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Sugestões para a mediação pedagógica inclusiva

Gabriela Alias Rios

A inclusão está relacionada à perspectiva da educação para todos, e se


configura, segundo Mantoan (2013), em não deixar “ninguém de fora”, de
maneira a garantir que o direito à diferença propicie o sucesso dos estudantes
no processo de aprendizagem.
Relacionando essa definição ao contexto da Educação a Distância
(EaD), fica evidente que todos os estudantes, independente de suas
características, dificuldades e potencialidades, têm o direito de acessar,
participar e concluir o curso com êxito.
O conceito de inclusão está estreitamente ligado ao respeito às
diferenças e às características individuais, que precisam ser reconhecidas e
valorizadas. Assim, relacionando a inclusão e a EaD, para a criação e garantia
de ambientes inclusivos, diversos fatores precisam ser considerados, os quais
estão relacionados à mudança da cultura e de aspectos atitudinais por parte da
equipe de profissionais.
Rios (2018), ao definir o conceito de inclusão pedagógica para a EaD,
afirma que um conjunto de medidas são necessárias para garantir que todos os
estudantes tenham condições e oportunidades de participação e aprendizagem
em equidade.
Dentre essas medidas, está a mediação pedagógica, que precisa ser
inclusiva. Tendo em vista esse contexto, delineamos, a seguir, algumas
sugestões e posturas que podem ser incorporadas à prática do tutor on-line
para uma mediação mais inclusiva.

Conhecer quem são os estudantes: é importante conhecer os estudantes e,


se possível, mapear as dificuldades apresentadas, pois isso auxilia na
elaboração do feedback.
Caso os estudantes tenham algum espaço para se apresentar, o ideal é ler
essas apresentações e, se possível, mapear as características de cada aluno.

Comunicação e linguagem: a comunicação entre tutor e estudante é um fator


importante em cursos a distância, e que tem relação estreita com a inclusão.

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Mensagens ambíguas ou com excesso de informação podem gerar problemas
para o desenvolvimento do estudante, no aspecto pedagógico.
A linguagem precisa ser acolhedora, clara e objetiva, de forma que o estudante
possa compreender facilmente o que está sendo informado ou solicitado.
Evitar mensagens longas, com informações repetidas (verborragia). Ao final
das mensagens, é importante colocar-se à disposição do estudante.

Acompanhamento dos estudantes: abordagens para a mediação pedagógica


que prezam pelo assessoramento contínuo e próximo ao estudante são as
mais eficientes para práticas inclusivas, pois permitem ao tutor perceber as
potencialidades e dificuldades dos estudantes.
Assim, a postura que se espera do tutor neste aspecto é de responder
rapidamente as mensagens do estudante. O ideal é não ultrapassar 24 horas a
partir do recebimento da mensagem.
Além disso, o tutor deve se atentar aos questionamentos apresentados, pois
isso permite identificar as dificuldades e traçar estratégias para auxiliar o
estudante em seu desenvolvimento.

Avaliação e feedback: a avaliação e o feedback, na perspectiva inclusiva,


precisam ser individualizados, evitando mensagens iguais para diferentes
cursistas.

Em relação à avaliação das atividades: o ideal é corrigir a atividade analisando


se o estudante atingiu o objetivo pedagógico colocado pela atividade.
Evitar comparar atividades de cursistas diferentes.

No feedback: apontar os elementos positivos na atividade desenvolvida e


indicar o que pode ser melhorado, considerando a individualidade do cursista.
Escrever também de forma acolhedora, respeitando as características do
estudante.

O respeito às diferenças precisa estar presente em todo o processo de


mediação pedagógica, de forma que seja realizada de forma personalizada e

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sem barreiras atitudinais por parte do tutor. A perspectiva inclusiva prevê além
do acesso, a participação e o sucesso de todos, em iguais condições.

Referências

MANTOAN, M. T. E. Diferenciar para incluir ou para excluir? Por uma


pedagogia da diferença. DIVERSA: Educação inclusiva na prática. out. 2013.
Disponível em:
http://www.diversa.org.br/uploads/arquivos/artigos/artigo_mantoan_vf2.pdf.
Acesso em: 07 mar. 2018.

RIOS, G. A. Inclusão pedagógica: conceituação a partir de uma experiência na


educação superior a distância. 2018. 200 f. Tese (Doutorado em Educação) –
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Presidente Prudente,
2018.

Para citar este material:

Rios, G.A. Sugestões para a mediação pedagógica inclusiva. Brasil: Capes, NEaD - Unesp;
Portugal: UAb, 2018. (Material do curso Formação de Formadores para a mediação on-line).

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