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MATEUS 5.

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“Bem aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”.

INTRODUÇÃO

Estamos refletindo uma serie de sermões/estudos sobre as bem-


aventuranças, que pelo que já aprendemos, se refere aos valores morais e
éticos do reino de Deus, que haja vista, foi instaurado na vinda de Cristo. A
proposta dessa reflexão é de nos aprofundarmos no versículo nove de
Mateus, onde o escritor nos mostra mais uma das características dos
indivíduos do reino, isto é, daqueles que nasceram de novo. E hoje o
assunto é sobre Paz, o que significa ser um pacificador para Jesus? Porque
um discípulo de Cristo deve ter essa característica, essas e outras perguntas
serão respondidas ao longo da reflexão.

Bem Aventurado

Esse termo já foi explicado nas outras quintas feiras, mas, pela necessidade
de fixarmos o aprendizado, acredito que é importante lembrarmos do que
significa ser um bem aventurado. A palavra bem-aventurado no hebraico
significa “caminhada”, mas o sentido na palavra significa “caminhada
feliz” ou “caminhada abençoada”, isto porque para o judeu, a felicidade
não condicionada as circunstancias do caminho, mas a forma que vivemos
no caminho, e o termo abençoado ele também é cabível porque ser
abençoado é possuir as marcas do abençoador. Portanto feliz é aquele que
encontrou sentido no caminho e não nas circunstancias.
O TRIPÉ TEOLOGICO DAS BEM-AVENTURANÇAS

Nas bem-aventuranças, podemos perceber o “tripé teológico” ou as “três


vertentes” fundamentais para a existência do ser humano. Elas são a
ortodoxia, ortopatia e ortopraxia.

Ortodoxia

A palavra ortodoxia vem do grego e é composta por duas palavras, órthos:


reto, correto, e dóxa: opinião, glória, ou seja, significa opinião correta ou doutrina
correta ou pode significar gloria correta, ou seja, todo ortodoxo vive para a
gloria de Deus.

Ortopatia

Diz respeito ao sentimento correto, por isso que esse conceito é valido no
sermão do monte, pois o sermão fala de uma felicidade, ou melhor, de ser
mais do que feliz.

Ortopraxia

Do grego orthopraxia, "ação correta”, ou seja, diz respeito à maneira


correta de viver, essa palavra corresponde à ideia de que somos éticos e
morais, mas não qualquer ética ou qualquer moral, mas a verdadeira ética e
a verdadeira moral.

Portanto, o sermão do monte, nos ensina como devemos viver em


abundancia, viver na plenitude do Espirito, porque o evangelho responde a
necessidade humana de vivermos corretamente, de modo que cada vez mais
glorifiquemos o nome de Deus e nos alegremos em glorifica-lo com o
nosso pensamento, sentimento e ação.
O QUE SIGNIFICA SER UM PACIFICADOR?

Antes de tudo, é importante lembrarmos qual é o conceito de paz que a


bíblia nos ensina. Sabemos que o “mundo”, isto é, as pessoas que vivem
sem a perspectiva do reino de Deus, tem uma concepção de paz, e o
evangelho apresenta outro tipo de paz, tanto é que Jesus fala isso nos
evangelhos, está escrito em:

João 14.27 -“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou
como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

Fica claro que há uma diferença da paz segundo o mundo e a paz segundo
Cristo.

A paz segundo o mundo é a ausência de conflitos, é o cessar guerras, é


acordo estabelecido para que o outro não avance a fronteira ou o limite
estabelecido pelo “acordo”, é a ausência de brigas, é a ausência de barulho
é o estado sereno da alma.

Já a paz segundo Cristo não é a ausência de conflito, não é o cessar guerras,


não é a não transgressão dos limites, nem tampouco é a ausência de barulho
ou o “suposto” estado de serenidade da alma. Antes, a paz de Cristo é
equilíbrio nos conflitos, nas tribulações, nas adversidades da vida, é ter
confiança no Senhor, mas uma confiança plena.

A bíblia diz que a paz de Deus excede todo o entendimento, guarda o


coração e a alma, isto é, ela resolve o problema internamente, pra depois,
consequentemente resolver o problema externo, aqui está a grande
diferença da paz do mundo, que muitas vezes maquia o problema, evita a
realidade, a paz do mundo prega uma serenidade da alma, quando na
realidade prega uma covardia, pois essa suposta serenidade é uma fuga da
realidade, é a fuga de enfrentar os problemas de frente, a fim de viver
explorando as sensações, ou seja, um mundo imaginário, quando a paz de
Cristo nos ensina e nos capacita a vivermos em toda e em qualquer
circunstancia porque a alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10), porque
tudo podemos nAquele que nos fortalece, no El Shalom o Deus de paz.
Porém, todo esse conceito de paz, só faz sentido para aqueles que foram
justificados por Deus, por meio da fé, e como consequência disso, possuem
paz com Deus. Não adianta viver uma vida religiosa ou fundamentalista se
não houver paz com Deus, Paulo diz aos romanos capitulo 5:

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso
Senhor Jesus Cristo;

Antes sermos pacificadores, é necessário que tenhamos paz com Deus,


porque outrora éramos inimigos de Deus, mas graças a Deus por Cristo
Jesus, que nos possibilitou a comunhão com Deus e a reconciliação.

Para o Dr. Martyn Lloyde-Jones

“Os pacificadores são bem-aventurados porque são diferentes de todas as


outras pessoas no mundo”.

E Eu diria que essa diferença que nos destaca é pelo simples fato de que a
paz de Deus, e a paz com Deus nos modificam de dentro pra fora, é uma
mudança radical.

O que não é ser pacificador?

Ser pacificador não alguém que separa brigas, ou que separa discussões,
pelo menos não nesse texto.

Ser pacificador não ser omisso, e nem passivo com as injustiças do mundo.

Sendo Pacificador

Ser um pacificado é viver e pregar a paz de Cristo, a anunciar ao mundo em


conflito que em Cristo todas as coisas têm equilíbrio, pois Cristo é o
Senhor soberano sobre todas as coisas.

Ser pacificador é pregar ao mundo, a guerra que o homem tem com Deus,
por ser o seu inimigo, porque o homem sem Deus está em crise, em
decadência.

Ser pacificador é apontar para o mundo, que as tensões do mundo não terão
soluções se dependerem de praticas de politicas partidárias ou politicas
humanistas, até porque Segundo o Bispo Robinson Cavalcanti “Nenhum
partido politico ou ideal politico é detentor da verdade, como se
merecessem o apoio incondicional de Deus”.

A maioria dos primeiros eruditos da Igreja interpretavam esta


bem-aventurança em um sentido puramente espiritual, e sustentavam que
seu significado era: Bem-aventurado o homem que faz a paz em seu
próprio coração e em sua alma.
Em todos nós há um conflito interior entre o bem e o mal; sempre
nos sentimos arrastados em duas direções opostas; cada ser humano é,
pelo menos em certa medida, uma guerra civil ambulante.
Verdadeiramente feliz é o homem que conquistou a paz interior, no qual
terminou a luta interior e entregou todo o seu coração a Deus.

Estudo de William Barclay

Mas há outro significado da palavra paz, ao qual os rabinos


judeus davam ênfase e que, quase com certeza, é o que Jesus tinha em
mente ao pronunciar a bem-aventurança, Os rabinos do judaísmo
sustentavam que a tarefa mais elevada que qualquer homem podia
realizar era o estabelecimento de relações justas entre seus semelhantes.
Isto é o que Jesus quis dizer. Há pessoas que sempre são o centro de
conflitos, tormentas e lutas. Em qualquer lugar que apareçam, serão
vistos implicados em disputas, ou sendo a causa de lutas com outros. São
briguentos. Há pessoas, deste tipo quase em toda sociedade e em toda
igreja, e pode afirmar-se sem vacilação que servem ao diabo. Por outro
lado, graças a Deus, há pessoas em cuja presença a inimizade não pode
prosperar, que salvam os abismos, fecham as brechas e adoçam a
amargura. Estes fazem a vontade de Deus, pois o plano divino consiste
em estabelecer a paz entre o homem e Deus e entre o homem e seu
semelhante. O homem que divide os homens é um agente do diabo; o
homem que os une está fazendo a obra de Deus.
De modo que esta bem-aventurança poderia ler-se:
Quão feliz é aquele que cria relações justas e sadias
entre os homens, porque sua ação é obra de Deus!
Porque Filhos de Deus ?

A expressão filhos de Deus é uma forma tipicamente hebraica


de designar os "pacificadores". O idioma hebreu não possui
muitos
adjetivos, e muito freqüentemente quando quer descrever as
qualidades
de algo se usa a expressão "filho de...", completada com o
correspondente essencial abstrato. Assim, por exemplo, o homem
pacífico se denominará filho da paz. Barnabé era apelidado filho
da
consolação em lugar de consolador. Essa bem-aventurança diz
que os
pacificadores são benditos porque serão chamados filhos de Deus,
o que
significa que são benditos porque fazem algo que é tipicamente o
que
Deus faz. O homem que faz a paz realiza a obra na qual está
comprometido o Deus de paz (Rom. 15:33; 2 Cor. 13:11; 1 Tess.
5:23;
Heb. 13:20).

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