Propriedades mecânicas do aço e concreto

Prof. Dr. Ricardo Carrazedo

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Programa da aula
 Concreto
 Resistência
 Módulo de elasticidade
 Diagramas tensão-deformação
 Fluência e retração

 Aço
 Tipos de aço
 Resistência
 Diagramas tensão x deformação
 Módulo de elasticidade

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Histórico
 1824 – Joseph Aspdin
 1850 – Lambot
 1867 – Joseph Monier
 1875 – Lascelles – painéis pré-moldados
 1903 – Ingalls Building (Cincinnati)
 1904 – Início da normatização
 1920 – Concreto usinado
 1934 – Freyssinet – concreto protendido
 1970 – concreto com fibras
 1980 – superplastificantes
 1985 – sílica ativa
 1995 – concreto de pós reativos
 1997 – Ponte de Sherbooke
 1998 – Ponte Vasco da Gama

Estruturas de Concreto Armado

Introdução
Concreto: Forte influência
- Cimento Pasta de cimento sobre módulo de
- Água elasticidade,
- Agregados miúdos fluência e
- Agregados graúdos 60 a 70% do volume retração
- Aditivos
- Adições Superplastificantes, retardadores
ou aceleradores de pega, etc.

Sílica ativa, escória de alto forno, etc.

Zona de transição

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Resistência
 Lei de Abrams
Classes de resistência
 De acordo com resistência característica à
compressão em MPa (fck)
fck  fcm  1,65Sd
 P = 95% de ser superada
 ABNT NBR 12655

 ABNT NBR 8953 e 6118

 Grupo I – C15 a C50
• C15 – obras provisórias ou sem fins estruturais
• C20 ou superior se aplicam ao C.A.
• C25 ou superior se aplicam ao C.P.
 Grupo II - C55 a C90

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Ruptura do concreto à compressão
 Comportamento do concreto convencional
 Defeitos pré-existentes
 Relação a/c maior localmente (Z.T.)
 Deformações diferenciais
 Microfissuração (antes de carregar)
 Fissuras estáveis até 0,3 fc
 Limite de proporcionalidade

Estruturas de Concreto Armado

Ruptura do concreto à compressão
 Comportamento do concreto convencional
 Entre 0,30 e 0,50 fc fissuração avança
 A rigidez começa a cair
 Sistema ainda estável na Z.T.
 Fissuração na matriz desprezível

Estruturas de Concreto Armado

Ruptura do concreto à compressão
 Comportamento do concreto convencional
 fissuras na matriz entre 0,50 e 0,60 fc
 a 0,75 fc o sistema de fissuras na zona de
transição fica instável
 proliferação de fissuras na matriz aumenta
 diagrama se inclina consideravelmente
 Rápida propagação de fissuras tanto na matriz
como na zona de transição

Estruturas de Concreto Armado

Ruptura do concreto à compressão
 Comportamento do concreto convencional
 Entre 0,75 e 0,80⋅fco o sistema de fissuras fica
instável
 ruptura com carga constante
 Tensão crítica
 aumento assintótico da deformação lateral
 expansão volumétrica

Estruturas de Concreto Armado

Concreto de baixa x alta resistência

alta
fib MC2010

100
90
80

Tensão (MPa)
70
60
50
40
30
20
10
0
0 0.001 0.002 0.003 0.004
baixa Deformação

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 Diagrama tensão-deformação
  c  
n

 Compressão  c  0,85 f cd 1  1   
   c 2  

Para fck  50MPa :  c 2  0,002;  cu  0,0035; n  2

Para fck  50MPa :  c 2  0, 002  0, 000085  f ck  50 

0,53

 cu  0, 0026  0, 035  90  f ck  /100 

4
ABNT NBR 6118

n  1, 4  23, 4  90  f ck  /100 

4
100
90
80
Tensão (MPa)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 0.001 0.002 0.003 0.004
Deformação

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Obs.: para tensões inferiores a 0,5fc pode-se utilizar o módulo secante ( linear)
Módulo de elasticidade tangente inicial
 Determinado de acordo com ABNT NBR 8522
Na falta de ensaios pode
ser estimado com:

Eci   E 5600 fck classes C20 a C50

1/3
f 
Eci  21500 E  ck  1, 25  classes C55 a C90
 10 

Onde:
 E  1, 2 para basalto e diabásio
 E  1,0 para granito e gnaisse
 E  0,9 para calcário
 E  0,7 para arenito

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Módulo de elasticidade secante
 Determinado de acordo com ABNT NBR 8522
para um nível de tensão b de interesse
(geralmente 40 a 50% de fc)

Na falta de ensaios pode

ser estimado com:

Ecs  i Eci
Onde:
f ck
i  0,8  0, 2  1, 0
80

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Diagrama tensão-deformação
 Tração

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Resistência em estados biaxiais de tensão
 Aspecto não incluído na ABNT NBR 6118

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Resistência em estados multiaxiais de tensão
 Conforme ABNT NBR 6118
1   fctk
 3  fck  41 f = 37º

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Resistência à tração
 Direta (ensaio de difícil execução)
fct ,m  0,3 fck 2/3 até C50

fct ,m  2,12ln 1  0,11 fck  C55 a C90

fctk ,inf  0,7 fct ,m

fctk ,sup  1,3 fct ,m

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Resistência à tração
 Indireta (ensaio de compressão diametral)
 ABNT NBR 7222
2F
f ct , sp 
 LD
fct ,m  0,9 fct ,sp

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Resistência à tração
 Obtida no ensaio de flexão
 ABNT NBR 12142

FL
f ct , f  2
bh
fct ,m  0,7 fct , f

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Coeficiente de Poisson e módulo de elasticidade transversal

 Para tensões de compressão menores que

0,5fc e de tração menores que fct

E E
G 
2 1   2, 4
  0, 2

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Massa específica e dilatação térmica
 ABNT NBR 6118
 Concretos de massa específica normal
• Entre 2000 e 2800 kg/m3
• Caso não seja conhecida adotar
• 2400 kg/m3 para o concreto simples
• 2500 kg/m3 para o concreto armado
• Conhecida a massa específica acrescentar 100
a 150 kg/m3 para considerar armaduras

 Coeficiente de dilatação térmica

• 10-5/ºC

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Retração e fluência
 Fluência e retração: deformações dependentes do tempo

t0

Retração

Fluência:

Imediata:
Retração e fluência
 Fluência e retração: onde não é necessária grande precisão e a
tensões menores que 0,5 fc quando do primeiro carregamento:

 Para cálculo mais preciso consultar Anexo A da NBR 6118

Propriedades mecânicas do aço
 Pode-se distinguir dois tipos principais de aço utilizados no
concreto armado: tratado a quente e tratado a frio
 Tratado a quente: laminação, forjamento ou estiramento do
aço, realizado em temperaturas acima de 720°C
• boa trabalhabilidade, aceita solda comum, possui patamar de
escoamento, perde resistência acima de 1150 °C, estão incluídos
os aços CA-25 e CA-50.
Propriedades mecânicas do aço
 Tratado a frio: deformação por meio de tração, compressão ou
torção, que resulta no aumento da resistência mecânica e
dureza, mas redução da resistência à corrosão e ductilidade.
• diagramas sem patamar de escoamento, torna-se mais difícil a
solda e à temperatura da ordem de 600°C o encruamento é
perdido. Está incluído neste grupo o aço CA-60.
Propriedades mecânicas do aço
 ABNT NBR 7480: trata da fabricação e fornecimento de barras
e fios de aço para concreto armado. Classifica barras como
elementos obtidos por laminação a quente com diâmetro
nominal ≥ 5 mm e fios os obtidos por trefilação ou estiramento
com diâmetro ≤ 10 mm
Propriedades mecânicas do aço
 Outras propriedades:
 massa específica de 7850 kg/m3,
 coeficiente de dilatação térmica α = 10-5 /°C para -20°C < T <
150°C
 módulo de elasticidade de 210 GPa.
Propriedades mecânicas do aço
 Diagrama tensão x deformação (para os aços sem patamar de
escoamento pode-se adotar fyk como a tensão referente a uma
deformação residual de 0,2%)
Bibliografia
 ABNT - NBR 6118 (2014) - Projeto de estruturas de concreto
– Procedimento

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