Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
3
Módulo
capítulo 1
A MORTE
FILOSOFIA Módulo 3
A morte
capítulo 1
n Por mais que existam essas tentativas de superar a morte, ela continua
atingindo a todos.
Morte e velhice
n A morte passa a ser percebida com maior nitidez na velhice.
n Mesmo que haja idosos ativos apesar da idade avançada, existem aqueles
Legitimidade da morte
n Em determinadas situações, a tecnologia consegue preservar a vida de
indivíduos que não sobreviveriam. O procedimento que mantém por vários
anos a sobrevida em estado vegetativo com auxílio de máquinas é chamado
de distanásia ou obstinação terapêutica. Para alguns, esse procedimento
é alvo de crítica por acharem que o prolongamento artificial da vida em
condições extremas aumenta o sofrimento dos doentes.
Eutanásia
n A eutanásia consiste em provocar a morte deliberadamente, seja em
decorrência de doença terminal, seja pela vontade do paciente vitimado
por doença crônica, que tornou a vida insuportável.
n A eutanásia ativa ocorre quando uma ação provoca a morte. A passiva,
As mortes simbólicas
n A morte é precedida por diversos tipos de mortes simbólicas que permeiam
a vida humana e indicam rupturas ou perdas.
n O crescimento, o relacionamento com os pais e as relações amorosas são
FOCUS FEATURES/REX/SHUTTERSTOCK
indivíduos optem por não se aprofundar
nos relacionamentos amorosos.
Os filósofos e a morte
n Nos diálogos platônicos, Sócrates afirmou que filosofar seria preparar-se
para a morte. O filósofo se preparou para a morte rejeitando excessos,
desprezando honras e riquezas e procurando a sabedoria.
n O grego Epicuro defendia que a morte nada seria, pois não existe para os
vivos e os mortos não voltam para explicá-la. Reiterava a importância de se
levar uma boa vida, moderada, desfrutando dos verdadeiros prazeres, como
os espirituais e a amizade.
n Para o filósofo francês Montaigne, para morrer bem seria preciso viver bem.
FILOSOFIA Módulo 3
A morte
capítulo 1
Heidegger e Sartre
n O filósofo alemão Martin Heidegger argumentava que o ser humano viveria
a angústia diante da morte, um sentimento do ser que sabe existir para
o seu fim. A aceitação dessa angústia, a aceitação da finitude nos levaria
para a vida autêntica, com um olhar crítico e capacidade de construir a
própria existência.
n De algum modo, esses filósofos mostram que refletir sobre a morte, desfazer
o tabu que a rodeia, significa reavaliar comportamentos e escolhas.
FILOSOFIA
3
Módulo
capítulo 2
A FELICIDADE
FILOSOFIA Módulo 3
A felicidade
capítulo 2
A “experiência de ser”
n O filósofo Robert Misrahi argumenta que a felicidade se constrói
na chamada experiência de ser. É um caminho, um processo, e não
simplesmente um objeto que se possa ter ou comprar.
• De acordo com o pensador, algumas características da felicidade seriam
o sentimento de satisfação, que deriva do prazer e da alegria, o que
não exclui a vivência de frustrações; a autonomia da decisão, como
a capacidade de agir de acordo com nossos próprios projetos de vida; e a
disponibilidade para a reflexão, porque o uso da liberdade pressupõe
a ponderação sobre os projetos que dão sentido à própria vida.
n A busca da felicidade tem em vista o bem viver e o saber viver. Como isso
envolve os nossos semelhantes, que podem ser afetados por nossas escolhas
de felicidade, entramos no campo da ética e das escolhas morais. Por dizer
respeito ao outro, a felicidade vem acompanhada das ideias de amizade,
amor e erotismo.
FILOSOFIA Módulo 3
A felicidade
capítulo 2
Tipos de amor
n A definição de amor é bastante complexa, assim como a pluralidade de
formas com que esse sentimento pode ser expressado. Destacamos três
tipos de amor: philía, ágape e eros.
ALEX SEGRE/REX/SHUTTERSTOCK
• Philía é o termo grego para “amizade”; essa
forma de amor é generosidade, desprendimento
e reciprocidade. Ela pode considerar relações
assimétricas, como as que se davam no interior
da família grega.
• Ágape é o amor fraterno, a benevolência
universal; esse tipo de amor não envolve
a reciprocidade ou a retribuição.
• Eros é o amor desejante, a paixão amorosa, que
envolve exclusividade e reciprocidade.
O amor platônico
n No diálogo O banquete, Platão apresenta dois mitos sobre a origem do
amor: o personagem Aristófanes explora a ideia de amor como fusão,
completude (representado pelo encontro de nossa “cara-metade”);
enquanto Sócrates expressa a ideia de amor como carência, desejo
do que não temos.
O vínculo amoroso
n O relacionamento amoroso pode trazer algumas contradições.
• Como construir um vínculo em que as pessoas não se dissolvam, perdendo
a sua identidade na união?
• Como amar alguém sem perder a autonomia e a individualidade?
cartesiano. A exceção foi Espinosa, que não via hierarquia entre corpo e alma.
n No século XIX, com Freud e Nietzsche, inicia-se um novo processo pelo qual
Mutações contemporâneas
n O modo como as pessoas se relacionam e a própria ideia de felicidade
mudaram ao longo da história, especialmente no século XX, em função
da entrada na era da informática e da comunicação.
n Essas mudanças, que ocorrem em um embate entre o tradicional e o novo,