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EMENTA
RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS
MORAIS SOB O FUNDAMENTO NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO EM
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ ALÉM DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA NÃO
REALIZADA. PRÁTICAS ABUSIVAS FUNDAMENTADAS NOS
AUTOS. APLICAÇÃO DA SANÇÃO CABÍVEL À ESPÉCIE.
LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ CONFIGURADA. SENTENÇA MANTIDA.
ACÓRDÃO
EMENTA
RELATÓRIO
O autor recorrente pugna pela reforma da sentença, aduzindo não ter sido
verificada má fé processual na hipótese, bem como alega que a questão controversa acerca
da assinatura das partes deveria ter sido realizada por meio de perícia grafotécnica.
VOTO
Faz mister repudiar métodos maliciosos dessa natureza que vem surgindo com
certa frequência nos Juizados e em razão da digitalização dos feitos pelo PROJUDI permite
ao julgador observar de logo a repetição de ações e no caso dos autos, o mais grave é a
atitude ilícita do patrono da parte autora que de forma desleal e lesiva, infringido não só a
ética profissional, como causando prejuízos a parte ex-adversa, sobremaneira, vem
acarretando prejuízos a estrutura dos Juizados Especiais, exigindo uma providência,
inclusive para apurar ilícito penal que se pode vislumbrar ante a juntada de documentos que
não transmitem a verdade, em alguns dos casos.
Diante de todos esses elementos, entendo que a condenação imposta deve ser
mantida para no mínimo servir como punição e influência pedagógica visando decepar a
continuidade de tais condutas tão prejudiciais às próprias partes, ao Judiciário e finalmente a
efetividade da justiça.