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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA 7° VARA DO TRABALHO DE MARINGÁ, PARANÁ

Autos de n°: 0000777-55.2017.5.09.0199

HOSPITAL SANTA MARIA, já devidamente qualificado nos autos


da reclamação trabalhista acima referidos, que lhe move MARIA, também já qualificada, vem,
perante Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO, nos termos do Art. 895 da
CLT, conforme razões recursais anexas, a fim de que a matéria seja novamente apreciada para
fins de juízo de retratação por parte de Vossa Excelência, requerendo o recebimento e
encaminhamento do presente recurso ao Tribunal Regional da 9° (nona) região para julgamento.

As guias de preparo encontram-se anexas, no valor total de R$9.813,16


(nove mil, oitocentos e treze reais e dezesseis centavos), do qual R$300,00 (trezentos reais)
remete-se ao recolhimento das custas e R$9.513,16 (nove mil, quinhentos e treze reais e
dezesseis centavos) referente ao teto estabelecido ao depósito recursal do recurso ordinário,
cumprindo, assim, um dos requisitos extrínsecos de admissibilidade do recurso.

Ainda, cumpre destacar que o presente recurso é tempestivo, nos


termos do inciso I do art. 895 da CLT, que oferece o prazo de 8 (oito) dias úteis para interposição
do mesmo, prazo este que se finda na data de 26/09/2018, uma vez que a sentença foi publicada
na data de 14/09/2018.

Nesses termos,

Pede deferimento.

Maringá-PR, 26 de setembro de 2018

OAB/____

ADVOGADO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9° REGIÃO

Autos de n°: 0000777-55.2017.5.09.0199

Reclamada/Recorrente: Hospital Santa Maria

Reclamante/Recorrida: Maria

Eméritos Julgadores,

Colenda Turma.

RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

1. SÍNTESE PROCESSUAL:

Em resumo, na data de 14/09/2018, foi proferida sentença nos autos da


Reclamação Trabalhista em epígrafe, às fls. [...], que declarou os efeitos da revelia ao
Recorrente, bem como o condenou ao pagamento de: horas extras, intervalo intrajornada,
intervalo da mulher e ao abatimento das verbas já pagas, tudo no valor total de R$15.000,00
(quinze mil reais) que foram arbitrados provisoriamente à condenação.

2. REQUERIMENTOS GERAIS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL:

O acórdão proferido junto a 7° Vara do Trabalho trata-se de uma


sentença terminativa da atividade jurisdicional do Juízo de 1° instância, razão pela qual a
mesma poderá ser atacada em via de Recurso Ordinário, nos termos do art. 895 da CLT.
Concernente aos requisitos objetivos de admissibilidade, cumpre
destacar que as guias do preparo estão anexas com o devido recolhimento das custas e do
depósito recursal, além do recurso ter sido interposto dentro do prazo legal estabelecido pelo
inciso I do art. 895 da CLT, qual seja: 8 (oito) dias úteis das decisões terminativas da Vara.
Inobstante, os requisitos subjetivos também estão presentes, haja vista
que o Recorrente é parte legítima para interposição do presente recurso, bem como detém
capacidade para tanto, além de possuir interesse processual na reforma da sentença de 1° grau.

3. DOS FUNDAMENTOS DO RECURSO:

a. Da Revelia:

Na sentença, foi decretada a revelia da Recorrente em razão da mesma


ter feito se representar em audiência de instrução por pessoa sem vínculo empregatício com a
empresa, sendo dispensado o seu depoimento.
No entanto, faz-se necessário destacar que a Reforma Trabalhista (Lei
13.467/2017) incluiu um novo parágrafo ao art. 843 da CLT, artigo este que estabelece a
possibilidade de preposto na audiência de julgamento, tanto por parte do reclamante quanto do
reclamado.
O parágrafo primeiro do artigo supracitado determina que o empregador
podia fazer-se substituir por seu gerente ou por quem tenha conhecimento dos fatos. Inobstante,
o novo parágrafo terceiro, incluído pela Reforma, estabeleceu que o preposto a que se refere o
parágrafo primeiro não precisa ser empregado da parte reclamada.
Ainda, é necessário destacar que, o entendimento da Súmula 377 do
TST, que exigia que o preposto fosse empregado da empresa, restou superado pela nova
Reforma Trabalhista, uma vez que não deve uma súmula prevalecer sobre a norma legal.
Logo, uma vez que a Recorrente agiu dentro das normas legais
estabelecidas pela CLT, requer seja reformada a sentença para que se afaste os efeitos
decorrentes da revelia.

b. Das Horas Extras:

Na sentença, o Juízo condenou a Recorrente ao pagamento de horas


extras acima das 7 (sete) horas e 20 (vinte) minutos, uma vez que teria o entendimento de que
a Reclamante extrapolava as 7h20min para as quais foi contratada para trabalhar, mesmo com
o Recorrido tendo postulado o pagamento de horas extras tão somente acima das 8 (oito) horas
diárias, sob o fundamento de que tal pedido não vincula o Juízo.
Nesse sentido, é justo destacar que a sentença proferida pelo Juízo de
1°grau é ultrapetita, ou seja, vai além do que foi pedido pela Reclamante. Ora, nesse caso,
aplica-se subsidiariamente o Código de Processo Civil, que, em seu art. 141, determina que o
juiz decide o mérito no limite do que foi requerido pelas partes, lhe sendo vedado conhecer de
questões que não foram suscitadas pelas mesmas.
Inobstante, o art. 492 da CLT expressa que é defeso ao Juiz proferir
decisão diversa da pretendida, bem como condenar a parte em quantidade superior do que lhe
foi demandado. Complementando, o parágrafo único do referido artigo é claro, quando diz que
a decisão do Juiz deve ser certa.
Desta feita, estando diante de uma sentença ultrapetita, requer seja a
mesma reformada, uma vez que a mesma constitui vícios que acarretam n a nulidade do ato
decisório.

c. Do Intervalo Intrajornada:

O Recorrente foi condenado ao pagamento de intervalo intrajornada


pelo simples fato de a Recorrida ter narrado, em sua inicial e em seu depoimento pessoal, que
não gozava de intervalo algum, sem qualquer outra prova oral produzida, uma vez que a
Reclamada foi decretada revel pelo Juízo.
Denota-se, portanto, que a Recorrida não demonstrou, nos autos, que
não usufruiu dos intervalos intrajornadas, não cumprindo o requisito do inciso I do art. 818 da
CLT, que determina que o ônus da prova incumbe ao Reclamante, quanto ao fato constitutivo
de seu direito.
Destarte, a Recorrente só não provou o contrário em razão de ter sido
decretado a sua revelia, o que acarretou na presunção de veracidade dos fatos narrados pela
parte autora.
Ora, faz-se necessário ressaltar que não há que se presumir verdadeiros
os fatos narrados pela Reclamante, uma vez que a decisão que decretou a revelia do Reclamado
foi infundada, razão pela qual requer seja reformada a sentença para julgar improcedente o
pedido de condenação ao pagamento do intervalo intrajornada
d. Do Intervalo da Mulher:

O Reclamante foi condenado ao pagamento sobre o intervalo da mulher,


sob o fundamento de que não há previsão de tolerância dentro do art. 384 da CLT, sendo que
não houve jornada extraordinária com mais de 30 (trinta) minutos acima das 7 (sete) horas e 20
(vinte) minutos, como afirma o Juízo na sentença proferida.
Entretanto, há, de fato, previsão de tolerância no tocante ao intervalo da
mulher antes do início das horas extras. Tal previsão encontra-se expressa na súmula 22 do
TRT-9, o qual dispõe que, em razão do princípio da razoabilidade, o intervalo da mulher só será
considerado exigível se o trabalho extraordinário exceder a 30 (trinta) minutos, o que não se vê
no caso em tela.
Assim, requer seja reformada a sentença proferida para julgar
improcedente o pedido de condenação ao pagamento no tocante ao intervalo da mulher, nos
termos da súmula 22 do TRT da 9° região.

e. Do Abatimento das Horas Pagas:

Por fim, na sentença, o juízo determinou que as verbas devidas na


referida ação deveriam ser deduzidas com as pagas, sob mesmo título, mas apenas aquelas pagas
no mês seguinte ao da prestação de serviços.
No entanto, o entendimento do Juízo de 1° grau não deve prevalecer,
uma vez que o abatimento das horas pagas segue um critério global, ou seja, não importa o mês
em que há o abatimento.
Em atenção à O.J. n°: 415 da SDI-I, a dedução das horas extras
comprovadamente pagas daquelas reconhecidas em juízo não pode ser limitada ao mês de
apuração, devendo ser integral e aferida pelo total das horas extraordinárias quitadas durante o
período não prescrito do contrato de trabalho.
Logo, requer seja reformada a sentença a fim de que o abatimento das
verbas pagas se dê de forma integral, nos termos da O.J. 415 da SDI-I.
Requerimentos Finais:

Diante do exposto, posto que preenchidos os pressupostos de


admissibilidade, requer seja recebido o presente recurso e que ao mesmo seja dado provimento,
em sua totalidade, para reformar a sentença de 1° grau e dar procedência aos pedidos elencados
no recurso em tela, com a consequente intimação do Recorrido para que, querendo, se
manifeste. Ainda, requer seja realizada a inversão do ônus sucumbencial, bem como a
majoração dos honorários advocatícios da parte Recorrente pelo zelo ao trabalho prestado.

Nesses termos,

Pede deferimento.

Maringá-PR, 26 de setembro de 2018

OAB/___

ADVOGADO

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