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FACULDADE DE ENGENHARIA DE PRESIDENTE

PRUDENTE
ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO DE PATOLOGIAS EM PONTES NA REGIÃO DE PRESIDENTE


PRUDENTE - SP

BIANCA CAMPANHARO RODRIGUES


BRUNA KLEM MILIATI
THAMIRIS SENA LOPES BONATO

Presidente Prudente - SP
2016
FACULDADE DE ENGENHARIA DE PRESIDENTE
PRUDENTE
ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO DE PATOLOGIAS EM PONTES NA REGIÃO DE PRESIDENTE


PRUDENTE - SP

BIANCA CAMPANHARO RODRIGUES


BRUNA KLEM MILIATI
THAMIRIS SENA LOPES BONATO

Trabalho de Conclusão, apresentado a


Faculdade de Engenharia de Presidente
Prudente, Curso de Engenharia Civil,
Universidade do Oeste Paulista, como parte
dos requisitos para a sua conclusão.

Orientador:
Me. Beatriz de Mello Massimino

Presidente Prudente - SP
2016
BIANCA CAMPANHARO RODRIGUES
BRUNA KLEM MILIATI
THAMIRIS SENA LOPES BONATO

ESTUDO DE PATOLOGIAS EM PONTES NA REGIÃO DE PRESIDENTE


PRUDENTE - SP

Trabalho de Conclusão, apresentado a


Faculdade de Engenharia de Presidente
Prudente, Curso de Engenharia Civil,
Universidade do Oeste Paulista, como parte
dos requisitos para a sua conclusão.

Presidente Prudente, 17 de Novembro de


2016

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Prof.Me. Orientador Beatriz de Mello Massimino
Universidade do Oeste Paulista – Unoeste
Presidente Prudente-SP

_______________________________________________
Prof. Esp. Filipe Bittencourt Figueiredo
Universidade do Oeste Paulista – Unoeste
Presidente Prudente-SP

_______________________________________________
Prof. Me. Maria Helena ZangariBallarim
Universidade do Oeste Paulista – Unoeste
Presidente Prudente-SP
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus por chegarmos até


aqui, e aos nossos pais por todo o apoio e incentivo, não medindo esforços para nos
ajudar a realizar nosso sonho.
AGRADECIMENTOS

São muitas pessoas especiais que gostaríamos de agradecer por nos


apoiar durante essa jornada de quatro anos.
Agradecemos a nossa família por contribuir de forma direta ou indireta
para a realização deste trabalho, e principalmente por estarem ao nosso lado
durante os momentos bons e ruins.
A nossa orientadora Beatriz pela paciência, parceria e tempo dedicado
ao nosso projeto.
Todos nossos amigos pelo apoio de sempre.
Aos professores que colaboraram para a nossa formação e
crescimento pessoal.
Por fim, agradecemos umas as outras pela amizade, parceria,
paciência, compreensão e carinho.
“Estamos face a face com nosso destino, e
devemos encontrá-lo com muita coragem e
resolução. Para nós é a vida de ação, da
extenuante performance do dever; deixe-nos viver
nos arreios, esforçando-nos vigorosamente;
deixe-nos correr o risco de nos desgastarmos do
que enferrujarmos”. (Theodore Roosevelt)
RESUMO

Estudo de patologias em pontes na região de Presidente Prudente - SP

As pontes são obras de arte especiais que possuem grande importância, visto que
tem como objetivo transpor obstáculos naturais, artificiais, rios ou vales, facilitando
deste modo o fluxo de pessoas ou veículos, além de comboios, canalizações, entre
outros, e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social de um país. Por
se tratarem de estruturas construídas para uma longa vida útil e em ambientes
geralmente agressivos, a manifestação de patologias, ou seja, danos ocorridos na
edificação devem ser evitados desde o início das obras, já queprejudicam o
transporte geral da região, tendo efeito negativo em diversas áreas, além de
ocasionar custos normalmente elevados para posterior correção.Por meio da
observação de frequentes casos de patologias em pontes na região de Presidente
Prudente, interior do estado de São Paulo, notou-se a necessidade de estudos sobre
os possíveis fatos que ocasionam tais problemas e a relação das ocorrências com
as orientações normativas vigentes sobre este tipo de estrutura. Diante desta
realidade, o presente trabalho visa à obtenção de embasamento teórico sobre os
tipos, formas de manifestação e identificação de patologias em pontes, para a
análise visual das mesmas em doze construções de pequeno e médio porte, tanto
para passagem de pedestres quanto automóveis. O intuito principal do estudo é
correlacionar a incidência de patologias com as normas brasileiras e documentos
relacionados, pois estes estabelecem regras construtivas que objetivam a
padronização dos serviços e prevenção de problemas, gerando menos retrabalhos,
prejuízos e trazendo conforto, economia e segurança para a via. Em todas as pontes
analisadas no trabalho foram encontradas manifestações patológicas, que tiveram
de forma direta ou indireta relação com as orientações normativas consultadas.

Palavras-chave:Pontes. Obra de Arte Especial. Patologias. Normas.


LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


AISC – American Instituteof Steel Construction
CIA – Coeficiente de Impacto Adicional
CIV – Coeficiente de Impacto Vertical
CNF – Coeficiente de Número de Faixas
DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
EPS – Expanded Polystyrene
IPR – Instituto de Pesquisas Rodoviárias
NBR – Norma Brasileira
SP – São Paulo
UNOESTE – Universidade do Oeste Paulista
LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - Elementos e dimensões constituintes de uma ponte. .......................... 18


QUADRO 2 - Ocorrência de patologias nos casos analisados.................................. 88
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Diferença entre pontes e viadutos. ........................................................ 16


FIGURA 2 - Constituição das pontes. ....................................................................... 17
FIGURA 3 - Seção transversal de tabuleiro de ponte em laje maciça. ...................... 19
FIGURA 4 - Seção transversal de tabuleiro em viga. ................................................ 19
FIGURA 5 - Seções longitudinais de pontes em treliça: (a) Treliça Warren; (b) Treliça
Pratt; (c) Treliça Howe. .............................................................................................. 20
FIGURA 6 - Seção transversal de tabuleiro celular. .................................................. 21
FIGURA 7 - Pontes em pórtico: a) biengastados; b) biarticulados; c) biarticulados
com montantes inclinados. ........................................................................................ 21
FIGURA 8 - Pontes em arco: a) com tabuleiro superior; b) com tabuleiro
intermediário; c) com tabuleiro inferior. ..................................................................... 22
FIGURA 9 - Ponte pênsil. .......................................................................................... 23
FIGURA 10 - Ponte estaiada. .................................................................................... 23
FIGURA 11 - Foto aérea do Parque Ecológico São Lucas e São Matheus. ............. 46
FIGURA 12 - Portal de entrada do parque. ............................................................... 47
FIGURA 13 - Localização da ponte numero 5. .......................................................... 47
FIGURA 14 - Vista Lateral da ponte número cinco. .................................................. 48
FIGURA 15 - Localização da ponte número seis. ..................................................... 48
FIGURA 16 - Vista Lateral da ponte número seis. .................................................... 49
FIGURA 17 - Localização da ponte número sete. ..................................................... 49
FIGURA 18 - Vista Lateral da ponte número sete. .................................................... 50
FIGURA 19 - Localização da ponte número oito. ...................................................... 50
FIGURA 20 - Vista frontal da ponte número oito. ...................................................... 51
FIGURA 21 - Localização da ponte número nove. .................................................... 51
FIGURA 22 - Vista frontal da ponte número nove. .................................................... 52
FIGURA 23 - Localização da ponte número dez. ...................................................... 52
FIGURA 24 - Vista frontal da ponte número dez. ...................................................... 53
FIGURA 25 - Localização da ponte número 11. ........................................................ 53
FIGURA 26 - Vista frontal da ponte número 11. ........................................................ 54
FIGURA 27 - Localização da ponte número 12. ........................................................ 54
FIGURA 28 - Vista lateral da ponte número 12. ........................................................ 55
FIGURA 29 - Pilar fora de padrão e com vazios de concretagem. ............................ 56
FIGURA 30 - Escoramento não retirado. .................................................................. 57
FIGURA 31 - Trinca por diferentes coeficientes de dilatação. ................................... 58
FIGURA 32 - Vazio de concretagem com exposição de armadura. .......................... 58
FIGURA 33 - Fôrmas não removidas. ....................................................................... 59
FIGURA 34 - Encontro com preenchimento de blocos incompleto. .......................... 60
FIGURA 35 - Desvio perceptível de alinhamento. ..................................................... 61
FIGURA 36 - Excentricidade no pilar. ....................................................................... 62
FIGURA 37 - Vazios de concretagem com armadura exposta. ................................. 63
FIGURA 38 - Vazio de concretagem com estribos aparentes. .................................. 63
FIGURA 39 - Pilar fora de prumo. ............................................................................. 64
FIGURA 40 - Ferragem exposta................................................................................ 65
FIGURA 41 - Fissuras. .............................................................................................. 65
FIGURA 42 – Erro de alinhamento............................................................................ 66
FIGURA 43 - Trinca de compressão e eflorescência ................................................ 67
FIGURA 44 - Disgregação do concreto. .................................................................... 68
FIGURA 45 - Ferragem exposta................................................................................ 68
FIGURA 46 - Ruptura de concreto e ferragem aparente. .......................................... 69
FIGURA 47 - Lixiviação. ............................................................................................ 70
FIGURA 48 - Carbonatação. ..................................................................................... 71
FIGURA 49 - Desgaste de superfície. ....................................................................... 71
FIGURA 50 - Armadura aparente. ............................................................................. 72
FIGURA 51 - Falta de cobrimento e vazios de concretagem. ................................... 73
FIGURA 52 - Falta de cobrimento. ............................................................................ 74
FIGURA 53 - Arranque exposto. ............................................................................... 74
FIGURA 54 - Deformação excessiva. ....................................................................... 75
FIGURA 55 - Deformação excessiva na junta de dilatação. ..................................... 76
FIGURA 56 - Fissura por retração e falta de proteção. ............................................. 77
FIGURA 57 - Desgaste de superfície. ....................................................................... 78
FIGURA 58 - Falta de parte do guarda corpo............................................................ 78
FIGURA 59 - Danos por colisão. ............................................................................... 79
FIGURA 60 - Mofo e ferragem exposta. .................................................................... 80
FIGURA 61 - Destacamento de concreto. ................................................................. 80
FIGURA 62 - Desgaste de superfície. ....................................................................... 81
FIGURA 63 - Destacamento de concreto. ................................................................. 82
FIGURA 64 - Desgaste de superfície e excentricidade. ............................................ 82
FIGURA 65 - Instabilidade da encosta. ..................................................................... 83
FIGURA 66 - Deformação em excesso na junta de dilatação. .................................. 84
FIGURA 67 - Deformação em excesso na junta de dilatação. .................................. 85
FIGURA 68 - Armadura aparente. ............................................................................. 85
FIGURA 69 - Mofo..................................................................................................... 86
FIGURA 70 - Fissuras por retração. .......................................................................... 87
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14
2 OBJETIVO ................................................................................................... 15
2.1 Objetivos Gerais ......................................................................................... 15
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 15
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 16
3.1 Pontes.......................................................................................................... 16
3.2 Tipos de Pontes .......................................................................................... 18
3.2.1 Pontes em laje .............................................................................................. 19
3.2.2 Pontes em vigas ........................................................................................... 19
3.2.3 Pontes em treliça .......................................................................................... 19
3.2.4 Pontes em tabuleiro celular .......................................................................... 20
3.2.5 Pontes em pórticos ....................................................................................... 21
3.2.6 Pontes em arco............................................................................................. 22
3.2.7 Pontes pênseis ............................................................................................. 22
3.2.8 Pontes estaiadas .......................................................................................... 23
3.3 Solicitações nas Pontes ............................................................................. 24
3.4 Elementos Necessários para Elaboração do Projeto de Pontes ............ 24
3.4.1 Elementos geométricos ................................................................................ 25
3.4.2 Elementos topográficos ................................................................................ 25
3.4.3 Elementos hidrológicos................................................................................. 26
3.4.4 Elementos geotécnicos................................................................................. 26
3.4.5 Elementos complementares ......................................................................... 26
3.5 Dimensionamento de Pontes..................................................................... 27
3.5.1 Considerações relevantes ............................................................................ 27
3.6 Execução de Pontes ................................................................................... 29
3.6.1 Infraestrutura ................................................................................................ 29
3.6.2 Mesoestrutura ............................................................................................... 29
3.6.3 Superestrutura .............................................................................................. 30
3.7 Normatização para Projetos de Pontes .................................................... 31
3.7.1 Projetos de pontes de concreto armado e protendido – Procedimento – NBR
7187/2003 ................................................................................................................. 31
3.7.2 Execução de obras de arte especiais em concreto armado e concreto
protendido - Procedimento - NBR 10839/1989.......................................................... 32
3.7.3 Projetos de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios – NBR 8800/2008 ........................................................................................ 33
3.7.4 Projeto de estruturas de madeira - NBR 7190/1997 ..................................... 34
3.7.5 Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes - NBR 7188/2013 .......... 35
3.7.6 Estabilidade de encostas - NBR 11682/2009 ............................................... 36
3.7.7 Vistorias de pontes e viadutos de concreto - NBR 9452/1986...................... 36
3.7.8 Pontes e viadutos rodoviários – Fundações Especificação de serviço –
DNIT/2009 ................................................................................................................. 37
3.7.9 Manual de projetos de obras de arte especiais – DNER/1996 ..................... 37
3.8 Patologias em Pontes ................................................................................ 38
3.8.1 Patologias em pontes de madeira ................................................................ 39
3.8.2 Patologias em pontes de aço ....................................................................... 39
3.8.3 Patologias em pontes de concreto armado e protendido.............................. 40
3.8.3.1 Fissuração .................................................................................................... 41
3.8.3.2 Corrosão da armadura.................................................................................. 42
3.8.3.3 Desagregações............................................................................................. 42
3.8.3.4 Disgregações ................................................................................................ 42
3.8.3.5 Carbonatação ............................................................................................... 43
3.8.3.6 Reação álcali-agregado ................................................................................ 43
3.8.3.7 Desgaste de superfície ................................................................................. 43
3.8.3.8 Lixiviação ...................................................................................................... 44
3.8.3.9 Vazios de concretagem ................................................................................ 44
3.8.3.10 Perda de aderência ..................................................................................... 44
3.8.3.11 Danos de colisões ....................................................................................... 44
3.8.3.12 Danos provocados pelo fogo ....................................................................... 45
3.8.3.13 Deterioração do concreto protendido .......................................................... 45
4 METODOLOGIA .......................................................................................... 46
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 56
5.1 Análise Visual ............................................................................................... 56
5.2 Levantamento de Patologias ........................................................................ 87
6 CONCLUSÃO............................................................................................... 89
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 90
14

1 INTRODUÇÃO

Uma ponte pode ser definida como uma construção que tem a
finalidade de transpor um obstáculo, tais como rios, braços de mar, vales profundos,
outras vias, além de dar continuidade a uma via, porém quando a transposição é
feita sobre vales e outras vias é geralmente nomeada como viaduto
(DEBS;TAKEYA, 2003).
As pontes são constituídas por elementos que podem ser divididos em
três grupos principais: superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura. Além desses
grupos, as pontes possuem um elemento de ligação denominado encontro (MASON,
1977 e PFEIL, 1983).
A patologia pode ser definida como o estudo dos danos ocorridos em
edificações, com o objetivo de descobrir a causa do problema. No caso das pontes,
a deterioração pode ser causada por diversos fatores que são classificados em cinco
grandes grupos: fatores intrínsecos (ligados à estrutura), fatores resultantes do
tráfego rodoviário, fatores ambientais, fatores resultantes do tipo e intensidade da
manutenção e por fim, fatores correlacionados à atividade humana (HELENE, 1992).
As patologias estruturais podem variar em intensidade e incidência, sua
correção acarreta custos elevados em relação às medidas iniciais que devem ser
tomadas na execução da obra. Além do comprometimento da estética e comumente
na capacidade de resistência, pode-se chegar ao colapso parcial ou total da
estrutura (HELENE, 1992).
As causas mais comuns de patologia em pontes podem ser citadas
como trincas e fissuras, deterioração em concreto e alvenaria, ruptura de fundação,
pilares erodidos, deslizamento de encontro, falhas na mesoestrutura, falhas nas
juntas, elementos metálicos oxidados e falha de execução (IPR. PUBL.,744).
15

2 OBJETIVO

2.1 Objetivos Gerais

O desenvolvimento do trabalho visa estudar os problemas que surgem


nas estruturas das pontes, correlacionado tais problemas com as normas técnicas
vigentes, a fim de verificar a relação das patologias com o não cumprimento das
normas e assim, como evita-las. Visando obter melhor funcionalidade para a
estrutura de forma a garantir segurança, conforto, capacidade do tráfego, economia,
eficiência estrutural e estética.

2.2 Objetivos Específicos

Este trabalho visa alcançar os seguintes objetivos específicos:


a. Estudo e revisão bibliográfica sobre patologias em pontes;
b. Investigar casos de patologia em pontes na região de Presidente Prudente e
verificar o porque do surgimento de tais patologias.
c. Verificar se as pontes que sofreram algum tipo de patologia estão de acordo
com as normas vigentes no país.
16

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Foi realizada uma revisão bibliográfica com intuito de formar o


conhecimento necessário para a análise dos danos que podem ocorrer nas
estruturas de pontes, tendo isso em vista o levantamento da bibliografia contém
dados que ajudam a compreender as origens, formas de manifestação,
consequências, mecanismos de ocorrência das falhas, assim como dos sistemas de
deterioração das pontes, além das normas vigentes sobre esse tipo de estrutura
para que durante o estudo de caso possam ser correlacionadas as patologias.

3.1 Pontes

Pontes são estruturas, classificadas como obras de arte, que tem a


função de vencer obstáculos dando continuidade a uma via (PFEIL, 1983). Segundo
Debs e Takeya(2003) quando a transposição a ser realizada não é sobre uma
superfície líquida, é denominada como viaduto – Figura 1.

FIGURA 1 - Diferença entre pontes e viadutos.

Fonte: Debs e Takeya (2003)

Os elementos constituintes das pontes podem ser divididos em partes


fundamentais correspondentes a superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura,
além do encontro, que é um elemento de ligação – Figura 2 (MASON, 1977 e PFEIL,
1983).
17

FIGURA 2 - Constituição das pontes.

Fonte: Pfeil (1983).

A superestrutura é definida como a parte que tem por finalidade vencer


o obstáculo, absorvendo assim as cargas produzidas pelo tráfego e transmitindo-as
para a mesoestrutura, possuindo os seguintes elementos: tabuleiro, estrutura
principal, aparelhos de apoio, enrijamentos, pendurais, tímpanos, juntas de
dilatação, dispositivos de proteção, placas de transição, elementos de captação
(drenagem), cortinas e abas laterais. Na mesoestrutura são encontrados os apoios,
elementos estruturais que além de receber os esforços da superestrutura, recebem
também as forças solicitantes do vento e da água, transferindo-as para a fundação.
Seus elementos estruturais são: pilares-parede, pórticos, paliçadas, torres e pilares
únicos ou apoios em T. A infraestrutura tem como objetivo transmitir as cargas
recebidas pela mesoestrutura para o solo no qual a obra esta implantada, formada
pelos elementos de fundação como blocos, estacas, tubulões e sapatas. Além disso,
existem as peças de ligação dos elementos de uma ponte, como as vigas de ligação.
Por fim têm-seos encontros, que são os elementos responsáveis pela ligação da via
com a ponte, ou seja, os apoios das laterais da obra, elementos de contenção e
estabilização do aterro (PFEIL, 1983).
As pontes são utilizadas para o tráfego, podendo ser rodoviárias,
ferroviárias, passarelas, aeroviárias, canais e mistas. Sendo rodoviárias as pontes
destinadas ao tráfego de veículos automotivos, ferroviárias as utilizadas por trens,
quando a travessia é feita por pessoas recebe o nome de passarela, as aeroviárias
são para aeronaves, as que permitem a passagem de canalizações são
denominadas canais, por fim pontes mistas são caracterizadas com dois tipos de
tráfego, como por exemplo, as rodoferroviárias (VITÓRIO, 2002).
18

3.2 Tipos de Pontes

Existem diversos tipos de pontes, que variam de acordo com seu


sistema estrutural, porém antes de conhecer esses tipos é necessário saber os
elementos que constituem uma ponte – Quadro1.

QUADRO 1 - Elementos e dimensões constituintes de uma ponte.

Elemento ou dimensão Descrição


Espaço destinado ao tráfego de veículos ou pedestres
Pista de rolamento
podendo ser dividido em faixas.
Acostamento Largura adicional para casos de emergência.
Elemento de proteção ao veículo, paralelo ao
Defensa
acostamento.
Passeio Espaço adicional destinado ao tráfego de pedestres.

Guarda-roda Proteção contra a entrada de veículos no passeio.

Guarda-corpo Elemento de proteção aos pedestres.

Viga principal ou longarina Elemento que possui a função de vencer o obstáculo.


Elemento transversal as vigas principais cuja função é de
Viga secundária
redistribuir os esforços.
Elemento estrutural em formato de placa que recebe as
Tabuleiro
ações diretas dos veículos e pedestres.
Comprimento da ponte ou vão
Distância entre as extremidades da ponte.
total
Vão, Vão teórico ou tramo Distância entre eixos de suportes consecutivos.

Vão livre Distância entre as faces de suportes consecutivos.

Altura da construção Distância vertical entre as extremidades da superestrutura.


Distância entre o ponto mais baixo da superestrutura e o
Altura livre ponto mais alto do obstáculo, podendo variar em casos de
rios ou canais.
Fonte: Adaptado de Debs e Takeya (2003).

A concepção de uma ponte depende de diversos fatores, como função,


finalidade, localização, topografia do local, bacia hidrográfica, extensão, restrições,
acesso, tempo de execução, custo e estética, tais fatores definem qual será o projeto
da ponte, para ser possível a sua execução e montagem (ROSENBLUM, 2009).
19

3.2.1 Pontes em laje

Definidas como pontes utilizadas apenas para pequenos vãos, no


máximo 15 metros, em que o tabuleiro é composto por lajes sem vigamento,
apoiadas diretamente nos encontros. Tem como vantagem pequenas alturas de
construção, rapidez de execução e resistência à torção, porém possui peso próprio
elevado – Figura 3. As lajes alveolares são utilizadas como forma de diminuir o peso
da estrutura, por possuir partes vazias (MASON, 1977 e VICTÓRIO, 2002).

FIGURA 3 - Seção transversal de tabuleiro de ponte em laje maciça.

Fonte: Vitório (2002).

3.2.2 Pontes em vigas

São as pontes em que o tabuleiro é composto por duas ou mais vigas


longitudinais, chamadas longarinas ou vigas principais, e por vigas transversais,
denominadas transversinas, introduzidas para aumentar a rigidez do conjunto –
Figura 4 (VITÓRIO, 2002).

FIGURA 4 - Seção transversal de tabuleiro em viga.

Fonte: Vitório (2002).

3.2.3 Pontes em treliça

Pontes constituídas por treliças onde a pista de rolamento se encontra


na parte superior ou inferior da treliça. São estruturas leves, de rápida execução,
20

feitas em aço ou madeira, variando de classificação conforme a disposição de suas


hastes, que determinam sua capacidade de vencer vãos – Figura 5 (ROSENBLUM,
2009).

FIGURA 5 - Seções longitudinais de pontes em treliça: (a) Treliça Warren; (b) Treliça
Pratt; (c) Treliça Howe.

Fonte: Rosenblum (2009).

3.2.4 Pontes em tabuleiro celular

É uma estrutura em que o tabuleiro é composto por duas lajes,


interligadas por vigas longitudinais e transversais. Possui grande rigidez à torção,
podendo ser utilizada em pontes curvas e sobre pilares isolados, ou ainda quando a
altura disponível para as vigas principais é pequena – Figura 6 (VITÓRIO, 2002).
21

FIGURA 6 - Seção transversal de tabuleiro celular.

Fonte: Vitório (2002).

3.2.5 Pontes em pórticos

Constituem-se pela junção da superestrutura com a mesoestrutura em


uma única peça sem a necessidade de aparelhos de apoio, os pórticos são
formados pelas ligações das vigas e pilares, ou com as paredes dos encontros. É
uma solução para a redução do comprimento de flambagem – Figura 7 (MASON,
1977 e VITÓRIO, 2002).

FIGURA 7 - Pontes em pórtico: a) biengastados; b) biarticulados; c) biarticulados


com montantes inclinados.

Fonte: Vitório (2002).


22

3.2.6 Pontes em arco

É um sistema estrutural que foi muito utilizado no passado graças a


sua capacidade de vencer grandes vãos com pequeno consumo de material. Por
possuir predominância de esforços de compressão, com pouca excentricidade e sem
necessidade de grandes seções de armação, é ideal para a utilização do concreto
armado (VITÓRIO, 2002).
Podem ser elaboradas com tabuleiro superior sustentado por
montantes, ou tabuleiro inferior sustentado por tirantes ou pendurais, e ainda com
arco intermediário segurado por montantes e pendurais – Figura 8 (MASON, 1977).

FIGURA 8 - Pontes em arco: a) com tabuleiro superior; b) com tabuleiro


intermediário; c) com tabuleiro inferior.

Fonte: Rosenblum (2009).

3.2.7 Pontes pênseis

Formada por um tabuleiro contínuo, sustentado por diversos cabos


metálicos atirantados, conectados a dois cabos maiores que são ligados as torres de
23

sustentação. Tem como característica a capacidade de vencer grandes vãos, e em


lugares com incidência de fortes ventos deve ser projetado um tabuleiro com maior
rigidez, para minimizar os efeitos de torção e tornar o tráfego mais confortável –
Figura 9 (MASON, 1977).

FIGURA 9 - Ponte pênsil.

Fonte: Mason (1977).

3.2.8 Pontes estaiadas

Nas pontes estaiadas, cabos inclinados esticados (estais) fixados em


torres dirigindo-se ao vão central sustentam o tabuleiro, que por sua vez deve
possuir grande rigidez a torção. Em relação às pontes pênseis, as pontes estaiadas
possuem rigidez mais elevada considerando os pendurais, as cargas móveis e a
estabilidade aerodinâmica – Figura 10 (MASON, 1977 e ROSENBLUM, 2009).

FIGURA 10 - Ponte estaiada.

Fonte: Vitório (2002).


24

3.3 Solicitações nas Pontes

Conforme a NBR 8681/2003 os esforços ou deformações que a


estrutura sofre são provocados por ações, que podem ser permanentes, variáveis ou
excepcionais.

a. Ações permanentes

São as ações que possuem intensidades constantes ou praticamente


constantes ao longo da vida útil da construção. Podem ser citados como exemplos
de ações permanentes: as cargas resultantes do peso próprio dos elementos
estruturais, do peso da pavimentação, dos trilhos, dos dormentes, dos lastros, dos
revestimentos, das barreiras, dos guarda-rodas, dos guarda-corpos e de dispositivos
de sinalização, os empuxos de solo e de líquidos, as forças causadas pela
protensão, recalque de apoio e retração dos materiais (NBR 7187: 2003).

b. Ações variáveis

Possuem intensidades que variam de maneira considerável durante a


vida útil da estrutura. No caso das pontes, as ações variáveis são as forças devido à
frenagem e aceleração, ação do vento, variações de temperatura, cargas móveis,
cargas acidentais, cargas de construção, empuxos de solo provocados por cargas
móveis e a pressão e efeito dinâmico da água em movimento (VITÓRIO, 2002).

c. Ações excepcionais

Ações de curta duração e com mínimas chances de ocorrência, mas


que em projetos de estruturas especiais devem ser consideradas, como no caso das
pontes, que estão sujeitas a choques de veículos, de navios nos pilares, abalos
sísmicos, enchentes catastróficas, entre outros (FELIPPE FILHO, 2008).

3.4 Elementos Necessários para Elaboração do Projeto de Pontes

Para a elaboração do projeto de uma ponte, primeiramente é


necessário conhecer a finalidade da mesma. São essenciais as informações sobre
as características do projeto da estrada, além de detalhes sobre o local da obra,
como levantamentos topográficos, hidrológicos e geotécnicos (ARAÚJO, 1999).
25

3.4.1 Elementos geométricos

Os elementos geométricos são determinados tendo como referência o


traçado da ponte e características da via, sendo dependentes de especificações
determinadas por órgãos responsáveis e detalhes funcionais da ponte (SARTORTI,
2008).
No Quadro 1, mencionado anteriormente no item 3.2, são citados os
elementos geométricos das pontes, além deles, fazem parte também as larguras
mínimas, gabaritos horizontais e verticais.

3.4.2 Elementos topográficos

De acordo com Pfeil (1983), os elementos topográficos são obtidos


através de levantamentos realizados no local da obra, expostos em desenhos de
perfil e planta, geralmente de acordo com as seguintes especificações:

 Planta: em escala de 1:1000 ou 1:2000; perfil em escala


horizontal de 1:1000 ou 1:2000, e vertical de 1:100 ou 1:200,
respectivamente, do trecho da rodovia em que ocorra a obra de
arte, em uma extensão tal que ultrapasse seus extremos
prováveis de pelo menos 1000metros para cada lado.
 Planta do terreno no qual se deve implantar a ponte: em uma
extensão tal que exceda de 50metros em cada extremidade,
seu comprimento provável, e largura mínima de 30metros,
desenhada na escala de 1:100 ou 1:200, com curvas de nível
de metro em metro, contendo a posição do eixo locado e a
indicação de sua esconsidade.
 Perfil ao longo do eixo locado: na escala de 1:100 ou 1:200 e
numa extensão tal que exceda de 50metros em cada
extremidade, o comprimento provável da obra.
 Seção do curso d’água: segundo o eixo locado, na escala de
1:100 ou 1:200, com as cotas do fundo do rio em pontos
distantes cerca de 5metros.
26

3.4.3 Elementos hidrológicos

Os cursos d’água podem causar inundações e mudanças na topografia


de um local devido as suas alterações de nível, volume e leito. A elaboração de um
projeto de ponte requer dados que podem ser definidos segundo a hidrologia do
local (SARTORTI, 2008).
Podem ser citados como dados recomendados para o projeto, as cotas
de máxima enchente e estiagem; dimensões e medidas físicas suficientes para a
solução de problemas de vazão do curso d’água; notícias sobre a mobilidade do leito
do curso d’água; indicações dos níveis máximo e mínimo das águas; velocidade
máxima de fluxo e de refluxo; informações sobre as obras de arte existentes na
bacia e notícias sobre serviços de regularização, dragagem, retificações ou proteção
das margens. Com essas informações pode-se definir a altura livre e a cota da face
superior do tabuleiro da ponte (PFEIL, 1983).

3.4.4 Elementos geotécnicos

Os elementos geotécnicos tem relação com o sistema de fundação a


ser escolhido para a ponte, necessitando de relatório de prospecção, relatório de
sondagem de reconhecimento do subsolo e estudos geotécnicos especiais para o
caso de ameaça à estabilidade dos terrenos adjacentes (SARTORTI, 2008).

3.4.5 Elementos complementares

Outros elementos são importantes para o pré-dimensionamento de


uma ponte, tais como informações de interesse construtivo ou econômico que
envolvem capacidade de acesso à obra, origem dos materiais de construção, melhor
período para execução do serviço e condições de obtenção de água potável, assim
como a existência de elementos agressivos à obra e efeitos de terremotos, no caso
do Brasil por não possuir regiões sísmicas, podem ser desconsiderados os efeitos
de terremotos (ARAÚJO, 1999).
27

3.5 Dimensionamento de Pontes

Inicialmente devem-se determinar as solicitações atuantes na estrutura,


que como dito anteriormente podem ser variáveis, permanentes ou excepcionais.
Para saber o que o conjunto das solicitações causa na construção, é necessário
que, a partir do conhecimento de estática das estruturas sejam feitas as
combinações das ações (SARTORTI, 2008).
Utilizando as fórmulas de resistências dos materiais, o método clássico
de dimensionamento calcula as tensões provocadas pelas solicitações na estrutura
ou em parte dela, denominadas tensões em serviço. Os valores de tensões
admissíveis não são calculados, pois são tabelados de acordo com a norma para
cada tipo de estrutura e material. A seção da estrutura estudada é considerada
estável se a tensão em serviço for menor que a tensão admissível (PFEIL, 1983).
O método das tensões admissíveis além de não ser econômico, possui
falta de informações sobre a capacidade real da edificação. Para vários tipos de
estruturas este processo é variável, pois admite uma reação linear entre tensões e
deformações, ações e reações, o que não acontece realmente (MOTTA;MALITE,
2002).
Uma alternativa para o modelo de dimensionamento clássico é o
processo dos estados limites que podem ser de ordem estrutural ou funcional,
determinando o quanto a estrutura pode suportar em relação a cada parâmetro. Os
estados limites últimos são verificações da segurança a ruptura da obra e os estados
limites de utilização levam em consideração a durabilidade, aparência e conforto na
obra de modo geral (CAMPOS FILHO, 2014).

3.5.1 Considerações relevantes

Todo tipo de obra possui normas que estabelecem requisitos de


projeto, execução e controle. No caso das pontes, os aspectos que devem ser
levados em consideração são:

 Lajes maciças, nervuradas e ocas possuem uma espessura


mínima adequada para cada tipo de tráfego, ferroviário,
rodoviário ou demais;
28

 Vigas em seção retangular, nervuradas em seção T, duplo T ou


celular concretadas no local, ou pré-moldadas a largura da alma
possui uma dimensão mínima;
 Pilares maciços têm um limite de dimensão transversal, já os
pilares com seção transversal celular possuem restrição na
espessura das paredes. Em caso de execução com formas
deslizantes é exigido um aumento na espessura mínima das
paredes.
 Paredes estruturais devem ter espessura igual ou superior a 20
centímetros, porém não deve ser inferior a 1/25 de sua altura
livre;
 É necessário um escoamento perfeito das águas pluviais que
incidem no tabuleiro da ponte, por meio de sistema de drenagem
previsto em projeto. Em vigas e pilares de seção celular drenos
devem ser previstos para eventual infiltração;
 Quando necessário o uso passagens de canalização em
elementos da estrutura, considerar seus efeitos na resistência e
deformação da estrutura.
 Os efeitos causados na resistência e na deformabilidade da
estrutura por essas canalizações devem ser considerados no
seu dimensionamento;
 As canalizações destinadas à passagem de fluidos submetidos a
temperaturas que se afastem mais de 15°C (graus Celsius) da
temperatura ambiente devem ser isoladas termicamente;
 As canalizações destinadas a suportar pressões internas
superiores a 0,3MPa (megapascal) devem ter esse efeito
considerado na verificação da segurança da estrutura;
 Quando uma canalização atravessa dois elementos da estrutura
separados por uma junta de dilatação, devem ser previstos no
projeto, dispositivos adequados que permitam os movimentos
relativos entre os elementos, sem danificar a estrutura nem a
canalização.
29

3.6 Execução de Pontes

A escolha do método construtivo de uma ponte requer um estudo


aprofundado que deve conter todas as ações que serão desenvolvidas para a
execução da ponte, garantindo a segurança da estrutura, sua integridade e
economia de recursos (SARTORTI, 2008).
Inicialmente devem-se analisar as principais características da obra,
em relação ao tipo de estrutura e o local para que sejam estudadas opções de
execução. Dentre essas características a serem observadas, estão o comprimento
da construção, altura de escoramento, regime e profundidade do rio, velocidade do
rio, capacidade de suporte do terreno, cronograma da obra, tipos de elementos
estruturais, espaço disponível nas margens, verificar a inclinação do greide da ponte
e acesso a equipamentos, que muitas vezes são necessários para auxiliar e
viabilizar a montagem da estrutura principal (ALMEIDA; SOUZA; CORDEIRO, 2000
e GOMES, 2006).
Tendo estes dados é possível escolher as melhores soluções para a
execução da obra, a qual deverá ser bem planejada, simples e assegurar a
estabilidade da estrutura e dos colaboradores (GOMES, 2006).

3.6.1 Infraestrutura

Com base em estudos realizados no solo, pelos processos geotécnicos


e de fundações, como sondagens, pode ser escolhido o tipo de fundação a ser
executada e assim definir o melhor sistema para a alternativa escolhida. Algumas
opções são as fundações do tipo tubulões, blocos de concreto, sapatas simples ou
corridas, estacas, entre outras (GOMES, 2006).

3.6.2 Mesoestrutura

Dependendo do sistema estrutural da ponte são definidos os tipos de


execução da mesoestrutura, podendo ser realizada com elementos pré-moldados ou
moldados in loco. Entre os métodos de construção utilizam-se peças pré-moldadas,
concretagem convencional, fôrmas deslizantes e fôrmas trepantes (DNER, 1996).
30

3.6.3 Superestrutura

A superestrutura pode ser executada de diversas maneiras,


destacando-se o uso de elementos pré-moldados ou pré-fabricados e concreto
moldado no local (SARTORTI, 2008).
O processo mais antigo é o de fôrmas com escoramento fixo, utilizando
pontaletes de madeira ou metálicos apoiados no terreno, concretados por trechos e
com controle permanente do escoramento para evitar problemas (DNER, 1996).
Já nas fôrmas com escoramentos deslizantes, aplicáveis em obras com
superior a três vãos, é concretado um de cada vez, e no caso de vigas contínuas
concreta-se até o momento nulo do próximo vão. É um procedimento usual quando o
terreno é plano e a ponte não está muito acima do nível do solo resistente, do
contrário são utilizadas treliças metálicas descoladas vão a vão, suportadas por
apoios provisórios apoiados nos pilares da obra (DNER, 1996).
O lançamento por treliça é um método realizado em casos de vigas
pré-moldadas com peso elevado, no qual é feito o transporte do elemento estrutural
suportado por guinchos com mobilidade longitudinal e transversal. O posicionamento
da viga ocorre por meio do deslocamento inicial da treliça para o vão onde será
colocado, ancorando a peça no vão anterior, a treliça é deslocada para o próximo
pilar e a viga é disposta no seu destino final (DNER, 1996).
Aplicável a qualquer tipologia, o balanço sucessível é formado por
seguimentos, denominados aduelas, que podem ser em concreto protendido ou pré-
moldado, constituindo balanços que avançam sobre o obstáculo a ser vencido
(GOMES, 2006).
Nos casos em que a estrutura da ponte for sobre a água, a execução
pode ser realizada com ajuda de balsas que transportam os equipamentos e peças
separadamente. A função principal da balsa é manter o equilíbrio durante o içamento
das peças, através de mecanismos próprios (GOMES, 2006).
31

3.7 Normatização para Projetos de Pontes

3.7.1 Projetos de pontes de concreto armado e protendido – Procedimento – NBR


7187/2003

O projeto é constituído por documentos técnicos, que são os elementos


básicos, memorial descritivo e justificativo, memorial de cálculo, desenhos e
especificações. Todos eles deverão atender as normatizações.
Os elementos básicos de projeto contêm informações necessárias para
definir as características e funcionalidades da obra, incluindo levantamentos
topográficos, geológicos, geotécnicos, hidrológicos, projeto geométrico completo, as
condições de acesso à obra, características regionais e disponibilidade de matérias
e mão de obra. O memorial descritivo e justificativo descreve os processos
construtivos e a justificativa técnica, econômica e arquitetônica da obra que será
realizada.
O memorial de cálculo deve ser desenvolvido de uma maneira que
possa ser entendido e verificado facilmente, contendo o modelo estrutural escolhido,
as dimensões principais, características dos materiais utilizados, condições de apoio,
etc. Se os cálculos forem efetuados através de programa, o mesmo deverá ser
identificado no memorial, caso seja pouco conhecido, devem ser exibidos a
descrição da base teórica e os procedimentos matemáticos utilizados.
No desenho deverão estar todos os elementos necessários para
execução, sendo normalizados, em escalas adequadas e contendo sua localização,
possuindo coerência com o local onde será implantada a obra. A partir dos dados
obtidos pelas sondagens e ensaios geotécnicos, em perfil, é necessária a
identificação das cotas do greide, do terreno natural, dos aterros de acesso ou
cortes, dos obstáculos transpostos (curso d’água, rodovia, ferrovia, etc.), as cotas
dos elementos de fundação, do lençol freático, largura e a altura dos gabaritos. Já
em planta, utiliza-se o levantamento topográfico com as linhas rebaixadas, indicando
a combinação do projeto com as condições locais, dando as coordenadas para a
locação das fundações.
Além dos desenhos em perfil e em planta, existem os desenhos de
fôrmas e armação. Nos desenhos de fôrmas serão detalhados os elementos
estruturais com suas dimensões, elevações, cortes e dados complementares, como
32

as especificações dos materiais. Já no de armação indica-se o tipo de aço,


quantidade, bitola, dimensões, posições, espaçamentos das barras, cobrimentos e
etc.
Dependendo da dificuldade de execução da obra, são necessários
alguns desenhos específicos, como por exemplo, desenhos de escoramento, de
planos de concretagem e sistemática construtiva. Se houver alguma informação
necessária para a realização da obra que não consta nos documentos citados
anteriormente, esta deve ser fornecida em forma de especificação.
Toda estrutura deve satisfazer os requisitos de qualidade da NBR
6118/2014, assegurando que, as combinações de ações previstas durante a
construção e utilização sejam respeitadas, como os estados limites últimos, os
estados limites de serviço e as condições de durabilidade.
Segundo a NBR 8681/2003, as ações provocam o surgimento de
esforços ou deformações nas estruturas, são classificadas em permanentes,
variáveis e excepcionais.

3.7.2 Execução de obras de arte especiais em concreto armado e concreto


protendido - Procedimento- NBR 10839/1989

Para a execução de obras de arte especiais, ou seja, obras que pelas


suas proporções e características particulares necessitam de projeto específico,
devem ser mencionados de maneira clara no projeto executivo, a norma NBR 10839
e as instruções gerais, particulares e complementares.
O projeto executivo tem como função definir a obra a ser executada por
meio de um conjunto de elementos, já as instruções gerais definem de maneira mais
específica cada parte da obra, quais devem ser as características dos materiais e
equipamentos, as regras e práticas para execução, estabelecem os métodos de
controle de qualidade, critérios para aceitação ou rejeição dos materiais e serviços,
entre outras, podendo ser modificadas pelas instruções particulares devido a
condições especiais de determinado projeto, ou também incrementada por
instruções complementares.
Todos os materiais, elementos estruturais, e estruturas que serão
utilizados de maneira permanente ou temporária, devem ter suas características
33

verificadas de acordo com as normas brasileiras, tanto no recebimento quanto no


emprego dos mesmos na obra.
Para verificar que o projeto, as normas técnicas e as instruções sejam
seguidos de maneira coerente é necessário uma fiscalização técnica, que deve ser
realizada por profissional legalmente habilitado com conhecimento pleno em todos
os elementos que englobam a execução da obra, acompanhando diariamente os
trabalhos realizados e registrando os principais eventos ocorridos.
É função da executante elaborar o projeto construtivo, cronograma,
administrar os serviços para que sejam realizados conforme projetos, normas e
instruções, fornecer mão de obra e equipamentos, prestar serviços técnicos, obter os
materiais necessários além controlar a qualidades destes materiais.
A comunicação entre a executante e a fiscalização precisa ser feita por
meio de memorandos com recibos, numerados e datados. Se caso for necessário
revisões ou modificações de projeto verificadas por parte da executante devem ser
apresentadas para a fiscalização, e no caso de modificações o projetista estrutural
deve ser ouvido, e então podem ser autorizados ou não a execução dos serviços.
Todos os serviços envolvidos na execução das obras de artes em
concreto armado e protendido são detalhados na NBR 10839/1989 podendo ser
mencionados como principais: locação da obra; escavação e aterro, fundações
diretas; estacas-pranchas; estacas de fundação; tubulões e caixões; materiais para
concreto; execução do concreto; fôrmas; argamassas; acabamento superficial do
concreto; fiscalização, amostragem e ensaios do concreto; armaduras para concreto
armado; armaduras para concreto protendido e processos de proteção;
escoramentos.

3.7.3 Projetos de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de


edifícios – NBR 8800/2008

A norma tem como objetivo orientar as condições que devem ser


respeitadas para a elaboração do projeto de estruturas de aço e mistas em relação à
temperatura ambiente, baseando-se no método dos estados limites, os quais terão
que ser identificados e de maneira alguma infringidos.
Abrange-se na Norma assuntos como as condições gerais de projeto,
condições especificas para o dimensionamento de elementos de aço, de ligações
34

metálicas, de elementos mistos de aço e concreto, de ligações mistas, algumas


considerações adicionais de dimensionamento, estados limites de serviço e
requisitos básicos de fabricação, montagem e controle de qualidade.
Não há na norma dimensionamentos para estruturas sujeitas a
incêndios, sismos, impactos e explosões, assim como não há para elementos
estruturais compostos por perfis realizados a frio, tendo a necessidade do
responsável pelo projeto utilizar normas específicas para esses casos.
É desenvolvida visando edificações com perfis de aço não híbridos,
produzidos conforme as normas brasileiras aplicáveis, que sejam laminados ou
soldados, de seção tubular com ou sem costura, e que as ligações sejam feitas com
parafusos ou soldas. As estruturas mistas citadas na norma são de aço e concreto
(armado ou não), que trabalham juntamente.
Válida para edifícios designados à habitação, comércio, indústria,
obras públicas, passarelas de pedestres e a suporte de equipamentos. Caso a
estrutura seja existente e necessite de um reparo ou reforço, essa norma exige um
estudo do tipo e da qualidade do material utilizado.
Na falta de alguns aspectos que não são citados em nenhuma outra
norma brasileira aplicável, realiza-se a execução da estrutura de acordo com o AISC
303, ou outras normas internacionais.

3.7.4 Projeto de estruturas de madeira -NBR 7190/1997

Para iniciar os projetos de uma ponte que será executada em madeira,


é necessário seguir normas que ditam os materiais a serem utilizados, a resistência
de ligações mecânicas, a durabilidade, resistência, rigidez, coeficientes de
segurança e entre outros fatores. A NBR 7190 é referente ao projeto de estrutura de
madeira como condições a serem seguidas no projeto, execução e controle.
O primeiro item necessário é o memorial descritivo, que deve conter o
detalhamento de cada um dos elementos como o arranjo global tridimensional da
estrutura, carregamentos, análise dos elementos estruturais, propriedade dos
materiais e dimensionamento das peças, emendas, uniões e ligações.
Como complemento do memorial descritivo deve-se utilizar desenhos
caracterizando as peças estruturais. É necessário que eles contenham as classes de
resistência da madeira e a mesma indicação que se emprega no memorial.
35

A madeira escolhida deve ser manejada por carpinteiros hábeis e


experientes para garantir sambladuras, encaixes, ligações de juntas perfeitas e um
material sem risco de deterioração biológico. Para garantir suas propriedades
trabalhando corretamente, as peças podem ser submetidas a testes de umidade,
densidade, estabilidade dimensional, compressão e tração paralela e normal às
fibras, cisalhamento, fendilhamento, flexão e dureza.
Deve-se executar o projeto respeitando os requisitos básicos de
segurança, considerando que ele continuará adequado ao uso e contenha um grau
de confiança caso seja atingido por alguma ação que influencie a construção. Com
as condições da norma satisfeitas, a obra pode ser aceita e executada.

3.7.5 Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes -NBR 7188/2013

Para um dimensionamento eficiente de um projeto de pontes é


necessário à inclusão de valores das cargas móveis, avaliar os coeficientes de
ponderação das cargas verticais e por fim as forças horizontais que podem ser
consideradas em seu estado natural ou em situações adversas de colisão contra
algum componente estrutural, sendo prevenidas com elementos de proteção.
As cargas móveis são caracterizadas como os esforços causados
pelos veículos sobre os pneus e ações de pedestres. São aplicadas segundo um
valor padrão nos trechos que apresentarem um efeito prejudicial (considerando
acostamentos e faixas rodoviárias).
Os coeficientes de ponderação devem ser utilizados para corrigir
valores a serem aplicados. Para aplicar a valor correspondente ao veículo padrão
em um elemento estrutural é necessário corrigi-lo através do coeficiente de impacto
vertical (CIV), para a aplicação de cargas móveis em elementos não estruturais é
utilizado o coeficiente de número de faixas(CNF)e ocoeficiente de impacto adicional
(CIA) é empregado em juntas estruturais.
O último efeito a ser considerado é o das forças horizontais que em
estado natural são causadas devido à frenagem ou aceleração e força centrípeta.
Para evitar danos causados por colisão é necessário adicionar nos pilares uma
carga extra de impacto horizontal e os outros elementos podem ser protegidos com
guarda corpo, meio-fio e dispositivo de contenção.
36

3.7.6 Estabilidade de encostas -NBR 11682/2009

Os estudos em relação à estabilidade de encostas e taludes


resultantes de cortes e aterros realizados em encostas são especificados nesta
norma, além de mencionar as minorações dos efeitos em áreas especificas que a
instabilidade pode provocar.
O principal objetivo é definir as intervenções a serem analisadas para
que sejam indicados os procedimentos a serem seguidos no desenvolvimento de
estudos e projetos, na execução de obras ou de serviços de implantação, bem como
no acompanhamento e manutenção de tais serviços ou obras em taludes individuais.
Para áreas específicas são definidas as prescrições em relação às
encostas de acordo com uma ordem cronológica, ou seja, etapas que são
detalhadas individualmente e correspondem aos procedimentos preliminares,
investigações geológicas e geotécnicas, projeto, execução de obra,
acompanhamento, manutenção e monitoramento.

3.7.7 Vistorias de pontes e viadutos de concreto - NBR 9452/1986

Para que obras de arte como pontes e viadutos garantam sua


estabilidade e segurança é necessário executar vistorias e apresentar seu resultado
através de relatórios.
O primeiro modelo de vistoria encontrado é o cadastral, onde são
coletadas informações sobre os principais elementos, anexando juntamente aos
documentos, registro fotográfico e detalhes construtivos. Como partes da
documentação devem ser identificados os elementos e desenhos de projeto,
memorial descritivo, programa de execução, diário de obra, relatório de fiscalização,
contratos realizados, ensaio do material utilizado, referências topográficas e registro
do controle da fundação e eventuais esforços.
A vistoria rotineira é utilizada para que através de avaliações periódicas
seja analisado o andamento de falhas já encontradas, novas situações ou possíveis
reparos, reformas e recuperações necessárias. Para que seja classificada como
rotineira não deve ultrapassar o período de um ano e ser executada em intervalos de
tempo regulares.
37

Caso seja identificado algum problema durante a vistoria rotineira é


necessário realizar um encaminhamento para a vistoria especial, que por sua vez é
realizada por um especialista com acompanhamento visual e/ou instrumental para
que sejam decifradas e interpretadas às causas e consequências como reforços,
recalques e danos à estrutura. O que foi observado deve ser anotado em um
relatório específico contendo índice, introdução, relatórios preliminares, fichas
cadastrais e rotineiras, registro de observações em campo e relatórios técnicos
complementares.

3.7.8 Pontes e viadutos rodoviários – Fundações Especificação de serviço –


DNIT/2009

O documento relata diversos tipos e suas respectivas execuções de


fundações utilizadas para pontes e viadutos de concreto armado. Aborda também os
materiais e equipamentos utilizados, onde todos deverão estar conforme suas
referentes normas.
A norma ordena algumas condições para o inicio, meio e fim da
execução da fundação, visando à garantia do meio ambiente. Descreve algumas
inspeções importantes para a economia e a segurança, como por exemplo, o
controle de insumos e ensaios realizados durante a execução, finalizando com
alguns critérios de medições.

3.7.9 Manual de projetos de obras de arte especiais – DNER/1996

A edição de 1996 do manual de projetos de obras de arte especiais


desenvolvido pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, atual DNIT,
promove uma integração entre projeto, construção e manutenção de obras de arte
especiais, introduzindo conceitos de durabilidade e estética, sendo assim um
instrumento de auxílio para os profissionais da área.
Com base em normas nacionais e internacionais, de maneira ampla e
detalhada são abrangidos três assuntos relacionados às obras de concreto armado
e protendido, são eles elementos de projeto, anteprojeto e projeto. No entanto o
manual aborda concepções estruturais que podem ser utilizadas em outros tipos de
obras de arte rodoviárias.
38

Para a elaboração de um projeto de obra de arte especial é necessário


o conhecimento de diversos elementos que podem ser divididos em elementos de
campo e elementos básicos de projeto, o primeiro refere-se às condicionantes
regionais de projeto, já o segundo diz respeito às normas, especificações, manuais,
e assim por diante. Outro aspecto importante dos elementos de projeto é a
geometria da obra, na qual devem ser consideradas a geometria geral e projeto
geométrico, além da geometria de detalhes, promovendo a integração do projeto de
obra de arte especial com o projeto geométrico da rodovia.
Após a coleta do maior número de elementos possíveis é preciso
definir a solução de projeto mais adequada, tendo isso em vista o anteprojeto é o
conjunto de elementos que permite tal definição, a qual visa obter uma alternativa
adequada com economia, durabilidade e esteticamente agradável.
O desenvolvimento do projeto segue o detalhamento do anteprojeto,
com apresentação de documentos técnicos mínimos, que por sua vez são descritos
na NBR 7187, Projeto e Execução de Pontes de Concreto Armado e Protendido. O
manual descreve a norma citada e complementa quando necessário.
Ao final do documento é feito um resumo sobre algumas precauções
que devem ser tomadas e restrições que devem ser observadas no projeto de obras
de arte especiais com base na experiência do DNER, citando para isso exemplos de
casos que aconteceram.

3.8 Patologias em Pontes

A patologia pode ser definida como o estudo dos danos ocorridos em


edificações, com o objetivo de descobrir a causa do problema. No caso das pontes,
a deterioração pode ser causada por diversos fatores que são classificados em cinco
grupos principais, conforme citado anteriormente, constituídos por: fatores
intrínsecos, fatores resultantes do tráfego rodoviário, fatores ambientais, fatores
resultantes do tipo e intensidade da manutenção e por fim, fatores correlacionados à
atividade humana (HELENE, 1992).
Podendo variar conforme a gravidade e frequência de acontecimento,
as patologias estruturais são problemas que acarretam altos custos para sua
correção comparando-se às medidas preventivas que podem ser adotadas
inicialmente. Outro fator prejudicial é o comprometimento estético da edificação e
39

diminuição da segurança no local, já que a estrutura pode perder capacidade de


resistência (HELENE, 1992).
Se tratando de pontes, as manifestações patológicas podem ocorrer
em todos os seus elementos, desde a superestrutura até os encontros, sendo
decorrentes da própria natureza dos materiais, ou da relação destes com o meio em
que estão inseridos, além de ações acidentais e erros na execução e projeto da
estrutura (CUNHA, 2011).

3.8.1 Patologias em pontes de madeira

Em pontes de madeira as patologias são decorrentes principalmente do


processo de secagem realizado, que pode interferir na resistência final da peça, e do
ambiente em que a mesma se encontra. A alteração das propriedades da madeira
pode ser caudada por agentes bióticos (vivos) e abióticos (não vivos) (SARTORTI,
2008).
As patologias provocadas por agentes bióticos têm como efeito
principalmente o apodrecimento e a infestação de insetos. O ataque por fungos
causa apodrecimento da madeira, que se decompõe perdendo sua resistência, já as
bactérias são responsáveis por aumentar o teor de umidade, consequentemente a
permeabilidade, favorecendo o ambiente para manifestação de fungos. A infestação
de insetos tem por característica a construção de galerias que diminuem a seção
resistente da peça, e por fim os moluscos e crustáceos podem se incrustar ou
perfurar a estrutura de madeira (CALIL; BRITO, 2010).
Os agentes abióticos abrangem os agentes físicos, mecânicos,
químicos e climáticos. Entre as patologias causadas por estes agentes podemos
citar: empenamento e rachadura por umidade, abrasão mecânica (desgaste devido
ao atrito), corrosão de peças metálicas, degradação fotoquímica, química e devido a
altas temperaturas, deformações excessivas e instabilidade, fraturas por excesso de
carga e danos devido ao fogo. (CALIL; BRITO, 2010).

3.8.2 Patologias em pontes de aço

As estruturas em aço para pontes, segundo Mason (1976), começaram


a ser construídas desde o início da construção desse tipo de obra. Nessas estruturas
40

podem-se encontrar falhas decorrentes de: oxidação por umidade ou agentes


agressivos, deformações por sobrecarga, má utilização, deficiência de
contraventamento e efeitos térmicos, defeitos por incêndio ou solda, fissuras
causadas por concentração de tensão ou fadiga e danos em decorrência de colisões
(SARTORTI, 2008).
Por ser um método construtivo utilizado há muito tempo, a tecnologia
para pontes em aço é avançada e eficiente, porém os problemas patológicos
sofridos neste tipo de estrutura são decorrentes, na maioria dos casos, devido a
falhas na manutenção e programas ineficientes de inspeção. Sendo assim é
importante a realização de verificações durante a inspeção das pontes,
considerando os diversos processos de deterioração das estruturas metálicas
citados no parágrafo anterior, para a correta determinação do estado patológico da
estrutura (LOURENÇOet al., 2009).

3.8.3 Patologias em pontes de concreto armado e protendido

As características físicas e químicas do concreto podem sofrer


modificações devido às propriedades dos seus elementos e da reação destes em
relação ao meio ambiente em que se encontram. Sendo assim, as patologias neste
tipo de estrutura são influenciadas principalmente pela qualidade dos materiais
utilizados, pelo meio ambiente onde se localiza as ações solicitantes utilizadas para
o cálculo das peças e a qualidade nos procedimentos de planejamento, execução e
manutenção (SARTORTI, 2008).
Para a análise das patologias é necessário conhecer a causa da
degradação, que pode ser dividida em intrínseca e extrínseca. As causas intrínsecas
são ocasionadas por fatores ligados à própria estrutura, geradas por erros humanos
na execução e/ou utilização, e por agentes naturais externos. Por outro lado, as
causas extrínsecas são as que não possuem relação com a estrutura em si, são
causadas de fora para dentro, durante todas as fases de sua construção (RIPPER &
SOUZA, 1998apudCUNHA, 2011).
A seguir serão citadas as patologias que podem acontecer desde a
superestrutura até a infraestrutura:
41

3.8.3.1 Fissuração

Essa patologia pode ser classificada em dois tipos: estáveis e ativas.


As fissuras consideradas estáveis são aquelas que, na sua máxima amplitude,
estabilizam-se quando as cargas que estão gerando-as param de atuar. Por outro
lado, as fissuras ativas são causadas por ações variáveis gerando deformações
também variáveis (VITÓRIO, 2002).
As fissurações no concreto são classificadas devido ao tamanho de
sua abertura, de modo que as fissuras menores do que 0,2 milímetros são
desconsideradas, pois não diminuem a resistência da estrutura (SARTORTI, 2008).

 Fissuras de tração pelo esforço de flexão: são causadas pela


deformação excessiva, carregamento elevado ou área de aço
insuficiente, formando fissuras verticais da borda mais
tracionada até a linha neutra do elemento.
 Fissuras de compressão pelo esforço de flexão: ocorrem devido
à resistência inadequada do concreto ou sobrecargas em
excesso, a estrutura se rompe por esmagamento do concreto na
região comprimida.
 Fissuras causadas pelo esforço cortante: quando a armadura
composta pelos estribos não são suficientes para absorver os
esforços de tração ocasionam fissuras próximas aos apoios com
ângulos de aproximadamente 35° a 45°.
 Fissuras causadas por torção: são parecidas com as causadas
por esforços cortantes, porém com direções contrárias
semelhantes a uma rosca de um parafuso.
 Fissuras causadas pela retração: são devido à evaporação
muito rápida da água durante a secagem, antes da pega do
concreto.
 Fissuras causadas por deformação térmica e higroscópica:
possuem mesma configuração das causadas pela retração, são
decorrentes da dilatação térmica ou contração.
 Outras fissuras: fissuras causadas pela formação de espaços
vazios sob armaduras, trinca de ruptura frágil em apoio extremo,
42

fissura em dente de articulação, por deficiência de fretagem em


pilares isolados, por quebra de cantos, fissuras em pilar parede.

3.8.3.2 Corrosão da armadura

Causada principalmente por água, oxigênio e íons de cloreto, é a


deterioração do aço devido à ação química ou eletroquímica dentro do concreto.
Essa deterioração é ocasionada devido a um ataque de agentes agressivos à
camada de proteção da armadura formada em decorrência da alcalinidade no
concreto, causada pela hidratação do cimento (DNIT, 2004).
A ferrugem é um elemento expansivo sem resistência capaz de gerar
tensões internas que podem fissurar o concreto e até desintegrá-lo, expondo a
armadura. Os efeitos da corrosão da armadura no concreto são a presença de
manchas, fissurações, destacamento do concreto decobrimento, redução da seção
resistente das armaduras e até rompimento de estribos eredução e eventual perda
de aderência das armaduras principais (SARTORTI, 2008 e DNIT, 2004).

3.8.3.3 Desagregações

É um fenômeno que acontece devido à perda da capacidade de


aglomeração do cimento, o que deixa os agregados livres. A desagregação é um
sinal característico de presença de ataque químico no concreto, tendo como causa
principalmente a presença de sulfatos e cloretos, além de outros problemas no
concreto, como o uso de cimento inadequado ao meio ambiente, preparo com
aditivo acelerador de pega com excesso de cloreto ou o adensamento incorreto. O
processo tem início com uma mudança de coloração na superfície do elemento de
concreto, continua com o aumento de fissuras entrecruzadas já formadas e pelo
empolamento das camadas externas em decorrência do aumento de volume, por fim
acontece a desintegração da massa, com a perda de coesão entre os materiais,
destruição do cimento e consequentemente a resistência do conjunto (DNIT, 2004).

3.8.3.4 Disgregações

Caracteriza-se por rupturas no concreto, devido a sua incapacidade de


suportar solicitações anormais. Ao contrário da desagregação, a disgregação ocorre
43

por meio de fenômenos físicos, como solicitações internas, sobrecargas não


previstas e principalmente pela corrosão da armadura que provoca fortes tensões no
concreto. O concreto disgregado permanece com suas propriedades de origem,
porém não possui capacidade para suportar as solicitações não consideradas (DNIT,
2004).

3.8.3.5 Carbonatação

Carbonatação do concreto é a transformação dos compostos do


cimento hidratado em carbonato por meio da ação do gás carbônico. No concreto
esse fenômeno provoca uma pequena retração, não sendo prejudicial para o
concreto em si, porém o carbonato de cálcio reduz a alcalinidade da solução
presente nos poros ao redor das armaduras, reduzindo então a estabilidade química
da capa passivadora do aço, propiciando o início da corrosão da armadura e o
surgimento de fissuras. As fissuras permitem a absorção de umidade, que por sua
vez dilui o carbonato de cálcio formando depósitos superficiais de cor branca na
superfície externa da peça, esse fenômeno denomina-se eflorescência (CUNHA,
2011 e DNIT, 2004).

3.8.3.6 Reação álcali-agregado

Este efeito que ocorre nas estruturas é caracterizado pelo


descolamento e fissuras que acontecem no concreto devido à expansão. É uma
reação da sílica reativa, presente nos minerais de alguns agregados, com os íons
álcalis do cimento (SARTORTI, 2008).

3.8.3.7 Desgaste de superfície

Pode ser caracterizado por dois principais agentes, o uso contínuo e a


abrasão. O uso contínuo acontece principalmente em superfícies sujeitas ao tráfego
como as pistas de rolamento, já a abrasão é um efeito que ficasujeito a superfícies
de constante contato com a água, como tubulões e pilares mergulhados em água
sujeitos a correnteza (CUNHA, 2011 e DNIT, 2004).
44

3.8.3.8 Lixiviação

A lixiviação ocorre devido a dissolução do hidróxido de cálcio Ca(OH)2


hidratados do cimento, formado estalactites e estalagmites na face do concreto
atacado. O hidróxido de cálcio, devido a sua propriedade, corroe o cimento (CUNHA,
2011).

3.8.3.9 Vazios de concretagem

Os vazios de concretagem ocorrem em situações em que após o


lançamento do concreto, este não é submetido a vibrações e adensamento, fazendo
com que os agregados graúdos se separem dos agregados miúdos e da pasta de
cimento (CUNHA, 2011 e DNIT, 2004).

3.8.3.10 Perda de aderência

A perda de aderência pode ocorrer com o concreto e a armadura, ou


quando averiguar-se dois concretos de idades diferentes. No caso entre o concreto e
a armadura, a perda de aderência surge pelos fenômenos de corrosão, disgregação
do concreto ou pela atuação de incêndios, já em locais que possuem dois concretos
de idades diferentes acontece pelo tratamento incorreto da superfície do concreto
existente, perdendo a aderência com o concreto que será lançado (DNIT, 2004).

3.8.3.11 Danos de colisões

Os danos de colisões acontecem quando um veículo colide-se com as


estruturas da ponte ou do viaduto, exercendo nelas uma grande solicitação e de
difícil dimensionamento, ocasionando deformações e danos como destacamento de
cobrimento e exposição de armaduras (SARTORTI, 2008).
Podem-se citar como exemplo, danos causados por caminhões
transportando cargas com excesso de peso ou infringindo gabaritos, veículos que
derrapam e atingem dispositivos de segurança, tais como defensas e barreiras, e
embarcações em rios navegáveis que atingem elementos da infra e mesoestrutura
(DNIT, 2004).
45

3.8.3.12 Danos provocados pelo fogo

O fogo causa uma grande destruição nas estruturas de concreto


armado e protendido, pois o aquecimento faz com que o volume do mesmo aumente
e gere fortes tensões internas, provocando deformação, fissuração e desagregação
do concreto. O aço possui uma temperatura crítica de 720°C, e ao atingi-la ele entra
em estado de plastificação e perde toda sua resistência, levando a estrutura ao
desmoronamento (SARTORTI, 2008).

3.8.3.13 Deterioração do concreto protendido

Os componentes de concreto protendido podem receber a ação


destruidora de alguns fatores, como a perda de aderência entre o aço tensionado e
o concreto, relaxação do aço de protensão, retração do concreto, fluência do
concreto, corrosão sob tensão do aço de protensão e deficiência de armadura
passiva nas ancoragens (SARTORTI, 2008).
46

4 METODOLOGIA

Foram feitas vistorias em algumas pontes na região de Presidente


Prudente – SP para investigação de patologias, analisando suas possíveis causas e
a relação com as normas brasileiras vigentes tendo como base as informações
descritas na revisão bibliográfica. Será indicada a localização de cada ponte
apontando a rua e o bairro em que se encontram.

a. Pontes 1, 2, 3 e 4

O parque ecológico São Lucas e São Matheus, abriga as pontes


abordadas de número um, dois, três e quatro desta pesquisa e foi inaugurado em 14
de maio de 2016. Após um semestre da sua inauguração as pontes que são para o
uso de pedestres já apresentavam diversas patologias.
Existe um portal de entrada do Parque Ecológico localizado na Rua
Florence Alia Martins entre os números 2 e 148, porém o público pode acessar o
parque pela Rua IzidoroMarttão nº 90.

FIGURA 11 - Foto aérea do Parque Ecológico São Lucas e São Matheus.

Fonte: Google Maps.


47

FIGURA 12 - Portal de entrada do parque.

Fonte: Autores.

b. Ponte 5

A ponte de número cinco está localizada na Rua Fernando Soller, na


altura do número 579, Parque São Matheus. Caracteriza-se por ser uma ponte de
passagem de veículos e pedestres.

FIGURA 13 - Localização da ponte numero 5.

Fonte: Google Maps.


48

FIGURA 14 - Vista Lateral da ponte número cinco.

Fonte: Autores.

c. Ponte 6

Localizada na Rua Coronel Albino, na altura de número 2518, Parque


São Judas Tadeu, pode-se encontrar a ponte de número seis. É destinada a
passagem de veículos e pedestres, constituída por uma pista de rolamento.

FIGURA 15 - Localização da ponte número seis.

Fonte: Google Maps.


49

FIGURA 16 - Vista Lateral da ponte número seis.

Fonte: Autores.

d. Ponte 7

A ponte de número sete fica na Avenida Juscelino Kubitschek de


Oliveira na altura de número 5873, Jardim Jequitibás. É constituída de duas pistas
de rolamento, separadas por um canteiro central, destinada a passagem de veículos
e pedestres.

FIGURA 17 - Localização da ponte número sete.

Fonte: Google Maps.


50

FIGURA 18 - Vista Lateral da ponte número sete.

Fonte: Autores.

e. Ponte 8

Já a ponte número oito se encontra na Rua Vitório Andreasi Neto,


aproximadamente na altura 266, localizada no Parque Residencial Servantes II. É
constituída por uma pista de rolamento sem a presença do canteiro central,
construída em concreto pré-moldado.

FIGURA 19 - Localização da ponte número oito.

Fonte: Google Maps.


51

FIGURA 20 - Vista frontal da ponte número oito.

Fonte: Autores.

f. Ponte 9

Diferente das outras, a ponte número nove se caracteriza por ser em


cima da represa do Rio Santo Anastácio. Fica localizada na Rodovia Comendador
Alberto Bonfiglioli próxima ao Curtume Vitapelli. É formada por uma pista de
rolamento sem canteiro central.

FIGURA 21 - Localização da ponte número nove.

Fonte: Google Maps.


52

FIGURA 22 - Vista frontal da ponte número nove.

Fonte: Autores.

g. Ponte 10

A ponte número dez se encontra na Rodovia JulioBudiski, SP-501 nas


proximidades da Avenida Miguel Damha. É formada por uma pista de rolamento com
acostamento e sem canteiro central.

FIGURA 23 - Localização da ponte número dez.

Fonte: Google Maps.


53

FIGURA 24 - Vista frontal da ponte número dez.

Fonte: Google Maps.

h. Ponte 11

Ligando a Zona Sul de Presidente Prudente à Rodovia JulioBudiski,


está a ponte de número 11. Se encontra na Avenida Miguel Damha, e é formada
por um conjunto de duas pontes, cada uma com duas faixas de rolamento.

FIGURA 25 - Localização da ponte número 11.

Fonte: Google Maps.


54

FIGURA 26 - Vista frontal da ponte número 11.

Fonte: Autores.

i. Ponte 12

A última ponte da pesquisa fica dentro da propriedade da Universidade


do Oeste Paulista - UNOESTE. Tem como principal característica transpor o Córrego
do Limoeiro.

FIGURA 27 - Localização da ponte número 12.

Fonte: Google Maps.


55

FIGURA 28 - Vista lateral da ponte número 12.

Fonte: Autores.
56

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 Análise Visual

A seguir será apresentado o relatório fotográfico das vistorias


realizadas nas pontes citadas anteriormente com a apresentação das patologias.

a. Ponte 1

FIGURA 29 - Pilar fora de padrão e com vazios de concretagem.

Fonte: Autores.

O pilar retratado acima se encontra com área de seção transversal de


200 cm² (centímetros quadrados) estando em desacordo com a norma NBR
6118/2014 que estabelece o valor mínimo de 360 cm², outro aspecto incorreto é que
um de seus lados possui 10 cm e na norma a medida mínima para qualquer
dimensão é de 19 cm. Além disso, verifica-se a existência de vazios de concretagem
por possível execução incorreta de vibração especificada na norma NBR
10839/1989.
57

FIGURA 30 - Escoramento não retirado.

Fonte: Autores.

Foi observada a permanência de escoramento de madeira na ponte, é


recomendado pela norma NBR 10839/1989 que o escoramento seja retirado após o
concreto atingir a resistência estabelecida no projeto e a obra só deve ser aceita
pela fiscalização se todos os cimbramentos tenham sido retirados, sendo assim a
ponte em questão está inadequada, pois há indícios que o escoramento não será
removido de modo que a pintura já foi executada sobre ele.
58

FIGURA 31 - Trinca por diferentes coeficientes de dilatação.

Fonte: Autores.

Devido à diferença de mateiras e como consequência diferentes


coeficientes de dilatação térmica, a trinca apresentada possivelmente foi ocasionada
pela movimentação desigual entre os dois componentes, no caso o concreto e a
estrutura metálica, tal variação segundo a norma NBR 6118/2014 dever ser prevista
em projeto para que os efeitos sejam reduzidos, porém no caso especifico não existe
uma recomendação nas normas.

FIGURA 32 - Vazio de concretagem com exposição de armadura.

Fonte: Autores.
59

Outro ponto observado com vazios de concretagem devido a possível


falha no adensamento do concreto, neste caso ocasionando a exposição da
armadura e indicando que a mesma ficará sem tratamento e preenchimento
adequados já que a pintura foi realizada por cima. Esta exposição além de não
atender as especificações de cobrimento mínimo de concreto, que depende da
classe de agressividade ambiental do local sendo os valores fixados na NBR
6118/2014, também pode ocasionar a oxidação do aço reduzindo sua seção
resistente e prejudicando o desempenho da armadura na peça estrutural.

b. Ponte 2

FIGURA 33 - Fôrmas não removidas.

Fonte: Autores.

Como pode ser visto na imagem acima, as fôrmas utilizadas para


concretagem dos elementos estruturais da ponte não foram removidas após o
período que, conforme citado anteriormente, é sugerido pelas normas brasileiras.
Quando há a permanência das fôrmas na estrutura dá-se o nome de fôrmas
perdidas, segundo a NBR 15696/2009 que estabelece orientações sobre fôrmas e
escoramentos para estruturas de concreto, o uso dessa opção não é recomendado e
deve ser previsto anteriormente em projeto de acordo com diversas verificações,
60

como por exemplo, no caso de madeira deve-se verificar se a mesma está


imunizada contra fungos, cupins e insetos em geral.
No caso indicado as fôrmas não apresentam nenhum indício de
tratamento, a mesma tinta utilizada no concreto foi aplicada por cima das fôrmas
acusando descaso na execução dos serviços. Essa prática pode, por meio de efeitos
da umidade na madeira em contato direto com o concreto, ocasionar o acúmulo de
água entre os dois elementos e posteriormente patologias devido a infiltrações como
bolor e eflorescência.

FIGURA 34 - Encontro com preenchimento de blocos incompleto.

Fonte: Autores.

O encontro da ponte possui parte dos blocos de concreto sem o total


preenchimento indicando execução incompleta do elemento. Esses elementos
estruturais, segundo o Manual de projetos de obras de arte especiais do
DNER/1996, têm função de apoio nas extremidades das pontes, além de contenção
e estabilização de aterros, sendo assim deve possuir rigidez suficiente para exercer
sua função, no caso apresentado é provável que a falta de preenchimento total dos
blocos influencie negativamente da resistência do elemento.
61

c. Ponte 3

FIGURA 35 - Desvio perceptível de alinhamento.

Fonte: Autores.

Pode-se observar uma saliência na lateral da viga indicando falta de


travamento da estrutura para a execução da concretagem o que ocasionou a
deformação, a NBR 10839/1989 recomenda uma cuidadosa verificação das linhas
de face aparentes da estrutura com intuito de evitar este problema, além de seguir
as orientações das normas NBR 6118/2014 e NBR 15696/2009.
62

FIGURA 36 - Excentricidade no pilar.

Fonte: Autores.

Devido a uma provável falha nas fôrmas do pilar e da viga, não


seguindo as normas específicas já citadas, ocorreu um espaço inadequado entre os
elementos podendo ocasionar uma excentricidade que deve ser verificada, pois na
NBR 6118/2014 são definidos os parâmetros para saber se a excentricidade está ou
não dentro do limite permitido, com a possibilidade de gerar futuras patologias como
trincas e fissuras.
63

d. Ponte 4

FIGURA 37 - Vazios de concretagem com armadura exposta.

Fonte: Autores.

Como se pode notar a ponte apresenta o mesmo problema relatado na


ponte 1, vazios de concretagem decorrentes de falha no adensamento do concreto
com exposição da armadura.

FIGURA 38 - Vazio de concretagem com estribos aparentes.

Fonte: Autores.
64

Outro local em que há vazios de concretagem e estribos aparentes,


sendo que neste caso a falha atravessa a viga e está a 6 cm do fundo da laje não
apresentando indícios de armadura negativa, a norma NBR 6118/2014 prevê que
todos os elementos lineares sujeitos a força cortante devem possuir armadura
transversal mínima constituída por estribos, que por sua vez necessitam de
armadura construtiva para que seja garantido sua fixação e posicionamento
adequados, neste caso pode-se observar que o estribo está inclinado sugerindo a
execução em desacordo com a norma.

FIGURA 39 - Pilar fora de prumo.

Fonte: Autores.

No pilar retratado é possível observar a falta de prumo do elemento


ocasionada possivelmente pela abertura da fôrma durante a concretagem, sendo
assim a mesma não foi travada conforme orientações da norma NBR 15696/2009,
essa alteração pode gerar excentricidade acima do limite no pilar, da mesma forma
que foi relatado na ponte 3.
65

FIGURA 40 - Ferragem exposta.

Fonte: Autores.

Verificou-se na ponte 4 a existência de ferragem exposta, o que não


está correto segundo as orientações das normas NBR 6118/2014 e NBR
10839/1989 e que pode ocasionar a oxidação do aço com a corrosão da armadura e
posterior destacamento de concreto, fragilizando o elemento.

FIGURA 41 - Fissuras.

Fonte: Autores.

A presença de fissuras no elemento de contenção do aterro da ponte


pode indicar a ocorrência de retração da argamassa ou deformação térmica e
66

higroscópica, provavelmente pela confecção inadequada do material em


discordância com a norma NBR 13281/2005 que estabelece os requisitos para
argamassa de assentamento e revestimento.

FIGURA 42 – Erro de alinhamento.

Fonte: Autores.

Assim como na ponte 3 houve falta de travamento adequado da viga


ocasionado uma deformação visível na estrutura.
67

e. Ponte 5

FIGURA 43 - Trinca de compressão e eflorescência

Fonte: Autores.

De acordo com análise visual a trinca acima da tubulação foi causada


por provável resistência inadequada do concreto utilizado ou sobrecarga em
excesso dos veículos que transitam pela ponte havendo assim uma ruptura na
região onde a peça foi esmagada. Além disso, puderam ser observadas manchas na
cor branca logo abaixo da viga, indicando a presença de eflorescência por diluição
do carbonato de cálcio. Tais problemas poderiam ter sido evitados se fossem
seguidas as orientações da NBR 6118/2014 em relação ao traço correto de concreto
e ações atuantes, além das considerações de cargas móveis a serem feitas com
base na NBR 7188/2013.
68

FIGURA 44 - Disgregação do concreto.

Fonte: Autores.

Houve uma ruptura no concreto logo abaixo das tubulações devido à


provável sobrecarga exercida na ponte, existindo assim a disgregação do material,
que assim como no item anterior poderia ter sido evitada se as normas vigentes
fossem consultadas.

f. Ponte 6

FIGURA 45 - Ferragem exposta.

Fonte: Autores.
69

Por meio de observação verificou-se uma quebra no pilar do guarda


corpo com o intuito de inserir a proteção metálica o que acabou danificando a peça e
expondo parte da armadura, esse fato pode posteriormente causar patologias devido
à oxidação do aço, além de ter diminuído a rigidez do elemento. Sendo assim houve
erro de execução, estando em desacordo com a norma NBR 10839/1989.

FIGURA 46 - Ruptura de concreto e ferragem aparente.

Fonte: Autores.

O ponto apresentado com uma ruptura pode ter sido decorrente da


desagregação do concreto devido ao uso de materiais de baixa qualidade, ou dano
ocasionado por colisão.
70

FIGURA 47 - Lixiviação.

Fonte: Autores.

Analisando o entorno da ponte, o sentido do escoamento e a vazão do


curso d’água, foi suposto que as estalactites na parte inferior da laje da ponte se
originaram devido a infiltração de água na superestrutura ocasionando dissolução de
hidróxido de cálcio hidratado do cimento e sua corrosão. A norma NBR 6118/2014
recomenda que para minimizar a infiltração da água que as fissuras sejam
restringidas, além de proteger as superfícies expostas à ação da água utilizando
produtos específicos, como hidrófugos.
71

FIGURA 48 - Carbonatação.

Fonte: Autores.

Nota-se a presença de eflorescência pela carbonatação, conforme as


informações já descritas na ponte cinco.

FIGURA 49 - Desgaste de superfície.

Fonte: Autores.
72

No pilar parede da ponte pode-se ressaltar a presença de desgaste de


superfície causado pela abrasão do contato com água, a norma NBR 7187/2003
define que a pressão da água em movimento no contato com os pilares deve ser
prevista no projeto de pontes, além de seu efeito dinâmico que pode ser
determinado por meio de métodos baseados na hidrodinâmica.

g. Ponte 7

FIGURA 50 - Armadura aparente.

Fonte: Autores.

Totalmente em desacordo com as normas já citadas anteriormente, há


presença de aço exposto no pilar e fixação inadequada do guarda corpo, além de
uma trinca vertical em todo elemento com ruptura próxima a base. Como não existe
uma carga considerável atuando sobre o pilar, a trica e a ruptura podem ter sido
provenientes por colisão. Tais patologias já foram descritas em outras pontes.
73

FIGURA 51 - Falta de cobrimento e vazios de concretagem.

Fonte: Autores.

Outros pilares com vazios de concretagem e falta de cobrimento


ocasionando armadura aparente, assim como na maioria dos pilares da ponte em
questão e de outras já citadas, indicando a permanência das irregularidades já que a
pintura foi executada sobre os locais.
74

FIGURA 52 - Falta de cobrimento.

Fonte: Autores.

Estribos da viga estão aparentes devido à falta de cobrimento


adequado, o que é previsto na norma sobre o assunto, mencionada anteriormente.

FIGURA 53 - Arranque exposto.

Fonte: Autores.
75

Neste caso é possível que tenha ocorrido uma falha na execução do


pilar ou da viga sobre ele, pois os arranques do pilar não deveriam estar expostos e
sim vinculados à viga. Essa exposição torna-se um meio de desenvolvimento de
patologias na estrutura, como oxidação.

FIGURA 54 - Deformação excessiva.

Fonte: Autores.

Visível deformação da viga ocasionada por escoramento inadequado


provavelmente por espaço em excesso entre as escoras utilizadas ou baixa
resistência das mesmas, em desacordo com a norma que trata do assunto NBR
15696/2009.
76

h. Ponte 8

FIGURA 55 - Deformação excessiva na junta de dilatação.

Fonte: Autores.

A junta de dilatação da ponte apresenta abertura maior em sua


extremidade superior indicando movimentação excedente a considerada no projeto
da estrutura, havendo então o desprendimento do preenchimento interno em EPS. A
norma NBR 7187/2003 orienta que a junta de dilatação deve ser prevista em projeto
e ser capaz de suportar toda a movimentação da estrutura e ter completa vedação, o
que não ocorreu na ponte em questão.
77

FIGURA 56 - Fissura por retração e falta de proteção.

Fonte: Autores.

Foi possível observar a incidência de diversas fissuras na superfície do


guarda corpo causada por provável retração do concreto, como a estrutura fica
constantemente exposta aos efeitos do ambiente a NBR 6118/2014 recomenda
nesses casos que seja feita a proteção e conservação com pintura
impermeabilizante para evitar que nestas fissuras haja a infiltração de água e
posteriores problemas.
78

i. Ponte 9

FIGURA 57 - Desgaste de superfície.

Fonte: Autores.

Local com desgaste de superfície por uso contínuo na pista de


rolamento da ponte exposto parte da ferragem da superestrutura, podendo gerar,
com efeito de intempéries, oxidação do material e futura fissuração e até
desintegração do concreto.

FIGURA 58 - Falta de parte do guarda corpo.

Fonte: Autores.
79

Em um dos lados da ponte pode-se observar a falta de parte do guarda


corpo que serve como dispositivo de proteção, principalmente por ser frequente a
prática de pesca no local, indicando a falta de manutenção da ponte.

j. Ponte 10

FIGURA 59 - Danos por colisão.

Fonte: Autores.

Na extremidade barreira rígida verifica-se a existência de danos


causados por colisões caracterizando a ruptura no concreto com exposição da
armadura, podendo gerar patologias citadas anteriormente em outros casos.
80

FIGURA 60 - Mofo e ferragem exposta.

Fonte: Autores.

Outro local com aço exposto, além de incidência de mofo decorrente da


umidade presente pela falta de proteção do local com pintura impermeabilizante, já
que o mesmo fica exposto às intempéries, propiciando o ataque da armadura por
corrosão.

FIGURA 61 - Destacamento de concreto.

Fonte: Autores.
81

Observou-se um possível destacamento de concreto na barreira rígida


da ponte em questão, causado por desagregação que pode ser proveniente de
material inadequado ou ataque químico no concreto, além de mofo presente no
local.

FIGURA 62 - Desgaste de superfície.

Fonte: Autores.

Na base da barreira rígida verifica-se desgaste de superfície pela ação


do ambiente, uma vez que a área está sujeita constantemente a intempéries e os
resquícios de tinta mostrados na imagem indicam que não há manutenção na ponte
há um tempo considerável. Como mencionado em outros casos, a exposição da
armadura pode causas outras patologias.
82

FIGURA 63 - Destacamento de concreto.

Fonte: Autores.

Mais um ponto com destacamento de concreto e indícios de avanço da


patologia para uma região maior, situação decorrente da não conformidade com a
NBR 6118/2014.

FIGURA 64 - Desgaste de superfície e excentricidade.

Fonte: Autores.
83

Além do desgaste da superfície por abrasão no pilar nota-se possíveis


excentricidades, nos pilares indicados, por má instalação das estruturas pré-
moldadas, tal desvio deve ser verificado de acordo com a NBR 6118/2014 para
determinar se está ou não dentro do limite permitido.

FIGURA 65 - Instabilidade da encosta.

Fonte: Autores.

Devem ser dimensionadas e consideradas estruturas ou meios para


contenção do solo das encostas para evitar problemas relacionados a estabilidade
da ponte, as considerações relacionadas a isso são fixadas na norma NBR
11682/2009.
84

k. Ponte 11

FIGURA 66 - Deformação em excesso na junta de dilatação.

Fonte: Autores.

Nesta junta de dilatação é possível verificar uma deformação em


excesso nos dois sentidos, pois houve abertura na parte superior e desalinhamento
da estrutura, essa deformação pode ser proveniente da movimentação da ponte
acima do que foi considerado em projeto, estando em desacordo com as normas
que estabelecem esses parâmetros NBR 6118/2014 e NBR 7187/2003.
85

FIGURA 67 - Deformação em excesso na junta de dilatação.

Fonte: Autores.

O mesmo problema citado anteriormente acontece na ponte da pista de


rolamento ao lado, juntamente com a presença de vegetação no local.

l. Ponte 12

FIGURA 68 - Armadura aparente.

Fonte: Autores.
86

Pilar do guarda corpo com armadura exposta devido à provável falha


de concretagem ou desagregação, como houve pintura sobre o local não é possível
visualizar com precisão a causa do problema, ambos já foram relatados em outras
pontes.

FIGURA 69 - Mofo.

Fonte: Autores.

No pilar retratado há ocorrência de mofo devido exposição do elemento


com deterioração da pintura, provavelmente causada por fungos, indicando que o
material utilizado para pintura não é o adequado para o caso.
87

FIGURA 70 - Fissuras por retração.

Fonte: Autores.

Na pista de rolamento notam-se fissuras no pavimento decorrentes de


possível retração do concreto pela perda muito rápida de água por evaporação ou
pode ser devido à deformação térmica na região, assim como em outros casos já
citados.

5.2 Levantamento de Patologias

Por meio da análise visual realizada nas pontes indicadas, foi


elaborado um comparativo entre as patologias encontradas em cada uma, com o
intuito de verificar a frequência e incidência dos problemas nos casos estudados –
Quadro2.
88

QUADRO2 - Ocorrência de patologias nos casos analisados.

Pontes de
Tipologia Pontes de veículos
pedestres
Identificação das
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
pontes
Armadura exposta X X X X X X

Carbonatação X X

Desagregação do concreto X X

Desgaste de superfície X X X

Dimensões inadequadas X

Disgregação do concreto X

Eflorescência X X

Erro de alinhamento X X X
Escoramento em
X X X
desacordo
Falha na junta de dilatação X X

Falha na pintura X X

Falha no guarda corpo X X X X

Falhas no encontro X X

Fôrmas em desacordo X

Lixiviação X

Mofo X X

Peça com excentricidade X X X


Trincas e fissuras por
X
dilatação térmica
Trincas e fissuras por
X
esmagamento
Trincas e fissuras por
X X
retração térmica
Vazios de concretagem X X X
Fonte: Autores.
89

6 CONCLUSÃO

Considerando o estudo realizado em doze pontes situadas na região


de Presidente Prudente – SP, cujo objetivo foi a análise visual de patologias nas
estruturas e a relação das mesmas com as normas brasileiras, pôde-se constatar a
ocorrência de manifestações patológicas em todas as pontes estudadas.
Por meio do trabalho foi possível compreender a importância da correta
execução de uma obra de arte especial, e da utilização de materiais que possam
auxiliar a sua construção e minimizar possíveis erros, visto que as especificações
normativas proporcionam toda orientação necessária.
A base teórica utilizada possibilitou a identificação de diversos tipos de
patologias durante as inspeções, dentre elas podem ser citadas: dimensões
inadequadas de elementos, vazios de concretagem, escoramento e fôrmas em
desacordo, trincas e fissuras decorrentes de dilatação e retração térmica dos
materiais e esmagamento, armadura exposta, falhas no encontro, erro de
alinhamento, peças com excentricidade, eflorescência, disgregação e desagregação
do concreto, lixiviação, carbonatação, desgaste de superfície, falhas na junta de
dilatação, falhas na pintura, falhas no guarda corpo e mofo.
Através da análise de frequência das patologias observadas nas
pontes estudadas, é possível verificar que a existência de armadura exposta e falhas
no guarda corpo são as manifestações de patologias mais recorrentes, indicando
desta forma descaso em relação ao cobrimento, segurança dos usuários, execução
da concretagem e na qualidade final da estrutura.
Em relação à comparação com as normas vigentes, pode-se averiguar
que todas as patologias encontradas possuem algum vínculo com a falta de
cumprimento das normas brasileiras, evidenciando o descuido por parte da
executante e da fiscalização, uma vez que os problemas poderiam ser evitados.
Sendo assim, conclui-se que a melhor forma de impedir o
aparecimento de patologias é a prevenção, a qual consiste na correta execução dos
serviços conforme especificações técnicas.
90

REFERÊNCIAS

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construtivos de pontes e viadutos pré-moldados no Brasil. In: Congresso
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de


concreto – Procedimento: NBR 6118. Rio de Janeiro, 2014.

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madeira: NBR 7190. Rio de Janeiro, 1997.

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aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios: NBR 8800. Rio de
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