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Essas categorias distinguem-se pela estrutura celular dos troncos e não pela
resistência. Algumas árvores frondosas produzem madeiras menos resistentes
que o pinho.
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c) cerne ou durâmen – com o crescimento, as células vivas do alburno
tornam-se inativas e constituem o cerne, de coloração mais escura,
passando a ter apenas a função de sustentar o tronco;
d) medula – tecido macio, em torno do qual se verifica o primeiro
crescimento da madeira, nos ramos novos. As madeiras de construção
devem ser tiradas de preferência do cerne, mais durável. A madeira do
alburno é mais higroscópica que a do cerne, sendo mais sensível do que
esta última à decomposição por fungos. Por outro lado, a madeira do
alburno aceita melhor a penetração de agentes protetores, como
alcatrão e certos sais minerais. Não existe, entretanto, uma relação
consistente entre as resistências dessas duas partes do tronco nas
diversas espécies vegetais.
Os troncos das árvores crescem pela adição de anéis em volta da
medula; os anéis são gerados por divisão de células em uma camada
microscópica situada sob a casca, denominada câmbio, ou liber, que
também produz células da casca.
Nos climas frios e temperados, o crescimento do tronco depende da
estação. Na primavera e no início do verão, o crescimento da árvore é
intenso, formando-se no tronco células grandes de paredes finas. No
final do verão e no outono, o crescimento da árvore diminui, formando-
se, células pequenas, de paredes grossas. Como consequência, o
crescimento do tronco se faz em anéis anuais, formados por duas
camadas: uma clara, de tecido brando, correspondente à primavera;
outra escura, de tecido mais resistente, correspondente ao verão.
Contando-se os anéis, pode-se saber a idade da árvore. Nos climas
equatoriais, os anéis nem sempre são perceptíveis.
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2.2 – Microestrutura da madeira
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distribuição celular nessas lâminas, observada com auxílio de microscópio,
permite uma perfeita identificação da espécie vegetal. Muito útil na identificação
é a distribuição do parênquima, que constitui uma verdadeira impressão digital
da madeira.
Fig. 2 – Seções muito ampliadas do tecido celular de árvore conífera. (a) seção
transversal; (b) seção tangencial.
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Fig. 3 – Seções transversais ampliadas típicas de madeira: (a) de conífera; (b)
de árvore frondosa.
Carbono 50%
Oxigênio 44%
Hidrogênio 6%
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3.2 – Umidade
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A umidade está presente na madeira de duas formas:
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Fig. 6 – Diagramas de retração ou inchamento de três espécies vegetais, em
função do grau de umidade. A variação entre 0 e 30% de umidade é
aproximadamente linear: (a) vista isométrica da madeira, mostrando as três
direções principais; (b) diagrama de retração ou inchamento linear (Ꜫ u’, medido
em %) em função do teor de umidade da madeira: (1) carvalho brasileiro; (2)
eucalipto; (3) pinho brasileiro.
- ataque biológico e
- ação do fogo.
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quando adequadamente projetadas e construídas, apresentam ótimo
desempenho sob ação do fogo. As peças robustas de madeira possuem
excelente resistência ao fogo, pois se oxidam lentamente devido à baixa
condutividade de calor, guardando um núcleo de material integro (com
propriedades mecânicas inalteradas) por longo período de tempo. Já as peças
esbeltas de madeira e as peças metálicas das ligações requerem proteção
contra ação de fogo.
Nós. Imperfeição da madeira nos pontos dos troncos onde existiam galhos. Os
galhos ainda vivos na época do abate da árvore produzem nós firmes,
enquanto os galhos mortos originam nós soltos. Os nós soltos podem cair
durante o corte com a serra, produzindo orifícios na madeira. Nos nós, as fibras
longitudinais sofrem desvio de direção, ocasionando redução na resistência à
tração.
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Fibras reversas. Fibras não paralelas ao eixo da peça. As fibras reversas
podem ser provocadas por causas naturais ou por serragem. As causas
naturais devem-se à proximidade de nós ou ao crescimento das fibras em
forma de espiral. A serragem da peça em plano inadequado pode produzir
peças com fibras inclinadas em relação ao eixo. As fibras reversas reduzem a
resistência da madeira (ver fig. 7).
Fig. 7 - Defeitos nas madeiras: (a) nó, provocando inclinação das fibras; (b)
fendas: 1 - fendas periféricas (split): 2 a 4 - fendas no cerne (shake). Em peças
de pequeno diâmetro, as fendas podem atravessar a seção, separando-a em
duas partes; (c) gretas (cup shake): 1 – greta parcial: 2 - greta completa; (d)
abaulamento (sweep): (e) arqueamento (camber); (f) fibras reversas (slape of
grain, cross grain); (g) esmoado (wane); (h) empenamento (warping).
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5 – Tipos de madeiras de construção
madeiras maciças
-madeira falquejada
- madeira serrada
madeiras industrializadas
-madeira compensada
-madeira recomposta
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A madeira laminada e colada é o produto estrutural de madeira mais importante
nos países da Europa e América do Norte. A madeira selecionada é cortada
em lâminas, de 15 mm a 50 mm de espessura, que são coladas sob pressão,
formando grandes vigas, em geral de seção retangular.
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O comprimento das toras é limitado por problemas de transporte e manejo,
ficando geralmente na faixa de 4 m a 6 m.
Antes de ser utilizada nas construções, a madeira serrada deve passar por um
período de secagem para reduzir a umidade. A secagem pode produzir
deformações transversais diferenciais nas peças serradas, dependendo da
posição original da peça no tronco. Por isso a madeira deve ser utilizada já
seca (grau de umidade em equilíbrio com a umidade relativa do ar, evitando-se,
assim, danos na estrutura tais como empenamentos e rachas oriundas da
secagem).
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aparecem, por exemplo, nas almas das vigas, nas estruturas de placas
dobradas ou nas cascas.
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As chapas de compensado são fabricadas com dimensões padronizadas, 2,50
x 1,25 m.e espessuras variando entre 4 e 30 mm.
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na ocasião da colagem, a fim de controlar tensões internas devidas à retração
diferencial.
O preparo das lâminas que vão compor a peça consiste em aplainá-las e serrá-
las nas dimensões necessárias.
Fig. 11 – Prensagem de
lâmina de madeira com
interposição de cola, para
duas vigas retangulares de
madeira laminada colada.
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Fig. 13 – Emenda de lâmina com cunha denteada
6 – Referências bibliográficas
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