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As dívidas dos serviços de fornecimento de água, energia eléctrica, gás natural e gases de

petróleo liquefeitos canalizados, comunicações electrónicas, serviços postais; serviço de recolha


e tratamento de águas residuais e de gestão de resíduos sólidos urbanos prescrevem volvidos
seis meses após o fornecimento.
É esse o sentido e alcance do que estabelece imperativamente o artigo 10.º da Lei dos Serviços Públicos
Essenciais, de 26 de Julho de 1996, modificado em 26 de Fevereiro de 2008

“Artigo 10.º
Prescrição e caducidade
1 - O direito ao recebimento do preço do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a sua
prestação.
2 - Se, por qualquer motivo, incluindo o erro do prestador do serviço, tiver sido paga importância inferior à
que corresponde ao consumo efectuado, o direito do prestador ao recebimento da diferença caduca
dentro de seis meses após aquele pagamento.
3 - A exigência de pagamento por serviços prestados é comunicada ao utente, por escrito, com uma
antecedência mínima de 10 dias úteis relativamente à data-limite fixada para efectuar o pagamento.
4 - O prazo para a propositura da acção ou da injunção pelo prestador de serviços é de seis meses,
contados após a prestação do serviço ou do pagamento inicial, consoante os casos.
5 - O disposto no presente artigo não se aplica ao fornecimento de energia eléctrica em alta tensão.”

Porém, para que a prescrição opere, força é observar o que o artigo 303 do Código Civil consagra:

“Artigo 303.º
(Invocação da prescrição)
O tribunal não pode suprir, de ofício, a prescrição; esta necessita, para ser eficaz, de ser invocada, judicial
ou extrajudicialmente, por aquele a quem aproveita, pelo seu representante ou, tratando-se de incapaz,
pelo Ministério Público.”

O que quer significar (coisa que, em geral, o devedor ignora) que, consoante os meios adoptados na
interpelação do consumidor, assim deve o interessado invocar, arguir a prescrição:
. se tiver sido notificado por carta, é na resposta à carta que deve dizer: “Por terem passado já seis meses
sobre o fornecimento, invoco a prescrição da dívida para aproveitar do facto, nada devendo ao
fornecedor”;
. se tiver sido proposta acção de dívida (acção declarativa), é na contestação que o consumidor deve
invocar a excepção de prescrição (“Por excepção peremptória: a dívida extinguiu-se pelo decurso do
tempo, ou seja, está prescrita, aqui se invocando a contestação para todos os efeitos legais”)
. se tiver sido requerida injunção, é na oposição que o consumidor deve deduzir o facto, nos termos
enunciados no passo anterior.

É indispensável que o consumidor argua, invoque, deduza a prescrição, pelos meios indicados, para dela
se poder prevalecer.
Se o não fizer, havendo acção ou injunção, o tribunal condená-lo-á no pagamento da dívida (“prescrita”).
O tribunal não pode conhecer de ofício a prescrição. Por isso, vão ter de condenar no pagamento o
consumidor se este nada disser acerca dos seis meses que já passaram sobre o fornecimento.
Pode parecer estúpido, mas é assim que o direito funciona.

A apDC propôs ao Governo e ao Parlamento que façam sair uma lei a dizer que, nos casos dos serviços
públicos essenciais, cujos direitos têm um carácter injuntivo, seja facultado aos tribunais, à semelhança
do que ocorre no Brasil, a declaração oficiosa da prescrição para evitar estes inconvenientes aos
consumidores, que não invocam a prescrição por manifesta ignorância sua.

A apDC aguarda uma tomada de posição dos poderes constituídos a este propósito.
(nome e morada completa do remetente)

(nome e morada completa do destinatário)

(Localidade e data)

Carta registada com aviso de receção

Assunto: Prescrição de dívida

Exmos. Senhores,

No passado dia .... de .... de 2014, contratei os vossos serviços de televisão, internet e telefone, no pacote...... (incluir

descrição do pacote contratado).

Surpreendentemente, ... dias depois, fui informado por V.Exas que o mesmo não podia ser ativado por, alegadamente,

se encontrar em dívida à “Telepac” a quantia de € 35,00 (trinta e cinco euros) referente ao ano de 2008.

Ora, até à referida comunicação, nunca tinha sido contactado pela Telepac, V.Exas ou qualquer outra entidade para

liquidar a dívida existente nem tampouco tinha conhecimento da suposta existência da mesma.

Como V.Exas certamente não desconhecem, a Lei dos Serviços Essenciais (Lei nº 10/2013, de 28 de janeiro) estipula que

“o direito ao recebimento do preço do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a sua prestação” e que “o prazo para a

propositura da ação ou da injunção pelo prestador de serviços é de seis meses, contados após a prestação do serviço ou do pagamento

inicial, consoante os casos”.

Face ao exposto, a dívida invocada por V.Exas encontra-se claramente prescrita pelo que, desde já, exijo que o registo

relativo à mesma seja eliminado de quaisquer bases de dados e que o meu nome seja retirado da lista de devedores.

Caso tal não suceda e esta situação não seja regularizada no prazo máximo de 8 dias (com a consequente ativação e

instalação do serviço contratado) darei conta do sucedido à entidade reguladora, a ANACOM, bem como não hesitarei

em recorrer aos meios legais à minha disposição.

Sem outro assunto de momento, subscrevo-me com os melhores cumprimentos,

(assinatura)
Nome e morada completa do remetente

Nome e morada completa do destinatário

Localidade e data

Carta registada com aviso de recepção

Assunto: Prescrição de consumos


NIF:
N.º de cliente:
Exmos. Senhores,
Após ter sido interpelado(a) para proceder ao pagamento da(s) factura(s)
n.º……, de ……., no valor de €……., constatei que se encontram facturados
consumos efectuados há mais de 6 meses.

Como tal, esses consumos encontram-se prescritos, em conformidade com o


disposto no art. 10º nº 1 da Lei dos Serviços Públicos Essenciais.

Assim, serve a presente missiva para me opor ao pagamento do valor supra


referido, invocando expressamente a prescrição para todos os efeitos legais.

Aguardo resposta por escrito e anulação dos valores prescritos, no prazo


máximo de 8 dias, não devendo ser interrompido o fornecimento do serviço até
resposta e regularização da facturação.

Com os melhores cumprimentos,

Assinatura

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