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Moreira.

Atualização em avaliação e tratamento das emoções

ATUALIZAÇÃO EM AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DAS EMOÇÕES

Erica Glauce Moreira – Centro Universitário Salesiano, Americana, Brasil

Endereço para contato


erica.gmoreira@gmail.com

Erica Glauce Moreira


aluna do curso de graduação em Psicologia do Unisal – Americana

Revista Sul Americana de Psicologia, v1, n2, Ago/Dez, 2013   235


 
Moreira. Atualização em avaliação e tratamento das emoções

Bartholomeu, D., Montiel, J. M., Miguel, F. K., Carvalho, L. F & Bueno, J. M. H. (Orgs.).
(2013). Atualização em avaliação e tratamento das Emoções. São Paulo: Vetor.

O livro Atualização em avaliação e tratamento das Emoções apresenta os trabalhos de


autores nacionais e de outros países a cerca das emoções. Pensado pelos organizadores como
um manual, este trabalho mostra sua relevância no estudo das emoções por ser uma obra
inédita, no sentido de que envolve olhares na perspectiva humanista, existencial, psicanalítica
e comportamental entre outras, além de discutir a avaliação e o tratamento nestas abordagens.
São olhares diferentes sobre uma mesma temática à luz de diferentes teorias, que fazem desta
obra única, eclética e um guia direcionado ao profissional da área da saúde como psicólogos e
psiquiatras, educadores em geral e áreas afins onde a compreensão das emoções se faz
necessária na prática diária. Na obra, dividida em três partes, este tema é abordado sob
diferentes perceptivas e contextos, apresentando ao leitor interessado na área uma visão mais
ampla e atual sobre este tema.
Na primeira parte do livro estão relacionados capítulos que discutem os aspectos
teóricos das emoções, na segunda, apresentam-se as diferentes abordagens clínicas e,
finalmente, a última parte trata da aplicação destes conceitos às áreas escolar e esportiva.
No capítulo um da primeira parte da obra, Bueno e colaboradores exploram as
emoções do ponto de vista das bases evolutivas das emoções, sua neuroanatomia e
neurobiologia, fazendo uma revisão teórica desde os trabalhos de William James e Carl Lange
no século XlX sobre alterações fisiológicas das emoções, até os estudos mais atuais sobre as
estruturas do Sistema Nervoso Central aos processos emocionais básicos e complexos.
No capítulo seguinte, Comin e Santos tratam dos conceitos de bem-estar psicológico e
bem estar subjetivo, considerando que tais termos são muitas vezes utilizados como
sinônimos, inclusive no meio científico. Para esta finalidade os autores apontam pesquisas
que, apesar de usarem diferentes nomenclaturas para o tema, discutem quais são os fatores
relacionados e que afetam a felicidade, bem-estar, satisfação, e correlações em diferentes
contextos de idade, cultura e sexo.
Bartholomeu e colaboradores trazem, no terceiro capítulo, uma revisão da literatura e
uma definição sobre as Emoções Morais. Os autores explanam desde a Moral da Filosofia,
passando pelas etapas de desenvolvimento moral da criança postulados por Piaget, Bee, até os
trabalhos mais atuais em teses, artigos e dissertações nacionais.

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No quarto capítulo, intitulado Amor: múltiplas perspectivas, Borges e Pasquali fazem


uma reflexão sobre o amor e como os cientistas concebem o fenômeno, passando pelas
definições de autores clássicos como os da Grécia antiga, Freud, Skinner, Bowlby e diversas
teorias psicológicas. No capítulo seguinte Vandenberghe ,Couton e Hattum apresentam o
modelo de Personalidade de Donald Kiesler. Conhecido como O circumplexo de Kiesler, este
modelo é uma representação de atitudes interpessoais que caracterizam a personalidade do
indivíduo.
Andrade e Borges discutem no sexto capítulo, as considerações teóricas e práticas
sobre a qualidade em relacionamentos românticos. Buscam uma reflexão sobre o amor e quais
são os fatores ou variáveis que levam um casal a ser feliz ou ter qualidade no relacionamento.
No sétimo capítulo, apesar de considerarem que são escassos os estudos com esta
temática, os autores Peres e Santos levantam quais as influências de variáveis psicológicas na
evolução clínica e emocional de mulheres acometidas com câncer de mama. De abordagem
qualitativa, o trabalho busca a interpretação simbólica segundo o referencial psicanalítico.
Feybesse, Hatfiel e Neto descrevem no capítulo oito o amor apaixonado e a relação
com as emoções. Por meio de uma revisão breve das últimas descobertas feitas por diferentes
pesquisas na área da ciência e das medidas psicométricas disponíveis para se medir o amor
apaixonado o tema é abordado com grande clareza.
Já no início da parte dois do livro, no primeiro capítulo, Messias, Bilbao e Parreira
convidam o leitor a conhecer o trabalho em psicoterapia a partir do referencial experiencial de
Eugene Gendlin. Ainda focando as emoções, os autores apresentam definições e sentimentos
diante da perspectiva humanista, permeando a avalição e tratamento por meio dos níveis
experienciais.
Partindo da perspectiva Psicodramática, no segundo capítulo, Lima reflete à luz da
teoria de Moreno sobre as emoções e a subjetividade do indivíduo. Valendo-se da linguagem
artística, o Psicodrama busca investigar e intervir sobre as emoções e sentimentos, e
vislumbrar possíveis entendimentos sobre o indivíduo a partir de sua subjetividade.
Considerando o desenvolvimento infantil, Cecato, Silva, Cozza e Pessotto discutem a
expressão emocional das crianças por meio do Lúdico no terceiro capítulo. Apoiados nos
trabalhos de Bowlby e Bee sobre os estágios de desenvolvimento da criança, os autores
discorrem ao longo do texto sobre o processo e expressão das emoções na infância desde o
ventre materno, considerando seu meio social, a aprendizagem, e a importância do brincar
para o desenvolvimento emocional saudável da criança.

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O quarto capítulo da segunda parte, desenvolvido por Román, descreve a angústia


como um fenômeno humano. O autor considera a angústia uma questão existencial, amparada
na filosofia de Jean Paul Sartre. Utiliza-se também neste texto de casos como exemplos da
prática clínica do terapeuta existencial.
À luz da Terapia Cognitivo-Comportamental, Silva e colaboradores abordam no
quinto capítulo as Habilidades Sociais. Avaliam a relação entre as emoções e a baixa
competência social, e em um estudo de caso, apresentam a intervenção em Treinamento de
Habilidades Sociais baseados nos trabalhos de Caballo e Dell Prette usando as técnicas da
TCC e comparando dados do pré e pós-intervenção terapêutica.
Ainda dentro da perspectiva Comportamental, no sexto capítulo, Torres e
colaboradores reveem o papel das emoções no desenvolvimento e na manutenção da Anorexia
Nervosa, transtorno alimentar que comumente se desenvolve no início da adolescência.
Considerando-a uma patologia de etiologia multifatorial, que envolve variáveis psicológicas,
biológicas e sociais, os autores apresentam ao leitor orientações e noções para a intervenção
terapêutica.
De orientação qualitativa, o sétimo capítulo de Martinelli e colaboradores discutem os
artigos da literatura sobre o tema de cuidadores de idosos. Sob o título Aspectos emocionais
em cuidadores de idosos: os sentimentos de quem cuida de pacientes com doença terminal, os
autores discorrem sobre os cuidados paliativos e a importância do olhar não só ao doente mas
também a família e as reações emocionais e sentimentos que surgem na relação
doente/cuidador.
As Emoções e o Autismo são o tema do oitavo capítulo. Bruni e Alarcão levantam
questões a cerca desta temática e fazem uma revisão dos fatores que dificultam a
compreensão e expressão emocional do indivíduo autista, considerando as funções executivas
e os fundamentos biológicos que impactam seriamente em seu interagir no meio social.
O texto Avaliação e tratamento em emoções: as especificidades da clínica
psicanalítica, nono capítulo da segunda parte, apresenta a compreensão da Psicanálise sobre
as emoções, abordando passo a passo, as noções para a avaliação e tratamento na clínica.
Tichibana, Padovan e Rodrigues ao longo do texto, apresentam as concepções de teóricos
como Winnicott e Melanie Klein e por fim um estudo de caso para maior compreensão do
tema.
O décimo capítulo trata da Distimia, distúrbio de humor que se caracteriza por uma
depressão leve e crônica. Orsini contribui traçando meios que direcionam a entrevista clínica

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e o diagnóstico, levantando quais são as dimensões afetivas que estão presentes no


pensamento depressivo comum a este tipo de patologia.
Já na terceira e última parte do livro, o primeiro capítulo, de Calhella, Cecato e Cozza
discorrem sobre a importância da afetividade entre o professor e o aluno no contexto escolar.
Baseando-se em Vigotsky e Wallon, os autores falam sobre a motivação para aprendizagem
na relação aluno/professor, o desenvolvimento da inteligência, e como as emoções podem
influenciar positivamente o desenvolvimento do aluno, podendo ser usadas como instrumento
em sala de aula.
Silva, Montiel e Bartholomeu discutem no segundo capítulo a importância e a
influência das emoções na motivação para o aprendizado. Discute-se a necessidade da
compreensão da função da emoção no processo de ensino, das reações emocionais que
surgem da relação com os pares e grupos na escola e como as emoções podem estar
vinculadas a dificuldades ou problemas de aprendizagem.
No terceiro capítulo, Machado discute temas como auto eficácia, ansiedade,
agressividade e violência na área esportiva. Neste contexto, analisa o papel do
professor/profissional de educação física e sua relevância como mediador e organizador em
busca de um equilíbrio emocional saudável por parte do atleta ou de uma equipe.
Sob o título de Adaptação humana no desporto: uma perspectiva transacional, Gomes
analisa no quarto capítulo, os fatores que contribuem na adaptação de atletas em prática
desportiva de alta competição à situações de elevado estresse, utilizando o Modelo
Transacional Cognitivo, Motivacional e Relacional de Lazarus, buscando uma compreensão
de como o atleta é afetado diante das muitas exigências desportivas e o elevado número de
competições.
No quinto capítulo, Gomes e colaboradores, ainda na área esportiva, discutem os
fatores envolvidos na adaptação a situações de estresse na prática do esporte tae-kwon-do.
Buscam, por meio de embasamento teórico e testes aplicados a uma determinada amostra,
esclarecer de que forma as emoções e as estratégias de coping (confronto) estão relacionadas
e como elas podem prejudicar ou facilitar o rendimento desportivo dos atletas.
De natureza qualitativa, o trabalho de Neves, Gomes e Dosil, no sexto capítulo, busca
identificar um conjunto de estratégias de confronto para lidar com o estresse advindo da
prática de Alpinismo por atletas de elite. Relatam, ainda, a importância dos fatores
psicológicos nesta prática e que os processos de adaptação ao estresse neste esporte merecem
atenção e devem ser observados.

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Balbinoti e Wiethaeuper, no sétimo capítulo, trazem uma compreensão sobre a


Alexitimia no esporte. Discutem que, atualmente, acredita-se que alguns atletas se utilizam de
treinos de alta frequência como forma de descarregar tensões ou como forma de regular a
ansiedade. Trata-se de indivíduos que apresentam algum tipo de déficit nos domínios
cognitivos e experienciais dos sistemas de resposta das emoções, que dificultam a expressão
de sua subjetividade e sentimentos, tendendo a serem compulsivos e impulsivos e a praticar
exercícios de forma excessiva.
No oitavo capítulo, Balbinoti e Habimana, discorrem sobre a emoção de inveja no
contexto esportivo. Definindo suas origens, o contexto em que surge e diferenciando-a do
ciúme, os autores passam pelos conceitos de inveja por Freud e Melanie Klein até a inveja no
esporte, área de estudo mais atual, que carece de estudos e instrumentos voltados a facilitar as
atividades dos atletas.
No penúltimo capítulo, Wiethaeuper e Balbinotti e estudam os processos regulatórios
das emoções nos esportes. As emoções tendem levar o atleta a buscar estratégias de regulação
que podem trazer danos à sua condição física ou psicológica. Os autores trazem assim, em
termos de intervenção, formas de ajudar o atleta a identificar as emoções para um melhor
desempenho.
Por fim, no último capítulo desta obra, intitulado Estresse, emoções e rendimento
desportivo: da conceitualização à investigação, Nogueira e Gomes tratam de como o estresse
pode ser nocivo ao atleta, assim como no cotidiano do ser humano. Para os autores é
importante a compreensão de como o estresse exerce pressão sobre os atletas, as emoções
resultantes deste processo e quais são os impactos no rendimento desportivo. Em suma, esta
obra é um manual que pode ser aplicado a várias práticas, em que o tema das emoções seja
pertinente, surgindo como um guia tanto para estudantes quanto profissionais no que tange a
avaliação e o tratamento das emoções em diferentes contextos e realidades.

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