Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Resumo
Com o intuito de analisar a importância da manutenção preventiva nas edificações, o trabalho
trata-se de um estudo de caso realizado em um reservatório superior de concreto armado em
um edifício de cinco pavimentos, localizado na cidade de Porto Alegre/RS. O objetivo foi
comparar o custo das manutenções preventivas com ações corretivas necessárias para o reparo
do elemento analisado. Com esse intuito, identificou-se as manifestações patológicas e foram
levantados os custos para recuperá-las. Os valores encontrados serviram de base para a
comparação com o custo da manutenção de preventiva. Delimitou-se à análise da estrutura de
concreto armado do reservatório inspecionado. Comprovou-se que os custos das manutenções
preventivas são consideravelmente menores do que a realização de manutenção corretiva,
devido ao custo desta ser 2,9 vezes maior do que o valor investido em um programa de
manutenção de resguardo. Onerando, desta forma, os valores necessários para a conservação e
plena funcionalidade da estrutura e dos sistemas operacionais do edifício.
1 Introdução
1
de erros cometidos desde o início do planejamento, na construção civil não é diferente. Muitas
construtoras e incorporadoras não possuem ou utilizam de forma inadequada os manuais de
operação ou o programa de manutenção preventiva, destacam Michelin (2005) e Zanotto et al
(2015).
Existem empresas que seguem os processos de melhoria contínua, o que acaba por
minimizar os custos dos atendimentos de manutenção corretiva durante o período de garantia
do empreendimento. Conforme disserta Medeiros (2014), inúmeras incorporadoras e
construtoras passaram a adotar novas ações preventivas, incluído investimento em manuais do
proprietário qualificados. Apontando assim a adaptação das empresas para uma realidade de
investimento contínuo na gestão de qualidade, tanto no produto final quanto no pós-venda ao
cliente. Um dos fatores causadores dos planos de ações corretivos é a falta de uma regularização
técnica formal, específica, referente às inspeções técnicas sobre a execução das obras. Esta
negligência abre precedente para que as atividades profissionais sejam executadas sem o devido
critério e metodologia (PUJADAS, 2015), gerando futuras manifestações patológicas.
Brito (2017) reconhece que os problemas de ocorrências patológicas identificados nas
edificações públicas e privadas, estabelecem-se por falhas no planejamento, na execução e, ao
longo do tempo, por falta de manutenção adequada. Além disso, o mesmo afirma que fatores
ambientais e atmosféricos se destacam como grandes ofensores na degradação dos
empreendimentos (BRITO, 2017). Estes, hoje em dia, possuem grande influência no
desencadeamento de processos degradantes, principalmente à indução da corrosão em
estruturas de concreto armado dos edifícios (Figura 1). Além disso, observou-se em estudos de
caso realizados na estrutura de concreto armado de uma universidade de ensino superior de que
a insuficiência do cobrimento das armaduras se apresenta como a causa mais reincidente
(BRITO, 2017).
Oliveira (2013) analisa que, a ocorrência dos problemas patológicos inicia após o
começo da execução da obra propriamente dita à última etapa da fase de produção. Em relação
à recuperação desses problemas, afirma-se que "[...] as correções serão mais duráveis, mais
efetivas, mais fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas"
(OLIVEIRA, 2013, p. 22).
2
Figura 1 – Incidência de diagnósticos patológicos
Este estudo tem por objetivo salientar a importância do cumprimento das manutenções
preventivas, a partir da realização de uma comparação entre os custos projetados para um
programa preventivo com o custo gerado para aplicação de uma manutenção corretiva. Para
isto, realizou-se um estudo de caso de recuperação de um reservatório de concreto armado, em
uma edificação multifamiliar, onde uma empresa de recuperação estrutural forneceu os
procedimentos e valores para recuperação do elemento analisado. Em segundo plano, compara-
se a relação entre os custos de manutenção preventiva e corretiva com a Lei de Sitter, que
estabelece que postergar uma intervenção preventiva levará a um aumento de custos diretos na
razão de progressão geométrica de 5. Salienta-se que o estudo se delimita na análise do
reservatório superior da edificação, não contemplando uma vistoria geral do prédio.
2 Referencial teórico
3
correta utilização e a negligência das devidas manutenções preservativas. Essas informações,
necessárias para o entendimento deste estudo, são apresentadas nas próximas subseções.
4
Trata-se de tudo o que varia desde a concepção do projeto até a economia de materiais. Esses
fatores podem ser considerados os principais ofensores responsáveis pelos inúmeros problemas
encontrados nas obras, ainda mais quando alinhados às diversas etapas do processo da
concepção da estrutura de concreto armado, onde as matérias-primas são estregues ao canteiro
de obras e aplicadas por diferentes profissionais (MARQUES, 2015).
5
índice expressivo de 71% das maiores ocorrências, conforme análise de Brito (2017), após
inspeção visual realizada no Campus I da Universidade Federal da Paraíba.
O processo de corrosão em uma armadura representa a redução da seção do aço, levando
a possíveis danos estruturais que podem ser caracterizados pela diminuição da área de seção
transversal, perda de aderência entre o concreto e a armadura e pela fissuração do concreto,
seguidamente levando ao deslocamento deste quando atinge estágios mais elevados de
contaminação. Nos elementos de concreto armado, a corrosão é tratada como um processo
eletroquímico, podendo ter a carbonatação como causa (SANTOS, 2015).
A espessura do cobrimento do concreto (Tabela 1) e sua qualidade, aliados com o teor
de CO² e as porcentagens da umidade relativa do ambiente, atingindo uma margem de 50 a
70%, são fatores que podem acelerar a carbonatação, e por consequência a corrosão (SANTOS,
2015). Após vistoria realizada em um reservatório de concreto armado no município de
Alegrete/RS, Santana (2017) reforça que manchas de corrosão no entorno dos elementos de
concreto significam que existe a ação de agentes agressivos na armadura, o que afeta o seu
desempenho e pode levar a graves danos na estrutura.
6
Tabela 1 – Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal
Classe de agressividade ambiental
Tipo de estrutura Componente ou elemento I II III IV (c)
Cobrimento nominal mm
Laje (b) 20 25 35 45
Viga/pilar 25 30 40 50
Concreto armado
Elementos estruturais em contato com o
30 40 50
solo (d)
Laje (b) 25 30 40 50
Concreto protendido (a)
Viga/pilar 30 35 45 55
a. Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura passiva deve
respeitar os cobrimentos para concreto armado.
b. Para a face superior das lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos
finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como pisos de elevado
desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela podem ser substituídas
pelas de 7.4.7.5, respeitando um cobrimento nominal ≥ 15 mm.
c. Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios estações de tratamento de água e
esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente
agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV.
d. No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter
cobrimento nominal ≥ 45 mm.
Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014b, p. 20).
Segundo a NBR 5674 (ABNT, 2012) os serviços que estão inclusos na manutenção de
edifícios são aqueles destinados a prevenção ou correção da perda de desempenho decorrente
da deterioração dos seus componentes, ou para atualização das necessidades dos seus usuários.
Trata-se do conjunto de atividades e recursos responsáveis por garantir o melhor desempenho
dá edificação para atender às demandas dos usuários, visando um contínuo e adequado
funcionamento da estrutura e dos serviços de um empreendimento. Tais práticas, devem ser
desempenhadas ao menor custo possível e sempre com a maior confiabilidade e disponibilidade
no planejamento e na execução.
Villanueva (2015) afirma que, conforme o passar dos anos, os inconvenientes resultados
da inexistência de atividades de manutenções preventivas e periódicas se tornaram mais
frequentes, e ameaçam o sentimento de segurança dos usuários. A manutenção predial vai além
da questão de manter as edificações em bom estado. Questões legais, sociais, econômicas,
7
técnicas e ambientais, são algumas das muitas variáveis que estão envolvidas no processo de
manutenção.
8
útil, é essencial a sua manutenção e de seus vários componentes, respeitando os diferentes tipos
de características, prazos e formas de manutenção.
Os tipos de manutenção, muitas vezes, são determinados pelas estratégias que são
estabelecidas para os diferentes tipos de empreendimentos, objetivos materializados e
planejamentos adotados (VILLANUEVA, 2015). Para as manutenções prediais, destaca-se três
estratégias essenciais para a conservação, reparação e restauração de edificações, sendo elas:
manutenção preditiva, preventiva e corretiva.
9
essencial para que se obtenha os resultados esperados de conservação, atingindo, ao longo do
tempo, um acréscimo na sua vida útil (MOTTER, 2005). A manutenção preventiva trabalha
como uma ação programada e preestabelecida, muitas vezes baseada em dados estatísticos ou
no próprio histórico da manutenção feita no local. Essa atividade atua de maneira antecipada,
para que não ocorra posteriores reparações, por isso é definida com o um elenco de operações
que buscam evitar falhas nos componentes das máquinas e equipamentos.
10
Quadro 2 – Custo de manutenção previstos para diferentes tipos de sistemas e elementos construtivos
Categoria Descrição Exemplos típicos
A Baixo custo de manutenção Vazamento em metais sanitários
B Médio custo de manutenção ou reparo Pintura de revestimentos internos
Pintura de fachadas, esquadrias de
Médio ou alto custo de manutenção ou reparação. Custo de
C portas, pisos internos e
reposição (do elemento ou sistema) equivalente ao custo inicial
telhamento
Alto custo de manutenção e/ou reparação. Custo de reposição
Revestimento de fachadas e
D superior ao custo inicial. Comprometimento da durabilidade
estrutura de telhados
afeta outras partes do edifício
Alto custo de manutenção ou reparação. Custo de reposição
E Impermeabilização de piscinas
muito superior ao custo inicial
Fonte: NBR 15.575-1 (ABNT, 2013).
A falta de uma cultura de prevenção no país é clara quando se observa que a maioria
dos usuários dos empreendimentos só dá a devida importância à manutenção quando o
problema já é existente. Esta demora em iniciar a manutenção torna os reparos mais trabalhosos
e onerosos. A lei de evolução dos custos, conhecida como Lei de Sitter, mostra que os custos
de correção crescem segundo uma progressão geométrica de razão cinco. Todo investimento
realizado no planejamento e projeto induz a uma economia de 5 na execução, 25 vezes para as
manutenções preventivas e 125 vezes quanto comparado aos gastos com as manutenções
corretivas (VILLANUEVA, 2015).
11
A Figura 2 ratifica o alto custo associado à manutenção corretiva e seu caráter
emergencial é caracterizado pela tomada de ações ou intervenções imediatas, que têm o objetivo
de permitir a continuidade no uso dos sistemas. Tal evolução de custo pode ser assimilada a
uma progressão geométrica de razão 5.
3 Metodologia de pesquisa
Para a realização deste estudo, foi necessário elaborar uma revisão da bibliografia a
respeito do assunto em questão e de assuntos correlacionados, que objetivam a sistematização
da manutenção predial. Como instrumento prático de pesquisa, foi efetuado um estudo de caso
com o objetivo de realizar uma análise da importância da manutenção preventiva comparada
aos custos gerados pela manutenção corretiva.
Nesta pesquisa, observou-se as possíveis manifestações patológicas de um reservatório
superior em um condomínio residencial, composto por uma estrutura de concreto armado e as
ações corretivas e preventivas aplicáveis para a sua manutenção e recuperação. Depois de serem
12
determinados os encargos para a preservação e recuperação, desenvolveu-se a orçamentação de
ambas, a fim de comparar com a Lei de Sitter. O desenvolvimento do estudo realizado segue o
mapeamento indicado na Figura 3.
13
Figura 4 - Foto da vista geral do reservatório (a); foto da vista frontal do reservatório (b); foto da vista lateral do
reservatório (c).
(a) (b)
(c)
Fonte: elaborada pelo autor a partir de fontes da pesquisa (2018).
14
estão alinhados com a exposição a intempéries climáticas e a problemas relacionados ao
desplacamento do cobrimento.
Tabela 3 – Relação de cobrimento
Cobrimento Cobrimento Cobrimento Lajes Exteriores NBR Cobrimento Lajes NBR 6118
Executado (mm) Executado (cm) 6118 (ABNT, 1978) (cm) (ABNT, 2014b) (cm)
6,25 0,62
7,14 0,71
6,17 0,62
6,32 0,63
≥ 1,5 ≥ 2,5
7,52 0,75
7,62 0,76
8,26 0,83
5,77 0,58
Média (cm) 0,69 ≥ 1,5 ≥ 2,5
Fonte: elaborada pelo autor a partir de fontes da pesquisa (2018).
(a) (b)
Fonte: elaborada pelo autor a partir de fontes da pesquisa (2018).
15
A falta de manual de uso, operação e manutenção, e a não realização das manutenções
de resguardo puderam também ser constatadas. Fato este que pode ser explicado devido à
construção do prédio ter ocorrido antes da publicação das primeiras versões da NBR 14037 e
do Código de Defesa do Consumidor (CDC), gerados em 1998 e 1990 respectivamente
(KLEMM, 2017).
16
Figura 6 - Fluxograma da manutenção corretiva
Foram determinados os custos de manutenção para realizar uma comparação com a Lei
de Sitter. Referentemente às ações corretivas, levou-se em consideração os valores expostos
pela empresa responsável pela execução da recuperação (Tabela 5), mas, para as atividades
preventivas, foram utilizados os padrões de custos brasileiros (Tabelas 6, 7 e 8).
Para orçamentação das inspeções prediais, essenciais ao mapeamento e controle de
possíveis problemas, realizou-se os cálculos de acordo com as tabelas fornecidas pelo Instituto
Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Rio Grande do Sul (IBAPE, 2011). Com
o intuito de alcançar o valor da hora técnica para uma inspeção predial, aplicou-se uma
porcentagem de 20%, influenciada pelo nível de inspeção, no custo unitário básico (CUB)
(SINDUSCON, nov. 2018) do Rio Grande do Sul (RS). Para transformar o valor adquirido em
um custo por unidade, foi necessário empregar outra porcentagem relativa de 35%, mesurada
de acordo com os serviços, a previsão de tempo e o nível de acessibilidade do local. Quantifica-
se o valor final da inspeção multiplicando o custo da hora técnica por unidade pelo número de
unidades habitacionais afetadas pelo serviço. Quanto ao nível 2 de inspeção, este foi
17
determinado a partir do serviço realizado por profissional habilitado em ambientes com
manutenção moderada, onde a identificação de anomalias e falhas aparentes são os fatores
levados em consideração.
Na determinação de pintura preventiva, primeiramente se quantificou as dimensões do
reservatória (Figura 7), a fim de identificar as possíveis áreas de intervenção. Na sequência,
adotou-se uma composição de custo de pintura, utilizando a Tabela de Composição de Preços
para Orçamentos: 14ª Edição (TCPO14, [201-]). Para complemento das informações, foi
necessário utilizar os custos unitários dos insumos, conforme as tabelas do Sistema Nacional
de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil Não Desonerado (SINAPI) (CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL – CEF, set. 2018). Ao se alcançar um valor de custo direto de
manutenção, foi aplicado 25% de Benefício e Despesas Indiretas (BDI) sobre o custo unitário
de pintura e impermeabilização para alcançar os gastos reais do cliente (Tabelas 6 e 8).
18
4 Análise de resultados
Para uma maior contextualização dos fatores que influenciaram na análise deste estudo,
é importante citar que, na estimativa do custo de manutenção preventiva, considerou-se os
serviços de inspeção predial e de pintura realizados dentro de um período de 40 anos,
considerando a manutenção da impermeabilização interna do reservatório como opção caso
haja necessidade. O fato de o prédio ter sido construído em 1978, anterior aos lançamentos das
primeiras versões da NBR 14037 e do CDC, desenvolvidos em 1998 e 1990 respectivamente,
induz ao motivo da falta de manual de uso, operação e manutenção.
Logo após a identificação e caracterização das manifestações patológicas, verificou-se
o custo de manutenção preventiva e corretiva. No estágio de correção, a empresa contratada
indicou a necessidade da recuperação da estrutura da laje inferior, estimando um custo de
R$1.400,00/m² de área recuperada, além de R$100,00/m² de área interna a ser
impermeabilizada (Tabela 5). Para os custos de pintura acrílica de todo o reservatório, realizada
depois da recuperação da laje inferior, utilizou-se o custo de R$ 17,98 por m² (Tabela 6).
Quanto a comparação de orçamentos compostos em diferentes épocas, é importante
salientar que não foi realizado nenhum tipo de correção monetária. Isto, porque os custos de
manutenção preventiva não teriam a mesma competitividade com as os custos manutenções
corretivas, se com valores atuais.
19
Tabela 6 – Composição de custo de pintura acrílica, considerando duas demãos (m²)
Custo
Componente Unidade Coeficiente Unitário Custo Total
Pintor H 0,4 R$ 15,19 R$6,08
Ajudante de Pintor H 0,35 R$ 10,95 R$3,83
Selante L 0,16 R$5,00 R$0,80
Lixa para superfície grão 100 unid. 0,25 R$1,51 R$0,38
Tinta acrílica premium L 0,17 R$ 19,41 R$3,30
Total R$ R$14,39
Total com BDI (25%) R$ R$17,98
Fonte: elaborada pelo autor a partir de fontes da pesquisa (2018).
Na avaliação dos dados gerados para manutenção preventiva (Figura 8a), sem
considerar refazer a impermeabilização, observou-se um equilíbrio entre os custos de inspeção
e pintura. Entretanto, para a manutenção corretiva (Figura 8b), observou-se maior
representatividade no valor de recuperação da laje, informado pela empresa contratada para a
execução do serviço.
20
Figura 8 – Distribuição do custo de manutenção preventiva (a) e do custo de manutenção corretiva (b).
(a) (b)
Fonte: elaborada pelo autor a partir de fontes da pesquisa (2018).
A Figura 9 apresenta, de forma simplificada, o custo total das manutenções para as três
situações abordadas nas Tabelas 5 e 9. A causa para o elevado custo de manutenção preventiva,
considerando refazer a impermeabilização a cada oito anos, se dá devido à necessidade de
21
manter a estanqueidade do reservatório. O custo de impermeabilização acaba onerando
significativamente o valor atribuído para as manutenções de resguardo.
Além de garantir melhores condições estéticas e de uso das edificações, as manutenções
preventivas representam um investimento para que o patrimônio não passe por correções
pesadas e onerosas. Administrando de forma correta, observa-se um baixo custo por unidade
que as manutenções preventivas gerariam ao longo dos 40 anos de uso da edificação. Dividindo
o custo total preventivo de R$ 12.943,67 pelo número de economias (8) e os 480 meses de vida
do edifício, atinge-se um custo mensal de R$ 3,37 por apartamento.
5 Considerações finais
22
REFERÊNCIAS
ASSED, J. Construção civil: viabilidade, planejamento, controle. São Paulo: LTC S.A, 1986.
GOMES, R. et al. Estudo de patologias em reservatório de concreto armado. IN: SIMPAC, 8.,
Viçosa, v. 8, n. 1, jan./dez. 2016. Anais... Viçosa: [s.e] 2016. p. 396-401.
23
GOMIDE, T. Técnicas de inspeção e manutenção predial. São Paulo: Editora Pini, 2006.
24
PELIGA, C.; SILVA, V.; TORRES, A. Análise das manifestações patológicas em
reservatórios elevados na cidade de pelotas/rs. REEC – Revista Eletrônica de Engenharia
Civil, Pelotas/RS, v. 12, n. 1, p. 12-22, jun./dez. 2016.
25
WEBER, L. Cobrimento de armadura em estruturas de concreto armado: Análise
comparativa entre valores projetados e executados nas obras do Vale do Taquari. 2014. 97 f.
Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Curso de Engenharia Civil, Centro
Universitário Univates, Lajeado, 2014.
26