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A INTERTEXTUALIDADE E O DIALOGISMO: ENCONTROS

COMUNICACIONAIS

Filósofos e lingüistas sempre concordaram em reconhecer que, sem o recurso


dos signos, não seria possível a tarefa de distinguir duas idéias de modo claro e
constante. Tomado em si, no pensamento nada está necessariamente
delimitado, não existem idéias preestabelecidas, e nada é distinto antes do
aparecimento da língua. Os enunciados fazem parte de um código independente
das coisas que são denominadas pelas palavras, o que implica em dizer que
toda fala é capaz de classificar as coisas de diferentes maneiras. Os signos
definem-se uns em relação aos outros, o que significa que a realidade é
recortada diferentemente em línguas diferentes e que um signo delimita o outro.
Este artigo tem como objetivo, relacionar a teoria da intertextualidade, com uma
discussão da idéia do sujeito como ser individual, isolado e isolável de seu
contexto, diante do próprio conceito e pressupostos da intertextualidade e sua
compreensão dentro de um universo comunicacional no qual a construção dos
discursos encontra sentido justamente dentro da característica coletiva do
sujeito, em sua interação com os demais. Considerando-se que todo homem
existe e se relaciona a partir da linguagem, sendo ela que permite a organização
do mundo, conceitualmente, é a partir da comunicação que se torna possível
estabelecer diferenciações entre objetos, reconhecer inclinações e situar-se na
sociedade. Assim, a relação entre linguagem, pensamento e realidade são
problemáticas privilegiadas para estudo, porque expressam, através de
enunciados, segundo seus próprios mecanismos de estruturação e de
reiteração, recortes e classificações por vezes arbitrárias, de conceitos e
acepções relativas à compreensão e, conseqüentemente, à comunicação
humana. Ainda, os fenômenos de enunciação marcam as relações entre os
sujeitos e, nas práticas sociais, definem o modo pelo qual se elaboram e se
desenvolvem os diálogos. Isso ocorre de acordo com os efeitos desejados pelos
locutores sobre a compreensão dos ouvintes, ou seja, os efeitos que o discurso
tem sobre os receptores. Sendo, nesse sentido, o discurso uma ferramenta
chave para a compreensão dos textos produzidos, seu estudo se converte em
objetivo primordial à investigação sobre a intertextualidade. A construção da
realidade pessoal se explica, em boa parte, através da intertextualidade,
enquanto o conjunto de ações preponderantemente orais cotidianamente
exercitadas na convivência humana. Inicialmente, conclui-se que o caráter
dialógico do discurso faz com que todo emissor, tendo anteriormente sido
receptor de muitos textos, evoque os mesmos no momento de produzir seu
enunciado, de tal modo que cada novo texto se baseia em outros textos
anteriores. Com isso, se estabelece um diálogo, uma vez que, em cada discurso,
não se ouve somente a voz do emissor, mas a convivência de uma pluralidade
de vozes superpostas, que entabulam em diálogo entre si, numa relação de
dependência mútua entre os enunciados. Contudo, existem temas, idéias,
estruturas e valores que são compartilhados por todas as culturas e, quando
estes se refletem em enunciados concretos, podem servir como base de apoio
para a compreensão e o estabelecimento de um diálogo entre emissores e
receptores. Apesar das múltiplas chaves para a compreensão dessas
implicações, no processamento cognitivo de um texto, cabe a recorrência ao
conhecimento prévio de outros, porquanto estes se comunicam entre si, quase
de forma independente dos seus usuários.

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