Vous êtes sur la page 1sur 3

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

POLO UNIVERSITÁRIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES – PUGC


INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL – ESR
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL -2/2011
DISCIPLINA: Teoria Contemporânea
PROFESSORA: Ana Maria
Alunas: Ácatha, Carolina Sá, Danielle Almeida, Eduarda, Mariana e Millany.

Resumo
O texto, “O trabalho do assistente social nas instâncias públicas de controle
democrático”, nos traz aportes para a compreensão da importância dos assistentes
sociais nos setores públicos de controle democrático, ressaltando o trabalho dos
conselhos de políticas e de direitos, onde o profissional do serviço social pode atuar de
dois modos: um, essencialmente político, como conselheiros; e outro, assessorando os
conselhos e/ou seus segmentos (poder público, usuários e trabalhadores).
Para refletir sobre o desempenho deste profissional nesses locais é preciso
considerar o controle democrático, que traz alterações para as políticas sociais com
compressão dos direitos sociais, além das respostas dadas pelos profissionais.
Deste modo, Maria Inês de Souza Bravo discute sobre a importância das
instâncias de controle democrático na atual conjuntura, o trabalho do assistente social
nesses espaços, e algumas ponderações no que diz respeito à assessoria aos conselhos e
movimentos sociais.
Em relação às instâncias públicas de controle democrático e os desafios no
presente momento, é válido ressaltar que os principais mecanismos desse controle
surgiram em um contexto de mobilização da sociedade civil, da promulgação da
Constituição de 1988. Sendo que, foram implementados nos anos de 1990, num período
de regressão dos direitos sociais, globalização e mundialização do capital.
Tivemos uma descentralização do poder federal e uma democratização das
políticas. O município passa a ser visto como independente da federação, com novas
competências e recursos públicos, com propriedade para fortificar o controle social e a
participação da sociedade civil.
Nos anos de 1980 há a defesa de uma gestão nas políticas por meio do
planejamento e fiscalização da sociedade civil organizada, relacionado a um Estado-
Sociedade diferenciado, com aumento da participação direta, dos sujeitos sociais na
democratização.
Para ampliar a democracia representativa para a democracia participativa temos
o controle social, direito conquistado na Constituição de 1988. A participação nas
políticas sociais pode ocorrer pelos conselhos e as conferências.
Os espaços em que os prestadores de serviços públicos, privados e filantrópicos,
mais a sociedade civil (50%), fiscalizam, elaboram e discutem sobre as políticas sociais
de variadas áreas, educação, criança e adolescência, idoso, saúde, assistência social, e
outras, são os Conselhos. Nos seus três níveis, nacional, estadual e municipal, foram
criados no início da década de 1990.
A base dos Conselhos é a universalização dos direitos, com uma participação
social que compreende o papel do Estado de um novo modo. A inovação é a idéia de
controle organizado de vários segmentos, exercido pela sociedade civil.
No que concerne as Conferências, devem ocorrer periodicamente, a fim de
discutir as políticas sociais, de cada esfera, e alvitrar diretrizes de ação. As deliberações
realizadas nas conferências devem nortear a implantação das políticas, e influenciar os
debates nos Conselhos.
Atualmente, o debate das políticas sociais públicas tem favorecido a focalização,
ao invés da universalização. É preciso debater sobre a posição política, se irá ser
embasado em valores individualistas ou universalistas, o que não é algo tão simples,
diante da desmobilização do governo na sua relação com a sociedade, e da fragilidade
das lutas da sociedade civil em prol das políticas públicas.
Para ir contra essas questões, é crucial uma estratégia de fortalecimento da
organização popular, por meio dos movimentos sociais, conselhos e conferências. É
necessário atentar sobre as dificuldades existentes nos conselhos, como a burocratização
das ações, a ausência de articulação dos conselheiros e suas bases, a falta de
conhecimento da sociedade civil organizada sobre esses, dentre outras. Também é
fundamental a eleição das entidades representativas dos segmentos dos usuários.
Os conselhos são um importante espaço de controle social, o que faz com que
sejam estudados de formas diferentes, pelos da esquerda ele é visto como possibilidade
de mudanças sociais, para democratizar as relações de poder, enquanto que, para os
liberais, são aparelhos de colaboração. Os conselhos podem tanto fortalecer a gestão
democrática, como amenizar conflitos, de todo modo, são locais fundamentais para a
sociedade civil.
O patrimonialismo, o populismo, e o clientelismo, infelizmente, fazem parte da
cultura política de nosso país, o que reforça a importância desses espaços de controle
democrático.
Quanto à atuação do serviço social, a autora relata que anos 1980 era nos
movimentos sociais, devido à formação acadêmica. Entretanto alguns os profissionais
tiveram dificuldades de se inserir nesses espaços. Nos anos 1990 com a redução dos
movimentos sociais e a criação dos conselhos os assistentes sociais migraram para as
instancias de controles democráticos, e dentro desse espaço (Conselhos), o profissional
de Serviço Social pode atuar de dois modos: político - onde este é um conselheiro; e
assessorando os conselhos e seus segmentos (poder público, usuários e os
trabalhadores). Suas principais ações são: a organização da documentação dos
Conselhos; organização de plenárias; e elaboração de cartilhas sobre controle social e
política de saúde; entre outras.
Compreendemos que é importante a inserção e atuação dos profissionais de
serviço social nesses espaços, pois é a partir deles que o assistente social tem a
oportunidade de mobilizar a articulação política e a organização popular, para que os
usuários possam lutar pelos seus direitos. Assim através da qualificação popular esses
grupos ganharão espaços e visibilidade dentro dos conselhos.
Segundo Gomes (2000) “O assistente social deve ser um socializador das
informações, desvelando com competência as e as armadilhas que aparecem nos
conselhos”.
Os conselhos podem tanto legitimar um poder, como fomentar a participação
social. É preciso que exista uma união entre a organização dos movimentos sociais,
sindicais, com os trabalhadores, líderes políticos.
O serviço social encontra desafios na luta pela efetivação dos direitos sociais. O
que reforça a importância de seu trabalho nos conselhos. O assistente social deve ser um
socializador de informações, instigar a participação de seus usuários.
E para isso, é importante que o trabalho deste profissional seja qualificado
dentro de seu espaço acadêmico, articulando pesquisa e extensão. Sempre na busca
contínua da garantia dos direitos dos trabalhadores, articulado aos demais profissionais
comprometidos com uma sociedade mais justa.

Vous aimerez peut-être aussi