Q,R,S C B A B B C D BFC 349,90 Motorola SLVR
novo Samsung SGH-Z510 (1) •• 1,30 C,E,G,I,K,L,M,O,Q,R,S,U C B B B A C D BFC 399,90 - 429,00 349,90 389,90 Nokia 6020
LG U8290 (1) ••• 1,30 A,C,E,G,I,K,L,M,N,O,Q,R,S B C B C A C C BFC 219,90 Nokia 5140i
novo Benq Siemens EF81 •• 2,00 A,C,E,G,I,J,K,L,M,O,Q,R,S,U C B B B B C D BFC 459,90 (4) Motorola V360
Motorola V1050 •••• 1,30 A,B,E,G,I,J,K,L,M,O,Q,R B D B B B C C BFC 109,90 Motorola RAZR
Motorola E770V ••• 0,30 A,B,C,E,G,I,J,K,L,O,Q,R,U B C B B B C C BFC 99,90 Sony Ericsson
Motorola RAZR V3x ••• 1,90 A,B,C,E,G,i,j,K,L,M,O,Q,R,U C C B C B B C BFC 249,90 249,90 Sony Ericsson
novo Motorola E1070 ••• 1,30 A,C,E,G,I,J,K,L,M,O,S B C C B B C n.a. BFC 179,90 Nokia 7370
novo Nokia N80 ••• 3,00 A,B,C,D,F,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R,S,U B C C B B B B BFC 669,00 - 679,00 Samsung SGH-
Nokia N90 •••• 1,90 A,B,C,E,G,I,J,K,L,M,O,Q,R,U,V B D B B B B C BFC 629,00 - 699,90 Nokia 3220
Sony Ericsson W900i (1) •••• 2,00 A,C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q,R,S,T,U,V B D B C C C B BFC 569,00 - 569,90 Motorola PEBL
novo LG U8500 ••• 1,30 A,C,E,G,i,K,L,M,N,O,Q,R,S,T C B A B B C C BFC 389,90 Nokia 8800
novo Nokia N91 •••• 2,oo C,D,E,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R,S,U C D C B B C B BFC 659,00 - 679,00 599,90 Siemens SL75
Terceira geração (UMTS) com máquina fotográfica e sem leitor de MP3 novo Sagem my401x
Sony Ericsson K600i (1) •• 1,30 C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q,R B B B C C C n.a. B 159,90 Siemens CL75
Sony Ericsson V600i (1) •• 1,30 C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q,R B B B C C C n.a. BFC 159,90 Samsung SGH-
Samsung SGH-ZV10 (1) ••• 0,30 C,E,G,I,K,L,M,O,Q,R, C C B B B C n.a. BFC 129,90 LG S5200
Samsung SGH-Z300 (1) ••• 1,00 A,C,E,G,I,K,L,M,O,Q,R,T C C A B B C n.a. BFC 219,90 219,90 Motorola V620
Samsung SGH-Z500 (1) ••• 1,00 A,C,E,G,I,K,L,M,O,Q,R, C B A B B C n.a. BFC 179,90 179,90 249,90 Nokia 6600 (1)
Motorola V975 •••• 0,30 A,B,E,G,I,J,K,L,M,O,Q, C D B C B D n.a. BFC 99,90 Siemens AP75
Com máquina fotográfica e leitor de MP3 Nokia 7380
Sony Ericsson W800i (1) ••• 2,00 A,B,C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q,R,S,T,U,V A B B C C B B B 359,00 - 399,90 Motorola V3
novo Sony Ericsson W810i ••• 2,00 A,B,C,F,G,I,J,K,L,O,P,Q,R,S,T,U,V A B B C C B B B 429,90 - 459,90 Sem máquina
novo Samsung SGH-P300 • 1,30 C,E,G,I,K,L,N,O,Q,R,S,T B B B B B C E B 439,00 - 449,90 Nokia 6030
Samsung SGH-D600 (1) ••• 1,90 A,C,F,G,I,K,L,N,O,Q,R B B B B A C C B 459,00 - 459,90 249,90 Samsung SGH-
Nokia 6270 •••• 1,90 A,B,C,F,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R B C C C B B B B 339,00 - 349,00 Samsung SGH-
Sony Ericsson W550i (1) ••• 1,30 C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q,R,S,T,U B C B B C C C B 299,00 - 349,00 novo Benq Siemens
novo Samsung SGH-D800 •• 1,30 C,E,G,I,J,K,L,N,O,Q,R,S C B B B A C E B 339,90 - 359,90 novo Samsung SGH-
novo Nokia 6125 •• 1,30 A,C,F,G,H,I,J,K,L,M,O,P,Q,R,S,U C B B B B C C B 259,00 - 269,00 Nokia 1100 (1)
novo Nokia 3250 ••• 2,00 A,B,C,E,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R,S,T,U B C B C B B C B 369,00 - 379,00 novo Motorola L2
Motorola ROKR E1 ••• 0,30 A,B,C,E,G,I,J,K,L,N,O,Q,R,T,U B C C C B C D B 139,00 - 199,90 LG C1150
novo Benq Siemens S88 •• 2,00 A,C,E,G,I,J,K,L,N,O,Q,R,S,U,V B B B C B C D BFC 299,90 - 299,90 Siemens A70
novo LG KG800 • 1,30 C,E,G,I,L,N,O,Q,R,S,T C B B B B C D BFC 399,90 - 399,90 Alcatel OT-E256
novo LG M6100 • 1,30 C,E,G,I,K,L,N,O,Q,R,S,T C B B B B D D BFC 269,00 - 279,90 Sony Ericsson
novo LG S5100 •• 1,30 C,E,G,I,K,L,M,N,O,Q,R,S C B B B B C E BFC 239,00 - 249,90
Com máquina fotográfica e sem leitor de MP3
Nokia 6230i •• 1,20 A,B,C,E,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R B B B C B C n.a. B 259,00 - 299,00 249,90 249,90
novo Sony Ericsson Z530i •• 0,30 A,C,E,G,I,J,K,L,M,O,Q,S A B A B C D n.a. B 189,00 - 199,90
Nokia 6101 •• 0,30 E,G,I,J,K,L,M,O,P,R, B B B C A C n.a. B 159,00 - 189,00 129,90
Nokia 6111 •• 1,00 C,E,G,H,I,J,K,L,O,P,Q,R B B B C B C n.a. B 289,00 - 309,90

20 PROTESTE 272 Setembro 2006

 telemóveis testámos 75 aparelhos

TELEMÓVEIS: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE

CARACTERÍSTICAS RESULTADOS DOS TESTES PREÇO (€) Julho de 2006

Pacotes
Resolução (megapixéis)

Facilidade de utilização
Qualidade do som
Aparelhos
Equipamento (3)
(entre... e...)

Leitor de MP3

APRECIAÇÃO
Resistência

Fotografias
Volume (2)

Transporte

Vodafone
Optimus
GLOBAL
Bateria

TMN
•• 0,30 E,G,H,I,J,K,L,O,P,R,S B B B C A D n.a. B 209,00 - 249,00
E530 (1) •• 1,00 C,G,I,L,M,N,O,Q,R, B B A B A C n.a. B 289,00 - 299,00 ESCOLHA ACERTADA
E760 (1) •• 1,30 C,E,G,I,K,L,M,N,O,Q,R C B A B A C n.a. B 309,90 - 379,90
L7 • 0,30 A,C,F,G,I,J,K,L,N,O,Q,R B B B C B C n.a. BFC 199,00 - 239,90 159,90 > Caso queira ouvir música num leitor
•• 0,30 E,G,H,I,J,K,L,O, B B B B B D n.a. BFC 109,00 - 129,00 109,90 109,90 109,90 de MP3, tirar fotografias e ver o interlo-
cutor, compre um aparelho de terceira
••• 0,30 E,G,H,I,J,K,L,O,P,R B B B C B C n.a. BFC 179,00 - 199,00 149,90 149,90
geração (UMTS). O Nokia 6280 (entre
••• 0,30 A,C,E,G,I,J,K,L,M,N,O,Q,R B B B B B C n.a. BFC 109,90 109,90 109,90 € 399,00 e € 409,00) é o Melhor do
V3i • 1,20 A,C,F,G,I,J,K,L,M,N,O,Q,R B B B C B C n.a. BFC 289,00 - 299,90 Teste e a Escolha Acertada: tem a me-
K300i (1) •• 1,20 E,G,I,J,K,L,O,Q A B B C C C n.a. BFC 139,00 - 139,90 109,90 lhor relação entre qualidade e preço.
Z520i (1) •• 1,20 C,F,G,I,J,K,L,M,O,Q,R A B B B B n.a. BFC 219,00 - 229,90
> Se puder prescindir do leitor de MP3,
D o Sony Ericsson K600i (só vendido na
•• 1,20 C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q,R C B C C B C n.a. BFC 329,00 - 339,00
Optimus por € 159,90) recebe o título
E880 (1) •• 1,00 C,E,G,I,L,N,O,Q,R,T C B B C A C n.a. BFC 189,90 - 219,90 159,90 de Melhor do Teste. Dado que os mo-
•• 0,30 E,G,I,J,K,L,O, B B C C B D n.a. BFC 125,00 - 129,00 129,90 delos desta categoria são apenas ven-
U6 •• 0,30 C,F,G,I,J,K,L,M,N,O,R B B A C B D n.a. BFC 259,90 - 299,90 299,90
didos em pacotes das três operadoras,
não atribuímos Escolha Acertada.
• 0,50 C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q C C B C B C n.a. BFC 869,00 - 899,00
> Caso não tenha especial interesse nas
(1) •• 1,30 C,E,G,I,K,L,O,Q,R C B C C B C n.a. BFC 366,00 - 399,90 videochamadas, pode optar por um apa-
•• 0,30 C,E,G,I,K,L,N,O,S B B B B C D n.a. BFC 79,90 relho de segunda geração, com máqui-
(1) •• 0,30 E,G,I,K,L,M,O C B B B B D n.a. BFC 139,00 - 189,00 na fotográfica e leitor de MP3. O Melhor
do Teste é o Sony Ericsson W800i (entre
X640 •• 0,30 E,G,I,K,L,N,O B B A B B D n.a. BFC 139,00 - 159,90 99,90
359 e 399,90 euros). A Escolha Acerta-
••• 1,20 C,E,G,I,K,L,N,O,Q,R C B B B B C n.a. BFC 239,00 - 249,00 da recai no Sony Ericsson W550i (entre
••• 0,30 C,F,G,I,J,K,L,M,N,O B C B C B D n.a. BFC 229,00 - 229,90 € 299,00 e € 349,00) e no Nokia 6125
•••• 0,30 A,B,C,E,I,J,K,L,O C C C C C C n.a. BFC 219,90 - 239,90 219,90 (entre € 259,00 e € 269,00), por terem
um preço mais acessível.
•• 0,10 C,E,G,L,N,O,R A B C C B E n.a. BFC 129,90
> Com a possibilidade de tirar fotogra-
• 1,90 C,E,G,I,J,K,L,O,P,Q,R C B B C D D n.a. C 449,00 - 479,00 fias, mas sem leitor de MP3 (embora,
• 0,30 C,F,G,I,J,K,L,M,N,O C B D C B D n.a. C 209,90 - 249,90 179,90 179,90 por vezes, seja possível reproduzir fichei-
fotográfica nem leitor de MP3 ros neste formato), o Nokia 6230i (entre
€ 259,00 e € 299,00) é o Melhor do
•• n.a. G,I,K,L,O,P,R A B C C B n.a. n.a. B 99,00 - 117,90 99,90
Teste. A Escolha Acertada, pelo seu pre-
X480 (1) •• n.a. E,G,I,L,N,O B A A B B n.a. n.a. BFC 99,90
ço mais acessível, é o Nokia 6101 (entre
X200 (1) • n.a. E,G,I,K,L,N,O,R C A B B B n.a. n.a. BFC 99,00 - 129,90 79,90 159 e 189 euros). Com uma qualidade
S68 • n.a. C,E,G,I,K,L,O,S C A B B B n.a. n.a. BFC 159,90 - 169,90 um pouco inferior, o Nokia 3220 (entre
C120 (1) •• n.a. L,N,S B B B B B n.a. n.a. BFC 69,90 - 89,90 69,90
€ 125,00 e € 129,00) apresenta um pre-
ço muito interessante, sendo a nossa
•• n.a. N B B C C B n.a. n.a. BFC 59,00 - 65,00 39,90 39,90
Escolha Económica.
• n.a. C,E,G,H,I,J,K,L,N,O,S C B B C B n.a. n.a. BFC 99,90 > Caso o telemóvel sirva sobretudo pa-
• n.a. G,I,L,N,O,R C A A B C n.a. n.a. BFC 69,90 ra fazer chamadas, a última categoria
•• n.a. E,O C A B C B n.a. n.a. BFC 39,90 39,90 39,90 é mais indicada. O Nokia 6030 (entre
€ 99,00 e € 117,90) é o Melhor do Teste
• n.a. L,N,O,R C A B B C n.a. n.a. C 59,90
e a Escolha Acertada.
Z300i (1) •• n.a. G,L,M,O,R B B D C C n.a. n.a. CFD 109,90 - 119,90 > Os títulos apresentados referem-se
apenas a produtos vendidos avulso. Se
(1) Este modelo encontra-se em fase final de comercialização. preferir um telemóvel inserido num pa-
(2) Quanto mais •, mais volumoso é o aparelho.
(3) Equipamento: A = ranhura para cartão de memória; B = inclui cartão de memória; C = Bluetooth; D = Wireless lan; E = tri cote das operadoras, e como os preços
band; F = quadri band; G = GPRS; H = push-to-talk; I = java; J = marcação por voz; K = função mãos-livres; L = ecrã a cores; mudam com frequência, opte por um
M = dois ecrãs; N = toque por vibração, seguido de som; O = som polifónico; P = rádio FM; Q = reprodução de ficheiros de
MP3; R = auriculares estéreo; S = ficha normalizada para auriculares; T = tecla de acesso directo; U = modo de voo; modelo com boa classificação no teste
V = autofocus. e o preço mais baixo que encontrar.
(4) Preço indicado pelo representante da marca em Portugal (na altura em que recolhemos os preços, não encontrámos este
modelo à venda).

PROTESTE 272 Setembro 2006 21

 3 MIL PORTUGUESES À MESA

Quilos a mais, saúde a menos

Metade dos inquiridos faz uma alimentação pouco
equilibrada e a grande maioria são sedentários.
Prejudicam assim o seu bem-estar físico e psicológico

22 PROTESTE 272 Setembro 2006


A importância de seguir uma
alimentação equilibrada e pra-
ticar exercício físico para uma
vida saudável não é recente.
Já na antiguidade clássica, Hi-
pócrates (século IV a.C.), o pai
da medicina ocidental, dizia
que comer a dose certa de ali-
mentos (nem pouco nem mui-
to) e praticar exercício era a
melhor das medicações.
O nosso inquérito junto de 12
mil consumidores mostra que
quem tem uma alimentação
cuidada, respeitando a propor-
ção de alimentos (ver roda dos
alimentos ao lado), e faz meia
hora de exercício físico por dia,
sente-se melhor física e psico-
logicamente. A probabilidade
de ter um peso adequado para
a estatura é maior, revelam me-
lhores resultados no bem-estar,
mostram-se mais satisfeitos
com o seu corpo e com maior
energia no dia-a-dia. Além dis-
so, reportam menos doenças
crónicas, como hipertensão,
obesidade ou diabetes.
Entre estes inquiridos, a proba-
bilidade de haver um distúrbio
alimentar (como bulimia ou
anorexia) é muito menor.
Pecado chamado gula
> É preocupante verificar que
mais de metade dos portugue-
ses não tem um estilo de vida
saudável. Dos 4 países que
participaram no estudo, os por-
tugueses são os que referiram
praticar menos exercício físico:
87% podem mesmo ser consi-
derados sedentários. Além dis-
so, já lá vai o tempo em que
Portugal seguia a dieta mediter-
rânica, rica em fruta, legumes,
peixe e azeite.
O nosso estudo revela que os
portugueses comem pouca
fruta e legumes: 40% não co-
mem fruta diariamente e 50%
não comem vegetais ou comem
uma vez por dia. Além disso,
ingerimos com demasiada fre-
quência doces e alimentos ricos
em gorduras saturadas como
carnes e lacticínios gordos e
produtos de charcutaria (estes
últimos também ricos em sal).
Cerca de um terço dos adultos
e cerca de 15% dos adolescen-
tes não têm o hábito de tirar a
pele e as gorduras do peixe e
da carne (em especial a pele
do frango), onde se concentram
as gorduras.
O nosso estudo mostra ainda
que abusamos do sal e do ál-
cool. Além de a grande maioria
dos inquiridos afirmar cozinhar
sempre com sal, mais de um
terço dos portugueses não dis-
pensam o saleiro à mesa.
> Já está bem demonstrado
que uma alimentação rica em
gorduras saturadas, colesterol
e pobre em fibras aumenta o
risco de doenças cardíacas,
acidentes vasculares cerebrais
e diabetes. Contribui também
para o excesso de peso e obe-
sidade. O aumento de adultos
e crianças obesos nos países
desenvolvidos tem preocupado
a Organização Mundial da Saú-
de. De acordo com os dados
recolhidos sobre altura e peso,
>>
INQUÉRITO
DECO PROTESTE
EMENTA IDEAL
Fonte: Roda do Instituto do Consumidor
2%
20% 18%
5%
4%
23%
28%
> Coma, pelo menos, 3 doses de legumes e 2 frutas por dia.
> Coma 2 ou 3 doses de lacticínios por dia (leite e iogurtes).
> Coma 2 ou 3 doses de carne, peixe, ovos ou leguminosas por
dia. Inclua, pelo menos, 2 vezes peixe por semana.
> Evite petiscar doces e salgados entre as refeições e à frente da
televisão. Prefira um iogurte ou uma peça de fruta.
> Não abuse da fast-food (no máximo, 2 vezes por mês).
> Não beba ou modere o consumo de álcool (no máximo, 2 copos
por dia para os homens e 1 para as mulheres).
> Modere o consumo de café, chá ou cola (no máximo, 2 chávenas
de café ou chá por dia).
> Faça exercício físico: pelo menos 30 minutos por dia.
DIZ-ME O QUE COMES...
> Em Janeiro e Fevereiro de 2006, enviámos questionários
para adultos e adolescentes com o objectivo de conhecer
os hábitos alimentares dos cidadãos de quatro países das
associações nossas congéneres da Euroconsumers (Portu-
gal, Espanha, Bélgica e Itália). Além da frequência com
que comem cada tipo de alimento, analisámos as reper-
cussões na sua saúde, peso, imagem corporal e bem-estar.
Testámos ainda os conhecimentos e as crenças sobre esti-
los de vida saudáveis.
> Obtivemos quase 12 mil questionários válidos (dos quais
3328 de portugueses). Os dados são representativos da po-
pulação (dos 13 aos 74 anos) de cada país.
> Salvo indicação em contrário, os valores indicados no ar-
tigo referem-se à situação portuguesa.
PROTESTE 272 Setembro 2006 23
 PORTUGUESES SEM CONTA NEM MEDIDA
Balança acusa excesso de peso
Pedimos aos inquiridos para indicarem o seu peso e altura, para
Peso insuficiente 2% calcular o seu índice de massa corporal (IMC). Este indicador ob-
2,5% tém-se com um cálculo simples (quilos ÷ m2). O IMC recomendável
para um adulto situa-se entre 18,5 e 25. Acima de 25, considera-se
48% que o peso já é excessivo para a altura. A partir de 30, já se trata
Peso recomendável de um caso de obesidade. Pode calcular o seu IMC no simulador
80%
do nosso sítio (www.deco.proteste.pt > simuladores > saúde).
Metade dos adultos e 1 em cada 5 adolescentes tem peso a mais
Pré-obesidade 36% (14% e 6% respectivamente são obesos). A situação é preocupan-
12% te: a obesidade é um factor de risco para várias doenças crónicas,
como diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares,
umas das principais causas de morte. Entre os inquiridos, quase
Obesidade 14% Adultos
40% diz sofrer de uma doença crónica, sendo a hipertensão (entre
5,5% Adolescentes outros problemas cardiovasculares) e a diabetes das mais citadas.

Poucos legumes e fruta e muito sedentários

Sedentários 87% As principais causas para o aumento da obesidade nos países oci-
dentais estão associadas ao estilo de vida: falta de exercício físico
Pouca fruta
(menos de 2 doses por dia) 77% regular e uma alimentação desequilibrada, demasiado rica em gor-
Poucos vegetais duras saturadas e açúcar e pobre em fibras (fruta e legumes).
(menos de 3 doses por dia) 75% Os resultados do nosso inquérito mostram bem que a grande
Gorduras saturadas e proteínas a mais maioria dos portugueses não respeitam as boas práticas para uma
(carnes e lacticínios gordos, ovos) 55%
vida saudável (ver Ementa ideal, na página 23). Poucos praticam,
Abusam do álcool 13% pelo menos, 30 minutos de actividade física por dia, não comem
Abusam da fast-food 12% fruta e legumes suficientes, comem demasiados alimentos ricos
em gorduras saturadas e do grupo rico em proteínas (carne, peixe,
Pouco peixe (menos de
2 vezes por semana) 6% lacticínios e ovos). Mais de um terço tem o hábito de petiscar en-
tre as refeições e beber álcool a mais.
Abusam da cafeína 6% Não surpreende, assim, que os portugueses apresentem quilos a
mais e saúde a menos.

Preocupados com o corpo

Quando se olham ao espelho, três em cada cinco portugueses
Devia ser consideram-se muito gordos. A barriga, as ancas, as nádegas, as
mais magro coxas, as pernas (e o peito, nas mulheres) são as partes do corpo
75% que menos agradam, tantos aos adultos como aos adolescentes,
causando ansiedade.
As respostas de alguns inquiridos apontam para algum risco de so-
Devia ter mais peso 8% frerem (ou virem a sofrer) de distúrbios alimentares, como bulimia
e anorexia: 9% dos adultos e 11% dos adolescentes.
17%
Acho que Mais de uma centena de adolescentes (0,3% desta amostra) são
estou bem
mesmo possíveis casos de anorexia nervosa.

24 PROTESTE 272 Setembro 2006


Petiscos à frente
da televisão
Adultos 40%
Adolescentes 67%
Cerca de 10% dos portugueses
(adolescentes e adultos) não cos-
tumam tomar o pequeno-almoço.
Não se deve saltar nenhuma re-
feição, sobretudo o pequeno-al-
moço. Vários estudos já eviden-
ciaram que afecta a capacidade
de trabalho, de aprendizagem e
desempenho escolar.
Outro hábito pouco saudável en-
tre os jovens é o de passarem
horas à frente do ecrã a petiscar
aperitivos salgados, bolachas e
doces. Este é um factor de risco
para a obesidade, até por estar
muito associado a maior seden-
tarismo.
Saúde e bem-estar
Mais de metade dos portugue-
ses não tem um padrão alimen-
tar saudável. Os inquiridos que
seguem uma alimentação equi-
librada e fazem 30 minutos de
actividade física por dia:
– apresentam mais frequente-
mente um peso adequado;
– sentem-se mais saudáveis e
têm menos doenças crónicas;
– sentem mais energia;
– sentem-se bem no seu corpo;
– têm um risco menor de sofrer
de distúrbios alimentares.
Hábitos
saudáveis
43%
57%
Hábitos pouco
saudáveis
>>
metade dos adultos e pratica-
mente 1 em cada 5 adolescen-
tes têm excesso de peso.
Dos 4 países que participaram
no estudo, Portugal foi onde se
verificou um maior número de
obesos (14% dos adultos e 6%
dos adolescentes).
> Estudos revelam que contro-
lar o peso permitiria reduzir
metade dos cancros. Entre as
causas de morte que podem
ser prevenidas, a obesidade
está em segundo lugar, a se-
guir ao tabaco.
A obesidade é um factor de
risco para doenças crónicas
graves (hipertensão, doenças
coronárias, acidentes vascula-
res cerebrais, diabetes, etc.)
e para a mortalidade precoce.
Estima-se que também seja
responsável por 70 mil novos
casos de cancro por ano na
União Europeia.
No nosso estudo, verificámos
que quanto maior é o índice
de massa corporal, maior o
número de doenças crónicas e
visitas ao médico.
> Além dos problemas físicos,
a obesidade tem repercussões
na vida social e psicológica.
As dificuldades para se des-
locarem e o mal-estar com a
imagem corporal tendem a re-
duzir as saídas e os contactos
sociais, podendo desencadear
estados depressivos. O nosso
estudo mostra que índices de
massa corporal mais elevados
estão associados a pior quali-
dade de vida relacionada com
a saúde e maior risco de dis-
túrbios alimentares.
Ensinar bons hábitos
> Um quarto dos adolescentes
diz comer hambúrgueres e pi-
zas, pelo menos, uma vez por
semana. Mais preocupante: 5%
rende-se à “comida de plásti-
co” mais de 2 vezes por sema-
na ou até diariamente.
3 mil portugueses à mesa
> Num artigo sobre obesidade infância ou adolescência (70 a
nas crianças e adolescentes, 80% dos casos).
publicado na TESTE SAÚDE n.º A formação dos bons ou maus
56, referimos que passam, em hábitos alimentares forma-se
média, três horas por dia em nestas idades.
frente do ecrã. O nosso estu- > Estudos evidenciaram que
do revela agora que um quarto muitos problemas de saúde
dos adolescentes tem o hábito têm a sua origem em erros ali-
de petiscar entre as refeições, à mentares na infância. É o caso
frente da televisão ou do com- das doenças do coração, aci-
putador. Geralmente, escolhem dentes vasculares cerebrais, os-
bolos, bolachas e batatas fritas, teoporose, alguns tipos de can-
alimentos pouco interessantes cro, hipertensão e obesidade.
Jovens abusam dos bolos, bolachas
e batatas fritas ao computador
ou à frente da televisão
do ponto de vista nutritivo, de- Deve-se, pois, apostar na pre-
vido ao excesso de açúcar, sal venção desde a mais tenra ida-
e gordura. Não admira, pois, de. Para prevenir a obesidade,
que um quinto dos adolescen- os pais devem encorajar os fi-
tes tenha excesso de peso. lhos a:
Também num estudo recente – fazer desporto;
sobre cantinas escolares, publi- – ver menos televisão;
cado na PRO TESTE n.º 261 em – evitar doces e aperitivos;
Setembro de 2005, verificámos – comer fruta à sobremesa;
que muitas escolas pecam por – tomar o pequeno-almoço.
servir fritos e doces a mais. Dar doces como recompensa é
> O risco de ser um adulto obe- um mau princípio. É também
so é muito elevado quando o importante vigiar o peso das
excesso de peso já existe na crianças.
>>
NÚMEROS PREOCUPANTES
90% lêem os rótulos dos alimentos, mas apenas para ver
a data de validade: menos de metade vêem o valor
calórico ou nutricional do que compram.
13% tiveram uma intoxicação alimentar no último ano.
Acusam os bolos com creme, o marisco e os ovos.
8% dos adolescentes apresentam risco de sofrer de al-
gum distúrbio alimentar (bulimia ou anorexia).
6% dos inquiridos tomaram laxantes e 3% diuréticos por
iniciativa própria. Nunca se deve tomar produtos para
emagrecer sem conselho do médico.
5% referiu ter uma alergia ou intolerância alimentar.
O leite, a fruta e o marisco são os mais citados.
PROTESTE 272 Setembro 2006 25
 3 mil portugueses à mesa

10 MITOS À MESA
Beber água às refeições engorda.
Falso Até ao momento, não há evidência cientí-
fica que relacione as duas coisas, mas 20% dos
portugueses tem esta crença errada.
O pão escuro é mais saudável.
Verdadeiro Um terço dos portugueses acha que
não, mas o pão integral tem mais fibras, vitami-
nas e sais minerais do que o branco.
As batatas engordam.
Falso Cozidas, têm metade das calorias do arroz
e um terço da massa. Se forem fritas, têm o tri-
plo das calorias.
As bananas causam prisão de ventre.
Verdadeiro Um quarto dos portugueses não sa-
bia e 20% pensava que estava errado. Para re-
duzir este efeito, aconselha-se a comê-las bem
maduras.
O óleo é menos calórico do que a manteiga.
Falso O óleo tem 100% de gorduras e a man-
Encomendas teiga 80 por cento. Como tal, é mais calórico.
Telefone: 808 200 146 Mas 18% dos portugueses pensava o contrário
Correio electrónico: e 48% não sabia a resposta.
assinaturas@deco.proteste.pt
Loja virtual: www.deco.proteste.pt/loja
As mulheres são mais sensíveis ao álcool.
Verdadeiro Metade dos inquiridos não sabia
que o funcionamento do fígado difere entre os
sexos, sendo as mulheres mais vulneráveis ao
álcool.
O chocolate provoca acne.
Falso Mais de metade dos inquiridos erraram.
Esta relação não está comprovada.
Comer laranja à noite faz mal.
Falso Um quarto dos portugueses acredita que
“a laranja à noite mata”. Pode ser excitante pe-
la sua riqueza em vitamina C, mas daí a fazer
mal à saúde...
Os espinafres dão energia.
Falso Mais de 40% dos portugueses pensa que
sim. Mas este legume tem poucas calorias.
Os legumes congelados têm menos vitaminas.
Falso Mais de metade dos portugueses pensa
que sim, mas as técnicas de congelação não
destroem os nutrientes, se forem bem execu-
tadas e os alimentos ficarem congelados até à
altura do consumo.

>>
Em qualquer idade, procure
manter o peso adequado. Não
se deve fazer dietas exageradas
nem tomar produtos que pro-
metem emagrecer em poucas
semanas.
Alguns inquiridos dizem ter to-
mado laxantes ou diuréticos no
último ano, sem ir ao médico
Estar informado sobre saúde ajuda
a adoptar bons hábitos alimentares.
Mas 85% dos portugueses têm lacunas
médico de família ou médico
de clínica geral.
Seja qual for a opção, para per-
der peso de forma saudável e
duradoura, deve fazer-se uma
alimentação variada e equili-
brada, respeitando as propor-
ções da roda alimentar (ver
página 23).
CONSUMIDORES EXIGEM
> Mais de metade dos inquiridos não tem uma vida saudável.
O estudo mostra que uma alimentação sã e meia hora de exercí-
cio por dia traz ganhos inegáveis para a saúde e bem-estar.
> É urgente que o Ministério da Saúde faça um inquérito nacio-
nal para determinar o que comem os portugueses (frequência e
quantidades). Conhecer o estilo de vida, os principais erros e os
grupos que os cometem com maior frequência permite progra-
mar campanhas e actividades dirigidas a esses públicos. O In-
quérito Alimentar ao nível nacional, na gaveta há já demasiado
tempo, é fundamental para que o Plano Nacional de Luta contra
a Obesidade (criado em 2005) seja eficaz.

> Os ministérios da Educação e da Saúde devem reforçar a im-

(ver Números preocupantes, na
página 25). Pode ser perigoso.
Apenas 15% dos inquiridos pro-
curaram especialistas da área
alimentar para perder peso.
Quase metade dos inquiridos
consultou um nutricionista ou
dietista. Muitos foram ao seu
Além disso, é importante fazer
mais actividades físicas: andar
mais a pé, usar as escadas em
vez do elevador, ao fim-de-se-
mana, fazer caminhadas, jardi-
nagem ou andar de bicicleta.
A sua saúde e bem-estar agra-
decem.
portância da alimentação equilibrada e do exercício físico nos
programas escolares. Tal como já reivindicámos, as cantinas de-
vem privilegiar a fruta e os legumes e reduzir os fritos e doces.
> Cabe ainda ao Ministério da Saúde apostar em mais nutricio-
nistas e dietistas nos centros de saúde. Para que todos os cida-
dãos tenham direito aos mesmos cuidados de saúde.

26 PROTESTE 272 Setembro 2006


combustível e emissão de gases
Rumo a uma condução ecológica
O tráfego rodoviário é uma das principais fontes de poluição
nas cidades. Optar por carros menos poluentes e adoptar
uma condução mais suave reduz o seu impacto no ambiente
A Europa tem vindo a confrontar-
-se, sobretudo nas últimas du-
as décadas, com o aumento do
pt272poluicao trânsito rodoviário. Os cidadãos
deslocam-se mais e com maior
Dicas para reduzir o
consumo e as emissões facilidade e, devido ao rápido
de dióxido de carbono crescimento da rede de estradas
do seu carro e auto-estradas, o transporte de
mercadorias é assegurado sobre-
www.deco.proteste.pt
tudo por via rodoviária.
Este aumento do tráfego cria
problemas de gestão do trânsito
e do controlo das emissões po-
luentes, em particular de gases
com efeito de estufa.
Estes últimos em muito contri-
buem para o aquecimento global
e para as alterações climáticas.
Em Portugal, já foram ultrapas-
automóvel
sados os limites de emissões
definidos pelo Protocolo de Quio-
to. O principal responsável pelo
crescimento destas emissões, no
nosso país, é o sector dos trans-
portes. Só entre 1990 e 2004 re-
gistou-se um acréscimo de quase
100 por cento.
Para contrariar esta tendência, foi
criada nos anos 90, na União Eu-
ropeia, uma regulamentação que
obriga os construtores de auto-
móveis a tornarem os carros cada
vez menos poluentes.
Por exemplo, a norma mais re-
cente, a EURO 4, limita a produ-
ção de 1g de monóxido de car-
bono (CO) nos carros a gasolina
vendidos desde o início do ano.
Tal representa uma limitação três
vezes superior à definida pela pri-
meira norma, a EURO 1, em 1993.
A partir de 2008, deverá entrar
em vigor a norma EURO 5, im-
pondo limites ainda mais restri-
tos para as emissões de óxido de
azoto e de partículas nos moto-
res a gasóleo.
Espera-se que venha a ser uma
nova etapa na redução das
emissões, obrigando, por exem-
plo, a que todos os carros a
gasóleo venham equipados de
série com filtros de partículas.
Mas, enquanto não acontece, na-
da impede que os construtores
tomem já a iniciativa de incorpo-
rar este sistema nos carros.
>>
PROTESTE 272 Setembro 2006 27
 >>
A União Europeia fixou ainda O impacto positivo das novas tec- uma condução menos agressiva, combustível, ao fim de 10 mil
um limite máximo para a emis- nologias aplicadas aos motores são factores essenciais no respei- quilómetros, mais € 1000 do que
são de dióxido de carbono (CO₂). tem sido parcialmente anulada to pelo ambiente. um eco-condutor.
Até 2010, os carros novos não pelo aumento da sua potência e Adoptar uma condução mais re-
poderão produzir mais de 120 do número de quilómetros per- A cada condução, laxada na cidade permitiu reduzir
g/km, mas actualmente uma boa corridos pelos automobilistas. seu consumo e emissão para menos de metade o consu-
parte do parque automóvel exce- Poluir menos passa também pe- > No nosso estudo, avaliámos mo e emissões no Peugeot 307
de em mais de 30% este limite. los consumidores. A escolha do como o consumo de combustí- diesel e no Toyota Prius face a
Apesar dos automóveis de passa- carro, do seu combustível, de vel e a produção de dióxido de uma condução agressiva.
geiros serem cada vez mais efi- equipamentos que reduzam a carbono variam com a condução A menor diferença observou-se
cientes, consumindo e poluindo emissão de gases poluentes, co- adoptada e o trajecto percorrido no Seat Leon a GPL, onde a pou-
menos, a produção de gases não mo o filtro de partículas para as (ver caixa ao lado). pança de combustível foi de cer-
tem parado de crescer. viaturas a diesel e a adopção de É na auto-estrada que os qua- ca de 22 por cento.
tro tipos de condução testados > Apesar de ser o mais largo e
apresentam menores diferenças pesado dos carros em teste, o
quanto ao combustível gasto e à Toyota Prius foi o que apresentou
emissão de dióxido de carbono. um consumo médio mais baixo.
DECO PROTESTE AO VOLANTE Isto porque, uma vez atingida a Desde que não conduzido de
velocidade máxima permitida em modo agressivo, gastou entre 5
O consumo de combustível e a produção de dióxido de auto-estrada (120 km/hora) e em e 6,4 litros aos 100 quilómetros
carbono (CO₂) variam, entre outros factores, com o tipo condições normais de circulação, (l/100km), em circuito urbano,
de condução do automobilista, o combustível usado e não há lugar a manobras que fa- e 4,2 a 4,5 l/100km em circuito
o trajecto percorrido. Para analisarmos o peso e a influ- çam variar o consumo e a emis- extra-urbano, isto é, fora das ci-
ência de cada uma destas variáveis, medimos a quan- são de gases, como as acelera- dades. Por ser um carro híbrido,
tidade de CO₂ emitida por 4 carros pequenos familiares ções e as travagens frequentes. beneficia das travagens para car-
com diferentes motores, conduzidos segundo estilos de > Em contrapartida, é em circui- regar a bateria do motor eléctrico
condução diferentes e em 3 percursos. to urbano que a condução tem e cortar a alimentação ao motor
maior influência no consumo e convencional, diminuindo bastan-
CONDUTORES, MOTORES E PERCURSOS EM TESTE nas emissões. Neste tipo de tra- te o consumo de gasolina e as
jecto e com um carro a gasolina, emissões de dióxido de carbono.
Eco-condutor um condutor agressivo gasta em > Todos os carros testados são
Respeita as regras para uma condução económica e segura.
Por exemplo, ao fazer uma aceleração, usa a caixa de
velocidades em baixo regime, não ultrapassando as 3000
rotações num carro a gasolina e as 2500 num a gasóleo.
Para medirmos
CONDUTOR

Relaxado
Tem uma condução suave, sem acelerações bruscas, o consumo,
aumentando, por segundo, a velocidade de 1,6 a 2,3 km/hora. instalámos estes
medidores no carro
Comum a GPL (ao lado)
Faz acelerações moderadas, isto é, por cada segundo e nos a gasolina e
aumenta a velocidade de 2,3 a 2,9 km/h.
gasóleo (em baixo)
Agressivo
As acelerações são intensas, aumentando a velocidade entre
3 e 4 km/h por cada segundo, e faz travagens bruscas.

Gasolina
Peugeot 307
Gasóleo
MOTOR

Peugeot 307
Híbrido (gasolina e biocombustível)
Toyota Prius
GPL (Gases de Petróleo Liquefeitos)
Seat Leon

Urbano
Trajectos de 5 quilómetros durante 15 minutos
a uma velocidade máxima de 50 km/h
PERCURSO

Extra-urbano
Trajectos fora da cidade de 13 quilómetros durante
17 minutos a uma velocidade máxima de 70 km/h
Auto-estrada
Trajectos de 26 quilómetros durante 15 minutos
a uma velocidade máxima de 120 km/h

28 PROTESTE 272 Setembro 2006


EMISSÃO DE PARTÍCULAS (g/km)
Cidade
0,042
Fora da cidade
0,037
Auto-estrada
Sem filtro
O nosso teste revela que os filtros de partículas instalados após a compra
do carro têm uma eficácia apenas relativa. Todos os carros a gasóleo
deveriam vir equipados de série com este dispositivo
mais económicos e ecológicos fo-
ra da cidade. A condução é mais
fluida do que nos centros urba-
nos (não há tantos arranques e
travagens) e como a velocidade
é inferior à da auto-estrada, a re-
sistência ao ar é menor.
> Na auto-estrada o motor diesel
foi o mais poupado, oscilando
entre 4,7 e 5,6 l/100km, numa
condução económica e segura.
Mas o consumo do Toyota Prius
também se mostrou interessante.
Embora, neste tipo de trajecto, os
carros híbridos raramente usem
a bateria por não haver grande
oportunidade de travagem, o seu
consumo não ultrapassou os 5,8
litros aos 100 quilómetros.
> Feitas as contas, os mais pou-
pados em combustível são tam-
bém os menos poluentes.
O carro híbrido é disso exemplo,
apresentando, para o conjunto
dos três percursos, o consumo
médio mais baixo (entre 5,1 a 7,3
l/100km), consoante a condução,
logo seguido do carro a diesel
(entre 5,1 e 8 l/100km).
Com um consumo e emissões su-
Redução
0,051
−16%
0,049
–25%
0,075
–30%
0,053
Com filtro
periores, encontramos o motor a
gasolina e o carro a GPL.
Emissões rotuladas
> Quanto mais pesado e potente
for um carro, maior o seu con-
sumo e a quantidade de gases
poluentes que produz. Se um
carro pequeno, como um Citroën
C3, emite cerca de 1,75 toneladas
de CO₂ em 15 mil quilómetros
percorridos anualmente, já num
Volkswagen Touareg este valor
mais do que duplica.
> Mas como pode um automobi-
lista saber se o seu carro é mais
ou menos poluente? À semelhan-
ça das etiquetas energéticas dos
electrodomésticos, todos os car-
ros novos (consoante o modelo,
a potência, o combustível, etc.)
têm uma etiqueta de consumo e
emissões de dióxido de carbono
(ver página 31). Esta deve estar
presente junto do carro nos pos-
tos de venda e indica o consumo
previsto nos testes oficiais aos
100 quilómetros, bem como a
quantidade de dióxido de carbo-
no emitido por cada quilómetro.
>>
automóvel combustível e emissão de gases
PRÓS E CONTRAS
Gasóleo
Os carros têm, em geral, consumos mais baixos e são
menos poluentes em emissões de CO2. Têm uma longevi-
dade maior e o preço de revenda é mais vantajoso.
Emitem mais óxido de azoto e, caso não tenham filtro,
também mais partículas do que os carros a gasolina.
Gasolina
Os carros a gasolina têm um preço de venda inferior ao
dos com motor a gasóleo.
Consomem mais do que os carros a gasóleo e o preço
da gasolina é mais elevado. Produzem mais monóxido de
carbono e hidrocarbonetos do que os motores a diesel.
GPL
Resulta de uma mistura de gás propano e butano e é tão
seguro quanto os restantes combustíveis, desde que o
sistema de combustão seja montado de origem ou por
instaladores devidamente credenciados. O preço do GPL
torna-o muito competitivo face ao gasóleo e gasolina.
É um pouco menos poluente do que os motores a gasoli-
na em emissões de CO2 e não produz partículas.
A instalação desta tecnologia ainda é muito limitada e
não está disponível para todas as versões. Nem todas as
bombas abastecem GPL. Produz mais monóxido de car-
bono do que outro combustível e consome mais 30% de
combustível do que os motores a gasolina.
Biocombustíveis
São de origem vegetal e, segundo as normas europeias
em vigor, podem ser misturados com gasolina (entre 5 e
7% de bioetanol) ou com gasóleo (5% de biodiesel), sem
ser necessário adaptar o motor do carro.
Reduzem as emissões de dióxido de carbono na mesma
proporção do biocombustível usado.
Consumo ligeiramente mais elevado do que usando ape-
nas gasolina ou gasóleo, por ter um poder calorífico in-
ferior aos dos combustíveis tradicionais. O fornecimento
deste biocombustível ainda é muito limitado.
Híbrido
Combinam um motor a gasolina com um eléctrico, o que
permite reduzir o consumo e as emissões de dióxido de
carbono entre 30 e 50% face a um carro a gasolina.
Preço de aquisição relativamente elevado e poucos mo-
delos com esta possibilidade.
Eléctrico
Os carros são muito silenciosos, dada a ausência do mo-
tor. Funcionam apenas a electricidade.
Custo elevado e poucos modelos disponíveis. Autonomia
reduzida e baterias com duração de vida limitada.
PROTESTE 272 Setembro 2006 29
 RECICLAR COMPORTAMENTOS NA ESTRADA >>
Na barra colorida da etiqueta, es-
tes valores são apresentados em
A condução adoptada pelo automobilista é um dos factores responsáveis pela variação comparação com a média dos
do consumo de combustível e, consequentemente, pela quantidade de gases poluentes veículos no mercado.
produzidos pelo carro. Por exemplo, num trajecto urbano e com um motor a gasolina, Quanto mais próximo o modelo
um condutor agressivo pode ver aumentado o gasto de combustível e de emissões em questão está do verde (classe
de dióxido de carbono em 82%, face a uma condução económica e segura. A), menor o seu consumo e emis-
são de gases poluentes.
Consumo médio (l/100km) > Outra possibilidade é visitar o
sítio da Direcção-Geral de Viação
Cidade Auto-estrada e preencher o formulário com os
dados do carro (ver ao lado).
9,94 7,28
7,46 5,47
Eco-condutor
5,93 5,98
Carros menos poluentes
> Alguns equipamentos permitem
13,12 9,99
reduzir ligeiramente as emissões
poluentes: filtros de partículas,
10,52 7,11
no caso dos motores a gasóleo,
5,75 5,09
Relaxado e catalizadores, nos carros a ga-
4,98 5,72
solina. Nos primeiros, a emissão
12,23 9,79
de partículas é a sua falha am-
10,80 7,49 biental mais evidente, emitindo
7,93 5,46 cerca de 30 a 100 vezes mais
Comum 5,82 partículas do que os motores a
6,39
13,72 9,56
gasolina. Para tentar remediar es-
te problema, os construtores de
18,13 7,92 automóveis têm vindo a melhorar
11,63 5,74 as técnicas de combustão do ga-
Agressivo 10,15 6,50
sóleo e as petrolíferas reduziram,
14,96 10,11 em geral, o teor de enxofre do
combustível.
Mas foi sobretudo ao disponi-
bilizarem-se, de série ou como
Emissões de CO2 (g/km) opção, filtros de partículas nos
Cidade Auto-estrada carros a diesel, que se conseguiu
reduzir a emissão deste poluen-
234 172 te. Estes filtros eliminam entre
196 144 95% e 99% das partículas, fazen-
Eco-condutor
139 140 do com que um carro a gasóleo
214 163 equipado com esta tecnologia
produza menos partículas do que
248 168 um carro a gasolina.
151 134 > É, contudo, lamentável que fa-
Relaxado
117 134 ce a estes progressos, nem todos
199 160 os fabricantes disponibilizem os
filtros de série. A solução é ins-
255 177 talar um mais tarde. Mas além de
209 144 caros, estão longe de serem tão
Comum eficazes quanto os colocados de
150 136
224 156 origem. Testámos a sua eficácia
num carro a diesel com 8 anos,
429 188 tendo, para tal, instalado um fil-
307 151 tro de partículas. Este limitou-se
Agressivo a reduzir entre 16 e 30% das par-
238 152
244 165 tículas consoante o tipo de per-
curso (ver gráfico na página 29).
> Desde 1993, todos os carros
novos a gasolina têm de ser
Gasolina Gasóleo Híbrido GPL equipados com catalizador.

30 PROTESTE 272 Setembro 2006


O objectivo é transformar uma
parte dos gases nocivos em não
tóxicos. O monóxido de carbono,
por exemplo, é transformado em
dióxido de carbono, que é menos
nocivo do que o primeiro.
> O único “senão” à eficácia
deste sistema é o facto de só
funcionar correctamente a partir
de 250°C, ou seja, depois de per-
corridos alguns quilómetros. Nos
trajectos curtos, o motor não che-
ga a aquecer o suficiente e o ca-
talizador não actua eficazmente.
Trajectos curtos a pé
> Muitos condutores usam o
carro para trajectos curtos, por
exemplo, para percorrer um qui-
lómetro. Apesar de cómodo, este
comportamento tem um impacto
negativo no ambiente e na cartei-
ra. Contribui para o aumento do
tráfego e do ruído, e o gasto de
combustível cresce em 50% no
www.dgv.pt/veiculos/guia_pesquisa.asp
primeiro quilómetro e em 25% no
segundo. Mais: é nesta fase que
há um maior desgaste do motor.
> É ainda nos pequenos trajectos
que as emissões de alguns po-
luentes podem quadriplicar, por
ser necessária uma quantidade
apreciável de energia para aque-
cer todos os componentes do
veículo. Além disso, a combustão
no motor é incompleta a baixa
temperatura e a produção de mo-
nóxido de carbono e de hidrocar-
bonetos não queimados é muito
significativa.
Nos carros a gasolina esta situa-
ção é ainda agravada pela baixa
eficácia do catalizador que só
entra em pleno funcionamento
quando o motor atinge uma tem-
peratura superior a 250°C.
Abate do carro velho
> Um carro em fim de vida repre-
senta cerca de 6% do seu impac-
Na etiqueta ao lado
é indicado o consumo
médio do carro e as
emissões de dióxido
de carbono.
Para saber esta
informação sobre
o seu carro, preencha
o formulário (em baixo)
no sítio da DGV
automóvel combustível e emissão de gases
to ambiental. O restante ocorre Net da Valorcar (www.valorcar.pt.)
durante a sua produção e uso. > Para combater o abandono de
Se os resíduos do veículo, sobre- carros a céu aberto ou em locais
tudo os mais poluentes, como as que se vão tornando em verda-
baterias e outros fluidos, como o deiros cemitérios de automóveis,
líquido dos travões ou o óleo do foi criado um incentivo ao aba-
motor, não forem tratados devi- te de veículos em fim de vida.
damente, podem tornar-se numa Funciona como um “desconto”
ameaça ambiental. É, por isso, es- que, na compra de um carro novo,
sencial que os consumidores en- é deduzido ao Imposto Automóvel
treguem, nos centros de recepção, a pagar. Se o veículo a abater ti-
os carros velhos para abate. ver entre 10 e 15 anos, a redução
Mais informações sobre a rede é de 1000 euros. Caso seja supe-
de recolha de veículos em fim de rior a 15 anos, o desconto sobe
vida estão disponíveis no sítio da aos 1250 euros.
DECO PROTESTE ACONSELHA
> Num momento em que o custo dos combustíveis está na
ordem do dia dadas as constantes subidas do preço do
petróleo, faz todo o sentido optar por um carro com menor
impacto ambiental. Escolhê-lo em função das necessida-
des do condutor é essencial. Mas quanto mais potente e
pesado for, maior o seu consumo e a quantidade de gases
poluentes que produz.
> O nosso estudo demonstrou que uma condução mais
económica e ecológica depende, em grande parte, da
atitude do condutor ao volante. Para poluir menos e pou-
par, o consumidor tem de adoptar uma condução menos
agressiva, evitando, por exemplo, as acelerações bruscas,
altas rotações e travagens repentinas. Deve privilegiar uma
velocidade constante, sem ultrapassar as 3000 rotações
nos carros a gasolina e as 2500 nos motores a gasóleo,
bem como usar a mudança mais elevada possível.
> Desligar o motor numa paragem mais prolongada e limi-
tar o uso do ar condicionado permite poupar o ambiente e
a carteira em cerca de 30%, em cidade e entre 15 e 20%,
em auto-estrada. O controlo regular da pressão dos pneus
também é fundamental. Por exemplo, circular com pressão
abaixo do recomendado pode acarretar um aumento de 2
a 3% no consumo de combustível.
> Respeitar a periodicidade das manutenções previstas
pelo fabricante é um meio de prevenir eventuais falhas.
Circular com problemas, por exemplo, nos injectores, nas
velas ou nos filtros de ar pode elevar em 50% o consumo.
> Desde Julho, o cálculo do imposto automóvel dos ligei-
ros tem em conta as emissões de CO2. Os carros menos
poluentes sofrem uma ligeira redução no preço. Com esta
revisão, visa-se incentivar a compra de carros com meno-
res emissões e consumos baixos. Esta é uma medida be-
néfica para o ambiente, mas ainda insuficiente.
PROTESTE 272 Setembro 2006 31

Poupe até à última gota
Com o dinheiro das impressões
de um tinteiro da marca, imprima
o dobro com alguma qualidade
Está a pensar comprar uma im-
pressora nova? Se consultar o
nosso último teste a impresso-
ras de jacto de tinta, publicado
na PRO TESTE n.º 271, de Julho
último, verá que pode comprar
um bom modelo por pouco
mais de 100 euros.
Se quiser equipar a impressora
com todos os tinteiros, depen-
dendo da marca e do modelo
escolhido, conte gastar entre
40 e 100 euros.
Os tinteiros dão mais lucro às
marcas das impressoras do que
os aparelhos. Poupar algum
dinheiro é possível, se estiver
disposto a abdicar da melhor
qualidade de impressão.
32 PROTESTE 272 Setembro 2006
impressoras de jacto de tinta
Em busca do alternativo
> Seleccionámos uma amos-
tra dos tinteiros compatíveis
disponíveis no mercado. Estes
cartuchos apenas servem pa-
ra as marcas de impressoras
em análise. Verificámos ainda
diferenças em tinteiros com a
mesma referência, mas de lotes
diferentes. Por isso, não atribu-
ímos uma Escolha Acertada.
> Dado que, na altura do teste,
não existiam cartuchos compa-
tíveis para as impressoras da
Hewlett Packard (HP) que pre-
tendíamos utilizar, apresenta-
mos apenas os resultados para
as marcas Canon e Epson. Se
a sua impressora é uma HP, é
tinteiros alternativos
provável que tenha menos ofer-
ta em tinteiros compatíveis. A
razão está nas cabeças de im-
pressão situadas nos tinteiros
e não nas impressoras da HP,
o que dificulta a produção de
alternativos.
> Testámos ainda um programa
para poupar tinta, o InkSaver,
com os tinteiros originais (ver
quadro da página ao lado).
Não há milagres. Para quem
pretende uma impressão per-
feita, os tinteiros alternativos
não são tão bons como os ori-
ginais. Já no preço, a diferença
pode compensar uma menor
qualidade.
Poupança ou perfeição
> Para avaliar as impressões
com esses tinteiros, testámos
três situações distintas: um tex-
to a preto a branco, um docu-
mento a cores com imagens e
texto, e uma fotografia a cores.
> Nos documentos a preto e
branco, alguns alternativos, co-
mo os da Allmarks e os da Wri-
teline, não se saíram nada mal,
comparados com os da Epson.
Mas a qualidade das impres-
sões varia muito consoante as
marcas alternativas. Na maioria
dos casos, a qualidade é infe-
rior à da marca original.
> Na resistência à humidade e
aos salpicos de água dos tex-
tos a preto e branco e das fo-
tografias, quase não existem
diferenças entre originais e al-
ternativos. Quanto à durabilida-
de dos documentos, depois de
expostos à luz solar, os tintei-
ros compatíveis oferecem mais
problemas. Verificámos, por
exemplo, uma maior degrada-
ção das cores nas fotografias.
> Na utilização dos tinteiros
alternativos, encontrámos di-
ficuldades ao encaixá-los na
impressora. Muitas vezes, estes
produtos têm pequenas dife-
renças de forma e dimensão,
que dificultam a tarefa.
Dois ao preço de um
> Procurámos ainda problemas
como bloqueios das cabeças
de impressão ou derrames de
tinta. No teste, apenas o produ-
to da Writeline para as impres-
soras Canon teve nota negativa,
porque derramou tinta mesmo
antes de ser instalado.
> Alguns tinteiros alternativos
conseguiram bons desempe-
nhos gerais, como é o caso dos
da marca Writeline, compatíveis
com a Epson.
> É no preço que reside o maior
trunfo dos tinteiros compatíveis.
M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
L Escolha Económica
A Muito bom
B Bom
C Médio
D Medíocre
E Mau
n.a. Não se aplica
Marca e modelo
Para Canon Pixma iP3000/iP4000/iP4000R/iP50
Canon ref. BCI-3eBK (preto), BCI-6C (ciano), BCI-6M
(amarelo)
Writechoice ref. CC3, CC10, CC11, CC12
Allmarks ref. AC3, AC4, AC5, AC6
Writeline ref. CW5, CW12, CW13, CW 14
Para Epson Stylus Photo R300/R200/R220/R320
Epson ref. T0481 (preto), T0482 (ciano), T0483
(amarelo), T0485 (ciano claro), T0486 (magenta
Writeline ref. EW50, EW47, EW48, EW49,
EW51, EW52
Allmarks (1) ref. 109H, 110112H, 113114H
Writechoice ref. CE25, CE26, CE27, CE28, CE 29,
(1) Apenas disponíveis na Pixmania, os cartuchos
(ref.113114H, € 11).
(2) Preço dos tinteiros para cores e fotografia.
 Produtos na corrida por uma impressão com qualidade

As diferenças são elucidativas.

> Nalguns casos, os tinteiros
originais podem ser quase
100% mais caros. Ou seja, com
o dinheiro de um tinteiro da
marca oficial, poderá comprar
dois de marca branca.
> Para saber se está a fazer um Canon ref. BCI-3eBK (preto), BCI-6C Writechoice ref. CC3 Allmarks ref. AC3 Writeline ref. CW5
(ciano), BCI-6M (magenta), CI-6Y (preto) (preto) (preto)
bom negócio com a sua esco- (amarelo)
lha alternativa, mais importante
do que o preço de compra é o
custo de utilização. Nem sem-
pre os tinteiros mais baratos
são os mais interessantes.
> A quantidade de tinta pode
variar entre as marcas. Por is-
so, fixe-se nos custos por cada
página impressa. Para determi-
ná-los, dividimos o preço do
tinteiro e do papel pelo núme- Epson ref. T0481 (preto), T0482 Writeline ref. EW50 Allmarks ref. 109H Writechoice: ref. CE25
ro de páginas que foi possível (ciano), T0483 (magenta), T0484 (preto) (preto) (preto)
(amarelo), T0485 (ciano claro),
imprimir sem perder qualidade. T0486 (magenta claro)
>>

TINTEIROS ALTERNATIVOS: RESULTADOS DO TESTE

Qualidade de impressão Resistência PREÇO (€) Junho de 2006
tempo de secagem

salpicos de água

e irregularidades

Aquisição Custo por página

total (qualidade)
cores (imagens,

preto e branco)
(documento a
gráficos, etc.)

APRECIAÇÃO
de utilização
resistência a

(fotografias)

(resistência)
à humidade
texto preto

resistência

à luz solar

Problemas

GLOBAL
exposição

Facilidade
fotografia

texto
e branco

tinteiro tinteiros fotografia

a preto
preto de cores (2) A4
100
total

e branco
0

00/MP750/MP780
(magenta), CI-6Y
A B A B A C A B B B B B 11,00-17,00 9,00-14,00 0,03 0,81

D B C C B B B C B/C B C C 5,99 3,79 0,02 0,40

D C C C B B A C B/C B B C 7,00 0,02 0,62

C C C C B B B D D B E C/D 4,90-5,62 3,99-5,07 0,02 0,37

/RX500/RX600/RX620
(magenta), T0484
A B A B A A A A A B B A/B 15,90-20,00 14,79 -20,00 0,05 1,23
claro)

A B B B A A A C B/C D B B 6,90-7,53 6,90-7,53 0,02 0,61

A C D C A A A D D C B C 11,00 17,00 (1) 0,03 0,58

CE 30 D C C C A A A C B/C D B C 7,99 0,04 0,60

Allmarks das três cores primárias (ciano, magenta e amarelo) são vendidos num conjunto (ref.110112H, € 17). Os cartuchos de ciano claro e magenta claro são vendidos noutro conjunto

PROTESTE 272 Setembro 2006 33

 tinteiros alternativos impressoras de jacto de tinta

Garantias protegidas
INKSAVER VERSUS ALTERNATIVOS > Muitos consumidores utilizam
tinteiros da marca da impresso-
> Para quem não quer arriscar imprimir com ra para evitar problemas com a
tinteiros compatíveis, o InkSaver (€28,90, dis- mesma. Este é um assunto que
ponível em www.inksaver.com) é um programa faz correr muita tinta.
que lhe permite seleccionar, para cada impres- > Os receios são alimentados
são, a percentagem de tinta que quer poupar. pelos avisos que os fabricantes
> Com o InkSaver configurado para poupar incluem nas embalagens dos
25% de tinta dos cartuchos originais poupa produtos e nos manuais de uti-
20% no custo por página, em relação à utili-
lização dos tinteiros originais e
zação sem este programa e consegue impres-
das impressoras. “Recomenda-
sões de textos e de documentos a cores com
boa qualidade. Nas fotografias, os resultados mos que utilize apenas tintei-
foram menos animadores na qualidade e veri- ros genuínos; o uso de outros
ficou-se uma maior degradação das cores com produtos poderá afectar a qua-
o tempo. lidade de impressão e danificar
> Os tinteiros alternativos ganham em quali- a sua impressora”, são conse-
dade e poupança, mas o InkSaver tem menos lhos frequentes das marcas.
problemas de utilização. > A estes juntam-se as amea-
ças de perda de garantia das
INKSAVER 2.0: RESULTADO DO TESTE
impressoras, se usar tinteiros
Marca e modelo Texto preto e branco Texto com imagens Fotografias Custo diferentes da marca da im-
por página
qualidade qualidade qualidade de texto pressora. Contudo, nenhuma
legislação obriga à utilização
Canon Pixma iP3000 B B C 0,02 de cartuchos originais. A garan-
Epson Stylus Photo R300 B B C 0,04 tia associada ao equipamento
mantém-se, mesmo que prefira
instalar tinteiros compatíveis.

>>
Assim, por exemplo, em relação
à Epson, a Writeline, que teve
os melhores resultados entre
os alternativos, permite poupar
três cêntimos por página de
texto a preto e branco e € 0,62
por cada fotografia.
> Dito assim, pode parecer
pouco, mas faça as contas de
outro modo. Se imprimir um
documento a preto e branco de
30 páginas, com o tinteiro da
Epson, a impressão custa-lhe
1,50 euros. Se o fizer com o da
Writeline, fica-lhe a € 0,60, ou
seja, menos de metade do va-
lor com o tinteiro da marca da
impressora.
Utilizador recomenda
> De acordo com um inquérito
feito em Maio deste ano a mais
de 2 mil cidadãos de quatro
países das associações nossas
congéneres da Euroconsumers
(Portugal, Espanha, Bélgica e
Itália), 69% dos consumidores
portugueses que já utilizaram
tinteiros compatíveis ficaram
satisfeitos com a qualidade de
impressão. O motivo para ex-
perimentarem outros tinteiros
prendia-se com o preço elevado
dos originais. Contudo, na altu-
ra do inquérito, apenas 25%
utilizavam um tinteiro diferente
da marca da impressora.
> Dos inquiridos, 63% reconhe-
ceu nunca ter experimentado
tinteiros alternativos. Qualidade
de impressão, receio de danifi-
car a impressora, desconfiança
em relação às marcas alternati-
vas e dificuldades em encontrar
um tinteiro compatível foram
algumas razões apontadas.
DECO PROTESTE ACONSELHA
> Pode encontrar à venda uma grande quantidade de tinteiros.
Estes variam de marca para marca e consoante os modelos das
impressora. Alguns tinteiros incluem até cabeças de impressão
ou chips. Quando for comprar um tinteiro compatível, anote o
modelo da impressora e a referência do tinteiro original. Se tiver
dúvidas, pode consultar o manual da sua impressora.
> Se a melhor qualidade das impressões é algo de que não po-
de abdicar (por exemplo, quando precisa de imprimir um traba-
lho importante), os tinteiros originais são a única alternativa.
> Além dos cartuchos alternativos, existem outras opções econó-
micas, como os kits de enchimento de tinteiros. Contudo, estes
não são fáceis de utilizar. Poderá ainda recorrer a lojas que re-
carregam os cartuchos, reciclando os invólucros já usados.
> Caso a redução de custos lhe interesse, porque imprime um
grande número de documentos com muita regularidade, e fique
satisfeito com uma qualidade que não é perfeita, os sistemas
de alimentação contínua de tinta (CIS) podem ser uma solução
mais barata.

34 PROTESTE 272 Setembro 2006

 símbolos da roupa
cuidados de manutenção

Etiquetas pouco ambiciosas

Muitas etiquetas aconselham a lavar à mão ou na máquina
a baixas temperaturas. Mas estes processos nem sempre
são os mais práticos para tratar as suas peças de roupa
Na União Europeia, os fabricantes
não são obrigados a indicar ins-
truções de manutenção nos seus
produtos. Apenas as etiquetas
com a composição são exigidas.
Mas existe um código de conduta
voluntário que encoraja a indús-
tria a usar os símbolos da Orga-
nização Internacional de Normali-
zação (ISO).
Esta rotulagem visa que as em-
presas informem os consumi-
dores sobre os processos mais
agressivos a que a roupa pode
ser submetida sem sofrer da-
nos irreversíveis. Porém, cons-
cientes de que podem ser res-
ponsabilizados caso algo corra
mal, os fabricantes tendem
a indicar tratamentos menos
agressivos do que aqueles que
a roupa pode, de facto, supor-
tar. Por exemplo, muitas vezes,
dizem que certa peça tem de
ser lavada à mão, quando, na
verdade, pode ser tratada na
máquina, sem correr riscos.
Para ajudar o consumidor, com-
prámos três amostras de deze-
nas de peças de roupa em ca-
deias internacionais, como, por
exemplo, Benetton, C&A, Cor-
tefiel, H&M, Macmoda, Mango,
Massimo Dutti, NafNaf, Nike,
Pull and Bear, Promod, Spring-
field, Stefanel, Tommy Hilfiger e
Zara. A primeira foi tratada de
acordo com as instruções da
etiqueta, a segunda sujeita a
condições que nos pareceram
mais adequadas e a terceira,
como nos serviu de termo de
comparação, não foi lavada.
Conscientes de que o consumi-
dor, muitas vezes, não tem dis-
ponibilidade para seguir com
rigor os passos indicados nas
instruções, ao sujeitarmos as
peças a processos mais agres-
sivos, simulámos uma utiliza-
ção mais realista.
Temos boas notícias: na maio-
ria dos casos, poderá tratar a
sua roupa com menos incómo-
do e, ainda assim, sem riscos.

AUMENTAR A TEMPERATURA
> Se, em vez dos 300C normalmente recomendados, lavar as
suas peças em viscose, algodão ou linho a 400C, o aspecto e o
toque não serão comprometidos. Com esta temperatura, já se-
rá mais fácil remover eventuais nódoas. Outra solução, se não
quiser aumentar a temperatura e, assim, gastar mais electrici-
dade, será fazer o tratamento prévio da nódoa.
> No geral, a roupa também aguenta ser passada a ferro a
uma temperatura mais elevada do que a recomendada. Vanta-
gem: pode eliminar os vincos com maior facilidade.

PROTESTE 272 Setembro 2006 35

PROGRAMA PARA LÃS
Alguns artigos em malha (feitos a partir de uma mistura de lã ou
de uma elevada percentagem de viscose) e seda indicavam que
deveriam ser lavados à mão.
Instruções e alternativa. Mesmo seguindo as instruções, já de si
cautelosas, não conseguimos evitar algum encolhimento.
Como alternativa, escolhemos o programa para lãs (reduzida
acção mecânica e 300C) e depois passámos as peças a ferro a
uma temperatura moderada. Com este método, além de a rou-
pa ter encolhido menos, o aspecto e o toque tornaram-se mais
agradáveis.
LIMPEZA A SECO
Alguns artigos em seda, veludo de algodão, algodão e linho e,
ainda, em rayon e seda só admitiam a limpeza a seco.
Instruções e alternativa. Limpámos as peças a seco e, depois,
lavámos outras amostras na máquina, com a ajuda dos progra-
mas para lã e roupa delicada. Excepto a peça em seda, todos os
artigos encolheram consideravelmente.
Além disso, o toque, em especial no caso da peça em veludo de
algodão, foi afectado pelo contacto com a água. Embora a lim-
peza a seco não tenha mantido o aspecto inicial da roupa, não
a afectou de modo tão notório.

Recomendações. Para misturas de lã ou malhas de viscose,
aconselhamos a lavagem no programa para lãs (300C), seguido
de secagem sobre uma superfície plana que não esteja expos-
ta ao sol e, se necessário, uma passagem a ferro a temperatura
moderada.
Recomendações. As sedas não precisam de ser limpas a seco,
suportando o programas para lãs ou roupa delicada. Já os arti-
gos com aplicações (pérolas, lantejoulas, etc.) não devem ser
lavados na máquina. No caso dos restantes tecidos, a etiqueta
deve ser respeitada, pe-
lo que as peças têm de
ser limpas a seco.

EM BUSCA DOS
ALGODÃO
Lavagem Branqueamento
Duas t-shirts e um top, com pelo menos, 85% de algodão, tam-
bém aconselhavam uma lavagem à mão. Processo Todos os produtos
30 normal de branqueamento

Instruções e alternativa. Entre o recomendado e a alternativa Processo

Apenas
(programa normal), verificaram-se diferenças pouco significativas. 30 branqueadores
muito
à base
No aspecto e toque, foram iguais. Depois da lavagem, passámos delicado
de oxigénio
a roupa a uma temperatura mais elevada do que recomendada.
Lavar
à mão
Recomendações. As peças com elevada percentagem de algodão Não branquear
não precisam de ser lavadas à mão. O pro-
grama para algodão a 300C é suficiente. Não molhar

Os números indicam a temperatura Indica se a roupa pode ser lavada

máxima a que as peças podem com produtos de branqueamento
ser sujeitas, os traços à acção e, em caso afirmativo,
mecânica do processo. que agente utilizar.
 símbolos da roupa cuidados de manutenção

ROUPA DELICADA ALGODÃO OU SINTÉTICOS

Duas blusas e um top, fabricados em poliamida ou numa mistu- Algumas peças em linho e outra em viscose recomendavam o
ra desta com viscose, aconselhavam uma lavagem à mão. programa de roupa delicada e o ferro em baixa temperatura.

Instruções e alternativa. Os resultados foram bons ou aceitáveis
tanto com o método indicado como com a alternativa, isto é, o
programa para roupa delicada, que se assemelha muito ao es-
pecial para lãs.
Recomendações. Como não existem diferenças visíveis entre am-
bos os processos, para peças em viscose ou poliamida, poderá
evitar a lavagem à mão. Recomendamos o programa para roupa
delicada (300C). As peças em poliamida podem ser penduradas
no estendal. Já as de viscose devem ser deixadas a secar sobre
uma superfície plana. Se necessário, todas poderão ser passa-
das a ferro, mas a baixa temperatura.
Instruções e alternativa. Submetemos quase todos os linhos ao
programa para algodão. A excepção foi um top, lavado com o
programa para sintéticos. Os linhos no programa para algodão
encolheram ligeiramente e o top perdeu um pouco da cor.
Para remover vincos, foi preciso aumentar a temperatura do fer-
ro. Mas uma das peças ganhou lustro. Quanto ao artigo em vis-
cose, o programa para sintéticos cumpriu o fim desejado.
Recomendações. Se o programa para roupa delicada não elimi-
nar as nódoas, recomendamos o programa de algodão (300C).
Em alternativa, pode fazer o tratamento
prévio da nódoa. A secagem pode ser
feita no estendal. O linho e o algo-
dão devem ser passados a ferro a
uma temperatura elevada, mas
pelo avesso.

PRINCIPAIS SÍMBOLOS DE TRATAMENTO DA ROUPA

CONSUMIDORES EXIGEM
Secagem Passagem a ferro Limpeza profissional
> Muitas das etiquetas que analisámos
Permitido secar Limpar
na máquina a seco
são demasiado conservadoras. Em vez
Pode passar de informarem sobre os métodos mais
a ferro práticos para tratar a roupa, os fabrican-
Secar na máquina
Não limpar
a baixa tes tentam afastar a responsabilidade
a seco
temperatura
caso algo corra mal.
Lavar
> As etiquetas devem aproximar-se das

Não secar Não passar

na máquina a ferro
Os pontos indicam
Um quadrado vazio
a temperatura máxima:
significa que a roupa
110, 150 e 2000C, respectivamente,
deve ser seca ao ar livre.
para um, dois ou três.
W com água
Não lavar
com água
A letra dentro do círculo especifica
os solventes que podem ser usados.
Um traço por baixo do símbolo
indica que o processo deverá
ser delicado.
necessidades do consumidor. Com as li-
mitações de tempo da vida moderna, e
atendendo ao desenvolvimento atingido
pela tecnologia, não faz sentido voltar a
lavar a roupa à mão, quando há opções
mais práticas.
> Os consumidores exigem mais e me-
lhor informação nas etiquetas. E já ago-
ra, porque não torná-las obrigatórias?

PROTESTE 272 Setembro 2006 37

 produção do café
responsabilidade social das empresas
O que escondem estas mãos
Existe mais numa chávena
de café do que muitos pode-
FALTA DE TRANSPARÊNCIA rão supor. Substância valiosa
no Ocidente, os agricultores
> Para realizar este estudo, apoiado pela Comissão Europeia, que a produzem estão lon-
recolhemos informações sobre a produção em países da Ásia, ge de serem ricos e de terem
América Latina e África. Depois, enviámos um questionário boas condições de trabalho.
às empresas com maior volume de vendas de café embala- Esta cultura também pode ter
do. Na grande distribuição, só a Nestlé (Sical) respondeu. um impacto negativo no am-
A Delta (Novadelta), a Nicola (Nutricafés) e a Segafre- biente. O comércio justo visa
do não colaboraram. Entre as cadeias de distribuição, pôr à venda café cujos méto-
participaram a Auchan e a Carrefour, ao contrário da dos de produção respeitem os
Dia, Continente, Fazenda (Intermarché) e Pingo Doce. direitos dos agricultores e o
A Oxfam e a CTM Altromercato, marcas de redes de co-
ambiente. Para que o consumi-
mércio justo, responderam-nos.
dor possa optar por produtos
> Algumas empresas que não colaboraram até parecem
seguir políticas de responsabilidade social. Desta forma, mais éticos, as empresas, além
desperdiçam um forte instrumento de pressão para modi- de agirem correctamente, têm
ficar aquilo que dizem estar empenhadas em combater. de dar uma informação fiável.
> A DECO, membro da Consumers International, participou
num estudo junto de produtores brasileiros com e sem Ambiente em risco
certificação, para analisar os benefícios destes selos das > O café é produzido em pou-
certificações. cos países (Brasil, Vietname,
Uganda, etc.), mas tem um
38 PROTESTE 272 Setembro 2006
Condições
de trabalho
difíceis para
os agricultores
e prejuízos
ambientais:
eis o saldo
que algumas
organizações
e empresas
tentam mudar
impacto ecológico mundial.
Mais de 80% das plantações
são efectuadas à custa da des-
truição da floresta tropical. As
plantas que estão à sombra
não necessitam de adubo nem
pesticidas, ao inverso de quan-
do estão mais expostas ao sol.
Os agricultores nem sempre os
sabem usar de forma criteriosa,
poluindo os solos e lençóis fre-
áticos e pondo em risco a saú-
de das populações (maior inci-
dência de cancro, hipertensão,
etc.). Com menos vegetação, o
solo sofre mais erosão.
> Se o café for seco por “la-
vagem”, e não por secagem
ao sol, o ambiente sofre mais
efeitos negativos. A pele e a
polpa das bagas é retirada por
imersão em água, retendo esta
substâncias nocivas do café.
Trabalho precário
> O café é um dos raros produ-
tos negociados à escala mun-
dial, cultivado sobretudo por
estruturas familiares. Cerca de
25 milhões de pequenos agri-
cultores dependem desta cultu-
ra. Muitas vezes, as condições
de trabalho são difíceis: inexis-
tência de negociações salariais
ou protecção social, trabalho
clandestino, métodos prejudi-
ciais para a saúde (contacto
com pesticidas e nitratos), etc.
> Para reduzir os custos de pro-
dução, o recurso à mão-de-obra
infantil é prática comum. A con-
tratação de mulheres também é
usada como forma de diminuir
os encargos com salários.
> Verificou-se que os produ-
tores com certificações têm
rendimentos mais elevados e
maior facilidade no acesso a
mercados externos e a contra-
tos de longo prazo. Beneficia
os próprios, é positivo para os
trabalhadores e desenvolve as
comunidades locais.
Esforço desconhecido
> No geral, as empresas que
colaboraram no nosso estudo
esforçam-se por seguir princí-
pios éticos na política de aqui-
sição aos fornecedores.
> No que respeita à preserva-
ção do ambiente, a Oxfam diz
cumprir todos os critérios (mo-
nitorização das práticas agrí-
colas, imposição de regras aos
produtores, etc.). A Nestlé fica
um pouco atrás e a Auchan e
a Carrefour, a progredir neste
campo, são aceitáveis. Embo-
ra não tenha uma política am-
biental consolidada, a Altromer-
cato recomenda boas práticas e
apoia a produção biológica.
> A Oxfam, a Nestlé e a Altro-
mercato estão atentas às con-
dições de vida e de trabalho
dos agricultores. A Auchan e a
Carrefour, apesar de já fazerem
alguns esforços nesse sentido,
ainda podem melhorar.
Aroma a café justo
Portugal é dos poucos países
europeus que não fazem a im-
portação directa de café pro-
veniente de redes de comércio
justo. No nosso país, estes
produtos são vendidos nas lo-
jas de Comércio Justo (ver PRO
TESTE n.º 254, de Janeiro de
2005).
Apesar de, em média, custarem
cerca de 35% mais do que as
marcas presentes na grande
distribuição, nem sempre são
mais caros. Além disso, garan-
tem um preço justo aos pe-
quenos agricultores, para que
invistam na sua actividade e se
tornem auto-suficientes.
Milhões de agricultores
dependem da cultura
do café em situações
laborais muito difíceis
e pouco éticas
CERTIFICAÇÕES NA AGENDA POLÍTICA
Os produtos de empresas que seguem práticas éticas podem os-
tentar estes rótulos. O estudo da Consumers International permitiu
concluir que, embora ainda não sejam a regra, as certificações co-
meçam a ganhar peso político.
Fairtrade
Assegura, entre outros, um preço mínimo ao agricul-
tor, variável consoante o tipo de café e região.
Organic
Impõe métodos de cultivo que preservem e melhorem
os solos.
Rainforest Alliance
Exige práticas de preservação das florestas tropicais e
de protecção do trabalhador e comunidade local.
Utz Kapeh
Introduz um código de ética em todas as fases de pro-
dução.
Smithsonian Bird Friendly
Exige a preservação dos habitats das aves nas flores-
tas tropicais e o cultivo à sombra das árvores.
CONSUMIDORES EXIGEM
> Os portugueses pouco sabem sobre Comércio Justo e Respon-
sabilidade Social. As empresas têm um escasso envolvimento e
as que já seguem algumas práticas não informam os consumido-
res. Se compararmos a nossa situação com as de outros países
europeus, vemos que o comércio justo está numa fase inicial.
> Os consumidores exigem total transparência. Apenas com in-
formação fiável poderão fazer escolhas conscientes, pressionan-
do as empresas a adoptarem práticas mais justas para os agri-
cultores. Só assim podem penalizar quem está pouco preocupa-
do com as boas práticas ao nível social e ambiental.
PROTESTE 272 Setembro 2006 39
 explicações
centros e particulares

Consumidores exigem regras

Em Portugal, o insucesso esco-
lar assume números assusta-
dores. Segundo o Gabinete de
Informação e Avaliação do Sis-
tema Educativo, em 2003-2004,
foram quase 34% os alunos
que não atingiram os objecti-
vos. Não será de admirar que,
num tal contexto, e atendendo
à intensa competitividade com
vista a um lugar na universida-
de e, mais tarde, no mercado
de trabalho, o negócio das ex-
plicações esteja em expansão.
A matemática, a física, a quími-
ca, as línguas estrangeiras e o
português são as matérias mais
visadas, mas é possível encon-
trar qualquer disciplina.
Não são apenas os alunos com
dificuldades quem as procura.
Num ambiente de competição,
os bons alunos querem ser
ainda melhores. Por sua vez, a
existência de muitos licencia-
dos e professores desempre-
gados faz com que sejam cada
vez mais as pessoas a disponi-
bilizarem estes serviços.
Fica estabelecida a lei da oferta
e da procura. Mas apenas para
quem tem recursos financeiros:
as explicações podem custar
dezenas de euros por mês.
Por baixo do pano
> Dos mais de 200 explicadores
particulares contactados, 71%
aceitaram preparar a aluna do
nosso cenário (ver caixa em
baixo). Ou seja, é possível en-
contrar facilmente um explica-
dor para uma emergência.
> Menos de metade destes dis-

> ANÚNCIOS E MUITA CONVERSA

Estão em franco crescimento,
mas não obedecem a nenhuma
legislação. Resultado: não há
contratos, cobra-se o que se
quer, o recibo é a excepção
e não há garantias
de qualidade
Este estudo foi realizado em quatro etapas:
> recolha de anúncios em todo o País. Analisámos as disci-
plinas com maior oferta, o nível de formação publicitado
pelos explicadores e as condições;
> contacto telefónico com centenas de explicadores particu-
lares. Averiguámos, entre outros, se era possível encontrar
soluções de emergência, havia contrato, eram passados
recibos e os preços. Nesta fase, definimos o cenário de
uma sobrinha com dificuldade na disciplina oferecida,
que, a um mês dos exames nacionais, desejava preparar-
-se bem;
> segundo contacto telefónico. Quem aceitou a sobrinha e
disse ser professor do secundário recebeu um segundo te-
lefonema. Perguntámos qual a escola em que leccionava
e, independentemente da resposta, dissemos que a aluna
estudava nesse estabelecimento. Objectivo: saber se era
cumprida a lei que impede os professores do secundário
de darem explicações a alunos do mesmo agrupamento
escolar;
> envio de um questionário a centros de explicações. Verificá-
mos, entre outros, as habilitações dos explicadores, a exis-
tência de contrato ou livro de reclamações e os preços.

40 PROTESTE 272 Setembro 2006

se fazer um diagnóstico ao alu-
no. A maioria referiu basear o
seu trabalho na revisão da ma-
téria e resolução de testes.
> Quanto ao número de horas
semanais sugeridas, a regra
apontou para duas a três. Mas
houve quem tenha dito que o
ideal seriam quatro a seis.
> No geral, os explicadores co-
bram à hora, mas há quem pre-
fira ser pago ao mês. O preço
por hora avulsa fica mais caro
(entre € 4 e € 30) do que quan-
do a cobrança é mensal (entre
2,50 e 15,63 euros). O ano de
escolaridade pode influenciar o
preço, mas, no fundo, cada um
cobra o que entende.
Sem problemas éticos
> Só 18% dos explicadores se
mostraram disponíveis para
passar recibo. Ainda assim, lá
foram dizendo não ser comum.
> Quanto à proibição de os pro-
fessores do secundário darem
explicações a alunos do mes-
mo agrupamento escolar, nem
todos revelaram conhecimento
da lei. Mas, por vezes, mesmo
estando ao corrente, aceitaram
a aluna do nosso cenário.
> Os centros de explicações
têm ofertas para alunos de to-
dos os níveis de escolaridade
e, muitas vezes, disponibilizam
também serviços ao domicílio.
> No geral, o método consiste
em seguir o programa oficial.
Poucos centros adaptam-se às
características de cada aluno,
apesar de, no início, este ser
submetido a um diagnóstico.
> A maioria dos centros contra-
ta professores no activo, mas
poucos se importam com a in-
compatibilidade legal. Menos
de metade indicou seguir medi-
das para evitar que um profes-
Não aceite um
explicador sem saber
todos os dados e
fazer bem as contas
sor dê explicações a alunos do
mesmo agrupamento escolar.
> Os preços, em média, variam
entre os € 11 por hora, para o
primeiro e segundo ciclo, e os
€ 24, para o 12.º ano ou ensi-
no superior. Se o pagamento
for feito ao mês, diminuem, em
média, 3 euros.
Apenas 18%
dos explicadores
particulares disseram
passar recibo
> Entre os centros, 4% entre-
gam formulários e normas aos
pais, que, contudo, não são
verdadeiros contratos.
> A maioria diz ter livro de recla-
mações. Mas alguns referiram
que ninguém os tinha informa-
do sobre a entidade competen-
te para receber as queixas.
> Quase todos afirmaram ter
sistemas de controlo de qua-
lidade: entre outros, as notas
dos alunos, inquéritos aos pais
e avaliações aos explicadores.
PEÇA EXPLICAÇÕES
> Os anúncios nem sempre contêm informação
correcta. Por exemplo, com um telefonema, fi-
cámos a saber que alguns explicadores que
diziam ser professores no activo, de facto, não
o eram. Assim, antes de aceitar o serviço, pode
e deve pôr todas as questões que lhe parece-
rem pertinentes até não restarem dúvidas (por
exemplo, as que colocámos para este estudo e
aparecem na caixa Anúncios e muita conversa).
> Outro aspecto a considerar são os recibos.
No geral, os explicadores particulares são
mais baratos do que os centros. Mas a grande
maioria não passa recibo e, como esta é uma
despesa que pode ser incluída no IRS, há que
ponderar se o barato não sairá caro.
CONSUMIDORES EXIGEM
> Dada a importância que ganhou nos últimos anos,
o negócio das explicações merece ser alvo de regula-
mentação. Os consumidores exigem regras que acabem
com esta verdadeira economia paralela, para que a ac-
tividade seja enquadrada numa categoria profissional e
os futuros explicadores recebam formação pedagógica
específica. Todos, sem excepção, deveriam emitir reci-
bos e fazer a declaração de rendimentos às finanças.
> A existência de um contrato, mencionando as condi-
ções (preço, horário, local da prestação do serviço, etc.)
e as obrigações das partes, permitiria salvaguardar o
interesse do aluno e a posição do próprio explicador.
> Os consumidores exigem ainda que o livro de recla-
mações seja obrigatório nos centros de explicações e
que se defina uma entidade com competência para fis-
calizar a actividade.
> Num momento em que tanto se fala da qualidade do
ensino, o Ministério da Educação tem, antes de tudo,
a obrigação de criar medidas efectivas de combate ao
insucesso escolar. Mas não só. Deve ainda estabelecer
regras que permitam proteger os interesses de quem,
pelas mais variadas razões (dificuldades na matéria,
melhoria de notas, etc.), precise de explicações adicio-
nais. Neste, como em tantos outros domínios, os alu-
nos precisam de regras.
PROTESTE 272 Setembro 2006 41
 monitores para o computador
TFT de 17 polegadas

Bons, bonitos
e baratos
Proporcionam imagens
de qualidade e custam
cada vez menos.
Se optar pela nossa
Escolha Acertada,
poderá poupar
160 euros

Chegou o momento para re-
cordar as férias. Se quiser pro-
longar a memória dos dias de
ócio, nada melhor do que rever
as fotografias que foi registan-
do. Mas, para visualizar essas
imagens sem perder nenhum
detalhe, precisa de um compu-
tador com um bom monitor.
Para ajudá-lo a escolher, testá-
mos 10 modelos TFT de gama
baixa e média com ecrã de 17
polegadas. Por cerca de € 200,
já pode comprar um monitor de
qualidade.
Boas imagens
> Todos os modelos apresen-
tam uma resolução de 1280
x 1024. Excepto o monitor da
Asus, nenhum tem uma cone-
xão DVI (digital video interface).
42 PROTESTE 272 Setembro 2006
A ligação ao computador é feita
de modo analógico. O modelo
da Asus é também o único com
ecrã brilhante.
> As características associadas
à qualidade de imagem são o
tempo de resposta, o nível má-
ximo de brilho e a relação de
contraste. Como são argumen-
tos de venda, verificámos se os
valores anunciados eram reais.
Mas nem sempre tal acontece.
Por exemplo, o monitor da Sony
apresenta diferenças apreciá-
veis para o brilho e a relação
de contraste. Porém, o tempo
de resposta é muito melhor,
dado ser mais reduzido.
> Brilho, contraste, uniformida-
de e fidelidade da cor e tempo
de resposta definem a qualida-
de de uma imagem. Todos os
monitores proporcionam bons
resultados. Excepções: o mo-
delo da HP, que é muito bom,
e o da Asus, apenas aceitável.
Neste, a qualidade de imagem
foi avaliada com a ligação ana-
lógica e digital. A última produ-
ziu melhores resultados, mas a
diferença não foi significativa.
> Consoante a sua posição fa-
ce ao monitor, o utilizador po-
de ver a imagem com as cores
e o brilho alterados. Cada mo-
nitor tem um ângulo máximo
que permite ver a imagem sem
distorções significativas. Apesar
de satisfatório, o Sony tem ân-
gulos de visualização mais es-
treitos em todas as direcções.
> Apenas três monitores incor-
poram altifalantes. Ao dispen-
sar as tradicionais colunas de
som, permitem poupar espaço
na mesa. Mas a qualidade dos
modelos que testámos é variá-
vel: se os da HP recebem a no-
ta máxima, já os da MAG são
bons e os da Asus medianos.
> A instalação não oferece di-
ficuldades. Na maioria dos ca-
sos, o pé tem de ser encaixado
ou aparafusado ao monitor.
Todos são reconhecidos e con-
figurados automaticamente pe-
lo sistema operativo. Quanto
ao uso diário, isto é, a facili-
dade de regular as funções, é
também um processo simples.
> A existência de pixéis defei-
tuosos quase não ocorre actu-
almente. Apenas o Samsung
não recebe a nota máxima.
Motivo: presença de um pixel
permanentemente negro.
>>
 REPRESENTANTES
ACER 808 30 00 33
www.acer.pt
ASUS 21 844 02 00
http://pt.asus.com
DELL 21 415 65 00
www.dell.pt

HP Pavillion VS 17E Dell E176 FP MAG MA-782KC HEWLETT-PACKARD 21 482 85 00

www.hp.pt
LG 21 120 22 00
http://pt.lge.com
MAG 234 34 08 00
PHILIPS 21 416 33 33
www.philips.pt
SAMSUNG 21 425 10 00
www.samsung.pt
SONY 21 891 20 00
www.sony.pt
VIEWSONIC 21 472 84 00

Philips 170 C6 FS Acer AL 1716As LG L1717S-SN

Samsung 740N Viewsonic VA 702 Asus PM 17 TU Sony SDM-HS75/S

M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
L Escolha Económica MONITORES TFT DE 17”: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE
A Muito bom
CARACTERÍSTICAS RESULTADO DOS TESTES
B Bom
Pixéis defeituosos

C Médio Tempo de Brilho Relação

de visualização

D Medíocre resposta (ms) (cd/m²) de contraste PREÇO (€)

de instruções

APRECIAÇÃO GLOBAL Junho de 2006

e uso diário

E Mau
anunciado

anunciado

anunciado

Instalação

(entre… e…)
Consumo
Imagem
medido

medido

medido

Manual

n.a. Não se aplica

Ângulo

100
Som

Marca e modelo
0

HP Pavillion VS 17E 8 4,8 300 273,2 500 536 A B A A A A C AFB 199,00 - 239,00

Dell E176 FP 12 5 300 290 450 518 B B n.a B A A B B 326,70 (2)

MAG MA-782KC 16 17,5 260 249,1 450 593 B B B B A B B B 199,00

Philips 170 C6 FS 8 6,4 250 219,2 500 577 B B n.a A A B B B 179,00 - 249,00

Acer AL 1716As 8 6,7 300 293,9 500 544 B B n.a A A A B B 192,00 - 249,00

LG L1717S-SN 8 4,3 250 348,1 600 791 B B n.a B A B C B 189,99 - 279,99

Samsung 740N n.i. 20,3 300 300,7 600 733 B B n.a B B B B B 359,00 - 379,00

Viewsonic VA 702 (1) 12 8 300 288,7 500 525 B B n.a B A B C BFC 249,00

Asus PM 17 TU 8 3,5 400 433,3 600 390 C B C B A B C BFC 299,00 - 332,00

Sony SDM-HS75/S (1) 16 6,3 250 197,4 500 256 B C n.a B A A B BFC 220,00 - 260,00

n.i. = não indicado (este modelo não anunciava o respectivo tempo de resposta).
(1) Modelo em fase final de comercialização.
(2) Este modelo só pode ser comprado junto do fabricante (CIL).

PROTESTE 272 Setembro 2006 43

 monitores para o computador TFT de 17 polegadas

6 DICAS PARA BEM COMPRAR

Quase todos os monitores TFT testados oferecem uma boa imagem. Se pretende comprar um modelo, antes de
escolher, preste atenção aos seguintes aspectos.

Formato Tempo de resposta

17 polegadas é o formato Todos os modelos apresentam um tempo de
mínimo para estes moni- resposta mais do que suficiente para tarefas de
tores. Pagando um pouco escritório. Já os apreciadores de jogos e filmes
mais, pode comprar um devem optar por um tempo de resposta inferior
modelo de 19. Monitores a 10 milissegundos.
de 20 ou 21 polegadas
implicam um investimen-
to muito mais elevado.
Pixéis defeituosos
Verifique numa imagem
Nível de preto branca e depois numa preta
Para um mesmo contras- se existem “buraquinhos”.
te, opte por um preto menos intenso. Este rácio Este teste pode demorar.
obtém-se dividindo o brilho máximo (por exemplo, Por vezes, só ao fim de umas
300) pelo contraste máximo (por hipótese, 300). 10 a 20 horas de funciona-
O nível de preto seria 1. Um nível inferior a 0,5 é ex- mento é possível descobrir
celente; entre 0,5 e 1, é bom; e superior a 1, mau. os pequenos pontinhos.

Brilhante Ângulo de visão

Embora ofereçam uma Quase não põe problemas no caso dos
imagem mais atractiva, modelos testados, sobretudo se estiver
há que contar apenas uma pessoa a ver o ecrã.
com os incó- Mas, quando ocorrem distorções, o fe-
modos refle- nómeno surge no sentido vertical, isto é,
xos. olhando a partir de um ponto mais baixo
do que o normal, posição adoptada quan-
do várias pessoas assistem a um filme.

>>
> Todas as marcas têm políti-
cas de troca em função de um
número mínimo e do tipo de
pixéis com erros. Porém, ape-
nas um pixel é quase sempre
insuficiente para que a troca
seja aceite. O mais prudente
será comprá-lo num local que
permita a troca em qualquer
situação.
> Estes aparelhos têm um
consumo baixo (cerca de 30
W/h) a funcionar. Mas mesmo
quando são desligados através
do botão on/off, consomem
electricidade. Assim, é aconse-
lhável ligá-los a um bloco de
tomadas com interruptor, que
deve ser desligado quando não
estiverem a ser utilizados.
Poupe 160 euros
Estes modelos estão cada vez
mais baratos. Já pode encontrar
um bom monitor a partir de
200 euros. Por exemplo, se op-
tar pelo Melhor do Teste, que
é a nossa Escolha Acertada,
poupa € 160 face ao Samsung
740N. E ficará com um monitor
de melhor qualidade, equipado
com bons altifalantes.
ESCOLHA ACERTADA
> Os monitores TFT testados oferecem
uma imagem de qualidade e estão ca-
da vez mais baratos.
> Após as provas efectuadas, o HP
Pavillion VS 17E (entre € 199 e € 239)
revelou-se o Melhor do Teste. Por ter
uma boa relação entre a qualidade e o
preço, recebe ainda o título de Escolha
Acertada. Se encontrar à venda o MAG
MA-782KC (€ 199) e o Philips 170 C6 FS
(entre € 179 e € 249), este último ape-
nas ao preço mínimo, aproveite, pois
são ainda boas opções.

44 PROTESTE 272 Setembro 2006

breves
SABER ÀS COSTAS SEM DORES
Aprenda a equilibrar
os gostos do seu
filho com as suas
preocupações.
Para evitar dores
de costas e cabeça
> Com o regresso às aulas, o re-
gresso às compras de material
escolar. Escolhida a mochila da
moda, tudo o resto parece fácil.
Antes de comprar, há que expe-
rimentá-la no corpo da criança e
ter em atenção alguns elementos.
Este exame prévio da mochila de
nada serve se se transportar pe-
so a mais nela durante todo o
ano. Segundo os especialistas,
cada criança não deve transpor-
tar mais de 10% do seu peso. Ou
seja, uma criança com 40 quilos
não deve carregar uma mochila
com mais de quatro.
> O peso não é o único culpado
pelas deformações na coluna.
O tamanho e a posição em que
se carrega a mochila também
afectam a estrutura óssea.
A primeira regra é evitar escolher
mochilas grandes demais. Quan-
to maiores forem, mais objec-
tos a criança colocará lá dentro.
Ajude o seu filho a seleccionar o
que é realmente preciso levar pa-
ra a escola.
> A largura do modelo deve
acompanhar a superfície das cos-
tas da criança, não a excedendo.
Para assegurar uma distribuição
correcta do peso e evitar a sen-
sação de cansaço, as costas de-
verão ser rígidas e acolchoadas.
No caso das alças, é preferível
que sejam largas e ajustáveis à
altura da criança. Devem possuir
uma largura mínima de quatro
centímetros ao nível dos ombros,
sem roçar o pescoço.
Prefira uma mochila com um cin-
to regulável ao nível do ventre.
Este evita que a mochila oscile e
ajuda a repartir o peso entre os
ombros e a zona lombar.
É ainda recomendável optar por
um modelo com uma banda re-
flectora, para a segurança da
criança na estrada.
> As malas com rodinhas podem
ser uma solução. Mas tornam-se
menos práticas quando, no cami-
nho para a escola, a criança tem
de passar por escadas ou viajar
nos transportes públicos.
Se optar por uma mochila tra-
dicional, pese-a regularmente e
verifique, com o seu filho, se não
há objectos desnecessários.
Ensine-o a arrumar melhor a mo-
chila, pondo os objectos maiores
e mais pesados junto das costas,
para repartir o peso e poupar a
coluna. Transportar a mochila nos
dois ombros e poisá-la sempre
que possa são dois bons hábitos
a ensinar.
> Os riscos para a saúde são re-
ais. Há alguns sinais a que os
pais devem estar atentos, obser-
vando regularmente a postura
dos filhos para detectar eventu-
ais desvios na coluna. Se a crian-
ça andar meio torta e com os
ombros descaídos para a frente
ou desnivelados, o melhor será
consultar o médico. P
MELÃO FRESCO
> Mesmo com o Verão a preparar
a sua despedida, há fruta que
apetece sempre. Ricos em água,
vitaminas e sais minerais, os me-
lões e as melancias são presen-
ças obrigatórias à mesa.
> Antes de comprar, aprenda a
ciência da escolha de um bom
fruto. A melancia estará no pon-
to se ouvir um eco quando lhe
der uma pancada. Para o me-
lão, o truque é pressionar um
dos extremos: se a base ceder
ligeiramente, está pronto a ser
consumido. O aroma fresco junto
ao pedúnculo também é um bom
sinal. Repare se o melão ou a
melancia têm defeitos exteriores,
como gretas.
> Se comprar metades embala-
das, consuma-as sem demora,
para não perder a qualidade.
PETISCO SEGURO
> Para prevenir acidentes nos
churrascos ao ar livre, instale o
grelhador numa zona plana e dis-
tante de materiais inflamáveis.
> Se utilizar carvão, não o acen-
da com álcool ou gasolina. Prefi-
ra papel e cartão, um pedaço de
lenha bem seca ou acendalhas
de celulose à venda no super-
mercado.
> Não sopre o fogo, pois arrisca-
se a queimaduras. Use antes um
cartão ou um fole. Por seguran-
ça, tenha sempre por perto uma
garrafa de água para abrandar
a chama ou um recipiente com
areia para apagá-la.
> Nunca deixe o churrasco sem
vigilância. Quando acabar, cubra
as brasas com areia, por exem-
plo, para extinguir o fogo. Se o
barbecue for a gás ou a electrici-
dade, corte o fornecimento.
> Evite queimar os alimentos,
pois pode originar substâncias
cancerígenas, os benzopirenos.
PROTESTE 272 Setembro 2006 45
 breves
PNEUS BEM COMPORTADOS
Manutenção regular e nível de pressão
correcto são meio caminho andado
para uma condução mais segura
> Os pneus são o único ponto de
contacto entre o veículo e o solo.
É, por isso, essencial não descu-
rar a sua manutenção, para uma
utilização em segurança.
> Ao contrário do que indicámos
no último teste a pneus, publi-
cado na PRO TESTE n.º 270, de
Junho de 2006, se se substituir
apenas dois pneus, convém co-
locar os novos no eixo traseiro e
não à frente.
> Quando se montam os pneus
mais usados no eixo traseiro, po-
de criar-se um desequilíbrio do
veículo, sobretudo na travagem.
De origem, a travagem divide-se
numa porção de dois terços à
frente e um terço atrás.
O que acontece é que se os
pneus usados forem colocados
no eixo de trás, a probabilidade
AGENDA DO CONSUMIDOR
Entre em 2007 com o ano bem organizado e aproveite
os conselhos que, todos os meses, lhe oferecemos
> Um dos truques para ter tempo
para fazer tudo passa por pla-
near tarefas e definir objectivos.
E nada como fazê-lo com a aju-
da de uma agenda prática, com
informações úteis e um visual
agradável.
> Tal como na agenda anterior,
abordamos, em cada mês, temas
diferentes. Em jeito de notas,
cada semana traz consigo vários
conselhos sobre finanças, ali-
mentação, saúde, consumo, vida
prática, direitos e obrigações.
> Para 2007, os grandes temas
eleitos são o ambiente e a saú-
de. Em Janeiro, por exemplo,
temos um espaço dedicado a es-
clarecimentos sobre a menopau-
46 PROTESTE 272 Setembro 2006
de perda de controlo do carro
é maior e pode dar origem ao
chamado “peão”. Se montar os
pneus novos atrás, aumenta a
segurança do carro.
> É importante respeitar as reco-
mendações do fabricante quanto
à escolha dos pneus, bem como
dos níveis de pressão destes.
Nunca utilize os pneus com uma
pressão incorrecta ou com uma
carga superior à do seu índice
de carga.
> Quando substituir um pneu de-
finitivamente, devido a um furo,
por exemplo, troque o pneu do
mesmo eixo o mais rapidamente
possível, para evitar problemas
de equilíbrio.
> Verifique regularmente o nível
de desgaste dos pneus. Se qui-
ser que os seus pneus durem
sa, os seus riscos para a saúde e
os tratamentos que existem para
atenuar ou fazer desaparecer os
sintomas associados a esta fase.
Fique também atento às nossas
dicas sobre como poupar nas
facturas da água e da luz, prote-
gendo também o ambiente.
> Em Fevereiro, não perca o resu-
mo de tudo o que precisa saber
em matéria de IRS. Antes da che-
gada do Verão, em Maio, saiba
como perder peso sem prejudi-
car a saúde e bem-estar.
> No mês de Setembro, apre-
sentamos explicações sobre
distúrbios alimentares, como a
anorexia nervosa. Em Novembro,
destacamos algumas formas de
mais tempo, adopte uma condu- página 27 desta edição).
ção menos agressiva. > Para saber qual a Escolha Acer-
Um condutor mais moderado pre- tada entre as marcas de pneus
cisará de mudar de pneus com disponíveis e como manter a
menos frequência do que um pressão recomendada, consulte
que faça grandes acelerações ou a PRO TESTE n.º 270, de Junho
travagens bruscas (ver artigo da de 2006. P
evitar gripes e constipações.
> A Agenda do Consumidor tam-
bém pode ser um instrumento
de trabalho. Nela poderá registar
os seus endereços.
> Nas páginas iniciais, encontra
algumas utilidades genéricas co-
mo os feriados municipais, con-
versão de medidas e as distân-
cias, em quilómetros, entre as
principais capitais europeias.
> Se precisar de contactar, por
exemplo, um organismo de de-
fesa do consumidor, consulte a
secção de contactos úteis. Encomendas
> Recordamos-lhe também al- Telefone: 808 200 146
guns prazos fiscais importantes, Correio electrónico:
assinaturas@deco.proteste.pt
para que possa cumprir a tempo Loja virtual: www.deco.proteste.pt/loja
as suas obrigações. P
PEDALAR COM LUZ, TRAVÕES E REFLECTORES
Estes equipamentos não podem faltar na sua bicicleta
se costuma passear pela via pública
Para percursos mais aventureiros
ou simples passeios a duas ro-
das, pedalar exige equipamentos
de segurança.
Ver e ser visto é a regra principal
para evitar acidentes. Tal como
os restantes veículos com ou
sem motor, o código da estrada
obriga a que as bicicletas que
andem na via pública utilizem
sinalização luminosa, em caso
de visibilidade insuficiente. Para
isso, a sua bicicleta deve estar
EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA
Reflector
vermelho
na traseira
Na parte de
trás, uma luz
vermelha
munida de luzes de presença e
de reflectores, que deve utilizar
sempre que se verifiquem condi-
ções de fraca visibilidade. Se só
usa a bicicleta em locais próprios
para o desporto, as luzes são
dispensáveis.
Nas bicicletas com dois guarda-
lamas, é aconselhável que es-
tes estejam equipados com dois
reflectores, um vermelho e um
branco.
Os travões devem estar sempre
Aconselha-se
ter uma campainha
audível a 20 metros
de distância
Travões na
parte frontal
e traseira
Nos aros de cada roda
é essencial dois
reflectores de cor laranja,
ou uma banda reflectora
branca no pneu
bem afinados para evitar aciden-
tes. Existem dois tipos de siste-
mas de travagem: os V-brakes
e os de disco. Os primeiros são
mais baratos e leves. Os segun-
dos são indicados para percursos
mais exigentes, pois têm uma
resposta mais eficaz.
Para conhecer os atributos de um
bom modelo, consulte o nosso
último guia de compras de bici-
cletas de montanha na PRO TES-
TE n.º 269, de Maio de 2006. P
Reflector branco
na parte
da frente
Luz dianteira
deve ser
branca
ÚLTIMOS SALDOS
> Até 30 de Setembro pode com-
prar em saldos sem perder direi-
tos. Antes de comprar, verifique
se está a fazer um bom negócio,
comparando o preço antigo com
o novo. Todos os bens devem
exibir, de forma legível e inequí-
voca, o preço.
> O comerciante é obrigado a
trocar o produto ou a devolver o
dinheiro, se o artigo apresentar
um defeito, mesmo em saldos.
Apenas não é seu dever, se hou-
ver uma informação expressa de
que a redução de preço se deve
a defeitos nos artigos.
> Guarde sempre o recibo com a
discriminação dos produtos.
Caso contrário, torna-se difícil
fazer uma reclamação e exigir a
troca de um produto com defeito.
GESTOS VERDES
> Todos os Verões assistimos ao
devastar das florestas no País.
A maioria dos incêndios têm
causa humana, criminosa ou por
descuido e ignorância.
> Se é fumador, nunca deite as
beatas de cigarro pela janela do
carro. Qualquer objecto quente
em contacto com erva seca pode
causar fogo. Quando fizer pique-
niques, vigie os fogões de cam-
pismo e botijas de gás.
> Se detectar um incêndio, ligue
de imediato para o 117, o número
de emergência florestal.
PRAIAS SEM LIXO
> As praias das ilhas de Faro,
Culatra, Barreta e Farol, no Algar-
ve, são palco de uma iniciativa
conjunta da DECO e da Câmara
Municipal de Faro para uma praia
mais limpa.
> A campanha de sensibilização,
que decorre durante este Verão,
consiste na colocação de painéis
informativos nas praias, alertan-
do para a importância de depo-
sitar o lixo nos recipientes pró-
prios, preservando o ambiente.
PROTESTE 272 Setembro 2006 47
 passar a palavra
ALERTA PARA OS PERIGOS DA ESTRADA
> Em Maio passado, divulgámos
no nosso sítio na Net (www.de-
co.proteste.pt), em colaboração
com a Associação de Cidadãos
Auto-Mobilizados, um formulá-
rio com o objectivo de recolher
informação sobre os pontos ne-
gros nas estradas do nosso País.
Os alertas também podem ser
feitos para o nosso Serviço de
Informações (808 200 145).
Se ainda está de férias, tenha
atenção aos percursos que re-
alizar. Se detectar algum ponto
negro, não hesite em fazer-nos
chegar a sua denúncia.
Desde aquela data que já rece-
bemos 380 queixas de consumi-
dores. O objectivo é corrigir os
problemas detectados e, dessa
forma, prevenir acidentes. En-
viaremos todas as denúncias
para as entidades responsáveis.
> Lisboa, Porto e Setúbal são os
distritos que mais corresponde-
ram ao nosso apelo, enviando-
-nos, até ao momento, mais de
48 PROTESTE 272 Setembro 2006
DECO NA FEIRA INTERNACIONAL
> A adopção de um estilo de vida mais saudável é
ENCONTROS
uma preocupação cada vez mais presente nos con- COM SUMO
sumidores. Muitos dos estudos que temos vindo a
Neste mês, os Encontros Com Sumo
realizar nos últimos anos, publicados nas nossas
estão centrados em exclusivo na te-
revistas, focam várias questões relacionadas com
mática “Viver em condomínio”.
a qualidade de vida do nosso dia-a-dia.
Este encontro, que terá lugar no
> É necessário estar bem informado e adoptar
Centro de Informação Urbana de
uma postura mais exigente em relação a produtos
Lisboa, está marcado para o dia 27
e serviços que nos rodeiam. Nesse sentido, entre
de Setembro, entre as 17h30m e as
21 e 24 de Setembro, a DECO irá participar, na fei-
19 horas e 30 minutos.
ra Viver Saúde - Salão Internacional de Saúde e
As inscrições são gratuitas e pode-
Bem-Estar, organizado pela Feira Internacional de
rão ser feitas por telefone (21 782 54
Lisboa. Medicina tradicional e alternativa e labora-
00), fax (21 794 08 50) ou então por
tórios e medicamentos de venda livre serão temas
correio electrónico (encontros@cm-
abordados.
lisboa.pt).
> Mais informações podem ser encontradas na In-
Esta iniciativa da DECO conta com a
ternet (www.viversaude.fil.pt). Nesta edição, pode
colaboração da Área Metropolitana
consultar, na página 22, o nosso artigo sobre há-
de Lisboa.
bitos alimentares. P
metade do total das queixas: > Para que os acidentes na es- mais importante do que ter um
267. No total, até agora, 20 dis- trada diminuam há também tecto de abrir ou um leitor de
tritos participaram na nossa de- que adoptar um comportamen- CD, é assegurar-se de que o seu
núncia on-line. to seguro enquanto se conduz. automóvel tem airbags e siste-
> O que são os pontos negros O excesso de velocidade, a con- mas de apoio à travagem (ABS).
nas estradas? São situações pe- dução sob o efeito de álcool ou A medição regular dos pneus, o
rigosas que podem aparecer sob medicamentos ou a neglicên- uso do cinto de segurança e uma
várias formas: buracos no pavi- cia com a manutenção do carro postura correcta são essenciais
mento, curvas mal concebidas, são factores que podem reduzir para prevenir ou reduzir as con-
descidas acentuadas, falta de o número de vítimas. Por fim, sequências de um acidente. P
rails de protecção, sinais ausen-
tes ou mal colocados e ruas de
bairro construídas à semelhança
de auto-estradas. Devido a estas
e outras situações, cerca de mil
pessoas por ano morrem vítimas
de acidentes rodoviários.
Assim, no referido formulário, é
importante assinalar uma série
de situações, que podem incluir,
entre outras, deficiente sincroni-
zação da sinalização (por exem-
plo, pouco tempo disponível
para o peão atravessar uma pas-
sadeira), riscos de hidroplana-
gem ou inclinação ao contrário Ajude-nos a combater as mortes na estrada. No nosso sítio, pode preencher
(curvas, rotundas, etc.). o formulário, identificar problemas nas vias e contribuir para resolvê-los
MOBILIDADE: UMA SEMANA É POUCO
> Conseguir que a utilização dos
transportes públicos, andar a pé
ou de bicicleta, sejam alternati-
vas normais ao automóvel nas
deslocações, por exemplo, para
o trabalho, é uma das apostas
da Semana Europeia da Mobili-
dade, que este ano decorre en-
tre 16 e 22 de Setembro.
Embora esta iniciativa tenha
pertinência, e possa servir como
alerta, há muito a melhorar, por
exemplo, na rede de transportes
DINHEIRO & DIREITOS DESTE MÊS
> Crédito estudantil: poupe
dezenas de euros por ano
> Seguro escolar: privadas à
margem da lei
> Direito à cópia privada: con-
sumidor não é pirata
> Saúde pública: como e onde
denunciar atentados
> Seguro para barcos: poupe
400 euros anuais
> Contas poupança: melhores
condições para os nossos
associados
> Crédito com penhor: juros
inferiores ao crédito pessoal
públicos. Elegemos precisamen-
te 2006 como o ano da mobili-
dade, tendo como preocupação,
entre outros, a dificudade que os
peões têm em mover-se nos cen-
tros urbanos, dominados pelo
parque automóvel, e também a
poluição provocada pelas emis-
são de gases para a atmofera.
Por sua vez, os perigos existen-
tes nas estradas, como buracos
ou descidas acentuadas, podem
ser fatais para os automobilistas
e peões.
> Até ao final do século, o plane-
ta Terra vai aquecer: a sua tem-
peratura aumentará entre 1,4 e
5,8°C. A explosão do parque au-
tomóvel é uma das razões que
explicam este fenómeno. É um
assunto na ordem do dia, repre-
sentando um dos pontos princi-
pais das políticas ambientais e
energéticas europeias. Por esse
motivo, foi o tema escolhido pa-
ra a Semana Europeia da Mobili-
dade. O Dia Europeu sem Carros
encerrará, a 22 de Setembro, tal
iniciativa. Este ano são sete os
países participantes, entre os
quais Portugal. P
CONSUMIDORES DE TODO O MUNDO
CRIANÇAS VÍTIMAS
DA PUBLICIDADE A COMIDA
As crianças muito pequenas são alvos
fáceis da publicidade dos fabricantes
de comida, que, cada vez mais, utilizam
métodos sofisticados para captar a sua
atenção. A Choice, revista australiana
de defesa do consumidor, em Junho,
concluiu que a maioria dos produtos pu-
blicitados não são saudáveis, o que po-
de ser uma má influência nos hábitos alimentares. Em Fevereiro
de 2005 (PRO TESTE nº 255), verificámos que o mais focado nos
anúncios também é o que menos as crianças devem comer.
CHÁ DOCE, CHÁ CALÓRICO
A Consumer Reports, revista norte-ame-
ricana de defesa do consumidor, anali-
sou, na sua edição de Julho, o conhecido
ice tea, bebida muito popular no Verão.
Algumas marcas não têm realmente mui-
to açúcar. Mas outras, que alegam ter
adoçante, igualam, por exemplo, a inges-
tão de coca-cola clássica. Assim, ao be-
ber 230 ml de chá em lata (como Lipton
ou Nestea), estará a ingerir entre 80 a 100 calorias. Como muitos
chás vêm em garrafas de grande capacidade, o resultado é que
se acaba por ingerir mais calorias do que se optasse por beber
uma simples lata de coca-cola. Ou seja, o light ice tea acaba por
não ser uma boa alternativa às bebidas gaseificadas.
BIJUTERIA COM NÍQUEL
A presença de níquel em bijuteria pode
ser um problema para quem é alérgico a
esta substância. A J’Achete Mieux, revista
da associação suíça de consumidores,
na sua edição de Junho, apresentou os
resultados de um teste a 37 jóias de fan-
tasia compradas em lojas e hipermerca-
dos. Esta publicação descobriu que 30%
dos acessórios tinha níquel.
Mais grave ainda é o facto de a maioria das lojas que vende biju-
teria com aquela substância serem vocacionadas para jovens,
por definição um público menos informado sobre as complica-
ções alérgicas que o níquel pode provocar. Ao mesmo tempo,
naturalmente, são os jovens que mais compram este tipo de
produtos. P
PROTESTE 272 Setembro 2006 49
 PRO TESTE sempre
REEMBOLSO
POUCO ENÉRGICO
Em meados de Janeiro de 2005,
vários aparelhos da nossa leitora
B.C., de São Mamede de Infesta
(concelho de Matosinhos),
ficaram danificados, devido
a problemas de electricidade.
Televisor, frigorífico e
esquentador deixaram
de funcionar.
De imediato, B.C. enviou uma
reclamação à EDP, exigindo
o pagamento de mais de
€ 400 pelos prejuízos.
Porém, a empresa recusou
qualquer responsabilidade sobre
o sucedido.
Inconformada, a nossa leitora
pediu uma avaliação técnica
para analisar a causa das avarias
em sua casa.
Esta leitora conseguiu assim
a confirmação de que os danos
causados se deveram à entrada
de potência excessiva nos
aparelhos e “voltou à carga”.
Pressionou a EDP para lhe dar
uma resposta face aos novos
factos. Mas a empresa
não cedeu em nada.
50 PROTESTE 272 Setembro 2006
Apesar de admitir ter existido
uma falha de energia na
localidade de B.C., a empresa
desculpou-se com as “operações
normais de exploração da rede
eléctrica”. Como tal, decidiu
atribuir a culpa à falta de
qualidade dos electrodomésticos.
Recusando-se a baixar os braços,
a nossa leitora contactou de
novo a EDP, rebatendo ponto
a ponto os seus argumentos
e deixou um ultimato:
a EDP revia a sua posição
ou a leitora avançaria para
uma acção judicial.
Entretanto, B.C. mandou reparar
os electrodomésticos, pagou e
aguardou. Dada a ausência de
resposta, pediu o nosso auxílio.
Enfim, a odisseia da leitora
terminava. Contactámos a
empresa, que, finalmente, pagou
todos os prejuízos causados.
É lamentável que tenha entrado
no “jogo do empurra” de
responsabilidades e só agido
após a nossa intervenção.
Mas este caso mostra bem como
a persistência dos consumidores
pode ser decisiva no confronto
com as empresas. N
A persistência desta
leitora foi a melhor arma
para obter a devida
indemnização
SAPO COM FOME DE INTERNET
Em Fevereiro de 2005, o nosso leitor R.P., de Paredes (distrito do
Porto), anulou o contrato com a Sapo ADSL, após cumprir 12 meses
de fidelização. Desde então, deixou de aceder à Net. Na altura, não se
preocupou até descobrir, um mês depois, que a sua linha telefónica
estava indisponível. Tal significava que seria impossível activar o serviço
ADSL de outro operador. Segundo a empresa, seriam necessários 21 dias
úteis para a linha estar aberta, mas esse prazo foi ultrapassado.
R.P. começava a ficar impaciente. Contudo, deu mais uma oportunidade
à Sapo ADSL, exigindo a resolução do problema num prazo de cinco dias
úteis. Mais uma vez, nada de novo. A empresa não respondeu e o leitor
contou-nos a sua história. A linha telefónica só ficou disponível após a
nossa intervenção e R.P. pôde finalmente escolher outro operador.
Para obter mais informações, consulte o nosso último teste a
fornecedores na PRO TESTE n.º 267, de Março de 2006. Pode visitar o
simulador do nosso sítio ou telefonar-nos (808 200 145). N
www.deco.proteste.pt
Descubra o fornecedor mais
barato no nosso simulador
DORMIR O nosso leitor decidiu recorrer
ao vendedor. Só assim soube
SEM 845 EUROS que a entrega estava atrasada,
Em Janeiro de 2005, o nosso sendo-lhe sugerida a troca por
leitor J.C., de Carcavelos (concelho outro mais barato. Uma semana
de Cascais), comprou um colchão depois, nenhum colchão tinha
ortopédico e duas almofadas, no ainda chegado. A paciência do
valor de € 845, à Mundial Casa leitor esgotou-se. Enviou uma
e pagou com cheque pré-datado. carta registada à Mundial Casa,
A empresa ficou de lhe entregar exigindo a anulação do contrato
o material em casa. Mas, um dia e a devolução do dinheiro.
antes da data prevista, o dinheiro A empresa remeteu-se ao silêncio
desapareceu da conta do leitor e J.C. pediu-nos ajuda.
e da encomenda, nem sinal. Após receber a nossa carta,
J.C. contactou a Mundial Casa, a empresa reagiu, por fim,
exigindo a entrega do colchão. indicando que o contrato estava
Desta vez, disseram-lhe que não arquivado e o leitor reembolsado
sabiam se tal seria possível. em mais de 800 euros. N
BRINDE
FORA DE HORAS
Em Outubro de 2004, a nossa
leitora C.J., da Ericeira (concelho
de Mafra), fez uma encomenda
à revista 3 Suisses, que lhe
dava direito a um prémio:
um casaco. Mas, em vez do
brinde, recebeu um novo talão
de encomenda. Esta nossa
leitora contactou de imediato a
3 Suisses explicando a situação.
Foi-lhe prometido o envio do
brinde o mais rapidamente
possível.
Confiante de que o problema
estava resolvido, a nossa leitora
decidiu encomendar mais
dois artigos. Além de continuar
à espera do brinde, a nossa
leitora pagou os artigos
e não os recebeu.
Em Março de 2005, após
inúmeras tentativas para
solucionar o seu problema,
pediu-nos ajuda. Dada a
urgência nesta matéria,
contactámos a empresa e esta
garantiu que o brinde já tinha
sido enviado e a nossa leitora
reembolsada do valor pago pela
segunda encomenda, pois os
artigos estavam esgotados.
Só é lamentável que tenha
esperado sete meses para ver
o seu caso resolvido. N
LUTA DE CEREAIS
E ESTRELAS
O nosso leitor M.S., de Espinho
(distrito de Aveiro), concorreu
a uma promoção da Kellogg’s
Portugal, que deveria estar em
vigor de 15 de Março a 31 de
Maio de 2005.
Na altura, para aderir, este
associado comprou uma caixa
de cereais da marca (Smacks
– Star Wars Episódio III).
Em seguida, leu as instruções
e enviou uma mensagem para
o número indicado.
Pouco depois, o visor do seu
telemóvel indicava: “a promo
kellogg’s robot finalizou a 31
de Março”. M.S. não queria
acreditar: além de concorrer
a outra promoção, tinham-lhe
cobrado 42 cêntimos, aos quais
ainda faltava acrescentar o
IVA. E toda a despesa por uma
mensagem inútil.
Pior ainda: apesar de
anunciado, o concurso parecia
não estar a funcionar.
Insatisfeito, M.S. reclamou junto
da TMN e recuperou o valor
pago.
Fez o mesmo com a Kellogg’s,
mas o serviço já não foi
exemplar. Contudo, após
a nossa intervenção nesta
história, este leitor tornou-se
num dos felizes contemplados
da promoção Star Wars Episódio
III, recebendo o prémio.
Em suma, uma verdadeira
guerra das estrelas para ver os
seus direitos respeitados. N
CAMPISTAS EM
ZONA DE PERIGO
O nosso leitor A.S., de
Bragança, gostava de gozar a
primeira quinzena deste mês
num parque de campismo com
alguns familiares e amigos.
Como há cerca de cinco meses,
leu algumas notícias onde se
criticava a insegurança destes
espaços, escreveu-nos para
obter conselhos e saber se já
inspeccionámos estes locais.
Na PRO TESTE n.º 268, de
Abril de 2006, publicámos os
resultados de uma visita que
fizemos a 20 parques. De facto,
dos 20 sítios que analisámos,
nenhum oferecia condições
mínimas de segurança.
Saídas de emergência fechadas
a cadeado ou só abertas
por exemplo, junto das tendas.
Evite os materiais combustíveis
durante algumas horas do dia, desnecessários, como as
pouca distância entre tendas ou garrafas de gás de tamanho
caravanas, grandes aglomerados doméstico. São preferíveis os
com estreitos caminhos modelos para campismo.
labirínticos foram os problemas Não deixe os cabos sem
mais graves. Cinco parques protecção a serpentear pelos
deveriam mesmo encerrar para caminhos. Evite ao máximo
fazer obras. os amontoados de tábuas,
Só muita sorte tem evitado mais outros objectos e lixo. N
incêndios nestes parques.
Assim, seis anos depois
do nosso último estudo, os
responsáveis continuam a
desrespeitar a integridade física
dos campistas. Para um País
que se diz de turismo, o cenário
actual é decepcionante.
O Governo, as câmaras
municipais e os proprietários
Pimenteiro com tomadas a mais. São muitos
dos parques continuam a cabos onde os campistas podem tropeçar
ter quase tudo por fazer
nesta matéria. Por exemplo,
as câmaras devem ser mais
interventivas no seu papel
fiscalizador. Ainda assim,
o campista pode ter alguns
cuidados. No início, pode custar
um pouco seguir os conselhos,
mas verá que vale a pena.
Mal chegue ao local, veja
onde ficam os caminhos Pouca distância entre tendas e caravanas:
se houver incêndio, as chamas propagam
de evacuação e as saídas de
emergência. Verifique onde
estão colocados os extintores.
Não hesite em denunciar
qualquer situação que lhe
pareça grave ou incorrecta.
Tente respeitar uma distância
mínima de dois metros entre
as diversas tendas.
Labirintos repletos de obstáculos com carros
Deixe sempre o seu automóvel
no parque de estacionamento.
à mistura e campistas afunilados
Se o deixar mal estacionado
ou a bloquear um caminho,
poderá vir a dificultar a missão
dos bombeiros em caso de
necessidade.
Ora o tempo, por vezes, pode
ser um factor decisivo, no que
toca a um evitar um incêndio de
maiores dimensões. Saída de emergência fechada com cadeado
Nunca asse sardinhas e frango, não pode ser usada
PROTESTE 272 Setembro 2006 51
 PRO TESTE sempre
FANTASMA
DO PIJAMA
Em Dezembro de 2004, a nossa
leitora M.A., da Costa de Caparica
(concelho de Almada), comprou
um pijama na Ella Lingeri, do
centro comercial Almada Fórum.
Chegado o Natal, M.A. ofereceu-o
ao genro. Mais tarde, já depois
de lhe ter retirado a etiqueta,
a filha da leitora reparou que a
manga esquerda apresentava
buracos. M.A. dirigiu-se à loja
e contou o sucedido.
Disseram-lhe que o pijama iria
para o fabricante. A nossa leitora
concordou e deixou o pijama.
Um mês e meio passou e nada
aconteceu, pelo que a leitora
voltou à Ella Lingeri.
M.A. descobriu que o fornecedor
não aceitara a reclamação, tendo
devolvido o pijama.
Pediu o nome do último e fez
vários telefonemas para
o representante da marca
e o fornecedor.
Por fim, lá lhe disseram que
nunca tinham recebido nenhuma
reclamação. O fornecedor
disponibilizou-se, contudo, a
receber o pijama, através da loja.
Mas a loja recusou-se a enviá-lo.
Multiplicaram-se os contactos
da leitora, mas sem sucesso.
A leitora exigiu uma resposta
definitiva no prazo de duas
semanas. Mais uma vez,
o silêncio reinou. Cansada,
a leitora escreveu-nos.
Contactámos a empresa
e finalmente a leitora foi
reembolsada em € 49,60
correspondentes ao valor pago
pelo pijama.
O consumidor tem direito à
troca ou devolução do dinheiro
gasto num produto com defeito,
a não ser que o comerciante
informe previamente da existência
do mesmo. Para poder exigir
os seus direitos, é essencial
guardar o comprovativo de
52 PROTESTE 272 Setembro 2006
compra e apresentá-lo na altura
de reclamar. No caso da roupa,
convém não retirar as etiquetas,
antes de se certificar de que não
há nenhum defeito. Nota final: no
artigo da página 35 desta edição,
deciframos o significado dos
principais símbolos nas peças
de roupa. Se estiver interessado,
ainda pode correr para aproveitar
os últimos saldos. N
INVASÃO
COM FACTURA FIXA
Em Agosto de 2004, o nosso
leitor M.O., da Guarda, anulou
o serviço de telefone fixo da Oni.
Fê-lo, como devia, através de
carta registada com aviso
de recepção. Mais tarde,
confirmou junto da empresa
o cancelamento.
A situação parecia regularizada
até M.O. receber facturas para
pagar. Atento, o nosso leitor
alertou a empresa para o erro
cometido. Apesar dos avisos,
a factura mensal continuava a
chegar. Como a situação já se
arrastava há dois meses, o nosso
leitor ligou para o serviço de
atendimento da Oni em busca
de uma solução. Explicou o que
se passava e disseram-lhe, mais
uma vez, que o serviço estava
desactivado desde Setembro.
Insatisfeito com a desorganização,
M.O. exprimiu o desejo de um
pedido de desculpas por escrito.
Mas, em vez disso, recebeu
mais um aviso de cobrança, com
ameaça de suspensão do serviço.
O nosso leitor contou-nos
a sua história.
Contactámos a empresa, que
nos garantiu ter desactivado o
serviço e enviado um cheque de
reembolso no valor de 56 euros,
isto apesar de o nosso leitor
nada ter exigido. M.O. apenas
pretendia que deixassem de lhe
enviar facturas para pagar um
serviço já cancelado.
Nestes casos, guarde todos os
documentos que comprovem
o pedido para cancelar o
serviço (cópia da carta enviada,
comprovativo de recepção
da mesma, etc.).
Convém, ainda, deixar de pagá-lo,
para que resolvam o problema
com maior rapidez. N
Mesmo depois de
cancelar o serviço,
as facturas invadiram
a caixa de correio
do leitor
À DERIVA NOS CTT
Em Dezembro de 2004, o nosso
leitor J.S., de Sintra (distrito
de Lisboa), encomendou um
equipamento na empresa
Oakleywoods, especializada em
acessórios de jogo e sedeada
no Canadá. Esta seria enviada no
prazo de 10 a 12 semanas.
Passado o tempo previsto,
J.S. telefonou para os CTT, de
Portela de Sintra, à procura
da encomenda. Mas nenhum
sinal. Temendo que não a
tivessem enviado, J.S. pediu
esclarecimentos à Oakleywoods.
Do outro lado do oceano chegou
a confirmação da chegada
em breve. J.S. esperou duas
semanas. Contactou de novo os
correios e ficou a saber que algo
semelhante à sua encomenda
tinha sido devolvido.
Tentou saber se a mesma estaria
entre os artigos extraviados.
A resposta foi negativa.
J.S. fez uma última tentativa no
Centro de Distribuição Postal
de Sintra. Mas nada a fazer:
a encomenda tinha voltado
à procedência. Como estava
interessado, voltou a encomendar
o produto. Contactámos os CTT,
que desta vez não hesitaram e
assumiram os portes do reenvio
para Portugal. Foi um gesto
comercial, mas revela alguma
preocupação com o cliente.
Pena que não o tenham feito mal
receberam a primeira reclamação.
Segundo a lei, apenas em certas
modalidades de correio (por
exemplo, cartas registadas e com
valor declarado) a empresa é
obrigada a indemnizar os clientes
em caso de perda ou extravio.
Ora na PRO TESTE n.º 248, de
Junho de 2004, verificámos que
das 6288 cartas que enviámos
por correio normal ou azul, 22
nunca chegaram ao destinatário,
nem foram devolvidas ao
remetente. N
 índice
Este índice inclui os principais testes e estudos – de peru (R) 264 05 G Q
publicados na PRO TESTE até à presente edição. Cartões de memória 243 04 Gás: Queijo:
Os assuntos estão apresentados por ordem al- Carregadores e pilhas 271 06 – segurança das instalações 262 05 – conservar (R) 257 05
fabética, sendo indicados a edição (REV) e o ano Casa: – tarifas 263 05 – flamengo 256 05
em que foram publicados. Os temas tratados – conforto térmico 254 05 Ginásios (R) 258 05 – ralado 252 04
numa pequena rubrica (e não no âmbito de um – isolamento acústico 252 04 Gravação:
estudo mais exaustivo) estão assinalados (R). – pintar (cuidados a ter) (R) 244 04 – de vídeo 245 04 R
– qualidade de construção 251 04 – digital (R) 265 06 Reciclagem:
Centros de inspecção automóvel 272 06 – gravadores de DVD 264 05 – pilhas 256 05
ASSUNTO REV ANO Chocolate preto 262 05 Grelhadores 255 05 – plástico (R) 266 06
Ciclo de vida dos produtos 245 04 Guia de Preços 264 05 – pneus 266 06
Cinema em casa: Refeições dos hospitais 263 05
A – ecrãs 248 04 H Responsabilidade social das empresas:
Acidentes domésticos 258 05 – kits 263 05 Hambúrgueres 266 06 – automóveis 246 04
Acrilamida nas batatas 254 05 Colchão e almofada (R) 256 05 Hábitos alimentares (inquérito) 272 06 – bananas 244 04
Agências de viagens: Colunas de som 251 04 Hipermercados (impacto ambiental) 268 06 – bolas de futebol (R) 270 06
– férias de Inverno 261 05 Comércio justo 266 06 Hospitais: – brinquedos 253 04
– férias de Verão 256 05 Comida chinesa (take-away) 270 06 – qualidade do ar 265 06 – café 272 06
– como reclamar do serviço (R) 271 06 Companhias aéreas e aeroportos – refeições 263 05 – detergentes 265 06
Água: 245 04 (inquérito) 269 06 – equipamento desportivo 249 04
– aromatizada 268 06 Comportamento ao volante (inquérito) 270 06 I – petrolíferas 264 05
– da torneira 267 06 Computadores: Impressoras: – tomate 271 06
– poupar (R) 262 05 – arquivar dados 270 06 – de jacto de tinta 271 06
– radioactividade (R) 263 05 – monitores TFT 272 06 – multifunções 267 06 S
Alimentos: – multimédia 259 05 – portáteis para fotografias 271 06 Saladas de fast-food 265 06
– com açúcar (R) 267 06 – para estudantes 261 05 – tinteiros alternativos 272 06 Saldos (R) 265 06
– com ómega 3 (R) 269 06 – portáteis (guia de compras) 268 06 Informática: Salmão fumado 257 05
– menus escolares 261 05 – ratos e teclados sem fios 253 04 – agendas digitais 245 04 Sardinhas 247 04
– nos hospitais 263 05 Consumo dos automóveis (R) 269 06 – redes com e sem fios 248 04 Scooters 260 05
Ambientadores 254 05 Correios (CTT) 248 04 Insecticidas 268 06 Segurança alimentar:
Ambiente (impacto do consumo) 263 05 Crianças: Instalações de gás 262 05 – cuidados a ter (R) 271 06
Antibióticos no mel e geleia 265 06 – barreiras de protecção 260 05 Internet: – questões 265 06
Aparelhagens (micro) 261 05 – brinquedos – antivírus e firewalls 255 05 – reivindicações da DECO PROTESTE 266 06
Aquecimento central 263 05 (responsabilidade das empresas) 253 04 – comparação internacional de preços 259 05 Segurança passiva 255 05
Aquicultura 267 06 – cadeiras para automóvel 270 06 – comprar música 260 05 Seniores (tempos livres) 262 05
Ar condicionado: – cadeiras para refeição 267 06 – filtros anti-spam 250 04 Símbolos:
– guia de compras (R) 259 05 – ementas escolares 261 05 – fornecedores de acesso com fios 261 05 – e alegações nos produtos 257 05
– teste comparativo 268 06 – fraldas (R) 255 05 – fornecedores de acesso sem fios 267 06 – ecológicos 256 05
Aspiradores de arrastar 269 06 – obesidade infantil 260 05 – telefonar pela Internet 266 06 Sistemas de navegação automóvel 266 06
Aspiradores portáteis 267 06 – parques infantis 257 05 Intoxicação por monóxido de carbono 254 05 Sol (cuidados a ter) (R) 270 06
Automóvel: – toalhitas de limpeza 254 05 Sulfitos 255 05
– bagageiras de tejadilho 247 04 Cuidados dentários (R) 261 05 L Supermercados:
– cadeiras de criança 270 06 Lâmpadas 243 04 – compras ao domicílio 257 05
– carrinhas familiares a gasóleo 259 05 D Leitores: – preços 269 06
– centros de inspecção periódica 272 06 Decapantes 252 04 – de DVD 253 04
– citadinos 268 06 Desodorizantes (R) 253 04 – de MP3 265 06 T
– consumo (emissões de gases) 272 06 Detergentes: – multimédia 264 05 Tatuagens e pircíngues 260 05
– cuidados no aluguer (R) 247 04 – e ambiente (R) 245 04 Limitador de volume do iPod 270 06 Telefone:
– estacionar com ajuda (R) 267 06 – lava-tudo 245 04 – satisfação (inquérito) 256 05
– familiares 245 04 – loiça 259 05 M – sem fio 266 06
– fiabilidade 265 06 – roupa 270 06 Máquinas: – tarifas do fixo 267 06
– kits mãos-livres e auriculares 264 05 Digitalização de VHS para DVD 266 06 – de café (expresso) 253 04 Telemóveis:
– MPV’s médios 271 06 DVD (disco versátil digital): – de café (filtro) 264 05 – auriculares e kits para carro 264 05
– pequenos familiares 263 05 – gravadores 264 05 – de lavar loiça (R) 271 06 – reparação 243 04
– pneus 270 06 – teste a leitores 253 04 – de lavar roupa 271 06 – satisfação (inquérito) 255 05
– oficinas (inquérito) 267 06 Doces tradicionais 246 04 – de lavar e secar roupa numa só 272 06 – tarifas 262 05
– reciclagem 248 04 – de secar roupa 262 05 – teste 272 06
– segurança activa e passiva 266 06 E Máquinas fotográficas digitais 269 06 Televisores LCD e plasma 269 06
– sistemas de navegação 266 06 Edredão: como manter (R) 254 05 Mel (antibióticos) 265 06 Tinteiros alternativos 272 06
– testes de colisão 271 06 Electricidade (simuladores) 267 06 Micotoxinas 259 05 Toalhitas:
Azeite (R) 256 05 Electrodomésticos: reparação (R) 248 04 Microondas: – de higiene pessoal (R) 259 05
Azeitonas 271 06 Elevadores 249 04 – com grill 262 05 – de limpeza 254 05
Emagrecer (consultas de nutrição) 271 06 – reparação 260 05 Tomate 271 06
B Ementas: – simples 250 04 Torneiras termoestáticas (R) 268 06
Baterias recarregáveis 252 04 – das escolas 261 05 Minifornos eléctricos 266 06 Torradeiras 267 06
Berbequins 266 06 – dos hospitais 263 05 Mochilas escolares (escolher) (R) 272 06 Transportes públicos e poluição 250 04
Bibliotecas 266 06 Energia: Monitores TFT 272 06
Bicicletas: – consumo dos aparelhos 254 05 V
– equipamentos de segurança (R) 272 06 – desempenho dos edifícios 271 06 O Vasos (R) 262 05
– guia de compras 269 06 – fontes renováveis 265 06 Obesidade infantil (R) 260 05 Viajar sem enjoar (R) 248 04
Binóculos (guia de compras) 262 05 – tarifa bi-horária e potência 267 06 Oficinas automóveis (inquérito) 267 06 Vinho:
Blusões impermeáveis (R) 264 05 Escovas de dentes eléctricas 264 05 Óleos alimentares (R) 261 05 – Alentejo (tinto) 264 05
Bolas de futebol (R) 270 06 Etiquetas para cuidar da roupa 272 06 Organismos geneticamente – Dão (tinto) 253 04
Bricolagem: equipamento (R) 265 06 Explicadores e centros 272 06 modificados (OGM) 269 06 – Verde (branco) 242 03
Brinquedos 264 05
F P
C Facas de cozinha (R) 245 04 Painéis solares 258 05
Cadeiras: Farinheiras 268 06 Pão 258 05
– de criança para automóvel 270 06 Ferros de engomar a vapor 270 06 Papel de impressora para fotografia 249 04
– de criança para refeição (R) 267 06 Fogões 255 05
NÚMEROS ATRASADOS
Parques:
– de jardim 257 05 Formatos de compressão de aúdio (R) 271 06 – de campismo (R) 270 06 808 200 146
Café: Fornecedores de acesso à Internet 267 06 – de estacionamento 255 05 assinaturas@deco.proteste.pt
– teste 261 05 Fornos de encastrar 244 04 – infantis 257 05
– responsabilidade das empresas 270 06 Fotografia: Pilhas e carregadores 271 06 Do n.º 164 ao n.º 176 € 3,74
Caldeiras murais a gás 263 05 – cartões de memória 243 04 Piscinas turísticas 259 05 Do n.º 177 ao n.º 187 € 4,49
Câmaras de vídeo digitais: – compressão (R) 263 05 Pneus para carro: Do n.º 188 ao n.º 198 € 4,71
– ligações 255 05 – impressão de fotografia digital 268 06 – aparelhos para medir a pressão 270 06 Do n.º 199 ao n.º 220 € 4,89
– teste 263 05 – rolos 246 04 – manutenção (R) 272 06 Do n.º 221 ao n.º 231 € 6,01
Camisolas polares (R) 266 06 Fraldas (R) 255 05 – teste 270 06 Do n.º 232 ao n.º 242 € 6,32
Capacetes: Frigideiras antiaderentes 261 05 Preços (afixação nas lojas e montras) 269 06
– de bicicleta (escolher) (R) 269 06 Frigoríficos: Do n.º 243 ao n.º 253 € 6,64
Preços no supermercado 269 06
– de bicicleta para adulto 258 05 – combinados 259 05 Do n.º 254 ao n.º 264 € 6,98
Protocolos:
– de mota 246 04 – duas portas 270 06 Do n.º 265 ao n.º 272 € 7,32
– análises da água 260 05
Carnaval (R) 266 06 – poupar no consumo (R) 247 04 – Inatel 261 05
Preços com IVA válidos até 31/12/2006.
Carne: – reparação 244 04 – turismo da natureza 259 05 Edições esgotadas: n.º 155, 171, 188, 195 e 264.
– de bovino 250 04 Fritadeiras 248 04 Publicidade na televisão 255 05

54 PROTESTE 272 Setembro 2006