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1. Introdução
Em 1968, Kaoru ISHIKAWA organizou um conjunto de ferramentas gráficas e estatísticas para
para o Controle da Qualidade, denominando-as “7 Ferramentas do Controle da Qualidade”.
São elas:
Ao longo dos anos 70, novas ferramentas surgiram para apoiar e facilitar os estudos a respeito da
Qualidade. As novas ferramentas foram denominadas “7 Novas Ferramentas da Qualidade”, e
são as seguintes:
2. As Ferramentas Clássicas
Exemplos de cada uma das ferramentas são apresentados a seguir.
É a representação gráfica das diversas etapas que constituem um determinado processo. Pode ser
utilizado para determinar uma base comum de entendimento dos processos de um dado produto.
Problema na
ignição Início
Sim
Motor pega? Fim
Não
Sim Limpar a
vela
Gasolina chega Sim
no carburador?
Não
Sim Não
Abrir Valvulá está Vela produz
válvula fechada? faísca?
Não Sim
Sim
Vela está
suja?
Não
Levar para
oficina
Fim
A folha de verificação ajuda a responder à pergunta: “com que freqüência acontecem certos
fatos?”. Reunindo dados a partir de observações sobre a amostragem, pode-se começar a detectar
padrões. As folhas de verificação também podem servir como ferramentas iniciais para coleta de
dados que servirão de subsídio às demais ferramentas.
Produto: Lente
Estágio de fabricação: Inspeção final
Tipo de defeito: Arranhão, Trinca e Revestimento
Total Inspecionado: 1200
Defeito Contagem Subtotal
Arranhão IIIIIIIIIIII 12
Trinca IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 41
Revestimento inadeqüado IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 55
Muito grossa / Muito fina IIIIIIIIIII 11
Não acabada IIIII 5
Outros III 3
Rendimento de Reação
25
20
Freqüência
15
10
0
70,8 73,3 75,8 78,3 80,8 83,3 85,8 88,3 90,8
Rendimento (% )
1) Colete os dados. Para resultado satisfatório, a amostra deve ser maior que 30 (n>30);
k≅ n
R
a= onde: R = (Maior valor – Menor Valor)
k
4) Determine a freqüência de cada classe. Pode-se utilizar tanto a freqüência absoluta quanto a
freqüência relativa. Se for utilizada a freqüência relativa (Fr), utilize a fórmula:
F
Fr = n
• 100
5) Desenhe as colunas. A base de cada coluna está no intervalo da classe a. A altura será a
freqüência, calculada pela fórmula anterior.
61 65 43 53 55 51 58 55 59 56
52 53 62 49 68 51 50 67 62 64
53 56 48 50 61 44 64 53 54 55
48 54 57 41 54 74 57 53 46 48
55 46 57 54 48 63 49 55 52 51
33
Logo, a = = 4, 71 ≅ 5
7
Determinação da freqüência de cada classe:
Construção do histograma:
16
14
12
Freqüência
10
8
6
4
2
0
42,5 47,5 52,5 57,5 62,5 67,5 72,5
Valor médio (minutos)
O Diagrama de Pareto é um gráfico de barras e linhas, que dispõe a informação de modo a tornar
evidente e visual a priorização de problemas e projetos.
Em 1897, Vilfredo Pareto, economista italiano, desenvolveu modelos para descrever a
distribuição desigual de riquezas. Ele chegou a conclusão de que 20% da população ficava com
80% da arrecadação, e que os outros 80% da população detinham 20% da arrecadação. Este
princípio (80/20) ficou posteriormente conhecido como Princípio de Pareto.
Na primeira metade do século passado, Juran verificou que os defeitos dos produtos
apresentavam freqüências desiguais de ocorrência; posteriormente, com o auxílio do método
gráfico desenvolvido por Lorentz, ele pôde comprovar que o Princípio de Pareto era adequado à
análise de processos industriais. Na visão de Juran, a grande maioria das não-conformidades têm
origem em poucas causas (Princípio 80/20).
A proposta do Diagrama de Pareto é priorizar as causas responsáveis pela maior parte dos
problemas.
50 100%
45 90%
40 80%
Não-conformidades
35 70%
30 60%
25 50%
20 40%
15 30%
10 20%
5 10%
0 0%
A B C D E F G
Categorias
No gráfico acima, percebemos que as variáveis A, B e C são responsáveis por mais de 70% do
problema pesquisado (veja o gráfico de linha).
Ocorrencias
Fr = • 100
Total
5) Construir os eixos do gráfico. Haverá dois eixos verticais. O eixo vertical esquerdo vai de 0
até o número que representa o somatório de ocorrências totais. O eixo vertical direito vai de
0% a 100%, proporcionalmente. O eixo horizontal deverá ser largo o suficiente para
acomodar todas as colunas que representam as diversas categorias pesquisadas.
7) Desenhar a linha acumulada. Primeiro, coloque um ponto no topo central da primeira barra
a esquerda. Depois, na mesma altura de cada coluna do gráfico, coloque um ponto (central à
cada coluna) na intersecção com o eixo vertical direito. Para isto, verifique os valores
calculados na freqüência acumulada, de cada categoria. Então, traçe uma linha, unindo os
pontos, da esquerda para a direita.
Vale a pena destacar que um gráfico de controle não descobre quais são as causas especiais de
variação no processo (que está fora de controle estatístico), mas ele permite visualizar as
informações, de maneira que se possa identificar as causas.
A variação provocada por causas comuns (conhecida como variabilidade natural do processo) é
inerente ao processo, e sempre estará presente – mesmo em produtos com alto nível de
padronização. Quando num processo atuam somente causas comuns, a variabilidade mantem-se
em uma zona estável (faixa característica do processo). Neste caso, o processo encontra-se sob
controle estatístico, pois apresenta um comportamento estável e previsível.
Todavia, quando um processo está operando sob atuação de causas especiais de variação,
dizemos que este processo está fora de controle estatístico, e sua variabilidade é maior que a
variabilidade natural. Neste caso, as causas especiais (de modo geral) devem – e podem – ser
localizadas e eliminadas. Alguns exemplos de causas especiais:
• uso de uma nova matéria-prima;
• equipamento com problema operacional, etc.
B.1) Um ou mais pontos localizam-se além dos limites de controle superior e inferior (para
tamanho de amostra igual ou maior do que 7 unidades, no caso do gráfico R). Indica presença de
causa especial que precisa ser identificada e corrigida ou eliminada.
B.2) Quando 6 a 8 pontos estão acima ou abaixo da reta da média, indica mudança na média.
B.3) Uma seqüência, crescente ou decrescente, de seis ou mais pontos indica a tendência de
mudança da média.
Correlação linear. Visualmente, os pontos parecem formar uma reta. Existe uma correlação
entre as duas variáveis.
Correlação nula. Visualmente, os pontos estão dispersos, e não há correlação entre as duas
variáveis.
O Diagrama de Causa e Efeito é composto de uma linha principal horizontal, com a indicação à
direita de um quadro – do efeito ou sintoma existente, ou seja, do problema apontado. Ao longo
da linha horizontal, são traçadas 5 ou 6 “espinhas” – linhas diagonais – que apontam para quadros
que se referem as principais categorias do problema em questão. Os tópicos que se enquadram
em cada categoria são dispostos como “ramificações” de cada “espinha”.
Efeito
• Mão-de-obra (pessoas);
• Métodos;
• Materiais;
• Máquinas (equipamentos);
• Medições;