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A Evolução Histórica da Ética Empresarial

A evolução histórica do conceito e da prática da ética empresarial é extremamente recente, tendo se


estabelecido principalmente durante o século XX. Dentro desse período, as maiores mudanças foram
acontecendo especialmente a partir dos anos 1950.
Até a década de 1950 alguns acontecimentos como o estabelecimento de leis trabalhistas em vários países
(inclusive o Brasil), com a observância dos direitos elementares dos trabalhadores (salário mínimo, férias,
descanso semanal remunerado, alimentação, saúde,...) e lutas em prol dos direitos civis e um tímido início de
atividades em prol da defesa do meio-ambiente podem ser considerados os grandes avanços no tema ética.
A década de 1960, influenciada pela religião (de distintas origens), pregava a moralidade nos negócios, a
ampliação e respeito aos direitos dos trabalhadores, os valores humanistas e a luta contra a pobreza. A
presença da religião na ética não apenas influenciou o mundo empresarial, também se fez presente nas
questões da política, da vida familiar e das questões pessoais inerentes a cada indivíduo.É também nesta
década que surge, nos Estados Unidos, ainda durante a administração de John Kennedy, a Consumer’s Bill
of Rights, ou o equivalente ao Código do Consumidor, criado no Brasil na década de 1990. No final da
década de 1960 o governo norte-americano assume compromissos quanto à necessidade de prover ao
cidadão de seu país certo grau de estabilidade econômica. Nesse sentido aumenta a fiscalização e o rigor de
seu controle sobre as empresas visando evitar atividades consideradas ilícitas e antiéticas.
A década de 1970 presenciou o crescimento do interesse público nas questões organizacionais. Esforços
acadêmicos surgem no intuito de melhor definir esse fenômeno. Filósofos, sociólogos e estudiosos de outras
áreas iniciaram estudos que visavam relacionar a teoria ética ao campo empresarial. Durante esse período
questões importantes ganharam destaque como a segurança de produtos, a preservação do meio ambiente,
subornos, cartéis ou a publicidade enganosa, alertando o grande público da necessidade de se cobrar das
empresas um comportamento mais correto e justo em relação à sociedade.
As grandes empresas aderem aos conceitos e à necessidade de plenamente vivenciar a ética empresarial
somente a partir dos anos 1980. São auxiliadas pelo surgimento de cursos que procuram apresentar, debater
e fomentar discussões que renovem o conceito e promovam sua aplicação no mundo real. O cerco da
sociedade, do mundo acadêmico e do governo dos Estados Unidos fez com que muitas empresas norte-
americanas tentassem maior autonomia em suas decisões e encaminhamentos. Como isso não foi possível
em seu próprio país passaram a atuar em economias subdesenvolvidas ou emergentes, onde a organização
quanto à ética empresarial e, consequentemente, as pressões, eram menores.
Nesta mesma década (80), Ética empresarial passou a ser associada ao conceito de Responsabilidade Social.
São termos afins no que tange a seus objetivos e finalidades, mas constituem conceitos diferentes já que a
Responsabilidade Social refere-se às obrigações assumidas pelas empresas junto à sociedade com o intuito
de socializar os efeitos positivos de sua atuação (e minimizar ações negativas) juntamente a comunidade que
a acolheu e, numa visão mais ampla, estender essa atuação relativamente à própria humanidade.
Muitas pessoas acreditam que quando falamos em responsabilidade social nos referimos tão somente as
ações éticas e filantrópicas, porém o âmbito desses compromissos é maior, pois atinge também os
compromissos legais e econômicos dessas instituições. O advento dos anos 1990 e do século XXI têm
cobrado mais responsabilidade social das empresas e, consequentemente, o aprimoramento e a defesa
sistemática da ética empresarial.

Leitura recomendada:
HEEMANN, A. Natureza e ética: dilemas e perspectivas educacionais.2. ed. Curitiba: Ed. UFPR,
1998

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