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Estrutura em Grande Escala

CAMPOS, Lucas de Lima Vieira 1

RESUMO

O universo mapeou sua forma desde o principio. Com a evolução científica no


campo da astrofísica, percebeu-se grandes estruturas no céu, galáxias, aglomerados de
galáxias e estruturas ainda maiores, aglomerados de galáxias. Essa é toda a estrutura do
universo, mas faltam algumas coisas não “brilhantes” que ainda não se sabe o que
realmente é. Matéria escura e energia escura, peças influentes na composição do
universo, as duas com 95% de toda massa-energia do universo. Podendo estudá-las por
meio de lentes gravitacionais e velocidades dos superaglomerados, percebe-se a taxa de
expansão do universo e sua forma acelerada, essa expansão, a energia dessa expansão é
chamada de energia escura. E a matéria que interage com a gravidade das galáxias, para
grandes velocidades é necessária à matéria escura como explicação.

Palavras-chave: Matéria Escura; Energia Escura; Aglomerados.

INTRODUÇÃO

Desde o início das descobertas cientificas até os meados do século XX,


imaginou-se que o universo - superaglomerados, aglomerados e toda sua matéria - era
composto por toda a matéria já conhecida, mas a evolução das galáxias dependem de
estruturas muito maiores que elas. Por meio de estudos sobre os aglomerados de
galáxias, percebeu-se uma grande massa e uma velocidade média com valor
incrivelmente alto, no qual o mesmo aglomerado deveria está se desfazendo, logo
deixando de existir. Mas não acontece dessa maneira, pois muitos aglomerados têm
bilhões de anos, então o que os fazem ser tão massivos assim? A gravidade dos
aglomerados, mesmo alta, ainda não derruba a teoria geral da relatividade de Einstein.
Então a massa invisível presente nesses aglomerados existe, e é o que hoje se denomina
de “matéria escura”.
A teoria da Relatividade Geral veio para quebrar o que os cientitas chamavam de
“éter”, o qual era a matéria que preenchia todo o universo. Então descreviam que a luz

1
Graduando da Universidade de Brasília, lucas_lv72@hotmail.com, 16/0133246;
Brasília – DF, Janeiro de 2018.
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e sinais de rádios eram ondas nesse éter, mas começaram a perceber discrepancia sobre.
A luz não viaja a uma velocidade fixa através do éter, o esperado era uma velocidade
fixa. E se viajarmos através do éter na mesma direção da luz, a velocidade pareceria
menor. Mas Einstein notou que a velocidade da luz independe do movimento e é a
mesma em todas as direções. Então, abandonou-se à ideia de uma grandeza chamada
tempo, logo cada pessoa teria o seu proprio tempo. Mas ainda inconsitente com a lei de
gravitação de Newton, logo Einstein percebeu uma estreita relação entre aceleração e
campo gravitacional, que era a geometria do espaço-tempo curvo, não plana, logo a
massa e a energia deformariam o espaço-tempo, e essa teoria chamamos de Teoria da
Relatividade Geral. Então o universo é cheio de materia, e a matéria deforma o espaço-
tempo de um modo que os corpos caem uns sobre os outros.
Einstein percebeu que não conseguiu descrever um universo estático, mas ele
não abandonou a ideia do universo ser eterno, acrescentou à suas equações uma
constante, denominada “Constante Cosmológica”, representada pela letra grega
maiúscula lambda: 𝛬. Essa constante curvava o espaço-tempo no sentido oposto, de
modo que os corpos se afastavam. Então o universo de Einstein não se expande, mas
também não se contrai. Essa constante era como uma força da natureza de gravidade
negativa. Em observações pelo telescópio de Monte Wilson e pelo astrofísico Edwin P.
Huble percebeu que, quanto mais distantes da Via Láctea está outras galáxias, mais
rápido elas se afastam, logo o universo está se expandindo, havendo uma força contraria
à gravidade, que é como a constante Cosmologica agia nas equações de Einstein. Então
a constante assumiu uma realidade física, denominada “Energia Escura”.
O universo é permeado de três tipos de matéria, que é a estrutura em grande
escala de todo o cosmos, são elas: Matéria Comum, Matéria Escura e Energia Escura,
onde cada uma tem sua respectiva responsabilidade em toda a massa-energia do
universo. A matéria comum corresponde a 5%, a matéria escura 27% e a energia escura
com 68% de toda a massa-energia do cosmo.

DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS

Há uma estrutura que se pode dizer que é uma das maiores estruturas do
universo, são os aglomerados de galáxias. Existem nelas, milhares de galáxias
interagindo gravitacionalmente umas com as outras, cochando-se, mas equilibradas a
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uma certa distância. Fritz Zwicky estudou o movimento desses aglomerados, em


especial o de coma, assim percebendo que as galáxias não são distribuídas de forma
aleatória, mas sim uniforme e em grupos. Assim, ele descobriu, a partir do movimento
dos aglomerados, uma velocidade incrívelmente alta. Isso induz que a gravidade é muito
intensa no meio do aglomerado, logo uma massa enorme para o aglomerado. E essa
massa faltante é chamada hoje de “matéria escura".
A matéria escura constitui cerca de 27% de toda a matéria no universo, e ela
pode ser feita de partículas ainda não conhecidas, ou por neutrinos, que já se pode
perceber sua existência. Sendo feitos vários testes, onde os dados cruzam oscilações
acústicas como uma das formas de investigar essas partículas. Essa investigação é para
ver se a matéria escura interage com a energia escura e também investigar a estrutura
dos aglomerados de galáxias.
Os aglomerados têm cerca de 20% de massa na forma comum, de gás e estrela,
sendo as estruturas mais estáveis do universo atual, o resto da massa está na forma de
plasma (gás ionizado) que permeia o aglomerado. Na parte central do aglomerado existe
uma galáxia elíptica, contendo uma fonte de rádio, onde se tem um núcleo ativo, que
talvez aqueça o plasma intergaláctico. As características importantes dos plasmas são:
Densidade, Temperatura e Abundância de Metais. A densidade varia quando a massa
aumenta, e sua temperatura também.

Figura 1: Aglomerados de galáxias.


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Os aglomerados são estruturas formadas pela atração gravitacional, logo eles


têm influência na evolução do universo. Para se estudar os aglomerados de galáxias
aproveita-se as lentes gravitacionais. As lentes gravitacionais são comparadas a lentes
de vidro, mas é a gravidade que faz a luz convergir ou divergir. A gravidade curva a luz
que vem de uma galáxia e distribui a imagem.
A distribuição das lentes gravitacionais é cheia de informações sobre a matéria
escura, diz muito sobre a massa e o número de galáxias e aglomerados distantes, assim
dá uma ideia sobre a forma do universo. O inicio dos estudos e lentes gravitacionais se
deu pelos indícios da existência da matéria escura e acredita-se que as lentes poderão
dar um perfil preciso sobre à matéria escura nos aglomerados.
Assim, os astrofísicos começaram a aceitar a matéria escura nos aglomerados de
galáxias como algo misterioso, mas ela não é tão misteriosa assim. Uma pequena parte
dela pode ser constituída por átomos ou partículas atômicas como prótons, elétrons e
outros. Essa parte é chamada de matéria escura bariônica, que é cerca de 2% da matéria.
A parte não bariônica ainda não foi identificada, onde ela pode ser constituída por
partículas ainda não encontradas, como o gráviton, monopolos magnéticos, apenas
previstos em teoria.
Mas, ao longo do tempo, perceberam um problema na teoria inicial. A astrofísica
Vera Rubin, em 1976 descobriu uma anomalia de massa semelhante nas galáxias
espirais. Ela estudou a velocidade das estrelas na órbita central das galáxias e percebeu
que as estrelas mais distantes se movem com velocidade maior que as estrelas mais
próximas do centro. Percebeu que as estrelas mais distantes têm mais matéria, também
na forma de gás. E encontra-se nuvens de gás isoladas e poucas estrelas luminosas,
usando disso para encontrar o campo gravitacional, onde nem tem matéria visível
somada, a velocidade orbital não está diminuindo, mas sim permanecendo bem altas.
Nessas regiões existe pouca matéria visível para poder explicar a alta velocidade
orbital dos objetos. Rubin notou que há um tipo de matéria nessas regiões distantes. A
diferença de massa nos aglomerados, a partir da gravidade, é muito pequena. E o fato no
universo de discrepância é de 6, então a matéria escura tem aproximadamente 6 vezes a
gravidade total da matéria visível.
A matéria escura não é constituída de matéria pouco luminosa, comum. Mas há
evidências de matéria escura surgem na forma do volume relativo de hidrogênio e hélio
no universo. Esses foram os primeiros átomos deixados pelo Big Bang. Onde se tem 1
átomo de hélio para 10 de hidrogênio, mas no caso se a matéria escura tivesse se
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envolvido na fusão nuclear com os mesmos no big bang era para existir mais hélio pelo
universo do que hidrogênio. Logo, a maior parte da matéria escura não participou da
fusão nuclear. E observações da radiação cósmica de fundo, confirmam o resultado.
Então, matéria escura não é algo tão diferente da comum, pois ela exerce
gravidade conforme a matéria comum. A discrepância entre as duas, varia conforme o
ambiente de observação. Mas é mais perceptível em aglomerados de galáxias, ou seja,
para objetos pequenos não há discrepância. Então, a matéria escura prove de matéria
que ainda não se conhece. Logo toda matéria que se conhece é uma pequena parte do
universo.
O universo teve sua matéria reunida que aos poucos se tornariam em
aglomerados e superaglomerados de galáxias, mas o tamanho do universo aumenta
gradativamente com o passar dos milhões de anos. Sabendo que o universo está se
expandindo, apenas a matéria comum não seria possível de frear essa expansão, logo ela
precisa da matéria escura para frear um pouco a expansão do universo.
Laboratórios enterrados no subterrâneo tentam detectar as partículas exóticas da
matéria escura, caso elas cheguem do universo. É o mesmo método utilizado que foi
possível encontrar o neutrino. Então, as partículas da matéria escura podem ser
reveladas por interações semelhantes. As partículas da matéria escura ou são
fundamentadas de uma nova forma desconhecida, ou das forças normais, gravidade,
força nuclear forte, força nuclear fraca e eletromagnetismo, mas de forma bem fraca.
Existem estruturas no universo bem maiores que os aglomerados de galáxias, os
superaglomerados de galáxias. Os superaglomerados de galáxias são as maiores
estruturas luminosas do universo, onde reúnem os aglomerados de galáxias, os quais
contém milhares de galáxias.
Os superaglomerados estão sendo acelerados pela expansão do universo, não se
desmanchando sobre si por conta da gravidade. Existem estruturas que se parecem com
filamentos. Os filamentos são filas compridas de galáxias que ligam os aglomerados
dentro de um superaglomerado. E além dos filamentos podem existir “muros” de
galáxias conectando os superaglomerados.
A expansão do universo é acelerada, e a fonte dessa expansão é a energia escura.
Só foi perceptível isso pela medição da velocidade de afastamento das galáxias. A
energia escura tem uma função de antigravidade, pois é ele que está acelerando a
expansão, afastando as galáxias.
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Figura 2: O diagrama mostra as mudanças na taxa de expansão desde o nascimento do


universo há 15 bilhões de anos. Quanto mais rasa a curva, mais rápida é a taxa de
expansão. A curva muda visivelmente cerca de 7,5 bilhões de anos atrás, quando os
objetos no universo começaram a se desfazer a uma taxa mais rápida. Os astrônomos
teorizam que a taxa de expansão mais rápida é devido a uma força misteriosa e escura
que distingue as galáxias. Imagem cortesia da NASA / STScI / Ann Feild.

A energia escura poderia ser uma partícula nova com esse efeito de
antigravidade, e também pode ser efeito da teoria da relatividade, descoberta por Albert
Einstein. A teoria da relatividade veio para acrescentar a gravitação de Newton. Einstein
percebeu que a gravidade curvava o espaço-tempo, ou seja, sua geometria fosse curva.
Percebendo isso, ele notou que a luz viajava com a mesma velocidade em todas
as direções, diferente do que diziam quando ainda acreditavam na teoria de existir um
éter. Então, a teoria da relatividade geral transformou o espaço-tempo em um só.
Mas Einstein descreveu suas equações somente em um universo estático,
contornando o problema de o universo ser finito, ele acrescentou um termo às suas
equações, denominado de “constante cosmológica”, onde curvava o espaço-tempo em
sentido oposto. A teoria da relatividade geral descrevia dois tipos de gravidade, um de
atração ao centro de massa como se conhece, a outra sendo a antigravidade.
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De fato, o universo está se expandindo, mas Einstein não se ateve a isso. Logo
ele perdeu o que poderia de fato mudar a humanidade, chamando a sua constante de o
maior erro da sua vida. Hoje em dia chama-se essa constante como a possível energia
escura.
A primeira constatação da aceleração foi em 1998, quando tentaram medir a taxa
de expansão em alguns momentos da história. Foi medido o afastamento das galáxias
próximas da Via Láctea. Constatado que a expansão atualmente é bem maior que no
passado. E mesmo antes das galáxias, o universo mapeou sua Pré-estrutura, que foi o
início dos superaglomerados de galáxias. Analisando dados de concentração das
galáxias nos superaglomerados, tem-se o tamanho, temperatura da matéria.
A energia escura corresponde a 68% de toda massa-energia do universo. Existe
outra constante que dá a relação entre o volume e energia do universo, essa constante é
denominada de ômega. Se dividirmos a densidade do universo pela densidade
necessária para “frear” a expansão, essa relação da constante. Ômega dá a forma do
universo. Se menor que um, a massa-energia fica abaixo do valor crítico, e o universo se
expande para sempre, para todos os lados. Se for igual a um, ele se expande para
sempre, mas pouco. Se for maior que um, ele curva-se sobre si, voltando ao início de
tudo. O valor previsto pelos teóricos foi ômega igual a um.

Figura 3: Simulação numérica da densidade da matéria quando o universo tinha um


bilhão de anos de idade. A formação de galáxias segue os poços gravitacionais
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produzidos pela matéria escura, onde o gás hidrogênio se funde e as primeiras estrelas
acendem. O CIBER estuda o brilho total do céu, para sondar o componente das
primeiras estrelas e galáxias usando assinaturas espectros e procura o padrão espacial
distintivo visto nesta imagem, produzido por estruturas de grande escala a partir da
matéria escura. Foto: Cortesia de Jamie Bock / Caltech.

Supõe-se que a energia escura é um efeito quântico, em relação a vácuo, como a


matéria e antimatéria, existem, mas não duram tempo suficiente para ser medidas. Mas
essa teoria não foi consistente, pois o fator para essa teoria é muito maior que o
determinado em teoria para a constante cosmológica.
Sabe-se como medir a energia escura, só ainda não se tem ideia do que ela é,
sendo um desafio para os astrofísicos. A energia escura é a constante cosmológica, logo
a maior “burrada” de Einstein foi não se ater a constante cosmológica.

Figura 4: a imagem mostra as cores de 2 galões de cores codificadas por redshift (Jarett
2004); Grupos de galáxias familiares / superaglomerados são nivelados (os números
entre parênteses representam o deslocamento ao vermelho). Imagem criada por T.
Jarrett (IPAC / Caltech).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A matéria escura tem efeito real na matéria de aglomerados de galáxias e em


toda massa do universo. Ela foi testada e parece não interagir com três das quatro forças
fundamentais. Não cria núcleos, não produz moléculas e não se concentra, não absorve
e nem emite luz. Ela é desconhecida, mas necessária para o mapeamento de toda a
estrutura do universo, nos ajuda a entender como funciona os aglomerados de galáxias,
sua estrutura, temperatura e velocidade.
Mas a matéria escura é bem diferente do contexto de éter, pois ela não é uma
mera suposição, mas sim um efeito observado pela gravidade de aglomerados de
galáxias. Sendo possível ela ser uma partícula desconhecida.
Os aglomerados e superaglomerados mapeiam o que se chama de universp, as
maiores estruturas encontradas no universo, onde os aglomerados seguem um padrão
calmo e estático, enquanto os superaglomerados são turbulentos, por conta da expansão
acelerada do universo.
À medida que o vácuo aumenta, o universo se expande, a densidade de materia e
energia no universo diminuem, então a influencia da energia escura no universo é
maior. Tudo que não está ligado gravitacionalmente com a Via Lactea irá se afastar de
forma acelerada. Galáxias vistas ao anoitecer não poderão mais ser vistas, afastando-se
mais rápido que a velocidade da luz. A energia escura é o maior misterio do universo.

REFERÊNCIAS

Astrofísica para apressados / Neil Degrasse Tyson; Tradução Alexandre Martins – 1.


Ed. – São Paulo: Planeta, 2017.

O universo numa casca de noz/Stephen Hawking; tradução Cássio de Arantes Leite. – 1.


Ed. – Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016.

FILHO, Kepler de Souza Oliveira; SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia


& Astrofísica. 2ª ed. São Paulo: Livraria da Física, 2004. 557 p.

Dark energy changes the universe. Disponivel em:


https://www.nasa.gov/missions/deepspace/f_dark-energy.html. Acessado em: Janeiro de
2018.
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Augusto Damineli, João Steiner. / Fascinio do Universo -- São Paulo : Odysseus


Editora, 2010.

What is dark matter?. Disponivel em: https://www.nasa.gov/audience/forstudents/9-


12/features/what-is-dark-matter.html. Acessado em: Janeiro de 2018

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