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O PAPEL DA EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA NO ENSINO SUPERIOR E A

CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE UM NOVO PERFIL PROFISSIONAL


THE ROLE OF ENTREPRENEURIAL EDUCATION IN HIGHER EDUCATION
AND THE CONTRIBUTION TO TRAINING A NEW PROFESSIONAL PROFILE
Roberta Monique da Silva Santos1
Álefe Lopes Viana2
Fernanda de Almeida Meirelles3
Giselle Machado Ferreira4

RESUMO
O empreendedorismo mostra-se cada vez mais frequente no Brasil como opção de carreira, frente às dificuldades
socioeconômicas que atualmente o país atravessa. Desafortunadamente, a prática do empreendedorismo convive
com a falência de muitas empresas, principalmente devido ao baixo nível de educação empreendedora. No
campo educacional, o empreendedorismo vem ganhando destaque nos últimos tempos, onde pode ser observado
o expressivo aumento de pesquisas e desenvolvimento de projetos que visam educar para o empreendedorismo
buscando desenvolver o espírito inovador, baseado na criatividade e proatividade, conferindo a capacidade de
criação e gestão do próprio negócio. Neste sentido, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o papel da
educação empreendedora no ensino superior e a contribuição para a formação de um novo perfil profissional em
alunos dos cursos de Administração e Gestão Ambiental da Faculdade Salesiana Dom Bosco, na Cidade de
Manaus, com base no envolvimento dos acadêmicos na Jornada Amazônica de Administração e Tecnologia,
onde foram divididos por turma e receberam a missão de criarem uma ideia de negócio proporcionando construir
e aperfeiçoar suas habilidades empreendedoras, elaborando, de forma objetiva, um plano de negócios referente à
ideia escolhida. Cada turma desenvolveu um projeto sob a orientação de um docente responsável. Os cursos de
Administração e Gestão Ambiental apresentaram os seguintes projetos: Tapidelícias (Administração, 1°
período); Móveis Sustentáveis (Gestão Ambiental, 2° período), Cantinho da Castanha (Gestão Ambiental, 3°
período) e Espaço Verde (Gestão Ambiental, 4° período). Iniciativas desta natureza proporcionam o
desenvolvimento de habilidades empreendedoras no ensino superior e são cada vez mais essenciais na formação
dos novos profissionais, que são levados a buscar e alcançar sua autonomia no mercado e na sua área de
formação.
Palavras-chave: Empreendedorismo, Educação empreendedora, Jornada acadêmica,
Acadêmicos empreendedores, Manaus.
ABSTRACT
Entrepreneurship is shown to be increasingly common in Brazil as a career option, compared to the
socioeconomic difficulties that currently the country is experiencing. Unfortunately, entrepreneurship practice

1
robertamonicke@gmail.com – Faculdade Salesiana Dom Bosco
2
alefe.viana@gmail.com - Faculdade Salesiana Dom Bosco
3
fernanda.fsdb@gmail.com - Faculdade Salesiana Dom Bosco
4
giselle_machado@ymail.com- Faculdade Salesiana Dom Bosco

Santos, R.M.S., Viana, A.L., Meirelles, F.A., Ferreira, G.M.; O Papel da Educação Empreendedora no Ensino
Superior e a Contribuição Para a Formação de um Novo Perfil Profissional, v.2, n.2, p.01-11, 2016. Artigo
recebido em 05/08/2016 Última versão recebida em 20/08/2016. Aprovada em 01/10/2016.
Santos, R.M.S., Viana, A.L., Meirelles, F.A., Ferreira, G.M.; O Papel da Educação
Empreendedora no Ensino Superior e a Contribuição Para a Formação de um Novo Perfil
Profissional, Revista de Administração geral, v.2, n.2, p.01-11, 2016.
coexists with the bankruptcy of many companies, mainly due to the low level of entrepreneurial education. In
education, entrepreneurship has been gaining momentum in recent times, where can be observed a significant
increase in research and development projects aimed at educating for entrepreneurship seeking to develop the
innovative spirit, based on creativity and proactivity, giving the ability to create and own business management.
In this sense, the present study aimed to analyze the role of entrepreneurship education in higher education and
the contribution to the formation of a new professional profile in students of Business Administration courses
and Environmental Management Faculty Salesian Don Bosco in the city of Manaus, based on the involvement of
academics in the Amazon Day of Management and Technology, which were divided by class and received the
mission to create a business idea providing build and enhance their entrepreneurial skills, developing,
objectively, a business plan related to the chosen idea . Each group developed a project under the guidance of a
teacher responsible. The Management and Environmental Management courses presented the following projects:
Tapidelícias (Administration, 1st period); Sustainable Furniture (Environmental Management, 2nd period),
Corner of Chestnut (Environmental Management, 3rd period) and Green Space (Environmental Management, 4
th period). Such initiatives provide the development of entrepreneurial skills in higher education and are
increasingly essential in the training of new professionals who are driven to pursue and achieve their autonomy
in the market and their training area.
Key-words: Human Resources, Personnel Management, Strategy, Organizational
Development.
Introdução

Tido como a ação de inovar, de executar uma nova ideia ou até mesmo de iniciar um
novo negócio, o empreendedorismo é uma das principais molas propulsoras da sociedade.
Segundo Barreto (1998) “empreendedorismo é habilidade de criar e constituir algo a
partir de muito pouco ou de quase nada”.
Dolabela (2008), um dos principais autores sobre o tema, afirma que a palavra
empreendedorismo é uma tradução do termo entrepreneurship, expressão que contém as
ideias de inovação e iniciativa. “É um termo que implica uma forma de ser, uma concepção de
mundo, uma forma de se relacionar”
O Brasil se destaca com a maior taxa de empreendedorismo, quase 8 pontos
porcentuais à frente da China, o segundo colocado, com taxa de 26,7%. O número de
empreendedores entre a população adulta no país é também superior ao dos Estados Unidos
(20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%) e França (8,1%) (ALVES, 2015)
Dados do Global Entrepeneurship Monitor – GEM (2014) mostram que em 2014, no
Brasil, considerando os dados mais recentes da população brasileira de 18 a 64 anos, cerca de
130,7 milhões de indivíduos, estima-se que: o número de empreendedores no Brasil é de 45
milhões de indivíduos.

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Em dez anos, a taxa total de empreendedorismo no Brasil aumentou de 23%, em 2004,
para 34,5% em 2014 (GEM, 2014).
Para Leite (2012), empreendedores são um dos ativos mais importantes em uma
economia, pois as micro e pequenas empresas costumam responder pela maior fatia na
geração de empregos e uma parte significativa do PIB.
“Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País
representam 27% do PIB. Em dez anos, os valores da produção gerada pelos pequenos
negócios saltaram de R$ 144 bilhões para R$ 599 bilhões” (SEBRAE, 2014).
Observa-se portanto, que os empreendedores possuem grande representatividade na
economia brasileira.
Dornelas (2015) afirma que acreditava-se que o empreendorismo era inato, ou seja, o
empreendedor nascia com habilidades e perfil empreendedor e que isso não podia ser
ensinado. Porém, atualmente, acredita-se que o processo empreendedor pode ser “ensinado e
entendido por qualquer pessoa” e que ao ser ensinado deveria focar questões como “…a
identificação e análise de oportunidades, as circunstâncias nas quais ocorrem a inovação e o
processo empreendedor; a importância do empreendedorismo para o desenvolvimento
econômico; a preparação e utilização de um plano de negócios; a identificação de fontes e
obtenção de financiamento para o novo negócio e o gerenciamento e crescimento da empresa”
O emprendedorismo é um comportamento, e não um traço de personalidade, o mesmo
pode ser aprendido. No entanto, precisa de prática. E a prática necessita de teoria para ser
executada (DRUCKER, 2011)
Biagio (2012) O empreendedor precisa reunir as seguintes habilidades: ser realizador,
planejador, realista, comprometido, disciplinado, determinado, ter disposição e energia, saber
lidar com pessoas, querer aprender sempre. O autor destaca ainda que as tais habilidades são
aprendidas ao longo da vida e que ninguém nasce detendo-as.
De acordo com o Relatório do GEM (2012) tanto o interesse pelas características e
comportamentos dos jovens como o tema do empreendedorismo estão crescendo tendo
discussões em instituições em nível mundial e nacional. “Como parte desse crescimento, a
educação empreendedora se tornou tema recorrente em todo mundo”.
Segundo Dolabela (2008) a educação empreendedora deve estar presente da educação
infantil até a universidade. Ressalta ainda que é importante mudar a visão dos cursos, pois
além do saber fazer, o aluno precisa saber agarrar oportunidades e fazer algo que pode ter um

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valor positivo para os outros, através da inovação. Ou seja, o conhecimento teórico e
científico é importante, porém precisar saber empreender.
Nesse sentido, incorporar o tema empreendedorismo no ensino superior é essencial
para a desenvolvimento do novo profissional, contribuindo para uma formação holística,
voltada não apenas para conhecimento teórico-científico, mas voltado também para o
desenvolvimento de habilidades que tornarão o profissional com diferenciais, e que não seja
refém do mercado de trabalho, mas que ao sair da universidade consiga criar suas próprias
oportunidades e ter seu próprio negócio.
“A prática do empreendedorismo mostra-se cada vez mais freqüente no Brasil como
opção de carreira, frente às dificuldades socioeconômicas que assolam o país e reduzem as
oportunidades para aqueles que querem ingressar no mercado de trabalho” (JÚNIOR et al.,
2006).
Portanto, inserir a educação empreendedora na didática pedagógica do ensino superior,
é importante para que se possa promover o desenvolvimento do empreendedorismo entre os
futuros participantes do mercado de trabalho.
No curso de Administração da Faculdade Salesiana Dom Bosco, a educação
empreendedora é um elemento constituinte no Projeto Pedagógico do Curso, onde, além de
componente curricular específico sobre o tema, o mesmo é discutido em outros componentes
curriculares da matriz do curso.
Outrossim, são realizadas atividades interdisciplinares que contribuem na construção
da educação empreendedora dos acadêmicos, como é o caso da Jornada Amazônica de
Administração e Tecnologia.
A Jornada Amazônica de Administração e Tecnologia (JAMAD) foi criada no ano de
2005, pelo curso de Administração da Faculdade Salesiana Dom Bosco e visa proporcionar
um intercâmbio com diversas áreas de estudos e relevância nos dias atuais e que tenham
relação com os componentes curriculares desenvolvidos em sala de aula, promovendo um
intercâmbio prático que leve a práxis (ação x reflexão x ação) de docentes e discentes. A
JAMAD visa não só a troca de informações e experiências no meio acadêmico e empresarial,
mas também contribuir para a capacitação e qualificação dos estudantes, incentivando-os ao
aperfeiçoamento sobre os temas abordados a fim de contribuir para a melhoria da qualidade
do ensino e, posteriormente, da prestação de serviços de assessoria às organizações.
A JAMAD vem proporcionar ao acadêmico a oportunidade de construir e aperfeiçoar
suas habilidades empreendedoras, elaborando, de forma objetiva, um Plano de Negócios
referente à uma ideia de negócios construída pela turma. O respectivo projeto é apresentado
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na Feira do Empreendedor da JAMAD, onde há o compartilhamento das ideias entre a
comunidade acadêmica, instituições, organizações e membros da comunidade do entorno da
Faculdade.
Com base nesta premissa, essa pesquisa teve como objetivo analisar o papel da
educação empreendedora no ensino superior e a contribuição para a formação de um novo
perfil profissional em alunos dos cursos de Administração e Gestão Ambiental da Faculdade
Salesiana Dom Bosco, na Cidade de Manaus, AM.

2. Metodologia
A seguinte pesquisa teve como área de estudo a Faculdade Salesiana Dom Bosco,
Manaus. Foram alvo da investigação as turmas dos cursos de Administração e de Gestão
Ambiental.
Quanto aos fins, essa pesquisa pode ser classificada como qualitativa, exploratória e
descritiva. Quanto aos meios, como estudo de caso.
A pesquisa aconteceu em novembro de 2015, tendo como base de estudo a atividade
interdisciplinar dos cursos, a Jornada Amazônica de Administração e Tecnologia, realizada
por meio da Feira do Empreendedor, com o tema: Inovação e Criatividade em tempos de
crise. A atividade compreende a idealização de um projeto inovador pelas turmas, que são
apresentados sob a forma de um plano de negócios, bem como um stande onde os alunos
podem demonstrar o produto ou serviço na feira do empreendedor para a comunidade
acadêmica, instituições, organizações e comunidade do entorno da faculdade.
A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o
sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito
que não pode ser traduzido em números. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-
chave. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem (SILVA;
MENEZES, 2000).
Pode ser caracterizada ainda como descritiva, que de acordo com Gonçalves &
Meirelles (2004), consiste no estudo no qual “os fatos são observados, registrados, analisados,
classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles”.
Para a coleta de dados, foram utilizados dados primários (registros fotográficos) e
secundários (Planos de Negócios dos projetos das turmas).
Realizou-se portanto, a análise dos projetos submetidos a Jornada, verificando
objetivos, características dos projetos, análise de mercado e potencial do produto/serviço
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idealizado pelas turmas.
No dia da Feira, os stands foram fotografados, bem como analisada a apresentação dos
produtos e serviços a comunidade.
De posse das informações, verificou-se como a educação empreendedora por meio da
Jornada, pode contribuir na formação do perfil do novo profissional.

Resultados e Discussão

Para Drucker (2011) a inovação é o instrumento específico dos empreendedores,


sendo o meio pelo qual exploram a mudança em uma oportunidade de negócio. E, coloca que
o empreendedorismo pode ser inserido como uma disciplina, podendo ser aprendida e
praticada.
Para Costa e Pastana (2015), é essencial estudar o empreendedorismo e identificar uma
metodologia capaz de ensinar ou formar empreendedores de sucesso.
“O empreendedorismo é fundamental para o bom funcionamento da economia como um
todo; o empreendedor de sucesso gera emprego, renda, movimentando o processo de mercado.
Entretanto, não existe, no cenário sócio–econômico, empregador sem empregado, e por isso
vamos analisar quais são os fatores que tornam um indivíduo atraente para as organizações.”
(COSTA; PASTANA, 2015).
Inovar é um dos preceitos da Feira do Empreendedor da JAMAD, onde os
acadêmicos são estimulados a criar, buscar a solução de problemas e melhorar algum produto
ou serviço já existente.
Apoiados por professores, que orientam a elaboração do Plano de Negócios, as
turmas são levadas a converter conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula, em
prática.
“Os projetos como uma proposta de intervenção pedagógica proporciona à
aprendizagem um novo sentido, através dos quais as necessidades de aprendizagem desperta nas
tentativas de se resolver situações problemáticas”(SILVA et al., 2013), portanto, ao idealizar um
projeto o aluno é preparado para pensar e agir em situações reais, a partir de uma situação irreal.
Na JAMAD, ao planejar e pôr em prática uma empresa fictícia, o acadêmico compreenderá
melhor como agir em sua vida profissional futura, seja lidando com o planejamento de sua própria
empresa, seja trabalhando em um empreendimento de terceiros.
A atividade leva o aluno a lidar com pessoas, orçamento, marketing, dentre outras
variáveis, que estão presentes em qualquer empreendimento real.

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A Feira de Empreendedorismo da JAMAD teve como tema: Criatividade e inovação
em tempos de crise” onde cada turma desenvolveu um projeto emprendedor, sob a orientação
de um professor responsável, de acordo com o tema proposto.
A atividade teve como objetivo despertar o interesse para atividades
empreendedoras, visando a complementaçao da formação do profissional, que estará
preparado e motivado a empreender após se formar.
Para Lucas (2001) a educação empreendedora tem como fundamento desenvolver
nos alunos autoconhecimento, perseverança, imaginação, inovação e criatividade,
características essenciais a empreendedores.
Os cursos de Administração e Gestão Ambiental apresentaram os seguintes projetos
na Feira do Emprendedorismo: Tapidelícias (Administração, 1° período); Móveis
Sustentáveis (Gestão Ambiental, 2° período), Cantinho da Castanha (Gestão Ambiental, 3°
período) e Espaço Verde (Gestão Ambiental, 4° período).

Figura 01: Feira do Empreendedor – JAMAD 2015.

A empresa Tapidelícias, idealizada pelos alunos de 1° período do curso de


Administração, consistiu em um empreendimento do ramo alimentício, com a inovação na
variação da forma tradicional da tapioca, utilizando recheio com produtos da Amazônia, como
o tucumã, banana, carne seca e os formatos da tapioca nordestina.
O local escolhido para implantação do negócio foi uma loja ao lado da Rodoviária de
Manaus. Diariamente vários ônibus saem e chegam à Rodoviária de Manaus, situada à Rua
Mário Ipiranga, nº 2348, Bairro Nossa Senhora das Graças, Manaus-AM. Com uma grande
rotatividade de pessoas nas proximidades, para embarque e desembarque, a procura por café
da manhã será contínua, o que pode impulsionar as vendas das Tapidelícias. A Rodoviária
recebendo uma grande rotatividade de turistas, que na busca de conhecer a cidade optam por
um cardápio regional. Na compra da primeira Tapidelícia o cliente receberá um cartão

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fidelidade, após o décimo consumo dos produtos, o cliente ganhará uma Tapioca Grande mais
uma bebida como cortesia.
A empresa Móveis Sustentáveis opera com base nas diretrizes da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), visando contribuir na diminuição do volume de resíduos, através
da reutilização de materiais. Propõe a fabricação de Móveis Sustentáveis, a partir da
reciclagem e reutilização de materiais que outrora iriam para o lixo, com a interação de
diversos resíduos, como madeira, vidros, almofadas, tecidos e etc.
A empresa Cantinho da Castanha teve como objetivo apresentar uma proposta de
negócio voltada para a comercialização de produtos à base de Castanha, como: Balas, trufas,
paçoca, e castanhaça (cachaça à base de castanha).
A empresa “Espaço Verde”, idealizada pela turma de 4° período de Gestão ambiental,
traz um novo conceito em paisagismo e arborização urbana, tendo como objetivo apresentar
serviços de paisagismo e arborização urbana de praças e canteiros públicos. A empresa utiliza
somente espécies nativas de árvores frutíferas e/ou ornamentais em seus projetos, sendo que
antes do plantio prepara-se o solo com o uso de adubo orgânico e adubo verde, descartando o
uso de pesticidas e agrotóxicos. Além disso, procura-se manter um relacionamento positivo
entre empresa e cliente, fortalecendo através dos serviços de qualidade.
Quanto aos 4 p’s, a empresa “Espaço Verde”definiu: Preço - O cálculo do valor de
nossos serviços é feito através da medição e vistoria da área que receberá o plantio. A priori, o
serviço é cobrado por metro quadrado, sendo o valor médio de R$ 15,00 por m2. Este valor
inclui o tratamento prévio do solo, sua adubação, plantio das mudas e manutenção das
mesmas, realizada por nossos técnicos. Todo este processo dura em média três meses, sendo
que após esse período a empresa pode contratar novamente nossos serviços, como poda,
eliminação de pragas (com inseticidas e pesticidas naturais) e substituição de mudas mortas.
Praça - A empresa Espaço Verde está localizada no bairro Puraquequara, ramal Brasileirinho,
km 15. Produto / Serviço – Paisagismo e Arborização urbana utilizando espécies nativas de
arvores frutíferas e/ou ornamentais nos projetos de arborização de praças e canteiros públicos.
Promoção - primeiro orçamento é gratuito. Utilização de folders com fotos de principais
projetos, além da explicação de serviços. Para a divulgação, também utiliza-se propagandas
em emissoras de TV locais, jornais impressos e redes sociais.
No Quadro 01 é apresentado um resumo dos principais pontos do plano de negócio
dos empreendimentos idealizados pelas turmas de Administração e Gestão Ambiental.
Quadro 01: Quadro Resumo dos Empreendimentos apresentados

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Nome do Produto Objetivo Clientes Potenciais Principais Principais
Projeto Principal Concorrentes Fornecedores
Amazônia Tapiocas Apresentar as Recomendado para Tapiocas da DB
Tapidelícias Tapidelícias, todas as faixas Amazônia; Supermercados;
principal prato da etárias. Tenda da Feira Modelo da
Empresa. Tapioca; Compensa; Casa
Tapioca dos frios; Atack.
Gourmet; Ponto
da Tapioca.
Poltrona de Reutilizar resíduos Para todos os Empresas de Madereiras,
Movéis pallet que virariam lixo públicos reciclagem e ateliês, bares,
sustentáveis transformando em (principalmente artesãos super mercados.
móveis e itens de pessoas que tenham
decoração. sensibilidade
ambiental e
interesse por
produtos
sustentáveis).

Cantinho da Produtos Apresentar uma Pessoas de todas as Bombons Finos, Usina de


Castanha derivados proposta de negócio idades. Cacau Show, Castanha de
da voltada para a Bombons da Lábrea;
Castanha comercialização de Amazônia e Chocomilk da
do Brasil. produtos à base de Oiran Amazônia LTDA.
Castanha do Brasil Coplast
(Embalagens);
Indústria Gráfica
Novo Tempo.
Espaço Verde Serviços Apresentar o serviço Empresas (Pessoas Empresas Não há
de de arborização de jurídicas). localizadas no concorrentes
Jardinage praças e canteiros perímetro diretos na região.
m e públicos oferecido urbano de
Paisagismo pela empresa “Espaço Manaus, bem
Verde – Semeando como no
Qualidade de Vida”. Distrito
Industrial.

A partir dos projetos apresentados, observa-se que a metodologia utilizada na


JAMAD, leva os alunos a desenvolverem aspectos ligados ao empreendedorismo como
iniciativa para criação de um novo negócio, utilização criativa dos recursos disponíveis, o
cálculo e aceitação de riscos, a abertura de novos caminhos para o aprendizado, segundo o
disposto por Silva et al., (2013).

Conclusões

Proporcionar o desenvolvimento de habilidades empreendedoras no ensino superior


torna-se cada vez mais essencial na formação dos novos profissionais, que são levados a
buscar e alcançar sua autonomia no mercado e na sua área de formação.

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Tem-se, portanto, a concepção de que as universidades não trabalham apenas para
formar capital humano para orgazanizações inseridas no mercado, mas que trabalham também
para formar aqueles que poderão inserir sua própria concepção de negócio em meio a um
mercado cada vez mais competitivo.
Nesse sentido desenvolver e estimular a educação empreendedora exige das
instituições de ensino a implementação de metodologias que busquem a manifestação da
teoria em prática, visando o desenvolvimento das habilidades empreendedoras nos
acadêmicos.

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