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Orientadores:
José Sérgio da Rocha Neto
Péricles Rezende Barros
Aluno:
José Maurı́cio Ramos de Souza Neto
Fevereiro de 2008
Campina Grande - PB
Conteúdo
1 Introdução 1
1.1 Sintonia de Controladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Métodos de Sintonia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2.1 Ziegler-Nichols (ZN) e Métodos Relacionados . . . . . . . . . . . . . . 3
2 Materiais e Métodos 11
2.1 Principais Componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1.1 O Sistema de Aquisição de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1.2 Implementando um Controlador com o ADuC . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.3 A Plataforma Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1.4 O Driver PWM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1.5 O MATLABr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2 A Medição de Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2.1 Termômetros de Semicondutor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.2 O Sensor LM35 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.3 Circuito de Medição Usando LM35 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2.4 Termopares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2.5 Princı́pio de Funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.6 Circuito de Medição Usando Termopar . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3 Experimentos e Resultados 31
3.1 Os Experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.2 Os Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.2.1 Método de Sintonia Empı́rica (MSE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.2.2 Método de Ziegler-Nichols (MZN) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.3 Método de Cohen-Coon (MCC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2.4 Método de CHR: Método da Rejeição de Perturbação 20% (MCHRRP20) 40
3.2.5 Método de CHR: Método da Rejeição de Perturbação 0% (MCHRRP0) 42
3.2.6 Método de CHR: Método do Rastreamento da Referência 20% (MCHRRR20) 43
3.2.7 Método de CHR: Método do Rastreamento da Referência 0% (MCHRRR0) 45
3.2.8 Métodos de Otimização: Método da Mudança do Sinal de Referência
(Lopez) (MOMSR-Lopez) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.2.9 Métodos de Otimização: Método da Mudança do Sinal de Referência
(Rovira) (MOMSR-Rovira) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4 Conclusões 51
4.1 Avaliação do Desempenho dos Controladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
iii
iv CONTEÚDO
Lista de Figuras
v
vi LISTA DE FIGURAS
1.1 Tabela dos parâmetros proposta por Ziegler e Nichols para o método da re-
sposta ao degrau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Tabela dos parâmetros proposta por Cohen-Coon para sintonia de controladores. 6
1.3 Tabela dos parâmetros proposta por CHR para sintonia de controladores com
o método de Rejeição da Perturbação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Tabela dos parâmetros proposta por CHR para sintonia de controladores com
o método do Rastreamento do Sinal de Referência. . . . . . . . . . . . . . . 7
1.5 Tabela dos parâmetros proposta por Lopez para sintonia de controladores com
os métodos de otimização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.6 Tabela dos parâmetros proposta por Rovira para sintonia de controladores
com os métodos de otimização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
vii
viii LISTA DE TABELAS
Capı́tulo 1
Introdução
1
2 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Dois métodos clássicos para determinação dos parâmetros dos controladores PID foram apre-
sentados por Ziegler e Nichols em 1942. Estes métodos ainda são bastante usados, em sua
forma original ou com modificações otimizadas. Eles oferecem formas básicas no proce-
dimento de sintonia de controladores produzidos para processos industriais. Os métodos
são baseados na determinação de algumas caracterı́sticas da dinâmica do processo. Os
parâmetros dos controladores são expressos em termos dessas caracterı́sticas por simples
fórmulas. É surpreendente o fato de que estes métodos são largamente referenciados tendo
moderadamente boa sintonia em apenas em situações restritas.
Figura 1.1: Curva com caracterı́sticas da resposta ao degrau do processo relevantes para o
ajuste de Ziegler-Nichols.
Esta resposta pode ser caracterizada por dois parâmetros: o atraso aparente L e o ganho
integral equivalente a. Estes parâmetros são obtidos traçando uma reta tangente à curva de
resposta no seu ponto de inflexão, ou seja, o ponto em que a taxa de variação da resposta é
4 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
máxima. Os parâmetros são dados então pela interseção desta reta com os eixos coordenados,
conforme indicado na Figura 1.1. Um degrau de amplitude diferente da unidade pode ser
usado, sendo neste caso necessário normalizar o ganho integral equivalente dividindo-o pela
amplitude deste salto.
Ziegler e Nichols propuseram as seguintes fórmulas para cálculo dos parâmetros do contro-
lador a partir dos parâmetros (a e L):
Tabela 1.1: Tabela dos parâmetros proposta por Ziegler e Nichols para o método da resposta
ao degrau.
Os valores nesta Tabela 1.1 foram determinados de forma empı́rica de forma a obter uma re-
sposta com amortecimento de 1/4 na resposta à referência para processos industriais tı́picos.
Enquanto a rejeição a perturbações muitas vezes apresenta um comportamento satisfatório,
este amortecimento usualmente não é satisfatório na resposta à referência, causando em
muitos casos uma sobrepassagem excessiva e baixa tolerância a variações na dinâmica do
processo.
π
ku =×A (1.1)
d
onde A é a amplitude da oscilação observada.
O método da resposta em freqüência também pode ser visto como um modo empı́rico de
sintonia onde os parâmetros do controlador são obtidos por experimentos diretos no processo
combinados com algumas regras simples.
Tabela 1.2: Tabela dos parâmetros proposta por Cohen-Coon para sintonia de controladores.
usados são dois: Resposta rápida sem sobre-sinal e Resposta rápida com sobre-sinal de 20%.
Foram propostos diferentes modos de sintonia para Rejeição de Perturbação e outro para a
Rastreamento do Sinal de Referência . A sintonia do controlador é feita a partir dos mesmos
parâmetros obtidos para sintonia do controlador pelo método ZN com entrada em degrau.
Os parâmetros do controlador são dados como funções dos parâmetros a e L.
A regra de sintonia para a Rejeição de Perturbação tem, em geral, baixos ganhos tendo
caracterı́sticas correspondentes ao método de ZN (Tabela 1.3). Porém, para a sintonia no
modo de Rastreamento do Sinal de Referência deve-se levar em consideração que as vantagem
do conjunto sinal de referência e sistemas com dois graus de liberdade não são conhecidos,
desse modo deve-se adicionar um parâmetro T , ou seja uma constante de tempo adicional,
que torna os ganhos do controlador em geral pequenos (Tabela 1.4).
Tabela 1.3: Tabela dos parâmetros proposta por CHR para sintonia de controladores com o
método de Rejeição da Perturbação.
Tabela 1.4: Tabela dos parâmetros proposta por CHR para sintonia de controladores com o
método do Rastreamento do Sinal de Referência.
Métodos de Otimização
Os parâmetros do controlador PID também podem ser selecionados de modo a minimizar
algum critério de desempenho. Para Rejeição a Perturbações de carga são utilizados critérios
como IE (Integrated Error), ISE (Integrated Square Error) e IAE (Integrated Absolute Error),
todos utilizam a função do erro e(t) nos seus cálculos. O critério é calculado de (Equação
1.3):
Z ∞
IE = e(t)dt. (1.3)
0
Este critério é adequado para processos com caracterı́sticas não oscilatórias, e possui relação
direta com o ganho integral, Ki. O critério ISE é dado por (Equação 1.4):
Z ∞
ISE = e2 (t)dt. (1.4)
0
8 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Da forma como é calculado erros largos sofrem ponderação elevada pelo critério ISE. Alter-
nativamente, o critério IAE é dado por (Equação 1.5):
Z ∞
IAE = | e(t) | dt, (1.5)
0
que reduz a ponderação elevada nos erros grandes. Para avaliação das mudanças do sinal de
referência, os critérios anteriores são inadequados, pois o erro inicial é geralmente grande.
Neste caso, é recomendável ponderar as expressões no tempo, t, de modo que:
Z ∞
IT E = te(t)dt, (1.6)
0
Z ∞
IT SE = te2 (t)dt. (1.7)
0
Z ∞
IT AE = t | e(t) | dt, (1.8)
0
O que nos fornece como parâmetros ótimos para o modo de perturbação de carga como
sendo:
1 L
K= (A( )B ) (1.9)
Kp T1
T1
Ti = (1.10)
(C( TL1 )D )
L F
Td = T1 (E( ) ) (1.11)
T1
Com os coeficientes propostos por Lopez e Rovira sendo, respectivamente (Tabela 1.5 e 1.6):
Tabela 1.5: Tabela dos parâmetros proposta por Lopez para sintonia de controladores com
os métodos de otimização.
Critério Controlador A B C D E F
IAE PI 0,984 -0,986 0,608 -0,707 – –
ITAE PI 0,859 -0,977 0,674 -0,68 – –
IAE PID 1,435 -0,921 0,878 -0,749 0,482 1,137
ITAE PID 1,357 -0,947 0,842 -0,738 0,381 0,995
1.2. MÉTODOS DE SINTONIA 9
Tabela 1.6: Tabela dos parâmetros proposta por Rovira para sintonia de controladores com
os métodos de otimização.
Critério Controlador A B C D E F
IAE PI 0,758 -0,861 1,02 -0,323 – –
ITAE PI 0,586 -0,916 1,03 -0,165 – –
IAE PID 1,086 -0,869 0,740 -0,130 0,348 0,914
ITAE PID 0,965 -0,850 0,796 -0,147 0,308 0,929
Ultimamente, as regras de sintonia tem sido formalizadas em vários tipos de sistemas formais
tais como sistemas inteligentes ou sistemas de lógica fuzzy.
10 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Capı́tulo 2
Materiais e Métodos
Uma plataforma de desenvolvimento para sistemas embarcados pode ser apoiada em diver-
sos tipos de dispositivos, pois o controle de um sistema é feito a partir de uma unidade
microprocessada que fará interações mediante uma programação estabelecida. Devido à
disponibilidade de recursos de instrumentação, velocidade de processamento, e baixo custo,
os microcontroladores da famı́lia ADuC [Dev02] se configuram como uma das melhores alter-
nativas para o desenvolvimento de projetos de sistemas embarcados. A Placa de Desenvolvi-
mento ADuC (PD-ADuC) foi projetada como um sistema didático e de desenvolvimento de
sistemas embarcados de modo a caracterizar-se como uma solução eficiente para as atividades
de pesquisa realizadas no Laboratório de Instrumentação e Controle (LIEC). A PD-ADuC
possibilita ao usuário o acesso a todos os recursos do microcontrolador ADuC montado na
11
12 CAPÍTULO 2. MATERIAIS E MÉTODOS
placa, de forma que a aplicação em estudo pode ser desenvolvida sem a necessidade de
montagens adicionais.
Com os recursos de instrumentação facilmente acessı́veis, um sistema de aquisição de da-
dos utilizando o microcontrolador ADuC pode ser implementado sem maiores dificuldades.
Utilizando a porta de comunicação serial (RS-232) do PC, é possı́vel acessar os recursos
internos do microcontrolador. Para tal, é necessário que o firmware gravado no microcon-
trolador seja capaz de interpretar e responder comandos seriais transmitidos pelo PC. Nesta
situação é estabelecida uma interface de alto nı́vel, pois a arquitetura interna e a seqüência
de instruções para o acesso de cada um dos recursos do microcontrolador ficam omitidas
ao usuário de modo que apenas lançando mão dos comandos seriais adequados o recurso
desejado é acessado através do PC.
Esta interface de alto nı́vel permite a criação do Módulo de Aquisição de Dados e Controle
(MADC), que é constituı́do a partir da união da PD-ADuC com o firmware interpretador
de comandos seriais (“Comandos BT”). Com o MADC conectado ao PC, com uma porta
serial, é possı́vel realizar operações de aquisição de dados e/ou de controle sobre o processo
em estudo sem a necessidade de um desenvolvimento de programação de baixo nı́vel. Os
dados adquiridos e algoritmos de controle são executados e visualizados no PC.
Com a mesma placa, tem-se então duas plataformas: uma direcionada para o estudo e desen-
volvimento de sistemas embarcados baseados nos microcontroladores ADuC, onde o aluno
fará programação de baixo nı́vel (liguagem C ou assembly), explorando as caracterı́sticas da
arquitetura e recursos periféricos. A outra plataforma se caracteriza como um sistema de
aquisição de dados e controle através do PC, onde os algoritmos são implementados em alto
nı́vel.
Nos experimentos de controle, ao passo que os algoritmos são refinados e um conhecimento
mais profundo do sistema é feito, uma estrutura para o desenvolvimento de uma aplicação
embarcada totalmente autônoma (stand alone) é constituı́da. Os algoritmos de controle
desenvolvidos em ferramentas como o MATLAB ou LabVIEW, podem ser convertidos para
um firmware dedicado através de compiladores como o KEIL, por exemplo, e gravados na
PD-ADuC, que não precisará mais do PC para controlar o sistema em estudo.
A maioria das atividades de pesquisa no LIEC está focada no desenvolvimento de técnicas
e equipamentos para sistemas de instrumentação, controle de processos e sistemas embar-
cados. Devido à necessidade da criação de protótipos para várias pesquisas em andamento,
a PD-ADuC se apresenta como uma alternativa viável, pois é flexı́vel e de baixo custo. Os
recursos do microcontrolador ADuC montado estão disponibilizados para qualquer sistema
externo através de uma placa de uso geral, nomeada PD-ADuC. A PD-ADuC é compatı́vel
com: ADuC812, ADuC816, ADuC824, ADuC832, ADuC841 e ADuC842, de forma que a
escolha do microcontrolador é feita face à necessidade da aplicação. Com a PD-ADuC o
estudante pode realizar diversos experimentos que utilizam os microcontroladores da linha
ADuC. A placa possui comunicação serial RS-232 que conectada ao PC, possibilita a gravação
do firmware, além de permitir aplicações de aquisição de dados, onde os valores lidos no con-
versor Analógico/Digital (A/D) são transferidos ao PC.
Todos os recursos do ADuC832 estão acessı́veis através de conectores utilizados de acordo
com as necessidades do projeto em estudo. A PD-ADuC possibilita ao estudante identi-
ficar as caracterı́sticas da arquitetura e exercitar a utilização dos recursos dos microcontro-
ladores. Como a placa é de uso universal, a criação de protótipos embarcados torna-se de
fácil execução, de forma que o usuário concentrará seus esforços em desenvolver o firmware
apropriado antes da elaboração do projeto final.
2.1. PRINCIPAIS COMPONENTES 13
• Placa de Relés: quatro relés para conexão em qualquer uma das portas;
• Driver PWM: Amplifica os sinais PWM com nı́vel TTL produzidos pelo microcontro-
lador, podendo acionar cargas de até 400W;
• Mux Analógico: permite a conexão de 32 canais de entrada analógicos com o qual são
multiplexados e transferidos à PD-ADuC;
• Módulo de RF, onde a comunicação serial sem fios é estabelecida entre duas ou mais
PD-ADuC ou o PC.
Como descrito até então a PD-ADuC se caracteriza apenas por ser uma plataforma de
estudo e desenvolvimento de aplicações cujos elementos primordiais são os microcontroladores
ADuC. Devido à disponibilidade de recursos de hardware para aquisição de dados e controle,
foi programado um firmware com a finalidade de transformar a PD-ADuC em uma interface
com sistemas externos para o PC. O firmware criado juntamente com a PD-ADuC formam
uma nova ferramenta denominada Módulo de Aquisição de Dados e Controle ou MADC
(Figura 2.1).
A necessidade de comunicação serial direta entre o MADC e o PC culminou na criação
dos “Comandos BT”. A origem do nome BT é uma referência para comandos básicos para
interface “Basic Transmission”. As letras T e V demarcam o inı́cio e o fim de um quadro
de comando, respectivamente.
O quadro de um “Comando BT” é formado por uma seqüência de até dez caracteres ASCII
(American Standard Code for International Interchange) que são interpretados pelo MADC.
Como cada caractere possui oito bits, o quadro de um comando BT pode ter até 80 bits. O
quadro de um “Comando BT” é apresentado na Figura 2.2.
Os “Comandos BT” utilizam caracteres ASCII para facilitar a criação de aplicações através
de softwares como o MATLAB e o LabVIEW, nos quais operações com strings podem ser
realizadas diretamente na porta serial do PC. Assim, vários sistemas podem ser implemen-
tados de forma que o processamento dos sinais de entrada e de saı́da ficará com o PC. O
propósito MADC é o apoio didático e à pesquisa, cuja sua instalação é mais adequada em
ambiente de laboratório. Assim, devido à curta distância (aproximadamente 1m) entre o PC
e o MADC, o que minimiza a possibilidade de erros, não foi implementado nenhum protocolo
14 CAPÍTULO 2. MATERIAIS E MÉTODOS
Figura 2.1: Diagrama do módulo de aquisição de dados com a implementação dos “Comandos
BT” formando o MADC.
A PD-ADuC em conjunto com o PC, passa a ser o controlador do sistema de forma que
uma interface de visualização dos valores do sistema e definição de set-points pode ser feito
16 CAPÍTULO 2. MATERIAIS E MÉTODOS
No parte superior da estufa, como pode ser observado na Figura 2.4, encontrasse um ponto
de medição de temperatura. Neste ponto podemos acompanhar o valor da temperatura
interna da estufa. O sensoriamento realizado neste ponto é feito com o uso de um termopar.
Na lateral esquerda da estufa encontrasse um funil, onde é colocado um cooler que tem por
finalidade a refrigeração da estufa durante o processo de controle de temperatura em seu
interior, o cooler atua retirando parte da massa de ar que é aquecida dentro da estufa. Na
porta da estufa pode-se observar a presença de duas aberturas circulares, estas são os pontos
de entrada e saı́da de ar da estrutura de caracterização dos sensores. Esta estrutura externa
(Figura 2.5) a estufa permite um melhor controle de temperatura no sensor de estudo, por
meio do controle do fluxo de ar quente que circula através dela.
A estrutura deste modo, nada mais é do que uma caixa de madeira que possui em seu interior
um cooler que proporciona a circulação do ar aquecido pela estufa, no interior dos canos de
PVC que são acoplados a sua porta. Pode-se observar na Figura 2.5 a presença de um ponto
2.1. PRINCIPAIS COMPONENTES 17
A estufa é alimentada por um driver PWM (Modulação por Largura de Pulso) que converte
o sinal de PWM gerado pelo do ADuC, com nı́vel TTL, para um sinal PWM de valor
compatı́vel com a retificação da rede elétrica, ou seja, um trem de pulsos de duty cicle
variável com amplitude de 220V DC, com um corrente de 5A.
O diagrama esquemático do circuito de retificação e controle de tensão aplicada a estufa
pode ser visualizado na Figura 2.6.
A tensão da rede é retificada por uma ponte completa de diodos e realiza a modulação com
o uso de um transistor de potência do tipo Mosfet. Possui um sistema de refrigeração com
cooler e dissipadores, além de LED’s de indicação de funcionamento. O circuito microcon-
trolado é isolado do circuito de potência com o uso de um optoacoplador (representado na
Figura 2.6 pelo componente U1) de modo que o microcontrolador permanece protegido con-
tra um possı́vel curto circuito ocasionado na parte do circuito que alimenta a estufa com a
tensão elétrica modulada.
O circuito de potência é protegido, por um fusı́vel de 6A, contra sobrecorrente, possui também
uma ponte retificadora completa de modo que uma inversão na polaridade da tensão aplicada
na entrada do circuito não causa dano a fonte.
18 CAPÍTULO 2. MATERIAIS E MÉTODOS
Para minimizar o aquecimento do circuito como um todo, a fonte foi projetada com um
transformador que reduz a tensão elétrica da rede num valor de 220V para um valor de
15V e após sua retificação é aplicada a um cooler que retira parte do calor criado pelos
componentes no interior da fonte.
2.1.5 O MATLABr
• Matemática e computação;
• Desenvolvimento de algoritmos;
O uso do MATLABr foi de suma importância para a realização do trabalho. Por meio deste
foi possı́vel a identificação dos parâmetros para um modelo de primeira ordem do processo
com o uso de uma de suas ferramentas o MATLABr Ident [TM04].
com a temperatura na razão aproximada de 2,3 mV/0 C. A corrente de polarização deve ser
mantida constante com uso de, por exemplo, uma fonte de corrente constante.
Na prática, o diodo funciona como um resistor cuja resistência varia com a temperatura. En-
tretanto, sempre há necessidade de circuitos auxiliares para compensar falta de linearidade
e para levar o sinal para nı́veis de operação do circuito de controle. Para isso, vários fab-
ricantes produzem o conjunto sensor + circuitos auxiliares em forma de circuito integrado.
Existem tipos analógicos com saı́da de tensão ou saı́da de corrente e os de saı́da digital para
uso com microcontroladores [MSP07].
O sensor LM35 e um sensor de precisão, fabricado pela National Semiconductor, que apre-
senta uma saı́da de tensão linear relativa a temperatura em que ele se encontrar no momento
em que for alimentado por uma tensão de 4-20Vdc e GND, tendo em sua saı́da um sinal de
10mV para cada Grau Celsius de temperatura, sendo assim, apresenta uma boa vantagem
com relação aos demais sensores de temperatura calibrados em “KELVIN” não necessitando
nenhuma subtração de variáveis para que se obtenha uma escala de temperatura em Graus
Celsius.
O LM35 não necessita de qualquer calibração externa ou “trimming” para fornecer com ex-
atidão, valores temperatura com variações de 0,250C ou até mesmo 0,750 C dentro da faixa de
temperatura de -550C a 1500 C. Este sensor tem saı́da com baixa impedância, tensão linear e
calibração inerente precisa, fazendo com que o interfaceamento de leitura seja especificamente
simples, barateando todo o sistema em função disto (Figura 2.9). Poderá ser alimentado com
alimentação simples ou simétrica, dependendo do que se desejar como sinal de saı́da, mas
independentemente disso, a saı́da continuara sendo de 10mV/0 C. Ele drena apenas 60 µ A
para estas alimentações, sendo assim seu auto-aquecimento e de aproximadamente 0.10 C ao
ar livre.
O sensor LM35 é apresentado com vários tipos de encapsulamentos, sendo o mais comum o
TO-92, que mais se parece com um transistor (Figura 2.10), e oferece ótima relação custo
benefı́cio, por ser o mais barato dos modelos e propiciar a mesma precisão dos demais. A
grande diversidade de encapsulamentos se da devido a alta gama de aplicações deste integrado
[Sem00].
22 CAPÍTULO 2. MATERIAIS E MÉTODOS
+12V
+5V
U1A
J1 LMV324
4
3 R2 1k
2 3 +
1 1 ADC_IN_1
2 -
R3 1k
Sensor LM35 + C1
0
11
4,7uF D2
C2
2V7 100nF
0
0
0 0
R5 R4 3k3
2k2
Além do estagio de amplificação o circuito possui também estágios de filtragem antes e após
a amplificação. Estes estágios auxiliam atenuando ruı́dos que venham a diminuir a precisão
dos valores de temperatura obtidos no processo de medição.
2.2.4 Termopares
O Termopar é um sensor simples constituı́do de dois materiais diferentes em contato térmico,
chamado de junção. Pode ser feito de pares de fios trançados juntos, por meio de solda,
24 CAPÍTULO 2. MATERIAIS E MÉTODOS
ou por meio da colocação de dois fios pressionados, com pressão suficiente para mantê-
los juntos. A operação deste sensor baseia-se na combinação de efeitos termoelétricos que
produzem pequenas tensões de circuito aberto, quando duas junções termopares são mantidas
em temperaturas diferentes.
Os termopares são dispositivos electrónicos com larga aplicação para medição de temper-
atura. São baratos, podem medir uma vasta gama de temperaturas e podem ser substituı́dos
sem introduzir erros relevantes. A sua maior limitação é a exatidão, uma vez que erros in-
feriores a 1◦ C são difı́ceis de obter.
era fácil, logo optou-se por medir a temperatura da junção fria e compensar a diferença para
os zero graus Celsius.
Tipicamente a temperatura da junção fria é medida por um termı́stor de precisão. A leitura
desta segunda temperatura, em conjunto com a leitura do valor da tensão do próprio ter-
mopar é utilizada para o cálculo da temperatura verificada na extremidade do termopar. Em
aplicações menos exigentes, a compensaçao da junção fria é feita por um semicondutor sensor
de temperatura, combinando o sinal do semicondutor com o do termopar. É importante a
compreensão da compensação por junção fria; qualquer erro na medição da temperatura da
junção fria irá ocasionar igualmente erros na medição da temperatura da extremidade do
termopar. Os termopares são sensores de temperatura que se baseiam no princı́pio fı́sico de
que quando dois metais quaisquer são conectados, é gerada uma força eletromotriz propor-
cional à temperatura. A relação entre a força eletromotriz e a temperatura tem a seguinte
relação:
e = a1 T + a2 T 2 + a3 T 3 + · · · + an T n (2.1)
onde e é a força eletromotriz e T é a temperatura absoluta.
Esta equação é claramente não-linear, o que é uma caracterı́stica indesejável para sensores.
Felizmente, para alguns pares de metal, as constantes a2 , a3 e subsequentes são muito
próximas à zero. Isto torna a relação entre a força eletromotriz e a temperatura aproxi-
madamente igual à:
e ≈ a1 T (2.2)
Esses materiais são conectados em uma das pontas, formando os termopares. Curvas de
resposta de alguns tipos de termopares comerciais são mostradas na Figura 2.14. Observe
que estas curvas são lineares para grande parte da faixa de operação.
Para efeitos de modelagem e simulação, é necessário representar um termopar por seu circuito
equivalente. Este circuito é mostrado na Figura 2.15. A temperatura na ponta onde os
metais estão unidos, representados pela fonte de tensão é denominada junção quente e a
outra extremidade de junção fria ou junção de referência.
Para manter a curva de resposta dos termopares o mais estável possı́vel os metais utilizados
devem possuir um alto grau de pureza, o que os encarece bastante. Por isso, o termopares
normalmente tem poucos centı́metros de comprimento.
Para fazer as medições de temperatura, um voltı́metro não deve ser ligado tão próximo ao
corpo que está sendo medido, pois as duas junções estariam em uma temperatura muito
parecida, reduzindo bastante a precisão do sistema.
26 CAPÍTULO 2. MATERIAIS E MÉTODOS
Por isso, antes de colocar o voltı́metro, são utilizados extensores nas extremidades do ter-
mopar. O circuito equivalente com os extensores é mostrado na Figura 2.16. Observe que a
junção entre os metais que formam o termopar e os metais que formam os extensores também
formam um termopar, o que é indesejável, pois o voltı́metro indicaria a soma das fontes de
tensão, ocasionando um erro de medição.
E = E1 + E2 + E3 + E4 + E5 (2.3)
Para tentar minimizar este erro, as fontes de tensão diferentes de E1 devem ser próximas
de zero. Duas formas são empregadas para tentar reduzir E2 e E3 . Uma delas é fabricar os
extensores do mesmo material do termopar, porém com um grau de pureza reduzido. Isto
faz com que, embora as tensões não sejam nulas, elas sejam próximas à isto. Uma outra
forma é utilizar o mesmo material nos dois extensores. Isto reduz as tensões devido à Lei
dos metais intermediários.
A Lei dos metais intermediários diz que a tensão entre dois metais, A e C é igual à soma
das tensões entre A e B e entre B e C. Ou seja,
Figura 2.17: Circuito equivalente dos termopares com os extensores e com o voltı́metro
Isto quer dizer que, supondo que o termopar seja formado pelos metais A e C, e que os
extensores sejam formados pelo metal B, a tensão medida pelo voltı́metro seria:
Tipo N: Nicrosil-Nisil Os termopares do Tipo N são mais recentes, sendo uma evolução
do Tipo K. Eles possuem as mesmas caracterı́sticas deles, mas com uma maior esta-
bilidade.
Experimentos e Resultados
Um sensor é um dispositivo que detecta e converte uma grandeza fı́sica natural em uma
resposta que humanos podem interpretar [Lue05]. Exemplos de grandezas são inclinação,
nı́vel de luminosidade, posição, temperatura. Neste capı́tulo é descrito o processo de análise
das grandezas envolvidas em cada experimento e conseqüentemente as rotinas de testes feitas
para cada método.
Os experimentos realizados visam a comparação entre os modos de sintonia de controladores,
propostos para o estudo de caso em questão:
• Método de Ziegler-Nichols;
31
32 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
3.1 Os Experimentos
Todo o processo sintonia de controladores foi baseado num experimento inicialmente feito
com o objetivo de levantar os parâmetros necessários para estimar o modelo do processo,
ou seja, os parâmetros para um modelo de primeira ordem com atraso. O experimento foi
realizado aplicando um sinal PWM de tensão elétrica no valor de 30% do valor máximo
(220V) possı́vel de ser aplicado a entrada do sistema. Este valor não foi escolhido arbitrari-
amente, ele representa o nı́vel de excitação necessária para a estabilização da temperatura
interna da estufa no valor máximo suportável pelo cano de PVC acoplado a porta da estufa.
O valor de excitação escolhido foi conseguido a partir de vários experimentos até obtermos
como resposta uma temperatura interno no cano com seu valor máximo suportável, de forma
que este não perdesse suas propriedades mecânicas necessárias a manutenção dos experimen-
tos seguintes. Vale salientar algumas caracterı́sticas durante a realização dos experimentos
Tabela 3.1.
Temperatura Ambiente 22 (0 C)
Tempo de Amostragem ≈ 1s
Taxa de Comunicação (PC - Sistema de Aquisição de Dados) 115200 bps
A Figura 3.1 mostra a curva de resposta para o experimento feito, de onde foram retirados
os parâmetros da planta representativa do sistema.
De posse dos dados que geraram a curva da Figura 3.1, foi obtido, como já mencionado,
através da ferramenta Ident do MAT LAB r um modelo de primeira ordem com atraso
baseado na temperatura interna da estufa (Equação 3.1).
kp
P (s) = × e−sL (3.1)
1 + sT1
onde:
• Kp = 2, 2698
• L = 40
• T1 = 1507, 6
A partir do modelo foi projetado um controlador PI discreto no tempo que aplicado ao sinal
de referência resulta na Equação 3.2:
T
u(k) = u(k − 1) + K[(1 + ) × (e(k) − e(k − 1))] (3.2)
T1
O sistema como um todo pode ser ilustrado com o uso do diagrama de blocos observado na
Figura 3.2. Neste diagrama podemos observar o grupo de blocos do controlador, onde estão
evidenciados os ganhos Kp e Ki além desses blocos podemos observar o bloco que representa
a planta a ser controlada juntamente com o bloco do atraso e o bloco de saturação que
representa os valores máximos aceitáveis para a fonte de alimentação do sistema, ou seja, a
3.1. OS EXPERIMENTOS 33
160
140
Temperatura (ºC)
120
100
80
60
40
20
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Tempo (s)
Figura 3.1: Gráfico da curva caracterı́stica de resposta do sistema para uma excitação com
valor de 30% do valor máximo do sinal de entrada.
34 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
tensão elétrica aplicada na forma de PWM. Ainda Podemos observar o bloco que representa
a entrada do sistema, ou seja, o valor do set-point.
3.2 Os Resultados
Nesta etapa podem ser observados os resultados de cada experimento realizado com o con-
trolador sintonizado de acordo com cada método de sintonia proposto. Os resultados foram
obtidos a partir da realização de vários experimentos onde os parâmetros do controlador são
modificados para cada método.
Para este método os valores usados para o controlador foram atribuı́dos de forma empı́rica
mediante a repetição do experimento de controle da estufa simulado com o uso do MAT LAB r .
A simulação nos forneceu os seguintes valores:
• Kp = 1,8
• Ki = 0,0012
Estes valores foram atribuı́dos ao sistema real, porém, não forneceram um resultado esperado.
Dessa forma foram repetidos os testes variando os valores dos ganhos de modo a termos as
seguintes combinações:
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.3: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa com
ganho Kp reduzido pela metade.
36 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.4: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa com
ganho Ki multiplicado por 2.
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.5: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa com
ganho Ki multiplicado por 2 e ganho Kp reduzido pela metade.
38 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 14,94
• Ti = 132
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.5 estes resultados podem ser mel-
hor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.6:
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.6: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de Ziegler-Nichols.
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 14,977
• Ti = 125,03
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.6 estes resultados podem ser mel-
hor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.7:
80
70
Temperatura (ºC) 60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.7: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de Cohen-Coon.
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 11,623
• Ti = 92
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.7 estes resultados podem ser mel-
hor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.8:
3.2. OS RESULTADOS 41
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.8: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de CHR: Método da Rejeição de Perturbação 20%.
42 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 9,96
• Ti = 160
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.8 estes resultados podem ser mel-
hor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.9:
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.9: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de CHR: Método da Rejeição de Perturbação 0%.
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 9,96
• Ti = 1507,6
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.9 estes resultados podem ser mel-
hor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.10:
44 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.10: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de CHR: Método do Rastreamento da Referência 20%.
3.2. OS RESULTADOS 45
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 5,8117
• Ti = 1802,1
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.10 estes resultados podem ser
melhor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.11:
80
70
Temperatura (ºC) 60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.11: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de CHR: Método do Rastreamento da Referência 0%.
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 15,53
• Ti = 190,54
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.11 estes resultados podem ser
melhor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.12:
3.2. OS RESULTADOS 47
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.12: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de Mudança do Sinal de Referência (Lopez).
48 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
Para este método os valores usados para o controlador foram calculados mediante as ex-
pressões da Seção 1.2. Deste modo obtemos para os ganhos do controlador os seguintes
valores:
• Kp = 13,121
• Ti = 189,58
Atribuindo estes valores ao sistema de controle real, sob as mesmas condições pré-determinadas,
obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3.12 estes resultados podem ser
melhor observados, para uma análise qualitativa na Figura 3.13:
80
70
Temperatura (ºC)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Tempo (s)
Figura 3.13: Curva que representa os resultados obtidos para o controlador PI da estufa
utilizando o método de sintonia de Mudança do Sinal de Referência (Rovira).
50 CAPÍTULO 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
Capı́tulo 4
Conclusões
51
52 CAPÍTULO 4. CONCLUSÕES
A partir da análise dos dados gerados em cada experimento foi possı́vel observar que o
experimento, mais simples, foi o que apresentou os melhores resultados, o Método de Ziegler-
Nichols quantitativamente. Este resultado porém deve ser questionado qualitativamente,
através da observação das curvas geradas por cada experimento. A observação destas deixa
claramente uma visão mais correta quanto ao desempenho dos controladores. As curvas dos
Métodos CHR de Rastreamento de Referência 20% e para o Método de Sintonia Empı́rica
Teste 1, nos mostram uma suavização maior da curva de resposta além de uma menor
presença de variação instantânea de temperatura, ou seja, temos uma menor presença de
ruı́do o que pode ser observado devido a termos uma curva menos espessa em relação as
outras.
Outra caracterı́stica observada é o ponto onde o sistema entra em regime permanente, que
para todos os controladores não se modificou, ficando en torno de 1000s, reduzindo assim o
tempo de estabilização que antes era da ordem de 6000s. Essa observação é importante visto
que o primeiro ponto onde a curva resposta cruza a reta que representa valor de referência fica
em torno de 300s, o que mostra que o sistema pode responder ainda mais rápido, bastando
para isso a implementação de um controlador preditivo, visto que para um sistema deste
tipo, com uma alta latência, é necessário o uso de um controlador com tais caracterı́sticas.
Este texto esta sendo elaborado, alguns capı́tulos ainda não foram completamente revisados,
o autor (jose.neto@ee.ufcg.edu.br) agradece, antecipadamente, todas e quaisquer, crı́ticas,
sugestões e correções que nos forem enviadas, no sentido de melhorar o presente texto.
Bibliografia
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- Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, 2005.
[Dev99] Analog Devices. Monolithic Thermocouple Amplifiers with Cold Junction Compen-
sation, rev c edition, 1999.
[Dev02] Analog Devices. MicroConverterr, 12-Bit ADCs and DACs with Embedded 62
kBytes Flash MCU, 2002.
[Lue05] Gerald Luecke. Analog and digital circuits for electronic control system
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[TM04] Inc. The MathWorks. Matlab the language of technical computing. Version
7.0.0.19920 (R14), May 06 2004. Copyright
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53