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Programação

Completa
Sumário

Programa...............................................................................19

Conferências.........................................................................20

Conferência de Abertura Terça-feira, 09 de abril, às 10 h – Sala


UNIVERSO.....................................................................................................20
LA CONSTITUCIÓN ANTES DE LA CONSTITUCIÓN
Prof. Dr. José Carlos Chiaramonte
Universidade de Buenos Aires/CONICET

Conferência de Encerramento Quinta-feira, 11 de abril, às 18 h – Sala


UNIVERSO.....................................................................................................20
MÚSICA E HISTORIAS MIGRANTES EN ROMA
Prof. Dr. Alessandro Portelli
Universidade de Roma "La Sapienza"

Mesas.....................................................................................21

Mesa 1 – terça-feira, 09 de abril, às 16 h – sala NPJ...................................21


MOVIMENTOS POPULACIONAIS E A QUESTÃO AGRÁRIA (SÉCULOS XVIII E XIX)
Prof. Dr. Ângelo Carrara (Universidade Federal de Juiz de Fora)
Prof. Dr.ª Margarida Durães (Universidade do Minho, Portugal)
Prof. Dr.ª Maria Verônica Secreto (Universidade Federal Fluminense)

Mesa 2 – quarta-feira, 10 de abril, às 16 h – sala NPJ................................21


MIGRAÇÕES FORÇADAS E FRONTEIRAS NAS AMÉRICAS
Prof. Dr. Enrique Coraza (Colegio de la Frontera Sur -ECOSUR-CONACYT- México)
Prof. Dr.ª Mônica Gatica (Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco)
Prof. Dr. Tony Payan ((Universidad Autónoma de Ciudad Juárez - Ciudad Juárez, Chihuahua /
Rice University - Houston, Texas)

Mesa 3 – quinta-feira, 11 de abril, às 16 h – sala NPJ.................................21


MEMÓRIAS E DITADURAS NO CONE SUL
Prof. Dr.ª Carla Peñaloza (Universidad de Chile)
Prof. Dr.ª Patrícia Flier (Universidad Nacional de La Plata)
Prof. Dr.ª Samantha Quadrat (Universidade Federal Fluminense)

Mesa 4 – quinta-feira, 11 de abril, às 16 h – Auditório do Mestrado em


Ciências das Atividades Físicas (2a. andar)..................................................21
A MOVIMENTAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS NAS AMÉRICAS
Prof. Dr.ª Eliane Fleck (Unisinos)
Prof. Dr. Guillermo Bravo (Universidad de Chile)
Prof. Dr.ª Marcia Amantino (Universidade Salgado de Oliveira)

Apresentação de pôsteres.....................................................22

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – hall do 7º andar......................................22


A FÁBRICA DE CHOCOLATES BHERING E A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA LOCAL
Cristina Maria da Silva Vaz
OS CASAMENTOS DE ESCRAVOS, LIVRES E ÍNDIOS NA PARÓQUIA SÃO PAULO DO
MURIAHÉ NO SÉCULO XIX
Luis Gustavo Turetta Resgala
URBANIZAÇÃO ALIENADA: A CIDADE COMO MERCADORIA
Renan de Souza Cid'
PONTOS QUE FORMAM A RESISTÊNCIA: ARPILLERAS CHILENAS NO CONTEXTO
DA DITADURA DE PINOCHET.
Thais Caroline Araujo de Morais
ESTRATÉGIAS DE MOBILIDADE SOCIAL DAS FAMÍLIAS ITALIANAS NO CENÁRIO
URBANO MINEIRO DO FINAL DO SÉCULO XIX
Victor Frascarolli Calçado
O COLETIVO ESPANHOL A PARTIR DO PERIÓDICO EL CORREO GALLEGO (1903-
1905) NO INÍCIO DO SÉCULO XX NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Matheus Aieta

Minicursos.............................................................................23

Quarta-feira, 10 de abril, às 08 h e Quinta-feira, 11 de abril, às 08 h........23


COMPARANDO SUBJETIVIDADES EN LA MOVILIDAD FORZADA. LOS CASOS DE
ESPAÑA, EL CONO SUR Y CENTROAMÉRICA SALA “SABEDORIA”
Prof. Dr. Enrique Coraza
Investigador Titular, Grupo de Estudios de Migración y Procesos Transfronterizos. El Colegio de
la Frontera Sur, ECOSUR-CONACYT
REFUGIO EN CHILE EN TIEMPOS DE DICTADURA SALA “EMPATIA”
Prof. Dr.ª Carmen Norambuena
Universidad de Santiago de Chile
LAS DICTADURAS DEL CONO SUR Y EL PLAN CONDOR SALA “FELICIDADE”
Prof. Dr.ª Carla Peñaloza Palma
Universidad de Chile
Mag. Jimena Alonso
Universidad de la República/ Uruguai

SC 01 – Recordações, narrativas e análise das


cotidianidades na ditadura..................................................24

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Paz”, 7º andar...............................24


NEGO SETE: A VÍTIMA MAIS POPULAR DO ESQUADRÃO DA MORTE NO CLIPPING
DA EDITORA ABRIL
Aline de Jesus Nascimento
O EXÍLIO DE LEONEL DE MOURA BRIZOLA COMO UMA PRÁTICA DE TERRORISMO
DE ESTADO
Maria Cláudia Moraes Leite
A DENÚNCIA DESDE AS ENTRANHAS DA CONDOR: EL INFORME RODRÍGUEZ
LARRETA
Enrique Serra Padrós
CONEXÕES INTERNACIONAIS: RESISTÊNCIA E REPRESSÃO
Tania Gerbi Veiga

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Paz”.............................................25


OS PROCESSOS DE VERDADE NA SUBJETIVAÇÃO DO INIMIGO INTERNO NA
AMÉRICA LATINA E SEUS ATUAIS DESDOBRAMENTOS
Aline Hamdan de Souza Vilas Boas
AS MEMÓRIAS SOBRE A VIOLÊNCIA NO CAMPO EM MINAS GERAIS NO PERÍODO
DA DITADURA MILITAR
Marina Mesquita Camisasca
MEMÓRIAS E LUTAS SOCIAIS DE FAMILIARES DE DESAPARECIDOS POLÍTICOS NO
CONTEXTO DA DITADURA MILITAR E SUA RELEVÂNCIA SOCIAL NO BRASIL
CONTEMPORÂNEO
Adriana Dias de Oliveira
AS MULHERES SUBVERSIVAS NA DITADURA MILITAR BRASILEIRA
Jéssica Chicarini de Medeiros
O PASSADO POLÍTICO DE DILMA ROUSSEFF DURANTE AS ELEIÇÕES DE 2010
Eduardo dos Santos Chaves

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Paz”.............................................27


TEOLOGIA DAS BRECHAS: A ATUAÇÃO DO REVERENDO JAIME WRIGHT NA
DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DURANTE AS DITADURAS DE SEGURANÇA
NACIONAL NO CONE SUL (1976-1988) ”.
Walter Angelo Fernandes Aló
“É A VOLTA DO CIPÓ DE AROEIRA NO LOMBO DE QUEM MANDOU DAR”: GERALDO
VANDRÉ E A RESISTÊNCIA À DITADURA CIVIL-MILITAR
Regina Mesquita
SOBREVIVENDO AO CHILE DE PINOCHET: MEMÓRIAS DISSIDENTES DE ALUNOS E
PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS
Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes

SC 02 – Intelectuais e ideias em trânsito............................29

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Amor”, 7º andar........................29


MANDE CHAMAR O DOUTOR: A INTERIORIZAÇÃO DOS MÉDICOS NO VALE DO
PARAÍBA FLUMINENSE DO SÉCULO XIX.
Anne Thereza de Almeida Proença
“DE MI AMOR AL PARAGUAY Y A LA RAZA GUARANÍ”: IDEIAS E PROJETOS DO
NATURALISTA E BOTÂNICO MOISÉS SANTIAGO BERTONI (1857-1929)
Eliane Cristina Deckmann Fleck
PADRE RAPHAEL MARIA GALANTI: UM JESUÍTA CIVILIZADOR NO INSTITUTO
HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
Ligia Bahia de Mendonça
ARQUEOLOGIA Y COLONIALISMO: BERNEDO MALAGA Y LA PREHISTORIA DE
AREQUIPA Y EL SUR ANDINO HACIA 1950
Raúl Quisocala Torres
A MEDICINA E A REDENÇÃO DO JECA TATU: UM OLHAR SOBRE AS INFLUÊNCIAS E
METAMORFOSES NO PENSAMENTO DE MONTEIRO LOBATO ENTRE 1914 E 1918
Rodolfo Alves Pereira

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Amor”, 7º andar.........................30


JOSÉ BERGAMÍN E O ENGAJAMENTO INTELECTUAL ANTIFASCISTA NA ESPANHA
Douglas de Freitas
PARA UMA HISTÓRIA POLÍTICA DA AÇÃO INSTITUCIONAL DOS INTELECTUAIS DO
INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS BRASILEIROS (ISEB) (1955-1964)
João Alberto da Costa Pinto
A OUTRA MARGEM DA REVOLUÇÃO: O EXÍLIO INTELECTUAL URUGUAIO NA
ARGENTINA (1973-1976)
Thiago Henrique Oliveira Prates
A EXTREMA-DIREITA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: O CASO DO MOVIMENTO
MÍDIA SEM MÁSCARA
Natalia dos Reis Cruz
OS ORIENTADORES E A CONSTITUIÇÃO DE NICHOS HISTORIOGRÁFICOS COM
PESQUISAS HISTÓRICAS DESENVOLVIDAS A PARTIR DE FONTES IMAGÉTICAS
Khyara Gabrielly Mendes Fontanini

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Sabedoria”, 7º andar..................31


CHIQUINHA GONZAGA NÃO ESTAVA SÓ: MULHERES COMPOSITORAS NO RIO DE
JANEIRO OITOCENTISTA: O CASO ROZWADOWSKA
Avelino Romero Simões Pereira
A “EXPERIÊNCIA” DE ERNANI REICHMANN (1920-1984)
Gilvani Alves de Araujo
OS PROJETOS DE EDUCAÇÃO E DE NAÇÃO NO DEBATE INTELECTUAL DE
MODERNIZAÇÃO DO BRASIL NA DÉCADA DE 1920
Léa Maria Carrer Iamashita
“FAZENDO FESTA TROPICALISTA PARA ‘CHATEAR’”: DAILOR VARELA E A CRÍTICA
CULTURAL NO JORNALISMO DA “TRIBUNA DO NORTE” (NATAL, 1967-1970)
Wesley Garcia Ribeiro Silva

SC 03 – Tráfico e escravidão...............................................32

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Solidariedade”, 7º andar...........32


OS LIBERTOS NO PÓS-ABOLIÇÃO NAS PAGINAS DA GAZETA DE NOTÍCIAS.
George Vidipó
ENTRE O CAIS DO VALONGO DE ONTEM E O 'MUSEU DO AMANHÃ': GUERRAS DE
MEMÓRIA NO RIO DE JANEIRO ATUAL (2015-2018).
Henrique Pedro Bresolin
DE ESCRAVOS À VOTANTES DE PARÓQUIA: O PERFIL DOS VOTANTES E ELEITORES
DO CURATO DA IMPERIAL FAZENDA DE SANTA CRUZ EM 1876.
Joao Batista Correa
OS TITULARES E OS SUPLENTES DA ESCRAVIZAÇÃO
Marly Spacachieri
O JULGAMENTO DE JOÃO CONGO: UM RETRATO DA ESCRAVIDÃO NO VALE DO
PARAÍBA SUL FLUMINENSE EM MEADOS DO OITOCENTOS (RIO CLARO, 1856)
Rodrigo Felix Owerney
Valdenora de Oliveira Rufino Owerney
“TODO CAMBURÃO TEM UM POUCO DE NAVIO NEGREIRO”: NOTAS SOBRE OS
LEGADOS DA ESCRAVIDÃO NA OBRA DE CONCEIÇÃO EVARISTO
Vanessa Massoni da Rocha
SC 04 – Cristianismo e fronteiras: contatos e
enfrentamentos.....................................................................34

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Amor”, 7º andar...........................34


RELIGIOSIDADE NA CULTURA INTELECTUAL BRASILEIRA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA
Thiago Lenine Tito Tolentino
A ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DA FEB ATRAVÉS DO CAPELÃO MILITAR E SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA O MORAL DA TROPA NA 2ª GM
Ricieri Alberici Neto
O DESPERTAR PENTECOSTAL PARA A POLÍTICA: A ASSEMBLEIA DE DEUS NA
CRISTA DA ONDA
Max David Rangel Cassin
ENTRE O CÉU E A TERRA: TERIA ALCEU AMOROSO LIMA VIVENCIADO
EXPERIÊNCIA MÍSTICA?
Marcelo Timotheo da Costa

SC 05 – E/Imigração............................................................36

Mesa 1. Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Harmonia”, 7º andar......36


DIÁSPORAS OITOCENTISTAS E A HISTÓRIA GLOBAL DO TRABALHO: NOTAS PARA
UM DEBATE
Paulo Cesar Gonçalves
A IMIGRAÇÃO NA ARGENTINA, SEGUNDO GINO GERMANI: UMA ANÁLISE DAS
ESTATÍSTICAS E DA ASSIMILAÇÃO DOS IMIGRANTES, ENTRE 1857 E 1958
Aline de Sa Cotrim
CHINESES EM CUBA: UMA ESCRAVIDÃO CAMUFLADA? (1847-1877)
Kamila Czepula
DEBATES SOBRE A IMIGRAÇÃO NO SÉCULO XIX: A SOCIEDADE CENTRAL DE
IMIGRAÇÃO E O COMBATE AO NATIVISMO
Sergio Luiz Monteiro Mesquita

Mesa 2. Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Harmonia”, 7º andar...37


VIVÊNCIAS LUSITANAS NA CIDADE DA BORRACHA: MANAUS, 1893-1923
Maria Luiza Ugarte Pinheiro
TRAJETÓRIAS TRANSFRONTEIRIÇAS: FAMÍLIAS BASCAS NO URUGUAI E NO
BRASIL – IMIGRAÇÃO E IMAGEM DAS CIDADES NOS SÉCULOS XIX E XX
Eloisa Helena Capovilla da Luz Ramos
Júlia Capovilla Luz Ramos
UM OLHAR SOBRE PRESENÇA DA DIÁSPORA BASCA EM SÃO PAULO
Dolores Martin Rodriguez Corner
A INSERÇÃO DE IMIGRANTES ESPANHÓIS NO RIO DE JANEIRO: BREVES RELATOS
DE VIDA.
Miriam Barros Dias da Silva
IMIGRAÇÃO ITALIANA E ASSOCIAÇÕES EM VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ES
Renato Peterli Camargos

Mesa 3. Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Harmonia”, 7º andar...38


UMA FALÊNCIA, MUITOS PROBLEMAS: O CASO DA FIRMA RACHID & IRMÃO (1925-
1926)
Adilson Silva Santos
BRASILIDADE E POLONIDADE NO ENTRE GUERRAS (1918-1939): ALTERIDADES E
CONFLITOS
Rhuan Targino Zaleski Trindade
AS NOIVAS DA GUERRA ESQUECIDAS PELA HISTÓRIA
Cristina de Lourdes Pellegrino Feres
EMIGRAÇÃO E COMÉRCIO AÇORIANO NO RIO DE JANEIRO: CAUSAS, ESCOLHAS E
ESTABELECIMENTO
Daniel Evangelho Gonçalves

Mesa 4. Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Harmonia”, 7º andar. . .39


MICRO-HISTÓRIA E HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO
Maíra Ines Vendrame
IMIGRAÇÃO SENEGALESA NO SUL DO BRASIL: A TRAJETÓRIA DE DEMBA SOKHNA
Katani Maria Monteiro Ruffato
OS DITOS E NÃO DITOS: A EXPERIÊNCIA DO DESLOCAMENTO MIGRATÓRIO E OS
VAZIOS DA MEMÓRIA
Roseli Boschilia
“GAROTA, TRADUZIDA” EM TRADUÇÃO (CULTURAL)
Victória Cristina de Sousa Bezerra

Mesa 5. Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Harmonia”, 7º andar. . .39


A IMIGRAÇÃO DE BRASILEIROS PARA PORTUGAL
Alex Guedes Brum
ENTRE LA ESPADA Y LA PARED: MOVILIDAD FORZADA DE PERSONAS
SALVADOREÑAS LGBTI+
Amaral Arévalo
MIGRACIÓN CENTROAMERICANA E IMAGINARIOS SOCIALES: EL CASO DE LA
REGIÓN SOCONUSCO, CHIAPAS
Flor María Pérez Robledo
Enrique Coraza de los Santos
EDUCACIÓN, MIGRACIÓN E INTERCULTURALIDAD EN CHILE
Ilsa Mendoza Mendoza
REPRESENTACIONES SOCIALES SOBRE MATERNIDAD Y CRIANZA DE MUJERES
MIGRANTES EN EL MAULE (CHILE)
Susan Sanhueza Henríquez

SC 06 – Cidades e seus movimentos...................................42

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Amizade”, 7º andar......................42


ENTRE O "BÁRBARO" E O "CIVILIZADO": VISÕES DO COTIDIANO E DAS
TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS NAS COMARCAS PERNAMBUCANAS A PARTIR DAS
CORRESPONDÊNCIAS PUBLICADAS NO DIARIO DE PERNAMBUCO (1850-1870)
João Paulo Pedro dos Santos
A CIDADE E A ESCRAVIDÃO: TRABALHADORES LIVRES E ESCRAVIZADOS
URBANOS NO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XIX
Renata Figueiredo Moraes
A CIDADE DE RESENDE: ORIGEM E FORMAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA
CONCEIÇÃO DO CAMPO ALEGRE DA PARAÍBA NOVA
Valdenora de Oliveira Rufino Owerney
VISITA TÉCNICA, ESTUDO DO MEIO E CIDADES COLONIAIS NO BRASIL.
Rossana Gomes Britto

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Amizade”, 7º andar...................43


CRIMINALIDADE, JUSTIÇA E OS IMPACTOS SOCIAIS EM SANTA LUZIA DO
CARANGOLA 1873-1892
Randolpho Radsack Correa
E O FOGO LAVRA – O URBANO E O COTIDIANO DO RIO PELA AÇÃO DOS
BOMBEIROS.
Afonso Henrique S Bastos
DO RURAL PARA O URBANO: AS TRANSFORMAÇÕES DOS INVESTIMENTOS DA
POPULAÇÃO DE SÃO PAULO DO MURIAHÉ NOS FINAIS DO SÉCULO XIX E INÍCIO
DO XX
Arthur da Costa Orlando
O CORONELISMO NA CIDADE DE MURIAÉ-MG DURANTE A PRIMEIRA REPÚBLICA.
Pacelli Henrique Silva Lopes
COMBATENTES DO FOGO: DINÂMICAS DE ATUAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NO RIO DE JANEIRO DE INÍCIOS DO SÉCULO XX
Vitor Leandro de Souza

Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Amizade”, 7º andar...................44


LA FOTOGRAFÍA ANÁLOGA Y DIGITAL EN SALA DE AULA COMO HERRAMIENTA
PARA LA COMPRESIÓN DE LA HISTORIA DE LA CIUDAD DE MEDELLÍN Y SUS
TRANSFORMACIONES A LO LARGO DEL TIEMPO: PATRIMONIOS MATERIALES,
MEMORIAS Y VALORES ESTÉTICOS POPULARES.
Maria Isabel Giraldo Vásquez
Pablo Santamaría Alzate
COMO PENSAR A HISTÓRIA DA MODERNIZAÇÃO DE UM ESPAÇO? BREVES
REFLEXÕES A PARTIR DE FOTOGRAFIAS DE PORTO ALEGRE (1969-1975)
Alexandra Lis Alvim
“SEPARA UM LUGAR NESSA AREIA”: A MARGINALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
RETRATADA EM MÚSICA NO RIO DE JANEIRO DA REDEMOCRATIZAÇÃO.
Bruno Vinícius Leite de Morais
“CAMINHANDO PELAS RUAS DE NOSSA CIDADE”: O CLUBE DA ESQUINA E A BELO
HORIZONTE DO INÍCIO DOS ANOS 1960
Ciro Augusto Pereira Canton

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Amizade”, 7º andar....................45


SUSTENTABILIDADE EM CIDADES DE URBANIZAÇÃO DISPERSA: MOVIMENTOS
MIGRATÓRIOS E A PERDA DA IDENTIDADE DO LUGAR
Ana Claudia Nunes Alves
VAI-SE A CAPITAL MAS “O RIO SERÁ SEMPRE O RIO”: A CRIAÇÃO DE BRASÍLIA E
ESTRATÉGIAS DE PERMANÊNCIA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO COMO CAPITAL
CULTURAL DO PAÍS (1956-1965).
Cláudia Cristina de Mesquita Garcia Dias
URBANIZAÇÃO ALIENADA: A CIDADE COMO MERCADORIA
Helenice Pereira Sardenberg
Renan Cid de Souza
A QUESTÃO DA SOCIABILIDADE A PARTIR DA RELAÇÃO DA CIDADE E SEU
PATRIMÔNIO: UM ESTUDO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE NITEROI
(RJ)
Jacqueline de Cassia Pinheiro Lima
DESASTRE: DO DESLOCAMENTO INVOLUNTÁRIO AO DESCOLAMENTO SOCIAL
Norma Valencio

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Amizade”, 7º andar....................46


OS JOVENS E SUAS RELAÇÕES NA / COM A CIDADE
Lilian Aparecida de Souza
PICTOCARTOGRAFAR (PROBLEMATIZAR ARTEVISUALMENTE A CIDADE)
Rogério Rauber
INJUSTIÇA AMBIENTAL EM ANÁLISE: UMA REFLEXÃO SOBRE O IMPACTO DO
DISCURSO DESENVOLVIMENTISTA NA COMUNIDADE DE SÃO JOAQUIM,
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES.
Tauã Lima Verdan Rangel
CAIS DO VALONGO, REFORMA URBANA E O MOVIMENTO DE RESGATE DA
MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO
Vanessa de Araujo Andrade

SC 07 – Governos e práticas políticas................................48

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Paz”, 7º andar............................48


SERVOS DE DEUS, VASSALOS DO REI: BISPOS E POLÍTICA REAL NA AMÉRICA
HISPÂNICA DOS SÉC. XVII E XVIII
Flavia Silva Barros Ximenes
O GOVERNO DOS ÍNDIOS: PRÁTICAS POLÍTICAS NA AMÉRICA PORTUGUESA,
PERNAMBUCO, SÉC XVIII
Iviana Izabel Bezerra de Lira
À LÉGUAS DE DISTÂNCIA: CÂMARAS MUNICIPAIS E JUSTIÇA LOCAL NAS GERAIS
DO SÉCULO DO OURO.
Thiago Nicodemos Enes dos Santos
CHEFES POLÍTICOS, HERDEIROS E APADRINHADOS: SER DEPUTADO NO BRASIL
IMPERIAL (1881-1884)
Alexandra Aguiar
O DESAFIO POLÍTICO DE CAMPOS SALES: O CONFRONTO NA ARENA DO
CONGRESSO NACIONAL ( 1898-1902).
Marcos André Gomes

Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Paz”, 7º andar............................49


O AUTORITARISMO NO ESTADO NOVO – UMA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO
DEPARTAMENTO DE IMPRENSA E PROPAGANDA
Michelle Oliveira da Silva
GOVERNO E PRÁTICAS POLÍTICAS: AZEVEDO AMARAL, UM INTELECTUAL E SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTADO NACIONAL DE GETÚLIO VARGAS.
Nara Maria Carlos de Santana
FORMAS E CONTORNOS DA ADMINISTRAÇÃO FLUMINENSE: ASPECTOS DA
INTERVENTORIA AMARAL PEIXOTO.
José Luís Honorato Lessa
CRIMES CONTRA A ORDEM POLÍTICA E SOCIAL: POLÍCIA POLÍTICA E POLÍCIA
MILITAR NA ERA VARGAS
Vivian Zampa
A IGPM E A INVENÇÃO DO POLICIAMENTO MILITARIZADO
Pedro Henrique silva de Sousa

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Felicidade”, 7º andar..................50


O GOVERNO DUTRA E A QUESTÃO DEMOCRÁTICA (1946-1950)
Jayme Fernandes Ribeiro
A INTENSIFICAÇÃO AUTORITÁRIA-MILITAR BRASILEIRA E A RADICALIZAÇÃO
POLÍTICA NO PRÉ 1964
João Carlos Diniz de Campos Sobrinho
MODERNIZAÇÃO AUTORITÁRIA-CONSERVADORA: CONJUNTURA ENERGÉTICA E
POLÍTICA DO GOVERNO GEISEL
Karina de Carvalho Brotherhood
“LIBERDADE PARA RAFAEL BRAGA!”: O CASO QUE NÃO CHOCA O BRASIL
Axel Semm
O INSTITUCIONALISMO E AS INSTITUIÇÕES: POR UM DEBATE TEÓRICO
Juliana Foguel Castelo Branco
ESCOLA SEM PARTIDO: CONFUSÃO ENTRE NEUTRALIDADE E OBJETIVIDADE.
David Santos Pereira Chaves

SC 08 – Movimentos sociais e seus desdobramentos.........52

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Empatia”, 7º andar....................52


RESISTÊNCIA E TRANSGRESSÃO COMO EXPLOSÃO DE SENSIBILIDADE: O
ESCRITOR LIBERTÁRIO DOMINGOS RIBEIRO FILHO E A LITERATURA COMO
INSTRUMENTO DE AÇÃO POLÍTICA
Angela Maria Roberti Martins
TÉRCIO MIRANDA, UM ANARQUISTA PORTUGUÊS NA BELLE ÉPOQUE MANAUARA
Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro
OS MISTÉRIOS DE LONDRES: LITERATURA BARATA E O MOVIMENTO OPERÁRIO
NA INGLATERRA (1830-40)
Matheus Rodrigues da Silva Mello
O TEATRO COMO GRANDE MOBILIZADORA DE CULTURA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA NO RIO DE JANEIRO
Priscila de Andrade Pereira
O MOVIMENTO INDÍGENA NOS ESTADOS UNIDOS (1970)
Alexandre Guilherme da Cruz Alves Junior
Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Empatia”, 7º andar....................54
O NASCIMENTO DA IMPRENSA FEMINISTA NA FRANÇA
Natania Aparecida da Silva Nogueira
A EXPERIÊNCIA FEMININA NO MOVIMENTO ANARQUISTA ARGENTINO: O
PERIÓDICO LA VOZ DE LA MUJER COMO ESTUDO DE CASO. (BUENOS AIRES, 1896-
1897)
Ingrid Souza Ladeira de Souza
"DEMOCRACIA TAMBÉM PARA AS LÉSBICAS": O ATIVISMO DO GALF E A
RESISTÊNCIA À DITADURA CIVIL-MILITAR
Julia Aleksandra Martucci Kumpera
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO SENSO COMUM SOBRE AS PSICOPATIAS
Fernanda Raposo Braga
Helenice Sardeberg

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Empatia”, 7º andar....................54


SANTA DICA DE GOIÁS: A REVOLUCIONÁRIA PRODIGIOSA QUE DESPERTOU
ATENÇÃO DAS AUTORIDADES GOIANAS NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX.
Ubirajara Sampaio Bragança
O FÓRUM MUNDIAL DO TRABALHO DO MOVIMENTO LAUSANNE E A (FALTA DE)
RESPONSABILIDADE SOCIAL COM OS TRABALHADORES.
Kelly Barreto Videira Chaves
RELIGIÕES AFRODESCENDENTES NA AGENDA POLÍTICA BRASILEIRA 2003-2006:
UMA ANÁLISE DE SUAS ABORDAGENS
Caio Isidoro da Silva
O MOVIMENTO DIRETAS JÁ E O PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL
Daniela de Campos
A FORMAÇÃO DO LATIFÚNDIO NO BRASIL E A REFORMA AGRÁRIA: REFLEXÕES A
PARTIR DO ASSENTAMENTO PAPUAM II DE ABELARDO LUZ/SC
Jordan Brasil dos Santos

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Empatia”, 7º andar....................56


O COLÉGIO PEDRO II E O BAIRRO DE REALENGO: A LUTA DE UM MOVIMENTO
SOCIAL EM FAVOR DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO
(1983-2004)
Daniel Vilaça dos Santos
POR UMA TEORIA DO TRABALHO NO MEDIEVO SAPIENCIAL
Claudio Pedrosa Nunes

SC 09 – História militar e fronteiras..................................57


Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Felicidade”, 7º andar....................57
A REFORMA MILITAR DO PERÍODO POMBALINO OS PADRÕES EUROPEUS
MODERNOS E A GUERRA DE GUERRILHA
Christiane Figueiredo Pagano de Mello
O FORTE DE SANTA TECLA E A PAISAGEM COMO ESCRITA DE PODER
Paloma Falcão Amaya
AS POSSIBILIDADES DE AQUISIÇÃO DOS QUADROS A ÓLEO PRODUZIDOS POR
EDUARDO DE MARTINO PELA MARINHA BRASILEIRA (1868 – 1875).
Bárbara Tikami de Lima
“O TEATRO DAS MAIS ENCARNIÇADAS LUTAS CONTRA OS ÍNDIOS”: O PRESÍDIO
DE SANTA MARIA DO ARAGUAIA E OS KAYAPÓ NA FRONTEIRA ARAGUAIA, EM FINS
DO SÉCULO XIX
Laécio Rocha de Sena

Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Amor”, 7º andar........................59


UMA ABORDAGEM CONCEITUAL SOBRE A HISTÓRIA MILITAR E FRONTEIRAS: A
GUERRA DO CHACO E A QUESTÃO LETÍCIA
Fabio da Silva Pereira
Edna da Costa Silva
MILITARES E REDES COMERCIAIS NAS FRONTEIRAS DA AMAZÔNIA IBÉRICA:
DEFESA TERRITORIAL E CONTRABANDO (C.1770-C.1790).
Carlos Augusto Bastos
“DEFENDER, PACIFICAR, CIVILIZAR E POVOAR”: UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE
AS COLÔNIAS MILITARES NAS FRONTEIRAS E NO INTERIOR DO BRASIL IMPÉRIO
Carlos Henrique Ferreira Leite
PROJETO POLÍTICO DO ESTADO BRASILEIRO PARA A AMAZÔNIA: O EXÉRCITO NA
VIGILÂNCIA DAS FRONTEIRAS (1917-1940)
Eduardo José Fernandes da Paz
QUESTÃO LETÍCIA: ANÁLISE DA ATUAÇÃO MILITAR BRASILEIRA NO CONFLITO
COLOMBO-PERUANO (1932-1934)
Helio Irany Wanderley Junior

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Felicidade”, 7º andar..................60


DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa
O SERVIÇO AÉREO IMPERIAL E A IMPLANTAÇÃO DA AVIAÇÃO MILITAR NA RÚSSIA
CZARISTA
Carlos Roberto Carvalho Daróz
EXILADOS DA COLUNA PRESTES
Isabel Lopez Aragão
A REVOLTA QUE NÃO HOUVE - ADHEMAR DE BARROS E A ARTICULAÇÃO CONTRA
O GOLPE CIVIL-MILITAR (1964-66)
Carlos Henrique dos Santos Ruiz
MILITÂNCIA E MILITARES NA SUSTENTAÇÃO DOS GOVERNOS BOLIVARIANOS DA
VENEZUELA
Luiz Fernando de Oliveira Silva

SC 10 – A família brasileira e suas interfaces, séculos


XVIII a XX: arranjos e rearranjos.....................................62

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Sabedoria”, 7º andar.................62


AS ALFORRIAS DE PIA NA ZONA DA MATA MINEIRA. SÃO PAULO DO MURIAHÉ,
1852-1888
Vitória Schettini de Andrade
A PROSOPOGRAFIA COMO BIOGRAFIA COLETIVA: O PERFIL DE MULHERES
INGRESSANTES NO CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DA AJUDA NO
SÉCULO XVIII (1762-1800)
Amanda Dias de Oliveira
“NOMEADA TUTORA DE SEU DEFUNTO MARIDO”: O JUÍZO DE ÓRFÃOS E
MULHERES TUTORAS EM PERNAMBUCO COLONIAL NA PRIMEIRA METADE DO
SÉCULO XVIII.
Jéssica Maria Silva de Menezes
CIVILIZAR É PRECISO: AS MUDANÇAS DO PAPEL FEMININO NO SÉCULO XIX
Lívia Assumpção Vairo dos Santos

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Sabedoria”, 7º andar..................64


A VALORIZAÇÃO DOS CASAMENTOS CATÓLICOS ENTRE ESCRAVOS, DA
FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES DO SERTÃO DE MACAÉ DE 1809 A 1822
Antonio José Vieira da Cruz Vitória
OS LAÇOS DE COMPADRIO ENTRE A POPULAÇÃO ESCRAVA DE MACAÉ (1809-1850)
Fabio Francisco dos Santos
SE BEM QUERES VIVER, BENS TEM QUE CASAR: O BARÃO DO PIRAÍ E OS
ARRANJOS MATRIMONIAIS NO PROCESSO DE FORTALECIMENTO E DE
REPRODUÇÃO DA CLASSE SENHORIAL NO VALE DO PARAÍBA FLUMINENSE (A
ANTIGA VILA DE PIRAÍ, 1820\1830)
Vladimir Honorato de Paula
DINÂMICA DAS RELAÇÕES DE SOLIDARIEDADE E RECIPROCIDADE: UM ESTUDO
SOBRE COMPADRIO EM SÃO JOÃO BAPTISTA DO PRESÍDIO, 1810 A 1820.
Igor Nogueira Lacerda
NOS LIMITES DA ESCOLHA: FAMÍLIA ESCRAVA E COMPADRIO NA VILA DE SANTO
ANTÔNIO DE SÁ (C.1750 - C.1808)
Dermeval Marins de Freitas

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Sabedoria”, 7º andar..................65


MODELOS SOCIO-CULTURAIS NUMA REGIÃO DE TRADIÇÕES MIGRATÓRIAS:
ARRANJOS E REARRANJOS DA FAMÍLIA CAMPONESA MINHOTA (SÉCULOS XVIII
XIX)
Margarida Durães
A EMANCIPAÇÃO FEMININA NO BRASIL DO FIM DO IMPÉRIO E INÍCIO DA
PRIMEIRA REPÚBLICA NAS PÁGINAS DOS PERIÓDICOS (INTRODUÇÃO AO ESTUDO
DA LEI DO DIVÓRCIO – DECRETO Nº 181 DE 1891)
Sandra Vania Jurado
FUGAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA ZONA DA MATA MINEIRA OITOCENTISTA
Gisele do Nascimento
ENTRE A LIBERDADE E A ESCRAVIDÃO: OS ÍNDIOS NO RECÔNCAVO DA
GUANABARA (SÉCULO XVIII)
Luís Rafael Araújo Corrêa

SC 11 – O mundo iberoamericano: movimentos de


independências e projetos de nação....................................67

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Felicidade”, 7º andar.................67


AS FASES E O MODO DA REPRESSÃO BRAGANTINA À REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA DE 1817
Tiago da Silva Cesar
O DIÁRIO DE VIAGEM COMO DOCUMENTO:A ESCRITA DE MARIA GRAHAM, SOBRE
A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA DE 1821.
Denise Maria Couto Gomes Porto
"ANTES DAS INDEPENDÊNCIAS": ABERTURA DOS PORTOS E REVOLUÇÃO DO
PORTO NO MARANHÃO
Marcelo Cheche Galves
CULTURA E VOCABULÁRIO POLÍTICO EM PERNAMBUCO NO TEMPO DA
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Flavio José Gomes Cabral

Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Felicidade”, 7º andar.................68


UMA ARQUIDUQUESA AUSTRÍACA NOS TRÓPICOS: VIVÊNCIAS DE LEOPOLDINA
COMO PRINCESA DO REINO UNIDO, PORTUGAL, BRASIL E ALGARVES DE 1818 A
1821
Lourdes de Almeida Barreto belchior
A IMPRENSA ÀS VÉSPERA DA INDEPENDÊNCIA: A PENA DE MANUEL FERREIRA DE
ARAÚJO GUIMARÃES
Juliana Gesuelli Meirelles
ENTRE PROJETOS POLÍTICOS E PRÁTICAS CONTUMAZES: DISCURSOS SOBRE
POLÍCIA E JUSTIÇA NA CORTE DO IMPÉRIO
Joice de Souza Soares
VIVA LA FEDERACIÓN: DIMENSÕES DO FEDERALISMO ROSISTA
Luan Mendes de Medeiros Siqueira

SC 12 – Serviços ao rei e corrupção nos Impérios ibéricos


– séculos XVII ao XIX..........................................................70

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Empatia”, 7º andar.......................70


GOVERNANÇA NO ULTRAMAR: PRÁTICAS LÍCITAS E ILÍCITAS NO RIO DE JANEIRO
(1700-1750)
Victor Hugo Abril
DOS HOMENS QUE PORTAM AUTORIDADE: ELITES LOCAIS EM REDES DE
RECIPROCIDADE NO SERTÃO DA PARAÍBA, SÉCULO XVIII
Yan Bezerra de Morais
ENCARTE NO OFÍCIO E CONDUTAS INACEITÁVEIS DE ESCRITURÁRIOS DO
JUDICIAL NA AMÉRICA PORTUGUESA – PERNAMBUCO, SÉCULO XVIII
Jeannie da Silva Menezes
A VIOLAÇÃO DAS REGRAS DO “BOM GOVERNO” E OS PROCESSOS DE RESIDÊNCIA:
ESTUDOS DE CASO DE DOIS GOVERNADORES NA VIRADA DO SÉCULO XVIII PARA
O XIX
Nívia Pombo

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Soliariedade”, 7º andar..............72


OS CHANÉ-GUANÁ NA REGIÃO CHAQUENHA ANTES DE 1767
João Filipe Domingues Brasil
MERCADO DE CRÉDITO NA CAPITANIA DO PARÁ – 1770 A 1810
Siméia de Nazaré Lopes
SERTÕES DO MACACU E O PENSAMENTO ILUSTRADO LUSO NA SEGUNDA METADE
DO SÉCULO XVIII.
Vinicius Maia Cardoso
A MORTE DE JOSÉ JOAQUIM VIEIRA GODINHO (1804): DA JUSTIFICAÇÃO DOS
HERDEIROS, A TRANSMISSÃO DE MERCÊS E A PROPRIEDADE DOS OFÍCIOS NA
AMÉRICA PORTUGUESA.
Nara Maria de Paula Tinoco
AS ORDENS HONORÍFICAS NO IMPÉRIO DO BRASIL: O PAPEL DOS SERVIÇOS
PECUNIÁRIOS NA CONSTRUÇÃO DO ESTADO NA PRIMEIRA DÉCADA APÓS A
INDEPENDÊNCIA
Camila Borges da Silva
Programa

Horários Terça-Feira (09/04) Quarta-feira (10/04) Quinta-feira (11/04)

08:00 h – 10:00 h Minicursos Minicursos

Abertura oficial e
Sessões Sessões
10:00 h - 12:00 h Conferência de
Coordenadas Coordenadas
abertura

12:00 h – 14:00 h I n t e r v a l o d e A l m o ç o

Sessões
Sessões Sessões
14:00 h – 15:30 h Coordenadas
Coordenadas Coordenadas
Sessão de Pôsteres

15:30 h – 16:00 h C o f f e e b r e a k

Mesa 3
16:00 h – 18:00 h Mesa 1 Mesa 2
Mesa 4
Apresentação do
filme: Imigração e
Comércio. Os
açorianos no Rio de Conferência de
18:00 h – 19:00 h Lançamento de livros
Janeiro* encerramento
e
Premiação do melhor
pôster

* Imigração e Comércio. Os Açorianos no Rio de Janeiro (Roteiro: Daniel Gonçalves/ Produção:


Daniel Gonçalves e Gabriel Baron)

19
Conferências

Conferência de Abertura
Terça-feira, 09 de abril, às 10 h – Sala UNIVERSO

LA CONSTITUCIÓN ANTES DE LA CONSTITUCIÓN


Prof. Dr. José Carlos Chiaramonte
Universidade de Buenos Aires/CONICET

Conferência de Encerramento
Quinta-feira, 11 de abril, às 18 h – Sala UNIVERSO

MÚSICA E HISTORIAS MIGRANTES EN ROMA


Prof. Dr. Alessandro Portelli
Universidade de Roma "La Sapienza"

20
Mesas

Mesa 1 – terça-feira, 09 de abril, às 16 h – sala NPJ


MOVIMENTOS POPULACIONAIS E A QUESTÃO AGRÁRIA (SÉCULOS XVIII E XIX)
Prof. Dr. Ângelo Carrara (Universidade Federal de Juiz de Fora)
Prof. Dr.ª Margarida Durães (Universidade do Minho, Portugal)
Prof. Dr.ª Maria Verônica Secreto (Universidade Federal Fluminense)

Mesa 2 – quarta-feira, 10 de abril, às 16 h – sala NPJ


MIGRAÇÕES FORÇADAS E FRONTEIRAS NAS AMÉRICAS
Prof. Dr. Enrique Coraza (Colegio de la Frontera Sur -ECOSUR-CONACYT- México)
Prof. Dr.ª Mônica Gatica (Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco)
Prof. Dr. Tony Payan ((Universidad Autónoma de Ciudad Juárez - Ciudad Juárez, Chihuahua / Rice
University - Houston, Texas)

Mesa 3 – quinta-feira, 11 de abril, às 16 h – sala NPJ


MEMÓRIAS E DITADURAS NO CONE SUL
Prof. Dr.ª Carla Peñaloza (Universidad de Chile)
Prof. Dr.ª Patrícia Flier (Universidad Nacional de La Plata)
Prof. Dr.ª Samantha Quadrat (Universidade Federal Fluminense)

Mesa 4 – quinta-feira, 11 de abril, às 16 h – Auditório do


Mestrado em Ciências das Atividades Físicas (2a. andar)
A MOVIMENTAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS NAS AMÉRICAS
Prof. Dr.ª Eliane Fleck (Unisinos)
Prof. Dr. Guillermo Bravo (Universidad de Chile)
Prof. Dr.ª Marcia Amantino (Universidade Salgado de Oliveira)

21
Apresentação de pôsteres

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – hall do 7º andar

A FÁBRICA DE CHOCOLATES BHERING E A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA LOCAL


Cristina Maria da Silva Vaz
Universidade Santa Úrsula

OS CASAMENTOS DE ESCRAVOS, LIVRES E ÍNDIOS NA PARÓQUIA SÃO PAULO


DO MURIAHÉ NO SÉCULO XIX
Luis Gustavo Turetta Resgala
Faculdade Santa Marcelina - Unidade Muriaé

URBANIZAÇÃO ALIENADA: A CIDADE COMO MERCADORIA


Renan de Souza Cid'
UNILASALLE-RJ

PONTOS QUE FORMAM A RESISTÊNCIA: ARPILLERAS CHILENAS NO CONTEXTO


DA DITADURA DE PINOCHET.
Thais Caroline Araujo de Morais
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

ESTRATÉGIAS DE MOBILIDADE SOCIAL DAS FAMÍLIAS ITALIANAS NO CENÁRIO


URBANO MINEIRO DO FINAL DO SÉCULO XIX
Victor Frascarolli Calçado
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

O COLETIVO ESPANHOL A PARTIR DO PERIÓDICO EL CORREO GALLEGO (1903-


1905) NO INÍCIO DO SÉCULO XX NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Matheus Aieta
UERJ

22
Minicursos

Quarta-feira, 10 de abril, às 08 h
e
Quinta-feira, 11 de abril, às 08 h

COMPARANDO SUBJETIVIDADES EN LA MOVILIDAD FORZADA. LOS CASOS DE


ESPAÑA, EL CONO SUR Y CENTROAMÉRICA SALA “SABEDORIA”
Prof. Dr. Enrique Coraza
Investigador Titular, Grupo de Estudios de Migración y Procesos Transfronterizos. El Colegio de la
Frontera Sur, ECOSUR-CONACYT

REFUGIO EN CHILE EN TIEMPOS DE DICTADURA SALA “EMPATIA”


Prof. Dr.ª Carmen Norambuena
Universidad de Santiago de Chile

LAS DICTADURAS DEL CONO SUR Y EL PLAN CONDOR SALA “FELICIDADE”


Prof. Dr.ª Carla Peñaloza Palma
Universidad de Chile

Mag. Jimena Alonso


Universidad de la República/ Uruguai

23
SC 01 – Recordações, narrativas e análise
das cotidianidades na ditadura
Prof. Dr.ª Carla Peñaloza (Universidad de Chile)
Prof. Dr.ª Silvia Dutrenit (Instituto de Investigaciones Dr. José María Luis Mora)

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Paz”, 7º andar

NEGO SETE: A VÍTIMA MAIS POPULAR DO ESQUADRÃO DA MORTE NO CLIPPING


DA EDITORA ABRIL
Aline de Jesus Nascimento
UNESP-Assis
O Esquadrão da Morte (EM) foi um grupo de extermínio com intensa atuação durante o regime civil
militar no Brasil, cuja meta, nas próprias palavras da milícia, era acabar com o que consideravam
como a escória. O intuito desse texto é demonstrar como Antônio de Sousa Campos (Nego Sete),
vítima desse grupo, foi retratado no material do clipping da Editora Abril e, deste modo, reconstruir
as diversas narrativas produzidas em torno do seu caso, que ganhou publicidade na imprensa pela
peculiaridade de ter como testemunha uma fonte de alta credibilidade, o padre Geraldo Monzeroll.
Além de ter sido uma das poucas vítimas com processo judicial para apuração da morte, com o
acompanhamento do advogado Hélio Pereira Bicudo.

O EXÍLIO DE LEONEL DE MOURA BRIZOLA COMO UMA PRÁTICA DE


TERRORISMO DE ESTADO
Maria Cláudia Moraes Leite
UFRGS
Durante as décadas de 1960 a 1980, várias ditaduras civis-militares se espalharam pelo Cone Sul
latino-americano, tendo como política o Terror de Estado (TDE), mecanismo utilizado para
empregar as premissas da Doutrina de Segurança Nacional (DSN). O TDE pode ser identificado
como a repressão executada de forma ilegal, clandestina, através de atentados, assassinatos,
sequestros, desaparecimentos, torturas, etc. Na sua dinâmica de funcionamento, buscou atingir
lideranças políticas, militantes sociais, intelectuais. Mesmo que primordialmente visando destruir a
oposição, o TDE é bem-sucedido se a esvazia ou a desmobiliza, desestruturando suas formas de
organicidade. Partindo desses pressupostos, pretende-se, nesta apresentação, analisar o exílio de
Leonel Brizola como uma das práticas do TDE.

24
A DENÚNCIA DESDE AS ENTRANHAS DA CONDOR: EL INFORME RODRÍGUEZ
LARRETA
Enrique Serra Padrós
UFRGS
Foca-se a denúncia de Rodríguez Larreta, jornalista sobrevivente de Automotores Orletti
(microcosmos do TDE contra o exílio latino-americano na Argentina). Em 1977 denunciou a
experiência sofrida e os fatores de uma Operação Condor ainda desconhecida: intercâmbio
repressivo regional; funcionalidade de Orletti; ação repressiva extrafronteiriça; metodologia
sequestro-desaparecimento; identificação de repressores e vítimas; relações entre Grupos de Tarefa;
impunidade; pilhagem material e expropriação de crianças; binômio legalidade-encobrimento; e a
entrega de muitos uruguaios seqüestrados na Argentina ao Uruguai (o que alimentou a farsa da
“Operação Invasão”). A análise do documento se justifica ante sua importância histórica ao
desnudar a coordenação repressiva das Ditaduras de SN.

CONEXÕES INTERNACIONAIS: RESISTÊNCIA E REPRESSÃO


Tania Gerbi Veiga
Universidade de Lisboa/Universidade Federal de Juiz de Fora
Esta comunicação busca analisar os indícios da atuação do aparelho repressivo brasileiro e sua
articulação com outros sistemas de vigilância - em especial da Operação Condor, portanto do
aparelho repressivo latino americano - sobre o grupo de brasileiros vivendo no exterior.

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Paz”

OS PROCESSOS DE VERDADE NA SUBJETIVAÇÃO DO INIMIGO INTERNO NA


AMÉRICA LATINA E SEUS ATUAIS DESDOBRAMENTOS
Aline Hamdan de Souza Vilas Boas
UERJ
O tema central do artigo é uma análise a respeito das relações estabelecidas na suspensão dos
direitos do homo sacer (Agamben) a partir década de 70 pela ditatura militar na América Latina e a
universalização do inimigo interno como o sujeito abstrato, porém identificável pela opinião pública
como “o procurado”. Este episódio correspondeu à aniquilação das garantias dos direitos humanos
aos presos políticos do Cone Sul, inicialmente. Trata-se por ora de uma análise comparativa entre o
autoritarismo das regiões afetadas pelo golpe de estado e como, de forma contemporânea, a
resistência vem sendo construída através da memória dos que ficaram.

25
AS MEMÓRIAS SOBRE A VIOLÊNCIA NO CAMPO EM MINAS GERAIS NO PERÍODO
DA DITADURA MILITAR
Marina Mesquita Camisasca
Universidade Federal de Minas Gerais
A comunicação tem por objetivo analisar as memórias de camponeses que sofreram com a violência
no campo no estado de Minas Gerais durante a ditadura militar (1964-1985). Estas arbitrariedades,
na maior parte das vezes, foram praticadas com a presença de agentes estatais e/ou com a
conivência desses. Contudo, pouco se conhece sobre a opressão praticada no meio rural mineiro,
que ainda é pouco estudada pela historiografia. Com base nas memórias camponesas coletas a partir
do trabalho da Comissão da Verdade em Minas Gerais (Covemg) esta comunicação pretende refletir
sobre de que forma o campesinato se recorda do regime militar e como eles se lembram hoje
daquele período.

MEMÓRIAS E LUTAS SOCIAIS DE FAMILIARES DE DESAPARECIDOS POLÍTICOS


NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR E SUA RELEVÂNCIA SOCIAL NO BRASIL
CONTEMPORÂNEO
Adriana Dias de Oliveira
PUC SP
Procura-se analisa e discutir as diferentes percepções sobre as memórias e lutas socais de familiares
de desaparecidos políticos da ditadura militar brasileira e sua atuação atualidade. Trata-se de
pesquisa em andamento, parte da especialização coordenada por Boaventura de Souza Santos, a
qual problematiza o conceito de “desaparecido” utilizado por autores das teorias pós-coloniais, mas
também de outras áreas, de modo a ter um olhar interdisciplinar. Apresenta-se dados parciais da
pesquisa, demonstrando que o movimento de familiares continua atuante. Assim, exercita-se a
“sociologia das ausências” dando visibilidade às dores individuais e sociais, bem como as
“sociologias das emergências”, buscando pistas para enfrentar as exclusões que persistem no Sul
global e no Brasil contemporâneo.

AS MULHERES SUBVERSIVAS NA DITADURA MILITAR BRASILEIRA


Jéssica Chicarini de Medeiros
Universidade Salgado de Oliveira
O presente trabalho analisa as mulheres “subversivas” durante os Anos de Chumbo (1968-1974),
tradicionalmente apontado como o período mais repressivo do regime militar. Parte-se do
pressuposto de que a mulher foi um elemento fundamental desse processo, mesmo ainda sendo vista
com preconceito por parte da sociedade brasileira. Abrindo mão do conforto de seus lares, da
estabilidade de seus empregos e/ou dos estudos, as ações protagonizadas por essas mulheres
indicam que haviam causas consideradas mais importantes que seus interesses e desejos pessoais,
causas pelas quais entendiam ser necessário lutar, enfrentando a repressão militar e os estereótipos
que buscavam delimitar os espaços de atuação feminina

26
O PASSADO POLÍTICO DE DILMA ROUSSEFF DURANTE AS ELEIÇÕES DE 2010
Eduardo dos Santos Chaves
Instituto Federal de Santa Catarina
A proposta do trabalho consiste em analisar as eleições de 2010, especialmente a candidatura de
Dilma Rousseff (PT). O objetivo é discutir alguns elementos relacionados à trajetória política da
candidata durante a ditadura militar que estiveram em pauta no decorrer da campanha eleitoral.
Verifico como o passado de Dilma foi utilizado tanto pelos opositores de sua candidatura que, em
alguns momentos, a representavam como “terrorista”, quanto pelos partidários de sua candidatura,
que buscavam silenciar sobre o passado da candidata na luta armada. Para tanto, utilizarei uma
matéria publicada pela Revista Época, de 16 de agosto de 2010, e o primeiro programa de
campanha da candidata à presidência que foi ao ar no dia 17 de agosto de 2010.

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Paz”

TEOLOGIA DAS BRECHAS: A ATUAÇÃO DO REVERENDO JAIME WRIGHT NA


DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DURANTE AS DITADURAS DE SEGURANÇA
NACIONAL NO CONE SUL (1976-1988) ”.
Walter Angelo Fernandes Aló
PPGH / UERJ
Destaca a trajetória de luta pelos direitos humanos empreendida pelo Reverendo presbiteriano
Jaime Wright (1927-1999) durante as ditaduras de segurança nacional do Cone Sul. Reconstitui
como, através da estratégia da “teologia das brechas” e do ecumenismo, participou da criação,
financiamento e operacionalização de duas redes de proteção e acolhimento aos exilados/refugiados
(argentinos, uruguaios e chilenos) que transitaram em fuga pelo Brasil. Apoiou Dom Eugênio Sales
e a Cáritas do Rio de Janeiro e, em São Paulo, atuou com Dom Paulo Evaristo Arns no Comitê de
Defesa dos Direitos Humanos para os Países do Cone Sul- Grupo CLAMOR, denunciando
internacionalmente os crimes das ditaduras, bem como no Projeto Brasil Nunca Mais, um inventário
dos crimes da ditadura civil-militar brasileira

27
“É A VOLTA DO CIPÓ DE AROEIRA NO LOMBO DE QUEM MANDOU DAR”:
GERALDO VANDRÉ E A RESISTÊNCIA À DITADURA CIVIL-MILITAR
Regina Mesquita
USP/Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro
Em 1968, a luta contra a ditadura civil-militar entra em uma fase de maior radicalização política. Os
estudantes e outros setores sociais voltam a se organizar para exigir o fim do regime de exceção.
Também no campo musical é possível visualizar tal transformação. Os festivais da canção, grandes
vitrines da chamada Moderna Música Popular Brasileira, tornam-se espaços particularmente
propício para a divulgação de um discurso que busca denunciar as mazelas da sociedade brasileira e
também fazer um chamado a resistência. Entre os artistas que mais se destacaram nesse processo,
podemos apontar Geraldo Vandré, cantor e compositor que, traduzindo a conjuntura que o cercava,
paulatinamente vai encaminhar o seu discurso no sentido da luta de barricadas contra o regime
vigente no país.

SOBREVIVENDO AO CHILE DE PINOCHET: MEMÓRIAS DISSIDENTES DE ALUNOS


E PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS
Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
Universidade de São Paulo (USP)
Após o Golpe de 1973, as universidades foram um dos principais alvos de intervenção e repressão
por parte da ditadura militar chilena. Vistas como um dos focos de proliferação de grupos e
movimentos de esquerda, as universidades foram postas sob a tutela de reitores-delegados militares,
que expulsaram, exoneraram e perseguiram professores e alunos.
Esta apresentação visa revelar e analisar algumas das memórias dissidentes de professores e alunos
de diferentes universidades no contexto ditatorial. De quais organizações e espectros políticos esses
professores e alunos faziam parte? Que tipo de perseguições sofreram? Permaneceram no país ou
foram para o exílio? Como sobreviveram no Chile de Pinochet? Estas são perguntas que orientam e
permeiam o estudo a ser apresentado.

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SC 02 – Intelectuais e ideias em trânsito
Prof. Dr.ª Ana Paula Barcelos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Prof. Dr.ª Karoline Carula (Universidade Federal Fluminense)
Prof. Dr.ª Maria Letícia Corrêa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Amor”, 7º andar

MANDE CHAMAR O DOUTOR: A INTERIORIZAÇÃO DOS MÉDICOS NO VALE DO


PARAÍBA FLUMINENSE DO SÉCULO XIX.
Anne Thereza de Almeida Proença
Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ
A pesquisa tem como objetivo analisar o que significava ser um clínico atuante na região do Vale do
Paraíba fluminense, área da qual provinha a grande riqueza do Império ao longo do século XIX.
Mais ainda, como e onde estes médicos atuavam, suas estratégias comuns e como se relacionavam
com setores importantes das sociedades locais.
Ressaltamos ainda a importância de considera-los também como viajantes, dentro de um
movimento de circulação de pessoas e ideias que caracterizou o século XIX. Além da própria
formação científica, torna-se necessário compreender que estes profissionais já chegavam ao Brasil
com um conhecimento adquirido sobre o país, a partir do contato com relatos divulgados na Europa.
E isto é importante para entender seus principais modos de agir quando chegam ao interior.

“DE MI AMOR AL PARAGUAY Y A LA RAZA GUARANÍ”: IDEIAS E PROJETOS DO


NATURALISTA E BOTÂNICO MOISÉS SANTIAGO BERTONI (1857-1929)
Eliane Cristina Deckmann Fleck
UNiversidade do Vale do Rio dos Sinos
Nesta comunicação, apresentamos a trajetória do naturalista e botânico suíço Moisés Bertoni (1857-
1929), que, além dos contatos que manteve com intelectuais e com centros internacionais de
pesquisa, se dedicou ao estudo da flora e das populações nativas do Paraguai, bem como à escrita de
artigos e de obras como La Civilización Guaraní. Em sua luta contra as ideias defendidas por
intelectuais simpatizantes do evolucionismo positivista e do liberalismo novecentista, Bertoni
defendeu a superioridade dos indígenas guaranis, sobretudo, de sua higiene e medicina, antecipando
as recentes discussões feitas no âmbito da nova história da medicina e da saúde acerca da atuação
de atores locais, incluindo indígenas e afrodescendentes na circulação global de materiais, ideias e
práticas médicas.

29
PADRE RAPHAEL MARIA GALANTI: UM JESUÍTA CIVILIZADOR NO INSTITUTO
HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
Ligia Bahia de Mendonça
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Incluir o padre jesuíta italiano Raphael Maria Galanti como intelectual (Mannheim, 1974)
participante do projeto civilizatório em curso é o objetivo deste artigo. A pesquisa apresenta a
entrada do jesuíta no IHGB e toma, por objeto, na perspectiva de Ginzburg (2006), sua obra
didática “História do Brasil”, avaliada para sua posse. Revela o papel do IHGB de pensar e escrever
a História pátria através da construção de mitos e representações regionais, em confronto com a
visão eurocêntrica de historiar de Galanti, que silencia a brasilidade.
Palavras-Chave: Padre Raphael Maria Galanti; intelectual; IHGB; projeto civilizatório

ARQUEOLOGIA Y COLONIALISMO: BERNEDO MALAGA Y LA PREHISTORIA DE


AREQUIPA Y EL SUR ANDINO HACIA 1950
Raúl Quisocala Torres
intelectual
El presente pretende evaluar los inicios de la arqueología en Arequipa a través de uno de sus
iniciadores, el que más tarde ocuparía el cargo de Monseñor de Arequipa, Bernedo Málaga a través
de su obra “La cultura Puquina” que plácida y delicadamente perduran en el tiempo y trabajan con
sujetos que esencializan discursos que naturalizan la dominación en el sur peruano. Estas y otras
perspectivas se desprenden de la obra así como se correlaciona con el pensamiento hegemónico
dominante arequipeño, que lejos de problematizar e impedir el discurso racialista y subalternizante
de Bernedo anuncian su complacencia con sus conclusiones cuyas consecuencias aun las sentimos
en la conformación de la nación peruana.

A MEDICINA E A REDENÇÃO DO JECA TATU: UM OLHAR SOBRE AS


INFLUÊNCIAS E METAMORFOSES NO PENSAMENTO DE MONTEIRO LOBATO
ENTRE 1914 E 1918
Rodolfo Alves Pereira
Rede Estadual de Educação de Minas Gerais e do Rio de Janeiro
Monteiro Lobato (1882-1948), célebre escritor paulista, obteve notoriedade, sobretudo, por sua obra
infantil, graças ao sucesso do "Sítio do Picapau Amarelo". Contudo, o talento literário de Lobato foi
notado anos antes, após publicar no Estado de S. Paulo dois artigos denunciando as queimadas
causadas pelos caboclos. Foi nesses textos que deu vida ao Jeca Tatu, pintando uma imagem
negativa e furiosa do sertanejo. Ocorre que, em 1918, quando lançou "Urupês", o escritor trouxe à
tona os artigos do Estadão, e no prefácio pedia desculpas ao Jeca por ter ignorado seus reais
problemas. O objetivo deste trabalho é examinar as ideias e influências que contribuíram para a
construção do pensamento de Lobato e investigar como ocorreu o processo de revisão que o autor
faz de sua própria obra.

30
Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Amor”, 7º andar

JOSÉ BERGAMÍN E O ENGAJAMENTO INTELECTUAL ANTIFASCISTA NA


ESPANHA
Douglas de Freitas
Universidade de São Paulo
A década de 1930 na Espanha, a exemplo de boa parte do mundo, foi marcada por mobilizações e
manifestações em prol do antifascismo. No campo intelectual, vários nomes da chamada geração de
1927 se engajaram nesta causa. Propomos assim, analisar o engajamento e a trajetória política de
José Bergamín, intelectual católico, republicano e antifascista, que ocupou lugar central nos debates
intelectuais e políticos do período, sendo fundador e editor de periódicos político-culturais e
presidente da associação de intelectuais antifascista espanhola. Para tal, deteremos nossa análise nos
escritos do autor publicados nos periódicos Cruz y Raya, Hora de España e El Mono Azul.
Publicações que reuniram os grandes nomes da intelectualidade espanhola naquele período.

PARA UMA HISTÓRIA POLÍTICA DA AÇÃO INSTITUCIONAL DOS INTELECTUAIS


DO INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS BRASILEIROS (ISEB) (1955-1964)
João Alberto da Costa Pinto
Professor Associado da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás
A comunicação propõe uma descrição de pesquisa que desenvolvo em âmbito de pós-doutorado
junto ao Instituto de História da UFRJ sobre uma história político-intelectual do Instituto Superior
de Estudos Brasileiros (ISEB) considerando toda a sua existência histórico-institucional (1955-
1964): suas composições político-administrativas, seus debates intelectuais internos e externos,
especialmente através do tenso diálogo interinstitucional com a Escola Superior de Guerra (ESG),
sua repercussão política nas páginas da grande imprensa carioca, além da repercussão política junto
ao movimento docente e discente dos cursos de História e Filosofia da Faculdade Nacional de
Filosofia (FNFi) da Universidade do Brasil (UB), especialmente no período 1961-1964.

A OUTRA MARGEM DA REVOLUÇÃO: O EXÍLIO INTELECTUAL URUGUAIO NA


ARGENTINA (1973-1976)
Thiago Henrique Oliveira Prates
Universidade Federal de Minas Gerais
Em 27/06/1973 o presidente uruguaio Juan María Bordaberry dissolveu as instituições
representativas de seu país. Seu golpe consolidou o progressivo endurecimento do Estado que levou
uma importante parcela da esquerda uruguaia a abandonar a nação no princípio da década de 1970.
Entre a intelectualidade foi comum a escolha da Argentina como destino de exílio devido à
proximidade e ao retorno à democracia depois de sete anos de ditadura. Nos propomos a analisar o
deslocamento da esquerda intelectual uruguaia para o país vizinho, as redes de solidariedade no
exílio e a sua atuação política. Para tanto, utilizaremos o projeto editorial iniciado pela revista
Crisis, dirigida pelo jornalista Eduardo Galeano em Buenos Aires entre 1973-1976, um importante
elo da rede intelectual latino-americana.

31
A EXTREMA-DIREITA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: O CASO DO MOVIMENTO
MÍDIA SEM MÁSCARA
Natalia dos Reis Cruz
Universidade Federal Fluminense
O presente trabalho estuda o movimento Mídia Sem Máscara (MSM), criado em 2002, e que faz
uso dos mais modernos meios de comunicação, como as redes sociais, para difundir sua visão de
mundo e suas narrativas sobre os problemas brasileiros e mundiais, que são baseadas em propostas
discriminatórias e excludentes de organização da sociedade brasileira. O objetivo é apresentar os
principais temas abordados pelo líder do movimento, Olavo de Carvalho, seus principais
argumentos e estratégias discursivas adotadas, relacionando-o a um projeto político e ideológico de
conquista da hegemonia e de convencimento da opinião pública para a visão de mundo e para os
valores da extrema-direita brasileira.

OS ORIENTADORES E A CONSTITUIÇÃO DE NICHOS HISTORIOGRÁFICOS COM


PESQUISAS HISTÓRICAS DESENVOLVIDAS A PARTIR DE FONTES IMAGÉTICAS
Khyara Gabrielly Mendes Fontanini
Universidade Federal de São Paulo
Orientadores são parte integrante do processo de ingresso de pesquisas nos PPGH, frequentemente
estas pesquisas se assemelham com aquilo que o orientador já desenvolveu. Demonstrar-se-á como
estes intelectuais constituíram nichos de produção historiográfica em relação ao desenvolvimento
de pesquisas históricas que têm como fontes objetos imagéticos. Para tanto fez-se uma análise a
partir dos bancos de teses de 6 PPGH, entre 2007-2017. Como exemplo pode-se ressaltar a grande
influência da Prof.ª Drª Ana Maria Mauad em relação às pesquisas que utilizam fotografia, ou o
Prof. Dr. Jorge Coli com análises de objetos artísticos. Desta forma o artigo propõem-se a refletir
sobre esta característica da historiografia brasileira pensando na influência destes intelectuais na
produção universitária.

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Sabedoria”, 7º andar

CHIQUINHA GONZAGA NÃO ESTAVA SÓ: MULHERES COMPOSITORAS NO RIO DE


JANEIRO OITOCENTISTA: O CASO ROZWADOWSKA
Avelino Romero Simões Pereira
Instituto Villa-Lobos / UNIRIO
O Jornal das Senhoras, fundado no Rio de Janeiro pela argentina Joana Manso de Noronha em 1852
é um marco do protagonismo feminino no Brasil oitocentista, defendendo a emancipação da mulher
pela ação educativa. Partindo-se da análise de como a música é inserida no periódico, foram
identificadas referências a mulheres compositoras e outras formas de expressão e atuação feminina
na esfera pública. Ampliando-se a pesquisa para outros periódicos, foca-se a figura da condessa de
Rozwadowska, italiana aqui chegada em 1853, que se destacou como pianista, professora e
compositora, e compôs uma ópera encenada pelo movimento da Ópera Nacional em 1861. Pouco
lembrado pela historiografia musical, seu caso revela que Chiquinha Gonzaga não era uma exceção,
e a atuação feminina era algo frequente.

32
A “EXPERIÊNCIA” DE ERNANI REICHMANN (1920-1984)
Gilvani Alves de Araujo
PPGHIS/UFPR
O gaúcho-paranaense Ernani Reichmann (1920-1984) é, aparentemente, um sujeito anônimo para
ambos os Estados no quais viveu, mesmo tendo exercido funções como administrador, economista,
professor e político. Se não bastasse a imagem de homem público, Reichmann se destacou pela
vasta produção autobiográfica em que, exercita argumentos para defender um modo próprio de
existência, como gostava de caracterizar: a "sua" experiência, ou ainda, Experiência de Personagem,
Experiência de Autor e Experiência de Leitor. São cerca de 90 livros distribuídos pelas experiências
caracterizadas, além de serem organizados em séries, volumes e partes. Nossa análise toma como
fonte o livro Volta às origens (1967), e problematiza essa maneira peculiar de se autorreferir a si.

OS PROJETOS DE EDUCAÇÃO E DE NAÇÃO NO DEBATE INTELECTUAL DE


MODERNIZAÇÃO DO BRASIL NA DÉCADA DE 1920
Léa Maria Carrer Iamashita
Universidade de Brasília
O artigo trata da intensa mobilização civil intelectual dos anos 1920, em prol da modernização do
Brasil via debate e implementação de projetos educacionais. A elite intelectual brasileira que
ascendeu a postos no Estado pós Revolução de 30, produziu memória que favorecesse a valorização
de suas experiências na década anterior, de forma a legitimar-se frente ao novo Estado centralizador.
Porém, essa memória consolidada não condiz com o sinalizado nas pesquisas. A partir da análise
dos múltiplos projetos de educação popular, dos debates intelectual e parlamentar, pretendemos
evidenciar os significados da politização durante a década de 1920, procurando compreender as
raízes de nossa autoritária cultura política e dos meios de sua manutenção, inclusive por meio da
cultura educacional.

“FAZENDO FESTA TROPICALISTA PARA ‘CHATEAR’”: DAILOR VARELA E A


CRÍTICA CULTURAL NO JORNALISMO DA “TRIBUNA DO NORTE” (NATAL, 1967-
1970)
Wesley Garcia Ribeiro Silva
Universidade Federal do Pará
Foi empregando termos contra os “artistas quadrados e lineares” que dominavam a cena cultural do
país e denunciando o “provincianismo” dos membros do “Comando de Caça aos Caetanistas
(CCC)” que o colunista Dailor Varela assinou variados textos, no final dos anos de 1960, na
“Tribuna do Norte”. Um dos líderes do “Grupo Dés” e do “Movimento Poema/ Processo”, Dailor
partia de questões cotidianas para refletir sobre o papel da arte na cultura contemporânea e a
necessidade de novas experimentações estéticas. Pretendemos discutir este quadro, da emergência
de uma geração ávida por romper com os cânones estabelecidos e os limites e possibilidades
(contra)culturais que se apresentavam para aqueles que viviam na “vanguarda” daquilo que era
denominado de “Província” no contexto da Ditadura Militar.

33
SC 03 – Tráfico e escravidão
Prof. Dr. Jonis Freire (Universidade Federal Fluminense)
Prof. Dr. Jorge Prata Sousa (Universidade Salgado de Oliveira)

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Solidariedade”, 7º


andar

OS LIBERTOS NO PÓS-ABOLIÇÃO NAS PAGINAS DA GAZETA DE NOTÍCIAS.


George Vidipó
SEEDUC-RJ
Este artigo estuda o liberto no pós-abolição em um período curto, 1888 e 1889, através das edições
da Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro. Nesses anos os políticos e os ex-proprietários se viam
diante proposta de indenizações, aumento da imigração europeia e a criação de proteção social dos
libertos.

ENTRE O CAIS DO VALONGO DE ONTEM E O 'MUSEU DO AMANHÃ': GUERRAS


DE MEMÓRIA NO RIO DE JANEIRO ATUAL (2015-2018).
Henrique Pedro Bresolin
Universo
Este trabalho tem como foco a Zona Portuária do estado do Rio de Janeiro, e particularmente a
relação conflituosa entre os significados representativos de dois monumentos presentes na mesma:
Cais do Valongo, reencontrado nas escavações num projeto de ‘revitalização’ da área em 2011 e o
Museu do Amanhã, inaugurado em dezembro de 2015. O presente ensaio visa mostrar os lados
envolvidos nesta ‘disputa’ de discursos e identidades em curso no local, assim como suas origens,
em épocas diferentes do país, mas que se encontram de 2015 a diante. Visa também discorrer sobre
como estes monumentos representam um embate de significados entre o que esquecer e o que
lembrar no Brasil, e qual o lugar da história da escravidão africana em meio a esta efervescência de
debates sobre a memória do país atual.

DE ESCRAVOS À VOTANTES DE PARÓQUIA: O PERFIL DOS VOTANTES E


ELEITORES DO CURATO DA IMPERIAL FAZENDA DE SANTA CRUZ EM 1876.
Joao Batista Correa
UNIVERSO
Temos como proposta, analisar o perfil dos eleitores da freguesia da Imperial Fazenda de Santa
Cruz nos anos de 1870. A partir da análise das juntas de qualificação, procuraremos entender o
perfil dos eleitores e votantes da paróquia, e o acesso de ex escravos da fazenda ao voto nas
eleições primárias.

34
OS TITULARES E OS SUPLENTES DA ESCRAVIZAÇÃO
Marly Spacachieri
Universidade de Sorocaba
Um aparte da pesquisa sobre o comércio de escravizados via Atlântico desde o XVI ao XIX ; os
profissionais do comércio e a rede e de captura dos que serão escravizados; uma análise de quem
ocupa qual cargo/atividade no comércio; os senhores/senhoras e os capitais envolvidos; a suplência
e a titularidade.

O JULGAMENTO DE JOÃO CONGO: UM RETRATO DA ESCRAVIDÃO NO VALE DO


PARAÍBA SUL FLUMINENSE EM MEADOS DO OITOCENTOS (RIO CLARO, 1856)
Rodrigo Felix Owerney
UFRRJ
Valdenora de Oliveira Rufino Owerney
Universo
O trabalho tem como finalidade realizar a análise de um recorte histórico temporal e espacial,
lançando mão de um processo criminal de meados do século XIX, que trata do julgamento de João
Congo, um escravo africano da família Souza Breves, como forma de exemplificar algumas
características da escravidão na sociedade brasileira do Vale do Paraíba sul fluminense no
oitocentos, a partir do comércio de um africano escravizado e seu cotidiano em conflito com o
cativeiro. O réu fora acusado de violência sexual a uma viúva e sua filha, e o processo ocorreu no
ano de 1856, tendo a execução penal ocorrido no início de 1857. Esse recorte temporal é
emblemático da época e representativo das transformações que ocorriam no Brasil e no mundo,
principalmente, em relação ao fim do tráfico internacional.

“TODO CAMBURÃO TEM UM POUCO DE NAVIO NEGREIRO”: NOTAS SOBRE OS


LEGADOS DA ESCRAVIDÃO NA OBRA DE CONCEIÇÃO EVARISTO
Vanessa Massoni da Rocha
Universidade Federal Fluminense
Esta comunicação pretende estudar obras de Conceição Evaristo, de diferentes gêneros, que
colocam em cena os diálogos entre memória, escrita e história para compreender o mosaico
identitário, o valor da ancestralidade e as heranças da escravidão na vida quotidiana de negros e
negras brasileiros.
Evaristo valoriza a experiência dos subalternos (Spivak, Glissant), que graças ao fazer literário
podem deixar as margens a que foram longamente limitados para testemunharem sobres seus
cotidianos invizibilizados na crônica social (Damato). Trata-se de uma revanche literária (Robin)
capaz de ampliar os olhares acerca das misérias urbanas que assolam a população negra nas grandes
cidades, população que experimenta continuamente as sequelas da escravidão (Vergès, Césaire,
Schoelcher).

35
SC 04 – Cristianismo e fronteiras: contatos e
enfrentamentos
Coordenação:
Prof. Dr. Marcelo Timotheo (Universidade Salgado de Oliveira)

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Amor”, 7º andar

RELIGIOSIDADE NA CULTURA INTELECTUAL BRASILEIRA NA PRIMEIRA


REPÚBLICA
Thiago Lenine Tito Tolentino
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Vamos tratar da dinâmica na cultura intelectual brasileira de debates, descrições, demandas de
serviço, publicidade e demais produções simbólicas em torno das diversas religiões que
compunham o cenário da cidade do Rio de Janeiro após o advento da República no Brasil. A
separação entre Estado e Igreja aumentou a liberdade religiosa, assim como, segundo um horizonte
cientificista e racionalista que inspirara, de forma ambígua, as diretrizes do novo sistema, abrira
espaço para religiões que mesclavam conhecimento racional científico com inspiração mística e
sobrenatural. Ao mesmo tempo, no interior deste movimento, assiste-se à rearticulação profunda da
Igreja Católica no país que culminará na sua rearticulação com os poderes da República após a
revolução de 1930.

A ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DA FEB ATRAVÉS DO CAPELÃO MILITAR E SUA


CONTRIBUIÇÃO PARA O MORAL DA TROPA NA 2ª GM
Ricieri Alberici Neto
Universidade Salgado de Oliveira - Universo
A presente pesquisa se destina a estudar o trabalho da Assistência Religiosa, através do Capelão
Militar da Força Expedicionária Brasileira, durante os eventos ocorridos na 2ª Guerra Mundial, na
Itália, nos anos de 1944 e 1945. O foco principal está direcionado para os resultados que os capelães
obtiveram sobre a moral dos militares no combate. Para isso é preciso refazer a história do Serviço
de Assistência Religiosa verificando se seu trabalho influenciou a moral da tropa e, caso sim, como
foi essa influência. As fontes utilizadas são abordadas de forma qualitativa e quantitativa.
Consistem nos relatórios dos capelães e do serviço de sepultamento, dados de missas celebradas e
relatos de casos ocorridos durante os combates. Estão atualmente guardadas no Arquivo Histórico
do Exército.

36
O DESPERTAR PENTECOSTAL PARA A POLÍTICA: A ASSEMBLEIA DE DEUS NA
CRISTA DA ONDA
Max David Rangel Cassin
Universo
Os pentecostais, nos últimos pleitos eleitorais, têm mostrado sua força na política, tanto que eles são
os eleitores mais disputados entre políticos, como garantia de voto certo. Porém, isso nem sempre
foi assim. Desde a chegada dos fundadores da Assembleia de Deus no Brasil, Daniel Berg e Gunnar
Vingren, em 1911, até o período da redemocratização do cenário político brasileiro, os pentecostais
nunca haviam se empenhado, ou até mesmo se envolvido, com a política nacional, como
observamos nesses últimos anos. Isso se devia aos ensinamentos, experiências pessoais dos
fundadores e situações embaraçosas que viveram no Brasil. Hoje, os pentecostais já exercem uma
grande influência na política e estão com projetos, objetivos específicos e grande número de
representantes políticos no legislativo.

ENTRE O CÉU E A TERRA: TERIA ALCEU AMOROSO LIMA VIVENCIADO


EXPERIÊNCIA MÍSTICA?
Marcelo Timotheo da Costa
UNIVERSO
Esta comunicação, texto de caráter exploratório, busca, a partir do olhar próprio da História das
Sensibilidades Religiosas, refletir sobre singular evento registrado por Alceu Amoroso Lima (1893-
1983), o mais destacado intelectual católico leigo brasileiro. Este, em deslocamento marítimo rumo
ao Velho Continente, importante viagem dada entre fins de 1949 e 1950, consigna, no livro Europa
de Hoje, experiência sensorial próxima ao relato místico. Não se pretende aqui responder se
Amoroso Lima teve ou não experiência mística tout court, questão estrangeira ao debate
historiográfico. Tenciona-se avaliar a relevância do registro de tal experiência, inédita na obra de
Alceu Amoroso Lima, em época de crucial transformação do autor em lume.

37
SC 05 – E/Imigração
Prof. Dr.ª Érica Sarmiento (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de
Janeiro)
Prof. Dr.ª Helenice Sardenberg (UNILASALLE/ Niterói)
Prof. Dr.ª Lená Medeiros de Menezes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Prof. Dr.ª Patricia Flier (Universidad Nacional de La Plata: Argentina)

Mesa 1.
Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Harmonia”, 7º andar

DIÁSPORAS OITOCENTISTAS E A HISTÓRIA GLOBAL DO TRABALHO: NOTAS


PARA UM DEBATE
Paulo Cesar Gonçalves
Universidade Estadual Paulista - UNESP
Sob a perspectiva da História Global do Trabalho, esta comunicação discute algumas das categorias
de sujeitos – escravos, trabalhadores sob contrato, imigrantes – que se deslocaram em grandes
volumes ao longo do século XIX no contexto do capitalismo mundial. O objetivo é apresentar os
primeiros esforços em apreender o fenômeno migratório dos denominados “trabalhadores
subalternos” – caracterizados, segundo van der Linden, pela “mercantilização coagida de sua força
de trabalho” – tendo como ponto de partida a análise expandida geograficamente, que transborda as
fronteiras nacionais até os limites transcontinentais sem, no entanto, relegar ao segundo plano
especificidades locais e temporais em termos de pluralidades, ambiguidades e transformações das
relações de trabalho não-livre e livre.

A IMIGRAÇÃO NA ARGENTINA, SEGUNDO GINO GERMANI: UMA ANÁLISE DAS


ESTATÍSTICAS E DA ASSIMILAÇÃO DOS IMIGRANTES, ENTRE 1857 E 1958
Aline de Sa Cotrim
Fundação Getulio Vargas
A imigração na Argentina entre 1857 e 1958 renovou substancialmente a população no país,
tamanho o seu volume e intensidade. Considerando isso, este trabalho analisa os principais
números do processo imigratório na Argentina até 1958, focando naqueles relacionados à
assimilação dos imigrantes e ao fenômeno do regresso. Para isso, me basearei em um relatório
elaborado pelo sociólogo argentino Gino Germani, onde ele apresenta dados históricos e recentes,
coletados em pesquisas de campo e análises de bibliografia, e reflete sobre a participação dos
imigrantes no desenvolvimento da Argentina, considerando fatores econômicos, sociais e culturais.
Por meio deste relatório, percebe-se a intensa modificação que ocorre na sociedade argentina em
virtude da entrada massiva de estrangeiros no país.

38
CHINESES EM CUBA: UMA ESCRAVIDÃO CAMUFLADA? (1847-1877)
Kamila Czepula
UFRRJ
O término do tráfico negreiro, com o passar dos anos do século XIX, deixou de ser uma opção, pra
se tornar uma realidade cada vez mais presente em todos os territórios que dele faziam uso. Desse
modo, em 1817, quando a Espanha se comprometeu com o governo britânico em abolir
parcialmente o tráfico de escravos em suas colônias, várias tentativas em busca de uma demanda
contínua de trabalhadores foram realizadas em Cuba. Nesta breve apresentação, analisaremos os
aspectos que envolveram a imigração chinesa em território cubano, daremos ênfase às formas de
trabalho pelas quais esses trabalhadores foram submetidos, bem como, identificaremos os motivos
dessa imigração em específico ter suscitado uma grande repercussão no cenário mundial.

DEBATES SOBRE A IMIGRAÇÃO NO SÉCULO XIX: A SOCIEDADE CENTRAL DE


IMIGRAÇÃO E O COMBATE AO NATIVISMO
Sergio Luiz Monteiro Mesquita
Universidade Salgado de Oliveira
A Sociedade Central de Imigração foi uma associação civil que, no final do século XIX,
propugnava pela imigração europeia para o Brasil, segundo um modelo de colonização em
pequenas propriedades rurais. Em sua atividade de propaganda, ela encontrou a oposição de
elementos a quem chamava "nativistas". Este trabalho tem por objetivo proceder a uma
identificação desses participantes dos debates sobre a imigração.

Mesa 2.
Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Harmonia”, 7º andar

VIVÊNCIAS LUSITANAS NA CIDADE DA BORRACHA: MANAUS, 1893-1923


Maria Luiza Ugarte Pinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Pesquisa onde investigamos e analisamos as múltiplas dimensões das vivências lusitanas na cidade
de Manaus, no final do século XIX e início do XX, momento em que a colônia portuguesa se vê
sensivelmente ampliada e inicia mobilizações diversas no sentido de sua organização, visando uma
inserção mais efetiva no contexto de recepção.
Central em nossa pesquisa será identificar as formas específicas pelas quais essa comunidade
buscou se organizar na cidade, seja criando instituições de apoio e acolhimento, seja
proporcionando a construção de espaços de sociabilidades, interação e integração. Entender os
processos de associacionismo étnico será de fundamental importância para desvelar inquietações,
expectativas e demandas que acompanharam os portugueses nessa aventura na capital amazonense.

39
TRAJETÓRIAS TRANSFRONTEIRIÇAS: FAMÍLIAS BASCAS NO URUGUAI E NO
BRASIL – IMIGRAÇÃO E IMAGEM DAS CIDADES NOS SÉCULOS XIX E XX
Eloisa Helena Capovilla da Luz Ramos
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Júlia Capovilla Luz Ramos
UNISINOS
O texto quer desvendar a trajetória de famílias bascas que se deslocaram para o Uruguai no século
XIX e cruzaram a fronteira, vindo se estabelecer no Sul do Brasil. Membros destas famílias atuaram
como fotógrafos em estúdios no Uruguai e no Brasil. Pretendemos destacar as figuras de Paulo
Oyarzabal Gonzalez, fotógrafo da Casa do Amador, estúdio fotográfico fundado por Ulpiano e
Pablo Etchart em Porto Alegre na década de 1930, assim como as figuras dos irmãos Etchart. Nesse
movimento queremos aprofundar conhecimentos sobre a imigração basca e a modernização urbana,
através de textos e de fotografias. Ao lançar luz sobre a produção desses fotógrafos focamos o
processo imigratório nas cidades e as bases de um imaginário de modernização urbana no Sul do
Brasil, na metade do século XX.

UM OLHAR SOBRE PRESENÇA DA DIÁSPORA BASCA EM SÃO PAULO


Dolores Martin Rodriguez Corner
LEER - Usp
Uma análise da cultura basca de sua diáspora que se deslocou a São Paulo revela traços muito
particulares e personalizados do grupo. O Centro Basco Eusko Alkartasuna, um território próprio,
um espaço de convivência e apoio mútuo demonstra em seus encontros e eventos as raízes
preservadas, vivas como seu idioma milenar, o euskera ministrado aos aficionados e descendentes.
Mesmo sendo uma realidade imaginada, reforça os laços e alimenta a união daqueles desenraizados
que não esquecem a pátria deixada.

Palavras chave: – associativismo – casa basca – cultura - diáspora – euskera - imigração

A INSERÇÃO DE IMIGRANTES ESPANHÓIS NO RIO DE JANEIRO: BREVES


RELATOS DE VIDA.
Miriam Barros Dias da Silva
Universo
Este artigo tem como objetivo abordar, numa análise qualitativa, breves relatos de vida de alguns
imigrantes espanhóis que vieram para a cidade do Rio de Janeiro no período de 1940 a 1970. Por
meio das entrevistas realizadas no Centro Social de Mayores da Casa de Espanha do Rio de Janeiro,
pretende-se analisar os processos de inserção nos espaços urbanos e sócio- profissional, além de
discutir acerca da criação de redes sociais e as maiores dificuldades vivenciadas por estes
imigrantes.
Palavras- chave: Franquismo; Imigrantes; Espanhóis; Rio de Janeiro.

40
IMIGRAÇÃO ITALIANA E ASSOCIAÇÕES EM VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ES
Renato Peterli Camargos
Mestrado em História
Ainda em período de adaptações, a pesquisa tem por objeto a imigração italiana no município de
Venda Nova do Imigrante, interior do Espírito Santo.
Quando ao trabalho em sí, em um primeiro momento, mapeia o contexto histórico do imigrante
italiano, sua chegada e sua fixação no território vendanovense utilizando bibliografia especializada
no assunto como Franco Cenni, Emilio Franzina, Renzo Grosselli, além de acessar o Arquivo
Público do Espírito Santo disponível na internet que conta com todas as informações dos imigrantes
chegados ao Estado, de rápido e fácil acesso.
A segunda parte do trabalho consiste em visitar as Associações formadas no município que mantém
a tradição dos imigrantes italianos em Venda Nova e relatar suas ações desenvolvidas e sua relação
com a comunidade.

Mesa 3.
Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Harmonia”, 7º andar

UMA FALÊNCIA, MUITOS PROBLEMAS: O CASO DA FIRMA RACHID & IRMÃO


(1925-1926)
Adilson Silva Santos
Doutorando em História (UFES)
O objetivo deste trabalho é analisar o processo de falência da firma Rachid & Irmão, composta por
dois irmãos de origem síria e libanesa. Ela estava localizada no distrito de Mimoso, pertencente à
cidade de São Pedro de Itabapoana, no extremo sul do Espírito Santo. A decretação de falência,
homologada pela justiça, foi solicitada por um credor do Rio de Janeiro, cuja dívida de mais de sete
contos de réis, Rachid & Irmão não havia pago. O que se observou a partir daí foi um longo e
problemático processo, que resultou, inclusive, na prisão preventiva dos sócios, acusados de
praticarem algumas irregularidades.

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BRASILIDADE E POLONIDADE NO ENTRE GUERRAS (1918-1939): ALTERIDADES
E CONFLITOS
Rhuan Targino Zaleski Trindade
UFPR
A comunicação foca as disputas nas relações entre poloneses e brasileiros durante o período de
1918-1939, a partir de jornais curitibanos e documentos diplomáticos do Itamaraty. As fontes
permitem observar a imagem oficial e da imprensa brasileira sobre a imigração polonesa no Paraná,
a partir da perspectiva vinculada ao antissemitismo, anticomunismo, e a Polônia e poloneses como
um “perigo”, moldando um “imperialismo polonês”. A imagem negativa vincula-se ao conflito de
identidades e configuração de alteridades, marcado pelo nacionalismo brasileiro com a
(re)criação/reforço da brasilidade em oposição a constituição da polonidade, configurada no Brasil
pelos imigrantes e estimulada pela Polônia renascida, com objetivos de aproveitar a diáspora das
décadas anteriores.

AS NOIVAS DA GUERRA ESQUECIDAS PELA HISTÓRIA


Cristina de Lourdes Pellegrino Feres
LEER/USP
Durante os 11 meses que a Força Expedicionária Brasileira permaneceu na Itália foram registrados
oficialmente 58 casamentos entre mulheres italianas e “pracinhas” brasileiros, fato que acabou por
culminar na migração delas meses depois de as tropas terem retornado ao Brasil. Este caso de
migração de gênero foi marcado pela ausência de redes migratórias de suporte do tipo familiar ou
comunitário, e motivada pelo projeto de família.
Para dar voz às italianas, a comunicação se baseará em três tipos de fontes: as fotografias de família
que registram o enlace; o tratamento midiático dado ao tema e as narrativas destas mulheres obtidas
através da técnica de História Oral de Vida, num trabalho de valorização do indivíduo como indício
de uma nova história social.

EMIGRAÇÃO E COMÉRCIO AÇORIANO NO RIO DE JANEIRO: CAUSAS,


ESCOLHAS E ESTABELECIMENTO
Daniel Evangelho Gonçalves
UNIVERSO
São constantes e crescentes os estudos sobre emigração portuguesa para o Rio de Janeiro. Uma
parte deste portugueses apresenta características culturais específicas, os ilhéus açorianos. Chama a
atenção a falta de estudos sobre a emigração deste grupo de portugueses. A emigração açoriana teve
aumento substancial após a consolidação da república brasileira, principalmente para a cidade do
Rio de janeiro. Este artigo procura dar atenção e analisar os motivos que levaram estes açorianos a
emigrar para o Rio de Janeiro entre as décadas de 1920 e 1960 e compreender seu estabelecimento e
inserção social por meio do comércio de vacarias e açougues.

42
Mesa 4.
Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Harmonia”, 7º andar

MICRO-HISTÓRIA E HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO


Maíra Ines Vendrame
Unisinos
A presente apresentação se propõe discutir de que maneira a metodologia da micro-história surgida
na Itália nos anos 70 do século XX influenciou nas décadas posteriores o desenvolvimento dos
estudos ligados aos movimentos migratórios. Os conceitos de cadeias migratórias, redes e
estratégias passaram a ser utilizados propiciando, assim, o questionamento das explicações que
entendiam as transferências como consequência de fatores estruturais. A busca pelo entendimento
das conexões entre os locais de origem e os de chegada, aparecem ainda como pontos que merecem
ser aprofundados quando se fala da imigração para regiões de colonização no Brasil. Logo, o
método da micro-história pode continuar contribuindo para o desenvolvimento das pesquisas no
campo dos deslocamentos humanos.

IMIGRAÇÃO SENEGALESA NO SUL DO BRASIL: A TRAJETÓRIA DE DEMBA


SOKHNA
Katani Maria Monteiro Ruffato
Universidade de Caxias do Sul
A presente comunicação consiste na apresentação de resultados da pesquisa desenvolvida no âmbito
do PPG-História da Universidade de Caxias do Sul. Trata-se da produção de cenas urbanas com
foco nas trajetórias, itinerários e apropriações do espaço urbano por diferentes passantes. Para esta
apresentação, foi selecionada a experiência referente às vivências de Demba Sokhna, imigrante
senegalês que narra, por meio de entrevista gravada em áudio e vídeo e de filmagens ao vivo de
situações cotidianas, aspectos de sua trajetória de vida, de seus deslocamentos e horizonte de
expectativas. A pesquisa pretende estimular a reflexão sobre a sensibilização histórica para a
alteridade a partir de leituras dos passos de migrantes já que, conforme Certeau (2013), “os jogos
dos passos moldam espaços”.

OS DITOS E NÃO DITOS: A EXPERIÊNCIA DO DESLOCAMENTO MIGRATÓRIO E


OS VAZIOS DA MEMÓRIA
Roseli Boschilia
UFPR
Ancorada na metodologia da história oral e nas reflexões teóricas sobre identidade, memória e
esquecimento, esta comunicação tem fonte principal um conjunto de entrevistas realizadas com
filhos e filhas de colonos portugueses, que, embora tenham nascido em Portugal, passaram a
infância, a adolescência e o início da fase adulta no continente africano, construindo ali suas
referências identitárias. Com base nesta problemática, pretende-se compreender como nossos
entrevistados se posicionam no tempo presente, em relação à experiência do deslocamento
migratório, quarenta anos após terem retornado compulsoriamente ao seu território de origem, em
razão do processo de descolonização que, na década de 1970, levou à independência das possessões
coloniais na África.

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“GAROTA, TRADUZIDA” EM TRADUÇÃO (CULTURAL)
Victória Cristina de Sousa Bezerra
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Em tempos de pós-modernidade, a identidade volta a estar no centro das discussões da teoria social,
dado que, ao longo dos anos, foi perdendo o caráter de imutabilidade que lhe foi atribuído na era
moderna, passando a ser compreendida como algo que está em permanente processo de
transformação. Considerando os deslocamentos territoriais, cada vez mais presentes em nossa
sociedade por conta da diluição das fronteiras territoriais, construtos como a identidade nacional
também são modificados, pois o indivíduo torna-se um cosmopolita.
A partir do processo migratório contido no romance "Garota, Traduzida", de Jean Kwok, que aborda
a trajetória de uma imigrante chinesa nos EUA, pretende-se analisar como ocorre a tradução
cultural e como isso colabora para a reconfiguração da identidade cultural.

Mesa 5.
Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Harmonia”, 7º andar

A IMIGRAÇÃO DE BRASILEIROS PARA PORTUGAL


Alex Guedes Brum
FGV-Rio
Entre três a quatro milhões de brasileiros vivem no exterior. Portugal abriga a quinta maior
comunidade de nacionais no estrangeiro. A comunidade brasileira em Portugal é atualmente a maior
comunidade de estrangeiros do país. Este trabalho objetiva analisar a imigração de brasileiros para o
referido país europeu do final da década de 1960 até os dias atuais. Para tanto, realizou-se ampla
pesquisa bibliográfica. Concluiu-se que foram diversos os fatores que levaram os brasileiros a
imigrar para Portugal, tais como: a existência de redes sociais; a maior facilidade de entrada quando
comparado com outros destinos; a presença de vínculos históricos e culturais; e a força do euro em
comparação ao dólar estadunidense.

ENTRE LA ESPADA Y LA PARED: MOVILIDAD FORZADA DE PERSONAS


SALVADOREÑAS LGBTI+
Amaral Arévalo
Institutuo de Medicina Social/UERJ
Esta comunicación analiza el fenómeno de la movilidad forzada de personas salvadoreñas lesbianas,
gay, bisexuales, trans, intersexuales y otras identidades sexuales (LGBT+). La metodología
utilizada ha sido la revisión documental. En El Salvador la movilidad forzada es un fenómeno
histórico. No obstante, la movilidad forzada contemporánea de personas LGBTI+ puede ser
entendida como la movilización personal o colectiva inmediata del lugar de residencia habitual
como única forma de salvaguardar la vida, debido a amenazas manifiestas o latentes provocadas por
la violencia de las Maras que estimulan una sensación de peligro inminente sobre sus vidas –la
espada-; y debido a los procesos de discriminación no encuentran la protección suficiente en las
instituciones estatales –la pared-.

44
MIGRACIÓN CENTROAMERICANA E IMAGINARIOS SOCIALES: EL CASO DE LA
REGIÓN SOCONUSCO, CHIAPAS
Flor María Pérez Robledo
ECOSUR-Unidad Tapachula
Enrique Coraza de los Santos
ECOSUR-Unidad Tapachula
La frontera política así como la constitución de un espacio transfronterizo de una larga historicidad
con elementos sociales y culturales, constituye el entorno de la población entre la que se realiza este
estudio en el estado de Chiapas, México. Se entiende a la región en su articulación con los procesos
globales contemporáneos, en los que la frontera sur de México se ha caracterizado por ser una de las
zonas más vulnerables del país.
La investigación se propuso entender cómo se construyen socialmente los significados en relación a
la movilidad transfronteriza en la región del Soconusco, a partir de los intensos intercambios
culturales, en donde la población centroamericana ha construido opciones de vida y posibilidades de
convivencia social en un contexto de exclusión.

EDUCACIÓN, MIGRACIÓN E INTERCULTURALIDAD EN CHILE


Ilsa Mendoza Mendoza
Universidad Católica del Maule
La diversidad social, étnica, cultural y demográfica que ha presentado desde siempre el sistema
educativo chileno, se ha visto intensificada especialmente en el segundo decenio del siglo XXI, por
la incorporación de un número cada vez mayor de estudiantes de distintas nacionalidades en
escuelas y liceos del país. Desde este escenario se afirma que las política de educación intercultural
desarrollada por el estado chileno al estar definida en términos de población indígena o pueblos
originarios, no propicia un enfoque de diversidad social y cultural amplio, que permita visibilizar la
presencia de otras sociedades, culturas y lenguas presentes al interior del mismo territorio, como es
el caso de la población inmigrante, al quedar reducida a la ‘población indígena’.

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REPRESENTACIONES SOCIALES SOBRE MATERNIDAD Y CRIANZA DE MUJERES
MIGRANTES EN EL MAULE (CHILE)
Susan Sanhueza Henríquez
Universidad Católica del Maule, Chile
La importante presencia de mujeres en los flujos migratorios a nivel internacional ha puesto la
atención sobre sus implicaciones sociales en el ámbito de la familia. En este contexto, el estudio
tuvo como objetivo analizar las representaciones asociadas a la maternidad y crianza a partir de
espacios de diálogo generados en programas de intervención socioeducativa con mujeres migrantes
de la región del Maule, Chile. Comprendemos la maternidad y la crianza como una construcción
histórica, social y cultural que modela las relaciones al interior de las familias. A partir de
entrevistas en profundidad develamos que los patrones familiares y culturales propios de las
sociedades de origen siguen teniendo un peso decisivo en las dinámicas de formación familiar; así
como evidenciamos una serie de contradicciones producto del choque cultural que lleva a las
mujeres a redefinir roles y formas de participación en la crianza de niños y niñas. En efecto, las
mujeres abordan a través de sus discursos temas fundamentales como la conciliación familiar y el
trabajo, las rupturas culturales en torno a la crianza y la resistencia que ejercen a diario para
mantener intacta su cultura de origen. Un papel relevante tienen los programas de intervención
socioeducativos destinados a mujeres migrantes en la construcción de redes de apoyo social para
romper con el aislamiento y la soledad que declaran al inicio del programa.

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SC 06 – Cidades e seus movimentos
Prof. Dr. André Nunes de Azevedo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Prof. Dr.ª Mônica Gatica (Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco)
Prof. Dr. Rafael Pinheiro de Araújo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Amizade”, 7º andar

ENTRE O "BÁRBARO" E O "CIVILIZADO": VISÕES DO COTIDIANO E DAS


TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS NAS COMARCAS PERNAMBUCANAS A PARTIR
DAS CORRESPONDÊNCIAS PUBLICADAS NO DIARIO DE PERNAMBUCO (1850-
1870)
João Paulo Pedro dos Santos
Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP
Províncias, absorvidas em conflitos bélicos, não gozaram, antes de 1850, de forças na pauta
político-administrativa para o desenvolvimento de planos modernizantes da sociedade brasileira.
Questões dessa ordem requeriam transformações no próprio hábito, costume e substrato cultural da
população, através da construção de uma sociedade burguesa que lograsse inculcar (através dela)
seus valores. Neste sentido, a comunicação visa analisar as imagens projetadas e o embate
discursivo entre o que se desejava imperioso ultrapassar ou deixar atrás como práticas arcaicas e
"bárbaras", e o que deveria ser construído e seguido a exemplo dos povos "civilizados", a partir das
correspondências enviadas do interior das comarcas pernambucanas, para o Diario de Pernambuco,
entre 1850 e 1870.

A CIDADE E A ESCRAVIDÃO: TRABALHADORES LIVRES E ESCRAVIZADOS


URBANOS NO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XIX
Renata Figueiredo Moraes
uerj
No século XIX a escravidão africana foi intensificada, devido também ao forte movimento
comercial na cidade do Rio de Janeiro e o consequente crescimento da população livre após a vinda
da família real. Concomitante a isso, diversificava-se os trabalhadores livres que, além de
conviverem com a escravidão, também pensavam seus direitos através de jornais destinados aos
seus pares e que tinham objetivos diversos: informar sobre uma categoria profissional ou reivindicar
melhorias nas condições de trabalho. A existência da escravidão parecia não ser um impeditivo para
essa organização. Pretende-se pensar a cidade do Rio de Janeiro, após 1850, que tinha entranhada
no seu cotidiano a escravidão, apesar da existência cada vez maior de trabalhadores livres e muitos
egressos da escravidão.

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A CIDADE DE RESENDE: ORIGEM E FORMAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA
CONCEIÇÃO DO CAMPO ALEGRE DA PARAÍBA NOVA
Valdenora de Oliveira Rufino Owerney
Universidade Salgado de Oliveira
Tem a finalidade de introduzir o leitor a análise do contexto histórico da cidade de Resende e a sua
importância no cenário econômico do Império , como pioneira da cultura do café do Vale no
Paraíba fluminense e disseminadora para o Vale do Paraíba Paulista. A historiografia mostra a todo
momento a grande importância que o café representou e ainda representa para a economia e cultura
do Brasil. Mas o que Resende, uma cidade localizada no Vale do Paraíba fluminense tem a ver com
isso? Qual o papel que Resende representou nesse processo? Tais questionamentos são importantes
para situar o leitor do pioneirismo de Resende no plantio do café no Vale do Paraíba fluminense,
impulsionando seu cultivo para outros locais e regiões.

VISITA TÉCNICA, ESTUDO DO MEIO E CIDADES COLONIAIS NO BRASIL.


Rossana Gomes Britto
Universidade Federal do Espírito Santo
O estudo do meio e a visita técnica propiciam o desenvolvimento de um olhar sobre a realidade que
ultrapassa os dados visíveis, pois por meio da mediação de um professor, o aluno poderá observar
características do modo de viver e perceber o que não está explícito. Olhar um espaço como um
objeto investigativo é estar sensível ao fato de que ele sintetiza propostas e intervenções sociais,
políticas, econômicas, culturais, tecnológicas e naturais, de diferentes épocas, no diálogo entre os
tempos, partindo do presente. É, também, desconstruir a visão espontânea do local, impregnada de
ideias, ideologias, teorias científicas e mitos não conscientes, da cultura contemporânea, tendo a
oportunidade de reconstruir a interpretação do lugar.

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Amizade”, 7º andar

CRIMINALIDADE, JUSTIÇA E OS IMPACTOS SOCIAIS EM SANTA LUZIA DO


CARANGOLA 1873-1892
Randolpho Radsack Correa
Universidade do Estado de Minas Gerais/Universo
O presente trabalho tem por finalidade construir uma análise dos crimes que foram oficializados e
julgados pelo Termo de Santa Luzia do Carangola, na região da Zona da Mata Mineira, entre os
anos de 1873 e 1892. Com base neste recorte, será possível compreender as relações sociais em seus
diversos aspectos, principalmente em meio ao contexto de amplas mudanças em nível nacional e
regional, o que evidenciará um quadro de constantes conflitos. Embora a presente pesquisa se
encontre em fase inicial, nossa tentativa se enveredará para a análise dos processos criminais
disponíveis no Termo de Santa Luzia do Carangola, avaliando o fenômeno da criminalidade sob o
prisma das diversas camadas sociais envolvidas nos conflitos regionais, na transição do Império
para a República.

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E O FOGO LAVRA – O URBANO E O COTIDIANO DO RIO PELA AÇÃO DOS
BOMBEIROS.
Afonso Henrique S Bastos
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
Com a notícia jornalística, do incêndio no Campinho, buscamos interface entre História do
Cotidiano e urbanização no Rio, pelo perfil dos Bombeiros. A História da cidade, necessita de novos
aportes na compreensão do fato social. Dúvidas sobre a cidade têm se tornado agudas, buscam-se
alternativas empíricas para a compreensão do que se fez com e para a cidade. O urbanismo tem na
história cotidiana um objeto de estudo, deve ele analisar a cidade em diferentes aspectos. A pesquisa
e utilização de informações cotidianas do Arquivo dos Bombeiros, tem apontado na direção de uma
forma inédita de se compreender fatos histórico-cotidianos cariocas, que remetem um novo olhar do
urbanista e do historiador, na ação e posicionamento no contexto de construção/reformulação do
espaço urbano.

DO RURAL PARA O URBANO: AS TRANSFORMAÇÕES DOS INVESTIMENTOS DA


POPULAÇÃO DE SÃO PAULO DO MURIAHÉ NOS FINAIS DO SÉCULO XIX E INÍCIO
DO XX
Arthur da Costa Orlando
Mestrando do Programa de Pós- Graduação em História (PPGH) da UNIVERSO.
O presente trabalho tem como objetivo principal compreender como se deu o comportamento dos
investimentos pessoais e, qual era a composição da riqueza em São Paulo do Muriahé no período
compreendido entre os anos de 1870 a 1910. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram analisados
195 inventários post- mortem que se encontram arquivados no Fórum Tabelião Pacheco de
Medeiros na cidade de Muriaé (MG). O recorte temporal se justifica pelo fato da data inicial ser
responsável pelo primeiro documento encontrado na Comarca local e a data limite representar o
final da primeira década da República Velha, que marcava a mudança do modo de produção
escravista para o capitalista no país, embora este ainda fosse incipiente no momento.

O CORONELISMO NA CIDADE DE MURIAÉ-MG DURANTE A PRIMEIRA


REPÚBLICA.
Pacelli Henrique Silva Lopes
Mestrando em História - UNIVERSO.
Esta comunicação procura apresentar, a partir de trabalhos em andamento para realização de uma
pesquisa de mestrado sobre as relações políticas das elites de Muriaé-MG durante Primeira
República, algumas reflexões acerca da atuação dos coronéis no espaço urbana. Atuavam na vida
política muriaeense três facções políticas, sendo que, uma era capitaneada pela família Canêdo,
outra pelo Cel. Antônio da Silveira Brum e o terceiro grupo pelo Cel. José Pacheco de Medeiros.
Desta forma, pretendemos demonstrar como eram as relações políticas entre os coronéis e como
atuavam no espaço urbano da cidade de Muriaé.

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COMBATENTES DO FOGO: DINÂMICAS DE ATUAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NO RIO DE JANEIRO DE INÍCIOS DO SÉCULO XX
Vitor Leandro de Souza
Doutorando PPGHSC Puc Rio
Esta comunicação tem por objetivo compreender as formas de atuação dos bombeiros nas
ocorrências no Rio de Janeiro nos primeiros anos do século XX. Assim, investigo todo o processo
relativo ao “avisamento”, saída para atendimento, atuação na ocorrência e avaliação pós-sinistro. O
foco privilegia compreender o modus operandi dos bombeiros durante as ocorrências, e quanto às
tecnologias utilizadas e como elas possibilitaram à corporação firmar-se no cenário brasileiro e
internacional como instituição eficiente e confiável, inclusive sendo reconhecida como experiência
modelo para outras congêneres. Para analisar tais conexões e (inter)câmbios de conhecimento,
tecnologia e materiais utilizo os registros contidos nos Quesitos de Incêndio e notícias publicadas na
imprensa cotidiana da cidade.

Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Amizade”, 7º andar

LA FOTOGRAFÍA ANÁLOGA Y DIGITAL EN SALA DE AULA COMO HERRAMIENTA


PARA LA COMPRESIÓN DE LA HISTORIA DE LA CIUDAD DE MEDELLÍN Y SUS
TRANSFORMACIONES A LO LARGO DEL TIEMPO: PATRIMONIOS MATERIALES,
MEMORIAS Y VALORES ESTÉTICOS POPULARES.
Maria Isabel Giraldo Vásquez
Instituto Tecnologico Metropolitano
Pablo Santamaría Alzate
Fundación Universitaria Bellas Artes
La pesquisa, tiene como objetivo vincular las formas de comunicación de los estudiantes (redes
sociales) y el registro fotográfico con el celular, con la fotografía análoga, y el trabajo colectivo por
medio de la oralidad, vinculando a familiares al proceso formativo de los estudiantes mediante la
narración de vivencias pasadas, propias y colectivas que giran alrededor de la ciudad; entendiéndola
como un espacio arquitectónico popular que muta y se transforma y como espacio generador de
memoria colectiva. Se genera entonces un juego visual articulado donde participa la memoria, las
historias contadas por familiares, la fotografía patrimonial y contemporánea, el conocimiento de la
ciudad y la concepción del espacio como patrimonio arquitectónico popular.

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COMO PENSAR A HISTÓRIA DA MODERNIZAÇÃO DE UM ESPAÇO? BREVES
REFLEXÕES A PARTIR DE FOTOGRAFIAS DE PORTO ALEGRE (1969-1975)
Alexandra Lis Alvim
PUCRS
“Foi quando as fôrças positivas da nossa raça e da nossa formação se juntaram no ímpeto da
vontade de renovar, de dar ao povo o seu destino natural de progresso bem-estar”, proferia, em
novembro de 1970, o então prefeito de Porto Alegre, Telmo Thompson Flores, que administrou a
cidade em um período marcado por profundas transformações urbanas. O processo de
modernização durante a Ditadura Civil-Militar é também a história de um tipo de homogeneização
do espaço urbano e de releitura do tempo. A partir do conceito de espaço como categoria política de
Doreen Massey (2009), este trabalho pretende propor algumas reflexões sobre este processo, através
de seu minucioso registro pelas fotografias do gabinete de imprensa desta administração.

“SEPARA UM LUGAR NESSA AREIA”: A MARGINALIZAÇÃO GEOGRÁFICA


RETRATADA EM MÚSICA NO RIO DE JANEIRO DA REDEMOCRATIZAÇÃO.
Bruno Vinícius Leite de Morais
Doutorando em História. Universidade Federal de Minas Gerais
Proponho nesta comunicação analisar a referência à disputa pela apropriação e uso de um espaço
público na cidade, retratada, de forma humorada, na canção “Nós vamos invadir sua praia” do
grupo de brock Ultraje a Rigor. Aludindo a uma iniciativa do governo estadual de Leonel Brizola a
conectar as Zonas Norte e Sul do RJ, em 1984, a canção aborda a violência social que reforça a
marginalização socioeconômica. Em um contexto de efervescentes expectativas em torno dos
significados de cidadania e democracia no Brasil, a defesa das elites cariocas a uma segregação
geográfica a apartá-las de setores populares, atestada por entrevistas veiculadas em jornais da época
e que o enredo da canção contrapõe, situa a praia como um “enclave fortificado” no espaço urbano
e indicia os “outros” da democracia.

“CAMINHANDO PELAS RUAS DE NOSSA CIDADE”: O CLUBE DA ESQUINA E A


BELO HORIZONTE DO INÍCIO DOS ANOS 1960
Ciro Augusto Pereira Canton
Universidade Federal de São João del-Rei
O que é o Clube da Esquina? Tal questionamento emergiu de nosso trabalho diário com as fontes e,
ironicamente, veio de nossa própria dificuldade inicial em responder de maneira objetiva à
pergunta. O Clube da Esquina pode ser considerado um movimento da MPB? Temos aqui um
importante desdobramento da questão. “Caminhando pelas ruas de nossa cidade”, verso da canção
“Credo”, remete-nos às origens do Clube na Belo Horizonte do início dos anos 1960.
Diferentemente da maioria dos trabalhos em história da música popular do período, que prioriza o
enfoque político, concentramo-nos, neste artigo, nos espaços de sociabilidade da capital mineira,
que serviram de potencial encontro para nossos sujeitos e para a formação daquele que foi um dos
mais expressivos movimentos da Música Popular Brasileira.

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Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Amizade”, 7º andar

SUSTENTABILIDADE EM CIDADES DE URBANIZAÇÃO DISPERSA: MOVIMENTOS


MIGRATÓRIOS E A PERDA DA IDENTIDADE DO LUGAR
Ana Claudia Nunes Alves
Universidade Federal Fluminense
Este trabalho parte das diferentes representações de cidade que dão origem a diferentes sentidos da
sustentabilidade urbana para refletir sobre o planejamento urbano atual, apontando a identidade do
lugar e o sentido de pertencimento como pontos importantes na construção de cidades social,
cultural e ambientalmente sustentáveis através de pesquisa bibliográfica qualitativa. Percebe-se que
cidades dispersas, que ancoram seus sistemas de transporte no uso de automóveis, especialmente
aquelas localizadas na franja das metrópoles e que caracterizam-se por intensos movimentos
migratórios vem apresentando uma perda da memória coletiva, fazendo-se necessárias intervenções
que incorporem as múltiplas e heterogêneas camadas de ocupação no tempo a partir do conceito de
paisagem.

VAI-SE A CAPITAL MAS “O RIO SERÁ SEMPRE O RIO”: A CRIAÇÃO DE BRASÍLIA


E ESTRATÉGIAS DE PERMANÊNCIA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO COMO
CAPITAL CULTURAL DO PAÍS (1956-1965).
Cláudia Cristina de Mesquita Garcia Dias
Programa de Pós Graduação em História (PPGH) da Universidade Salgado de Oliveira
O recorte de nossa apresentação abarca a data de criação da empresa responsável pela instalação da
nova capital no Planalto Central, em 1956, e as comemorações do IV Centenário da cidade do Rio
de Janeiro, em 1965. Esse período compreende a transferência do Distrito Federal para Brasília, em
1960, e a criação da cidade estado da Guanabara, nessa mesma data. Em nossa apresentação iremos
tratar do papel desempenhado pela memória, pelas celebrações, e pelas “tradições inventadas” como
estratégias de permanência da cidade do Rio de Janeiro como capital cultural do país. Queremos
destacar a mobilização da sociedade carioca pelos atores envolvidos nesse empreendimento, bem
como a estreita relação entre política e cultura nesse processo de ressignificação da antiga Capital
Federal.

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URBANIZAÇÃO ALIENADA: A CIDADE COMO MERCADORIA
Helenice Pereira Sardenberg
Unilasalle - Rio de Janeiro
Renan Cid de Souza
Unilasalle - Rio de Janeiro
Cada vez mais cidades tornam-se fragmentadas, onde relações de poder se perfazem, materializando
os mais diversos conflitos urbanos, impedindo o direito à cidade. Não sem razão, muitas metrópoles
se dividem em espaços específicos, implicando na subutilização dos espaços públicos e ausência de
lazer, especialmente, para determinados grupos sociais. Apesar do direito à cidade ser para todos,
poucos são os que realmente fazem uso deste. Como aponta Harvey (2014) este direito está ligado à
uma elite política e econômica. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo compreender
de que forma garantir o direito à cidade de parcela da população, na cidade do Rio de Janeiro, que
não consegue usufruir dos espaços públicos, em especial, aqueles relacionados aos interesses de
classe.

A QUESTÃO DA SOCIABILIDADE A PARTIR DA RELAÇÃO DA CIDADE E SEU


PATRIMÔNIO: UM ESTUDO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE NITEROI
(RJ)
Jacqueline de Cassia Pinheiro Lima
UERJ
O propósito deste trabalho é pesquisar a Cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro como espaço
de sociabilidade percebendo historica e sociologicamente a relação entre o indivíduo e a sociedade
nos espaços públicos. O locus escolhido foi o Museu de Arte Contemporânea - MAC, construído no
ano de 1996 pelo Governo Municipal como espaço de visitação permanente. Nesta perspectiva,
consideramos que a população da Cidade possui uma relação próxima com a sua arquitetura, porém
sua visibilidade está muito mais direcionada ao seu exterior, em função de seu espaço externo, do
que a experiência com suas obras e exposições. Nossa Intenção é perceber as características do
Museu de Arte Contemporânea de Niterói como patrimônio da Cidade, a partir das análises dos
conceitos de Memória e Pertencimento.

DESASTRE: DO DESLOCAMENTO INVOLUNTÁRIO AO DESCOLAMENTO SOCIAL


Norma Valencio
Universidade Federal de São Carlos
Esse estudo sociológico analisa integradamente três importantes fluxos constituintes da trama de
sofrimento social nos desastres, a saber, os fluxos do espaço, do tempo e das interações sociais. O
espaço é tratado como algo movediço, decomposto e recomposto conforme os deslocamentos de
pessoas e de coisas ocorrem. O tempo é examinado através da intensidade e extensão da vivência
da crise assim como da rearticulação entre as memórias e o devir. Por fim, focaliza-se a lógica
social autoritária do contexto de excepcionalidade, cujos agentes públicos forçam múltiplas
disjunções e desvinculações sociais (de laços com o lugar, com sistemas de objetos, de vizinhança)
enquanto ensejam interações sociais que impõem novos rumos e rotinas aos que se encontram
subjugados nessas circunstâncias.

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Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Amizade”, 7º andar

OS JOVENS E SUAS RELAÇÕES NA / COM A CIDADE


Lilian Aparecida de Souza
Universidade Federal Fluminense
Este trabalho é um esforço teórico que objetiva pensar a relação jovem-cidade a partir das práticas
socioespaciais desses sujeitos. Parte-se do entendimento que a juventude é uma construção social,
histórica e espacial, que deve ser considerada em sua totalidade e em sua teia de relações. Busca-se
superar as representações hegemônicas que não reconhecem os jovens como sujeitos ativos,
afirmando que a partir de suas ações e pensamentos, a juventude produz espaço, e que neste
processo, tem sua condição juvenil conformada pela maneira com que este espaço vai sendo
produzido. Desse modo, jovem e espaço vão se instituindo dialeticamente, ou seja, ao mesmo tempo
que os jovens vivem a cidade vão também produzindo-a. A metodologia utilizada foi a pesquisa
bibliográfica.

PICTOCARTOGRAFAR (PROBLEMATIZAR ARTEVISUALMENTE A CIDADE)


Rogério Rauber
Instituto de Artes da UNESP
Pictocartografias são ensaios artísticos que problematizam artevisualmente o espaço urbano.
Emergiram de instalações pictóricas do autor deste artigo quando impregnadas pela sua atuação
como arquiteto e urbanista. As primeiras sete experiências se situaram no bairro da Barra Funda,
zona oeste de São Paulo, alvo de intensa gentrificação e que abriga o Instituto de Artes da UNESP.
Foi onde se desenvolveu a pesquisa de mestrado em cujo âmbito tais artivismos se inserem.
Faremos uma reflexão crítica sobre as nove Pictocartografias realizadas até agora, abordando suas
motivações íntimas, imbricações socioambientais, protagonismos políticos, bem como seus
processos poéticos. A Pictocartografia 9 será instalada e performada na Galeria do Poste (Niterói,
RJ) na mesma data desta comunicação.

INJUSTIÇA AMBIENTAL EM ANÁLISE: UMA REFLEXÃO SOBRE O IMPACTO DO


DISCURSO DESENVOLVIMENTISTA NA COMUNIDADE DE SÃO JOAQUIM,
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES.
Tauã Lima Verdan Rangel
Universidade Federal Fluminense
A busca pelo desenvolvimento tem ganhado, nas últimas décadas, a pauta das discussões e
reflexões, sobretudo em razão do esgotamento e exaurimento dos recursos naturais. Em um cenário
de achatamento da população, sobretudo aquela como “vulnerável”, condicionada em comunidades
carentes e bolsões de pobreza, diretamente afetada pelos passivos produzidos, constrói-se um
ideário de justiça ambiental. Justamente, o presente debruça-se, ambicionando explicitar, a partir do
exame da situação retratada no Distrito Industrial de São Joaquim, em Cachoeiro de Itapemirim-ES,
um cenário “propício” para o agravamento da injustiça socioambiental, aguçando os passivos
socioambientais a serem suportados pelas populações diretamente afetadas pelo empreendimento.

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CAIS DO VALONGO, REFORMA URBANA E O MOVIMENTO DE RESGATE DA
MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO
Vanessa de Araujo Andrade
Mestranda em História CPDOC- FGV
O Cais do Valongo, vestígio do tráfico de escravizados nas Américas, foi redescoberto em 2011 nas
obras de reforma urbana do Rio de Janeiro e tornou-se Patrimônio da Humanidade pela Unesco em
2017. Vieram à tona questões acerca do resgate da memória da escravidão na cidade. A reforma
insere-se num movimento global de valorização e especulação imobiliária das cidades olímpicas e
áreas portuárias, que nem sempre considera as questões da região ligada à memória da escravidão
desde meados do século XVIII, alterando a dinâmica da cidade. O objetivo da comunicação é
analisar o silenciamento desta memória, com o aterramento do Cais do Valongo em 1911, de seu
resgate, com a redescoberta e patrimonialização após 2011, e o risco de novo apagamento com o
abandono do poder público sobre o Cais.

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SC 07 – Governos e práticas políticas
Prof. Dr. Jayme Lúcio Ribeiro (Instituto Federal do Rio de Janeiro/ Faculdades Integradas
Campograndenses - FEUC)
Prof. Dr.ª Vivian Zampa (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de
Janeiro)

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Paz”, 7º andar

SERVOS DE DEUS, VASSALOS DO REI: BISPOS E POLÍTICA REAL NA AMÉRICA


HISPÂNICA DOS SÉC. XVII E XVIII
Flavia Silva Barros Ximenes
Universidade Federal Fluminense
Este trabalho busca discutir o papel episcopal no jogo de poderes do Novo Mundo hispânico dos
séculos XVII e XVIII através da atuação dos bispos Juan de Palafox y Mendoza e Francisco
Antônio de Lorenzana que foram participantes ativos dos períodos de reformas nos séculos XVII e
XVIII. Através da atuação episcopal podemos observar as estruturas sociais e políticas da América
hispânica e o papel da Igreja e seus agentes nessas estruturas, já que não é possível compreender a
história da Nova Espanha sem considerar a participação crucial da Igreja na sua formação e
governo, e a atuação dos bispos como pano de fundo para a compreensão de um leque de situações
onde os homens da Igreja atuaram de forma marcante, influenciando a sociedade e a política.

O GOVERNO DOS ÍNDIOS: PRÁTICAS POLÍTICAS NA AMÉRICA PORTUGUESA,


PERNAMBUCO, SÉC XVIII
Iviana Izabel Bezerra de Lira
Universidade Federal Rural de Pernambuco
A historiografia brasileira tem apresentado diferentes perspectivas de análises acerca das práticas
políticas exercidas sobre os grupos sociais, e o estudo direcionado às comunidades indígenas tem
recebido maior entusiasmo por parte dos historiadores. A partir disto, nosso estudo tem por objetivo
perceber as estratégias políticas processadas pelos não índios responsáveis pelo governo e pela
justiça na capitania de Pernambuco no século XVIII. Para tanto, realizamos um percurso
historiográfico pelas obras que dissertaram sobre o indígena como ator sócio-histórico e as suas
relações políticas. De modo complementar, analisamos um rol de documentos institucionais
produzido no Ultramar, que nos possibilitou perceber as dinâmicas no modo de governar e regular
as populações nativas.

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À LÉGUAS DE DISTÂNCIA: CÂMARAS MUNICIPAIS E JUSTIÇA LOCAL NAS
GERAIS DO SÉCULO DO OURO.
Thiago Nicodemos Enes dos Santos
Universidade Federal Fluminense
Considerada uma obrigação real e principal atividade do soberano, no Antigo Regime a justiça se
mesclava indistintamente com a administração. O próprio termo justiça designava a manutenção da
ordem política e social, sendo utilizada como sinônimo de lei e conjunto de instituições judiciais.
Incapazes de levar a graça da sua presença por todo seu vasto império, os reis portugueses se
valeram das Câmaras Municipais para manter unidos os laços do governo. Entretanto, fazer justiça à
distância era algo complexo porque a administração lusitana contava com uma extensa rede de
oficiais que desfrutavam de demasiada liberdade e mantinham intensas e duvidosas relações com o
poder local, especialmente nas Minas Gerais, região onde a distinção social era o objetivo de grande
parte dos súditos.

CHEFES POLÍTICOS, HERDEIROS E APADRINHADOS: SER DEPUTADO NO


BRASIL IMPERIAL (1881-1884)
Alexandra Aguiar
Universidade do Estado do Rio de Janeiro / SEEDUC-RJ
A Assembleia Geral era a vitrine da política institucional do Brasil Imperial, suas sessões eram
acompanhadas pelos periódicos e os discursos parlamentares assistidos sob as manifestações da
plateia. Eleger-se deputado-geral expressava inserção no seleto grupo à frente das decisões sobre o
país, os “representantes da nação”. A candidatura por si sinalizava que o individuo era portador de
instrução e de ingresso nas redes de sociabilidade dos chefes políticos, parte da dinâmica que
conduzia às cadeiras no Parlamento. Proponho nesta comunicação refletir sobre os significados
simbólico e material de ser deputado no Brasil do Segundo Reinado, tendo como moldura teórica o
princípio da distinção, dentro do panorama da primeira Câmara dos Deputados eleita de forma
direta no Brasil.

O DESAFIO POLÍTICO DE CAMPOS SALES: O CONFRONTO NA ARENA DO


CONGRESSO NACIONAL ( 1898-1902).
Marcos André Gomes
UNIVERSO
A República recém- criada passava por muitas crises e estas impediam a solidez republicana. Os
conflitos provocavam no regime: a instabilidade política, a insegurança econômica, a segregação
social que eram impeditivos para uma dinâmica eficaz que se comprometesse com a unidade
nacional e em contrapartida com estabilidade que o chefe de Estado precisava para mudar o
contexto caótico pelo qual passava a República. O fim do Poder Moderador, a Constituição de
1891 e o fracasso do PRF, levaram a necessidade de se avançar em busca da unidade nos Estados e
no Congresso Nacional. Este será o grande desafio de Campos Sales para a pacificação e
governabilidade. Vencer as demandas políticas no Congresso e unir os Estados em torno de si com a
estratagema da Política dos Governadores.

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Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Paz”, 7º andar

O AUTORITARISMO NO ESTADO NOVO – UMA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO


DEPARTAMENTO DE IMPRENSA E PROPAGANDA
Michelle Oliveira da Silva
UNIVERSO NITERÓI
O Estado Novo (1937-1945), foi um dos períodos da Era Vargas. Foi um Momento marcado pelo
caráter autoritário e intervencionista do Estado em relação à sociedade. Diante disso, o objetivo
deste trabalho é conceituar o autoritarismo, apresentando alguns significados, contextualizar o
Estado Novo, pontuando suas principais características e por fim analisar a atuação do
Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP, como um órgão que intensificou ainda mais o
caráter autoritário doperíodo vigente.

GOVERNO E PRÁTICAS POLÍTICAS: AZEVEDO AMARAL, UM INTELECTUAL E SUA


CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTADO NACIONAL DE GETÚLIO VARGAS.
Nara Maria Carlos de Santana
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET Petrópolis
O projeto de Estado Nacional proposto por Vargas, contou com a participação dos intelectuais na
construção de uma dada concepção de Identidade Nacional. No trabalho que ora apresento, os
conceitos privilegiados serão o de Estado-nação, nacionalismo e Identidade Nacional e a
metodologia utilizada será a pesquisa qualitativa, centralizada na produção intelectual de um dos
ideólogos do Estado Nacional, Azevedo Amaral, e na bibliografia que contempla os conceitos e o
tema. Sendo um dos intelectuais de destaque deste projeto de Estado e de suas prática política,
analisarei duas de suas obras: O Estado Nacional e Getúlio Vargas, estadista. Sem pretender esgotar
a análise destas obras, me proponho a observar aspectos importantes da construção do Estado Novo
que são tratados nestes trabalhos.

FORMAS E CONTORNOS DA ADMINISTRAÇÃO FLUMINENSE: ASPECTOS DA


INTERVENTORIA AMARAL PEIXOTO.
José Luís Honorato Lessa
Fundação Getúlio Vargas
Ernani do Amaral Peixoto comandou o executivo fluminense ao longo de todo o percurso
estadonovista. Partimos da premissa de que a dinâmica empreendida pelo governo concentrou-se
em capitanear a restruturação burocrático-administrativa do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de
um projeto construtivo de uma dada hegemonia. Esta comunicação visa ressaltar o processo de
reestruturação da região fluminense, tal como o efeito desta política nos campos organizacional,
burocrático, técnico, administrativo, financeiro, fiscal e, de modo especial, os impactos desta ação
de governo sobre os equipamentos industriais fluminenses.

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CRIMES CONTRA A ORDEM POLÍTICA E SOCIAL: POLÍCIA POLÍTICA E POLÍCIA
MILITAR NA ERA VARGAS
Vivian Zampa
Universidade Salgado de Oliveira/Universidade do Estado do Rio de Janeiro
A atuação da Polícia no combate a movimentos sociais e a posicionamentos políticos de oposição
aos governos constituídos marcou diretamente o século XX no Brasil. Nas décadas de 1930 e 1940,
a instituição policial aumentou as funções de vigilância e repressão, durante a chamada Era Vargas.
Essa comunicação tem por objetivo discutir a legislação que reestruturou as Polícias Militares
estaduais e a especialização dos órgãos de inteligência da Polícia Civil, voltados ao combate de
crimes políticos, no período.

A IGPM E A INVENÇÃO DO POLICIAMENTO MILITARIZADO


Pedro Henrique silva de Sousa
Mestrado - Universo
As Polícias Militares (PM), são hoje, instituições preparadas para a guerra. O combate ao inimigo
foi a filosofia herdada da época em que o Exército Brasileiro (EB) exercia o controle sobre as PM.
Este controle iniciou-se em meados do século passado. Entretanto, foi a partir do Regime Militar de
1964 – no contexto da Doutrina de Segurança Nacional – que as polícias passaram ser inseridas no
rol das instituições que se destinavam à Defesa Nacional. Fazia-se necessário um mecanismo de
controle mais eficiente, que possibilitasse ao exército ter o total domínio sobre as PM. Cria-se,
então, a Inspetoria Geral das Polícias Militares, com a missão de exercer a fiscalização e o controle,
além de assegurar o monopólio do policiamento ostensivo fardado para as Polícias Militares.

Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Felicidade”, 7º andar

O GOVERNO DUTRA E A QUESTÃO DEMOCRÁTICA (1946-1950)


Jayme Fernandes Ribeiro
Professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e das Faculdades Integradas Campograndenses
(FIC)
Após a Segunda Guerra Mundial e o fim do Estado Novo, uma nova fase política se abriu na
história do Brasil. Eleições foram marcadas e um período de experiência democrática inaugurado.
Todavia, importa ressaltar que, internamente, as classes proprietárias brasileiras, assim como as
Forças Armadas e a Igreja, continuaram bastante hostis à ideia do comunismo e aos partidos ditos
de esquerda, sobretudo o PCB, mesmo o partido demonstrando moderação em suas ações e
manifestações públicas. Essa comunicação tem por objetivo discutir: que tipo de democracia
estava-se inaugurando no Brasil? O que o governo de Eurico Dutra pensava ser a democracia? E
qual democracia foi posta em prática no período?

59
A INTENSIFICAÇÃO AUTORITÁRIA-MILITAR BRASILEIRA E A RADICALIZAÇÃO
POLÍTICA NO PRÉ 1964
João Carlos Diniz de Campos Sobrinho
UNIVERSO
O intricado processo político que compreende o período do governo João Goulart, último presidente
antes da instauração do golpe civil-militar de 1964, é permeado de interpretações distintas e
enfoques sobre quais seriam os agentes e/ou motivos que possibilitaram os militares a tomarem o
poder. O objetivo deste texto é tratar sobre o desenvolvimento e o avanço do autoritarismo no país
frente ao governo Jango. Tais fatores de crescimento e legitimação, compreendo estarem ligados
diretamente ao militarismo no Brasil, como, também, na atuação de grupos civis conservadores,
fossem de empresários ou mesmo organizações sociais.

Palavras-Chave: Autoritarismo-militar; João Goulart; IPES/IBAD

MODERNIZAÇÃO AUTORITÁRIA-CONSERVADORA: CONJUNTURA ENERGÉTICA E


POLÍTICA DO GOVERNO GEISEL
Karina de Carvalho Brotherhood
Universo
Este artigo tem por objetivo discutir a construção do pensamento autoritário no Brasil, a partir de
1889, e como ele esteve presente na trajetória política do país no período republicano. De forma
mais pontual, analisar-se-á como o referido pensamento contribuiu para a organização e
aplicabilidade de uma ação de modernização autoritária-conservadora, no que diz respeito ao setor
de energia no Geisel.

“LIBERDADE PARA RAFAEL BRAGA!”: O CASO QUE NÃO CHOCA O BRASIL


Axel Semm
Universidade do Estado do RIo de Janeiro
A presente comunicação atenta para uma realidade secularizada e atomizada em nossa sociedade: a
criminalização e o encarceramento em massa da população negra e periférica.
Rafael Braga Vieira, preso em junho de 2013, em meio às manifestações que sacudiram o país,
certamente não representa exemplo único, onde uma pessoa comum foi alçada à categoria de
criminoso pela justiça brasileira.
O silenciamento da imprensa em meio ao caso, transformou-o em ativismo social sob forma de uma
campanha, reconhecida em âmbito nacional e internacional. Ao mesmo tempo em que naturalizam-
se prisões de jovens negros das periferias, o caso de Rafael Braga Vieira indica um importante
exemplo para o aprofundamento de debates acerca do Estado democrático de direito.

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O INSTITUCIONALISMO E AS INSTITUIÇÕES: POR UM DEBATE TEÓRICO
Juliana Foguel Castelo Branco
UFRJ
As instituições desempenham um importante papel na sociedade quando almejamos entender os
seus desenvolvimentos políticos e econômicos. As instituições, para além de regras formais e
informais que normatizam comportamentos e regras de engajamento, são também resultado de
complexas disputas para a sua demarcação delimitados por uma matriz institucional dinâmica
(NORTH, 1991). O presente trabalho, almeja propor uma reflexão teórica das propostas de alguns
autores originário da Nova Economia Institucional para refletir sobre as formações políticas e
econômicas dos Estados e os múltiplas formas de exercícios de poder.

ESCOLA SEM PARTIDO: CONFUSÃO ENTRE NEUTRALIDADE E OBJETIVIDADE.


David Santos Pereira Chaves
Universidade Federal do Rio de Janeiro
O objeto desse artigo é o “Projeto Escola Sem Partido” na sua defesa pela neutralidade do professor
na sala de aula. Nosso objetivo geral é analisar a formação dos professores num contexto mediado
pelo caráter histórico e político das diferentes concepções pedagógicas que compõem os currículos
oficiais. O referencial teórico metodológico utilizado é o materialismo histórico dialético, buscando
as medições de natureza política, cultural e socioeconômica; sem, contudo, deixar de recorrer a
autores de outras linhas de pensamento como o historicismo e o culturalismo, por exemplo.
Concluímos que o Projeto Escola Sem Partido traz na sua concepção teórica uma confusão entre os
termos neutralidade e objetividade que são tratados como se fossem sinônimos.

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SC 08 – Movimentos sociais e seus
desdobramentos
Prof. Dr.ª Angela Roberti (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Prof. Dr.ª Marly Vianna (Universidade Salgado de Oliveira)

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Empatia”, 7º andar

RESISTÊNCIA E TRANSGRESSÃO COMO EXPLOSÃO DE SENSIBILIDADE: O


ESCRITOR LIBERTÁRIO DOMINGOS RIBEIRO FILHO E A LITERATURA COMO
INSTRUMENTO DE AÇÃO POLÍTICA
Angela Maria Roberti Martins
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
A comunicação pretende explorar os traços da “literatura de combate” e dos “romances de
escândalo” que evidenciam a sensibilidade do escritor libertário Domingos Ribeiro Filho (1875-
1942) como crítico contumaz dos valores da sociedade em que viveu, empreendendo um exercício
intelectual aplicado às necessidades sociais. É possível, assim, pensar sua obra a partir de um
sentido social e político: verdadeiro lugar de embates de ideias, de crítica social e mesmo de
denúncia. Da mesma forma, seus textos revelam a possibilidade de resistência pela transgressão, na
medida em que o autor ficcionaliza situações e relações que propõem a destruição de regras
coercitivas em benefício de uma ética libertária, firmada em bases mais livres e criativas,
convertendo-se em “instrumento de ação política”.

TÉRCIO MIRANDA, UM ANARQUISTA PORTUGUÊS NA BELLE ÉPOQUE


MANAUARA
Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro
Universidade Federal do Amazonas
Tércio Miranda foi uma das maiores lideranças operárias que atuaram na cidade de Manaus (AM)
ao longo das duas primeiras décadas do século XX. Natural de Amarantes, no distrito do Porto, em
Portugal, Tércio teve passagem curta pela cidade, então afetada por um processo de urbanização
modernizadora decorrente da exportação da borracha. Chegando em fins de 1912, com 24 anos de
idade, deteve-se ali até 1915, fundando na cidade o periódico A Lucta Social. Sua atuação junto ao
movimento operário amazonense foi extremamente impactante e marcada tanto por sua coerência,
quanto por suas convicções ideológicas, que fizeram dele um crítico ferrenho do associativismo de
cunho beneficente e, inversamente, o mais destacado propagandista do Sindicalismo Revolucionário
no Norte do país.

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OS MISTÉRIOS DE LONDRES: LITERATURA BARATA E O MOVIMENTO OPERÁRIO
NA INGLATERRA (1830-40)
Matheus Rodrigues da Silva Mello
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Como expõe Keith Baker, a política tem seu entendimento vinculado à formulação de demandas,
como a atividade por meio da qual os grupos e indivíduos de qualquer sociedade articulam,
negociam, implementam e impõem suas reivindicações, tanto entre estes indivíduos quanto ao
conjunto social. O Cartismo (1830-40), assim, é tomado em uma dimensão que considera os
indivíduos ligados por expectativas comuns, afastados das instâncias formais de poder, lutando por
interesses específicos e representatividade política. A literatura barata se torna espaço privilegiado
de veiculação de ideias radicais, sendo possível identificar o empenho em produzir e propagar estes
papéis, pincelando as ficções com tons de denúncia, expondo as enfermidades e a degradação
humana do submundo de Londres.

O TEATRO COMO GRANDE MOBILIZADORA DE CULTURA NA PRIMEIRA


REPÚBLICA NO RIO DE JANEIRO
Priscila de Andrade Pereira
UNIVERSO
O trabalho gira em torno da representação do teatro na vida operária anarquista carioca do início do
século XX, no momento da Primeira República no contexto carioca das artes e efervescência das
revistas e cafés. A forma como os espetáculos militantes refletiam sobre e com a sociedade
proletária, e os processos culturais que acabavam por configurar os espetáculos da forma como se
constituíam nas festas operárias, como a filosofia anarquista se adequava a situação socio-política e
cultural do Brasil.

O MOVIMENTO INDÍGENA NOS ESTADOS UNIDOS (1970)


Alexandre Guilherme da Cruz Alves Junior
Professor História da América da Universidade Federal Fluminense
O presente trabalho por objetivo discutir a ocupação da ilha de Alcatraz por 89 indígenas norte-
americanos, auto-denominados Indígenas de Todas as Tribos (Indians of All Tribes – IOAT), entre
novembro de 1969 e junho de 1971 e sua apropriação pela historiografia acerca do movimento
pelos Direitos Civis. A ocupação da ilha, onde se localizava uma antiga prisão federal, gerou uma
importante repercussão na mídia e em setores do governo dos Estados Unidos, mobilizando
indígenas de diferentes etnias, estudantes universitários, hippies, entre outros atores importantes na
luta pela ampliação dos direitos civis.

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Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Empatia”, 7º andar

O NASCIMENTO DA IMPRENSA FEMINISTA NA FRANÇA


Natania Aparecida da Silva Nogueira
Universidade Salgado de Oliveira
Desde que os primeiros jornais começaram a circular na França, as mulheres letradas passaram a ter
acesso ao seu conteúdo. Eram, no entanto, jornais voltados para o interesse dos homens. No século
XVIII surgiram os primeiros periódicos destinados ao público feminino, apesar de obedecerem a
uma pauta editorial específica, ditada pelos homens. À partir de então as mulheres passaram a
construir uma carreira jornalística que permitiu que a imprensa fosse invadida por uma pluralidade
de discursos dentre os quais aqueles que ressaltavam à necessidade de maior participação das
mulheres tanto no mercado de trabalho quanto na política. Na presente pesquisa pretende-se
entender como esse processo ocorreu e como essa imprensa feminista foi se desenvolvendo no
decorrer do século XIX e início do XX.

A EXPERIÊNCIA FEMININA NO MOVIMENTO ANARQUISTA ARGENTINO: O


PERIÓDICO LA VOZ DE LA MUJER COMO ESTUDO DE CASO. (BUENOS AIRES,
1896-1897)
Ingrid Souza Ladeira de Souza
PPGH/UNIRIO
As aproximações entre a História e os estudos femininos vem estimulando uma produção crescente
entre historiadoras e historiadores no sentido de ampliar e renovar o campo da pesquisa histórica.
Fontes inéditas ou revisitadas trazem uma nova roupagem às contribuições historiográficas sobre
temas ou experiências passadas. Nessa perspectiva, a comunicação toma o periódico La Voz de la
Mujer como objeto de análise crítica. Tal periódico circulou na cidade de Buenos Aires entre os
anos de 1896-1897, inaugurando um novo momento na história do anarquismo argentino. Até o seu
aparecimento uma luta feminina ainda não tinha significância evidente no movimento operário, mas
com o jornal, as mulheres militantes formaram um grupo social com reivindicações próprias.

"DEMOCRACIA TAMBÉM PARA AS LÉSBICAS": O ATIVISMO DO GALF E A


RESISTÊNCIA À DITADURA CIVIL-MILITAR
Julia Aleksandra Martucci Kumpera
IFCH/UNICAMP
Neste trabalho pretende-se analisar a trajetória do Grupo de Ação Lésbica Feminista (GALF),
atuante em São Paulo durante a década de 1980, por meio do exame do boletim ChanaComChana,
editado pelo grupo. A aberta defesa da lesbianidade e sua vinculação com o feminismo foram
empreendidas frente aos discursos moralistas do regime em prol da família e dos bons costumes, a
negativa associação entre homossexualidade e comunismo e a perseguição policial levada a cabo
pelo delegado Wilson Richetti. Ao mesmo tempo, o GALF inseriu-se no processo de abertura
política, articulando-se com outros movimentos sociais em defesa da democracia. Portanto,
objetiva-se entrelaçar discussões sobre os novos movimentos sociais, a imprensa alternativa, o
movimento homossexual e a redemocratização do Brasil.

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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO SENSO COMUM SOBRE AS PSICOPATIAS
Fernanda Raposo Braga
Unilasalle do Rio de Janeiro
Helenice Sardeberg
Unilasalle do Rio de Janeiro
O presente trabalho busca definir as representações sociais em nossa sociedade, como também uma
explicação histórica, sobre o conceito de psicopatia e das representações sociais. E suas implicações
na sociedade relacionadas aos psicopatas .

Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Empatia”, 7º andar

SANTA DICA DE GOIÁS: A REVOLUCIONÁRIA PRODIGIOSA QUE DESPERTOU


ATENÇÃO DAS AUTORIDADES GOIANAS NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO
XX.
Ubirajara Sampaio Bragança
Universidade Salgado de Oliveira-UNIVERSO
Benedicta Cypriano Gomes, Santa Dica, liderou uma comunidade em Lagolândia,GO, nas primeiras
décadas do séc. XX. Segundo a crença popular tinha poderes especiais. Diziam que a moça era
milagreira, curava enfermidades e recebia revelações dos anjos. A jovem lutava pela igualdade e era
completamente contra a concentração de poder nas mãos de poucos. Em consequência do seu
pensamento revolucionário, enfrentou a ira dos coronéis e esteve envolvida em várias questões
políticas do país. Pela sua determinação e competência a jovem goiana chegou a ser comparada com
líderes famosos como Joana D’Arc e Lenin. Em1925 seu reduto foi metralhado pela Força Pública
de Goiás, mas, curiosamente, foi chamada para defender o Estado em várias ocasiões, como por
exemplo, na Revolução Constitucionalista de 32.

O FÓRUM MUNDIAL DO TRABALHO DO MOVIMENTO LAUSANNE E A (FALTA DE)


RESPONSABILIDADE SOCIAL COM OS TRABALHADORES.
Kelly Barreto Videira Chaves
Ex aluna Mestrado Universo, no processo seletivo para o doutorado Universo.
O Movimento de Lausanne-ML priorizou a evangelização em detrimento de uma abordagem
integral (missões conciliadas com responsabilidade social) indo contra seu documento base, o Pacto
de Lausanne-PL. Em 2019, no Fórum Mundial do Trabalho-FMT, a proposta do ML é que os
trabalhadores participantes sejam energizados e impulsionados a imaginar e desejar mudanças de
paradigmas no local de trabalho. Essa proposta não considera o dever do cristão de combater as
injustiças sociais, presentes no PL, e sequer cita a necessária conciliação da evangelização com a
responsabilidade social com os trabalhadores através da luta contra as injustiças, precarização do
trabalho e perda de direitos trabalhistas.

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RELIGIÕES AFRODESCENDENTES NA AGENDA POLÍTICA BRASILEIRA 2003-2006:
UMA ANÁLISE DE SUAS ABORDAGENS
Caio Isidoro da Silva
Unesp/Assis
As políticas públicas ganharam visibilidade na sociedade e no âmbito acadêmico, sobretudo ligadas
à questão étnico-racial, as políticas de promoção da igualdade racial. É nesse cenário no qual as
religiões afrodescendentes passaram a obter espaços de discussões e direitos. Portanto, o presente
trabalho tem o objetivo de explicitar a análise que está sendo realizada, analisando as seguintes
fontes: o relatório de gestão da SEPPIR 2003-2006 (Secretaria Especial de Políticas de Promoção
da Igualdade Racial) e o Relatório final da I CONAPIR (Congresso Nacional de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial), evento realizado em 2005. Desse modo, a proposta do trabalho é
explicitar os discursos sobre essas religiões na agenda política brasileira entre 2003-2006.

O MOVIMENTO DIRETAS JÁ E O PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO DO


BRASIL
Daniela de Campos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Farroupilha
Em 1964 um golpe civil-militar derrubou o presidente João Goulart e instituiu uma ditadura que
perdurou por vinte e um anos e serviu de modelo para as que se seguiram em outros países da
América Latina. Em seus anos finais, ainda que oposição ao regime sempre esteve presente, a partir
de 1983 a sociedade brasileira vislumbrou, de forma mais contundente, o retorno ao regime
democrático. O movimento por eleições diretas, Diretas Já, aconteceu em todo o país e tornou-se o
maior movimento social da história recente do Brasil. Essa comunicação, baseada em pesquisas
desenvolvidas desde 2016, objetiva analisar o peso desse movimento no processo de abertura
política.

A FORMAÇÃO DO LATIFÚNDIO NO BRASIL E A REFORMA AGRÁRIA: REFLEXÕES


A PARTIR DO ASSENTAMENTO PAPUAM II DE ABELARDO LUZ/SC
Jordan Brasil dos Santos
Mestrando em História UFFS/Chapecó
O presente artigo tem por objetivo analisar a formação do latifúndio no Brasil através das políticas
públicas. E como essas ações, impactaram a distribuição de terras no país, acentuando as
desigualdades sociais. Acentou-se o êxodo rural, as dificuldades de produção e a mecanização do
campo, fatores que originaram a luta dos camponeses pela posse da terra, em atrito com os grandes
proprietários. Através das lutas surge um movimento nacional, o MST, que unificará as pautas,
transformando a vida de muitas pessoas que lutavam pelo o seu pedaço de terra, para produzir,
caracterizando um movimento Nacional. O objeto de análise será o assentamento Papuan II, mais
especificamente a família Lavrati, e como esse assentamento conseguiu criar focos de novos
modelos de desenvolvimento econômico.

66
Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Empatia”, 7º andar

O COLÉGIO PEDRO II E O BAIRRO DE REALENGO: A LUTA DE UM MOVIMENTO


SOCIAL EM FAVOR DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA ZONA OESTE DO RIO DE
JANEIRO (1983-2004)
Daniel Vilaça dos Santos
Colégio Pedro II
Examina-se a trajetória de um movimento social da zona oeste do Rio de Janeiro, cuja atuação pelo
incremento da oferta de educação pública local resultou na implantação do Colégio Pedro II (CPII)
de Realengo, em 2004. Fundado em 1983, o movimento pautou a positivação do tombamento e da
conversão em escola de dependências de uma centenária usina militar abandonada para pleitear uma
instituição de formação técnica. Com o malogro gerado pelo neoliberalismo dos anos 90, mirou-se a
orientação propedêutica do CPII por sua tradição como formador das elites justo quando a
universalização da escola básica dos anos 2000 acenava-lhe com um meio de se democratizar. Com
recursos documentais, iconográficos e de história oral, aciona-se a tensão entre memória e
identidade social.

POR UMA TEORIA DO TRABALHO NO MEDIEVO SAPIENCIAL


Claudio Pedrosa Nunes
UFCG e USP
Na Baixa Idade Média o trabalho humano apresentava-se como uma atividade merecedora de
adequada atenção do Estado. Não obstante, não se pode afirmar peremptoriamente que tal estágio
histórico do trabalho estivesse integralmente divorciado de um mínimo de regulação ou de
organização que lhe destinasse uma disciplina formal, mormente diante da autoridade normativa do
direito natural e do direito costumeiro no particular. O presente estudo objetiva oferecer um
diagnóstico propedêutico das relações de trabalho na Idade Média tardia, especialmente no
ambiente da escolástica. Realça-se um conjunto de regras naturais, costumeiras e eventualmente
positivas capazes de anunciar a formação, ainda que embrionária, de uma teoria das relações de
trabalho no Medievo sapiencial.

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SC 09 – História militar e fronteiras
Prof. Dr. Fernando Rodrigues (Universidade Salgado de Oliveira)
Prof. Dr. Thiago Moreira de Souza Rodrigues (INEST – Universidade Federal Fluminense)
Prof. Dr. Tony Payan (Universidad Autónoma de Ciudad Juárez – Ciudad Juárez, Chihuahua / Rice
University – Houston, Texas)

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Felicidade”, 7º andar

A REFORMA MILITAR DO PERÍODO POMBALINO OS PADRÕES EUROPEUS


MODERNOS E A GUERRA DE GUERRILHA
Christiane Figueiredo Pagano de Mello
UFOP
A finalidade desta exposição é refletir sobre as experiências de defesa e militarização no Império
Ultramarino Português. O contexto espacial delimitado compreende as áreas: o Norte e o Centro-
Sul da América Portuguesa. Utilizaremos uma perspectiva comparativa a fim de obter uma
compreensão mais ampla sobre a política militar utilizada pela Coroa Lusitana nas suas possessões
ultramarina, na segunda metade do século XVIII. Sob essa perspectiva, o trabalho analisa o
processo de incorporação das áreas em estudo - Norte e Centro-Sul da América Portuguesa - na
nova lógica militar implantada em Portugal a partir de 1750, bem como os seus efeitos nos grupos
armados das elites locais.

O FORTE DE SANTA TECLA E A PAISAGEM COMO ESCRITA DE PODER


Paloma Falcão Amaya
UFRJ
A formação da fronteira sul, durante o período colonial, foi marcada por embates históricos que
envolveram diferentes atores sociais. Ao analisarmos o pampa gaúcho podemos estudar as relações
de poder, a conquista militar, e a problemática da paisagem. Desta forma, o presente trabalho busca
apresentar os estudos desenvolvidos sobre Arqueologia da Paisagem tento como objeto o Forte de
Santa Tecla construído em 1774, localizado atualmente na cidade de Bagé no Rio Grande do Sul. O
Forte de Santa Tecla enquanto um espaço socialmente construído tem uma significância própria
constituindo-se como lugar em que ações humanas articulam-se como um centro de significados e
manifestações de poder e controle.

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AS POSSIBILIDADES DE AQUISIÇÃO DOS QUADROS A ÓLEO PRODUZIDOS POR
EDUARDO DE MARTINO PELA MARINHA BRASILEIRA (1868 – 1875).
Bárbara Tikami de Lima
Unisinos
Neste trabalho discorreremos sobre a gênese da relação entre a Marinha Brasileira e as imagens
produzidas por Eduardo de Martino (1838-1912). Para tanto será considerada a importância dos
usos e funções atribuídos às obras produzidas pelo artista, que chegou à América do Sul em
decorrência da mobilidade de seu trabalho como oficial da marinha italiana. Como durante o
período em que ele atuou no Brasil a força armada naval desse país foi uma das instituições que
mais adquiriu seus quadros iremos apresentar hipóteses acerca das possibilidades de aquisição de
um grupo de telas que esteve exposto no Museu Naval – local de memória da instituição – até ser
transferido para o Museu Histórico Nacional nas primeiras décadas do século XX.

“O TEATRO DAS MAIS ENCARNIÇADAS LUTAS CONTRA OS ÍNDIOS”: O PRESÍDIO


DE SANTA MARIA DO ARAGUAIA E OS KAYAPÓ NA FRONTEIRA ARAGUAIA, EM
FINS DO SÉCULO XIX
Laécio Rocha de Sena
Universidade Federal do Pará
O presente trabalho busca analisar a relação estabelecida no antigo norte do Goiás do século XIX,
entre os Mebêngôkre-Kayapó e os militares do presídio de Santa Maria do Araguaia. Tem-se como
pano de fundo a tentativa da província goiana de ocupar e colonizar o vale do Araguaia, habitado
por vários grupos indígenas, dentre eles os Kayapós, e nessa perspectiva, buscava-se ampliar as
fronteiras internas, mediante o controle daquele território e sua gente. A relação entre esses sujeitos
(índios e militares) foi marcada ora por tensões e conflitos, mas também por negociações de ambas
as partes. Lançando mão dos relatórios dos presidentes da Província do Goiás, relatos de viajantes,
correspondências de missionários e funcionários do governo, buscar-se-à perscrutar esse processo.

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Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Amor”, 7º andar

UMA ABORDAGEM CONCEITUAL SOBRE A HISTÓRIA MILITAR E FRONTEIRAS: A


GUERRA DO CHACO E A QUESTÃO LETÍCIA
Fabio da Silva Pereira
UNIVERSO
Edna da Costa Silva
UNIVERSO
O presente artigo tem como objetivo abordar as diferentes concepções de fronteira e seus
desdobramentos políticos e militares nos séculos XX e XXI. A abordagem teórica remonta ao
século XIX, onde obras literárias forneceram concepções sobre a história e a geopolítica que
nortearam as decisões políticas dos governantes sobretudo na primeira metade do século XX, onde
a Guerra do Chaco e a Questão Letícia serão o nosso alvo da pesquisa. O artigo destaca ainda que,
além dos conflitos em tela, ocorriam tensões políticas estabelecidas entre o Brasil e seus vizinhos
por conta da rivalidade tradicional e da disputa pelo controle do poder regional. A investigação,
pautada nos argumentos teóricos atuais e em fontes sigilosas para a época contribuiu para a
manutenção da soberania nacional.

MILITARES E REDES COMERCIAIS NAS FRONTEIRAS DA AMAZÔNIA IBÉRICA:


DEFESA TERRITORIAL E CONTRABANDO (C.1770-C.1790).
Carlos Augusto Bastos
UFPA
O estabelecimento de fortificações configurou uma ação recorrente na defesa das fronteiras
americanas por parte das monarquias ibéricas, como a Amazônia do século XVIII, tendo em vista a
crescente disputa por territórios e políticas de demarcação de limites. As fortificações, para além de
suas funções defensivas, funcionavam como pontos estratégicos para o comércio, principalmente
ilícito, envolvendo militares lusos e espanhóis, indígenas e demais habitantes desse espaço. Essa
comunicação abordará as teias de comércio articuladas a partir de fortificações militares luso-
espanholas na Amazônia entre 1770-1790, buscando entender como essas práticas mercantis se
articulavam com as demandas das políticas imperiais, e impulsionavam interesses privados dos
oficiais destacados na fronteira norte.

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“DEFENDER, PACIFICAR, CIVILIZAR E POVOAR”: UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE
AS COLÔNIAS MILITARES NAS FRONTEIRAS E NO INTERIOR DO BRASIL
IMPÉRIO
Carlos Henrique Ferreira Leite
Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Este artigo tem como objetivo elaborar uma breve reflexão sobre as colônias militares instaladas nas
fronteiras e no interior do território brasileiro, por meio da política adotada pelo governo imperial
durante o Segundo Reinado. A criação e a manutenção destes núcleos refletiram as intenções do
Estado Nacional, caracterizadas dentre outras ações, por medidas centralizadoras, na busca do
estabelecimento da unidade territorial, no policiamento, povoamento e proteção das matas e
fronteiras, no controle dos grupos sociais marginalizados e no desenvolvimento e expansão da
agricultura e do comércio interno. Entre sucessos e fracassos, as colônias militares apresentaram
características, trajetórias e peculiaridades próprias conforme o contexto social, político e
econômico de cada região.

PROJETO POLÍTICO DO ESTADO BRASILEIRO PARA A AMAZÔNIA: O EXÉRCITO


NA VIGILÂNCIA DAS FRONTEIRAS (1917-1940)
Eduardo José Fernandes da Paz
Mestrando Universo
Pesquisamos parte da documentação do Exército brasileiro sobre vigilância, mostrando posição
institucional sobre a política nacional para fronteiras amazônicas, procurando identificar
construções históricas e políticas das tensões fronteiriças, no período 1917/1940. A averiguação
sistemática pautada nos argumentos teóricos dos estudos de fronteiras e pela geopolítica dos anos
1930 e 1940, buscamos as Constituições de 1934/1937. Apontamos que os militares brasileiros da
época, atuaram na fronteira amazônica, com propósito de vigilância voltada para ocupação do
território, controle de limites terrestres, e manutenção da soberania nacional. Trabalhamos Regime
Jurídico, Direito Internacional das Delimitações de Fronteiras vinculado ao DIP, Direito
Constitucional Comparado e o Uti Possidetis.

QUESTÃO LETÍCIA: ANÁLISE DA ATUAÇÃO MILITAR BRASILEIRA NO CONFLITO


COLOMBO-PERUANO (1932-1934)
Helio Irany Wanderley Junior
UNIVERSO
A Questão Letícia é o nome dado ao conflito militar entre o Peru e a Colômbia iniciado em agosto-
setembro de 1932, tendo como objeto uma área do extremo sul do território colombiano fronteiriça
ao Peru e ao Brasil e na qual se localiza a cidade de Letícia. O conflito foi dirimido em 1934 graças
aos esforços de mediação do Brasil, sob o patrocínio da Liga das Nações. A ocorrência de choques
armados na proximidade da fronteira com o Brasil chamou a atenção do governo para os riscos à
soberania do país. Entre dezembro de 1932 e janeiro do ano seguinte, o chanceler Afrânio de Melo
Franco, apoiado pelo Departamento de Estado norte-americano, propôs às partes um esboço de
acordo, prevendo a entrega do território contestado ao Brasil e a sua restituição à Colômbia “no
menor tempo possível”.

71
Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Felicidade”, 7º andar

DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO


Fernando Velôzo Gomes Pedrosa
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Doutrina militar é o sistema de crenças consolidadas e compartilhadas por uma instituição militar a
respeito da melhor maneira de conduzir a guerra. Inclui o uso de uma linguagem técnica comum, a
fim de dar especificidade e precisão à comunicação. Seu caráter pragmático permite que as
instituições militares, promovam mudanças ou adoção de novas doutrinas, em decorrência de
mudanças tecnológicas, culturais ou do panorama estratégico, ou para emular instituições militares
estrangeiras paradigmáticas. Esta comunicação pretende apresentar o desenvolvimento da doutrina
militar do Exército Brasileiro, a partir de sua constituição no processo de Independência, até o final
do século XX, buscando destacar os principais marcos de mudança doutrinária.

O SERVIÇO AÉREO IMPERIAL E A IMPLANTAÇÃO DA AVIAÇÃO MILITAR NA


RÚSSIA CZARISTA
Carlos Roberto Carvalho Daróz
UFF
A aviação militar da Rússia tem suas origens nas unidades de balões de observação formadas em
1885 e que se expandiram após a Guerra Russo-Japonesa. Acompanhando o movimento das
principais potências mundiais no sentido de constituírem suas aviações, a época vinculadas às
marinhas e aos exércitos, em 1910 tanto o exército quanto a marinha da Rússia czarista
estabeleceram serviços aéreos. A presente pesquisa tem como objetivo analisar a criação da arma
aérea no seio do exército russo czarista, bem como seu emprego na Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), até ser substituída pela Aviação Militar do Exército Vermelho, nova instituição introduzida
pela Revolução de Outubro de 1917.

EXILADOS DA COLUNA PRESTES


Isabel Lopez Aragão
UERJ
O trabalho analisa o conflito identitário vivenciado por um exilado ou prisioneiro político, ou
mesmo um fugitivo da justiça por crime comum, no qual as vidas se encontram em suspenso, sem
perspectiva de futuro. Aborda a experiência dos combatentes da Coluna Prestes, ao chegarem ao
exílio, como mote para a análise teórica de alguns aspectos da sua condição de exilados,
especialmente do grupo que vai adentrando a Bolívia, sob o comando de Luís Carlos Prestes, após a
participação em diversos levantes em todo país, seguindo por uma caminhada de 36 mil
quilômetros, por todo o Brasil, no período de 2 anos e meio. Após esse período, decidem exilar-se,
espalhando-se por diversos países da América Latina, dentre eles a Bolívia, o Paraguai, o Uruguai, a
Argentina.

72
A REVOLTA QUE NÃO HOUVE - ADHEMAR DE BARROS E A ARTICULAÇÃO
CONTRA O GOLPE CIVIL-MILITAR (1964-66)
Carlos Henrique dos Santos Ruiz
UNESP - campus de Marília
Em 1º de Abril de 1964, ocorre o Golpe Civil-Militar, destituindo o presidente constitucional da
República João Goulart. Muitos de seus participantes e apoiadores acreditavam que os militares
logo devolveriam o poder aos civis. Mas, no decorrer do governo, lideranças começaram a perceber
que um grupo dos militares procurava se hegemonizar no poder e estava conquistando espaço, com
projeto político próprio. Adhemar de Barros entendeu que seria o próximo político a ser cassado e
face à impopularidade do regime devido à crise econômica, se alia com vários grupos políticos
distintos, e conjuntamente planejaram um contra golpe, com sua liderança, o qual não aconteceu. O
objetivo deste trabalho é apresentar a “Revolta que não Houve”, discutindo os principais pontos
levantados durante a pesquisa.

MILITÂNCIA E MILITARES NA SUSTENTAÇÃO DOS GOVERNOS BOLIVARIANOS


DA VENEZUELA
Luiz Fernando de Oliveira Silva
PPGH UERJ
O presente trabalho, parte da pesquisa desenvolvida no Doutorado em História da UERJ, com o
fomento da FAPERJ, tem como cerne, a discussão sobre o uso político-ideológico das instituições
militares como base de sustentação e manutenção durante os governos bolivarianos de Hugo
Chávez e Nicolás Maduro, a partir da análise das representações da fronteira discursiva entre uma
audiência militar e a militância partidária.

73
SC 10 – A família brasileira e suas interfaces,
séculos XVIII a XX: arranjos e rearranjos
Prof. Dr.ª Margarida Durães (Universidade do Minho, Portugal)
Prof. Dr.ª Vitória Schettini de Andrade (Universidade Salgado de Oliveira)

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Sabedoria”, 7º andar

AS ALFORRIAS DE PIA NA ZONA DA MATA MINEIRA. SÃO PAULO DO MURIAHÉ,


1852-1888
Vitória Schettini de Andrade
Universidade Salgado de Oliveira
Por ser o primeiro sacramento celebrado pela Igreja Católica, o batismo era de grande importância
na vida das pessoas. Receber os santos óleos conferia ao batizando o direito de se dizer cristão,
conforme instituído pelas Ordenações Filipinas, em 1603. Seria o batismo também o responsável
por possibilitar e legalizar das alforrias de pia. Esse modelo de alforria é um dos mais concedidos
em São Paulo do Muriahé, entre os anos de 1852 a 1888. A fim de dialogar com essa afirmação,
essa comunicação terá a função de trazer ao debate as alforrias celebradas na pia batismal no
período recortado, a fim de analisar aproximações e distanciamentos entre padrinhos, senhores, pais
e batizandos. Espera-se assim, dar luz a um tema tão importante e tão pouco trabalhado pela
historiografia.

A PROSOPOGRAFIA COMO BIOGRAFIA COLETIVA: O PERFIL DE MULHERES


INGRESSANTES NO CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DA
AJUDA NO SÉCULO XVIII (1762-1800)
Amanda Dias de Oliveira
Universidade Federal do Rio de Janeiro
O presente artigo vai desenvolver aspectos coligados a genealogia das mulheres ingressantes no
Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ajuda do Rio de Janeiro, no decorrer dos anos de
1762 a 1800. As vinte e seis solicitações selecionadas serão analisadas por meio do método
prosopográfico e da metodologia comparativa de diferentes fundos documentais com o intuito de
darmos um contorno social e institucional a este artigo. Ainda assim, tentaremos fundamentar a
hipótese de que o Convento da Ajuda como instância, buscou abrigar mulheres da elite colonial
local do Rio de Janeiro, que certamente tinham um bom cabedal, sangue limpo e buscavam um
abrigo seguro.

74
“NOMEADA TUTORA DE SEU DEFUNTO MARIDO”: O JUÍZO DE ÓRFÃOS E
MULHERES TUTORAS EM PERNAMBUCO COLONIAL NA PRIMEIRA METADE DO
SÉCULO XVIII.
Jéssica Maria Silva de Menezes
Univesiddae Federal Rural de Pernambuco
O trabalho discorre sobre a instituição do Juízo de Órfãos a partir de uma perspectiva relacional
com a instituição da tutela feminina. Analisaremos como a justiça dos órfãos agiu para controlar e
normatizar relações sociais envolvendo órfãos, viúvas e heranças. O dialogo com a instituição da
tutela feminina se deu, pois, as mulheres precisavam recorrer ao juízo para serem nomeadas tutoras
de seus filhos. Naquele contexto, órfão era o menor de 25 anos de idade que perdia o pai, enquanto,
na ausência da mãe, permanecia debaixo do pátrio poder. A relação será analisada a partir de
requerimentos, disponíveis do AHU, empreendidos pelas mães viúvas para obter a tutela de seus
filhos, processo pelo qual as mulheres desenvolveram uma atuação ativa para garantir a
sobrevivência de suas famílias.

CIVILIZAR É PRECISO: AS MUDANÇAS DO PAPEL FEMININO NO SÉCULO XIX


Lívia Assumpção Vairo dos Santos
UERJ
Ao longo do século XIX, a mulher vai assumindo novas funções sociais perante a família e o
Estado. Isto se deve, em grande parte, à influência do pensamento de Rousseau, que não só seria
amplamente usado pela Revolução Francesa, como permaneceria no discurso burguês oitocentista.
No Brasil, por sua vez, este modelo de mulher entra em contato com a realidade de uma sociedade
colonial, de herança religiosa, patriarcal e escravocrata. Esta comunicação visa ressaltar algumas
destas apropriações e choques no que concerne aos novos papéis da mulher no seio familiar e frente
à nação que busca se civilizar.

75
Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Sabedoria”, 7º andar

A VALORIZAÇÃO DOS CASAMENTOS CATÓLICOS ENTRE ESCRAVOS, DA


FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES DO SERTÃO DE MACAÉ DE 1809 A
1822

Antonio José Vieira da Cruz Vitória


Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO
Este artigo tem como objetivo analisar a formação da família escrava através dos registros de
batismo, casamentos e óbitos e a valorização que os escravos davam para as uniões sacramentadas
pelo catolicismo na paróquia da freguesia de Nossa Senhora das Neves do Sertão de Macaé de 1809
a 1822. A ocupação da freguesia ajudou a acomodar a expansão social e econômica que caracterizou
o processo de povoamento do território. A freguesia faz parte do processo de ampliação das áreas do
norte fluminense voltada para o seu abastecimento e de outras freguesias e que tinha como
característica uma forte presença de escravos de variadas localidades do Brasil e da África.
Buscamos como fontes, documentos paroquiais e também outras referências bibliográficas tais
como: artigos, dissertações, teses e livros. Espera-se que a pesquisa possa contribuir para a
compreensão e formação para a família escrava na freguesia de Nossa Senhora das Neves do Sertão
de Macaé.

OS LAÇOS DE COMPADRIO ENTRE A POPULAÇÃO ESCRAVA DE MACAÉ (1809-


1850)
Fabio Francisco dos Santos
Universidade Salgado de Oliveira
O objetivo deste trabalho é analisar as relações de compadrio entre a população escrava da freguesia
de Nossa Senhora das Neves do Sertão do Rio Macaé, localizada no norte fluminense, durante a
primeira metade do século XIX (1809-18050). Os livros de batismo da freguesia em questão
serviram como principal fonte desta pesquisa. Após a devida transcrição e análise de todos os
assentos foi possível observar que a escolha dos padrinhos sugere uma estratégia usual e relevante.
Os documentos indicam que havia grande concentração de escravos em Macaé. Todos estes
dividindo espaço, num contexto escravista rural, com grandes propriedades e senzalas numerosas. O
extrato desses elementos possibilita inúmeras alianças internas, mas também com atores já
afastados da condição de escravo.

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SE BEM QUERES VIVER, BENS TEM QUE CASAR: O BARÃO DO PIRAÍ E OS
ARRANJOS MATRIMONIAIS NO PROCESSO DE FORTALECIMENTO E DE
REPRODUÇÃO DA CLASSE SENHORIAL NO VALE DO PARAÍBA FLUMINENSE (A
ANTIGA VILA DE PIRAÍ, 1820\1830)
Vladimir Honorato de Paula
Doutorando História Social - PPGH UNIRIO
O objetivo dessa comunicação será o de apresentar um estudo de caso sobre a atuação do Barão do
Piraí na articulação de uma bem sucedida política matrimonial ao longo das décadas de 1820 e
1830. A partir da análise desse estudo, pretendemos realizar uma exposição das reais intenções
relativas com a contratação dos casamentos junto a diferentes famílias estabelecidas no Rio de
Janeiro. Além de indicar os objetivos principais que nortearam o Barão do Piraí na escolha dos
genros, essa exposição permite identificar a construção de importante e fundamental rede de
solidariedade, de amizade e de apoio para a manutenção da proeminência da família Gonçalves de
Moraes e Souza Breves no contexto provincial e local

DINÂMICA DAS RELAÇÕES DE SOLIDARIEDADE E RECIPROCIDADE: UM ESTUDO


SOBRE COMPADRIO EM SÃO JOÃO BAPTISTA DO PRESÍDIO, 1810 A 1820.
Igor Nogueira Lacerda
UNIVERSO - Niterói
O presente artigo tem como objetivo os estudos pautados nos vínculos de compadrio e nas possíveis
razões motivacionais para escolha de padrinhos, baseado nos dados referentes ao assentos de
batismo de São João Baptista do Presídio, MG, no recorte cronológico de 1810 a 1820. Foram
observadas as formações dos vínculos de compadrio, compostas através de alianças estabelecidas na
Pia Batismal e, entendendo que, através desse registro social, estabelece-se um parentesco
espiritual. Portanto, compreender a dinâmica das relações de solidariedade e reciprocidade se fez
necessário para interpretar a conjuntura da estrutura social formada entre padrinhos e afilhados.
Será aqui utilizada uma metodologia qualitativa, para elucidar melhor a riqueza das fontes
paroquiais.

NOS LIMITES DA ESCOLHA: FAMÍLIA ESCRAVA E COMPADRIO NA VILA DE


SANTO ANTÔNIO DE SÁ (C.1750 - C.1808)
Dermeval Marins de Freitas
Pós-graduando na UFRRJ
A presente comunicação pretende refletir sobre a questão da autonomia escrava. Através da
utilização de diversos registros paroquiais produzidos pela Igreja Matriz da Vila de Santo Antônio
de Sá, da segunda metade do século XVIII e início do XIX iremos, através do método da micro-
história, analisar a possibilidade da agência escrava no estabelecimento do compadrio ritual.

77
Quinta-feira, 11 de abril, às 14 h – sala “Sabedoria”, 7º andar

MODELOS SOCIO-CULTURAIS NUMA REGIÃO DE TRADIÇÕES MIGRATÓRIAS:


ARRANJOS E REARRANJOS DA FAMÍLIA CAMPONESA MINHOTA (SÉCULOS XVIII
XIX)
Margarida Durães
Departamento de História. Instituto de Ciências Sociais. Universidade do Minho
Sendo o Alto Minho uma região de arreigados costumes migratórios, cujas raízes se perdem nos
alvores da nacionalidade, a intensidade da mobilidade populacional e as formas de que ela se
revestiu tornaram-se causa e efeito de um modelo social próprio desta região no qual se inserem não
só os sistemas de valores mas, também, os sistemas económicos, os sistemas de parentesco e de
organização familiar, de transmissão e de representação cultural. Assim, neste estudo, a
problemática que está no cerne de todas as questões é o conhecimento das relações existentes entre
as práticas de herança e de reprodução social e as migrações que se verificaram nesta região desde o
século XVIII ao século XX. Palavras-chave: família, herança, migração, modelo social, identidade

A EMANCIPAÇÃO FEMININA NO BRASIL DO FIM DO IMPÉRIO E INÍCIO DA


PRIMEIRA REPÚBLICA NAS PÁGINAS DOS PERIÓDICOS (INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DA LEI DO DIVÓRCIO – DECRETO Nº 181 DE 1891)
Sandra Vania Jurado
UNIVERSO
Estudo desenvolvido em periódicos da época da edição do Decreto 181 de 1890, que tratou do
casamento civil, prevendo o divórcio, perpassando por importantes questões: a emancipação e a
cidadania feminina no contexto dos movimentos sufragista e abolicionista. Neles já se observa que
vozes femininas se levantam em prol da discussão dos direitos das mulheres e de seu papel na
sociedade, e foi nas páginas dos periódicos que a parcela letrada dos brasileiros acompanhou as
discussões legislativas e dos intelectuais sobre o tema divórcio e a visão sobre a figura feminina
nesse contexto. Sob a pecha de sexo frágil, que não existia em real autonomia, tinha-se a ausência
de educação e a limitação dos direitos da mulher como parte de uma lógica de concentração de
poderes e riquezas.

FUGAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA ZONA DA MATA MINEIRA OITOCENTISTA


Gisele do Nascimento
Mestranda Universo
A partir da década de 1980, a historiografia vem buscando rever o papel do escravo negro na
sociedade escravista, rompendo com o estereotipo de ser passivo e incapaz de reagir à dominação. A
análise de diferentes fontes revela a figura do escravo enquanto agente ativo, que tinha a
possibilidade de construir relações sociais, famílias, ainda que de forma limitada. Dessa maneira,
tomamos como objeto de pesquisa os periódicos Pharol, impresso na freguesia de Juiz de Fora e O
Leopoldinense, da freguesia de Leopoldina. O objetivo principal é analisar as estratégias forjadas
nas fugas desses escravos, levando em consideração o fato de ambas as freguesias possuírem a
maior concentração de escravos da Mata mineira no século XIX.

78
ENTRE A LIBERDADE E A ESCRAVIDÃO: OS ÍNDIOS NO RECÔNCAVO DA
GUANABARA (SÉCULO XVIII)
Luís Rafael Araújo Corrêa
Colégio Pedro II
Através dos registros paroquiais das freguesias do Recôncavo da Guanabara, a exposição visa
esclarecer a presença indígena na região ao longo da primeira metade do século XVIII. Analisando
um contingente indígena que apesar de minoritário incluía indivíduos de origem bem diversa, a
intenção será a de mapear as relações sociais tecidas pelos índios. Inseridos a um cenário diverso,
hierárquico e perpassado por intensas relações interétnicas, estes índios vivenciaram múltiplos
processos de mestiçagem, os quais não apenas propiciaram a integração dos mesmos à realidade
local, como também conduziram à rearticulação identitária dessas pessoas.

79
SC 11 – O mundo iberoamericano:
movimentos de independências e projetos
de nação
Prof. Dr. Flávio Gomes Cabral (Universidade Católica de Pernambuco)
Prof. Dr.ª Marisa Saenz Leme (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Quarta-feira, 10 de abril, às 10 h – sala “Felicidade”, 7º andar

AS FASES E O MODO DA REPRESSÃO BRAGANTINA À REVOLUÇÃO


PERNAMBUCANA DE 1817
Tiago da Silva Cesar
Programa de Pós-graduação em História da Universidade Católica de Pernambuco (PPGH-UNICAP)
A presente comunicação visa analisar e reflexitir sobre o "tempo e o modo da repressão" bragantina
à Revolução Pernambucana de 1817, dividida em quatro fases distintas, tanto por suas
características relativas ao modo de aplicação, quanto por seus objetivos. A primeira delas durou
poucos dias e teve caráter revanchista ao primar pela desordem, enquanto que a segunda se destacou
pelo restabelecimento da ordem. A terceira inaugurou-se com a chegada do governador régio, Luís
do Rego Barreto, e a criação da Comissão Militar. Se na fase anterior o esforço realizado visou
restabelecer a ordem, agora o desafio passou a ser sua manutenção. A quarta e última fase é a da
criação da Alçada, tribunal com amplas prerrogativas e cuja jurisdição se estendia da Bahia ao
Ceará, responsável pela devassa.

O DIÁRIO DE VIAGEM COMO DOCUMENTO:A ESCRITA DE MARIA GRAHAM,


SOBRE A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA DE 1821.
Denise Maria Couto Gomes Porto
PPGH- Universidade Salgado de Oliveira
No presente artigo, destacamos o protagonismo da escritora inglesa Maria Graham (1785-1842)
como agente histórica, definindo o recorte temporal da pesquisa no ano de 1821, quando a escritora
chegando ao Brasil, encontrou o porto do Recife bloqueado e a cidade em estado de sítio, por
motivo da Insurreição Pernambucana de 1821.
Nossa hipótese ao examinarmos a fonte bibliográfica Diário de Uma Viagem ao Brasil (1990), é que
a escritora estava consciente do fluxo revolucionário dos acontecimentos políticos vivenciados por
ela naqueles dias.
A relevância deste estudo se dá por sua pertinência no campo investigativo da historiografia
contemporânea, acerca da contribuição das mulheres viajantes na escrita da História do Brasil.

Palavras-Chave: Maria Graham; Mulher; Pernambuco.

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"ANTES DAS INDEPENDÊNCIAS": ABERTURA DOS PORTOS E REVOLUÇÃO DO
PORTO NO MARANHÃO
Marcelo Cheche Galves
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
Apresento uma síntese das transformações vividas no Maranhão a partir da transferência da Corte
para o Rio de Janeiro, diretamente relacionadas à Abertura dos Portos. Trato ainda das expectativas
geradas entre os grandes proprietários da capitania, por ocasião da eclosão da Revolução do Porto,
articulando-as às transformações ali vividas naquela década. Por fim, aponto para questões como:
os impactos da transferência da Corte para as capitanias distantes do Rio de Janeiro e a
materialização de algumas demandas das capitanias que aderiram à Revolução do Porto e que não
guardam relação direta com “projetos de independência”, construto poderoso que reduziu o
movimento constitucional do Porto à condição de “antecedente” da independência do Brasil.

CULTURA E VOCABULÁRIO POLÍTICO EM PERNAMBUCO NO TEMPO DA


INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Flavio José Gomes Cabral
Universidade Católica de Pernambuco
O texto procura apresentar uma reflexão sobre a circulação de ideias políticas veiculadas através de
mensagens verbais e escritas entre os anos de 1817 e 1820 em Pernambuco desejando o
rompimento da capitania com a Coroa e implantações de reformas que substituíssem o absolutismo
monárquico. Os debates eram realizados em ambientes fechados de onde partiam panfletos que
buscavam denunciar o descaso do governo joanino e esquema de corrupção que comprometia a vida
das pessoas que se viram obrigadas a pagar pesada tributação para manter os gastos palacianos.
Graças à emergência de uma sociabilidade, as novidades eram espalhadas gerando diversas
interpretações e burburinhos.

81
Quarta-feira, 10 de abril, às 14 h – sala “Felicidade”, 7º andar

UMA ARQUIDUQUESA AUSTRÍACA NOS TRÓPICOS: VIVÊNCIAS DE LEOPOLDINA


COMO PRINCESA DO REINO UNIDO, PORTUGAL, BRASIL E ALGARVES DE 1818 A
1821
Lourdes de Almeida Barreto belchior
Discente Universidade Salgado de Oliveira
Este artigo pretende analisar as primeiras vivências da Arquiduquesa austríaca Carolina Josefa
Leopoldina, que veio ao Brasil pela urdidura traçada pela sua família: o de se casar com o Príncipe
Dom Pedro, em 1817. O período analisado corresponde aos anos de 1818 a 1821, fase importante
por acolher as primeiras experiências dessa nobre em seu novo reino, e por abrigar acontecimentos
que norteariam o processo de independência do Brasil. Por meio de pesquisa realizada, em especial,
algumas cartas escritas por Leopoldina à família, buscar-se-á investigar seu posicionamento diante
do contexto vivido, o que inclui sua adaptação à vida nos trópicos, a maternidade e seu ponto de
vista acerca dos acontecimentos políticos que se colocavam em marcha.

A IMPRENSA ÀS VÉSPERA DA INDEPENDÊNCIA: A PENA DE MANUEL FERREIRA


DE ARAÚJO GUIMARÃES
Juliana Gesuelli Meirelles
PUC-CAMPINAS
A comunicação discutirá as transformações da arena pública durante o processo de Independência
do Brasil, entre os anos de 1821 e 1822, tendo como mote de preocupações a circunscrição do
papel da imprensa periódica na Corte, com destaque para a Gazeta do Rio de Janeiro e O Espelho,
folhas em que temos Manuel Ferreira de Araújo Guimarães como figura central da produção
discursiva. Nesse sentido, buscarei ressaltar as especificidades da trajetória intelectual e política de
Araújo Guimarães como redator e sujeito de destaque nesse processo de intensas transformações
políticas, em que a formação da opinião púbica e a gestão de diferentes projetos de nação estavam
em disputa.

82
ENTRE PROJETOS POLÍTICOS E PRÁTICAS CONTUMAZES: DISCURSOS SOBRE
POLÍCIA E JUSTIÇA NA CORTE DO IMPÉRIO
Joice de Souza Soares
Unirio
Após a outorga da Constituição e das atividades da Assembleia Geral Legislativa, inúmeras
discussões tomariam a cena pública com vistas a transformações institucionais. Em relação à justiça
e à polícia, não seria diferente. Àquela altura, a imprensa periódica consolidava-se como elemento
primordial na dinâmica política do Império. Neste trabalho, serão analisados discursos presentes
nas páginas de alguns periódicos da Corte vinculados à transformação das instituições judiciárias e
policiais. Postula-se, deste modo, a existência de uma estreita relação entre as questões políticas em
voga – e em disputa – no período, profundamente relacionadas ao liberalismo, e a reorganização do
aparato policial e judiciário instituída no início da década de 1830.

VIVA LA FEDERACIÓN: DIMENSÕES DO FEDERALISMO ROSISTA


Luan Mendes de Medeiros Siqueira
Universidade Federal do Rio de Janeiro
O presente trabalho tem como objetivo central realizar uma breve discussão acerca do federalismo
no período do governo de Juan Manoel de Rosas, especialmente em seu segundo mandato (1835-
1852). Entretanto, torna-se necessário recuperar alguns de seus aspectos do primeiro governo
(1829-1832), como por exemplo, a criação da Confederação Argentina, em 1831. A partir das ideias
discutidas pelos autores, queremos entender as bases de construção da ideia federalista rosista, seja
através do discurso, da defesa de uma ordem republicana e do combate aos inimigos unitários. Tais
elementos implicam também analisarmos a relação de Buenos Aires com as outras províncias
platinas, principalmente aquelas que resistiram ao sistema federal, no caso, as que formavam a Liga
do Interior.

83
SC 12 – Serviços ao rei e corrupção nos
Impérios ibéricos – séculos XVII ao XIX
Prof. Dr.ª Marieta Pinheiro de Carvalho (Universidade Salgado de Oliveira)
Prof. Dr.ª Nívia Pombo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Terça-feira, 09 de abril, às 14 h – sala “Empatia”, 7º andar

GOVERNANÇA NO ULTRAMAR: PRÁTICAS LÍCITAS E ILÍCITAS NO RIO DE


JANEIRO (1700-1750)
Victor Hugo Abril
professor do magistério superior - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
A presente comunicação pretende estudar o contrabando colonial no Brasil colonial. A ideia parte
do estudo da vila de Angra dos Reis, sob a tutela do governador do Rio de Janeiro. Nos
documentos, disponíveis no Arquivo Histórico Ultramarino (Projeto Resgate) e no Arquivo
Nacional do Rio de Janeiro, foram encontrados relatos dessa preocupação, enfocando a necessidade
de fortificações, da ação constante de corsários e do envolvimento de moradores da vila com os
descaminhos. Enfim, a comunicação vai refletir sobre o cenário colonial, relações dos agentes e das
elites locais. Nos propomos a refletir sobre as ações dos agentes régios assim como envolvimento
da elite local no contrabando.

DOS HOMENS QUE PORTAM AUTORIDADE: ELITES LOCAIS EM REDES DE


RECIPROCIDADE NO SERTÃO DA PARAÍBA, SÉCULO XVIII
Yan Bezerra de Morais
Universidade Federal Fluminense
Este trabalho visa analisar a formação de grupos sociopolíticos e suas práticas político-
administrativas no sertão do Piancó, Capitania da Paraíba, no século XVIII. A partir das atuações de
juízes ordinários, de oficiais das Ordenanças, e outros homens de autoridade, torna-se possível
compreender como esse espaço foi reordenado pelos detentores dos principais cargos militares e
ofícios da administração civil, alcançados sob a lógica de uma economia da mercê. Entremeando
esses espaços de poder, as relações sociais dos homens do sertão foram baseadas na negociação e na
reciprocidade, formando assim redes de interesse, privilégios e práticas de corrupção, com o
objetivo de legitimar e perpetuar elites locais, as quais podemos reconstituir, principalmente, por
meio de registros cartoriais.

84
ENCARTE NO OFÍCIO E CONDUTAS INACEITÁVEIS DE ESCRITURÁRIOS DO
JUDICIAL NA AMÉRICA PORTUGUESA – PERNAMBUCO, SÉCULO XVIII
Jeannie da Silva Menezes
UFRPE
Muitos papeis foram produzidos pelos escrivães-tabeliães do judicial na América Portuguesa.
Técnicos do direito escrito e oficial e conhecedores das leis costumeiras, sua atuação profissional
era regulada pelas Ordenações e por um regimento. Por sua vez, registros de queixas atribuindo
ilicitudes e práticas inaceitáveis destes profissionais tem sido tema de uma produção historiográfica
portuguesa e espanhola. Nesta comunicação abordaremos algumas notas de análise sobre a atuação
de escrivães-tabeliães em Pernambuco, no século XVIII. Tanto a abordagem das corrupções que
permearam o “encarte no ofício” quanto algumas práticas que geraram queixas serão objeto da
nossa abordagem no sentido de aproximar aquelas discussões historiográficas das nossas
experiências.

A VIOLAÇÃO DAS REGRAS DO “BOM GOVERNO” E OS PROCESSOS DE


RESIDÊNCIA: ESTUDOS DE
CASO DE DOIS GOVERNADORES NA VIRADA DO SÉCULO XVIII PARA O XIX
Nívia Pombo
Professora Adjunta do Dep de História do IFCH-UERJ
Na perspectiva do poder central, os governadores enviados para as conquistas eram homens de
estirpe, de famílias leais ao serviço régio e aos princípios do “bom governo”. As vicissitudes
coloniais, não raro, colocaram muitos desses atributos à prova, uma vez que as regras de um
governo justo eram impostas, em distintos contextos, pelo poder local. Um instrumento comum que
a coroa portuguesa usava para averiguar a probidade dos seus agentes eram os chamados autos de
residência – inquéritos de averiguação de conduta no exercício de um cargo –, que eventualmente
eram levados à efeito no caso dos capitães-generais. No final do século XVIII, os paradoxos do
reformismo ilustrado no mundo colonial permitiram uma nova leitura da noção de tirania, aspecto
que esteve na base dos processos de residência de dois governadores nesse contexto: D. Miguel
Antônio de Melo, governador de Angola; e, Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça. A
comunicação demonstrará que, mais do que uma forma de auditar os que por ventura estivessem
envolvidos em atividades ilícitas, os processos eram meios eficientes de questionar o mando e
denegrir a imagem dos governantes.

85
Quinta-feira, 11 de abril, às 10 h – sala “Soliariedade”, 7º andar

OS CHANÉ-GUANÁ NA REGIÃO CHAQUENHA ANTES DE 1767


João Filipe Domingues Brasil
UNIVERSO
A presente comunicação aborda como os grupos indígenas nomeados genericamente de Chané-
Guaná ocupavam a região chaquenha desde o século XVI e como se constituíam enquanto grupo
étnico. Investigaremos como os Chané-Guaná se relacionavam com os demais atores sociais no
Chaco em regiões fronteiriças, desde o século XVI até o XVIII, quando foram contatados e
missionados pelos jesuítas. Tal análise está presente no escopo de pesquisa de doutorado sobre a
etnia indígena Kinikinau , e permite-nos elucidar questões sobre como se formaram enquanto etnia
e do contexto no qual estavam inseridos no século XVIII.

MERCADO DE CRÉDITO NA CAPITANIA DO PARÁ – 1770 A 1810


Siméia de Nazaré Lopes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
O estudo sobre o mercado de crédito e as suas práticas permite compreender os mecanismos que
garantiam o acesso e a circulação de pequenos e grandes comerciantes nos fluxos mercantis. A base
documental dessa pesquisa é o Registro das Cobranças da Companhia Geral (ANTT) e que faz
referência às dívidas e créditos de negociantes de Belém e à Companhia Geral de Comércio do
Grão-Pará e Maranhão. O objetivo é analisar como se estruturou o mercado de crédito em Belém e
nas vilas do interior entre 1770 a 1810. Com isso, pretende-se analisar os registros e ações para a
cobrança de débitos e créditos referentes ao período em que a Companhia exerceu suas atividades
na Capitania do Pará e posteriormente a isso, até o ano de 1810.

SERTÕES DO MACACU E O PENSAMENTO ILUSTRADO LUSO NA SEGUNDA


METADE DO SÉCULO XVIII.
Vinicius Maia Cardoso
Universidade Salgado de Oliveira
O artigo pretende abordar as influências da escola fisiocrática francesa através de memorialistas
como Domingos Vandelli, D. Rodrigo de Souza Coutinho e outros na economia, estudos sobre a
natureza e pensamento ilustrado nos quadros do reformismo do Império colonial português na
segunda metade do século XVIII. Em diferentes escalas de observação, se buscará perceber a
influência dessas concepções em medidas administrativas de vice-reis do Brasil como o conde da
Cunha, marques do Lavradio e Luís de Vasconcelos Sousa para os Sertões do Macacu e seu entorno,
na capitania do Rio de Janeiro. Também serão analisadas as relações sociais cotidianas no interior
desses Sertões, no quadro analítico proposto.

86
A MORTE DE JOSÉ JOAQUIM VIEIRA GODINHO (1804): DA JUSTIFICAÇÃO DOS
HERDEIROS, A TRANSMISSÃO DE MERCÊS E A PROPRIEDADE DOS OFÍCIOS NA
AMÉRICA PORTUGUESA.
Nara Maria de Paula Tinoco
Doutoranda em História - PPGHIS/ UFRRJ
José Joaquim Vieira Godinho, nascido, em Mariana (MG), na primeira metade do século XVIII e
filho do Cap. Mor José de São Boaventura Vieira e de D. Tereza Maria de Jesus, tem na sua
trajetória uma carreira de serviços e importância na História do Direito. Criador Proprietário da
Cadeira de Direito Pátrio no âmbito da Reformulação dos Estatutos da Universidade de Coimbra,
outrossim, ascendeu ao ofício de Desembargador do Desembargo do Paço. Na presente
comunicação dissertaremos sobre o caso de José Joaquim Vieira, no ato de sua morte e o conjunto
de estratégias que seus herdeiros se utilizaram para obter as mercês em remuneração aos seus 50
anos de serviços a Coroa. Por exemplo, uma destas estratégias visava que a Família retomasse a
propriedade do ofício de escrivão de seu avô.

AS ORDENS HONORÍFICAS NO IMPÉRIO DO BRASIL: O PAPEL DOS SERVIÇOS


PECUNIÁRIOS NA CONSTRUÇÃO DO ESTADO NA PRIMEIRA DÉCADA APÓS A
INDEPENDÊNCIA
Camila Borges da Silva
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
As ordens honoríficas foram elementos essenciais na construção do Império brasileiro, pois se
tratavam de condecorações concedidas em troca da realização de serviços ao imperador e ao Estado.
Muitos foram os tipos de serviços que implicavam nesses prêmios, desejados por inserirem os
condecorados no rol da nobreza, mas, nesta comunicação, analisar-se-á um tipo em especial: os
serviços pecuniários. Ao longo do Primeiro Reinado, constatou-se uma ampla gama de
requerimentos que declaravam algum tipo de financiamento, direto ou indireto, dado ao Estado
como forma de alcançar uma condecoração honorífica. O objetivo da comunicação será, portanto,
analisar as doações feitas ao Estado, de modo que se possa refletir sobre as características do Estado
brasileiro em seus primeiros anos.

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