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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Setor de Tecnologia
Departamento de Transportes

ANOTAÇÕES DE AULA

TT051 - PAVIMENTAÇÃO

Curitiba, Agosto de 2017.


Pavimentação – TT051

Profª Daniane Franciesca Vicentini – Departamento de Transportes (Bloco V)

Email: vicentini@ufpr.br

Apresentação da disciplina:

O conteúdo programático da disciplina baseia-se, em grande parte, na ementa, disponível no


site. É uma disciplina densa (antigamente era ministrada em dois semestres e agora deve ser
vista em somente um), exigindo muita dedicação por parte do aluno para seu efetivo
aprendizado. Os principais objetivos desta disciplina são:

 Conhecer os tipos e usos dos materiais que são utilizados na pavimentação rodoviária
brasileira, propriedades, ensaios, aplicação e execução;
 Noções sobre dosagem;
 Apresentação de alguns métodos de dimensionamento de pavimentos.

Requisitos para aprovação na disciplina:

1. Frequência: OBRIGATÓRIA e dará acesso ao exame final (caso necessário). O aluno


poderá ter no máximo 14 faltas (ou seja, 7 aulas), e é de seu interesse acompanhar seu
estado. Atestados aceitos (porém, não abonam faltas, somente no caso de coincidir com
o dia da avaliação, dará ao aluno direito de fazer a segunda chamada): B.O.,
compromisso intransferível representando a UFPR (representação discente, evento
esportivo, congresso), outros conforme análise. Estágio não será aceito como motivo
para faltas. O atestado/documento deverá ser apresentado em até três dias após a falta.
A chamada será feita regularmente e poderá ser realizada a qualquer momento, durante
o período da aula, a partir dos 15 min. iniciais e não será repetida. De qualquer forma,
haja com respeito aos demais colegas, evitando chegar atrasado(a) ou provocando
outros ruídos desnecessários e que perturbem a concentração de todos os presentes.

2. Avaliações:

- 1º TE: prova (Módulo Materiais). Data: 25/09/2017.


- 2º TE: prova (Módulo Dimensionamento). Data: 24/11/2017.
- 2ª Chamada: Data: 01/12/2017.

- Exame final: composta de uma parte teórica e questões práticas. EVITAR!!! As


melhores chances para aprovação serão dadas no decorrer da disciplina. Dediquem-se!
Data a ser marcada pela coordenação (prevista entre 11/12/2017 e 15/12/2017).
3. Característica didático/pedagógica da disciplina:

 Homogeneização: nesta disciplina, é importante que o conteúdo seja visto


sequencialmente. Assim, a disciplina é homogeneizada em termos de conteúdo (cada
professor ministra o mesmo conteúdo teórico-conceitual em sua turma) e no segundo
bloco da matéria há a possibilidade (a confirmar) de os professores realizarem a troca
de turmas (o chamado “rodízio de professores”) para homogeneização mais plena.
 Aulas presenciais expositivo-dialogadas (quadro e giz, apostila e o site do DTT
contem alguns slides para complementar), com a participação ativa dos alunos. As
avaliações da disciplina serão elaboradas de modo a favorecer os alunos mais assíduos
e participativos. A participação em aula também poderá ser cobrada de forma indireta
através de pequenas avaliações ou atividades surpresas (durante a aula ou como
tarefa), sem prévio agendamento.
 Material audiovisual será apresentado em sala de aula de forma a complementar o
aprendizado do aluno e alguns conteúdos ficarão no site, tais como: questões de
concursos, ENADE e outros para complementar a aula. Na prova poderão aparecer
questões sobre o material do site!
Site: http://quemmandoufazerengenharia.wordpress.com/ , na aba “Pavimentação”.
Contém as seguintes facilidades: fundo preto p/ melhor visualização em meio digital,
porém a impressão é realizada automaticamente com fundo branco. Facebook e twiter,
email para receber automaticamente as atualizações, comentários e críticas
(construtivas, serão muito bem vindas!).
 Técnicas de Problem/Project Based Learning – PBL (aprendizado baseado em
projetos ou problemas) serão utilizadas como recurso didático auxiliar para melhor
assimilação dos conceitos e interação com a prática.
 Oportunidade de realizar atividade prática (voluntária) no Laboratório Prof. Armando
Martins Pereira (LAMP) na forma de projeto de dosagem de mistura asfáltica usual
em pavimentos brasileiros com a supervisão da professora.
 Visitas e palestras técnicas:
LOCAL: ___________________ DATA: _____________ HORÁRIO: _________
LOCAL: ___________________ DATA: _____________ HORÁRIO: _________

4. Bibliografia recomendada:

- Apostila (slides) de Pavimentação – Prof. Mário H. F. Andrade.

- Notas de aula, Profª Daniane.

- Pavimentação Asfáltica. Formação básica para engenheiros – L. Bernucci, L. Motta, J.


Ceratti e J. Soares. Programa Asfalto na Universidade – Proasfalto, Petrobrás e ABEDA

- Pavimentação asfáltica – materiais, projeto e restauração – J. Balbo. Oficina de Textos.


2007.

- Manual de Técnicas de Pavimentação – W. Senço. Volumes I e II. Editora Pini. 2ª.


Edição. 2001.

- Principles of Pavement Design – E. J. Yoder, M. W. Witczac, 2nd. ed., Wiley. 1975.


- Mecânica dos pavimentos – J. Medina, L. Motta, 3ª ed., Ed. Interciência. 2015.

- Pavement Analysis and Design – Y. Huang, 2ª Ed. 2004.

- Manual de Pavimentação, 2006 – DNIT.

- Especificações de serviços e materiais do DNIT.

- Especificações de serviços e materiais do DER-PR.

Grade para controle pessoal da frequência

Data da ausência Conteúdo pendente (em função da ausência)


1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)

Grade para controle pessoal em atividades de participação*

Data da atividade Evento


1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
*Obs.: pontuação máxima total de 05,00 pontos
Sumário

Página

1. Introdução ...................................................................................................... 1
(História, tendências e a realidade brasileira, pavimento como estrutura, tipos, outros
aspectos, exemplos)

2. Estudo dos agregados ..................................................................................... 9


(Introdução, classificação, produção, caracterização tecnológica, exemplos)

3. Estudo dos solos ............................................................................................. 19


(Introdução, ensaios de caracterização mecânica, solos tropicais, classificação de solos,
exemplos)

4. Estabilização de solos e agregados ................................................................ 29


(Introdução, tipos de estabilização, exemplos de materiais usuais na pavimentação
brasileira, exemplos)

5. Materiais betuminosos ................................................................................... 32


(Introdução, tipos, classificação, exemplos de materiais usuais na pavimentação brasileira,
comportamento visco-elástico, propriedades físicas do asfalto e principais ensaios,
exemplos)

6. Bases e sub-bases ........................................................................................... 41


(Introdução, especificações nacionais, exemplos)

7. Revestimentos ................................................................................................ 45
(Introdução, tipos, execução, exemplos)

8. Dosagem de misturas asfálticas ..................................................................... 50


(Introdução, tipos, execução, exemplos de aplicação)

ANEXOS ....................................................................................................... 55
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Profª Daniane Franciesca Vicentini Email: vicentini@ufpr.br

1. Introdução:

PAVIMENTO tem sua origem no latim “paviméntum”, cujo verbo “pavire” significa nivelar,
aprisionar terra ou pedras para obter uma superfície que permita a passagem.

Segundo a NBR 7207/82, que define os termos técnicos em pavimentação, PAVIMENTO é


a estrutura construída após a terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente em seu
conjunto a:

 Resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais do tráfego;


 Resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de
rolamento;
 Melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade (conforto) e segurança.

1.1. História da pavimentação:

Ao observarmos a história da pavimentação, é inevitável falar da história e da evolução da


própria humanidade.

Os primeiros registros são da época anterior a Cristo, com a invenção da roda. Os povos
construíam caminhos para conquistar territórios, intercâmbio comercial, cultural, religioso,
povoamento, urbanismo e desenvolvimento. Destacam-se os povos:

 Egípcios (2600 a 2400 a.C.): para a construção das pirâmides, acredita-se que
utilizavam uma espécie de “trenó” com lajotas de pedra justapostas que tinham o atrito
facilitado (com água e musgos) para o transporte de cargas.

(de: http://www.egipto.com.br/segredos-piramides-egito/, em 04/08/14)


 
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 Romanos (≈ 300 a.C.): tecnicamente falando, possuíam um tipo de sistema avançado


(sistema estrutural em camadas, dispositivos de drenagem). Suas estradas não só
permanecem até os dias de hoje como os romanos tinham um controle, mapeamento e
sinalização de suas vias por praticamente toda atual Europa, entre outros continentes.

 Outras civilizações (a partir de 0 a.C.): na América Latina durante o período pré-


colombiano, os caminhos Incas (para pedestres e lhamas) interligavam Colômbia, Peru,
Chile e Argentina. Também se destacaram os franceses, que perceberam que as atividades
comerciais estavam diretamente ligadas ao transporte (quanto maior a velocidade, mais
benefícios econômicos). No Brasil, os primeiros registros surgem com os Portugueses.

 China, Índia e Ásia (≈ 600 a.C.): pode-se mencionar como exemplo destes povos a
Estrada da Seda, próxima ao deserto de Taklimakan, para atividades de comércio (de seda,
ouro, marfim, etc.). Acredita-se que também foi utilizada para divulgar a religião budista.

 Era pós-renascentista:
a) Tressaguet (1716-1796):


 
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b) Mac Adam (1756-1836) e Telford (1757-1834):


Dentre suas contribuições, destaca-se:
- Utilização do conceito de compactação e estabilização granulométrica;
- Utilização, na última camada, de materiais mais finos (pedriscos, cascalhos e
paralelepípedos);
- Este tipo de pavimento/conceito é utilizado até hoje, porém, com o advento de
veículos motorizados, ocorre a rápida deterioração.

 Período moderno: neste período, importantes avanços científico/tecnológicos ocorreram


e que influenciaram (e ainda têm influenciado) as características dos pavimentos atuais.
Ex.:

- invenção do automóvel e praticamente junto com ele, aparece o asfalto industrializado


(produto do refinamento do petróleo)
- mecânica dos solos
- pavimentação
- normas
- pesquisas

 Tendência: na atualidade, as exigências são cada vez maiores:


- maior tráfego
- maiores solicitações
- maior velocidade
- e, como se pode observar, a busca por materiais com qualidade superior, para utilização
em espessuras de pavimento cada vez menores.


 
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1.2. A realidade brasileira:

Apesar de, na atualidade, as exigências serem cada vez maiores, no Brasil a situação está
bem aquém da ideal.

Desde os anos 60, o governo vem investindo em pavimentos de rodovias. No entanto, é


preciso mais investimentos. Por exemplo, nos E.U.A. mais de 96% das vias estão pavimentadas,
enquanto que no Brasil somente algo mais de 50% de nossas rodovias estão pavimentadas, das
quais 73% apresentam sinais de algum tipo de deterioração (desgaste, fissuras, remendo,
afundamento, ondulações, buracos) ou encontram-se totalmente destruídas.

Estes dados são alarmantes, tendo em conta ainda que a matriz de transporte de carga
brasileira é majoritariamente rodoviária (aproximadamente 61%), sendo responsável por boa
parte da economia do país.

O Brasil está entre os países com pior avaliação da infraestrutura de transportes (Pesquisa
CNT, 2012), ocupando a 25ª posição, dentre os piores em transporte.

No cenário internacional, a falta de investimentos em infraestrutura de transportes está


tornando o Brasil um país menos competitivo, como pode ser observado na figura abaixo.

(de: Pesquisa CNT, 2012 - modificado)

O Paraná é o 5º colocado no “ranking” dos estados brasileiros, dentre os pavimentos


considerados em ótimas condições (estando 54% do total nestas condições).


 
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1.3. O pavimento como estruttura:

O pavimentoo é uma esstrutura de aalta COMPL LEXIDADE E, pois seu dimensionam mento
envollve um sistem ma de camaadas, com um
m número ellevado de vaariáveis (difeerentes materriais e
açõess a consideraar).

1.4. C
Camadas (seçção típica):

FL
LEXÍVEIS RÍGIDO
OS

Ondee:

Reveestimento Asfáltico
A RA): resiste e distribui diretamente os esforrços, proporrciona
(R
rolam
mento suave e seguro, imppermeabilizaação. Formad
do por agregados e materriais betumin
nosos.

Base (B): distribbui e alivia os esforçoss, fornecendo o suporte esstrutural para


ra o revestim mento.
Podemm ser granullares (solo, solo-brita, briita graduada,, solo melhorrado com cim
mento e/ou cal)c ou
coesiva (solo-cim
mento, solo-caal, solo-asfallto, macadamme asfáltico, mistura asfááltica, etc.).

Sub-b base (SB): correção do o SL, compllementa a finalidade


f esstrutural da base e prevvine o
bombbeamento doo material do o SL para a bbase. Nos paavimentos ríggidos, tem ppouca contrib
buição
estruttural, ajudanndo a controlaar o bombeam
mento, expannsão e a contração.

Reforrço de SL (Ref.):
( camaada complem
mentar, de espessura consstante e quallidade superrior ao
SL.


 
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Sub-leito (SL): é o terreno de fundação. Pode necessitar regularização para corrigir falhas de
terraplenagem e poder receber as demais camadas.

Concreto de Cimento Portland (CCP): desempenha o papel de base e revestimento ao mesmo


tempo.

Veja no Anexo I exemplos de estruturas típicas de seções de pavimentos flexíveis.

1.5. Tipos (aspectos estruturais):

Existem, basicamente, dois tipos principais de pavimentos:

Aspecto FLEXÍVEIS RÍGIDOS


estrutural (ou pavimentos asfálticos) (de CCP ou concreto-cimento)
Principalmente uma placa de concreto
Várias camadas, de diferentes
Conformação (armado ou não, ou protendido),
materiais e comportamentos
prever juntas
Os esforços se distribuem A placa de concreto absorve
Distribuição das
proporcionalmente à rigidez das praticamente todas, ou boa parte das
tensões
camadas tensões
Todas as camadas se deformam
Deformação de maneira significativa, em Pouco deformável (pois é mais rígido)
regime elástico (até certos limites)
A qualidade do subleito é A qualidade do subleito pouco
importante: dimensionamento é interfere no comportamento estrutural:
Dimensionamento
comandado pela resistência do dimensionamento é comandado pelo
subleito próprio pavimento

Distribuição dos
deslocamentos ()
ou deflexões (sob
o revestimento
asfáltico e placa
de concreto)

Existem ainda pavimentos que misturam ambos tipos (ou materiais de cada tipo), dando
origem aos semi-rígidos (revestimento de camada asfáltica e base estabilizada quimicamente
com cal e/ou cimento) ou compostos (combinações usando revestimento asfáltico e CCP, entre
outros materiais.


 
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1.6. Outros aspectos:

FLEXÍVEIS RÍGIDOS

Aspecto táctil-
visual

Economia

Poluição (aspecto
ambiental)

Conforto

Segurança

Drenagem

Durabilidade


 
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RCÍCIOS:
EXER

1) Elabore gráficos
g atuaalizados utiliizando como
o fonte a rev
vista digital Pesquisa CN
NT de
Rodoviass mais recentte ou outras fontes (conssideradas con
nfiáveis), coomparando co
om os
dados maais antigos. Comente a evolução daa situação dos d pavimenntos brasileirros no
cenário nacional
n e intternacional.

22) Questão TRT – Anaalista Judiciiário espec. Eng. Civil (2012): C


Considere a seção
transversaal do pavimeento da figurra abaixo:

As camaddas da seção transversal iindicada são, respectivam


mente:


 
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2. Estudo dos Agregados:

2.1. Introdução:

O agregado mineral forma o esqueleto que suporta e transmite as cargas aplicadas,


desempenhando então, importante função nas mistura asfálticas. O asfalto é o agente cimentante
que une as partículas do agregado e as mantém em sua posição, a fim de poder transmitir a
carga aplicada pelas rodas dos veículos às camadas inferiores.

Agregados são partículas minerais não-plásticas, geralmente inertes que, combinadas com
outros tipos de materiais cimentados (ligantes, aglomerantes) podem formar as camadas que
compõem o revestimento; ou ainda, de maneira isolada ou combinada, formar as camadas de B,
SB ou Ref. Ex.:

__________________________________________________________________

Principais funções dos agregados em pavimentação:

 Proporcionar a estabilidade mecânica dos revestimentos;


 Resistir à abrasão superficial;
 Suportar as tensões solicitantes do tráfego, transmitindo os esforços às camadas
inferiores de forma atenuada.

2.2. Classificação dos agregados:

2.2.1. Quanto à natureza:

 Natural: inclui todas as fontes de ocorrência natural e são obtidos por processos
convenvionais de desmonte, escavação, britagem e dragagem de depósitos continentais,
marinhos, estuários e rios. Ex: _________________________________________
_________________________________________________________________

 Artificial: são resíduos de processos industriais. Ex.: escória de alto forno, argila
calcinada, argila expandida, etc.

 Reciclado: provenientes de reuso de materiais diversos. Em alguns países já é


considerado como fonte principal de agregados. Ex.: borracha de pneu, pozolanas
artificiais, resíduos de construção civil, etc.


 
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2.2.2. Quanto ao tamanho:

Graúdo: dimensões (dos grãos) maiores que 2 mm. Ex.: brita, cascalho, seixo, etc.

Miúdo: dimensões (dos grãos) maiores que 0,075 mm e menores que 2 mm. Ex.: areia, pó de
pedra, etc.

Material de enchimento (fíler): material em que pelo menos 65% das partículas é menor que
0,075 mm. Ex.: cal hidratada, cimento Portland, etc. O material passante na peneira #200 vem
sendo designado como “pó” a fim de distingui-lo do fíler.

# 200   # 10
 dos 
grãos 

OBS.: quanto ao tamanho dos agregados, cabe destacar ainda a seguinte definição, comumente
utilizada em pavimentação:

Tamanho máximo do agregado: é a menor abertura de malha de peneira pela qual passam
100% das partículas da amostra (terminologia adotada pela AASHTO, ASTM C125, Ceratti
2011, entre outros).

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2.2.3. Quanto à distribuição dos grãos:

Geralmente é determinada por peneiramento, em


função da quantidade de material que fica retida em
cada peneira, que é expressa em porcentagem da
massa total da amostra.

Os tamanhos são normatizados (DNER 035/95) mas,


dependendo da especificação, somente alguns serão
usados. A peneira de abertura 12,5 mm (não
mencionada na norma) é muito utilizada em projetos
de misturas asfálticas.

A norma DNER-ME 083/98 descreve o procedimento


de análise por peneiramento.

Na pavimentação, as mais importantes graduações quanto à distribuição dos grãos são:

 Densa (dense, well-graded): ou bem graduada, apresenta distribuição granulométrica


contínua, próxima à densidade máxima.

 Aberta (open graded): apresenta distribuição granulométrica contínua, mas com poucos
finos (< #0,075 mm), resultando em maior volume de vazios.

 Uniforme (uniformly graded): as partículas apresentam praticamente o mesmo tamanho.

 Descontínua (gap-graded): ou em degrau, apresenta descontinuidade, ou seja, falta de


alguma proporção (geralmente na faixa central das graduações, geralmente usada com
asfalto-borracha).

Um material bem graduado deve obedecer à curva de Fuller e Thompson (1907):

= 100 , onde:

D = diâmetro máximo do agregado;

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d = abertura da peneira;

p = % passante na # “d”;

n = de 0,4 a 0,6 para graduação densa.

Ex.: Identifique as curvas abaixo quanto à distribuição dos grãos:

(Fonte: Pavimentação asfáltica – formação básica para engenheiros – Bernucci et al.)

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2.3. P
Produção doss agregados:

Para os agregados naturais, ass característiicas mecânicas são determ


minadas pelaa rocha de orrigem.
Parte do material extraído nãoo é aproveitáável. Para a parte aproveeitável da roccha, o processso de
reduçção dos tamaanhos é esqueematizado a seguir:

FASSE 1  ______________
___________
_____________________
____
______________
___________
_____________________
____ 
Britagem primária 

FASSE 2  ______________
___________
_____________________
____
______________
___________
_____________________
____ 
Britagem ssecundária 

FASSE 3  ______________
___________
_____________________
____
______________
___________
_____________________
____ 
Britagem terciária 

FASSE 4  ______________
___________
_____________________
____
______________
___________
_____________________
____ 
Britagem quaternária 

Os brritadores, dee um modo geral,


g envolvvem quatro mecanismos
m : impacto, de
desgaste por atrito,
cisalhhamento e compressão.
c O tipo de rrocha a ser processada afetará a esscolha do tipo de
equippamento de britagem
b a seer usado.

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2.4. Caracterização tecnológica dos agregados:

2.4.1. Graduação:

Cada aplicação definirá a distribuição granulométrica a ser usada.

2.4.2. Limpeza:

Deve-se evitar utilizar agregados que contenham um nível elevado de impurezas, tais como
vegetação, argila, pó, etc. O ensaio de equivalente de areia (DNER-ME 054/97) quantifica a
proporção de argila ou pó nas amostras de agregados miúdos.

Agita-se energicamente uma amostra de solo numa proveta contendo uma solução diluída. Após
alguns minutos em repouso, determina-se a relação entre o volume de areia e o de finos que se
separam da areia:


% = 100

(equivalente de areia)

Ex.: ___________________________________________________________________

2.4.3. Resistência à abrasão:

O objetivo do ensaio é medir a resistência do material à quebras, degradação e desintegração.


Este ensaio é realizado com agregados graúdos e, quanto mais próximos da superfície do
pavimento, maior deve ser sua resistência à abrasão.

Com esta finalidade, o ensaio conhecido como Abrasão Los Angeles (DNER-ME 035/98 para
pétreos e DNER-ME 222/94 para sintéticos), no qual uma amostra do material é colocada
dentro de um cilindro com esferas de aço no seu interior, e o cilindro posto a girar. A perda de
resistência é dada por:

% = 100 ,

onde é a massa inicial (material retido na # 8) e é a massa final (material retido na # 12).

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2.4.4. Forma dos agregados (DNER-ME 086/94 ou NBR 5564/2014):

Característica importante para avaliar indiretamente o contato entre grãos e a resistência ao


cisalhamento.

A forma das partículas (agregados graúdos) é determinada pelo índice de forma (DNER-ME
086/94); usando uma placa de lamelaridade, onde:

≥ 0,5 (condição aceitável)

= 0 (completamente lamelar)

= 1 (completamente cúbico)

Alternativamente, pela NBR 5564/2014 (para lastro ferroviário) são medidas as dimensões do
agregado com um paquímetro.

2.4.5. Absorção (DNER-ME 081/98):

Avalia a porosidade do agregado graúdo. É a relação entre a massa de água absorvida (após 24 h
de imersão) e a massa inicial de material seco.

% = 100 ,

onde é a massa do agregado úmido e é a massa do agregado seco em estufa.

2.4.6. Adesividade ao ligante asfáltico:

Quimicamente, o agregado (graúdo ou miúdo) prefere a água ao asfalto. A presença de água em


uma mistura tende a promover seu acúmulo na interface agregado-ligante, resultando na
separação entre o ligante e a superfície do agregado. Assim, agregados:

 Ácidos ou eletronegativos são hidrofílicos, mais suscetíveis à ação da água. Ex.:


granitos, gnaisses, quartzitos.
 Básicos ou eletropositivos: são hidrofóbicos, menos suscetíveis à ação da água. Ex.:
basaltos, calcários.

Diversos ensaios: DNER-ME 078/94, DNER-ME 079/94, Lottman Modificado, etc.

Pode-se adicionar algum produto a fim de melhorar a adesividade, como por exemplo:
______________________________________________________________________ .

15 
 
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2.4.7. Sanidade:

Este ensaio simula a degradação química dos agregados graúdos quando expostos às condições
ambientais no pavimento (intemperismo). No ensaio (DNER-ME 089/94), a perda de massa
resultante após atacar quimicamente o agregado não deverá superar 12%.

2.4.8. Densidade ou massa específica:

É a relação entre a massa e o volume do agregado. Dependendo da finalidade, pode-se ter:

a) Massa específica real:

= ⁄

b) Massa específica aparente seca:

= ⁄

c) Massa específica efetiva:

= ⁄

Onde é a massa seca do agregado, é o volume da parte sólida do agregado, é o volume


dos poros impermeáveis, é o volume de poros permeáveis, volume de poros
permeáveis que não são preenchidos pelo asfalto.

Ensaios: (DNER-ME 081/98 para graúdos e DNER-ME 084/95 para miúdos).

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Determinação dos parâmetros:

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EXERCÍCIOS:

1) Considere a seguinte graduação e defina qual o tamanho máximo do agregado:


Malha n°: % Passante:
3/4" 100
1/2" 92
3/8” 81
4 59
8 32

= _____________________.

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3. Estudo dos Solos:

3.1. Introdução:

Ao se considerar um determinado tipo de solo para compor parte da estrutura de um pavimento,


uma série de estudos (preliminares e mais tarde definitivos) e ensaios deverão ser efetuados, a fim
de se obter a caracterização física e mecânica do material. Deste modo, dependendo de suas
características, o material poderá ser utilizado em Rev., B, SB, Ref. ou SL, necessitando ou não
adequação ou ainda poderá ser desprezado.

A seguir são apresentados alguns dos ensaios de maior interesse em pavimentação.

3.2. Resiliência:

É a deformação elástica, recuperável de solos e misturas (asfálticas ou não) sob a ação de cargas
dinâmicas. O módulo resiliente (MR) é obtido no ensaio triaxial dinâmico (que simula as condições
de trabalho destes materiais).

= , onde:

MR é o módulo resiliente (módulo elástico do ensaio triaxial de carga repetida);

é a tensão desvio, aplicada repetidamente;

é a deformação resiliente (correspondente a um número particular de repetição da tensão


desvio).

Princípio do ensaio (por superposição de efeitos):

Confinamento: Tráfego: Soma:

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Ensaio dde fadiga com


m carga semii-senoidal (coom controle de carga):

Desloocamento
 ((mm)

N (ciclos)

Onde:

Normativa de ensaioo: DNIT 134//2010-ME, er orreção de vaalores de d.


errata com co

ifornia Beariing Ratio (CB


3.3. Calif BR – de Port
rter, 1929):

Tradicioonalmente, o Índice dee Suporte C Califórnia (ISC,


( em português) é a base para o
dimensioonamento dee pavimento os flexíveis. É muito utilizado
u parra estimar a resistênciaa, não
somente de solos compactados (visando sua utilização nas n camadas do pavimentto), como tam mbém
da maiorria dos materriais utilizado
os na pavimeentação (agreegados ou misturas).
m

Os materriais são classsificados (em


m porcentageem) em term
mos da resistêência obtida nno ensaio, seendo:

≅ 100% . â

≅ 0% . â

Deste mmodo, a resisstência mecâânica (ou cappacidade de suporte) foii relacionadaa (empiricam
mente)
com o ddesempenho das estruturaas, originanddo os Métodos de Dimen nsionamentoo CBR e o DNER,
D
que fixam
m espessuraas mínimas para
p as camaddas de modo
o a limitar ass tensões quee chegam ao
o SL e
protegê-lo da rupturaa. O ensaio é definido po r:

ã á , ã
% = . 100 0,1"
ã á , ã

Sendo * o material em questão, passante naa #3/4”, com mpactado comm massa esppecífica e um midade
que seráá utilizada noo projeto. As pressões doo ensaio são as
a necessáriaas para produuzir penetraçção do
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pistão nos valores de 2,54 mm e 5,08 mm, com os corpos-de-prova imersos, previamente, durante 4
dias.

Curva pressão-penetração:
pressão 
(Kgf/cm2) 
Onde:

= 100
70

= 100
105

Penetração 
(mm)

Sendo o CBR adotado, o maior dentre os dois valores (CBR1 ou CBR2).

A expansão (e, em %) nos corpos de prova é determinada juntamente com o ensaio do CBR, após 4
dias submerso. É o aumento (em %) sofrido pelo corpo de prova, com relação às dimensões
iniciais. Após seu valor ser determinado, pode-se realizar efetivamente o ensaio CBR (penetração).

Algumas considerações:

 O ensaio CBR pode ser realizado tanto em campo quanto em laboratório e o MR pode ser
obtido somente em laboratório (a fadiga). Para este último, há somente uns poucos
laboratórios habilitados, dando margem à utilização de fórmulas de correlação.

 De um mesmo ensaio saem dois parâmetros importantes: CBR(%) e e(%)!!!

 A fim de se evitar deformação excessiva, estipulam-se valores admissíveis de expansão


axial para as camadas:
B: e ≤ 0,5%
SB, Ref.: e ≤ 1%
SL: e ≤ 2%

 Cabe o bom senso e critério do engenheiro ao ensaiar amostras: procurar entender o


fenômeno que o ensaio tenta reproduzir. Considerar o caso de alterar algumas condições do
ensaio, por ex.: solo no sertão nordestino com probabilidade remota de chuva por 4 dias
seguidos, ou subida do nível freático (talvez deveria se considerar realizar o ensaio sem
imersão). Cabe ao engenheiro a decisão final, e seus atos deverão estar justificados (ainda
mais quando não seguir as normas!).

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 Mais tarde veremos como obter o MR em campo (Viga Benkelman, FWD), na parte de
restauração de pavimentos. O ensaio de cargas repetidas se aplica tanto a solos quanto a
materiais de pavimentação.

Normativa de ensaio: DNER-ME 049/94.

CBR das camadas:

(Fonte: Porter 1942, pavementinteractive.org)

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3.4. Soloos Tropicais:

Estes soloss surgem da evolução dee outros solo os em


clima quen nte com ch huvas moderradas a inttensas,
resultado da lixiviaçãão de mineerais de feerro e
alumínio, principalmen
p nte. São soloos finos (arg
gilosos
ou areno osos) que apresentaam plasticcidade
relativamennte elevada e expansividdade em preesença
de água.

Na décadda de 50, perrcebeu-se quue estes soloss apresentavaam CBR elev


vado, e sua pprimeira apliicação
em pavim mentação foii no estado de
d São Pauloo, como Ref. de SL. Maiss tarde foi uttilizado comoo base
(argila laterítica com
mpactada), protegida
p poor todos os lados
l por um
ma pintura bbetuminosa e que
obteve uum desempennho excelentee (durante ceerca de vinte anos).

Geralmeente:

 Solos finos = plasticidaade, permeeabilidade, deformabiliidade, exppansão com água


á e
rresistência.
 Solos finos lateríticos
l = plasticidadde, permeab
bilidade deformabilida
d ade, exp
pansão
ccom água e resistência.

Foram reealizados maais estudos e em 1977 U Utiyama e ou utros pesquissadores publlicaram, na revista
r
do DER,, um estudo sobre
s pavimeentos econôm
micos utilizaando este tipo
o de solo.

Em 19822 Nogami e Villibor pro m critério parra seleção deestes solos a fim de utilizá-los
opuseram um
como baase de pavimentos. Este procedimento
p o é utilizado até os dias de
d hoje, comoo se verá a seeguir.

3.5. Classsificação dee solos:

3.5.1. Cllassificação MCT:


M

p o uso deeste tipo de s olo (segundo


Algumass restrições para o Nogami e Villibor,
V 19995):
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 N ≤ 5.106 soolicitações dee eixo padrãoo;


 PPassar integrralmente na peneira
p de 2 mm de aberrtura (DNIT 098/2007-ES
0 S);
 MMini-CBR sem imersão ≥ 40%
 PPerda de supporte (resistên ncia) por imeersão < 50%
%;
 hB ≥ 15 cm;
 oobservar ummidade, compactação são m muito imporrtantes!
 AAplicar impprimadura/caamada impeermeabilizante sobre o revestimennto para pro
oteger
((inclusive noos cortes lateerais)

Alggumas recomendações connstrutivas (segundo Nogami e Villiboor, 1995):

Instruçãoo normativa:: DNER-CLA


A 259/96

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3.5.2. Cllassificação segundo


s a TR
RB (antiga H
HRB/AASHT
TO):

Considerra parâmetroos (granulom metria, limitees de consistência e índicce de grupo)) que não av
valiam
corretam
mente os soloos brasileiros.

Classificca os solos de
d A-1 a A-7, dividindo-oos em dois grandes
g grupos: Granularres (A-1, A-2
2 e A-
3) e Siltoo-Argilosos (finos,
( de A--4 aA-7).

Plasticiddade: em sollos finos ou coesivos, é a propriedaade de podeer ser moldaados (deform


mações
permaneentes sem rupptura ou fissu
uramento) soob certas con
ndições de hu
umidade.

LL e IP: são os limites de Atterbeerg.

Índice dee Grupo (IG


G): parâmetroo que define a capacidadee de suporte do terreno dde fundação de
d um
pavimennto em funçãoo da classificcação (TRB)).

=0→
= , , % #
#200 , senddo:
= 20
2 →

= 0,2 0,005 0,01

Onde: = % #200 3 5% 0
0 40%

= % #200 15
5% 0
0 40%

= 40% 0 20
0%

= 10% 0 20
0%

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Classsificação TR
RB (Fonte: Manual
M de Paavimentaçãoo DNIT – IPR
R 719)

3.5.3. Cllassificação segundo


s o Siistema Unificcado de Classsificação (SU
UCS):

Baseia-sse na identificcação dos so


olos de acorddo com sua teextura, granu
ulometria e pplasticidade.

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3.5.4. Cllassificação segundo


s a Reesiliência:

A partir de estudos com


c base na mecânica doos pavimento os, realizados por Pinto e Preussler (1
1976),
esta classsificação perrmite relacio
onar os soloss e materiais quanto ao seeu comportam mento mecân nico e
deformababilidade.

 P
Para materiaais granularess:

Onde as retas que ddefinem o modelo


m
para os grrupos A, B e C, são dadas por:

= .

Os parâm metros e sãão os


parâmetro
os de resiliênncia determiinados
a partir do ensaaio triaxial de
carregameento repetidoo sob a tenssão de
confinameento .

 Para solos
finoos (coesivos):

Ondde , , e
são os parâmetrros de
resiliiência,
deteerminados a partir
do eensaio triaxial de
carregam mento
repeetido sob a tensão
t
desvvio e as retas
que definem
m o
moddelo para os
gruppos A, B e C, C são
dadaas por:

/
=
/

Existem ainda outrros sistemas de classifiicação, mas que não serão objeto de estudo nesta
disciplinna.

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EXERCÍCIOS:

1) Calcular o índice de grupo (IG) e classificar os materiais quanto à classificação TRB,


sendo dados:

a) LL = 67%
%passante #200 = 85%
LP = 31%

b) LL = 62%
%passante #200 = 52%
LP = 44%

c) LL = 34%
%passante #200 = 28%
LP = 26%

d) LL = NL
IP = NP
%passante #10 = 43%
%passante #40 = 26%
%passante #200 = 17%

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4. Estabilização de solos e agregados:

4.1. Introdução:

Quando um material não atende aos requisitos técnicos (físico, químico ou mecânico) para sua
utilização como camada de pavimento, pode-se tentar melhorar suas características deficientes
antes de desprezá-lo. Este processo é conhecido como estabilização, e pode ser:

4.2. Tipos de estabilização:

4.2.1. Estabilização granulométrica:

Consiste no emprego de um ou mais materiais a fim de corrigir a curva granulométrica


requerida. O processo para esta correção envolve muitas variáveis (resistência mecânica dos
agregados, composição mineral, a própria distribuição granulométrica, propriedades do material
e compactação).

Alguns procedimentos (para dosagem da estabilização):

a) Tentativa e erro:
A partir da curva granulométrica disponível e da faixa granulométrica especificada, é
feita uma primeira estimativa das porcentagens a serem usadas de cada material,
baseando-se na experiência ou visualização gráfica da granulometria dos materiais
disponíveis. O ponto de partida é identificar peneiras críticas.
b) Método algébrico:
O projeto de misturas deve considerar o número de materiais a serem misturados e as
tolerâncias das especificações a serem atendidas. Como as especificações são feitas para
vários intervalos de diâmetro de grãos, e como esses intervalos são quase sempre em
número superior ao número de materiais disponíveis para a mistura, o projeto de
misturas recai na resolução de sistemas com mais equações do que incógnitas.
Entretanto, trabalha-se com uma faixa de valores, de modo que o problema é resolvido
algebricamente, “por partes”.
c) Método gráfico de Rothfucks:
Consiste em calcular uma curva granulométrica média da especificação que se pretende
utilizar e representá-la graficamente como uma diagonal de um retângulo. Realizam-se
sucessivos ajustes de forma que a interseção das linhas utilizadas no ajuste forneçam as
quantidades (em %) equivalente de cada material.

4.2.2. Estabilização química:

Consiste na melhoria das propriedades do solo, baseando-se em suas características físico-


químicas. Exige um controle tecnológico maior. Materiais frequentemente utilizados:

a) Cimento:
Principal função é aumentar a coesão e rigidez em relação ao material de origem,
aumentando a resistência à compressão e à tração.

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b) Cal:
Utiliza-se a cal com as mesmas finalidades que o cimento, porém apresenta um período
muito maior de cura.

c) Asfalto:
Confere um aumento da resistência à compressão e à tração, com relação ao material de
origem.

4.3. Exemplos de materiais estabilizados:

- SEG
- BGS
- BC
Estabilização Granulométrica - Solo-brita
- SAFL

- S. Bet.
- M. Bet.
Estabilização com asfalto:
- BGTC
Estabilização com cimento: - CCR
- S. Cim.

Estabilização com cal: - S. Cal

- M. H.
Macadames: - M. S.

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RCÍCIOS:
EXER

1) Paara as curvas granulométrricas dos matteriais das cu


urvas A e B abaixo,
a identtificar:

a) á do agreggado;

b) Tippo de materiial quanto ao tamanho e ddistribuição dos


d grãos;

c) Proopor uma esttabilização granulométric


g ca usando oss materiais A e B para um
ma curva con
ntínua.

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5. Materiais betuminosos:

5.1. Introdução:

Materiais betuminosos são substâncias (hidrocarbonetos, H – C) líquidas, inflamáveis, com alta


viscosidade e coloração escura, com propriedades ligantes. Popularmente são conhecidas como
“piche”.

Há registros históricos de que foram utilizados na Mesopotâmia, Roma, Grécia, entre outros;
como impermeabilizante, combustível (_______________, ____________), etc.

Já o petróleo é um composto de natureza orgânica (hidrocarbonetos complexos), que é formado


pela ação de bactérias anaeróbicas sobre os organismos do plâncton marinho e da ação
combinada de pressão e temperatura.

A grande revolução do petróleo ocorreu com a invenção dos motores de combustão interna e a
produção de automóveis em grande escala, que deram à gasolina uma utilidade mais nobre.

Atualmente a demanda por petróleo é muito grande, e as possibilidades de crises internacionais


pela busca deste produto também.

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5.2. T
Tipos/classifi
ficação:

Asfaltoo   
Naturaal
 
Asfalto dde 
Mat. Betum
minosos 
Petróleeo  

Alcatrã o   

aa) Alcatrão: produto da queima ou ddestilação (reefinamento) destrutiva doo carvão, maadeira,
etc. Seu uso
u já é pratticamente exxtinto na pav
vimentação desde
d que se determinou o seu
poder caancerígeno, além de baaixa qualidad de para uso o em pavim mentação e pouca
homogenneidade.
bb) Asfalto natural:
n óleo de petróleo que aflora na
n superfíciee terrestre e que, pela açção do
sol e vennto é destilad
do naturalmeente. Ex.: laggos de asfaltto (Trinidad)
d), rochas e areias,
a
etc.
cc) Asfalto ded petróleo: é um produuto da destilaação do petrróleo, de proopriedades termo-
t
viscoelásticas. Além de ser imperrmeável e po ouco reativo, une os agreegados e permmite a
flexibiliddade. Estão sujeitos à oxidação lenta, levaando-o a uum processso de
envelheciimento, em contato
c com o ar e a águaa. O principaal processo dde obtenção é feito
a partir dad extração do petróleoo bruto da jaazida e transporte para uma câmaraa. Em
seguida, é aquecido a aprox. 6000ºC. Uma paarte do produ uto “evaporaa” e é conduzida à
outra câm mara (torre de
d fracionammento ou co oluna de desstilação), ondde é submettido a
incremenntos de tempeeratura gradaativos. Ao allcançar as baandejas superriores (mais frias),
as partícuulas se conddensam, ficaando retidass em um compartimentoo separado. Deste
modo há um fracionam mento seletivvo, dependen
ndo da aplicaação final doo produto.

Para obteer outros sub


bprodutos dee asfalto, o processo
p é lig
geiramente ddiferente ao longo
de algum
mas destas ettapas, mas dde um modo geral, o pro ocesso de obbtenção do asfalto
a
pode ser esquematiza
e do da seguinnte forma:

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c.1) Cimeento Asfálticco de Petróleeo (CAP): é o produto fo ormado a paartir do resíd


duo do
refinamennto do petrólleo cru (ou bbruto). Este material é praticamente
p a base para todos
os outross subproduto os derivadoss de petróleeo que são utilizados eem pavimen ntação.
Possui grrande quantiddade de betuume (hidrocaarbonetos não voláteis peesados), colo oração
negra ouu marrom escuro,
e senddo muito viscoso,
v de propriedadees ligantes e de
consistênncia sólida a semi-sólida em temperaatura ambien nte. Material termoplásticco, de
comportaamento reollógico com mplexo, depeendente da temperaturra, que co om o
intemperiismo se alterra, perdendo suas proprieedades iniciaais, tornando--se mais visccoso e
frágil. Algguns elemen
ntos estão preesentes em su
ua composição, como:

- enxofre

- nitrogênnio

- oxigênioo
- alifáticoos
- hidrocarrbonetos
- aromáticcos
- asfaltenos (entre 20 e 30%)

- maltenoos

Este mateerial é bastan


nte suscetíveel à oxidação
o (envelhecim
mento), deviddo principalmente
ao intempperismo que afeta as proppriedades dos _________ _____, com o passar do tempo.

Aplicaçõees:

PMQ

Mistu
uras à
AA (aareia-asfalto))
queente

Trataamento CBUQ
Q
Supeerficial

Macaadame
Betum
minoso

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c.2) Asfalto Diluído (ADP): é obtido a partir do CAP e da adição e mistura de solventes.
A vantagem em se utilizar este produto, é que, ao ser exposto às condições ambientais,
os solventes se evaporam, restando somente o CAP. Por apresentarem menor
viscosidade, podem ser aplicados em condições de baixas temperaturas (e, portanto,
reduzindo a necessidade de aquecimento demorado). Podem ser de três tipos:

 Cura rápida (CR): cujo solvente é a nafta


 Cura média (CM): cujo solvente é a querosene
 Cura lenta (CL): cujo solvente é óleo combustível (este tipo não é utilizado no
Brasil)

Aplicações:

- Imprimação

- Utilizado como pintura de ligação e tratamentos superficiais

c.3) Emulsão Asfáltica (EMA): é produzida a partir do CAP ou ADP com a adição de
água e agente emulsificante, separando a composição em duas fases:

 Dispersa (com aproximadamente 55% de asfalto)


 Dispersante (contendo água)

A ruptura é caracterizada pela mudança de cor:

As EMA’s podem ser:

 De Ruptura Rápida (RR)


 De Ruptura Média (RM)
 De Ruptura Lenta (RL)
 Lama Asfáltica (LA)

Aplicações:

- Utilização a frio e com agregados miúdos

- Estocagem

- Velocidade de ruptura depende do tipo e teor de emulsificante

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c.4) Asfalto Modificado com Polímero (AMP): nestes materiais, são adicionados
polímeros a fim de melhorar as propriedades em fadiga, bem como diminuir a
deformação permanente, fissuras térmicas e ainda reciclar materiais da indústria. Ex.:
SBS, SBR, EVA, borracha moída de pneus, etc.

5.3. Lei de comportamento visco-elástica:

Os asfaltos exibem deformação dependente do tempo. Seu modelo reológico é representado por
um conjunto de molas e êmbolos dispostos em série (modelo de Maxwell), paralelo (modelo de
Kelvin) ou vários destes modelos acionados simultaneamente (modelo generalizado/Maxwell
generalizado):

Modelo generalizado/Maxwell
Modelo de Maxwell Modelo de Kelvin
generalizado

Sugestões de uso para os ligantes betuminosos em pavimentação:

Serviço: Ligante
Imprimação
CM-30, CM-70
RR-1C, RR-2C, RM-1C, RM-2C,
Pintura de Ligação
RL-1C

CAP-7, CAP-150/200,
Tratamento Superficial RR-2C, RR-1C, RR-2, RR-1

CAP-7, CAP-85/100,
Macadame Betuminoso RR-2C, RR-1C, RR-2, RR-1

RM-2C, RM-1C, RM-2, RM-1,


Pré-misturado a Frio
RL-1C, RL-1

Concreto Betuminoso Usinado a Quente, CAP-30/45, CAP-50/70,


Pré-misturado a Quente e Areia Asfalto a Quente CAP-85/100, CAP-20, CAP-40

LA-1C, LA-2C, LA-1, LA-2, LA-E


Lama Asfáltica
RL-1C, LA-1C, LA-2C
Solo Betume

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5.4. Propriedades físicas do asfalto (principais ensaios):

As propriedades do asfalto variam muito conforme a temperatura e o tempo de aplicação de


carga (comportamento viscoelástico), portanto os ensaios devem definir estas condições a fim
de se obter parâmetros comparáveis. Alguns dos principais ensaios que devem ser realizados em
asfaltos são apresentados a seguir:

5.4.1. Penetração:

Este ensaio avalia a consistência do asfalto em temperatura ambiente, que é definida pela
profundidade (em mm/10) em que uma agulha-padrão penetra, verticalmente, uma amostra de
CAP, durante 5 s.

Ex.: CAP 30/45

CAP 50/70

CAP 85/100

CAP 150/200

Normativa de ensaio: ABNT NBR 6576/98.

5.4.2. Viscosidade:

Este ensaio avalia a consistência do asfalto sob várias temperaturas (curva).

5.4.2.1. Viscosidade Absoluta (viscosímetro rotacional):

Permite obter a curva de viscosidade de uma mesma amostra. O ensaio avalia o tempo
necessário para uma amostra fluir pela ação do vácuo. Unidade:
1 = 1 ⁄ = 0,1 . Ex.: CAP-7, CAP-20, CAP-40.

Normativa de ensaio: ABNT NBR 15184/2004.

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5.4.2.2. Viscosidaade Saybolt-F


FUROL:

Forneece uma meddida empíricca da viscosiddade em CA AP’s e emulsões, que podde ser reprod
duzida
em ccampo. É deefinida pelo tempo (em segundos, denomidado SSF) necesssário para que o
asfaltto flua de um
m orifício atté encher um
m recipiente de 60 ml, na
n temperatuura fixada (1177ºC,
135ºCC e 60ºC gerralmente).

Ondee: TE é a tem
mperatura de espalhamennto da mistura asfáltica =

TCAP é a temperatura
t de
d aquecimeento do CAP =

TAG é a teemperatura de
d aquecimennto dos agreg
gados.

mativa de enssaio: ABNT NBR


Norm N 14950//2003.

5.4.3. Ponto de am
molecimento
o:

Permmite obter (eempiricamentte) a tempeeratura na qu


ual o asfalto amolece qquando aquecido,
atingiindo uma deeterminada condição
c de escoamentoo. Conhecidoo como o ennsaio do anel e da
bola.

mativa de ensaio: ABNT NBR 6560/22000.


Norm
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5.4.4. Ponto de fulgor:

Este ensaio visa a segurança durante o manuseio, transporte, estocagem e usinagem do asfalto.
É a temperatura na qual os vapores do material se inflamam (geralmente a partir de 230ºC), por
contato com uma chama padronizada, provocando um “lampejo” durante o ensaio.

Normativa de ensaio: ABNT NBR 11341/2004.

5.4.5. Outros ensaios:

Exemplos de outros ensaios: solubilidade (grau de pureza, teor de asfalto), durabilidade (efeito
do calor e do ar), índice de suscetibilidade térmica (sensibilidade da consistência dos ligantes
asfálticos à variação térmica), ductilidade, recuperação elástica, etc.

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EXERCÍCIOS:

1) Em um laboratório de tecnologia em pavimentação foram realizados vários ensaios para


caracterização deste material e avaliar seu potencial para compor uma mistura asfáltica. No
ensaio de penetração de uma amostra de 100 g de ligante asfáltico foi ensaiada a temperatura
constante de 25ºC. Foram obtidos os seguintes valores:

1ª Medição (0,1 mm) 2ª Medição (0,1 mm) 3ª Medição (0,1 mm)


48 49,5 52

Para esta amostra, calcule a penetração e, em função deste parâmetro, defina o tipo de material
ensaiado:

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6. Bases e Sub-bases:

6.1. Introdução:

Os materiais empregados em B e/ou SB frequentemente necessitam estabilização para sua


utilização como camada em pavimentos. Sua principal função é resistir e distribuir os esforços
verticais oriundos do tráfego. As camadas podem ser então classificadas em:

a) Flexíveis: quando ocorre a estabilização granulométrica, com asfalto ou tipo macadame.


b) Rígidas: quando ocorre a estabilização com cimento ou cal.

A estabilização de uma camada é necessária sempre que se deseja torna-la mais estável. De
acordo à sua natureza e comportamento, os materiais podem ser:

 Granulares e solos: cuja principal função é resistir aos esforços de compressão (C).
 Materiais com adição de asfaltos: cuja principal função é aumentar a resistência à C e à
tração (T), com relação ao material de origem.
 Materiais com cal ou cimento: cuja principal função é aumentar a coesão e rigidez,
resistência à T e à C, com relação ao material de origem.

6.2. Especificações dos materiais:

6.2.1. Camadas flexíveis:

Para sua utilização como B e SB, bem como nas demais camadas de pavimentos, os materiais
deverão atender às especificações vigentes. Abaixo são apresentadas as principais exigências
gerais, para pavimentos flexíveis (Fonte: DNIT IPR-719, 2006):

B SB
- Composição granulométrica em faixas - =0
específicas (de A a F), em função do tráfego; - ≥ 20%
- (%) Passante na #200 < 2/3 da (%) Passante - ≤ 1%
na #40;
- Perda LA do material retido na #10 ≤ 50%
- ≤ 25% (ou > 30%)
Ref
- ≤ 6% (ou > 30%)
- >
80% > 5. 106
- ≥ - ≤ 1%
60% ≤ 5. 106
- ≤ 0,5%

SL
- ≥ 2%
- ≤ 2%

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6.2.2. Camadas rígidas:

Neste caso, cada material tem sua especificação particularizada. Ex.:

a) Brita graduada tratada com cimento (BGTC):


Nesta mistura, utiliza-se o mesmo material da BGS, porém com 3 a 5 % (em peso) de
cimento e água. É dosada em usina e aplicada de preferência por vibroacabadora. Após
compactação, deve-se executar uma pintura de ligação (com EMA) a fim de permitir a
cura adequada da camada (7 dias, pelo menos). Ex. de normativa: DER/PR ES-P 16/05.

b) Solo-cimento e solo tratado com cimento:


Nesta mistura, o solo deve atender a granulometria específica e o material dosado de
preferência em usina. Ex. de normativa: DER/PR ES-P 11/05. Segundo esta
especificação em particular, no ensaio à compressão simples aos sete dias, a mistura
deverá ter:
 Solo tratado (ou melhorado) com cimento: mistura onde utiliza-se até 3% (em
massa) de cimento. Para SB deverá ter 1,2 ≤ ≤ 2,1 e para B 1,5 ≤
≤ 2,1 .
 Solo-cimento: mistura na qual emprega-se 5% ou mais de cimento. Para SB ou
B deverá ter > 2,1 .

O processo de cura é similar ao da BGTC (pelo menos 7 dias, com a aplicação de


emulsão).

c) Solo-cal:
São utilizados com os mesmos objetivos do solo-cimento (enrijecimento, redução da
plasticidade, redução da expansão), mas com um período maior de cura. O teor deve
variar aproximadamente entre 4 a 10% em massa.

6.3. Execução:

Os procedimentos variam de acordo com os materiais que serão empregados, e para cada um
destes, deve-se buscar as especificações que detalham os serviços relacionados. Nestas
especificações, os equipamentos para execução e transporte são indicados, por ex.: caminhão,
rolo-compressor, motoniveladora, grade de discos, caminhão-tanque, etc.

Os materiais poderão ser misturados no local ou previamente, em usina, já vindos prontos para a
aplicação.

Após a compactação, pode ser necessária a regularização com a motoniveladora (em operação
de corte somente).

Finalmente, caso seja necessário, pode-se aplicar a _________________________ .

Para maiores detalhes, tanto quanto às questões de especificações sobre os materiais e execução
para os diversos tipos de camadas, consultar também as normas e especificações de serviço (por
exemplo, as disponíveis em: http://www1.dnit.gov.br/normas/).

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RCÍCIOS:
EXER

1) Daadas as proprriedades de um
u solo:

Passaante na #200 = 85%


LL = 67%
LP = 31%
e = 1,2%
CBR = 5%
máx = 0,6 mm

Avaliie a possibilidade de se utilizar direttamente estee material co


omo camada(
a(s) de pavim
mentos
flexívveis. Em quaais camadas sua aplicaçãoo direta seriaa possível? Caso
C não sejaa possível seeu uso
diretoo, proponha uma
u alternattiva.

2) Coonhecidas ass propriedad des de um m material, junttamente com


m a curva prressão-penettração,
determmine se o mesmo
m poderáá ser utilizaddo diretamennte em camaddas de pavim
mentos e, casso não
seja ppossível, propponha as meedidas necesssárias para su
ua aplicação::

Passaante na #200 = 28%


LL = 34% Dados do material
m padrronizado:
LP = 26%
e = 0,8% Penetraçção Presssão padrão
máx = 2 mm (#100) (mm)) (Mpa)
2,54 6,90
5,08 10,35

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7. Revestimentos:

7.1. Introdução:

Dentre as várias camadas que formam a estrutura de um pavimento, o revestimento é a que se


destina a receber a carga dos veículos e a ação direta do clima. Portanto, de acordo com o
tráfego previsto e o clima, deverá atender a vários requisitos técnicos como:
________________________________, ___________________________________________,
________________________________, __________________________________________,
________________________________, ________________________________________ e
________________________________.

7.2. Tipos:

7.2.1. Rígidos:

São placas de concreto, o que em realidade constitui o pavimento rígido, desempenhando o


papel de Rev e B ao mesmo tempo. Ex.: concreto compactado com rolo (CCR), concreto
vibrado (concreto simples, com barras de transferência, com armadura contínua ou descontínua,
etc.).

7.2.2. Flexíveis:

Podem ser agrupados em duas outras categorias:

7.2.2.1. Para calçamento:

Conhecidos como pavimentos drenantes, pois assentados sobre uma base de solo ou areia
(colchão drenante), permitem que a água da chuva escoe (com o projeto de drenagem adequado)
para bueiros e galerias, evitando alagamentos. Ex.: alvenaria poliédrica, paralelepípedos,
blockrets, blocos intertravados (“pavers”).

7.2.2.2. Flexíveis betuminosos:

São formados pela associação entre agregados e ligantes betuminosos. Os materiais mais
adequados variam em função do tráfego.

Basicamente, poderão ser aplicados por meio de dois procedimentos distintos:

a) Por penetração: quando os ligantes asfálticos e agregados são aplicados diretamente na


pista, sem mistura prévia.
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 D
Direta:

 Innvertida ou Tratamentos
T Superficiaiss (TS):

- TSS
S:

D:
- TSD

T:
- TST

bb) Misturas:: quando os materiais ssão misturad


dos previameente à comppactação. Deeverão
possuir ass seguintes propriedades:
p :

Resi stência a esfforços verticaais e de cisalh


lhamento

Resi stência à fleexão, fadigaa e acomodaação a pequ


uenos
recalqques

Resi stência ao “envelhecim


“ ento” (oxidaação do ligaante),
intem
mpérie e abraasão dos agreegados

Texttura que proporcione


p a aderênccia, mesmo
o na
incidêência de chu
uvas

Evitaar, tanto quaanto seja posssível, a infilltração de ág


gua e
humiidade

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 A quente: são misturadas em usinas (fixas ou móveis) e aplicadas na pista, com


temperatura variando entre 120ºC e 170ºC. Ex.: CA ou CBUQ
(_______________________), CPA (________________________), SMA
(____________________) e PMQ (__________________________________).

- CA ou CBUQ: mistura bem distribuída (com a adição de CAP), formando


um material de elevada capacidade de suporte. É o mais utilizado em todo o
mundo, e é a mais resistente dentre as demais.

- CPA: camada porosa de atrito, também conhecida como mistura asfáltica


(ou concreto asfáltico) drenante. Aplicações: aeroportos (ex.: Santos
Dumont), rodovias, etc. Principais vantagens: maior segurança, maior
aderência pneu/pavimento, redução do efeito “spray”, ruído e
aquaplanagem.

- SMA: “stone matrix asphalt”, com agregados de grãos de maiores


dimensões preponderando sobre os de dimensões intermediárias.
Aplicações: uso em pátio de portos, aeroportos, autódromos, etc.
Vantagens: boa resistência à derrapagem, redução do “spray” e ruído, maior
durabilidade, entre outros. Para tráfego pesado em geral.

- PMQ: pré-misturado a quente, que consiste em mistura de CAP e


agregados, podendo ser empregado para regularização, camada de ligação,
ou com adição de polímeros. Possui funções similares às da CPA, com alta
porcentagem de vazios.

 A frio: misturadas em usina (fixa ou móvel), porém usando EMA como ligante.
- PMF: pré-misturado a frio, com granulometria de agregados que pode ser
densa, semidensa ou aberta. A principal vantagem é que não é necessário
aquecer agregados e ligantes. Seu uso geralmente é restrito a vias de baixo
volume de tráfego.

De um modo geral, a escolha do tipo de Rev. Betuminoso flexível dependerá das características
do tráfego. Recomendações gerais:

- Para tráfego leve:

- por penetração (TS)


< 5
- por mistura (PMF, CBUQ)

Características: não aumentam de forma significativa a resistência da estrutura, e sua principal


função é proteger as outras camadas do desgaste e impermeabilizar sem grandes custos
(aspecto econômico).

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- Para tráfego pesado:

5≤ < 15 - por mistura (PMQ, CBUQ)

Características: contribuição significativa para a resistência mecânica e suporte.

7.3. Execução:

Logicamente, a execução do revestimento dependerá do tipo de material e aplicação. Por


exemplo, na família dos Tratamentos Superficiais por penetração, temos:

 Macadame betuminoso: após a B e imprimação, aplicar os agregados, material betuminoso


e compactar. Equipamentos necessários: caminhão com agregados graúdos,
motoniveladora, caminhão distribuidor de agregados e asfalto (ou com lança), rolo
compactador (de pneus é desejável, para o revestimento).

 Tratamentos Superficiais: se aplicam principalmente a pavimentos novos com tráfego leve


a médio, acostamentos e conservação. Aplicar o ligante e em seguida os agregados (a
superfície prévia deverá estar limpa, senão deve-se varrer para prepará-la). Equipamentos:
caminhão distribuidor de asfalto, caminhão distribuidor de agregados e compactação com
rolo. Repetir, no caso de tratamentos múltiplos. Aplicar em dias secos, com temperatura
superior a 10ºC. Ligantes, conforme o caso, deverão ser aquecidos.

 Capa selante por penetração: espalhamento de ligante betuminoso (com ou sem cobertura
de agregado miúdo) para a selagem de um revestimento betuminoso. Espessura ≈ 5 mm.

 “Antipó”: tratamento superficial primário por penetração, de baixo custo, para o controle
de poeira de estradas de terra ou revestimento primário, por espalhamento do ligante
betuminoso de baixa viscolidade (com ou sem cobertura de agregado miúdo).

7.4. Produção das misturas a quente:

A mistura entre agregados e o ligante é realizada em usinas e depois transportada (por


caminhão) ao local da obra, onde é lançada por equipamento apropriado (vibroacabadora). Em
seguida é compactada conforme especificação.

As usinas onde são produzidas podem ser:

- Descontínuas: chamadas também gravimétricas, produzem quantidades unitárias de misturas;

- Contínuas: produzem mistura de forma contínua. Ex.: drum-mixer.

Na etapa de produção estão envolvidas as operações de: estocagem, alimentação a frio e


secagem dos agregados, aquecimento dos agregados para preparação da mistura, controle e

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coletta de pó, alimentação e mistura ddo ligante com os agregados aqueccidos, estocagem,
distrribuição e pesagem das misturas.
m

RCÍCIOS:
EXER

1) Completee o quadro o-resumo abbaixo, com os tipos de


d revestimeentos e miisturas
apresentaados em aula.

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8. Proojeto de dosaagem de mistturas asfálticcas:

8.1. IIntrodução:

A dossagem de miisturas asfálticas consistee na busca, através de proocedimentos experimentaais, de


um teeor ótimo dee ligante, a partir
p de umaa determinad da faixa gran
nulométrica ppara os agreggados.
Existtem vários métodos:
m Hubbbard-Field, TTriaxial de Schmidt,
S Hveeen, Marshalll, Superpavee entre
outroos, dependenddo do tipo dee ligante emppregado.

8.2. T
Tipos:

8.2.1. Método Maarshall (DNE


ER-ME 043/995):

Conccebido durantte a 2ª Guerrra Mundial ppara projetar pistas de aerronaves milittares. Este método
m
é utillizado para misturas
m asfáálticas a quennte (CAP + agregados), para misturaas densas (para as
demaais o processoo é similar, considerando
c o obviamentee as respectiv
vas particularridades).

Etapaas:

1) Deeterminação da granulom
metria dos agrregados;

2) Deeterminação das massas específicas


e reeais dos agreegados;

3) Esscolha da faixxa granuloméétrica a ser uutilizada, com


mpatível com
m o objetivo dda mistura:

4) Deeterminação da mistura de agregadoos + fíler quee satisfaça a faixa desejaada (exercíccio em


anexoo).

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5) Coom o ligantee, realiza-se ensaio


e de visscosidade (ab
bsoluta Broo
okfield ou Saaybolt-Furoll) para
determ
minação dass temperaturaas de misturaa e compactaação. Ex.:

6) Addotam-se 5 teeores de asfaalto (T, T±0,,5% e T±1%


%) para moldaagem de peloo menos15 corpos
c
de prrova (3 para cada
c teor) e ensaio.
e

7) Appós resfriameento e desmo oldagem doss corpos de prova,


p obtêm
m-se as dimennsões dos meesmos
e são determinadaas, para cadaa um as masssas especificaa real, aparen
nte, seca, subbmersa.

8) Reealiza-se umm ajuste com


m cada teor dde asfalto e os percentuaais dos agreegados, ou seeja: .
Usanndo os parâm metros do iteem anterior e os teores de
d asfalto, obtém-se
o a ddensidade máxima
teóricca da misturaa (DMT).

9) Appós a obtençção dos parâmetros volum métricos, os corpos de prova


p são ennsaiados na prensa
p
Marshall (à comppressão), ondde se obtêm os parâmetrros estabilidaade (em Kgff ou N) e fluuência
(em m
mm) para os distintos teo
ores de mistuura.

10) C
Com todos oos parâmetro os volumétriccos e mecân nicos determ
minados, são traçadas 6 curvas
c
(ondee os teores de
d asfalto sãão representaados no eixo
o das abscisssas) para deffinição do teeor de
projeto.

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11) Os gráficos devem ser comparados com os valores limites dados pelas especificações (ex.
DNIT-ES 031/2004). Mediante análise, o procedimento para escolha do teor ótimo é variável,
de acordo com o projetista (Pavimentação Asfáltica – Formação básica para Engenheiros –
PROASFALTO diversos autores). Um procedimento poderia ser, por exemplo, analisar somente
dois parâmetros (Vv e RBV).

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EXER
RCÍCIOS:

1) Addequar os agregados
a disponíveis (inndicados na listagem ab
baixo, em teermos de maaterial
retidoo), cuja com
mposição finaal deverá ateender à faix
xa C do DNIIT 031/20066-ES. Em seg guida,
dosarr a composiçção com um concreto asffáltico, consiiderando os teores
t de 4,55%, 5% e 5,5
5% de
CAP 50-70:

P
Porcentagenss retidas indiv
viduais:

 Brita ¾” = 26%
 Brita 3/8”” = 20%
 Pedrisco + Pó = 40%
 Areia = 13%
 Fíler (cal hidratada) = 1%

(% passaante em cada
a peneira)
Pen
neiras Brrita Brita
a Pedriscoo + pó Areeia Fíler Mistura Faixa C
Pol. (mm) ____% ___%
% ___%
% ___%
% ___% ___% Lim. Lim.
L
3/4” 19,1 1
100 100 1000 100
0 100 100 100
1/2” 12,7 59,3 100 1000 100
0 100 80 100
3/8” 9,5 29,8 100 1000 100
0 100 70 90
#4 4,8 1
1,1 14,2 97,55 99
9 100 44 72
# 10 2,0 0
0,8 0,5 64,44 91,9 100 22 50
# 40 0,42 0
0,8 0,5 34,88 26,2 100 8 26
# 80 0,18 0
0,7 0,3 26,22 16,0 97,0 4 16
# 0,075 0
0,7 0,3 17,99 0,8
8 89,0 2 10

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ANEXO I
Estruturas típicas de pavimentos asfálticos (Fonte: Pavimentação Asfáltica: formação básica
para engenheiros - PROASFALTO):
ANEXO II
Comparativo entre métodos de classificação em obras viárias (Fonte: Pavimentação Asfáltica:
formação básica para engenheiros - PROASFALTO):
ANEXO III
Ex. de tabelas da ANP contendo especificações de ligantes asfálticos (Fonte: Pavimentação
Asfáltica: formação básica para engenheiros - PROASFALTO):
MÓDULO 2 – DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS

ANEXOS
31/07/2017

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2. Módulo de Dimensionamento
2.1. Solicitações (em Pav. Flex.)
Cálculo do número N

Profª Daniane Vicentini

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Principais ações a serem consideradas no dimensionamento:


- Carga das rodas dos veículos (dinâmicas, estáticas)
- Qualidade dos materiais empregados nas camadas
- Condições climáticas
- Outros (drenagem, produtos em contato, temperatura, velocidade dos
veículos, etc.)

No dimensionamento
(ou reforço) de
pavimentos flexíveis,
as diferentes ações são
condensadas em um
único parâmetro
representativo,
chamado número N.
2

1
31/07/2017

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N = número de solicitações equivalentes às


de um eixo rodoviário padrão (ESRD) de
8,2tf (80kN), para o período considerado de
projeto.

N =365.TDMA.FV.FR.FD , onde:

TDMA = Tráfego Diário Médio Anual (p/ o horizonte


de projeto
FV = Fator de veículos
FR = Fator climático regional (adotado =1,0)
FD = Fator direcional (Ex.: p/ pista simples, FD=50%)
N
N nos diz quantas repetições de carga-padrão o
pavimento irá receber ao longo de sua vida útil.
3

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- Na metodologia (DNER), somente veículos pesados (caminhões e
ônibus) são considerados, de forma que a equação poderia ser reescrita
como:
N =365.(TDMAON.FVON+TDMACM.FVCM).FR.FD

- Os dados do tráfego são obtidos através de contagens volumétricas


classificatórias. O DNIT apresenta uma classificação para os veículos, de
acordo com o número de eixos:
Tipo de veículo

FROTA CIRCULANTE: NXM


Nº eixos (unidades rebocadas)
Tipos: Nº eixos (unidade tratora)
• C – Simples (caminhões ou ônibus)
• S – V. trator (cavalo mecânico) + semi-reboque

2
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Ex.:

(Fonte: Manual de
Estudos de
Tráfego, DNIT)

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Ex.:

(Fonte:
Manual de
Estudos de
Tráfego,
DNIT)
6

3
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Ex.:

(Fonte:
Manual de
Estudos de
Tráfego,
DNIT)
7

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Ex.:

(Fonte:
Manual de
Estudos de
Tráfego,
DNIT)
8

4
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Ex.:

(Fonte: Manual
de Estudos de
Tráfego, DNIT)

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Ex. de eixos:

ESRS = ED (não em tandem) =

ESRD = ED (especial) =

TANDEM DUPLO = A legislação brasileira permite uma


tolerância na sobrecarga dos veículos
de 7,5% em média.
TANDEM TRIPLO =
(Fonte: apostila Profª
M. Pereira,UFPR)

10

5
31/07/2017

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N =365.TDMA.FV.FR.FD
Onde: FV = FE.FC
Fator de Veículo (FV): calculado a partir da pesagem de eixo simples e
tandem, por categoria de veículo e sua freqüência. Para o cálculo do FV, os
valores dos pesos de cada eixo devem ser convertidos em valores de eixo
equivalente (FEO), conforme método da USACE ou AASHTO.
Fator de Eixos (FE): nº de eixos (ou conjuntos) obtidos da contagem
(composição do tráfego).
Fator de Carga (FC): nº que, ao ser multiplicado pelo nº de eixos que
operam, nos fornece o N.

11

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FEO
(USACE):

ou:

(Fonte: apostila Profª


J. Greco,UFMG)

12

6
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FEO
(AASHTO):

(Fonte: apostila Profª


J. Greco,UFMG)

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Fator
Direcional
(FD):

(Fonte: apostila
Profª M.
Pereira,UFPR)

14

7
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Fator
Direcional
(FD):

(Fonte: apostila Profª


M. Pereira,UFPR)

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Fator Climático Regional (FR):

(Fonte: apostila Profª


J. Greco,UFMG)

16

8
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Exercício:
#01. Dada a contagem bidirecional anual de veículos comerciais abaixo, calcular o N
previsto, considerando o fator de veículos representativo segundo o critério da
metodologia AASHTO. Considerar que todos os veículos trafegam com a carga
máxima legal, fator climático regional igual a 1 e pista simples, para um período de
projeto de 10 anos e taxa de crescimento (linear) de veículos de 2% ao ano.
Veículo Quantidade
2C 88.000
3C 112.000
2S2 36.000
2S3 104.000
3S3 24.000
2C2 4.000
3C3 32.000
Total 400.000

Resp.: Np = 7,65E+06 (Fonte: Notas de Tópicos Avançados de Pavimentação, Prof. D. Pereira)


17

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Tarefa:

#02. Recalcular o N utilizando os ábacos do método USACE para obter o fator de


equivalência por eixo. Compare ambos os procedimentos.
Resp.: Np = 2,35E+07

18

9
31/07/2017

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Setor de Tecnologia
Departamento de Transportes

Bibliografia:

- Notas de aula de Engenharia de Tráfego, Profª Márcia Pereira, UFPR


- Notas de aula de Pavimentação, Prof. Djalma Pereira, UFPR
- Métodos de Projetos de Pavimentos Flexíveis, IPR 667 DNIT (1981)
- Manual de Estudos de Tráfego, IPR 723, DNIT (2006)
- Notas de aula de Construção de Estradas e Vias Urganas, Profª. Jisela Greco,
UFMG

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Exercício: Dada a contagem bidirecional anual de veículos comerciais abaixo, calcular o N previsto,
considerando o fator de veículos representativo segundo o critério da metodologia AASHTO. Considerar que
todos os veículos trafegam com a carga máxima legal, fator climático regional igual a 1 e pista simples, para um
período de projeto de 10 anos e taxa de crescimento (linear) de veículos de 2% ao ano.

Veículo Quantidade Quantidade de eixos por veículo


Veículos
2C 88.000 RS RD TD TT
3C 112.000 2C
2S2 36.000
3C
2S3 104.000
2S2
3S3 24.000
2S3
2C2 4.000
3S3
3C3 32.000
2C2
Total
3C3

Limite Fatores de Veículo Individuais


Eixo Equação FEO
Máximo (FVi)
Veículos
4,32
RS RD TD TT FV
SRS (P / 7,77) = i
SRS

4,32 2C
SRD (P / 8,17) =
SRD
3C
4,14
TD (P / 15,08) = 2S2
TD

4,22
TT (P / 22,95) = 2S3
TT

3S3

2C2

3C3
Veículo Qde. (%) FVi.(%)/
100

2C

3C

2S2

2S3

3S3

2C2

3C3

Total

Ano TDMA N N
ano acumulado

Base (0) 1096

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Tabelas e ábacos para o dimensionamento pelo Método do DNER:

Espessura mínima de revestimento:

Coeficiente de equivalência estrutural:

Variáveis utilizadas no dimensionamento:

Espessura necessária para proteger a camada:

𝐻𝑡 = 77,67 𝑁 0,0482 𝐶𝐵𝑅−0,598 (ou ábaco)


PROJETO DE PAVIMENTOS

Ex. de seções de pavimentos em projetos rodoviários:

Duplicação da BR-408/PE (segmento 1, entrada PE-005 Acesso a São Lourenço):

(Fonte:Ministério dos Transportes e DNIT )

Seção transversal típica:

(Fonte: notas de aula Profª Gisela Greco)


Tabelas e fórmulas para o dimensionamento pelo Método da Resiliência:

Roteiro (etapas):

1) De posse do CBRSL e porcentagem de silte na fração fina, determinar a classificação resiliente do


SL (Tipo I, II ou III) ou camada correspondente de solo.

Classificação dos solos finos (em função da % de silte passante na #200) quanto à resiliência:

2) Determinar a espessura total equivalente, necessária para proteger esta camada:


= = 77,67 , ,

3) Estimar a deflexão de projeto, prevista na superfície do R e a deflexão admissível:


,
=( )
e log = 3,148 − 0,188 log
, , ,
Onde:
Solo tipo I I1 = 0 I2 = 0
Solo tipo II I1 = 1 I2 = 0
Solo tipo III I1 = 0 I2 = 1

4) Determinar a espessura mínima do revestimento betuminoso (HRB = HCB), onde:


≤ ; ≥5 (para CBUQ)

5) Determinar o coeficiente (ou valor) estrutural VE do R:

6) Determinar a espessura da camada granular B+SB+Ref (constituída de materiais arenosos, solo-


brita, BG, macadame, solo estabilizado granulometricamente):
= − ≤ 35

7) De acordo com os parâmetros, pode-se adotar, para as camadas de B e SB:


 =
 = +
 Redimensionar o pavimento, considerando as propriedades correspondentes às camadas
de SB ou Ref, conforme o caso e ainda:
= ≥ 30 , onde:
,
Ht1 é a espessura total necessária para proteger o SL;
Ht2 é a espessura total necessária para proteger a camada em questão (SB ou Ref).
 
 
 
Tensão equivalente para Pavimento Sem Acostamento de concreto Tensão equivalente para Pavimento Com Acostamento de concreto
(Eixo Simples/Tandem Duplo) (Eixo Simples/Tandem Duplo)


 
 
Fator de erosão p
para Pavimento Sem Acostamento de concreto q
Tensão equivalente p p
para Eixos Tandem Triplo
(Eixo Simples/Tandem Duplo) (Pavimento Sem/Com Acostamento de concreto)


 
Fator de erosão para Eixo Tandem Triplo Fator de erosão para Pavimento Com Acostamento de concreto
(Pavimento Sem/Com Acostamento de concreto) (Eixo Simples/Tandem Duplo)


 

Ábaco: Análise de fadiga  
(número de repetições admissíveis em função do fator de fadiga, com ou sem acostamento de concreto) 
 
 


 
 

Ábaco: Análise de erosão  
(número de repetições admissíveis em função do fator de erosão, sem acostamento de concreto) 
 

 
 


 
 

Ábaco: Análise de erosão  
(número de repetições admissíveis em função do fator de erosão, com acostamento de concreto) 
 

 
 


 
Ex.#01: A partir do tráfego estimado para um período de 20 anos para a via (obtido por contagem classificatória em
posto de pedágio), verificar se uma placa de concreto de 25 cm de espessura atenderia às normativas vigentes para
pavimento. Caso contrário, indicar o que deverá ser feito para que possa atender às normas.

Espessura-tentativa (cm): 25 Juntas com ou sem BT? Com


KSL/SB (MPa/m)= 100 Com ou sem acostamento de concreto? Sem
fctk,28 (MPa)= 4,8 Período de projeto: 20 anos
Fator de segurança de cargas, FS = 1,2

ANÁLISE DE FADIGA ANÁLISE DE EROSÃO


Consumo de
Cargas por Nº repetições Consumo de
Cargas por eixo (tf) Nº repetições dano por Nº repetições
eixo * FS previstas dano por erosão
admissíveis fadiga admissíveis
CDE (%)
CDF (%)
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)

(8). Tensão equivalente: 1,14


Eixos Simples (9). Fator de fadiga: 0,238
(10). Fator de erosão:
<5 6,0 3.270.843 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
5a6 7,2 203.804 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
6a7 8,4 290.488 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
7a8 9,6 238.118 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
8a9 10,8 242.715 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
9 a 10 12,0 310.404 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
10 a 11 13,2 282.267 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
11 a 12 14,4 242.438 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
12 a 13 15,6 206.645 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
13 a 14 16,8 65.889 1,00E+07 0,7 #DIV/0!
14 a 15 18,0 39.296 3,80E+05 10,3 #DIV/0!
15 a 16 19,2 5.565 1,60E+05 3,5 #DIV/0!

(11). Tensão equivalente: 0,99


Eixos Tandem
(12). Fator de fadiga: 0,206
Duplo
(13). Fator de erosão:
< 13 15,6 182.532 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
13 a 14 16,8 5.565 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
14 a 15 18,0 12.243 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
15 a 16 19,2 12.243 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
16 a 17 20,4 17.808 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
17 a 18 21,6 30.051 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
18 a 19 22,8 23.373 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
19 a 20 24,0 17.808 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
20 a 21 25,2 17.808 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
21 a 22 26,4 12.243 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
22 a 23 27,6 5.565 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
23 a 24 28,8 5.565 1,00E+30 0,0 #DIV/0!

(14). Tensão equivalente: 0,73


Eixos Tandem
(15). Fator de fadiga: 0,152
Triplo
(16). Fator de erosão:
< 24 9,6 30.051 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
24 a 26 10,4 17.808 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
26 a 28 11,2 12.243 1,00E+30 0,0 #DIV/0!
28 a 30 12,0 18.921 1,00E+30 0,0 #DIV/0!

TOTAL = 14,48% TOTAL = #DIV/0!


FORMULÁRIO:

DNIT 006/2003-PRO (IGG): Definição da deflexão admissível:


0 a 20  Ótimo log Dadm = 3,01 - 0,176 log N
20 a 40  Bom Cálculo da espessura do reforço em CBUQ:
40 a 80  Regular hCBUQ = 40 log (Dp / Dadm)
80 a 160  Ruim Método DNER/CBR:
> 160  Péssimo H = 77,67 N0,0482 CBR-0,598

Coeficientes de equivalência estrutural:

K=H/h

Critérios para avaliação estrutural:

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