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Tião Viana
Governador do Estado do Acre
Nazareth Lambert
Vice-Governadora
Vanderlei Thomas
Secretário de Estado de Segurança Pública do Acre
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................... 8
2.2.3 Cadastro Ambiental Rural – CAR e o Programa de Regularização Ambiental - PRA .....31
3.2.1 Metodologia para definição do Nível de Referência do Programa ISA Carbono ............36
5.1 Diagnóstico dos Cenários de Desmatamento, Queimadas e Incêndios Florestais nos Muni-
cípios do Acre ......................................................................................................................................................69
5.2.3 Eixo temático - Manejo do Fogo e Combate a Queimadas e Incêndios Florestais ........ 74
APRESENTAÇÃO
Seguindo as orientações do Plano de Pre- Sisa, uma das primeiras iniciativas de Redução
venção e Controle do Desmatamento da Ama- de Emissões por Desmatamento e Degradação
zônia Legal - PPCDAm, o Plano Estadual de (REDD+) jurisdicionais do mundo a receber re-
Prevenção e Controle do Desmatamento e cursos de apoio como os de REDD Early Movers
Queimadas do Acre - PPCDQ/AC também assu- pelo banco alemão KFW. O Programa ISA Car-
me a meta voluntária de reduzir em 80% a taxa bono tem permitido a geração de incentivos
de desmatamento, contribuindo para as siner- financeiros para investimento em programas
gias entre as políticas existentes. O objetivo é de apoio à produção sustentável e manutenção
consolidar a gestão ambiental compartilhada dos estoques florestais. Assim, o Estado vem
já adotada pelo Estado, no sentido de superar fortalecendo o uso sustentável e a redução da
os diferentes fatores e vetores que ainda con- pressão sobre a floresta, através de incentivos
tribuem para fomentar o desmatamento, e as- econômicos para pequenos produtores, extra-
sim fortalecer o desenvolvimento sustentável, tivistas, indígenas e ribeirinhos.
com foco na comunidade e na conservação do
Historicamente os índices de desmatamen-
ativo socioambiental e florestal.
to costumam acompanhar os grandes ciclos da
Nos últimos 20 anos, o Acre inovou na cria- economia, considerando que são econômicas
ção de políticas públicas de valorização dos as motivações para o corte raso das florestas,
ativos ambientais florestais, através de uma como o comércio de madeira, a expansão da
economia de base florestal, promovendo de- agricultura e da pecuária, entre outros fatores.
senvolvimento econômico e conservação am-
Para o alcance das metas de redução do
biental, com equidade social.
desmatamento e emissões, previstas no PP-
Neste período, destaca-se a criação do Sis- CDQ/2017-2020, o Governo do Estado orienta
tema de Incentivo aos Serviços Ambientais - a integração dos programas, projetos e ações,
6
através de uma forte articulação entre os órgãos
federais e estaduais, para o combate a crimes
ambientais, com foco no combate à grilagem de
terras, ocupações ilegais, dentre outras ativida-
des vetoras do desmatamento no estado.
7
Rio Acre. Foto Secom/AC.
INTRODUÇÃO
8
que isto ocorra, o esforço não pode ser unica-
mente da União, sendo necessário um grande
empenho compartilhado com os Estados, os
Municípios, e os vários atores sociais associa-
dos com o tema.
9
Colheita de castanha no Acre. Foto: SECOM/AC
10
h) O Projeto Paisagens Sustentáveis na Ama-
zônia é um projeto do Governo Federal por meio
do Departamento de Conservação de Ecossiste-
mas (DECO) e do Departamento de Áreas Pro-
tegidas (DAP)/Ministério do Meio Ambiente
(MMA) que está alinhado com os objetivos es-
tratégicos do GEF (Global Environment Facility)
de melhorar a sustentabilidade dos sistemas de
Áreas Protegidas, reduzir as ameaças à biodiver-
sidade, recuperar áreas degradadas, aumentar
o estoque de carbono, desenvolver boas práticas
de manejo florestal e fortalecer políticas e pla-
nos voltados à conservação e recuperação.
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Queimada na Amazônia. Foto: Extreme Amazon
12
na dinâmica de uso da terra, e da área queimada,
e a gestão territorial e ambiental.
13
14
Foto: Sema/AC
PARTE I. DINÂMICA DO DESMATAMENTO
E QUEIMADAS NO ESTADO DO ACRE
O
Estado do Acre é um dos menores estados nomia do estado de modo que ofereça menos
da Amazônia Legal, mas com grande con- ameaça a floresta. (Maia et al., 2014).
tribuição para a história da conservação na
Apesar de todo o investimento no Acre em re-
região e no Brasil. Este estado que cobre 164.122
duzir o desmatamento, a conversão de floresta
km² ainda mantém 87% de sua cobertura vegetal
em outros usos da terra, mesmo que em um rit-
nativa intacta, um verdadeiro patrimônio florestal
mo menor, ainda continua acontecendo. Vários
e de sociobiodiversidade.
são os desafios para enfrentar este problema.
O Acre tem deixado um legado sem prece- Mais de 85% da população rural no estado do
dentes no que diz respeito às práticas relaciona- Acre está ligada a produção familiar, e a pecuá-
das ao desenvolvimento sustentável. Foi do Acre ria é o uso dominante do solo. Estes pequenos
que emergiu o movimento seringueiro que, atra- produtores encontram-se, em sua maioria nos
vés da liderança de Chico Mendes, motivou a projetos de assentamento e nas unidades de
criação das Reservas Extrativistas como principal conservação, principalmente nas de uso susten-
forma de proteção do modo de vida das popula- tável. Estas duas categorias fundiárias ocupam
ções tradicionais que vivem dos recursos flores- cerca de 11% e 31% da área do estado, respec-
tais. O estado também tem sido, nos últimos 20 tivamente. As terras indígenas ocupam 15% do
anos, inovador na criação de políticas públicas território, as propriedades particulares 23% e as
que valorizam os ativos ambientais, da mesma terras públicas não destinadas 2%, completam o
forma que promovem uma melhor qualidade de rol de categorias fundiárias do estado (Figura 1).
vida aos povos da floresta e impulsionam a eco-
1 Maia, H., N.L. Sacarro Junior, J.J. Gomez, et al. (2014). Avaliação das políticas de desenvolvimento sustentável do estado do Acre (1999-2012). Rio Branco,
Acre: Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), p. 23
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Ao longo dos últimos anos, o estado do Acre tradas as maiores taxas de desmatamento do
vem acompanhando a tendência geral de redu- estado. Em 2017 a taxa de desmatamento foi
ção do desmatamento verificada na Amazônia de 257 km2, representando uma redução de
como um todo (Figura 2). Atualmente, o esta- 31% em relação ao ano anterior, com variação
do do Acre apresenta aproximadamente 2,2 de 65% no período 2004-2017 (Inpe, 2017), o
milhões de hectares desmatados, o qual tem que traduz a efetividade das políticas públicas
ocorrido a uma taxa anual de 29,3 mil hectares implementadas ao longo desse período, vincu-
nos últimos três anos e é 60 % menor que a do ladas ao PPCDAm.
período de 2001 a 2005, quando foram regis-
Figura 2. Taxas de desmatamento anual na Amazônia Legal e no Acre de 1988 a 2017 (km2).
Fonte: Prodes/Inpe, 2017.
No entanto, assim como em toda a Amazô- modalidades sendo, portanto, ocupada por pe-
nia, o desmatamento ainda não é uma questão quenos agricultores familiares, cuja atividade
superada. A despeito dos esforços das políticas principal é a pecuária de cria/recria e produção
públicas direcionadas ao controle do desmata- de leite e farinha (Sá et al., 2020). (Figura 3).
mento e da degradação florestal, o Acre, assim
Os rios, que cortam latitudinalmente o esta-
como toda a região amazônica, também está su-
do, também são outro vetor de desmatamento,
jeito à interferência de dinâmicas econômicas e
visto que grande parte da população está loca-
políticas públicas que atuam de forma contrária
lizada nas suas margens (Figura 3). Esta popu-
às tendências de redução.
lação consiste principalmente em ribeirinhos e
O desmatamento está concentrado princi- extrativistas descendentes de migrantes, que
palmente na região de Rio Branco e municípios foram ali estabelecidos na época da exploração
vizinhos e ao longo das principais rodovias do do látex no início do Século 20 (Alegretti, 1990).
estado (BR-364 e BR-317). Esta região possui Estes rios também são as principais vias de lo-
uma porção significativa definida como assen- comoção para populações indígenas, dentre os
tamentos da reforma agrária em suas diversas quais alguns isolados. Ribeirinhos, extrativistas e
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Foto Arison Jardim/SECOM AC
povos indígenas fazem uso da técnica produtiva desmatamentos principalmente para a produ-
de corte e queima e rotação, gerando pequenos ção de cultivos anuais como mandioca e milho.
Figura 3. Distribuição espacial do desmatamento no Acre e proporção da área de floresta e desmatada até 2016.
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1.1 Desmatamento por Unidade
de Destinação de Uso da Terra
Figura 4. Contribuição dos municípios para o desmatamento recente (2014 a 2016) no Acre.
Fonte: Inpe, 2017.
2 Inpe 2018. Programa de Monitoramento da Floresta Amazõnica Brasileira por satélite - Prodes. Instituto de Pesquisas Espaciais.
3 Programa Terra Legal: Programa de regularização fundiária, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que juntamente aos estados e municípios,
objetiva, com a segurança jurídica, impulsionar a criação e o desenvolvimento de modelos de produção sustentável na Amazônia Legal.
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Figura 5. Área desmatada até 2016 por categoria fundiária no estado do Acre. Fonte: Consolidação de bases fundiá-
rias para Assentamentos rurais (INCRA, 2016), Áreas Protegidas (ISA, 2016), Terras Públicas não Destinadas (SFB,
2016), Terras Particulares (SICAR, 2016), PRODES (2014-2016).
Com exceção das terras públicas não desti- No caso específico dos assentamentos, 12
nadas, onde o desmatamento tem se mantido dos 131 projetos analisados concentram 51%
constante nos últimos 16 anos, todas as outras do desmatamento total no período, dentro des-
categorias fundiárias têm sofrido reduções de ta categoria fundiária, localizando-se ao longo
desmatamento consideráveis. das BR-364 e BR-317 nos municípios de Sena
Madureira e Senador Guiomard (Figura 6).
Figura 6. Localização dos 12 assentamentos que mais desmataram entre 2014 e 2016.
Fonte: Inpe, 2017.
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Nas áreas protegidas, o desmatamento tem últimos três anos, liderou o ranking das unida-
se concentrado principalmente nas unidades des de conservação que mais desmataram no
de conservação federais, com o destaque para estado do Acre (Figura 7).
a Reserva Extrativista Chico Mendes que, nos
Figura 7. Distribuição espacial das áreas protegidas que mais desmataram entre 2014 e 2016 no estado do Acre.
Fonte: Inpe, 2017.
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Figura 8. Mapa de vulnerabilidade ao desmatamento no estado do Acre. Fonte: Ipam, 2017.
Figura 9. Mapa de áreas críticas ao desmatamento no estado do Acre. Fonte: Inpe, 2017.
Acrelândia, Tarauacá e Feijó. Dentre as catego- terras públicas não destinadas ou sem informa-
rias fundiárias, os assentamentos e áreas pri- ção aparecem de forma mais significativa nas
vadas predominam nas faixas de muito alta a faixas de média e baixa criticidade, demons-
alta criticidades e as áreas sem informação ca- trando estarem menos suscetíveis ao desmata-
dastral nas faixas de alta e média criticidade. As mento para os próximos anos (Figura 9).
Terras Indígenas, Unidades de Conservação e Essas informações são fundamentais para
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apoiar o PPCDQ de forma a apontar priorida- produtivas sustentáveis e a regularização am-
des de ação territorial no que diz respeito ao biental, especialmente nos assentamentos e
comando e controle, ao fomento as atividades propriedades privadas.
Figura 10. Número de polígonos por classe de tamanho e extensão (ha) das áreas
afetadas pelo fogo nos anos de 2015 e 2016. Fonte: Ucegeo, 2017.
4 Análise dos focos de calor com base no satélite de referência Agua-M-T entre 2002 a 2016. Disponível em: prodwww-queimadas.dgi.inpe.br/bdqueimadas.
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Desmatamento. Foto: Welington Pedro de Oliveira
Figura 11. Análise da probabilidade de degradação florestal pelo fogo no Acre, utilizando como período de referên-
cia os anos de 2003 a 2015. Fonte: Anderson, 2017 5
5 Anderson, L. Risco de queimadas no Estado do Acre para o ano de 2016. Relatório Técnico. Cemaden, 2017.
23
1.4 Degradação por Incêndios Florestais
No Acre, a soma das áreas de florestas im- Na região do vale do Rio Acre a reincidência
a)
b)
Figura 12. Série histórica dos incêndios florestais para o Estado do Acre para período 1984-2016. (a) Espacialização
dos incêndios e (b) distribuição anual da área da ocorrência dos incêndios florestais (2005, 2010 e 2016, anos de
secas extremas). Fonte: Silva (2017).
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Foto: SEMA/AC
do fogo foi maior que em outras partes do es- Senador Guiomard, Plácido de Castro, Capi-
tado, com florestas queimadas até três vezes xaba, Bujari e Acrelândia.
(condição recorrente em todo o arco do des-
matamento). Esta região representa 88% de Quando avaliada a ocorrência dos incêndios
toda área de floresta afetada pelo fogo no esta- florestais por categoria fundiária, os projetos
do do Acre, apresentando impacto semelhante de assentamento apresentam a maior pro-
ao desmatamento. Os municípios de Plácido de porção de incêndios florestais (48% - 237.506
Castro, Senador Guiomard e Acrelândia foram ha.), seguido pelas propriedades privadas (24%
também os mais afetados pelos incêndios flo- - 119.572 ha.), unidades de conservação (14%
restais. As áreas de reincidência dos incêndios - 68.699 ha.), terras da União (12% - 60.240 ha)
florestais foram maiores nos municípios de e terras indígenas (1% - 5.059 ha.) (Figura 13).
Figura 13. Contribuição das categorias fundiárias na ocorrência dos incêndios florestais no Estado do Acre entre
1984 a 2015: a) contribuição percentual do total das áreas afetadas por incêndios florestais por categoria fundiária
e b) a contribuição do somatório percentual anual dos incêndios florestais em função do remanescente florestal de
cada categoria fundiária. PP (Propriedades Privadas); PA (Projeto de Assentamento); UC (Unidade de Conservação);
TI (Terra Indígena), TU (Terras da União). Fonte: Silva (2017).
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Praça da Revolução - Rio Branco/AC. Foto: Secom/AC.
PARTE II. CONTEXTO POLÍTICO – INSTITUCIONAL
Na parte II são apresentados os contextos político e institucional no âmbito
nacional e estadual associados à temática do desmatamento e queimadas
das florestas amazônicas, especialmente do Estado do Acre.
2.1 Nacional
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O Plano de Prevenção e Controle do Desma- de GEE em 37% até 2025 e 43% até 2030 em
tamento da Amazônia Legal6 (PPCDAm) é ins- comparação com os níveis de desmatamento
trumento da PNMC, foi criado em 2004, e tem registrados em 2005. Ainda dentre os esforços
como objetivo principal reduzir o desmatamen- assumidos pelo Brasil e posteriormente ratifi-
to e a degradação da vegetação nativa, buscan- cados, o compromisso do Código Florestal é de
do transição para um modelo de desenvolvi- restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares
mento econômico com base sustentável. A meta de florestas, ampliar a escala dos sistemas de
estabelecida para a redução do desmatamento manejo sustentável de florestas nativas, restau-
na Amazônia Legal até 2020 é de 80%, relativo rar 15 milhões de hectares de pastagens degra-
à média da taxa de desmatamento no período dadas, e aumentar em 5 milhões de hectares
de 1996-2005 (MMA, PPCDAm 2016-2020 ). Em a área produtiva sob o sistema de integração
sua 4ª fase, o PPCDAm 2016-2020 alcançou im- lavoura-pecuária-florestas até 2030.
portantes resultados, contudo alguns desafios
persistem e se faz importante a interlocução en- A busca pela redução do desmatamento,
tre governo federal e estados para orientar os através dos planos federal e estaduais de pre-
esforços de implementação das ações, especial- venção e controle ao desmatamento, permite
mente nas áreas críticas de desmatamento. que o país possa receber pagamento por resul-
tados de redução das emissões de GEE oriundos
Ainda em convergência com o PNMC, o Có-
do desmatamento e da degradação florestal, via
digo Florestal (Lei Federal no 12.651/12), busca
um conjunto de incentivos econômicos do REDD
incentivar a conservação ambiental, a recupe-
(Redução de emissões decorrentes do desmata-
ração das áreas degradadas e o desenvolvimen-
mento e da degradação de florestas), assim como
to de instrumentos econômicos e de incentivo
pela conservação, manejo sustentável e aumen-
ao desenvolvimento sustentável. O Cadastro
to de estoques de carbono florestal, representa-
Ambiental Rural (CAR) é uma importante fer-
do pelo sinal de + adicionado à sigla REDD.
ramenta que, através da declaração das infor-
mações ambientais das propriedades e posses
No Brasil, a ENREDD+ (Estratégia Nacional
rurais, permite o reconhecimento do território
para REDD +) é o documento que formaliza, pe-
rural brasileiro e pode contribuir para o plane-
rante a sociedade brasileira e os países signatá-
jamento de políticas agroambientais com vistas
rios da Convenção-Quadro das Nações Unidas
ao fomento do melhor uso das áreas abertas. O
sobre Mudança do Clima (UNFCCC), como o go-
Decreto Federal no 7.830/2012 criou o Sistema
verno federal tem estruturado seus esforços e
de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) e o De-
como pretende aprimorá-los até 2020. O objeti-
creto Federal no 8.325/14 estabeleceu normas
vo geral estabelecido pela ENREDD+ é contribuir
gerais para os Programas de Regularização Am-
para a mitigação da mudança do clima por meio
biental (PRA).
da eliminação do desmatamento ilegal, da con-
Na Conferência das Partes7 em 2015, atra- servação e da recuperação dos ecossistemas flo-
vés do Acordo de Paris, o Brasil assumiu o com- restais e do desenvolvimento de uma economia
promisso de zerar o desmatamento ilegal na florestal sustentável de baixo carbono, gerando
Amazônia até o ano 2030 e reduzir as emissões benefícios econômicos, sociais e ambientais.
6 PPCDAm. Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal. Fase I. Brasília, DF: Casa Civil da Presidência da República, 2004.
7 Conferência das Partes (COP) é o órgão decisório da Convenção-Quadro do Clima (UNFCCC). Constituída por todos os Estados Partes, reúne-se a cada
ano em uma sessão global com vistas a decidir metas e formas de implementação de combate ás mudanças climáticas.
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2.2 Estadual
2.2.1 O Zoneamento Ecológico – Econômico/ZEE
e a Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal
8 ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico Econômico do Acre. Documento Final. Rio Branco. 2000.
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A Política de Valorização do Ativo Ambien- GEE, com a promoção de arranjos dos novos
tal Florestal (Lei Estadual no 2.204/2008) foi negócios em áreas abertas, voltados para os
estabelecida a partir do ZEE, com o objetivo aspectos sociais e ambientais de forma inova-
central de garantir o uso sustentável e a gestão dora, como estratégias que contribuem para a
adequada do território, com inclusão social e melhoria das condições de vida da população,
econômica. Esta política tem contribuído para para a inclusão social e a redução da pressão
a mitigação e adaptação às mudanças climá- sobre a floresta remanescente.
ticas, e consequente redução da emissão de
Foto: Secom/AC
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nas áreas territoriais como unidades de conser- A implementação do Sisa e seu primeiro
vação ou terras indígenas. Programa ISA Carbono deu-se através da remu-
neração de resultados de redução de emissões
Considerando a primeira edição do Plano
por desmatamento no âmbito da Iniciativa Glo-
Estadual de Prevenção e Controle do Desma-
bal REDD+ Early Movers (REM) do Banco de De-
tamento de Acre (PPCD / AC) e o Sistema de
senvolvimento KfW da Alemanha, no período
Incentivos a Serviços Ambientais - Sisa foram
de 2012 a 2017.
criados em 2010, ambos com ampla participa-
ção social e com o objetivo comum de conciliar Os resultados do Programa ISA Carbono es-
desenvolvimento com a conservação da flores- tão sendo atingidos também devido ao sucesso
ta e dos recursos naturais em geral. É importan- na implementação das ações do PPCD. Os re-
te destacar a integração e complementaridade cursos da remuneração estão sendo investidos
dos dois instrumentos. para fortalecer ainda mais estas ações, gerando
assim um círculo virtuoso que contribui para a
O PPCDQ (2017-2020) prevê a continuidade consolidação do modelo de desenvolvimento
de ações de fomento das cadeias produtivas sustentável do Estado do Acre. Apesar dos re-
sustentáveis, de ordenamento fundiário e terri- cursos limitados do Programa REM é possível
torial e de controle do desmatamento, visando constatar que tem um efeito catalisador, geran-
continuar reduzindo o desmatamento de ma- do sinergias com outros programas e recursos
neira significativa e duradoura. de outras fontes de financiamento.
Foto: Secom/AC
31
O Governo do Acre entende que esta é uma pequenas propriedades; e em números totais
oportunidade para complementar suas polí- 94% dos passivos ambientais estão em peque-
ticas de meio ambiente relacionadas com o nas propriedades/posses. Este estudo também
ZEE e com o SISA. A implementação do Código indica alta incidência de passivos de reserva le-
Florestal é prioridade, com estratégia definida gal decorrente de desmatamentos irregulares
desde o início das inscrições no CAR, especial- posteriores a 22 de julho de 2008, data de cor-
mente para a agricultura familiar. te para consolidação de áreas perante a lei flo-
restal. Os dados demonstram necessidade de
De acordo com os dados do Sistema Nacio-
retificação de sobreposições e validação, passo
nal de Cadastro Ambiental Rural (Sicar10 - no-
anterior ao PRA, especialmente nas áreas críti-
vembro/2017), o Acre possui aproximadamente
cas de desmatamento.
49,2 mil imóveis rurais inscritos no CAR e 10,9
milhões de hectares de áreas cadastradas (66%
A implementação do PRA trará a efetivação
do território acreano e 90% da área cadastrável).
da recuperação das áreas desmatadas ilegal-
Análise nos dados do CAR11 demonstra que, mente, apresentando-se como oportunidade
dentre as propriedades e posses rurais, 59% para a restauração dos passivos ambientais, al-
da área com passivo em Reserva Legal ocorrem ternativas técnicas baseadas em sistemas agro-
em médias e grandes propriedades e 41% em florestais com potencial econômico e o desen-
volvimento da cadeia produtiva florestal.
11 Relatório técnico “Análise do passivo de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP) em propriedades do Cadastro de Imóveis Rurais
– CAR do estado do Acre” (IPAM, 2016).
32
PARTE III. PLANO DE PREVENÇÃO E CONTROLE
DO DESMATAMENTO, QUEIMADAS E INCÊNDIOS
FLORESTAIS – 2a FASE (2017-2020)
A
lém da meta estabelecida para Amazô- tar PRA (Programa de Regularização Ambiental),
nia Legal, de redução de 80% do des- discutir sobre regulamentação da CRA (Cota de
matamento até 2020 (relativo à média Reserva Ambiental), e conversão de multas);
da taxa de desmatamento no período de 1996-
● Revisar e monitorar os PPCDQ, garan-
2005), o Governo do Acre se comprometeu,
tindo alinhamento entre a iniciativa federal e
durante a COP 21, a ampliar os esforços para
as estaduais, com desenvolvimento de metas e
conter o aquecimento global. Os compromis-
indicadores comuns;
sos compreendem metas e ações para serem
alcançadas até 2020 e 2030. ● Formular estratégias coordenadas de
combate ao desmatamento ilegal, inclusive com
Junto com Ministério do Meio Ambiente
compartilhamento de serviços de inteligência e
(MMA) e Governo do Mato Grosso, o Acre as-
com operações conjuntas de fiscalização;
sinou uma declaração comprometendo-se a
alcançar a meta de Desmatamento Ilegal Zero ● Integrar bases de dados e processos de
até 2020, através de medidas a serem desen- licenciamento e autorização federal e estadual
volvidas entre as partes para: para supressão de vegetação;
33
● Desenvolver políticas de desenvolvimento soluções integradas para as desigualdades so-
florestal – restauração, recomposição, refloresta- ciais e ambientais associadas ao avanço das
mento, revegetação e recuperação das Áreas de frentes agropecuárias sobre a floresta.
Proteção Permanente e de Reserva Legal;
No Memorando de Entendimento, denomi-
● Desenvolver políticas coordenadas para nado Under2 MOU, o Estado do Acre propôs
a criação de Unidades de Conservação e conso- ainda ações que visam a redução das emissões
lidação das unidades existentes, assim como a de GEE para 2030, baseado em estratégias e
pactuação de metas e áreas prioritárias para a ações necessárias ao cumprimento das metas
conservação da biodiversidade; acordadas, as quais incluem a conservação flo-
restal, a redução de emissões de desmatamen-
● Elaborar, de forma conjunta com os mu-
to, a agricultura e pecuária diversificada em ba-
nicípios, as estratégias estaduais de adaptação
ses sustentáveis e o monitoramento ambiental.
às mudanças do clima em sintonia com PNMC;
Esta última meta, dentre outras ações, trata da
● Assegurar que a revisão dos Planos Es- implementação e do monitoramento do PPCDQ
taduais de Recursos Hídricos conte com apoio e estadual e dos 22 planos municipais de preven-
assistência do MMA e ANA; ção e controle do desmatamento.
34
3.2 Nível de Referência do Programa
de Incentivos a Serviços Ambientais do SISA
Figura 14. Cenário de referência no contexto do PPCD-Acre para o estabelecimento de metas. Fonte: Acre, 2010. 14
Como o FREL submetido pelo Brasil apresenta levado em consideração para o cálculo no âm-
algumas diferenças conceituais e metodológicas bito do Programa ISA Carbono, foi necessário
em relação ao nível de referência estabelecido realinhar o nível de referência estadual com o
no documento orientador do Fundo Amazônia, nível de referência federal. No mesmo sentido,
12 Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas (United Nations Framework Convention on Climate Change - UNFCCC).
13 Acre 2016. Nota Técnica: Nível de Referência Estadual (ACS/VCS) vs Submissão do Nível de Referência Nacional à UNFCCC – Versão para discussão na
Reunião do Comitê Científico de 11/07/2016.
14 O Programa Global REDD Early Movers (REM) teve início em 2011, por intermédio do Banco Alemão de Desenvolvimento KFW, com recursos do Fundo de
Energia e Clima do Governo Federal da Alemanha.
35
no decorrer do desenho do programa, o nível de creto 7.390/2010, que a regulamenta.
referência estadual foi evoluindo para se ajus- Assim estas mudanças metodológicas foram
tar às normativas estaduais e federais vigentes, consideradas para apresentar a nova metodo-
como o Plano Estadual de Prevenção e Controle logia de definição do nível de referência e o cál-
do Desmatamento - PPCD-Acre, a Política Nacio- culo das emissões reduzidas no Programa ISA
nal sobre Mudanças Climáticas (PNMC) e o De- Carbono do Sisa.
36
Radambrasil são associados a cada pixel de des- desmatamento (1996 – 2005), que correspon-
matamento. O Acre está coberto pelos volumes de a 602 km2/ano. Baseado nesse valor, foi as-
12 e 13 do Radambrasil com tipologias florestais sumida a meta de redução de 80% do desma-
com densidades que variam de 121,02 a 183 tC/ tamento para 2020, com a projeção linear da
ha. Adotando a média simples das densidades redução do desmatamento. A partir de 2006
de carbono das tipologias presentes no estado, esta linha de base foi revisada a cada 5 anos, e
considerou-se para o terceiro período, a densi- a diferença entre o desmatamento observado
dade média de carbono de 153,4 tC/ha. e aquele previsto na linha de base foi utilizada
para calcular o desmatamento reduzido pelo
3.2.1.1 Primeiro Período estado (Figura 15 e Tabela 1).
(2006 – 2010)
P
Tabela 1. Desmatamento anual no Estado do
ara o primeiro período do programa, cum-
Acre, segundo PRODES de 1996 a 2005 e taxa
prida a competência legal do Estado no
média de desmatamento do período.
âmbito do quadro nacional vigente à data da
publicação da Lei do Sisa, o Estado do Acre uti- Taxa média anual
Desmatamento
lizou a lógica da PNMC. Esta lógica prevê revi- Ano do desmatamen-
(Km2)
to
sões periódicas a cada cinco anos na quantifi-
1996 433
cação e definição das suas metas de redução 1997 358
do desmatamento, no âmbito do PPCD-AC. 1998 536
A primeira definição em termos de critérios 1999 441
para o estabelecimento de cenários de referên- 2000 547
602
cia neste contexto foi criada com o lançamen- 2001 419
Figura 15. Taxa média adotada para o primeiro período. Fonte: Acre, 2010.16
16 Acre 2016. Nota Técnica: Nível de Referência Estadual (ACS/VCS) vs Submissão do Nível de Referência Nacional à UNFCCC – Versão para discussão
na Reunião do Comitê Científico de 11/07/2016.
37
3.2.1.2 Segundo Período 496 km2/ano, considerando os valores médios
(2011 – 2015) do período 2001-2010, pelas taxas verificadas
P
do desmatamento (Tabela 2 e Figura 16).
ara o período 2011-2015, o Estado do Acre
definiu como estratégia a adoção de um Tabela 2. Desmatamento anual no estado do
cenário intermediário entre o PPCD-Acre e a Acre segundo PRODES (2001 a 2010) e taxa
PNMC, conforme apresentado na Figura 15. média de desmatamento do período.
Esta abordagem justifica-se pelo conservado-
rismo, pois é inferior à média das taxas históri- Desmatamento Taxa Média Anual
Ano
(Km2) do Desmatamento
cas 1996-2005 adotada no primeiro período, a
2001 419
qual pode ser replicada pelo Estado e estendi- 2002 883
da até 2015, garantindo a consonância neces- 2003 1078
sária com a regulamentação nacional. 2004 728
A projeção é linear até 2015, e este cenário 2005 592
496
intermediário está em consonância também 2006 398
Figura 16. Cenário intermediário entre o PPCD-Acre e o PNMC para definir o Nível de Referência
do Segundo Período. Fonte: IMC, 2016
38
3.2.1.3 Terceiro Período (2016 – 2019 43.400 6.657.560 24.433.245
2020) 2020 43.400 6.657.560 24.433.245
Figura 17. Cenário em conformidade com definições estabelecidas no FREL, para definir o Nível de Referência do
Terceiro Período.
17 http://redd.unfccc.int/files/20140606_submission_frel_brazil.pdf
39
3.3.1 Objetivos Estratégicos to às atividades produtivas sustentáveis.
41
Tabela 4. Recursos disponíveis por eixo – valor
total, média por estratégia, média por ação.
42
As ações do PPCDQ-AC são planejadas para Tabela 5. Atores-chave principais e respectiva
serem executadas em diversos períodos, algu- participação nas ações do PPCDQ-AC
mas das quais já foram iniciadas em 2017. O
PPCDQ-AC concentra aproximadamente 26% Atores-chave Proporção de ações sob sua
responsabilidade
das suas ações no período 2017-2019. Ações
SEMA 32
planejadas para os períodos 2018-2020 e 2018-
SEAPROF 32
2022, correspondem a 22% e 16% das ações
IMAC 11
totais, respectivamente. Mesmo considerando
que o período do PPCDQ-AC é 2017-2020, qua-
se 40% das ações têm horizonte de finalização
EIXO 1 – Monitoramento, Comando
após 2020, algumas delas alcançando 2023.
e Controle Ambiental, Gestão
O plano de ação do PPCDQ-AC define a área e Governança
O
de desenvolvimento de cada uma das ativida-
monitoramento, controle e fiscalização am-
des. A localização das ações está delimitada na
biental vêm se consolidando como um dos
escala municipal, mas estabelecendo-se que a
principais instrumentos para a repressão ao
mesma é focada, quando possível, nas regiões
desmatamento e as queimadas ilegais, sendo
críticas ao desmatamento e queimadas, confor-
as suas ações as que mais contribuíram para o
me análise de vulnerabilidade anteriormente
sucesso dos objetivos de redução das taxas de
apresentada. A maioria das ações é planejada
desmatamento, através da Força Tarefa estabe-
para ser desenvolvida em todos os municípios
lecida pelo Governo do Estado, sob a coorde-
do estado do Acre. No entanto, destacam-se al-
nação estratégica da Casa Civil e coordenação
guns atos que se concentram na cidade de Rio
técnica da Sema.
Branco (ex. Estruturação de órgãos de governo
com sede na capital do estado), em áreas previa- No entanto, ainda é notório o aumento da
mente definidas como prioritárias, em função da área florestal degradada, num processo de
taxa de desmatamento e queimadas (ex. Opera- desmatamento e extração ilegal de madeira de
ções de monitoramento e fiscalização), em áreas grandes e pequenos polígonos pulverizados,
protegidas (ex. Unidades de conservação, Terras para comercializar a madeira e/ou abrir novas
indígenas), e projetos de reforma agrária. áreas para agropecuária. Este processo com-
promete a integridade ambiental da floresta,
O plano de ação do PPCDQ-AC identifica e
inclusive, num processo que costuma culminar
define atores-chave e seus principais parceiros,
na sua total retirada. O desmatamento junto
responsáveis pela execução das estratégias e
com os incêndios florestais são parte associada
ações de cada um dos eixos. Sem desconsiderar
de um círculo vicioso de degradação.
instituições em nível federal e municipal, assim
como as organizações da sociedade civil, a exe- A eliminação ou maior redução do desmata-
cução está associada às instituições de governo mento ilegal e uso do fogo demanda ações de
estadual, em alguns casos com envolvimento de longo prazo. Neste sentido, no curto e médio
mais de um ator-chave na responsabilidade pelo prazo, até que ocorra a transição para um mo-
seu desenvolvimento. Considerando os diversos delo de ocupação mais consciente da impor-
eixos, observa-se uma concentração de respon- tância da floresta, a prevenção, a fiscalização
sabilidades na Assessoria Indígena (Eixo I), Sema e a responsabilização pelos crimes e infrações
e Seaprof (Eixo II) e Iteracre (Eixo III) (Tabela 5). ambientais permanecem como essenciais para
o controle do desmatamento na Amazônia.
43
Foto: Floresta Silenciosa. http://florestasilenciosa.ambiental.media/
Destaca-se ainda, que a baixa acessibilidade to, de alterações na cobertura florestal, na dinâ-
em vários locais do Acre é um dos principais fa- mica de uso da terra e da área queimada;
tores que facilita atos ilegais de desmatamento
c) Gestão territorial e ambiental.
e exploração madeireira, assim como dificulta
o monitoramento, constituindo-se portanto, Desta forma este eixo se propõe a atingir as se-
no desafio central para o planejamento das guintes metas:
ações de Monitoramento e Controle.
a) Ampliar o número de operações integradas de
Com a necessidade de aprimoramento de vistorias, monitoramento e fiscalização;
todas as fases de execução, este eixo se cons-
b) Aumentar a capacidade de operação dos prin-
titui de 5 estratégias (fortalecimento das ações
cipais órgãos de fiscalização e monitoramento,
de fiscalização ambiental e orientação ao ade-
através da aquisição de insumos e equipamentos,
quado uso dos recursos naturais, através da
assim como atividades de treinamento específico;
modernização operacional e melhoria da capa-
cidade técnica instalada; consolidação da Força c) Melhorar a capacitação da população sobre
Tarefa; fortalecimento do sistema de inteligên- temas associados ao uso da terra e do fogo, con-
cia especializada no combate a crimes ambien- solidando e ampliando redes de assistência téc-
tais; ampliação do Cadastro Ambiental Rural; nica e extensão agroflorestal e indígena;
aprimoramento da gestão das Áreas Naturais
Protegidas) associadas com: d) Aumentar o número de processos de infração
ambiental abertos e finalizados por ano;
a) Fiscalização estratégica, com operações em
campo baseadas na cooperação entre institui- e) Fortalecer a integração de bases de dados e in-
ções e sistemas de inteligência. Cabe destacar a formações associadas ao monitoramento da di-
importância fundamental do envolvimento e a nâmica do desmatamento, ao licenciamento am-
parceria dos Estados, assim como de países fron- biental de propriedades rurais, desmatamento e
teiriços no combate ao desmatamento; manejo florestal, e às atividades de fiscalização;
44
samento e Sensoriamento Remoto à cargo da das áreas de passivo ambiental; fortalecimento
Unidade Central de Geoprocessamento – UCEGEO; e ampliação do manejo florestal madeireiro e
não madeireiro sustentável; implantação e de-
g) Consolidar o Cadastro Ambiental Rural atra-
senvolvimento do Turismo de Base Comunitá-
vés da ampliação do número de propriedades
ria), associadas com:
inscritas e da formulação de pareceres técnicos
com analise ambiental; a) Valorização do uso econômico e sustentável
da floresta, incentivo ao uso múltiplo do ecos-
h) Aperfeiçoar a gestão de Unidades de Conser-
sistema e a produção e comercialização de pro-
vação e Terras Indígenas, através do financia-
dutos da sociobiodiversidade, com vistas à ge-
mento de ações e capacitação/assistência técni-
ração de renda, inclusão social, e conservação
ca, aquisição de equipamentos de vigilância, e
da biodiversidade;
estruturação de planos de manejo.
b) Incentivo aos modelos produtivos agropecuá-
rios sustentáveis, particularmente importante
EIXO II – Incentivo Econômico às para as populações vulneráveis econômica e so-
Atividades Produtivas Sustentáveis cialmente, muitas das quais integrando mode-
los de desenvolvimento da agricultura familiar e
45
garantindo condições adequadas de escoa- iniciativas do Zoneamento Ecológico-Econômi-
mento e armazenamento da produção; co-ZEE, implementação e desenvolvimento de
assentamentos da reforma agrária, desenvolvi-
d) Ampliar e fortalecer a implementação do
mento rural sustentável, entre outros.
PRA, através do aumento no número de ade-
sões, melhoria na capacitação técnica, recupe- O principal resultado do PPCDQ-AC até
ração de áreas alteradas e incremento de áreas 2020, será, em consonância com as ações fede-
reflorestadas, e a aquisição de equipamentos rais e dos estados vizinhos, efetivar o uso devi-
agrícolas, como forma de incrementar a produ- do das áreas, reduzindo o desmatamento e as
tividade dos estabelecimentos rurais e evitar o queimadas ilegais.
desmatamento de novas áreas de floresta;
Com a necessidade de aprimoramento de
e) Fortalecer as atividades de associações e todas as fases de execução, este eixo se cons-
cooperativas relacionadas à promoção de de- titui de duas estratégias (atualização do Zo-
senvolvimento das cadeias florestais madeirei- neamento Ecológico-Econômico; regularização
ras e não madeireiras, visando a valorização fundiária e destinação de áreas sem definição
dos recursos florestais em detrimento da con- fundiária), associadas com:
versão dessas áreas para instalação de outras
a) Revisão do ZEE do estado do Acre, instrumen-
atividades econômicas não sustentáveis;
to de negociação entre governo e a sociedade
f) Fomentar a gestão de florestas públicas, pri- de estratégias de gestão do território;
vadas e comunitárias;
b) Modernização e integração de bases de in-
g) Ampliar e qualificar o número de participantes formações e dados, com vistas a identificação
em atividades de promoção de turismo de base de áreas sem definição fundiária; e,
comunitária e de gastronomia de baixo carbono.
c) Regularização fundiária do território.
A
do ZEE, de forma participativa, que permita a
grilagem e o uso indevido de terras privadas
gestão do uso e ocupação do solo no estado do
e públicas, muitas das quais ainda não des-
Acre, observando as potencialidades e vulnera-
tinadas, continuam a ser alguns dos principais
bilidades de cada região;
vetores do desmatamento na Amazônia, por-
tanto, é preciso dar continuidade às ações do b) Reduzir as áreas do estado sem definição
estado, assim como de outros níveis de governo fundiária;
com responsabilidade no território, com vistas
c) Integrar informações de regularização fun-
a prosseguir com a efetiva destinação de áreas,
diária, de características ambientais e agrárias
através de estratégias e ações voltadas à regula-
existentes em bases do estado do Acre e do go-
rização fundiária e ambiental de particulares, a
verno federal;
criação e consolidação de unidades de conserva-
ção, demarcação e gestão ambiental e territorial d) Aumentar o número de áreas estaduais ar-
de terras indígenas. Faz-se também necessário recadadas, posses e parcelas rurais em polos
o estabelecimento de diretrizes de uso e ocupa- agroflorestais e unidades de conservação regu-
ção de terra em bases sustentáveis por meio de larizadas e com títulos definitivos entregues.
46
EIXO I – COMANDO E CONTROLE AMBIENTAL, GESTÃO E GOVERNANÇA
Estratégia 1 – Fortalecimento das ações de fiscalização ambiental e orientação ao adequado uso dos recursos naturais, através da modernização operacional e melhoria da
capacidade técnica instalada.
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: CBMAC, IMAC, BPA, SEMA, DC, CIOPAER, UCEGEO, PRONAFOGO, IBAMA, ICMBio e Municípios.
ATORES
OBJETIVOS ESTRA- RESULTADOS ESPE- FONTE PA- TEMPO DE DOCUMENTO DE
METAS AÇÕES VALOR (R$) MUNICÍPIOS
TÉGICOS RADOS GADORA EXECUÇÃO ORIGEM
CHAVES
Promover a Aumento das opera-
Operações de vistorias do S. Madureira,
redução e a ções de vistorias do
BPA; IMAC e outros nas M. Urbano,
responsabiliza- BPA; IMAC e outros
áreas críticas de desmata- Feijó e Taraua-
ção pelos crimes em áreas críticas de
mento. cá
e infrações am- desmatamento.
bientais.
Estruturação do CBMAC,
Órgãos de BPA Nota Técnica
IMAC - insumos e equipa-
Prevenir e com- Aumento da capaci- fiscalização REM / KfW /
mentos para o combate
bater a ocorrên- dade de operação dos ambiental 6.550.000 REM / KfW Rio Branco 2018-2022 Fase II
a incêndios e fiscalização
cia dos incêndios órgãos. estruturados e
ambiental.
florestais atuantes.
Capacitação de policiais
100% policiais do BPA no combate e prevenção
e Pelotão florestal a desmatamento e quei- Todos
capacitados. mada.
Estruturação do CBMAC
3.500 ocorrências
- insumos, equipamento Aumento da res-
atendidas/ano.
e treinamento para o posta do CBMAC
100 Bombeiros capaci- Carta Consulta
combate aos incêndios frente a incêndios
tados e treinados. Fundo Amazô-
ambientais. ambientais.
BNDES nia II
/ Fundo
16.511.390 CBMAC Todos 2018-2020
Capacitação de produtores Amazô-
Produtores ru- nia II
rurais pertencentes às co-
rais capacitados
1.000 produtores munidades localizadas em
quanto a formas
rurais capacitados. AP, como preparação para
e riscos do uso do
o efetivo combate a focos
fogo.
de queimadas.
47
Aumentar 100% o Implantação de sistema Modernização do
48
número de processos de licenciamento de ativi- Sistema de Licen-
abertos e finalizados/ dades florestais integrado ciamento Ambien- 2.834.750
ano. com o SICAR. tal das Atividades
Florestais.
Duplicar os processos
BNDES
administrativos de Carta Consulta
Implantação do Sistema / Fundo IMAC, UCE-
apuração de infração Todos 2018-2020 Fundo Amazô-
de Fiscalização e Gestão Amazô- GEO
ambiental instaura- Sistema de Fiscali- nia II
de Atos Autorizativos, com nia II
dos/ano. zação e Gestão de
dados de monitoramento 2.209.750
Aumentar 100% o da cobertura florestal gera- Atos Autorizativos
número de autos de dos pela UCEGEO. implantado.
infração ambiental
lavrados/ano.
CBMAC: Corpo de Bombeiro Militar do Acre; IMAC: Instituto de Meio Ambiente do Acre; BPA: Batalhão de Polícia Ambiental; SEMA: Secretaria de Meio Ambiente; DC: Defesa Civil; CIOPAER:
Centro Integrado de Operações Aéreas; UCEGEO: Unidade Central de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, PRONAFOGO: Programa Nacional de Redução do Uso do Fogo; IBAMA: Insti-
tuto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis; ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; Municípios, AP: Áreas protegidas.
Implantação de sistemas de
informação de monitora-
100% da co- BNDES / Carta Con-
mento integrado ao SIG/CAR Monitoramento remoto de polí- 2018-
Promover a redução e a bertura flores- 526.400 Fundo Ama- UCEGEO Todos sulta Fundo
para fiscalização e monitora- gonos do desmatamento. 2020
responsabilização pelos tal monitorada zônia II Amazônia II
mento remoto do desmata-
crimes e infrações am- mento e queimadas ilegais.
bientais.
Prevenir e combater a Monitoramento Multisensores
ocorrência dos incêndios de desmatamento e degradação
florestais. Ambiental Implantado.
Aprimorar e fortalecer o Implementação da Platafor- Monitoramento do desmatamen- BNDES / Carta Con-
monitoramento da co- to e queimada operando com 2018-
ma Computacional de Moni- 2.322.873 Fundo Ama- UCEGEO Todos sulta Fundo
bertura vegetal. precisão e alta resolução. 2020
toramento. zônia II Amazônia II
Visualização espacial da gestão
territorial e ambiental do Estado.
FONTE PAGA- ATORES- TEMPO DE DOCUMENTO DE
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS VALOR (R$) MUNICÍPIOS
DORA -CHAVES EXECUÇÃO ORIGEM
SEMA: Secretaria de Estado de Meio Ambiente; IMAC: Instituto de Meio Ambiente do Acre; IMC: Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais; PMAC: Policia Militar do
Acre; DC: Defesa Civil; CBMAC: Corpo de Bombeiro Militar do Acre; SIG/CAR-AC: Sistemas de Informação Integrados ao Cadastro Ambiental Rural do Estado do Acre; UCEGEO: Unidade Central
de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento; MRV: Monitoramento, Relatoria e Verificação
49
EIXO I – COMANDO E CONTROLE AMBIENTAL, GESTÃO E GOVERNANÇA
50
Estratégia 3 - Fortalecimento do sistema de inteligência especializada no combate a crimes ambientais
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: SESP, IMAC, UCEGEO, IBAMA, ICMBIO
FONTE TEMPO DOCU-
OBJETIVOS ESTRATÉ- RESULTADOS ESPE- ATORES- MUNI-
METAS AÇÕES VALOR (R$) PAGA- DE EXE- MENTO DE
GICOS RADOS -CHAVES CÍPIOS
DORA CUÇÃO ORIGEM
Patrulhamento policial
rural terrestre ostensivo e
especializado.
Operações policiais contra 14.906.139
crimes ambientais realizadas.
Patrulhamento policial
Promover a redução e a
aéreo em áreas rurais e de Redução de inquéritos
responsabilização pelos
floresta. policiais de crimes
crimes e infrações am-
bientais. Operações integradas de ambientais relatados.
6.517.424 Carta Con-
fiscalização em PA críticos. BNDES
sulta Fundo
/ Fundo SESP, IMAC, 2018-
Equipes de campo monito- Todos Amazônia II
Amazô- BPA 2020
rando e fiscalizando áreas Investigação criminal e in- nia II
críticas ao desmatamento e teligência policial com foco 1.973.524
Prevenir e combater a queimadas. em crimes ambientais.
ocorrência dos incêndios
florestais.
Atendimento à demanda de Aumento no número
fiscalização com patrulha- Fortalecimento da SESP de unidades policiais
mento policial rural terres- para as atividades de co- operacionais espe- 954.816
tre, fluvial e aéreo ostensi- mando e controle. cializadas em crimes
vo e especializado. ambientais.
SESP: Secretaria de Estado de Segurança Pública, IMAC: Instituto de Meio Ambiente do Acre; UCEGEO: Unidade Central de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento; IBAMA: Instituto Brasi-
leiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis; ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, PA: projetos de assentamento.
EIXO I – COMANDO E CONTROLE AMBIENTAL, GESTÃO E GOVERNANÇA
Estratégia 4 - Ampliação do Cadastro Ambiental Rural
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: SEMA, IMAC, UCEGEO, SEAPROF, INCRA
OBJETIVOS ESTRATÉ- FONTE PAGA- ATORES- TEMPO DE DOCUMENTO DE
METAS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS VALOR (R$) MUNICÍPIOS
GICOS DORA -CHAVES EXECUÇÃO ORIGEM
Promover a segurida-
Ampliar a capacidade de
de jurídica através da
gestão e regularização BNDES /
regularização fundiária 2.594 inscrições realiza- Apoio a inscrição no
ambiental dos imóveis 478.281 Fundo Ama- SEMA Todos 2017-2019 PPA 2016-2019
e o ordenamento das no CAR CAR
rurais zônia
territorial.
Promover a sustenta-
bilidade dos sistemas Análise ambiental dos BNDES /
produtivos extrativis- 25.000 pareceres téc- Regularização dos passi-
processos inscritos no 3.102.641 Fundo Ama- SEMA Todos 2017-2019 PPA 2016-2019
tas e agropecuários nicos vos ambientais
CAR zônia
SEMA: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, IMAC: Instituto de Meio Ambiente do Acre, UCEGEO: Unidade Central de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, SEAPROF: Secretaria de
Estado de Agricultura e Produção Familiar, INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, CAR: Cadastro Ambiental Rural.
1 FPE criada na Gleba Afluente (155 mil Implantação da FPE do Jurupari criada e
51
BID - SEMA Feijó e Ma-
ha.). FPE do Jurupari em funcionamento 6.648.861 2017-2019 SIPLAG
PDSA II / AI noel Urbano
FONTE TEMPO DOCUMEN-
VALOR ATORES-
52
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS PAGA- MUNICÍPIOS DE EXE- TO DE ORI-
(R$) -CHAVES
DORA CUÇÃO GEM
Sena Madureira,
M. Urbano, S. Nota
Gestão territorial e am-
Apoio a remu- Rosa do Purus, Técnica
biental fortalecida nas
Implementar 117 Bolsas neração de 117 REM - Feijó, Tarauacá, C. 2018- Repartição
terras indígenas 6.700.000 SEMA / AI
Promover a conservação am- para AAFI bolsas para KFW do Sul, R. Alves, 2022 de Benefí-
Fortalecimento da cate-
biental, fortalecendo as áreas AAFI M. Lima, Mar. cios REM/
goria AAFI
protegidas e efetivando a gestão e Thaumaturgo, Fase 2
manejo florestal sustentável. Jordão, P. Walter
Matriz
1 plano de ação binacio- Ações prioritárias conjun-
Acre por
nal elaborado e imple- tas em favor da gestão
estratégia /
mentado. das AP implementadas.
MMA
PE Chandless,
Promover a conservação am-
TI Alto Rio
biental, fortalecendo as áreas
APA amazônicas repre- Purus, TI
protegidas e efetivando a gestão e GEF/
6 encontros/ano de Ges- sentadas e elaborando Mamoadate,
manejo florestal sustentável. Promoção da gestão Paisa- 2017-
tores de AP realizados. recomendações para a 810.000 SEMA Parque Na-
integrada de AP gens/ 2022
gestão. cional Alto
Promover a redução e a responsa- MMA
Purus, Reser-
bilização pelos crimes e infrações
va Comunal
ambientais.
Purus (Peru)
Centro Integrado de
1 portal desenvolvido e Monitoramento e Gestão
operativo. Ambiental para apoio a
ANP fortalecido.
SEMA: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, AI: Assessoria Indígena, IMC: Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais, UCEGEO: Unidade Central de Sensoriamento Remoto e Geoproces-
samento, SEPLAN: Secretaria de Estado de Planejamento, FUNAI: Fundação Nacional do Índio, ACI: Associações/Comunidades indígenas, AAFI: Agentes Agroflorestais Indígenas; UC: Unidade de Conservação; PGTI:
53
Planos de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, AP: Áreas protegidas, ANP: Áreas naturais protegidas, APA: Áreas de Proteção Ambiental, UC: Unidade de Conservação, TI: Terras Indígenas, FPE: Floresta
Pública Estadua
EIXO II - INCENTIVOS ECONÔMICOS AOS SISTEMAS PRODUTIVOS SUSTENTÁVEIS
54
Estratégia 1 - Incentivo aos sistemas de produção sustentáveis que contribuam com a manutenção da provisão dos serviços ambientais
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: SEAPROF, SEAP, SEDENS, IMC, SEPLAN, SEMA
OBJETIVOS ESTRATÉ- FONTE PA- ATORES- TEMPO DE DOCUMENTO
METAS AÇÕES RESULTADOS VALOR (R$) MUNICÍPIOS
GICOS GADORA -CHAVES EXECUÇAO DE ORIGEM
211 famílias extrativistas benefi- SEA- A. Brasil
ciadas – insumos, equipamentos, e BID -
PROF, Xapuri R. 2017-2019 POA-2018
construção de armazéns. 3.083.375,00 PDSA II
SEDENS Branco, Bujari
Incentivo a cadeia Planejamen-
REM -
produtiva da casta- SEAPROF Todos 2018-2021 to SEAPROF
Promover a sustenta- 1.090.000,00 KFW
nha. -2018
bilidade dos sistemas
produtivos extrativis- 262 ha implantados de açaí con- Planejamen-
REM -
tas e agropecuários sorciado com mudas frutíferas. Melhoria nos siste- SEAPROF Todos 2018-2021 to SEAPROF
700.000,00 KFW
mas de produção -2018
377 famílias extrativistas benefi- sustentável.
ciadas pela cadeia produtiva da
Borracha.
S. Madureira,
300 hectares de floresta plantada SEA- Bujari, A.
BID -
(seringueira consorciada com PROF, Brasil, Epi- 2017-2019 POA-2018
5.078.288,62 PDSA II
frutíferas). SEDENS taciolândia,
Incentivo a cadeia Xapuri
Promover a conser- produtiva da borra-
54 kits para sangria entregues às cha, mumuru, bambu,
vação ambiental,
famílias extrativistas. cacau e óleos flores-
fortalecendo as
áreas protegidas e tais. Cadeias de valor
efetivando a gestão sociobiodiversida-
e manejo florestal Todas as famílias de produtores de de estruturadas e S. Madureira,
sustentável. borracha e murmuru inscritos sob competitivas. SEA- Bujari, A. Planejamen-
REM -
os termos da Lei Chico Mendes PROF, Brasil, Epi- 2018-2021 to SEAPROF
3.024.129,40 KFW
atendidas e Floresta Plantada. SEDENS taciolândia, -2018
Xapuri
52 lagoas de captação de
dejetos efluentes para uso na 3.188 leitões/ano BID - 2017-
SEAPROF Capixaba POA-2018
agricultura ambientalmente produzidos 924.000,00 PDSA II 2019
remediados.
55
FONTE PA- ATORES- TEMPO DOC. DE
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS VALOR (R$) MUNICÍPIOS
GADORA -CHAVES EXEC. ORIGEM
56
Sistemas produtivos
de espécies frutíferas e
florestais (2.428,5 ha) Acrelândia, M. Lima,
implantados (maracujá, S. Guiomar, P. de
Expansão da fruti-
Promover a sustentabilidade dos acerola, graviola, açaí Incentivo à cadeia Castro, Bujari, R.
cultura nas áreas BID - SEA- 2017-
sistemas produtivos extrativistas solteiro e touceira, cas- produtiva da fruti- Branco, P. Acre, Fei- POA-2018
críticas de desma- 37.841.623,04 PDSA II PROF 2019
e agropecuários. tanheira e seringueira). cultura jó, Tarauacá, R. Alves
tamento
Capixaba, M. Thau-
1.581 famílias benefi- maturgo, C. do Sul
ciadas.
R. Branco, S. Guio-
mard, P. de Castro,
Incentivo a cadeia Cadeia produtiva
Promover a sustentabilidade dos 67 produtores assesso- BID - SEA- Acrelândia, P. Acre, 2017- POA -
produtiva da pecuá- da pecuária de leite
sistemas produtivos agropecuários. rados tecnicamente. 1.555.569,73 PDSA II PROF Bujari, Brasiléia, M. 2019 2018
ria de leite. fortalecida
Urbano, S. Madurei-
ra, Epitaciolândia
5 mil ha. de pasto recu-
Recuperação de
perados/ano.
Promover a sustentabilidade dos pastagens
sistemas produtivos extrativistas Nota
e agropecuários. 500 famílias/ano atendi- Técnica
Recuperação de
das com as ações. Repar-
solo 2018-
SEAP Todos tição de
7.312.750,00 2022
Benefícios
Promover a conservação am-
REM/
biental, fortalecendo as áreas
7 unidades demonstra- Redução do uso do Fase 2
protegidas e efetivando a gestão Fomento a Integra-
tivas implantadas . fogo REM -
e manejo florestal sustentável. ção Lavoura Pecuá-
KFW
ria Floresta.
Diminuição de cus- MLima, Xapuri, CZS,
tos de cadeias de Nota
Brasiléia, SMadurei-
valor de produtos Técnica
ra, M. Urbano, PAcre
Promover a sustentabilidade dos Implantação de Siste- florestais. Repar-
Acrelândia, Jordão, 2018-
sistemas produtivos extrativistas mas biointegrados de SEDENS tição de
10.000.000,00 A. Brasil, Bujari, Fei- 2022
e agropecuários. agroenergia. Aumento da com- Benefícios
jó, SRosa, PWalter,
petitividade. REM/
RBranco, Tarauacá,
Fase 2
Mar. Thaumaturgo
Promover a conservação am- 30 pequenos projetos Produção de conhe- Unidades demons- 3.000.000,00 REM – FAPAC, Todo o Estado do 2019- Plano
biental, fortalecendo as áreas de pesquisa participa- cimento em Práticas trativas implanta- KFW, BID FAPAC, Acre 2022 Estadual
protegidas e efetivando a gestão tiva em propriedades produtivas susten- das. e ICMS IFAC e de Ciência
e manejo florestal sustentável. rurais. táveis EMBRA- e Tecno-
PA logia
ATER: Assistência Técnica e Extensão Rural, SEAPROF: Secretaria de Estado de Agricultura e Produção Familiar, SEAP: Secretaria de Estado de Agropecuária, SEDENS: Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, IMC: Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais, SEPLAN: Secretaria de Estado de
Planejamento, SEMA: Secretaria de Meio Ambiente, PDC: Planos de Desenvolvimento Comunitário.
EIXO II - INCENTIVOS ECONÔMICOS AOS SISTEMAS PRODUTIVOS SUSTENTÁVEIS
Estratégia 2 - Implantação do Programa de Regularização Ambiental - PRA, priorizando o uso econômico das áreas de passivo ambiental
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: SEMA, SEAPROF, IMC, UCEGEO, EMATER
ATORES-CHA- TEMPO DE DOCUMENTO
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS VALOR (R$) FONTE PAGADORA MUNICÍPIOS
VES EXECUÇÃO DE ORIGEM
57
ATORES-CHA- TEMPO DE DOCUMENTO
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS VALOR (R$) FONTE PAGADORA MUNICÍPIOS
58
VES EXECUÇÃO DE ORIGEM
Comunidade nas
Promover a conser- florestas públicas
vação ambiental, 780 famílias nas flores- Pagamento de recebendo recursos
fortalecendo as áreas SEMA, 2017-
tas públicas estaduais e bônus do manejo por prestarem servi- 908.000 BID / PDSA II S. Madureira, Tarauacá SIPLAG
protegidas e efetivan- SEDENS 2020
entorno beneficiadas. florestal ços ambientais.
do a gestão e manejo Garantia à moradia.
florestal sustentável.
59
FONTE PAGA- ATORES- MUNICÍ- TEMPO DOC. DE
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS VALOR (R$)
DORA -CHAVES PIOS DE EXEC. ORIGEM
60
Promover a sustentabilidade dos 16 convênios firmados com associa-
BID / PDSA SEMA, 2017-
sistemas produtivos extrativistas e ções e cooperativas 3.650.572 Todos SIPLAG
II SEAPROF 2019
agropecuários
Extrativismo e manejo
Promover a conservação am- Incentivo ao
florestal não madei-
biental, fortalecendo as áreas extrativismo e à
reiro efetivados/au-
protegidas e efetivando a gestão e 16 organizações sociais participando cadeia florestal
mento da capacidade
manejo florestal sustentável de iniciativas de manejo florestal não madeireira, BID / PDSA SEMA, 2017-
técnica comunitária 1.698.133 Todos SIPLAG
comunitário não madeireiro capaci- comunitária. II SEAPROF 2020
Implementar instrumentos nor- tadas
mativos e econômicos para con-
trole do desmatamento ilegal.
SEMA: Secretaria de Meio Ambiente, SEAPROF: Secretaria de Estado de Agricultura e Produção Familiar, SEDENS: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentá-
veis, IMC: Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais, UCEGEO: Unidade Central de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, FUNTAC: Fundação de Tecnologia do Estado do Acre, SEHAB:
secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social, DERACRE: Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura do Acre, PNHR: Programa Nacional de Habitação Rural, SISA: Sistema
Estadual de Incentivo à Serviços Ambientais, FE: Floresta Estadual
EIXO II - INCENTIVOS ECONÔMICOS AOS SISTEMAS PRODUTIVOS SUSTENTÁVEIS
Estratégia 4 – Implantar e desenvolver o Turismo de Base Comunitária
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: SETUL, CDSA, SEMA, SEAPROF, IDM, CBMAC, ASS. INDÍGENA, SEPN, SECOM, GPD, FUNAI, SENAC, SENAI, INCRA, ICMBio, IBAMA
TEMPO DE MUNICÍ- DOCUMENTO
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS VALOR (R$) FONTE PAGADORA ATORES-CHAVES
EXECUÇÃO PIOS DE ORIGEM
Aumento da produção
Promover a sus- 203 famílias beneficiadas
associada ao turismo
tentabilidade dos (PDS Croa/ Seringal Ca- Elaboração e im-
como alternativa de
sistemas produtivos choeira/entorno do Par- plementação de
trabalho e renda.
extrativistas e agro- que Nacional da Serra do planos estratégicos
Nota
pecuários. Divisor/aldeias indígenas de turismo de base
Técnica
do Mutum, Nova Esperan- comunitária.
Aumento da capacida- Repartição
ça e Lago Lindo). 2.800.000 REM – KFW SETUL, CDSA 2018-2022 Todos
de técnica. de Benefí-
cios REM/
Implementar instru-
Fase 2
mentos normativos
875 pessoas capacitadas Promoção de fes- Consolidação da ati-
e econômicos para
em gastronomia de baixo tival internacional vidade turística para
controle do desma-
carbono. de gastronomia. comunidades tradi-
tamento ilegal.
cionais.
SETUL: Secretaria de Estado de Turismo e Lazer, CDSA: Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais, SEMA: Secretaria de Meio Ambiente, SEAPROF: Secretaria de Extensão Agroflo-
restal e Produção Familiar, IDM: Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional e Tecnológica Dom Moacyr Grechi, CBMAC: Corpo de Bombeiro Militar do Acre, SEPN, SECOM:
Secretaria de Estado de Comunicação, GPD: Gabinete da Primeira Dama, FUNAI: Fundação Nacional do Índio, SENAC: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, SENAI: Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial, INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, IBAMA: Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis; ICMBio: Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade, PDS: Projeto de Desenvolvimento Sustentável.
61
EIXO III – ORDENAMENTO TERRITORIAL E FUNDIÁRIO
62
Estratégia 1 - Atualização do Zoneamento Ecológico-Econômico do estado do Acre
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: SEMA, IMC, UCEGEO, IMAC, ITERACRE, IMAC
FONTE PAGA- ATORES- TEMPO DE DOCUMENTO DE
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS METAS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS VALOR MUNICÍPIOS
DORA -CHAVES EXECUÇÃO ORIGEM
Carta Con-
Promover a segurida- Informação de qualidade sulta
ZEE revisado.
de jurídica através da atualizada disponível. Fundo Ama-
regularização fundiá- zônia - Fase II
ria e o ordenamento Gestores públicos e socie- BNDES/Fundo 2018-
1.500.000 SEMA
territorial. 5 oficinas participati- dade civil organizada com Amazônia II 2020
vas para construção acesso a dados para tomada
Promover a sustenta- e validação do ZEE, de decisão, quanto à gestão
bilidade dos sistemas realizadas. territorial e ambiental.
Revisão, do ZEE. Todos
produtivos extrativis-
tas e agropecuária.
Equipamentos eletrônicos
Implementar instru- adquiridos.
Ampliação da capa- Nota Técnica
mentos normativos cidade técnica para 2018- Repartição
e econômicos para Serviços de apoio às oficinas 700.000 REM – KFW IMC
apoio às ações de 2022 de Benefícios
controle do desmata- e demais atividades de imple-
revisão do ZEE. REM/Fase 2
mento ilegal. mentação do ZEE executados.
SEMA: Secretaria de Meio Ambiente, IMC: Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais, UCEGEO: Unidade Central de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento,
IMAC: Instituto do Meio Ambiente do Acre, ITERACRE: Instituto de Terras do Acre, ZEE: Zoneamento Ecológico-Econômico.
EIXO III – ORDENAMENTO TERRITORIAL E FUNDIÁRIO
Estratégia 2 – Regularização fundiária e destinação de áreas sem definição fundiária
Órgãos que contribuem diretamente com a estratégia: ITERACRE, SEMA, IMC, UCEGEO
OBJETIVOS ESTRATÉ- FONTE PAGA- ATORES- TEMPO DOCUMENTO
METAS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS VALOR (R$) MUNICÍPIOS
GICOS DORA -CHAVES EXEC. DE ORIGEM
63
Amazônia Legal, SICAR: Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural, SIGEF: Sistema de Gestão Fundiária.
PARTE IV. MONITORAMENTO DE IMPACTOS
E RESULTADOS DO PPCDQ – ACRE
64
Tabela 6. Lista de Indicadores agrupados por Macrotemas
MACROTEMA INDICADORES
Cumprimento da meta do Estado
Taxa anual de desmatamento
Emissões de GEE em relação ao nível de referência
Emissões de GEE em relação à meta do desmatamento
Dados Gerais de Des- Emissão anual de GEE
matamento, Emissões e
Degradação Área florestal degradada
Incremento da área degradada
Área com degradação contínua
Número de focos de calor
Número de focos de calor em área de floresta
Regularização fundiária de UC Proteção Integral
Regularização fundiária de UC de Uso Sustentável tradicional
Regularização Fundiária Regularização fundiária de UC de Uso Sustentável privado
e Ordenamento Terri- Desmatamento em UC de Proteção Integral
torial Desmatamento em UC de Uso Sustentável tradicional
Desmatamento em UC de Uso Sustentável privado
Destinação de terras públicas no estado
Taxa de desmatamento autorizado no Estado
Monitoramento e Con- Proporção de área cadastrada no CAR em relação a área total cadastrável
trole Análise de CAR no SICAR
Área desmatada no CAR em relação à áreas não cadastradas no SiCAR
Extensão dos Planos de Manejo Madeireiro
Valor da madeira comercializada oriunda de Manejo Florestal Madeireiro
Volume de produtos não-madeireiros produzidos: açaí
Volume de produtos não-madeireiros produzidos: borracha
Volume de produtos não-madeireiros produzidos: castanha
Valor produzido de açaí
Valor produzido de borracha
Valor produzido de castanha
Atividades Produtivas
Volume de produtos da agricultura familiar adquiridos pelo PAA
Sustentáveis
Valor de produtos da agricultura familiar adquiridos pelo PAA
Valor de produtos da agricultura familiar adquiridos pelo PNAE
Cumprimento do percentual mínimo no PNAE
Intensificação da pecuária
Área de pasto no estado
Expansão da pecuária em áreas de desmatamento recente
Melhoria na qualidade dos pastos
Utilização de áreas abertas pela agricultura
Mecanismos de Finan-
Novos contratos das categorias sustentáveis do PRONAF
ciamento
Cadastro Ambiental Rural (CAR); Gases de Efeito Estufa (GEE); Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); Programa de Regularização Ambiental
(PRA); Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF); Sistema
Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR), Terra Indígena (TI); Unidade de Conservação (UC). Fonte: Modificado de Plataforma Indicar, 2017
(www.indicar.org.br)
65
A fim de buscar o alinhamento entre o mo- Tabela 7. Indicadores de impacto em sinergia
nitoramento do PPCDQ-AC e PPCDAm, enten- com o PPCDAm.
dendo que as ações de prevenção e combate INDICADORES
ao desmatamento, em muitos casos, são com- Taxa de desmatamento no estado, por categoria fundiária e áreas
plementares na sua implementação e con- críticas.
Proporção de área de floresta queimada no estado
sequentemente nos resultados alcançados,
Proporção da área do estado ocupado por áreas protegidas
foram propostos indicadores de impacto em si- (UC e Ti).
nergia com aqueles que estão sendo estudados Índice de efetividade de gestão de UC
para o monitoramento do plano federal, e que Proporção de área destinada sobre área sem definição fundiária no
estado.
contribuirão para o acompanhamento e diálo- Proporção de áreas tituladas através de ações do Plano
go entre as Comissões Executivas do PPCDQ-AC Proporção de imóveis/posses validados em relação ao total cadas-
trado no CAR.
e PPCDAm (Tabela 7).
Proporção de área degradada em recuperação em relação ao passi-
vo ambiental total do estado
4.2 Governança
66
Figura 20. Estrutura de Governança do PPCDQ/AC.
67
PARTE V. OS PLANOS MUNICIPAIS DE PREVENÇÃO
E CONTROLE DO DESMATAMENTO, QUEIMADAS
E INCÊNDIOS FLORESTAIS - PPCDQm
Foto: Secom/AC.
68
desmatamento e dos incêndios florestais, e in- Figura 21. Fatores predominantes, por ordem alfabética,
que induzem e causam desmatamento, queimadas e
dicam áreas prioritárias para implementação de incêndios florestais nos municípios do Acre.
ações de prevenção, adaptação e controle do
desmatamento e dos incêndios florestais. Final-
DESMATAMENTO
mente, contribuem com o estabelecimento de
estratégias eficientes de gestão territorial inte- • Assistência técnica agrícola ineficiente
gradas para a redução significativa do desma- • Baixa efetividade das políticas públicas
tamento e queimadas no município, o uso mais • Baixo nível tecnológico de manejo agrícola
• Conflitos fundiários
efetivo das áreas já desmatadas; e o desenvolvi-
• Falta de incentivos financeiros
mento de ações de controle e fiscalização.
• Fracionamento de “colocações” nas RESEX
• Pouca diversidade de atividades econômicas
• Projetos de assentamento com
atividades tradicionais e ausência de monitoramento
• Sistema de fiscalização pouco competente
• Uso da terra destinado a atividades de pecuária
• Venda de madeira clandestina
• Unidades de conservação com ausência
de equipe mínima para gestão
• Unidades de conservação com ausência de guarda parques
• Sistema de fiscalização ausente e pouco competete
• Falta de estrutura para as Semeias (Secretarias munici-
Desmantamento em Área de Proteção Permanente. pais de meio ambiente) assumirem atribuições de coman-
Foto: Divulgação do e controle ambiental (descentralização)
69
Um elemento importante aportado pelos res e membros do Condema18 ), estadual (re-
planos municipais é a visão local dos proble- presentantes Sema, Seaprof, Imac, Bombeiros,
mas e das propostas de soluções diante dos Polícia Militar, Defesa Civil e IDAF) e federal (re-
cenários atuais e planejados de desmatamento presentantes do ICMBio, Incra e Ifac).
e queimadas. Em cada município foram iden-
O quadro 2 apresenta as ações consideradas
tificadas e discutidas, através de um amplo
como fortalezas (pontos fortes) no que diz res-
diálogo, contribuições das comunidades locais,
peito à redução do desmatamento, queimadas
através de oficinas participativas, que permi-
e incêndios florestais e à maximização das ativi-
tiram consolidar e melhorar os resultados das
dades produtivas sustentáveis nos municípios.
análises técnicas.
Foram agrupadas em sete dimensões para me-
Em comum, participaram das oficinas repre- lhor entendimento, e com distinção dos muni-
sentantes da esfera municipal (representantes cípios que fizeram referência a estes, de acordo
do governo municipal, da Câmara de Vereado- a suas realidades.
Quadro 2. Fortalezas identificadas de forma participativa nos municípios, com vistas à redução
dos processos de desmatamento, queimadas e incêndios florestais. A coluna “Municípios” indica
a origem da identificação da fortaleza, em ordem alfabética.
70
DIMENSÃO PONTOS FORTES MUNICÍPIOS
Acrelândia, A. Brasil, Bujari, C.
Formação desenvolvida por agentes das Brigadas de Incêndio nas comunidades;
do Sul, Epitaciolândia, Jordão, M.
Cursos oferecidos pelo IFAC, SENAR, Instituto Dom Moacyr com bolsas do
Educação Lima, M. Urbano, Capixaba, P. de
PRONATEC para produtores das comunidades da agricultura familiar;
Castro, P. Acre, R. Alves, S. Madu-
Palestras ministradas pela SEMA e SEMMA na temática de educação ambiental
reira, Tarauacá, Xapuri
Programas “Ramais do Povo” e de construção de açudes;
Acrelândia, C. do Sul, Feijó, Jordão,
Construção de silos graneleiros, tanques de piscicultura e estufas de plástico para
Infraestrutura M. Lima, M. Urbano, R. Branco, R.
cultivo protegido;
Alves, Tarauacá, Xapuri
Melhorias na trafegabilidade pela BR 364
Quadro 3. Fragilidades identificadas de forma participativa nos municípios, com vistas à redução
dos processos de desmatamento, queimadas e incêndios florestais. A coluna “Municípios” indica a
origem da identificação dos pontos fracos em ordem alfabética.
71
DIMENSÃO PONTOS FRACOS MUNICÍPIOS
Falta de estratégia e de políticas continuadas de educação ambiental, parti-
cularmente na zona rural;
Falta de conhecimento do uso correto do fogo e pobre conscientização da
população quanto às consequências ambientais e de saúde do uso inade-
quado do fogo;
Ineficiência da capacitação para agricultores sobre a produção agroecológi- Acrelândia, A. Brasil, Brasileia,
ca, bem como legislação ambiental; Bujari, C. do Sul, Epitaciolândia,
Educação Carência de técnicos para capacitação; Jordão, M. Urbano, P. de Castro,
Falta de política de divulgação de Programa de Educação Ambiental; R. Branco, R. Alves, Tarauacá, S.
Falta de assessoria técnica para o uso de equipamentos agrícolas; Madureira, Xapuri
Inexistente ou ineficiente assistência técnica agrícola;
Temas da capacitação não são discutidas com a comunidade;
Carência de novas temáticas na capacitação;
Falta de estratégias e de políticas continuadas de educação direcionadas
para Unidades de Conservação
Impossibilidade ou dificuldade de acesso por via terrestre, sendo os desloca- Brasileia, C. do Sul, Jordão, Feijó,
Infraestrutura mentos feitos de barco e/ou de avião; M. Lima, M. Urbano, P. Walter, R.
Rede de ramais intrafegáveis no inverno; Alves, Tarauacá
Falta de organização de cadeias produtivas;
Incentivo à pecuária de corte;
Desvalorização dos produtos extrativistas;
Acrelândia, A. Brasil, Brasileia,
Dificuldade para acessar as linhas de crédito;
Bujari, Capixaba, Epitaciolândia,
Máquinas e equipamentos insuficientes ou distribuição demorada;
Sistemas de Produção Feijó, M. Lima, M. Urbano, P. Acre,
Alto custo de produção;
R. Alves, R. Branco, S. Madureira,
Falta de garantia de preço justo, de mercado e comercialização dos produ-
Tarauacá, Xapuri
tos;
Baixa adesão dos produtores às práticas agroecológicas;
Falta organização e mercado para a piscicultura;
Figura 22. Alternativas e estratégias mais comuns propostas pelos participantes das reuniões de
trabalho nos municípios, categorizadas pelo número de vezes que foram mencionadas.
72
Rio Chandless. Foto: Maurício Galvão/SEMA_AC
73
5.2.3 Eixo temático - Manejo do
Ambiental, Social e Cultural do município (ZEAS).
Fogo e Combate a Queimadas
Em quase todos os planos municipais, neste e Incêndios Florestais
eixo é proposto a implementação dos OTL como
instrumento efetivo da gestão municipal. Em A expansão da fronteira agrícola na região
particular no município de Rio Branco objetiva- está fortemente relacionada à pecuária exten-
-se, também, atualizar os estudos do ZEAS. Esta siva e atuação dos pequenos produtores, que
iniciativa se justifica na medida em que os mu- são importantes agentes do processo do des-
nicípios precisam ter uma estratégia territorial matamento e, consequentemente no aumento
para suas ações de desenvolvimento, necessi- de focos de incêndios. As queimadas e/ou in-
tando apenas de sua atualização e internaliza- cêndios que ocorrem nos municípios podem ser
ção por parte dos gestores e da comunidade. divididas em (i) limpeza de áreas de floresta para
pecuária ou agricultura (ii) criminosas ou aciden-
5.2.2 Eixo Temático - Atividades tais; e (iii) oriundas de formação de pastagens,
Produtivas Sustentáveis e Valoriza- manejadas a baixo custo.
ção de Ativos Florestais
Este eixo do PPCDQm visa integrar ações
São objetivos específicos deste eixo, fortale- de prevenção, uso adequado e controlado do
cer as cadeias produtivas com bases sustentá- fogo como fator de produção e manejo em ati-
veis e aumentar e conservar os ativos florestais vidades agropastoris ou florestais; bem como o
nos municípios. combate às queimadas e aos incêndios flores-
tais na escala municipal. Para tal é preciso ter
As atividades produtivas sustentáveis e a
pessoal capacitado e equipado para o manejo
valorização dos ativos florestais dependem de
do uso do fogo e combater os focos e risco de
ações que permitam a universalização deste
incêndio nos municípios.
tema no espaço territorial do município. Em
geral o fomento a cadeias produtivas sustentá- Os objetivos específicos são compostos de
veis demanda ações em três eixos: (i) Foco nas ações de educação ambiental, campanhas de
cadeias produtivas prioritárias; (ii) Dimensio- sensibilização, disponibilização de equipamentos,
namento da viabilidade das cadeias produtivas implantação de sistema de detecção de focos, im-
com potencial social no município ligada aos as- plantação de sistemas de comunicação, manejo
pectos de mercado, situação fundiária e regula- de combustíveis e supressão de incêndios.
rização ambiental; e (iii) Provimento de insumos
Os projetos que compõem este eixo do PP-
para o desenvolvimento das cadeias produtivas
CDQm são:
com políticas públicas que garantam assistência
técnica e extensão rural, crédito, adequado es- I. Promover o uso adequado e controlado do fogo
coamento da produção, regularização fundiária como ferramenta de produção sustentável, que
e regularidade ambiental. objetiva divulgar o uso do fogo de maneira con-
trolada como aliado da produção sustentável.
O desenvolvimento de atividades de recompo-
sição florestal, no âmbito da valorização de ativos II. Fortalecer a capacidade técnica e estrutural
florestais, obedece três etapas: quantificação da do Município para manejo do fogo e combate a
demanda para recomposição florestal, instalação incêndios florestais, que objetiva particularmen-
de viveiros de mudas em áreas estratégicas e ela- te o conhecimento do processo, estratégias e
boração e implementação dos planos de recom- inovação no combate a queimadas.
posição florestal de propriedades rurais.
74
5.2.4 Eixo Transversal - Monitora- 5.2.5 Eixo Transversal - Pesquisa
mento, Controle e Fiscalização e Desenvolvimento Tecnológico
O objetivo específico deste eixo é ampliar a ca- A produção de informações, o desenvolvi-
pacidade de monitoramento, controle e fiscaliza- mento e a utilização de ferramentas tecnoló-
ção de desmatamento e queimadas no município. gicas que otimizem e racionalizem o uso dos
recursos naturais é peça fundamental para o
A comunicação e prevenção (campanhas edu-
desenvolvimento sustentável no município.
cativas, planos locais de manejo do fogo e do
Neste contexto é necessário no âmbito do de-
desmatamento, campanhas de fiscalização) de-
senvolvimento do plano, ações de pesquisa e
vem ser um pilar deste eixo, dado que o custo so-
desenvolvimento tecnológico.
cial, econômico e ambiental é muito maior quan-
do as políticas públicas visam remediar os efeitos Para tanto é necessário interagir, prioritaria-
do desmatamento e/ou queimadas já ocorridos. mente, com instituições de pesquisa locais que
possam desenvolver uma carteira de atividades
A capacidade estrutural e técnica do município
focadas nos problemas relacionados à falta de
é inadequada e insuficiente para assumir ativida-
informações e tecnologias do município. A Uni-
des complexas de controle e fiscalização do des-
versidade Federal do Acre- Ufac, Embrapa Acre,
matamento e das queimadas. Muitos municípios
o Instituto Federal do Acre – Ifac e a Fundação de
não tem a presença dos órgãos que fazem parte
Tecnologia do Estado do Acre - Funtac são insti-
do sistema estadual de monitoramento, controle
tuições com perfil para suprir estas necessidades.
e fiscalização, seja pelas dificuldades econômicas
ou pela proximidade com municípios maiores. Os Neste sentido, a proposta deste eixo associa-
órgãos governamentais quando atuantes no mu- se com a reunião de resultados de pesquisa que
nicípio, na maioria dos casos, o fazem de forma já estão disponíveis e estabelecer as demandas,
isolada e compartimentalizada, assim como com para as instituições científicas, para resolução
pouca ou nenhuma participação das comunida- dos problemas de produção em temas prioritá-
des nesse processo, o que diminui a eficiência. rios, tais como: gestão territorial, recuperação
de áreas degradadas e alteradas; sistemas pro-
O monitoramento de desmatamento e quei-
dutivos e extrativismo sustentáveis; eficiência
madas será fortalecido e deverá estar integrado
e sustentabilidade da produção agropecuária e
a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Am-
ecologia; e manejo do fogo.
bientais – CEGdRA/SEMA, com o apoio Unidade
de Situação de Monitoramento Hidrometeoroló-
5.2.6 Eixo Transversal
gico e a Unidade Central de Geoprocessamento
– Formação de Capacidades
– UCEGEO, que têm como base as informações
produzidas pelo Centro de Previsão do Tempo e A estratégia de formação de capacidades visa
Estudos Climáticos – CPTEC/INPE e os dados do prover base conceitual e atividades práticas em
Projeto de Monitoramento da Floresta Amazô- temas relacionados a desmatamento e queima-
nica por Satélite – PRODES/INPE. Para emissão das, no âmbito dos diversos níveis sociais, en-
dos alertas utilizam-se da Plataforma Ambiental volvendo as atividades produtivas do município
TerraMA2, também em parceria com o Instituto para alcançar os objetivos de prevenção e con-
de Pesquisas Espaciais – Inpe. trole do desmatamento e queimadas.
75
Foto: Divulgação
tado do Acre com potencial e perfil para os te- 5.3 Arranjo de Implementação
mas demandados, é extremamente importante. e Governança
Dentre as quais podemos citar: Secretaria de
A estratégia de implementação do PPCDQm
Estado de Meio Ambiente do Acre, Universida-
considera os mecanismos do PPCDQ-AC, compos-
de Federal do Acre, Instituto Federal do Acre,
tos por um modelo de Governança estruturado
Instituto Dom Moacyr, Embrapa/Acre, Serviço
em funções definidas para cada nível, decidindo
Nacional de Aprendizagem Rural, Instituto Brasi-
também procedimentos associados ao funciona-
leiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
mento e fluxos de informações, à participação e
Renováveis, Secretaria de Estado de Extensão
ao controle social. Assim, os PPCDQm propõem
Agroflorestal e Produção Familiar, Secretaria de
estratégias de implementação e governança
Estado de Agricultura e Pecuária, e Corpo de
adaptadas à realidade dos municípios que, no en-
Bombeiros Militar do Acre.
tanto, estejam conectadas com os mecanismos
Este eixo de formação de capacidades é es- de implementação em outros níveis.
truturado em três componentes:
No âmbito do Condema, a proposta asso-
a) Formação Técnica/Gestão: aponta a forma- cia-se com a criação de uma Câmara técnica do
ção de técnicos e gestores em temas relaciona- PPCDQm, com a função de articular as reuniões
dos à prevenção e controle de desmatamento e do colegiado de Governança para supervisão e
queimadas, extensão rural e geotecnologias. controle da execução das ações previstas neste
plano. A Secretaria Executiva da câmara técnica
b) Formação Comunitária: visa desenvolver e
é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no
aperfeiçoar capacidades de produtores rurais,
papel de secretaria executiva.
agricultores familiares, extrativistas, ribeirinhos
para práticas de produção sustentáveis e técni- O modelo de governança do PPCDQm tem
cas de manejo do fogo, recuperação de áreas como finalidade integrar e estruturar as diver-
degradadas e desmatadas, e manejo do solo. sas instituições e organizações constituídas do
município com potencial e mérito para realizar
c) Educação Ambiental: pretende fortalecer a
funções de caráter operacional, normativo e de
consciência ambiental da sociedade municipal,
controle e supervisão das ações definidas no es-
em especial a temas relacionados ao uso do
copo do plano.
fogo, desmatamento, planejamento e ocupação
territorial, gestão de resíduos sólidos, e manejo O arranjo e funções de governança ficam as-
de produtos químicos perigosos. sim definidos:
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1. Normativo: As secretarias executivas, res- devem atuar de forma articulada, cooperati-
pectivamente, da Semma (municipal) e da Sema va, colaborativa e integradas com os seguintes
(estadual) mobilizam instâncias com vistas a fóruns estaduais constituídos:
normatizar questões relativas aos aspectos le-
a. Comissão bipartite: As autarquias federais,
gais necessários ao pleno desenvolvimento das
as secretarias do Governo de Estado e as insti-
políticas e programas associados ao PPCDQm.
tuições municipais devem articular ações e pro-
Na estrutura de gestão de políticas ambientais
gramas relacionados ao PPCDQm. A frequência
e de produção municipais e alguns casos esta-
de reunião desta instância deve ser no mínimo
duais, esta responsabilidade recai sobre o Con-
de quatro vezes por ano. A responsabilidade de
dema e CEGdRA, sempre de acordo com o con-
mobilizar a instância estará a cargo da Semma
teúdo das matérias a serem normatizadas e com
e/ou Sema que deverão presidir a comissão.
as competências de cada conselho definidas nas
respectivas leis. A frequência de mobilização b. Comitê Gestor do PPCDQm: Diversas se-
destas instâncias depende da demanda gerada cretarias dos Governos Estadual e Municipal,
pela execução dos planos e programas. instituições da sociedade civil organizadas e re-
presentantes de produtores rurais coordenam,
2. Supervisão e Controle Social: A Câmara
priorizam e sugerem ações de Governo e da so-
Técnica do Condema (coletivo de governança
ciedade relativas à estratégia de prevenção e
Condema e CEGdRA, e representantes da Se-
controle de desmatamento e queimadas no Mu-
cretaria Municipal de Meio Ambiente; Ibama;
nicípio. A frequência de reunião desta instância
Imac; Movimentos Sociais locais; representan-
deve ser no mínimo de seis vezes por ano ou de
tes das organizações patronais, dos produtores
acordo com as demandas e prioridades do Go-
rurais familiares, dos pecuaristas, e dos órgãos
verno. A responsabilidade de mobilizar a instân-
de Governo ligados ao fomento da produção fa-
cia é da Secretaria Executiva do Comitê, desem-
miliar) define ações estratégicas e metas anuais
penhada pela Semma e Sema.
do PPCDQm, supervisiona o desenvolvimento
das ações, e aprova os relatórios de execução c. Comissão Estadual de Gestão de Riscos Am-
dos programas. A frequência de reunião desta bientais: membros do Governo Estadual e Federal
instância é de 1 ou 2 vezes por ano. A respon- propõem e avaliam programas, ações e atividades
sabilidade de mobilizar a instância deve estar a voltadas para a prevenção, controle e mitigação
cargo da Secretaria Executiva da Câmara Técnica dos impactos decorrentes de queimadas, secas,
do PPCDQ. desmatamentos, enchentes, acidentes com pro-
dutos químicos perigosos e outros eventos de ris-
3. Articulação política: o órgão ambiental mu-
cos ao meio ambiente. Esta Comissão acompanha
nicipal articula as atividades previstas e outras a
e operacionaliza ações relativas ao PPCDQ, com
ser incorporadas entre os três entes federados.
foco em queimadas. A frequência de reuniões des-
4. Operacional: a Secretaria Municipal de ta Comissão está vinculada a ocorrência de even-
Meio Ambiente operacionaliza as estratégias de- tos extremos e/ou demandas geradas ao longo do
finidas a fim de alcançar a redução de desmata- processo. A responsabilidade de mobilização da
mento e queimadas, a valorização das florestas e Comissão está a cargo da Sema.
o fomento às cadeias produtivas agroflorestais,
além do monitoramento, controle e regulariza-
ção ambiental e produtiva. Para efetivação das
atividades do PPCDQm, as Secretaria Municipais
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