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LOCAIS DE ACIDENTE DE TRÂNSITO

1. CONCEITOS INICIAIS

1.1. DIFERENÇA ENTRE ACIDENTE DE TRÂNSITO E CRIME DE TRÂNSITO

Para o acidente de trânsito apresentaremos dois conceitos, um formulado por peritos


criminais e outro constante na ABNT.

O conceito formulado por peritos diz que o acidente de trânsito trata-se de um


incidente involuntário do qual participam, pelo menos, um veículo em movimento, pedestres
e obstáculos fixos, isolado ou conjuntamente, ocorrido numa via terrestre, resultando em
danos ao patrimônio, lesões físicas ou morte (NEGRINI NETO; KLEINUBING, 2012, p. 14)

De acordo com a ABNT, acidente de trânsito é todo evento não premeditado do qual
resulte dano em veículo ou na sua carga e/ou lesões em pessoas e/ou animais, em que pelo
menos uma das partes está em movimento nas vias terrestres ou áreas abertas ao público.
Pode originar-se, terminar ou envolver veículo parcialmente na via pública (ABNT, 1989).

Considera-se crime de trânsito, a conduta que envolve, que guarda relação com o
trânsito, com a direção de veículo automotor, prevista nos arts. 302 ao 312 do Código de
Trânsito Brasileiro.

O capítulo XIX do Código de Trânsito Brasileiro - CTB (Lei 9.503/97), está dividido em
duas seções:

1. Disposições gerais (art. 291/301);


2. Crimes em espécie (art. 302/312).

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código,
aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo
não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que
couber.

1.2. OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES

Trânsito: Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou
em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de
carga e descarga (art. 1º § 1º do CTB).

Tráfego: é o movimento de pedestres, veículos e animais sobre vias terrestres, considerando-


se cada unidade individual.

Via: superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a
calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. São vias terrestres urbanas ou rurais as ruas, as
avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que tenham
seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas.

Pista: corresponde à parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos,


possuindo elementos separadores (linha de bordo nas rodovias por exemplo) ou por diferença
de nível em relação às calçadas, canteiros ou ilhas (meio fio por exemplo), assim chamada de
pista de rolamento.

Faixa de trânsito: cada um dos trechos carroçáveis de uma pista de rolamento.

Calçada: Parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada a circulação
de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, a implantação de
mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.

Meio fio: Obstáculo vertical ou inclinado implantado ao longo das bordas da pista, que
delimita a calçada e a própria pista. (ABNT)

Unidade de tráfego: são assim considerados todos os veículos automotores (caminhões,


automóveis, motocicletas, ônibus), os de tração animal (carroças), os de tração ou propulsão
humana (bicicletas), pedestres, animais de porte arrebanhados ou montados.

Acidente de trânsito: é qualquer acidente onde se acha envolvido uma ou mais unidades de
tráfego onde pelo menos uma das unidades deve estar em movimento no momento do
acidente, sendo que tal acidente deve ter ocorrido em via terrestre do qual resulte morte,
lesões ou danos materiais.

A classificação dos tipos de acidente segue a NBR 10.697 da Associação Brasileira de


Normas Técnicas – ABNT, conforme a seguir:

Colisão: acidente em que há impacto entre veículos em movimento, podendo ser dividida em:

- Colisão lateral: impacto lateral entre veículos que transitam na mesma via, podendo ser no
mesmo sentido ou em sentido opostos.
Abalroamento: embate entre os dois veículos envolvidos no acidente ocorre com um veículo
em movimento atingindo lateral x lateral de veículo que está parado. O termo é emprestado da
área naval, cujo significado corresponde ao contato entre duas embarcações.

- Colisão transversal: impacto entre veículos que transitam em direções ortogonais ou


obliquamente (frente de um e lateral de outro).

- Colisão traseira: impacto de veículos que trafegam no mesmo sentido na mesma via, tendo
um dos veículos atingindo de frente a parte traseira do outro veículo.

- Colisão frontal: impacto entre veículos que transitam na mesma via, em sentidos opostos.
- Choque: impacto de um veículo em movimento contra qualquer obstáculo fixo (postes,
árvores, muros ou até outro veículo que esteja parado ou estacionado).

- Tombamento: acidente em que um dos veículos tomba sobre uma de suas laterais
imobilizando-se.

- Capotamento: Acidente em que o veículo gira em torno de si mesmo, em qualquer sentido,


chegando a ficar com as rodas para cima, mesmo que momentaneamente, se imobilizando em
qualquer posição.
- Atropelamento: acidentes em que pedestres ou animais impactam ou sofrem impactos de
veículo motorizada estando pelo menos uma das partes em movimento.

Atropelamento: (Colisão veículo x corpo flácido): ocorre envolvendo veículo automotor


(automóveis, motocicletas e caminhões) e um ou mais pedestres, podendo também ocorrer
contra um animal.

Obs.: No caso de embate de veículo motorizado com ciclista, este será considerado colisão, a
menos que o ciclista esteja empurrando a bicicleta.
2 - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO:
As causas de acidentes de tráfego são classificadas em dois grupos: as de ordem
objetiva e as ordem subjetiva.

- as objetivas, também conhecidas como imediatas ou diretas, são aquelas em que é


possível determiná-las por intermédio dos vestígios materiais que os peritos constataram em
um acidente.

- as subjetivas, as quais dificilmente serão constatáveis pelos peritos, face a


inexistência de vestígios materiais, pois elas estão ligadas ao homem como fatores intrínsecos
ao condutor. Também existe outro grupo de subjetivas, ligadas a fatores extrínsecos ao
condutor.

- subjetivas intrínsecas: sono, fadiga, embriaguez, atos inseguros do condutor, atos por
parte dos passageiros;

- subjetivas extrínsecas: entrada inopinada de pedestres, “fechadas” de veículo, atos


delinquentes de passageiros (assaltos, etc.).

Obs.: Os acidentes de trânsito têm sempre como participante o homem, o veículo (máquina) e
a via ou fatores ambientais (meio). Este trinômio encontra-se sempre presente em todo e
qualquer acontecimento que se verifica no trânsito.

3. DOS CRIMES DE TRÂNSITO PREVISTOS NO CTB


Os locais onde ocorreram os acidentes de tráfego trazem uma série de informações
materiais, que propiciam a realização - na sua grande maioria - de uma perícia capaz de
oferecer toda a dinâmica e causa determinante de um sinistro desta natureza.

A legislação de trânsito é fundamental na aplicação das causas determinantes, pois é


ela que contém todas as normas que disciplinam e condicionam, no trânsito, condutores,
veículos e vias.

Os princípios de lógica e o bom senso devem ser utilizados sempre, tanto na parte
técnica propriamente dita, como na interpretação da legislação de trânsito. As infrações de
trânsito, em algumas situações podem ser causas determinantes autônomas de um sinistro.

As normas de trânsito foram estabelecidas, dentre outros objetivos, para permitir o


ordenamento e fluidez do tráfego. A transgressão destas normas culmina em sanção
administrativa, havendo uma gradação de menor a maior intensidade.

Assim, podemos dizer que os peritos ao analisarem uma ocorrência, terão presentes
sempre, como ponto de partida e de referência, as normas disciplinadoras e reguladoras do
Código de Trânsito.
Seção II do Capítulo XIX do CTB

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:

Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou


a habilitação para dirigir veículo automotor.

§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de


1/3 (um terço) à metade, se o agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)

I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; (Incluído pela Lei nº 12.971,
de 2014)

II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014).

III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)

IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de


passageiros. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)

V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:

Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das
hipóteses do § 1o do art. 302. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à
vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de
crime mais grave.

Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com
ferimentos leves.

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade
penal ou civil que lhe possa ser atribuída:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.


Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação
dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído pela Lei nº 12.760, de
2012)

I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou


superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de
2012)

II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade


psicomotora. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)

§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou
toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em
direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
2014)

§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou


toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada
pela Lei nº 12.971, de 2014)

Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código:

Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico
prazo de suspensão ou de proibição.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo
estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou
competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de
risco à incolumidade pública ou privada: (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)

Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (Redação dada pela Lei nº 12.971,
de 2014)

§ 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as


circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo
das outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)

§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias


demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena
privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas
previstas neste artigo.(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)

Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada,
com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu
estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo
com segurança:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Art. 310-A. (VETADO)

Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas,
hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou
onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na


pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo
penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o
perito, ou juiz:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da
inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que
o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta
deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das
seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras
unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016)

II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas


de acidente de trânsito e politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de


trânsito; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de


acidentes de trânsito. Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
4. EXAMES EM LOCAIS DE ACIDENTE DE TRÂNSITO
O levantamento de dados e coleta de vestígios de um local de acidente de trânsito é
de suma importância para o perfeito entendimento das condições em que ocorreu um
acidente. O levantamento de local de acidente de trânsito para posterior redação do laudo
pericial efetuado por perito é instrumento imprescindível nos processos judiciais envolvendo
ocorrências dessa natureza, uma vez que a partir do trabalho inicial de levantamento é que
resultará a definição da causa determinante para um embate desta natureza.

4.1 - VESTÍGIOS DECORRENTES DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO

Conhecidos os critérios para se identificar uma via e os seus elementos, a definição de


sua velocidade máxima, os critérios para se classificar os veículos envolvidos, a localização das
sedes de impacto e os tipos de colisão mais comuns, passemos à definição dos vestígios
relacionados aos acidentes de trânsito.

Frenagem: consiste em marca pneumática impressa na superfície asfáltica, caracterizada pelo


desprendimento de material dos pneumáticos devido ao aquecimento quando da aplicação
dos freios no processo de parada dos veículos. Pode ocorrer em vias de terra batida, onde não
se observa o desprendimento de material dos pneumáticos, mas fica evidente o revolvimento
de terra no trecho em que o veículo percorreu no processo de desaceleração. Atualmente
devido aos sistemas de freios do tipo ABS, a frenagem em superfície asfáltica, nos casos em
que envolvem veículos com esses dispositivos não fica tão evidente.

Derrapagem: consiste em marca pneumática impressa na superfície asfáltica, caracterizada


pelo desprendimento de material dos pneumáticos devido ao aquecimento quando da
aplicação dos freios no processo de parada dos veículos. A derrapagem se diferencia da
frenagem pelo seguinte aspecto: quando da derrapagem o veículo se encontra sob ação de
dois movimentos, sendo um na direção longitudinal da unidade veicular e outro movimento na
direção transversal, o que resulta em movimento oblíquo.

Frenagem Derrapagem
Marcas produzidas por veículo com ABS ativado e desativado, respectivamente.

Fricção: se caracteriza por marcas de contato entre as partes metálicas de um veículo e uma
superfície dura, asfalto ou concreto.

Sulcagem: é decorrente do contato violento entre as partes metálicas de uma unidade veicular
e a superfície asfáltica ou de concreto, caracterizada pela retirada de parte da camada da
superficial da pista. A sulcagem demarca na pista um sulco, bem característico o que a
diferencia das marcas de fricção, pelo aspecto de sua maior violência no contato entre a
unidade veicular e o trecho da via.

Fricção Sulcagem

Fragmentos: peças desprendidas dos veículos


quando de uma colisão. Diversos são os
fragmentos encontrados em um local de
acidente: fragmentos de vidro, partes de farol,
para-choques, partes metálicas, fragmentos de
partes plásticas entre outros. Definir as
posições de tais fragmentos auxilia na
definição da trajetória dos veículos envolvidos,
bem como são elementos que auxiliam no
cálculo da velocidade dos veículos pela
projeção dos fragmentos.
Líquidos: após a colisão, devido aos danos, os veículos podem derramar óleo, combustível ou
mesmo água, que ficam depositados na pista. Os vestígios como os líquidos auxiliam na
definição da trajetória dos veículos envolvidos.

Cargas: veículos que portam carga, após um acidente podem ter seu conteúdo espalhados
pela pista ou ainda ter todo ou parte do conteúdo dentro do compartimento de carga. Em tais
condições, a carga de um veículo é importante item de análise de um acidente, mas também
deve ser elemento relevante quanto à segurança daqueles que estão envolvidos no
levantamento do local. Cargas explosivas, tóxicas ou cargas instáveis são motivos para se
redobrar os cuidados com a segurança. Cuidados que trataremos mais à frente.

Latas de tinta: ao mesmo tempo exemplo de carga e de líquido espalhados na pista

Material orgânico: manchas de sangue, pelos, desprendimento de pele e até mesmo ossos são
encontrados em locais de crimes de trânsito. Tais fragmentos, conforme os outros vestígios
devem ser catalogados, identificados e localizados nos croquis quando do levantamento.
Havendo necessidade, dependendo do tipo de acidente, tais vestígios devem ser coletados
para posterior identificação da origem do material orgânico.
Sítio de colisão: Dentro desse conjunto de vestígios que podemos encontrar em um local de
crime de trânsito necessariamente devemos destacar o sítio de colisão. Consiste o sítio de
colisão em área na pista de rolamento, ou mesmo fora dela, onde ocorreu o contato ou
impacto entre dois veículos ou entre um veículo e um ou mais pedestres. O sitio de colisão é
um vestígio secundário, ou seja, a sua determinação é feita a partir de outros vestígios. A área
onde se constata desvio abrupto de marcas de frenagem, áreas onde se observa superposição
de marcas de frenagem, presença de marcas de fricção e sulcagens concentradas juntamente
com marca de frenagem possuem elementos que auxiliam na determinação de um sítio de
colisão.

4.2 - LEVANTAMENTO DO LOCAL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO

O levantamento do local do embate pode ser dividido em duas fases: a primeira o


levantamento de dados da via, da posição dos veículos e elementos relacionados com o
embate em questão; a segunda fase corresponde ao levantamento de dados dos veículos.

Inicie o levantamento fazendo um croqui do local, que deve ser feito seguindo os
seguintes procedimentos:

-Anote data (com dia da semana) e hora do ocorrido;

-Faça um esboço das vias, conservando as proporções sempre que possível;

- Posicione os veículos envolvidos no croqui conforme sua posição de repouso final,


dando nomes para os mesmos, como por exemplo V1- Corsa/GM ou V2-Titan/Honda;

- Represente no croqui o nome das vias com suas respectivas larguras; indique o
sentido (bairro ou outra via) para onde vai cada via.

-Indique o sentido de deslocamento regulamentar da via com setas demonstrando se


as vias são de mão-dupla ou mão-única e as placas de sinalização, caso existam no local e a
sinalização horizontal existente.
- Represente as marcas de frenagem ou de derrapagem, as marcas de fricção, de
sulcagem, o posicionamento dos fragmentos e manchas de óleo, com seus respectivos
comprimentos.

-Escolha dois referenciais de medida de modo que estes sejam perpendiculares entre
si. Use como referenciais de medida as guias (meio-fio) das vias ou construções como muros
ou prédios onde se possa referenciar o local onde ocorreu o embate;

- Faça então as medidas necessárias para localizar os veículos, sempre em função dos
referenciais de medida adotados;
Dados adicionais:

- Indique no seu levantamento condições do tempo: seco ou chuvoso;

- As condições da pista: plana ou inclinada (indique a direção do declive); o traçado da


pista: curva ou reta; os obstáculos na via como obras sem sinalização por exemplo; tipo de
pavimentação (asfalto, concreto ou terra); se bem conservada ou mal conservada; a existência
de acidentes topográficos tais como buracos ou taludes nas laterais.

- Indique às condições do veículo: sistema de freios, câmbio, equipamentos de


segurança (cinto de segurança, extintor de incêndio), condições de pneus, sinalização
funcionamento das lanternas, funcionamento dos faróis, funcionamento de limpadores de
para-brisa, presença ou ausência de espelhos retrovisores, entre outros

4.3 - PONTOS TOPOGRÁFICOS DE INTERESSE

Numa investigação pericial em local de acidente de tráfego, alguns pontos topográficos


interessam, tais como:

Ponto de não escapada: (inevitabilidade) é o de início da área dentro da qual não é mais
possível ao condutor evitar a colisão de seu veículo. Estará tanto mais distante do ponto de
colisão quanto maior for a velocidade desenvolvida.

Ponto de percepção: é aquele onde o condutor percebe a iminência do perito (não esperado).

Ponto de reação: é aquele onde se materializa a reação transferida do condutor ao veículo


(início da frenagem). O tempo normal de reação (ante um evento não esperado) está
compreendido no intervalo aberto de 1,0 a 2,5 segundos (tempo médio das reações que
variam de um indivíduo para outro). Esse tempo está compreendido entre a percepção e o
momento que se materializa a reação (início da frenagem).

Ponto de colisão (ou sítio da colisão): Diverge do Ponto de impacto, que é o ponto no veículo
atingido pelo vetor de força média da colisão.

Ponto de repouso: é aquele onde o veículo permanece, depois de cessado todo movimento,
em decorrência do acidente.

4.4 - REGISTRO FOTOGRÁFICO

Como em qualquer tipo de perícia, o registro fotográfico é uma forma bastante


eficiente tanto para perpetuar os exames realizados como também, para ilustrar todos os
detalhes apresentados no laudo. O registro fotográfico constitui uma excelente ferramenta de
produção de prova, enriquecendo os laudos periciais elaborados pelos peritos.

Uma vez que existe curso específico de fotografia forense, torna-se desnecessário
aprofundar este estudo nesta disciplina. Apresentamos apenas um breve resumo a respeito da
fotografia aplicada à perícia de crimes de trânsito.

São imprescindíveis as fotografias abaixo relacionadas:

Obs.: Jamais confie plenamente em equipamentos fotográficos analógicos ou digitais, uma vez
que tanto as fotografias digitais como as comuns podem se perder. A documentação do local
deve ser feita de modo que o perito não fique dependente de um dado que só se poderia ser
conseguido por uma fotografia. Portanto, estando no local faça a escrituração dos dados,
ainda que isso tome tempo.

Exemplos de registro fotográfico:


Identificação do Local:

Identificação dos participantes:


Localização dos Danos:

Marcas na pista e em outros elementos:

4.5 - EXAME DOS VEÍCULOS

a) Identificação

O laudo deve conter todos os elementos identificadores do veículo, para provar que foi
aquele, e nenhum outro, o envolvido no acidente. Dados obrigatórios são a marca, o modelo,
o ano de fabricação, a cor, etc. Atualmente, existem "dublês" de veículos que poderão vir a
trazer futuros prejuízos à perícia. O perito tem por método proceder à verificação de
documentos, placas, numeração de chassis e, em dúvida, consultas ao sistema de identificação
de veículos. Não é de todo impossível fraudar um veículo para auferir vantagens ilícitas hoje
em dia, por isso todo o cuidado é pouco.

b) Danos e suas orientações

Trata-se de um dado importantíssimo, ao qual nem sempre os peritos dão muita


atenção. É através da orientação dos danos que se reconstitui a posição relativa de embate
entre os veículos e a trajetória seguida por estes, no caso de uma colisão. Como aplicação da
terceira lei de Newton, deve o perito lembrar que os danos de um veículo foram causados pelo
outro no embate. Assim, por exemplo, se o veículo 1 que atingiu com sua dianteira o flanco
direito do veículo 2 (que procedia de sua esquerda), tem danos orientados da frente para trás
e da direita para a esquerda, o 2 terá danos orientados da direita para a esquerda (em
decorrência do embate da dianteira do veículo 1) e também da frente para trás (em
decorrência de sua própria trajetória). Se isto não for verificado, alguma irregularidade ocorreu
no local.

Abaixo apresentamos uma tabela e croquis de veículos para orientar a localização dos
danos em veículos:
c) Sistemas de segurança

A análise dos sistemas de segurança dos veículos é obrigatória, mesmo que o perito
tenha certeza de que não contribuíram para o evento. Quando algum sistema não estiver em
funcionamento, só poderá ser em decorrência do evento ou por falha mecânica. Neste caso,
esta deverá ser cuidadosamente analisada para se inferir sobre a culpa do condutor do veículo.
Não é nosso objetivo tratar de falhas mecânicas neste trabalho, por isso não nos alongaremos
o assunto. Entretanto, deve ficar claro que o perito de campo deve ter uma infraestrutura
laboratorial para assessorá-lo. Falhas mecânicas podem ser convenientemente estudadas por
especialistas de laboratório. Por exemplo, existe possibilidade de se avaliar se uma lâmpada
estaria ou não funcionando antes do acidente, como se espera nas colisões traseiras.

4.6 - CÁLCULOS FÍSICOS

Sempre que realizar cálculos físicos para avaliar velocidade, o perito deverá detalha-lo
em seu laudo. Partindo do princípio que o laudo deve ser uma peça científica escrita em
linguagem inteligível pelos juristas, todos os princípios físicos utilizados devem ser expostos
com clareza. Se o princípio é tradicional, como o cálculo de velocidade pela frenagem, isto
pode ser colocado em poucas palavras, justificando-se apenas o valor do coeficiente de atrito
escolhido pelo perito. Nas aplicações mais complexas, entretanto, é conveniente alongar-se
um pouco mais, para que o laudo não retorne mais tarde com uma série de quesitos a
respeito.

Momentum Linear ou Quantidade de Movimento Linear



Momentum Linear ( Q )- também chamado de quantidade de movimento linear ou
simplesmente quantidade de movimento de um corpo rígido é o produto de sua massa pela
velocidade.

m v Q

 
Q  mv

- m: massa (kg).

- v: velocidade (m/s)

- [Q] = kg . m/s

- Grandeza VETORIAL: mesma orientação da velocidade.

Quantidade de Movimento Linear TOTAL


    
QTotal  Q1  Q2  Q3  ...  Qn

Conservação da Quantidade de Movimento Linear Total:


 
QT . Antes  QT .Depois
   
Q1  Q2  ( ANTES )  Q1  Q2  ( DEPOIS)
m1  v1.  m2  v2 ...  m1  u1  m2  u2 ...

Cálculo as velocidades logo depois da colisão a partir do teorema trabalho energia mecânica

Ec  WFa

WFa  m.g . .d

m  u2
Ec 
2

mu2
 m.g. .d
2

u  2.g..d

Calcular as velocidades logo antes da colisão a partir da conservação da quantidade de


movimento linear total:

m2
V1  u1. cos(b1 )  .u2 . cos(b2 )
m1

m1
V2  u2 .sen(b2 )  .u1.sen(b1 )
m2

Determinação de velocidades a partir das distâncias de frenagem:

WFa  m.g . .d

Vi  2.g..d . cos 

O eminente pesquisador NEGRINI, em uma abordagem teórica sobre o assunto, propõe uma
expressão para o cálculo de velocidade (v) de veículos que possuem o sistema ABS de freios
baseado em suas marcas de frenagem:

8
Vi  ..d

4.7 - ANÁLISE E RECONSTRUÇÃO DE UMA OCORRÊNCIA DE TRÂNSITO

De posse de todos os dados necessários levantados no exame pericial, o perito deve


proceder à reconstrução da ocorrência. Esta reconstrução é um ato puramente técnico, não
devendo ser confundida com a reprodução simulada (“reconstituição”) do acidente. Enquanto
esta se baseia nas informações de testemunhas, cabendo ao perito avaliar tecnicamente tais
informes, a primeira é feita apenas com base nos elementos técnicos obtidos. Se for utilizada
alguma informação de testemunha, esta deve ser colocada à parte, citando-se sua fonte.

Exemplo 1: Dois automóveis (1 e 2) colidem transversalmente em um cruzamento. Após o


acidente, os condutores, que, por sorte, sofreram ferimentos leves, foram interrogados.
Ambos afirmaram que estavam dentro do limite de velocidade permitido na via, que é de
60km/h. Após a análise dos peritos, concluiu-se que um dos condutores havia mentido. Qual é
o mentiroso? 1 ou 2?

d1
1 u1

V1 b1 d
1 u2
2 2

2 b
2
V2
- Aceleração da gravidade local: g

- Massas: m1 = 1000kg e m2=1200kg.

- Ângulos de entrada: a1 =0° e a2 =90°.

- Velocidades logo após a colisão: u1 e u2.

- Ângulos de saída: b1=50o e b2=20 o.

-Velocidades logo antes da colisão: V1 e V2.

- Distâncias após a colisão: d1=14m e d2=8m.

- Coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o asfalto: µ .

Solução:

u  2.g..d

u1 = 14,82 m/s = 53,34 km/h

u2 = 11,20 m/s = 40,32 km/h

m2 m1
V1  u1. cos(b1 )  .u2 . cos(b2 ) e V2  u2 .sen(b2 )  .u1.sen(b1 )
m1 m2

V1 = 18,46m/s = 66,46 km/h

V2 = 6,99 m/s = 25,15 km/h

Conclusão: O condutor do veículo V1 mentiu.

Exemplo 2: Numa avenida reta e plana, uma caminhonete equipada com freios ABS colidiu sua
dianteira contra a traseira de uma motocicleta que se encontrava parada por conta de uma
travessia de pedestres e a conduz, em acoplamento, por uma distância de 69m, enquanto
freia. Antes do impacto, a caminhonete já vinha usando os freios, deixando marcados 29m de
frenagem, antes do embate, na pavimentação de asfalto seco e em bom estado. Pergunta-se:

a) Qual a velocidade inicial da caminhonete?


b) Qual a distância entre a caminhonete e a motocicleta no instante em que o condutor da
caminhonete a avistou?

- Aceleração da gravidade local: g

- Massas: m1 = 1800kg e m2=220kg.

- Velocidades logo após a colisão: u1 u2=u.

-Velocidades logo antes da colisão: V1 e V2.

- Distâncias após a colisão: d1=d2=69m.

- Coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o asfalto: µ .

- Distância de frenagem antes da colisão: da=29m.

- Tempo de reação: t=1s.

Solução a):

u  2.g..d

u = 32,89 m/s = 118,40 km/h

m1  v1.  m2  v2  m1  u1  m2  u2

V1 = 36,91 m/s = 132,88 km/h

8
Vabs  ..d

Vabs = 7,69 m/s = 27,68 km/h

V  v1  v2 (soma vetorial)

V = 37,70 m/s = 135,73 km/h

Solução b):

S  S o.  v  t

S=66,70m
4.8 - A RECONSTRUÇÃO DE ATROPELAMENTOS

O atropelamento consiste na colisão de um veículo automotor contra um ou mais


pedestres. Portanto, é o tipo de acidente de tráfego múltiplo, envolvendo duas ou mais
unidades de tráfego, isto é, veículo e pessoa, em que o veículo automotor se choca
diretamente contra um ou mais pedestres. Por pedestre compreendemos toda pessoa que
transita a pé por uma via pública, assim como as que estão parada,

Os métodos clássicos de análise são modelos matemáticos simples e que apenas


podem ser utilizados em condições bem definidas, como a posição do pedestre relativamente
ao veículo, o conhecimento da distância de projeção ou da velocidade do veículo aquando do
atropelamento. Eubanks e Haight tipificaram a sequência de eventos num atropelamento e a
relação entre a velocidade de embate e a trajetória de projeção do pedestre, resumiram ainda
vários métodos para calcular a velocidade de embate do veículo atropelante a partir da
distância de projeção ou o contrário. A Tabela abaixo resume vários métodos clássicos para a
determinação da velocidade do veículo atropelante. Apenas podem ser utilizados em
atropelamentos onde o pedestre se encontra numa posição central relativamente à frente do
veículo. Wood et al. desenvolveram um método analítico onde consideram três fases para o
atropelamento, Brach e Han desenvolveram um modelo analítico que considera a inclinação
da via.
Trajetórias típicas de atropelamento:

Para embates frontais, são cinco trajetórias típicas:

- Projeção frontal: O pedestre é arremessado para frente. Ocorre com crianças atropeladas
por automóveis e adultos atingidos por veículos de frente alta ou ainda por adultos atingidos
por automóveis em baixa velocidade;

- Montagem sobre o capuz: O pedestre sofre um pivoteamento com rotação no sentido anti-
horário, fazendo com que a parte superior do corpo atinja o capuz. Após o corpo do pedestre
amoldar-se momentaneamente ao capuz, segue-se a projeção para frente. É a trajetória mais
comum e ocorre com o veículo em desaceleração;

- Volta sobre o para-lama: O pedestre atropelado projeta-se sobre o para-lama, caindo


lateralmente a trajetória do veículo. Normalmente ocorre quando o pedestre é atingido pelas
extremidades do setor frontal ou quando está animado de considerável velocidade própria,
atravessando a via correndo ou andando apressadamente;

- Volta sobre o teto: O pedestre é arremessado sobre o teto ou sobre a traseira do veículo. É
comum quando o veículo atropelador (de frente baixa) está animado com velocidade entre 40
e 60km/h;
- Salto mortal: O pedestre é atingido sendo projetado em trajetória circular por cima do
veículo, sem contato com este. Normalmente ocorre quando o veículo atropelador (de frente
baixa) está animado com velocidade acima de 60km/h.

REFERÊNCIAS:

ARAGÃO, Ranvier. Acidentes de Trânsito . Aspectos Técnicos e Jurídicos. 1. Ed. Porto Alegre-
RS. Sagra Luzzatto, 1999.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.

GOMES, Adilson. A física dos Acidentes de Trânsito. Ji-Paraná-RO. UFRO, 2008.

HONORATO, Cássio Mattos. Trânsito – Infrações e Crimes. Campinas-SP. 1. ed. Millennium


Editora, 2000.

NEGRINI NETO, Osvaldo, KLEINÜBING, Rodrigo. Dinâmica dos Acidentes de Trânsito. Análises,
Reconstruções e Prevenção. 4. ed. Campinas-SP: Millennium Editora, 2012.

TOCHETTO, Domingos, ESPINDULA, Alberi. Criminalística – Procedimentos e Metodologias. 2.


ed. Porto Alegre-RS: Evangraf, 2009.

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