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CURSO DE
Preparando e Desenvolvendo
Talentos através de Treinamento
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
Preparando e Desenvolvendo
Talentos através de Treinamento
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
Módulo I
Introdução
Conceitos Básicos e Tipos de Educação
Diferentes Formas de Saberes
CHA – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
Subsistemas da área de RH
Módulo II
Conceituação e Tipos de Treinamento
O Ciclo do Treinamento
O Fluxo do Treinamento
O Processo de Treinamento e suas Diversas Abordagens
Utilizando o PDCA como Ferramenta de Treinamento
Módulo III
Levantamento de Necessidades de Treinamento - LNT
Meios para Levantamento de Necessidades - MLNT
Programando/Planejando Treinamentos
Tecnologias Educacionais em Treinamento
Módulo IV
Aprendizagem de Adultos
Recursos Instrucionais
Execução do Treinamento
Postura do Instrutor/ Treinador
Módulo V
O que são Indicadores de Treinamento?
Como Estabelecer Indicadores?
Como calcular o ROI?
Inteligência Emocional - Dicas Importantes!
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MÓDULO I
Introdução
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a utilização de ferramentas disponibilizadas na chamada WEB 2.0, tais como
Youtube, Orkut, Blogs, Google, entre outros.
Percebemos claramente a facilidade de aprendizagem tecnológica das
crianças e jovens atuais comparadas há 20 ou 30 anos. A era da informação colocou
o conhecimento como o recurso organizacional mais importante.
O capital intelectual, ou seja, o quanto de conhecimento cada profissional
traz em sua bagagem e consegue colocar em prática gerando resultados, tornou-se
a principal riqueza das organizações. Isto demonstra que as organizações atuais
não valem mais apenas por seu patrimônio físico ou tecnológico, mas pelo valor que
seu corpo funcional pode agregar ao negócio.
A competitividade depende do conhecimento e de sua aplicação, depende
dos TALENTOS HUMANOS.
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Conceitos Básicos e Tipos de Educação
Treinamento
Desenvolvimento
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Ações de desenvolvimento pressupõem uma visão mais acurada de futuro
(da organização e do indivíduo), sua base de trabalho ultrapassa o posto atual para
se fixar em uma preparação do potencial do indivíduo para progredir.
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dos novos cenários organizacionais e/ou acadêmicos, em permanente sintonia com
as mudanças tecnológicas, sociais e culturais.
A distância que vem separando o processo de progressão humana do
progresso tecnológico tem sido tema de grandes discussões, sentimentos dúbios,
perplexidade. O viver, o aprender, o treinar, o desenvolver, o educar a cada
momento torna-se um processo novo, um desafio intelectual e emocional, tanto para
aprendizes, treinandos e/ou educandos quanto para professores, treinadores,
educadores. Cada vez mais são lançadas questões relativas a como acompanhar
tantas transformações culturais, tecnológicas e educacionais sem perder a qualidade
e a preocupação com o processo de ensino-aprendizagem. Como antecipar novos
cenários e preparar os indivíduos para novos saberes, novas formações, novos
conhecimentos, habilidades, competências e atitudes que vão sendo requeridas e/ou
modificadas a todos os instantes no mundo inteiro.
Nos dias atuais, não se aceita cópia de fórmulas anteriores, conceitos
pré-concebidos, modelos alheios, a maior questão, o pressuposto é aprender a
aprender, descobrir diferentes formas de ensinar, construir o saber, o
conhecimento e o aprendizado, destruir e reconstruir.
Mais do que nunca é de fundamental importância saber identificar
potenciais, habilidades, necessidades e procurar extrair o melhor de cada uma
delas, sem, no entanto, utilizá-las com excessiva dependência e nem com total
independência. Encontrar o equilíbrio é o grande desafio!
Os cenários vivem em constante mutação e se faz mister abandonar antigos
conceitos, valores tradicionais para dar abertura, para permitir a descoberta e a
inserção de novos valores, novos conceitos.
José Maria Gasalla, em seu Livro Fábrica de Talentos, aborda esta situação
afirmando que a evolução de culturas organizacionais só acontece de fato com a
quebra de antigos paradigmas, considerados pressupostos básicos, assim, aquelas
conseguem realizar uma releitura de si próprias e encontrar novos valores, novas
oportunidades, novos cenários e reunirem o capital intelectual e a gestão de
conhecimentos necessários que propiciem um novo jeito de ser e de olhar a
organização, os profissionais, os objetivos, os cenários nos quais estão inseridas e a
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necessidade (ou não) de ajustes e mudanças de forma a garantir sua sobrevivência
no mercado em que atuam.
Na figura abaixo, extraída do livro de Gasalla (ANO), é facilmente perceptível
como ainda, nos dias atuais, existem organizações e profissionais presos em valores
já ultrapassados e que precisam ser urgentemente revistos para que a
aprendizagem, a mudança, os talentos e os resultados de fato prosperem e não
estacionem diante da mediocridade e do medo em realizar mudanças.
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deste processo de construção do saber.
Um dos principais papéis de um educador é o de conduzir outros indivíduos
a uma aprendizagem educativa sólida e consistente, baseada em princípios,
significados e valores. A educação abrange diferentes níveis de aprendizagem:
• Cognitivo/técnico (informações, conhecimentos, compreensão intelectual).
• Emocional (emoções, sentimentos, relações humanas).
• Atitudinal (percepções, conhecimentos integrados, predisposições, atitudes).
• Comportamental/humanista (atuação, competências, habilidades).
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Neste modelo, Fela (ANO) compara as bases de ensino-aprendizagem a
serem utilizadas com a capacidade de aprendizagem e construção dos indivíduos
que participarão do processo definido. Segundo o esquema adotado pela autora,
quanto menor o nível de capacidade do indivíduo, menos complexos devem ser os
conteúdos a serem desenvolvidos e as bases de aprendizagem devem estar com o
foco em modelos mecânicos, técnicos e/ou cognitivos. Já no oposto do esquema,
quanto maior a complexidade de conteúdo, maior deve ser a capacidade de
aprendizagem do indivíduo, pois será necessária tal capacidade para os processos
de construção e autodesenvolvimento do conhecimento e do saber, sendo mais
indicados, nestes casos, os modelos de aprendizagem atitudinais, emocionais,
comportamentais e/ou humanísticos.
A compreensão da importância em identificar a correta base para a escolha
da metodologia ensino-aprendizagem versus o foco traçado pelo objetivo é que
vai propiciar preparar e desenvolver talentos, utilizando a forma correta: a
ferramenta treinamento.
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Ainda podemos comparar conceitualmente, o estabelecido por Idalberto
Chiavenato, em seu livro Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal onde ele
define:
• Educação Profissional: é a educação institucionalizada ou não, que
pretende preparar o profissional para a vida corporativa, ou seja:
o Formação profissional: prepara para uma profissão.
o Aperfeiçoamento ou Desenvolvimento: aperfeiçoa para uma carreira.
o Treinamento: adapta a pessoa para uma função.
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Analisando as duas formas de abordagem destes conceitos explanadas por
dois estudiosos sobre o assunto, podemos concluir que ambos acreditam na mesma
coisa, ou seja, quanto maior for o nível de complexidade exigido ou requerido a ser
desenvolvido, maior deve ser a capacidade do indivíduo em absorver e digerir tais
conhecimentos, sendo o inverso verdadeiro, quanto menor a capacidade de
absorção do indivíduo, menor complexidade de conteúdo deve ser aplicada.
Já foi amplamente divulgado em várias pesquisas e estudos que as
organizações buscam talentos profissionais, buscam desenvolver potenciais, mas
estes mesmos profissionais, em muitos momentos de suas carreiras, sentem-se
preocupados com o próprio desempenho e com as expectativas da organização com
relação aos resultados e aos desafios apresentados. Se os resultados forem
compatíveis, estes profissionais sentem-se cada vez mais seguros e preparados, no
entanto, se os resultados não são positivos, acreditam que é sua responsabilidade e
tornam-se inseguros e frágeis, o que nem sempre é verdade. Em muitas situações o
insucesso é consequência da falta de apoio, orientação e até mesmo de ferramentas
a serem disponibilizadas pela própria organização.
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Fonte: Fela Moscovici, Desenvolvimento Interpessoal.
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Observe o resumo abaixo que o ajudará na fixação dos conceitos:
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saberes, vamos utilizar o que diz Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da Autonomia
– Saberes necessários à Prática Educativa, no qual aborda a ideia da crise referente
aos saberes pedagógicos com relação ao tempo, ao modo lúdico, à diversificação e
ampliação das fontes legítimas de saberes e a necessária coerência entre o
“saber-fazer e o saber-ser-pedagógicos”. É perceptível, a presença intensa de
elementos tecnológicos, que possibilitam novos caminhos para a construção do
conhecimento. Tal constatação provoca muitos questionamentos por parte dos
educadores, que vivem constantemente oscilando entre dois pólos: de um lado a
desconfiança quanto à legitimidade do sucesso tecnológico educacional, e do outro,
a preocupação com a desvalorização do trabalho do educador, marcado pela
natureza política, cultural e de poder em acreditar e se sentir “dono exclusivo do
saber”. Freire adverte para a necessidade de assumirmos uma postura vigilante,
autorreflexiva crítica, ou seja, é o saber-ser da sabedoria exercitado de forma a não
permitir que a relação Teoria/Prática se perca no vazio de suas idiossincrasias.
Ainda segundo Freire (ANO), é fundamental que os educadores em geral
tenham a compreensão clara e lúcida de que é necessária, sobretudo a
aplicabilidade real dos saberes, assumindo que ensinar não é apenas transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a produção, para a construção, para
a descoberta de novos saberes, neste processo, quem forma se forma e re-forma ao
formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que
ensinar não é apenas transferência de conhecimento, conteúdos ou opiniões
próprias, quem de fato ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao
aprender. Novos tempos exigem novas formas de ensinar, exige abertura do pensar
e do saber.
Preparar e Desenvolver Talentos por meio de ferramentas de Treinamento
exige, acima de tudo, que estes profissionais, aprendizes ou ensinantes
estejam despudorados de suas certezas e dispostos a aprender e reaprender a todo
o momento uns com os outros, pois já não existe a figura de um único e verdadeiro
saber, mas a construção de vários saberes descobertos e conhecidos por meio das
diferentes formas de se olhar uma mesma situação.
CHA - Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
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“Saber e não fazer, ainda não é saber”.
Provérbio Zen
Lançando mão do que diz o eterno guru Peter Drucker: “eficiência é fazer as
coisas bem feitas. Eficácia é fazer as coisas certas (que precisam ser feitas)” (ANO,
PÁGINA). Observando que se fazem muitas coisas bem feitas, mas pouco úteis, ou
que pouco acrescentam aos resultados.
Para entrarmos no conceito relativo ao CHA, é necessário entendermos que
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assim como os conceitos relativos à Treinamento, Desenvolvimento e Educação
possuem diversas definições, com o conceito de competência não é diferente.
Aqui, iremos utilizar duas definições, a já exposta no diagrama acima e a de
Cláudia Domingos (ANO) que diz que é um conjunto de Conhecimentos, Habilidades
e Atitudes, que afetam a maior parte do trabalho de uma pessoa, e que se
relacionam com seu desempenho no trabalho.
Escolhemos estes conceitos, dentre os vários existentes por acreditarmos
que são os que mais se aproximam de nosso objetivo: propiciar o conhecimento, as
habilidades e as atitudes, ou seja, as competências requeridas e necessárias para
que possamos Preparar e Desenvolver Talentos por meio da ferramenta
Treinamento.
Muitos profissionais que atuam nesta área conhecem o CHA de longa data,
é uma conceituação muito antiga, no entanto, extremamente atual, em que:
• O conhecimento é o saber, é o que aprendemos nas escolas, nas
universidades, na vida, em nossa bagagem, nos livros, no trabalho. Sabemos de
muitas coisas, mas não utilizamos tudo o que sabemos.
• A habilidade é o saber-fazer, é tudo o que de fato utilizamos dos
conhecimentos que detemos em nossos “arquivos” no dia-a-dia.
• A atitude é o que nos leva a decidir se iremos ou não exercitar nossa
habilidade de um determinado conhecimento, ela é o querer-fazer.
De posse destes conceitos e fazendo o desdobramento do CHA conforme o
diagrama inicial, teremos a real noção da dimensão do significado da Competência
em todos os seus sentidos.
Vejamos um exemplo: do que adianta termos um profissional formado em
engenharia se ele nunca exerceu ou praticou de fato os conhecimentos
supostamente adquiridos na universidade? Provavelmente, teremos o conhecimento
que foi adquirido sem habilidade (já que não foi exercitado na prática), talvez por não
haver atitude para atingir este objetivo; o fato é que só o C sem o HÁ não é
competência. No entanto, se este mesmo engenheiro estiver trabalhando em um
setor de pesquisa de uma empresa, e não tiver persistência, criatividade e tantas
outras características para trazer novidades, descobrir novos processos ou
caminhos, ele também não será competente, pois o CH sem o A também não é
competência.
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Muitas organizações fazem seus processos de avaliação de desempenho,
ou potencial e até mesmo levantamento de necessidades de treinamento baseados
no CH e deixam de lado o A, justamente o que gera a ATITUDE, o querer-fazer
que resulta em competência. Isto leva a uma inadequada preparação e
desenvolvimento de profissionais, sejam talentos ou não, pois o seu resultado é
incompleto. Não adianta termos um profissional excelente tecnicamente e péssimo
em relacionamento interpessoal, isto, com certeza, resultará em sérios problemas de
produtividade na organização.
Trabalhar competências de forma consistente é uma tarefa árdua para os
profissionais da área, no entanto, é o melhor caminho para identificar de forma
segura e adequada as bases da aprendizagem, a metodologia, as necessidades de
treinamento e, assim, preparar e desenvolver talentos de forma a garantir a
obtenção dos resultados desejados e esperados.
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No diagrama acima, percebemos nitidamente a aplicação do CHA e sua
correlação na escolha da metodologia ensino-aprendizagem para obtenção de
resultados efetivos. Vamos analisá-lo:
I – Conhecer/Conscientizar = Conhecimento => saber
II – Arriscar/Experimentar = Habilidades => saber fazer
III – Praticar/Utilizar = Atitudes => querer fazer
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Entendendo os Subsistemas que Compõem a Área de Recursos
Humanos - RH
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“Os olhos dos homens conversam tanto
quanto sua língua, com a vantagem
de que o dialeto ocular, embora não
precise de dicionário, é entendido no
mundo todo”.
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papéis de desenvolvedores de pessoas.
A área de RH e, por conseguinte o que chamamos de Gestão de Pessoas,
possui vários subsistemas que precisam estar alinhados, direcionados e focados
tanto para o adequado levantamento de necessidades de treinamento e
consequente preparação e desenvolvimento de talentos, passando por clima,
motivação, carreira, desempenho, remuneração, benefícios, responsabilidade social,
processos, políticas, quanto para as competências estabelecidas pela organização
como estratégicas, gerenciais, comportamentais, de base, técnicas, administrativas.
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claras e instrumentos objetivos de medição e controle proporciona mais eficácia e
segurança tanto nos processos da área de RH quanto na tomada de decisões
estratégicas da organização.
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