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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Num. Processo : 0002943-35.2014.8.05.0082


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : ITALO DE NOVAES
Recorrido(s) : BANCO ITAÚCARD S/A
Origem : VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - GANDU
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

EMENTA
RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS
MORAIS SOB O FUNDAMENTO NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO EM
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ ALÉM DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA NÃO
REALIZADA. PRÁTICAS ABUSIVAS FUNDAMENTADAS NOS
AUTOS. APLICAÇÃO DA SANÇÃO CABÍVEL À ESPÉCIE.
LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ CONFIGURADA. SENTENÇA MANTIDA.

ACÓRDÃO

Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais


Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, MARIA AUXILIADORA
SOBRAL LEITE – Relatora, CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ - Presidente,
ISABELA KRUSCHEWSKY PEDREIRA DA SILVA, em proferir a seguinte decisão:
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO, UNÂNIME de acordo com a ata do julgamento.
Sem Condenação em custas e honorários.
Salvador, Sala das Sessões, 29 de OUTUBRO de 2015.
BEL. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
,BEL. ISABELA KRUSCHEWSKY PEDREIRA DA SILVA
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Num. Processo : 0002943-35.2014.8.05.0082


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : ITALO DE NOVAES
Recorrido(s) : BANCO ITAÚCARD S/A
Origem : VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - GANDU
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

EMENTA

RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS


MORAIS SOB O FUNDAMENTO NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO EM
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ ALÉM DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA NÃO
REALIZADA. PRÁTICAS ABUSIVAS FUNDAMENTADAS NOS
AUTOS. APLICAÇÃO DA SANÇÃO CABÍVEL À ESPÉCIE.
LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ CONFIGURADA. SENTENÇA MANTIDA.

RELATÓRIO

Trata-se de recurso manejado por ITALO DE NOVAES, cujo o pedido autoral


era de condenação do recorrido ao pagamento de dano moral em razão da inscrição do seu
nome em cadastros de devedores por débito não contratado, sendo que o juiz a quo julgou
improcedente a queixa e condenou o autor na litigância de má-fé, além do pagamento de
honorários advocatícios, estribado no art. 55, da Lei nº 9099/95 e nos artigos 17 e 18 do
CPC.

O autor recorrente pugna pela reforma da sentença, aduzindo não ter sido
verificada má fé processual na hipótese, bem como alega que a questão controversa acerca
da assinatura das partes deveria ter sido realizada por meio de perícia grafotécnica.

Recurso tempestivo, e devidamente preparado.


Presentes as condições de admissibilidade do recurso, conheço-o,
apresentando voto com a fundamentação aqui expressa, o qual submeto aos demais
membros desta Egrégia Turma.

VOTO

A pretensão recursal visa à reforma da sentença que julgou extinguiu o


processo sem julgamento de mérito, condenando ainda a parte autora ao pagamento de
custas processuais e honorários advocatícios..
O exame dos autos revela que a peça inicial teve por causa de pedir a alegação
de que o autor teve seu nome inscrito em cadastro de devedores, por divida que desconhece
a origem, sofrendo abalo resultante da cobrança perpetrada pelo acionado, reclama a
reparação de danos morais.
A parte acionada em sua contestação, juntada antes da audiência, defendeu a
existência de regular contratação, juntando aos autos documentos que aventa a
comprovação do vínculo contratual entre as partes.
Como apontado, durante a realização da audiência de conciliação, instrução e
julgamento, a parte autora não se fez presente, tendo formulado no evento 11 requerimento
de desistência da ação . A sentença impugnada se referiu ao comportamento da parte autora
como uma tentativa de evitar o exame da documentação acostada aos autos, numa burla à
convicção do julgador pelo que julgou improcedente a queixa, condenando-o na litigância de
má-fé e ao final no pagamento de honorários advocatícios.
A pretensão recursal visa à reforma da sentença, para que seja homologada a
desistência , bem como insurge-se contra a condenação em custas processuais.
A sentença recorrida não merece reforma, tendo sido corretamente aplicado
pelo magistrado sentenciante o julgamento de improcedência da ação, tendo em vista as
provas carreadas aos autos que indicam ter havido a regular contratação por parte do autor
recorrente.
Por outro lado, merece a confirmação do julgado no tocante ao reconhecimento
e a condenação pro litigância de má fé, ante o fato de que a parte acionante movimentara a
máquina judiciária, esperando obter condenação em pleito judicial manifestamente
infundado, restando patente a deslealdade e ausência de boa-fé em tais práticas.

Ressalte-se que dita situação tem se observado nos Juizados Especiais de um


modo crescente e, trata-se de utilização da Justiça como moeda de sorte e não havendo
vantagem ou não sendo alcançada a finalidade pretendida, aproveita-se da estrutura
judiciária que permite o maior acesso a Justiça e sem qualquer custo em detrimento
daqueles que de fato e de direito reclamam um pronunciamento judicial mais rápido e eficaz.

Faz mister repudiar métodos maliciosos dessa natureza que vem surgindo com
certa frequência nos Juizados e em razão da digitalização dos feitos pelo PROJUDI permite
ao julgador observar de logo a repetição de ações e no caso dos autos, o mais grave é a
atitude ilícita do patrono da parte autora que de forma desleal e lesiva, infringido não só a
ética profissional, como causando prejuízos a parte ex-adversa, sobremaneira, vem
acarretando prejuízos a estrutura dos Juizados Especiais, exigindo uma providência,
inclusive para apurar ilícito penal que se pode vislumbrar ante a juntada de documentos que
não transmitem a verdade, em alguns dos casos.

Diante de todos esses elementos, entendo que a condenação imposta deve ser
mantida para no mínimo servir como punição e influência pedagógica visando decepar a
continuidade de tais condutas tão prejudiciais às próprias partes, ao Judiciário e finalmente a
efetividade da justiça.

Voto, pois, no sentido de CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE


provimento , mantendo a sentença objurgada pelos próprios fundamentos. Sem
condenação em custas e honorários.

Salvador, Sala das Sessões, 29 de Outubro de 2015.


BEL. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora

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