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qual a relação?
Por Alessandra Diehl, em março/2019
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O lobby das armas afirma que a doença mental está subjacente à violência
armada e deve ser um ponto chave para a intervenção. Nesse contexto, existe
uma máxima que diz algo assim: “nem tanto e nem tão pouco”. Atualmente,
reconhece-se que pessoas com esquizofrenia, por exemplo, ainda que por força
de um pequeno subgrupo, têm maior probabilidade de serem violentas do que a
população geral. Existe um vínculo modesto, mas significativo, entre os transtornos
mentais e a violência na comunidade. No entanto, a grande maioria dos indivíduos
mentalmente doentes não é violenta. Apesar dos retratos da mídia sobre sua
periculosidade, eles são mais propensos a serem vítimas de violência e suicídio.
Predominantemente, indivíduos violentos não têm doença mental e assassinos em
massa não têm doença mental grave identificável. Muitos possuem configurações
de personalidade desadaptadas. A disponibilidade e a posse de armas, não a
doença mental grave, tendem a determinar a maioria dos homicídios por armas de
fogo. Retratos midiáticos sobre tiroteios em massa cometidos por indivíduos
popularmente designados como “perturbados” estimulam a atenção do público
leigo e podem reforçar a crença popular de que a doença mental geralmente
resulta em violência. Além disso, estudos epidemiológicos mostram que a grande
maioria das pessoas com doenças mentais graves raramente é violenta. Por outro
lado, a doença mental está fortemente associada ao aumento do risco de suicídio,
que é responsável por mais da metade das mortes relacionadas a armas de fogo
nos Estados Unidos (EUA).