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O RITUAL DE EMULAÇÃO NO BRASIL (RITO DE YORK – GOB.’.

)
O Ritual de Emulação (Emulation Ritual) inglês vem sendo praticado por mais de um século
pelo Grande Oriente do Brasil erroneamente sob o nome de Rito de York, que é um Rito
americano. Na Inglaterra praticamente não se conhece o termo "Rito" e usam o termo “Craft
Masonry” (Ofício Maçônico). A Grande Loja Unida da Inglaterra não possui "rituais oficiais” e
cada Loja pode elaborar os seus dentro de certas regras e princípios. O Emulation é o mais
usado (cerca de 85%), mas existem outros, tais como o Bristol, Lewis, Logic, Stability, Taylor,
Universal, West End, todos muito parecidos.
A primeira Loja a funcionar na América do Sul no Ritual de Emulação foi a Orphan Lodge,
fundada em 1837 no Rio de Janeiro. Em 1839, também no Rio de Janeiro, foi fundada a St.
Johns Lodge e em 1856 no Recife a Southern Cross Lodge. Essas 3 Lojas usavam a língua inglesa
e estavam jurisdicionadas à GLUI.’. Não duraram muito e a última a abater colunas foi a de
Recife, em 1872-73.
As primeiras Lojas fundadas no verdadeiro Rito de York, ou Rito Americano, foram a Vesper
Lodge, em 1872 no Rio de Janeiro, a Whashington Lodge, em 1874 em Santa Bárbara do Oeste
(SP) por IIrm.’. americanos que imigraram após a Guerra Civil Americana e a Lessing Lodge, em
1880 em Santa Cruz do Sul (RS). As 3 utilizavam o idioma inglês e estavam jurisdicionadas ao
Grande Oriente Unido, ou Grande Oriente dos Beneditinos, que posteriormente se fundiu ao
GOB.’.
A primeira Loja jurisdicionada ao GOB.’. a funcionar no Ritual de Emulação e fazendo uso do
idioma inglês foi a Eureka Lodge, fundada em 1891 no Rio de Janeiro. Posteriormente 6 outras,
todas usando a língua inglesa, foram fundadas: Duque of Clarence Lodge (na Bahia), Morro
Velho Lodge (em Minas Gerais), Lodge of Unity (em São Paulo), Saint George Lodge (em Recife),
Lodge of Wanders (em Santos) e Eduardo VII Lodge (no Pará). Se bem que trabalhassem no
Ritual de Emulação, o GOB.’. utilizava incorretamente o nome Rito de York.
Em 1912 o GOB.’. assinou um tratado bilingue com a GLUI.’. para constituir um “Grande
Capítulo do Rito de York” na versão em português ou um “Grand Conseil of Craft Masonry of
Brazil” (Grande Conselho do Ofício Maçônico do Brasil) na versão em inglês, constituído pelas 7
Lojas que já funcionavam no GOB.’. Outras 4 foram posteriormente agregadas a esse Grande
Capítulo: Campos Salles Lodge (SP), Lodge of Friendship (RJ), Centenary Lodge (SP) e Royal
Edward Lodge (RJ). O Capítulo era meramente um Corpo administrativo, pois não conferia
graus superiores, inexistentes no Emulation.
Em 1918 IIrm.’. pertencentes aos Ritos até então praticados fundaram a Loja Brasil nº 953 (Loja
do autor) e, como o então Regulamento Geral do GOB.’. não permitia que se pertencesse a
duas Lojas de um mesmo Rito, sobrou o denominado Rito de York. Todavia, a Loja ficou sem
trabalhar liturgicamente até 1920, ocasião em que os Rituais foram finalmente traduzidos para
o português pelo Irm.’. inglês Joseph Thomas William Sadler, da Lodge of Unity, com a
aprovação da GLUI.’. A Loja Brasil tem então o privilégio de ter sido a primeira a funcionar no
Ritual de Emulação em português, tendo recebido o nº 11 do Grande Capítulo, pois a Eureka
Lodge já havia abatido colunas (atualmente a Loja trabalha no REAA.’., tendo trabalhado
também nos Ritos Adonhiramita e Brasileiro). A Comissão Instaladora foi constituída por IIrm.’.
ingleses e os diplomas dos fundadores, emitidos pelo Grande Capítulo do Rito de York / Grand
Conseil of Craft Masonry of Brazil, eram bilíngues. O então Grão-Mestre interino do GOB.’.,
Irm.’. Mário Behring (que alguns anos depois provocou a secessão que deu origem às Grandes
Lojas Estaduais) autorizou a doação para a Loja das alfaias da extinta Eureka Lodge, inclusive de
um rico estojo contendo malhetes de marfim e os instrumentos dos mestres em prata..
Em 1935 o Grande Capítulo foi dissolvido, resultado de um Tratado de reconhecimento formal
do GOB.’. pela GLUI.’. As Lojas cuja maioria de seus membros era de origem inglesa passaram a
ser Lojas Distritais jurisdicionadas à GLUI.’.
Pois bem, o Ritual de Emulação inglês (Rito de York – GOB.’.) é bastante diferente dos Rituais
dos Ritos criados na França (REAA.’., Escocês Retificado, Adonhiramita e Moderno) e no Brasil
(Rito Brasileiro), se bem que algumas de suas práticas tenham sido incorporadas ao REAA.’.
praticado no Brasil, a partir da importação dessas práticas pelas Grandes Lojas Estaduais
brasileiras das Grandes Lojas americanas, que só trabalham no REAA.’. nos altos graus (4 ao 33)
e nos graus simbólicos adotam o Rito de York ou Rito Americano, que guarda algumas
semelhanças com o Ritual de Emulação. Tais práticas se amalgamaram com o REAA.’. praticado
no Brasil, praticamente descaracterizando-o, a ponto do livro Simbologia Maçônica dos
Painéis: Lojas de Aprendiz, Companheiro e Mestre te-lo chamado de “Rito Escocês Antigo e
Aceito Brasileiro”. Alguns exemplos: (1) O 2º Vigilante ter saído do Ocidente, próximo a Coluna
J, para a Coluna do Sul; (2) a utilização, por algumas Obediências, de colunetas nos altares dos
Vigilantes; (3) a abertura e leitura de versículos do Livro da Lei; (4) a utilização do conjunto de
Painéis (Tábuas de Delinear, Tracing Boards) de autoria do Irm.’. John Harris, com símbolos
inexistentes no REAA.’. (A Escada de Jacó no Painel do Grau 1 é um exemplo, comprovável em
qualquer obra estrangeira que trate do REAA.’.)
O Ritual de Emulação (Rito de York - GOB.’.) é o mais antigo dos Rituais Maçônicos e é muito
simples e dinâmico, devendo ser praticado de cor. Guarda ainda alguns resquícios da
Maçonaria Operativa e é um Ritual Teísta, com forte influência da Religião Anglicana, religião
oficial da Inglaterra. Segundo o Ritual traduzido em 1920, a abertura da Loja se dá de forma
ritualizada, sem leitura de versículo algum do L.’.L.’., embora deva ficar aberto em II Crônicas 6,
após o quê o 2º Vigilante chama ritualisticamente os obreiros para o descanso, ocasião em que
a sessão prossegue sem ritualística até que o mesmo 2º Vigilante, de forma ritualizada, chama
os obreiros para o trabalho para, posteriormente, haver o encerramento ritualístico da sessão.
Diferentemente dos demais Ritos, em Loja não se circula, se enquadra. Na Iniciação não existe
a Câmara das Reflexões, a Taça Sagrada, o Banco das Reflexões e muito menos as purificações
pelos 4 elementos. Um detalhe curioso é que o Irm.’. Sadler ao traduzir o Ritual, manteve, no
juramento, o compromisso com a GLUI.’. e o GOB.’., ao mandar imprimir, não conferiu e não fez
a necessária adaptação. Sem nos estendermos em demasia nos demais graus, limitamo-nos a
comentar que no Grau 2, diferentemente do REAA.’., os Companheiros recebem seus salários
na Câmara do Meio (daí a presença de uma Escada em Caracol no Painel do Irm.’. John Harris,
para que eles por ela subam até a Câmara do Meio) e na Lenda do Grau de Mestre, os
Companheiros emboscaram Hiram Abif em locais e com instrumentos diferentes do REAA.’.,
podendo-se facilmente observar tal diferença no Painel do Grau 3 do Irm.’. John Harris com a
posição dos três números cinco e os três instrumentos que estão desenhados sobrepostos.
Esses Painéis do Irm.’. John Harris estão em absoluta conformidade com a estrutura do Ritual
de Emulação, mas sem nenhum sentido no REAA.’. (Será que as Potências Maçônicas que usam
esses Painéis no REAA.’. ainda não se deram conta disso? Inacreditável!!!!!)
Excerto do livro (em elaboração) Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e
Detratores.

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