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Denise M. Osborne
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08/04/2019, às 08:44:19
Amigxs Brasileirxs
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jaCandidato=False)
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Quando minha mãe me visitou nos Estados Unidos, ela observou que as placas dos banheiros “Women” (Mulheres) e “Men”
(https://www.aciaraxa.com.br/pagina-
(Homens) a confundiam porque a palavra “Women” a fazia pensar na palavra em português “Homens” por causa das letras finais.
inicial)
O que minha mãe não sabia é que a observação dela coincidia com a origem da palavra “women”. De fato, essa palavra é uma
alteração da junção de “wif” (forma antiga para “mulher”) e “man” (que significava “ser humano” no inglês antigo).
A presença da palavra “men” na palavra “women” tem incomodado algumas mulheres americanas, principalmente as mulheres
que buscam novas palavras para identificar o seu gênero. Uma proposta mais recente é de usar a palavra “womxn”. A inclusão do
“x” na palavra faz com que a palavra seja percebida como mais inclusiva, por exemplo, potencialmente incluindo mulheres trans (/anuncio/veredas-
and cis (“cisgender” é um termo que se refere a uma pessoa que se identifica com o gênero atribuído a ele/ela no nascimento). belvedere)
Já é relativamente comum vermos o termo “Latinx” em inglês ao invés de Latino e Latina, por exemplo, em títulos de livros e
alguns cursos nas universidades. Entretanto, ninguém sabe ao certo o que faz com que o “x” nessas palavras seja percebido como
uma forma de inclusão.
(/anuncio/nevescontec)
Muitas pessoas se sentem incomodadas quando o assunto é mudar as palavras de uso comum. Um dos nomes mais controversos
nesta área é o do professor de psicologia Jordan Peterson da Universidade de Toronto, um crítico ferrenho do politicamente
correto e do pós-modernismo.
Peterson discorda que o gênero seja uma construção social. Para ele, é um absurdo não considerar o sexo biológico e separar
completamente gênero de sexo. Peterson argumenta que esses estudiosos não tem dados coletados e analisados que comprovem
que o sexo biológico deva ser ignorado quando nos referimos a gênero. Peterson se tornou um figura controvertida, mas está ao
mesmo tempo desafiando e revolucionando o pensamento pós-moderno.
(https://www.guiatel.com.br)
No Brasil, também existe uma discussão sobre adotar (ou não) uma linguagem neutra de gênero; e como essa linguagem neutra
poderia influenciar na nossa percepção da realidade. Por exemplo, em português, usamos “eles” como pronome neutro – num
grupo de mulheres e homens usamos um pronome masculino, privilegiando a forma masculina. Somente usamos formas femininas
quando o grupo é composto apenas por mulheres. Portanto, a forma feminina é muito mais marcada.
Algumas pessoas sugerem que usemos o “x” em português para evitar a linguagem binária. Assim, teríamos “todxs”, “brasileirxs”,
“amigxs”, etc. Entretanto, a coisa pode ser mais complicada. Por exemplo, o que faríamos com palavras que são gramaticalmente
femininas, como a criança e a babá, palavras que potencialmente privilegiam o gênero feminino? (/anuncio/clarim)
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clarim.net.br - Amigxs Brasileirxs 4/11/19, 10(08 AM
femininas, como a criança e a babá, palavras que potencialmente privilegiam o gênero feminino?
Quando se trata de banheiros públicos, a situação pode ser ainda mais complicada, principalmente se você não se encaixa na
categoria binária. Aqui, nos Estados Unidos, é possível ver placas de banheiro com os dizeres “Banheiro para todos os gêneros” ou
banheiros com os desenhos de um homem e uma mulher lado a lado (eu mesma já tive oportunidade de ver dizeres semelhantes
nos museus que visitei).
Discussões sobre a língua e o gênero são importantes. Ser inclusivo, mas realmente inclusivo, requer conviver com quem pensa
diferente de nós, incluindo aqueles que não compartilham a concepção de gênero socialmente construído. Sem dúvida, um
desafio enorme!
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(/EXPEDIENTE) (/FALECONOSCO)
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