Vous êtes sur la page 1sur 3

Universidade do Estado do Pará

Centro de Ciências Sociais e Educação

Licenciatura Plena em história

Disciplina: Libras Prof.: Silvio Santiago

Seminário

Equipe: Carolina Costa; Rafael Eimar; Túlio Brenno

Tema: O silencio disciplinado: A invenção dos surdos a partir de representantes


ouvintes.

Autor: Sergio Andrés Lulkin Orientador: Carlos Bernardo SkliarReferencia:


Lulkin, Sergio Andrés. O silencio disciplinado: A invenção dos surdos a
partir de representantes ouvintes/ Sergio Andrés Lulkin – Porto Alegre:
UFRGS, 2000. Dissertação (mestrado)- Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Faculdade de Educação, programa de pós graduação em educação, Porto
Alegre, BR-RS, 2000.

Resumo:

Na presente dissertação autor procura discutir sobre o conceito de Surdo e


Surdez perpassado e construído ao longo do tempo por educadores, médicos,
filósofos, antropólogos, religiosos, durante o período do século XVIII ao fim do
século XIX. Estudo enfatizado dentro do campo da cultura, do entendido e
compartilhado, principal assunto discutido na história quando a compreensão
das diversidades passou a despertar necessidade de entendimento.

2 Mostras públicas
O autor comenta acerca da tradição das instituições de ensino para surdos de
realizarem amostras culturas e artísticas para a comunidade em geral,
principalmente a ouvinte.

No encerramento de um Simpósio internacional São Paulo 1993, o autor relata


que entre várias apresentações artísticas, uma delas é de uma peça de teatro
onde os atores são estudantes surdos. Os atores eram orientados por uma
professora que sinalizava indicando o inicio da cena e sua continuação criando,
segundo o autor um vinculo de dependência entre os atores e a professora que
orientava, o que para ele, gerava certo desconforto, estendendo sua critica ao
fato de que os papéis principais da peça foram dados apenas aos alunos que
sabiam oralizar.

XII congresso mundial da federação mundial de surdos, Viena, Áustria, julho de


1995. Uma apresentação de dança no qual surdos dançavam ao som de uma
banda onde em certo momento os músicos paravam a musica e os dançarinos
continuaram a performance, o que levou à reclamações da plateia que era
constituída em sua maioria por surdos.

Na abertura da Mostra de Artes, em uma escola para surdos, uma performance


de dança comuma canção sinalizada. O autor problematiza:

“Que sentido tem essa canção para as cantoras-bailarinas


que não olham para o público, pois precisam acompanhar
a sinalização do professor e estar em harmonia com o som”
(p.30)

O autor usa esses exemplos contemporâneos para mostrar o quanto a visão


sobre o surdo pouco mudou. Mesmo séculos depois da criação da primeira
escola para surdos e suas primeiras apresentações, seus projetos e atitudes
continuam sendo em prol da comunidade ouvinte e não para a comunidade
surda.

No decorrer do capítulo, Luklin, narra o surgimento da primeira escola para


surdos na França com o abade L’Epée em 1771. Essa criação não impacta
somente na vida de jovens surdos, mas sim, de toda comunidade. Tendo a
educação como um ‘’milagre’’ a população francesa lota teatros somente para
se deliciar com tudo aquilo e presenciar de perto a obra de Deus.

Instituto Nacional de Jovens Surdos de Paris (INJS), nome dado a primeira


escola do ramo na época, em abril de 1790 ganha um novo diretor, o também
abade Sigard, segue quase a mesma pegada do seu antecessor com um ensino
regido e teatral dos jovens surdos. Lulkin fala que além do fator religioso, a
criação da linguagem de sinal vem para saciar o anseio dos filósofos com relação
ao ‘’homem natural’’ e a necessidade de alcançar todos com a regras
civilizatórios. Mas do que proporcionar a fala a esses sujeitos, os filósofos os
queriam civilizados.

Portanto, o texto faz uma abordagem histórica do surgimento da linguagem de


sinal na França. Dentro do seio da igreja, está surge como um ‘’milagre’’ ao qual
Deus deu o fim da comunicação a centenas de jovens deficientes. Não por
menos, as aulas tornaram-se verdadeiras apresentações culturais da época.
Causando sempre uma tumultuosa curiosidade. Com isso, o ensino torna-se,
meramente educacional e mais comercial trazendo impactos até os dias atuais.

Ainda hoje, no século XXI, o ensino da linguagem de sinal ainda é muito ligado
aos anseios da comunidade ouvinte, ao qual dita as normas de acordo com suas
culturas. Porém, a comunidade surda possui uma grande diversidade cultural e
está precisa ser ouvida no processo educacional. Para erros do passado não
volte a acontecer, pois a educação deve trazer a pessoa surda como seu agente
principal e para ele se deve toda a atenção.

Vous aimerez peut-être aussi