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1. INTRODUÇÃO
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Figura 1 Esquema de lanternim construído na própria estrutura da cobertura.
Este é um tipo de estrutura antigo mas muito utilizado até hoje por possuir
baixo custo de implementação com grande eficiência de renovação de ar. No
entanto, as construções antigas permitiam que, em dias de grandes velocidades
de ventos ou chuvas, houvesse a entrada de inúmeras sujidades como galhos,
folhas e poeira, exigindo grande quantidade de manutenção de limpeza do
ambiente. Atualmente, esse tipo de construção passou por melhorias que
reduzem consideravelmente tal problemática, como no caso dos lanternins pré-
fabricados que podem ser facilmente instalados sobre a cobertura, inclusive em
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estruturas existentes, como o da Figura 3 abaixo, que passam a considerar o
efeito Venturi para o aumento da taxa de exaustão de ar.
2. METODOLOGIA
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O trabalho consistiu em avaliar a temperatura da parede superior da câmara
fria e da temperatura do ar a 1,0 m de altura da parede, fazendo a medição das
temperaturas em 4 pontos em cada ambiente, em 4 dias diferentes no período
das 14:00 às 15:00 horas, período mais quente do dia, totalizando 32 amostras
para cada ponto analisado. Os dados serão expressos em gráficos e tabelas.
Analisou-se, também, a utilização de equipamentos para promoverem a melhoria
na ventilação natural do teto da câmara, de forma a otimizar reduzir a carga
térmica do interior dos ambientes refrigerados. Para medição das temperaturas,
utilizou-se um sensor de PT-100 modelo DT-700N da fabricante Dellt, calibrado
e certificado no dia 26/10/2018.
3. RESULTADOS
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TEMPERATURA DO TETO DA CÂMARA FRIA
41,00
40,00
39,00
Temperatura (°C)
38,00 TEMPERATURA
NA SUPERFÍCIE
37,00
36,00 TEMPERATURA
35,00 AMBIENTE
34,00
33,00
Ambiente da câmara
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É possível observar que nesse ambiente, a temperatura da superfície do teto
é superior a 3 ºC em relação à estocagem 2, que possuem geometria do telhado
na mesma posição favorável a incidência da radiação solar, mas com maior
distância entre a superfície e o telhado.
No caso dos túneis, a elevada temperatura se deu por conta dos pontos
próximos aos túneis 4, 5 e 6, que, por possuírem pé direito muito baixo, as há
uma elevação significativa da temperatura da superfície, bem como da
temperatura ambiente. Nas estocagens, é possível observar que mesmo os
painéis do teto da câmara estando mais próximos do telhado, devido ao maior
pé direito da estocagem, as temperaturas foram inferiores aos encontrados no
re-packing, mesmo os das estocagens 2 e 3, no qual o telhado está em uma
posição favorável a radiação solar nos horários dos experimentos. No caso das
estocagens 3 e 4, as temperaturas médias foram inferiores aos das estocagens
2 e 3, respectivamente, porque o telhado que foi montado sobre eles é composto
por uma telha de galvalume que já vêm com uma pintura branca de fábrica,
refletindo os raios solares e contribuindo para redução na temperatura.
4.1. LANTERNIM
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Figura 6 Esquema para determinação das dimensões do lanternim. (Fonte: EMBRAPA, 2018)
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Figura 7 Detalhe do lanternim fabricado pelo Grupo MB. (Fonte: Catálogo do fabricante, 2018).
Vale salientar que esses lanternins apresentam carga linear de 47,0 kg.m -1,
o que representa uma carga relativamente grande para a estrutura antiga da
cobertura, uma vez que as mesmas já indicam subdimensionadas para a carga
da estrutura, por isso que cotou-se equipamentos maiores do mesmo fabricante,
que podem chegar a 60 kg.m-1.
Na Tabela 1 temos o dimensionamento para determinação da quantidade de
equipamentos.
Tabela 1 Detalhamento da quantidade de lanternins para ventilação da cobertura.
Consideração
Área de ventilação (m²) 693,75
Altura efetiva do pé-direito (m) 2,5
Volume (m³) 1.734,37
Galpão 1 Vazão do lanternim (m³. h-1) por
1.600,00
metro linear
N° de trocas por hora 14
Comprimento calculado (m) 15,17
Área de ventilação (m²) 2.115,75
Altura efetiva do pé-direito (m) 2,0
Volume (m³) 4.231,50
Galpão 2 Vazão do lanternim (m³. h-1) por
1.600,00
metro linear
N° de trocas por hora 10
Comprimento calculado (m) 26,44
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Como o fabricante comercializa peças com 7,5 m de comprimento, seriam
necessárias a aquisição de 5 peças para ventilação dos dois galpões, sendo
duas peças para o galpão 1, e 3 peças para o galpão 2, que serão distribuídas
uniformemente ao longo da cobertura.
Consideração
Área de ventilação (m²) 693,75
Altura efetiva do pé-direito (m) 2,5
Volume (m³) 1.734,37
Galpão 1
Vazão do exaustor (m³. h-1) 4.000,00
N° de trocas por hora 14
N° de Equipamentos 6,07
Área de ventilação (m²) 2.115,75
Altura efetiva do pé-direito (m) 2,0
Volume (m³) 4.231,50
-1
Galpão 2 Vazão do lanternim (m³. h ) por
4.000,00
metro linear
N° de trocas por hora 10
Comprimento calculado (m) 10,57
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que, devido a menor densidade do ar quente, este tende a ocupar os pontos
mais altos da edificação, sendo mais fáceis de serem coletados pelos
exaustores.
5. CUSTOS DE IMPLEMENTAÇÃO
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5.2. EXAUSTORES EÓLICOS
Foi isento o custo com a instalação, uma vez que esses equipamentos já
vêm montado de fábrica, senso somente necessária o corte no telhado para
fixação da base do equipamento, o que pode ser realizado pelo setor de
manutenção da empresa, que receberam treinamento para trabalhos em altura
e estão aptos a realizarem tais atividades.
Para a utilização da tinta refletiva, foi realizada uma cotação básica do valor de
mercado disponível na internet para o Nanothermic1 fabricado pela Nanotech do
Brasil, cujo valor encontrado foi de R$ 4,16 por m² para a pintura final acabada.
A Tabela 5 detalha o custo para pintura total da cobertura.
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Tabela 5 Detalhamento da cotação das tintas refletivas.
6. CONCLUSÃO
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7. REFERÊNCIAS
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