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Por conter todas as oitavas com intensidades iguais, o Ruído Rosa soa
equilibrado e natural. Sem excesso de graves ou agudos, apenas equilibrado,
lembrando um som de "cachoeira", natural e completo.
Existem outros tipos de ruídos, como BRANCO e MARROM, cada um com suas
características de frequências e intensidades. Poderíamos dizer que a música
também é uma espécie de ruído, ou um conjunto de ondas complexas que varia
suas frequências e intensidades a cada instante. A diferença é que um ruído como
o Rosa é mais "constante", sempre possui o mesmo equilíbrio de oitavas e
volumes.
- Os Harmônicos
Como vimos na vídeo-aula, os sons de instrumentos naturais ou sintetizados não
são simples. São, na verdade, uma mistura de várias frequências (ondas), de
diferentes intensidades. Além disso, as frequências e suas intensidades podem
variar no tempo, dependendo da nota tocada, da técnica do instrumentista e da
construção do instrumento. Este conceito já nos indica que, na música, o conteúdo
espectral está variando a todo instante.
Por exemplo, vamos supor que um trompete toque a nota Dó central citada acima.
A onda resultante, composta de várias frequências e intensidades, terá a
frequência 262Hz bem mais intensa e notável, juntamente com múltiplos de 262Hz
em intensidades menores e variadas.
Esses múltiplos se originam da construção e do corpo do instrumento. Um corpo
físico possui um tamanho, uma massa, uma forma e uma rigidez, que determinam
como ele vibra e, portanto, como emite som. As frequências emitidas são,
normalmente, múltiplos perfeitos da frequência base, que é aquela mais intensa,
que determina a nota.
Repare que, além de ser a nota mais intensa, o primeiro componente do som é
também o mais frequente no espectro. Existem muitos componentes Dó nesta
onda resultante, e isso ajuda a caracterizar a NOTA que está sendo tocada. No
entanto, já podemos perceber que uma nota emitida por um instrumento, é na
verdade, uma combinação de várias notas diferentes.
- O Timbre
Agora sabemos porque um piano tocando a mesma nota de uma flauta, possui um
som totalmente diferente, mesmo que as duas ondas geradas possuam a mesma
frequência fundamental. A diferença está na combinação dos harmônicos - quais
os harmônicos existentes e quais as suas intensidades.