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COMENTÁRIOS ADICIONAIS
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4 DE OUTUBRO DE 2014
A teologia da
prosperidade
3. Daniel Salinas é doutor em teologia histórica pela Trinity Evangelical Divinity School e trabalha
como missionário da Latin American Mission, com a IFES.” (Ibden)
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nam como empresários e consumidores religiosos que têm como pro-
duto principal o lucro das ofertas (na maior parte das vezes monetárias)
devolvidas por Deus através das bênçãos materiais e espirituais.
Em relação à doutrina bíblica – para os pregadores da prosperidade a
•
palavra do homem é mais importante que a Palavra de Deus. A leitura,
a meditação e os estudos bíblicos têm lugar reduzido nos cultos, além
do risco permanente de distorção do conteúdo real das Escrituras.
4. OS PROPÓSITOS DA ENFERMIDADE:
“1. A enfermidade em si mesma é um mal, mas Deus pode transformá-
-la em bem para cumprir os seus propósitos – João 9 e João 11; 1 Sm 1:5,6;
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Rm 8:28. Na doença Deus grita conosco (C.S.Lewis). 2. A doença ajuda os
homens a lembrarem-se da morte: A maioria das pessoas vive como se não
fosse morrer. Eles vivem como se a terra fosse o seu lar eterno. Planejam e
projetam para o futuro, como o rico insensato como se tivessem uma apólice
vitalícia de vida e nunca tivessem que prestar contas. Uma doença grave, às
vezes, faz muito para que este engano seja desfeito. “Poe em ordem a tua
casa, porque morrerás e não viverás”. 3. A doença faz com que os homens
pensem seriamente sobre Deus, (...) [suas vidas] e a eternidade. A maior parte
das pessoas, em seus dias de saúde, não encontram tempo para tais pensa-
mentos. Não gostam deles, acham estes assuntos desagradáveis. Entretanto,
às vezes, uma doença séria tem o maravilhoso poder de reunir e unir tais pen-
samentos, e de trazê-los diante dos olhos da alma de uma homem. (...) 4. A
doença ajuda a amolecer o coração dos homens e lhes ensina a sabedoria. O
coração natural é duro como a pedra. Ele não tem nenhuma alegria que não
seja desta vida. Uma enfermidade corrige isso. Exemplo: John Rockfeller – O
homem de negócios descobre que o dinheiro não satisfaz. A mulher mun-
dana descobre que as roupas caras e os comentários sobre bailes e diversões
são péssimos consolados quando se está num quarto de hospital. 5.A doença
ajuda-nos a nos equilibrar e a nos humilhar. Poucos estão isentos do vírus
maldito da vaidade e do orgulho. Muitos de nós são como o fariseu: “Não
sou como os demais homens”. O leito da enfermidade é um poderoso doma-
dor de tais pensamentos. Ela nos impõe a grande verdade de que somos to-
dos pobres vermes e que habitamos em casas de barro, e somos esmagados
como a traça (Jó 4:19). 6. A doença ajuda a testar a autenticidade da religião
dos homens. Muitos credos parecem bons enquanto as águas da saúde são
suaves, mas revelam-se absolutamente falsos e inúteis nas ondas cruéis de
uma cama de hospital. Somente com Cristo podemos atravessar seguros o
vale da sombra da morte. 7. Nem todos são beneficiados pela doença. Milha-
res são prostrados anualmente pela doença e restaurados à saúde e voltam
novamente para o pecado. Ano após ano muitos passam da doença para a
sepultura sem deixarem seus pecados e sem se voltarem para Deus. Contudo,
milhares de pessoas são quebrantadas, arrependem-se, humilham-se, e se
voltam para Deus e são salvas. 8. Obrigações especiais impostas pela doença.
A de viver constantemente preparado para encontrar-se com Deus. A de viver
constantemente em prontidão para suportá-la com paciência. A de constante
prontidão para ajudar os nossos semelhantes a enfrentarem a doença.
(...) A MEDICINA HUMANA E A MEDICINA DE DEUS
1. A medicina de Deus: Vemos vários casos de cura miraculosa no Velho
Testamento. Chamamos cura miraculosa, porque em última instância toda
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18 DE OUTUBRO DE 2014
A quebra de
maldições
1. Pregadores de maldições:
“Os pregadores de [outro] evangelho voltado para o homem dão muita
ênfase à quebra de maldições. Enfatizam que, mesmo salvo, o crente precisa
de libertação. E apresentam fórmulas e receitas para o salvo se libertar da
maldição hereditária, tomando como base textos fora do contexto (...).” (ZI-
BORDI, Ciro Sanches. Evangelhos que Paulo jamais pregaria. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p.56)
Êxodo 20 e Ezequiel 18
Geralmente o texto usado para defender este ponto é Êxodo 20.5, em que
Deus ameaça visitar a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta gera-
ção dos que o aborrecem. Entretanto, ensinar que Deus faz cair sobre os filhos
as consequências dos pecados dos pais, é só metade da verdade revelada.
A Escritura nos diz igualmente que se um filho de pai idólatra e adúltero
vir as obras más de seu pai, temer a Deus e andar em seus caminhos, nada do
que o pai fez virá a cair sobre ele. A conversão e o arrependimento individuais
‘quebram’, na existência das pessoas, a ‘maldição hereditária’ (um efeito so-
mente possível por causa da obra de Cristo). Este foi o ponto enfatizado pelo
profeta Ezequiel em sua pregação ao povo de Israel da época (leia cuidadosa-
mente Ezequiel 18. A nação de Israel havia sido levada em cativeiro para a Ba-
bilônia, e os judeus cativos se queixavam de Deus dizendo ‘Os pais comeram
uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotaram...’ (Ez 18.2b) - ou seja,
‘nossos pais pecaram, e nós é que sofremos as consequências’. Eles estavam
transferindo para seus pais a responsabilidade pelo castigo divino que lhes so-
breveio, que foi o desterro para a terra dos caldeus. Achavam que era injusto
que estivessem pagando pelo pecado de idolatria dos seus pais. Usavam um
provérbio da época, que nos nossos dias seria mais ou menos assim: ‘Nossos
pais comeram a feijoada, mas nós é que tivemos a dor de barriga...’.
Através do profeta Ezequiel, Deus os repreendeu, afirmando que a res-
ponsabilidade moral é pessoal e individual diante dele: ‘A alma que pecar,
essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai...’ (Ez 18.4b, 20). E que
pela conversão e por uma vida reta, o indivíduo está livre da ‘maldição’ dos
pecados de seus antepassados (ver 18.14-19). Esta passagem é muito im-
portante, pois nos mostra de que maneira o próprio Deus interpreta (através
de Ezequiel) o significado de Êxodo 20.5. Ou seja, o segundo mandamento
prevê a visitação do juízo divino sobre os descendentes de homens ímpios,
descendentes estes que aborrecem a Deus como seus pais. Várias passagens
no próprio Pentateuco deixam claro que a retribuição divina sobre os filhos
dos que aborrecem a Deus é descontinuada a partir do momento em que
estes filhos se arrependem de seus próprios pecados, e os confessam a Deus,
confessando igualmente os pecados de seus pais, como Levítico 26.39-42.
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Encontramos a mesma ideia em Nm. 14.13-34. Nesta passagem vemos
claramente como a misericórdia e a longanimidade de Deus atuam em con-
junto com sua justa ira contra os rebeldes e pecadores. Após a revolta do
povo de Israel contra Deus, inflamados pelo relato desanimador dos dez es-
pias incrédulos, o Senhor Deus condenou aquela geração incrédula a perecer
no deserto. Seus filhos haveriam de levar sobre si as infidelidades de seus
pais, até que estes morressem (v.33), após o que, os filhos entrariam na terra
(v. 31). Aplicando aos nossos dias, fica evidente que o crente verdadeiro já
rompeu com seu passado e com as implicações espirituais dos pecados dos
seus antepassados, quando, arrependido, veio a Cristo em fé.”5
5. LOPES, Augustus Nicodemus. A Quebra de Maldições é Bíblica?. Disponível em: < http://
www.monergismo.com/textos/seitas_heresias/quebra_maldicoes_nicodemus.htm>. Acesso: 30
de setembro de 2014.
1. Já foi amarrado!:
“Quando afirmamos que o diabo já está amarrado, não queremos dizer com
isto que ele está totalmente imobilizado. Este tipo de linguagem usada nos Evan-
gelhos tem como alvo expressar a verdade bíblica de que Cristo, ao morrer e res-
suscitar, limitou o poder de Satanás de modo tão radical a ponto de usar termos
como ‘destruir’, ‘despojar’ e ‘amarrar’.” (LOPES, Augusto Nicodemus. O que você
precisa saber sobre batalha espiritual. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.102).
2. Já vencemos o diabo!
“(...) a base da vitória em nossa luta contra os principados e potestades
é o triunfo de Cristo na cruz do calvário. Por isso, Paulo, quando começa a
falar sobre a batalha da Igreja contra os dominadores malignos deste mundo
tenebroso, começa dizendo: ‘Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e
na força do Seu poder’ (Ef 6.10).” (Ibden).
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1 DE NOVEMBRO DE 2014
Apóstolos e
profetas
1. Apóstolo pródigo:
“Recentemente, estudando para dar aulas de teologia paulina, percebi
mais uma característica do apóstolo Paulo que o distancia dos apóstolos mo-
dernos. Ao contrário dos tais apóstolos que se lançam para fazer carreira solo
e ter seu próprio ministério, Paulo sempre fez questão de mostrar que ele
fazia parte do grupo apostólico de sua época, embora tivesse sido chamado
para ser apóstolo quando o prazo de matrícula já havia expirado (‘nascido
fora de tempo’, 1Co 15:8).” (LOPES, Augustus Nicodemus. O ateísmo cristão
e outras ameaças à igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2011, p.23).
3. Dom de apóstolo:
“Apóstolo, no sentido técnico da palavra, como aplicada aos doze, não existe
nos nossos dias. Não temos mais apóstolos e nem devemos conferir este título a
ninguém, na atualidade. Todavia, não acreditamos que o ‘dom do apostolado’
foi dado apenas para a fundação da igreja e não é mais dado por Deus hoje em
dia. Este dom, de acordo com o que acreditamos, é diferente do ministério dos
primeiros apóstolos e do sentido técnico em que a palavra era empregada. A
partir do significado do verbo grego apostello, que significa ‘enviar’, acreditamos
que a pessoa que recebe este dom, atualmente, possui uma capacitação especial
para implantar igrejas em solos virgens. É alguém comissionado para fundar igre-
jas. Por isso, é um ministério de natureza itinerante. Os missionários transculturais
são bons exemplos da aplicação deste dom.” (O Doutrinal: nossa crença ponto
a ponto. 10 ed. Gráfica e Editora A Voz do Cenáculo. São Paulo, 2012, p.118).
6. VARGENS, Renato. Existem apóstolos nos dias de hoje? Disponível em: http://voltemosaoe-
vangelho.com/blog/2013/09/existem-apostolos-nos-dias-de-hoje-renato-vargens/. Acessado em:
01 de outubro de 2014.
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8 DE NOVEMBRO DE 2014
A salvação
pelas obras
1. O começo da salvação:
“A salvação começa na vida do indivíduo com a regeneração ou o novo
nascimento. Neste sentido, salvação denota um ato definitivo em que a
pessoa muda de um estado de morte espiritual para um estado de vida em
Cristo (Ef 2.1). Portanto, é certo dizer que o crente já está salvo, [embora
tenha um aspecto processual] pois passou por uma transição na vida que
lhe garante a vida eterna (Jo 5.24).” (SEVERA, Zacarias. Manual de Teolo-
gia Sistemática. 4 ed. Curitiba: A.D. Santos, 2008, p. 273).
3. A Fé Protestante:
“A visão protestante elimina o mérito humano. Ela reconhece que, em-
bora as obras sejam evidência ou fruto da fé verdadeira, elas nada contri-
buem ou nada acrescentam à base meritória de nossa redenção. Por um
lado, é importante enfatizar que a fé verdadeira produz frutos verdadeiros.
Por outro lado, é vital realçar que o único mérito que nos salva é o mérito
de Cristo pela fé somente.” (Idem, p.110).
4. Realização de Deus:
“Apenas o cristianismo bíblico é a religião da realização. Outras religiões
dizem: ‘Faça isto’. O cristianismo diz: ‘Está feito’ (cf. Jo 19.30). Outras reli-
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15 DE NOVEMBRO DE 2014
As práticas
judaizantes
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22 DE NOVEMBRO DE 2014
O louvor
profético
1. Louvor da pobreza:
“Ainda que não seja o caso de todos, há cânticos que não chegam a di-
zer nenhuma heresia, porque não tem nada a dizer! Vários são os cânticos
que trazem frases simplistas, quase sem nenhum conteúdo. Esses cânticos
geralmente possuem bastante ritmo e algumas poucas frases são repetidas
continuamente. Não é possível que se possa louvar a Deus com entendi-
mento, usando letras tão pobres e vazias de conteúdo. Além disso, devemos
reconhecer que se queremos oferecer um louvor a Deus, precisamos fazê-lo
com mais qualidade.” (SAYÃO, Luiz Alberto. Agora sim!: teologia na prática
do começo ao fim. São Paulo: Hagnos, 2012, p.177).
3. Louvor profético:
“No meio evangélico (...) não basta louvar a Deus com cânticos, leitura
bíblica e orações; precisamos de um “louvor extravagante” (...), repetir a
mesma música até entrar em algum transe. Não basta ser alegre e grato,
é preciso pular e gritar freneticamente. Não basta crer em Deus e em suas
promessas, precisamos decretar, reivindicar, exigir. Uma fé normal, ou uma
vida cristã normal, não é mais suficiente.” (SOUSA, Ricardo Barbosa. Quão
verdadeiros somos?. Disponível em: <http://www.ultimato.com.br/revista/
artigos/311/quao-verdadeiros-somos> Acesso em: 03 de outubro de 2014.)
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29 DE NOVEMBRO DE 2014
Os cristãos
sem igreja
1. Desigrejados:
Subproduto da sociedade e da religiosidade contemporânea: “A Religião
de Mercado fez da igreja uma prestadora de serviços religiosos, e do mem-
bro, um consumidor exigente. Alguma coisa lhe desagrada e pronto: ele
muda de igreja” (LUDOVICO, Osmar. Meditatio. São Paulo: Mundo Cristão,
2007, p. 149). “Na realidade, algumas das tendências contemporâneas da
sociedade atual têm contribuído para a elaboração de um ‘cristianismo dife-
rente’, isto é, um cristianismo de massa, despersonalizado, individualista. Essa
nova tendência tem contribuído para produzir um cristianismo sem igreja; Há
gente que não quer fazer parte da igreja, por não submeter-se a nenhuma
autoridade. Muitas são as pessoas que não querem prestar contas da vida a
ninguém. Só procuram alguém que aceite sua maneira de pensar. Sentem-
-se donas da verdade, sendo escravos de seus próprios interesses pessoais”
(SAYÃO, Luiz Alberto. Agora sim!: teologia na prática do começo ao fim. São
Paulo: Hagnos, 2012, p. 105)
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6 DE DEZEMBRO DE 2014
Ateísmo cristão
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13 DE DEZEMBRO DE 2014
O homem como
centro
2. Resultados da pregação:
“O pregador que vê o seu ofício como uma performance não entende de
pregação. Pregação é coração, em primeiro lugar. Você tem de mergulhar
na Palavra, achar a verdade onde ela está e pregá-la com integridade de
coração. O pregador que se motiva pela reação das pessoas está cometendo
um erro. Não deve se motivar pelo bem-estar do povo, pelas reações momen-
tâneas, mas pelas consequências de cada palavra. Só que quero ver isso em
longo prazo e não na hora do culto.” (MCALISTER, Walter. O fim de uma era.
Rio de Janeiro: Anno Domini, 2009, p.153).
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de uma missão arrogante, cega à realidade humana. As metáforas de hoje,
no entanto, produzem uma passividade total. Enquanto canto àquele que me
ama, sou uma árvore plantada no lugar de minha conveniência esperando
que a brisa me refresque e o abrigo me proteja. Minha missão inexiste. Só nos
resta esperar que James Geary esteja errado.”9
4. Vitoriolatria:
“Vivemos numa época estranha da História da Igreja. Esquecemos o que
a Bíblia diz, esquecemos o testemunho dos mártires, esquecemos os escritos
dos patriarcas, esquecemos a teologia dos reformadores. Mas damos ouvido
a qualquer pregador que apareça na TV vendendo livros com lições de vitória
ou a qualquer ou a qualquer preletor convidado que suba aos púlpitos distor-
cendo o sentido das histórias bíblicas – e, é claro, vendendo seus CDs e DVDs
ao final da reunião, no cartão ou cheque pré-datado. Somos reféns de uma
doença que, aos poucos, foi tomando conta de muitas igrejas, contaminando
muitos pastores, embaçando a mente de muitos de nossos irmãos. A doença
que chamo de vitoriolatria – o culto à vitória.” (ZÁGARI, Maurício. A verda-
deira vitória do cristão. Rio de Janeiro: Anno Domini, 2012, p.31)
3. Emoção no culto:
“Muitos acham que na comoção de um culto houve, necessariamente,
a manifestação do poder de Deus. Isso é um engano. Só que, na ausência
da manifestação verdadeira do poder de Deus como o conhecemos, nós
pentecostais, costumamos ficar ansiosos. Na ânsia de manter o fluxo da
manifestação de sinais e prodígios, lançamos mão de artifícios que parecem
ser o poder de Deus – mas não são. Achamos que barulho e comoção cons-
tituem poder.” (MCALISTER, Walter. O fim de uma era. Rio de Janeiro: Anno
Domini, 2009, p.211).
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4. A TEOLOGIA DO TOMBO E A UNÇÃO DO CAI-CAI:
“Uma das principais características dos cultos neopentecostais é a cha-
mada ‘unção do cai-cai.’ A cantora Ana Paula Valadão, (...) pastora da Igreja
Batista da Lagoinha, protagonizou umas das típicas cenas deste movimento
onde mediante o sopro de um pastor ela caiu no Espirito.
Pois é, basta com que o pregador sopre ou atire o seu paletó contra o
público, que um número incontável de pessoas caem no chão, quer desacor-
dadas ou tomadas por aquilo que alguns denominam de unção do riso.
A unção do cai-cai iniciou-se com o americano Randy Clark, que foi orde-
nado pastor em 1950. Segundo alguns relatos, ele recebeu uma profecia que
afirmava que através de sua vida e ministério pessoas seriam derrubadas no
Espírito. Para o pastor Clark, a unção era como dinamite, e a fé como a cápsu-
la que explode a dinamite. Clark é autor do movimento “Catch the fire” (agar-
re o fogo) que possuía uma noção estranha do significado do poder divino.
Gostaria de ressaltar que na terra do Tio Sam, a unção do cai-cai virou
uma febre. Pastores como Benny Hinn, Keneth Haigin também foram prota-
gonistas na arte do tombo, disseminando sobre milhões de pessoas em toda
a América um conceito errôneo e equivocado além é claro de anti-bíblico
sobre o poder de Deus.
No Brasil, o movimento ganhou popularidade na década de 80 através do
pastor Argentino Carlos Anacôndia. Anacôndia chegou ao Brasil, através
das Comunidades Evangélicas, que mediante encontros e congressos espar-
ramados em todo país, difundiram na igreja brasileira esta prática e compor-
tamento doutrinário. Em 1990, a unção do cai-cai se espalhou de tal forma,
que os crentes em Jesus passaram a acreditar que quando caíam no Espírito
experimentavam cura para suas almas e a unção do tombo representava um
olhar especial de Deus para com os seus filhos.
Em 1994 na Igreja Comunhão Divina do Aeroporto de Toronto, Canadá.
Surge a bênção de Toronto, onde as pessoas movidas por uma “especial un-
ção” caíram no chão, sem fala, rindo, chorando ou dando gargalhadas. Em
pouco tempo, o templo estava lotado, vindo pessoas de todos os países e re-
gião. Em pouco tempo, as manifestações dos mais diferentes tipos de unções
se fez presente no Canadá. Por exemplo, o pastor da Igreja de Vancouver,
afirmou também que havia recebido uma profecia que o Espírito Santo se
manifestaria imitando o som dos animais. Vale a pena ressaltar que o próprio
pastor começou a urrar como leão, alegando que era o leão da tribo de Judá,
uma das maneiras como Jesus é chamado na Bíblia.
Caro leitor, a luz disto tudo resta-nos perguntar: Existe fundamento bíblico
para este tipo de unção? Em que lugar no Novo Testamento, vemos Jesus
10. VARGENS, Renato. A teologia do tombo a unção do cai-cai. Disponível em: < http://rena-
tovargens.blogspot.com.br/2011/04/ana-paula-valadao-e-uncao-do-cai-cai.html>. Acessado: 02
de outubro de 2010.
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6 DE DEZEMBRO DE 2014
Jesus e a
missão integral
2. Evangelho do serviço:
“Certamente ele [Jesus] pregou, proclamando as boas do reino de Deus e
ensinando sobre a vinda e a natureza do reino, como entrar nele e como este
reino seria espalhado. Porém, ele serviu por meio de obras, assim como por
palavras, e seria impossível, no ministério de Jesus, separar suas obras de suas
palavras. Ele alimentou bocas famintas, lavou pés sujos, curou enfermos, con-
fortou os abatidos e até ressuscitou os mortos. Agora ele diz que nos envia
como o Pai o enviou. Logo, nossa missão, como a dele, deve ser de serviço.”
(STOTT, John. A missão cristã no mundo moderno. Tradução: Meire Portes
Santos. Viçosa: Ultimato, 2010, p.28).
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“nele se cumpre esta Escritura” na presença de seus ouvintes. E estes experi-
mentam a presença do reino em suas vidas, na medida em que respondem a
ele em arrependimento e fé.
O ensino e a proclamação do reino de Deus são acompanhados pela ação
de Jesus em termos de “cura de toda enfermidade e de toda dor”. Os quatro
Evangelhos demonstram essa maravilhosa liberação de poder milagroso em
resposta às necessidades corporais de multidões submetidas à pobreza, so-
bretudo na província da Galileia. É óbvio que para Jesus o corpo humano não
é menos digno de atenção e cuidado que o espírito.
Se algo está claro a partir da descrição do ministério de Jesus é que para ele
a unidade do ser humano é uma premissa fundamental e, consequentemen-
te, a missão de Deus aponta para a restauração da totalidade da pessoa em
comunidade, segundo o propósito que estabeleceu originalmente na criação.
Assim, hoje tomamos parte nisso como continuadores da missão integral de
Jesus, na medida em que orientamos nosso ministério para a satisfação de
necessidades humanas de pessoas indivisíveis.”11
11. PADILLA, C. Rene. A missão integral de Jesus. Traduzido por Wagner Guimarães. Disponível
em: <http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/335/a-missao-integral-de-jesus> Acessado: 03
de outubro de 2010.
PROCLAMANDO
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