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•..
EAESP- FGV
SECRr-T.LI~IA ESCOL.A.R DOS CPG
) .
...:.:._
'
. --·-
0 Enfoque Internacional, com
Menção à Experiência Brasileira
Banca examinadora
Prof. Orientador
----------------
Prof.
Prof.
'·
A
MARIA APARECIDA·,
.esposa e companheira,
pela compreensão e
paciência imcomparáveis,
SÃO PAULO
1988
i
ÍNDICE
1.1 - INTRODUÇÃO 4
...~.:;:_~.
1.2 O PADRÃO-OURO 4
1.3 - A LIVRE FLUTUAÇÃO DAS MOEDAS ENTRE AS GUERRAS
E A ASCENSÃO DO DÓLAR •.•..•.......•••••..•.
1.4 - O SISTEMA DE BRETTON WOODS: 1945-1971
. · 1.5 - O ACORDO SMITHSONIANO: DEZEMBRO DE 1971
1.6 - A ERA PÓS-BRETTON WOODS DE LIVRES FLUTUAÇÕES
CAMBIAIS ...................................
1.7 - ÁREAS OU BLOCOS DE MOEDAS
1.8- MOEDAS INSTITUCIONAIS ....•........••.•.....
1.9 O SISTEMA MONETÁRIO EUROPEU .•..............
1.10- AS VARIAÇÕES DAS TAXAS CAMBIAIS NO PERÍODO
1980 - l987 ............................... .
2. O MERCADO DE CÂMBIO
o CONSIDERAÇÕES GERAIS . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3 •1 - INTRODUÇÃO •••.•.•••.••••••.•...•.••••••.•• 63
3.2 - TEORIAS DA DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 64
• TEORIA DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA 66
o O EFEITO FISHER 70
o O EFEITO DE FISHER INTERNACIONAL 71
o TEORIA DA PARIDADE DA TAXA DE JUROS •...... 73
'
o A TAXA A TERMO COMO ESTIMADOR NÃO-VIESADO
DA TAXA PRONTA FUTURA 73
'
3.3 - PROJEÇÃO DE MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO 74
• REQUISITOS BÁSICOSPARA UMA BOA PROJEÇÃO 76
e PROJEÇÕES BASEADAS NO MERCADO ............. 77
e PROJEÇÕES BASEADAS EM MODELOS ............. 78
4.1 - INTRODUÇÃO 96
4.2 - CONCEITO 97
4.3- RISCO VS. EXPOSIÇÃO DE CÂMBIO ............. 99
4.4- EXPOSIÇÃO DE CONVERSÃO ...•.......•........ 101
o AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
o ILUSTRAÇÃO . . . ' . . . . . . . . .... . . . . . . . . .... . .. . 109
AGRADECIMENTOS
/
vi
E ESTRUTURA DO TRABALHO
'·
I
I.
-
>
O AMBIENTE
-
DA ADMINISTRACAO FINANCEIRA
I
INTERNACIONAL
'-
I
•. 1.
o CONSIDERAÇÕES GERAIS
ra nesse contexto.
DE CÂMBIO
A EVOLUCAO
-
-
· . DO SISTEMA MONETARIO
' _...2.:. __ .
·INTERNACIONAL
. ·.
. .... '
.I
4.
1 A EVOLUÇÃO DO SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL
1.1 INTRODUÇÃO
1 ..2 - \ O PADRÃO-OURO
e ORIGEM E CARACTERÍSTICAS
ASCENSÃO DO D6LAR
a onça, em 1981.
·1.7 -ÁREAS OU
___,.
BLOCOS DE MOEDAS
I
/
12.
PADRÃO-OURO
1900
1910
1920-
1940
1960
(Adaptado de McRAE, T.W. & WALKER,D.P. Foreign Exchange Management. New Jersey.
Prentice-Hall, Inc., 1980. p. 11- Gráfico atualizado e modificado)
()
O MERCADO
DE
CAMBIO
.· ...::.::....._
.~
.('
20.
2 O MERCADO DE CÂMBIO
2.1 - INTRODUÇÃO
(12) RIEHL,H. &RODRIGUEZ,R.M. Quem é Quem no Mercado. In: ___ • Câmbio & Mer
cados Financeiros. São Paulo, McGraw-Hill, 1988, Parte I, Cap.l,
p. 3-16.
22.
Ao realizar operaçoes de câmbio, os bancos procuram
conciliar diferentes objetivos: fornecer serviços aos clientes;
manter sua posição de câmbio (estoque de moedas) dentro do pata
. mar pretendido; e, naturalmente, obter o melhor lucro possível
com essas transações.
BANCO '
I
LOCAL CORRETOR DA
BOLSA
_,
gente, perdura já há algum tempo um sistema em que as taxas de
'
os I e II e fechamento).
I
25.
BACEN
- CORRETOR DE (REPASSES E CORRETOR DE
CÂMBIO COBERTURAS) CÂMBIO
-- '
'
'
CLIENTE ~l. BANCO BANCO CLIENTE
k- MERCADO
COMPRADOR OPERADOR INTERBANCÁRIO ~ OPERADOR ~ VENDEDOR
(14) KOVEOS, Peter & SEIFERT,Bruce. Purchasing Power Parity and Black Markets.
Financiai Management, l!!_(3) :40- 6, Aut. 1985.
31.
investiga a validade da versao de mercados eficientes (*) da
Teoria da Paridade do Poder de Compra(**), quando aplicado a de
terminados grupos de mercados "negros" de moedas.
a hipótese.
mento.
. As taxas no mercado a ~ermo podem ser iguais, maiores
{prêmio) ou menores (desconto) do que as taxas no mercado pron
to. Diz-se ·que ocorre um prêmio quando a taxa a termo é supe -
35.
rior ã taxa pronta; ocorre um desconto quando a taxa a termo e
inferior ã taxa pronta.
(17) CAVALLA, Nick. Reducing the Risks from Currency Fluctuations. Accountancy
99: 94-6, Jan. 1987.
,,
. 37.
Como resultado, em maio de 1972, a Bolsa Mercantil de
Chicago (a mais importante Bolsa de Futuros do mundo) inaugura
va o Mercado Monetãrio Internacional ('International Money
Market' -IMM), onde foram transacionados os primeiros contratos
futuros em moedas estrangeiras. Tais contratos repr~sentavam
.
'obtenção de elevados lucros no mercado futuro.
dade,
Essa possibili
no entanto, não chega a preocupar em mercados bem estrutu
"'
rados e com grandes volumes de·negócios, tidos como mais efici-
entes.
'·
Os arbitradores desempenham, também, importante pa -
pel no mercado futuro. Ao converterem taxas futuras do IMM em
-
taxas a termo ('forward') interbancárias- procurando, com isso
ob~er vantagens dos diferenciais (inconsistências) de taxas cam
b~a~s'existentes nos diferentes mercados-, os arbitradores pro
movem o
alinhamento entre as taxas futuras do IMM e as taxas a
termo dos bancos.
corretagem
TIPOS DE CONTRATO
socios n-socios
(b)-
----·.
Resultados da Estratégia: Transcorridos 90 dias, a cotação
de um dólar no mercado pronto (taxa oficial) pode
ser:
.· .
Conclui-se, portanto, que, enquanto os contratos fu-
tu.ros ·representam urna obrigação, os contratos de opçoes em moe
da conferem a seus possuidores um direito.
(a) (b)
lucro
~:· __ lucro
E z preço
de merca)
do ($ por DM)
lucro
preço de
o o
! mercado
($ por DM) p
t
I
I
p (lucro ini I
perda cial da I
(custo inicial · perda I
da opção) opção)
E Z pre
......
JUl.
zo
$ $
(a) (h)
lucro
lucro Z E (lucro inicial
da operação) P
' t
I
I
o I
t de mercado($
t
perda por DM)
It
P (custo inicial
E
_, - da operação)
perda
. $ $
(a) (b)
lucro lucro (lucro inicial)
E
($ por DM)
E
P (custo inicial)
perda perda
-de uma opção ~cima de seu valor intrínseco é conhecido como va-
lor extrínseco.
trato's de opção.
(27) RIEHL,H. & RODRIGUEZ, R.M. Glossário. In: • Câmbio & Mercados Finan-
· ceiros. p. 406.
55.
A prática corrente internacional e cotar todas as moe
das contra o dólar, podendo as taxas serem expressas de duas
formas: ou em termos europeus (unidade de outra moeda por dóla-
res americanos)ou em termos americanos (unidade de dólaramerica
nos por unidades d~ outra moeda) .
1
O dealer 1 adquire moedas estrangeiras pela taxa de
56.
compra -(menor) e as vende pela taxa de venda (maior).
1
• SPREAD 1 - De'nomina-se 1
spread 1 a diferença entre a taxa de
venda e a taxa de compra do banqueiro, correspondendo a uma es-
pécie de comissão cobrada pelo banco no comércio com moedas.
Essa diferença nãp é idêntica à margem de lucro porque abrange
também o custo operacional da transação.
ADMINISTRACAO
I
DO RISCO
··~:....- .·:.
·nE CAMBIO
'·
/ .
61.
• CONSIDERAÇOES GERAIS
'·.
·.~ .
,_ 63.
3 DETERMINANTES E PROJEÇÃO DA TAXA DE CAMBIO
3.1 - INTRODUÇAO
(*) Taxa real de câmbio é a taxa nominal deflacionada pelo diferencial (razão)
entre o Índice de preços interno e o externo, para um determinado período.
Por exemplo, a taxa real de câmbio entre o cruzado e o dÓlar americano é
à taxa nominal deflacionada pelo ·diferencial entre o Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) brasileiro e o Índice de Preços no Atacado dos EUA, para
o período de tempo considerado. O conceito de taxa de câmbio real efetiva
é mais abrangente, fundamentando-se no comportamento, por exemplo, do cru-
zado em relação às principais moedas, com base numa cesta de moedas ponde-
radas pelo comércio exterior.
~-- 64.
A_ ampla variabilidade das moedas, observada.. nos úl ti
mos 15 anos de taxas de câmbio flutuantes, tem preocupado as
grandes empresas multinacionais, levándo seus executivos fin~n-.
'
3.2 - TEORIAS DA DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO
PROJEÇÃO DE MUDANÇA
NA TX.CÂMBIO PRONTA
+5
DESCONTO ou
~ ~~F_I____________~
PPC DIFERENCIAL DE
PR~MIO A PTJ JUROS
TERMO -s
+5
~ ~.EF
PROJEÇÃO DO DIFERENCIAL
DE INFLAÇÃO
-5
tanto; de +5%; ' que a taxa de câmbio pronta atual entre as duas
moedas fosse: $ 1,00 = DM 1,6840; que a taxa de câmbio a termo
- -- .
I~
66.
e TEORIA DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA
Mencionada inicialmente em diversas obras
,..
econom1cas
.
anteriores, a teoria da Paridade do Poder de Compra - já com e~
Pfe
0
= Ph. Em outras palavras, uma unidade de moeda local teria
(31)RODRIGUEZ, Rita M. & CARTER, E.Eugene. Exchange Rate and Interest Rate
Determination Theories. In: . International financia! Management ,
Partl, Chap. 6, p. 114-46.
. 69.
Um principal obstáculo levantado pelos analistas com
relação à aplicabilidade dessa teoria diz respeito à escolha do
índice de preços relevante para fins de comparaçao.
o O EFEITO FISHER_
(*'·)Da combinação das duas relaçÕes anteriores, dada pela paridade do poder
de compra e pelo efeito Fisher, deriva-se 9· efeito Fisher internacional,
mediante a seguinte equação:
ou
FUTURA.
.
nacionais têm desenvolvido seus próprios serviços de previsão,a
despeito da questionável v~idade dos resultados obtidos e dos
elevados custos envolvidos.
(~f/K),.
ro. ·
(*) Internationa1 Monetary Fund. Annua1 Report 1985, D.C., 1985, p.48. Cit~
do em EITEMAN, David K. & STONEHILL, Arthur I. Fore~casting Foreign
Exchange Rates.In: • Mu1tinationa1 Business Finance. Massachusetts
Addison-Wes1ey Pub1ishing Company, 1986, Part II, Chap. 5, P.-142-43.
86.
No regime de taxas fixas incluiremos aqueles sistemas
cujas taxas de câmbio se mantêm fixas por períodos indetermina~
dos de tempo (podendo variar dentro de pequenos intervalos) me-
diante compromisso das autoridades governamentais.
.c.. __
Examinando o impacto da evolução das principais contas
do balanço de pagamentos sobre a taxa de câmbio, RODRIGUEZ &
CARTER(45) observam que a habilidade do governo continuar susten
tando uma taxa de câmbio em desequilíbrio dependerã pesadamente
do montante acumulado de reservas e dos empréstimos potenciais
que podem tomar de fontes p'rivadas,bem como de instituições inter-
nacionais, tal como o FMI. M~smo quando essa possibilidade e -
xisfe a decisão final também dependerã da boa-vontade do governo
em aceitar as consequências políticas de uma desvalorização ou
v~lorização da moeda.
(45) RODRIGUEZ,Rita M. & CARTER, E. Eugene. Exchange Rate and Interest Rate
Determination Theories. In: • International Financiai Management,
· Part 1, Chap. 6, p. 135-36.
92.
o brasileiro) caracteri7.am-se por acentuado controle cambial,fre
quentes restrições às importações e incentivos às exportações.
CONCEITO,
- -
CLASSIFICACAÓ E AVALIACAO
- I
-
DA EXPOSICAO AO RISCO DE CAMBIO
I
'·
96.
4 - CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO RISCO
DE CAMBIO
4.1 - INTRODUÇÃO
4.2 - CONCEITO
A i.déia básica de risco de câmbio é relativamente sim
ples. Refere-se, em essência, ao virtual efeito negativo so-
bre uma firma decorrente de uma variação na taxa de câmbio (*).
(49) ADLER, Michel & DUMAS, Bernard. Exposure to Currency Risk: Defi.nition
and Measurement. In: LESSARD, Donald R. (ed.), International Financia!
Management: Theory and Application, Mass., J.Wiley, 1985. Part IV,
Chap. 18, p.309-22.
(50) RODRIGUEZ,RitH M. & CARTER, E.Eugene. Management of Exposure to
Exchange Risk in the Foreign Enterprise. In: ___ . International
Financia! Management. Part Il, Chap.lO, p.302-14.
(51) McRAE,T.W. & WALKER,D.P.Alternative Definition of Foreign Exchange
. Risk.In: ___ .Foreign Exchange Management, New Jersey, Prentice-Hall
International, Inc.,l980,Part II, Chap.4,p. 47~71
99.
dá origem a ajustes nao realizados, de natureza meramente escri
tural, enquanto que o Último leva a ganhos e perdas reais que
afetam os fluxos de caixa. potenciais futuros da empresa.
II
STONEHILL(56) - baseia-se, por sua vez, na possibilidade de que
o .valor presente liquido dos fluxos de caixa de uma firma ve -
nham a variar devido a uma mudança não esperada nas taxas de
.câmbio. A variação no valor poderá ser para cima ou para bai-
xo, dependendo do efeito da variação cambial sobre volume de
vendas, preços e custos.
• AVALIAÇÃO
A primeira dificuldade que surge ao procurarmos medir
a exposição de conversão diz respeito à escolha da taxa de câm-
bio a utilizar-se no processo de tradução das contas denomina -
d.as em moeda estrangeira. Vale dizer , à definição dos itens
a serem considerados expostos.
o ILUSTRAÇÃO
Contas a Receber 1.500 750 c 625 c 625 c 625 c 625 c 937,5 c 937,5 c 937,5 c 937,5
Estoques 1.125 562 5 c 468,7 h 562 5 c 468 7 c 468~7 c 703 1 h 562 5 c 703,1 c 703 1
TOTAL AT. CORRENTES 3.425 1. 712,5 1.427 1.520,8 1.427 1.427 2.140,6 2.000 2.140,6 2.140,6
Imobilizado ( lÍqu. ) 2.000 1.000 h 1.000 h 1.000 hl.OOO c 833,3 hl.OOO h 1.000 hl.OOO c 1.250
TOTAL DOS ATIVOS 5.425 2.712,5 2.427 2.520,8 2.427 2.260,3 3.140,6 3.000 .3.140,6 3.390,6
PASSIVOS CORRENTES 1.100 550 c 458,3 c 458,3 c 458,3 c 458,3 c 687,5 c 687,5 c 687,5 c 687,5
EMPR. DE LONGO PRAZO 1.000 500 h 500 c 416,6 c 416,6 c 416,6 h 500 c 625 c 625 c 625
TOTAL DOS PASSIVOS 2.100 1.050 958,3 874,9 874,9 874,9 1.18715 1.312, 5 1. 312,5 l. 312, 5
CAPITAL 1.500 750 h 750 h 750 h 750 h 750 h 750 h 750 h 750 h 750
LUCROS ACUMULADOS 1.825 912 5 r 718,7 r 895,9 r 802,1 r 635,4 rl.203, 1 r 937,5 rl.078, 1 r 1.328,
TOTAL DO P.L. 3.325 1.662, 5 1.468, 7 1.645,<; 1. 552,1 1. 385,4 1. 953,1 1. 687,5 . 1.828,1 2.078,
TOTAL DOS PASS.+ P.L. 5.425 2.712;5 2.427 2.520,c 2.427 2.260,3 3.140,6 3.000 3.140,6 3.390,E
GANHOS/PERDAS DE CONV. -o- -o- (193,8) (16,6) (110,4) (277,1) 290,6 25,0 165,6 415,6
\
111.
e AVALIAÇÃO E ILUSTRAÇÃO
A avaliação da exposição de transação - ao contrário
da exposição de conversão - é muito simples: corresponde ao pro
prio valor da transação denominada em moeda estrangeira.
113.
Considere-se., novamente, o exemplo da empresa expor
tadora americana com uma fatura de DM 1.000.000 a receber de
um importador alemão dentro de quatro meses. Nesse caso, a
empresa exportadora encontra-se exposta em exatos DM 1. 000.000,
durante o período considerado. O eventual ganho ou perda de
câmbio a que se expõe decorre exclusivamente da conversão dos
marcos alemães em dólares norte-americanos pela taxa de cam-
bio vigente na data do vencimento da fatura.
e CONCEITO
FLUXO DE CAIXA 1)
NPVo (em moeda = ( (valor original em · X
local) moeda estrangeira) +
(l+r)
.( FLUXO DE CAIXA ~
(valor original em n x
moeda estrangeira)
+ .. •.. • +
(l+r) 2 (l+r) n
FLUXO DE CAIXA 1)
NPVa (em moeda = ( (valor ajustado em X
local) . moeda estrangeira)
(l+r)
POLÍTICAS: MONE
TÁRIA, FISCAL E
BALANÇo.· DE· PA-
GAMENTOS
DETERMINAM > CONDIÇÕES DE EQUIL!
BRIO ENTRE: TAXAS
CAMBIAIS, DE JUROS
E INFLAÇÃO
FLUXO DE CAIXA
PERMITINDO-SE A
JUSTES DE PREÇOS
ESPERADO
REALIZADO
= I ENTÃO> EXPOSIÇÃO
ECONÔMICA =
E CUSTOS ZERO
e ILUSTRAÇÃO E AVALIAÇÃO
pãgina seguinte (ãs fls. 125) - pode-se ter uma idiia aproxima-
do.
da pipõtese considerada.
/
PROJEÇÃO APÓS A DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA ( 20%) : DM 2,40 = US$ 1,00
PERFORMANCE ESPERADA PARA 1988 ORIGINAL
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (DM2 = US$1) CASO 1 CASO 2 CASO 3 C.Z\SO 4 CASO 5
J.uuu.uuu
Vendas (1.000.000 u. a DM 6,00) 6.000.000 6.000.000 12.000.000 7.200.000 7.200.000
3.600.000
Custos Diretos (1.000.000 u.DM4,50 4.500.000 4.500.000 9.000.000 4.500.000 4.500.000 5.400.000
625 312,5 625 260,4 (1250) (520,8) 925 385,4 775 322·,19 105 43,7
2 Fluxo de Caixa Operacional 625 ' 312,5 625 260,4 1375 572,9 1225 510,4 925 385, lf 730 JU4,J.
3 Idem 625 312,5 625 260,4 1375 . 572,9 1225 510,4 92S 385,4 730 JU4,J.
4 Idem 625 312,5 625 260,4 1375 572,9 1225 510,4 925 385,4 730 >
304,1
5 Idem 625 312,5 625 260,4 1375 572,9 1225 510,4 925 385,4 730 304,1
5 Recuperação do Cap. de Giro -o- -o- -o- - ...:o- 2625· 1093,7 300 125,0 150 65,5 525 218,7
'
\
i
'j
126.
& STONEHILL(70)
Examinando essa questio, EITEMAN
observam que a exposiçio de imposto oriunda de uma mudança
·nas taxas de câmbio varia entre os países, mas como enfoque
geral somente os ganhos (ou perdas) cambiais realizados sao
tributáveis (ou dedutíveis) para fins de cálculo do imposto
de renda.
a) EXPOSIÇ)ID DE Para una multinacional com operações em muitos países e muitas trans2
l'DFDA ções e investimentos entre fronteiras,os conceitos são diferentes.
A exposição de moeda mostrará os ativos (ou passivos) lÍquidos que e2_
tão exp:>stos numa determinada roeda. Portanto, esses ativos (ou passi
vos) serão afetados se o valor dessa moeda mudar. Ela é obtida pela
3 - ESTRUTURA exposi.ção agregada nessa roeda para todas as unidades da firma ..
ORGANIZ~
CIONAL
b) EXPOSIÇÃO DE Corresponde ao montante de ativos expostos num particular pa:Í.s (de tQ
PAÍS das as subsidiárias nesse paÍs). Será especificado por paÍs e por
roeda (por exemplo, todas as subsidiárias na Inglaterra de urra multin2
cional americana apresentam os seguintes ativos expostos: + 100 DM,
- 500 V, + 300 Sw.F, etc.)
7. A PREVENÇÃO pode causar exp. economica. 7. A PREVENÇÃO pode causar exp.de conversãc
8. PODE-SE EVITAR UMA PERDA CONTÁBIL inco.r. 8. PODE-SE EVITAR PERDAS ECONÔMICAS E D!;
rendo-se em custos reais. OPORTUNIDADE através de mudanças prQ
priamente operacionais.
BASEADA SOBRE O VALOR DE LIVRO DE ATIVOS BASEADA SOBRE O VERDADEIRO VALOR DE MER
E PASSIVOS; o valor escritura!, usualmen CADO DE ATIVOS E PASSIVOS; o valor de
10. 10.
te, não corresponde ao valor de mercado. mercadc, por SUi'l vez, fundamenta-se na
habilidade para gerar futuros fluxos de
caixa.
UMA DEFINIÇÃÓ SUMÁRIA: É um valor ince~ UMA DEFINIÇÃO SUMÁRIA: É um valor ince~
to de um fluxo de caixa em moeda domésti to de um fluxo de caixa em moeda domé~
ca o qual é conhecido e fixado em termos ti c a cujo valor é igualmente incerto
de moeda estrangeira; por exemplo, um r~ em termos d'e moeda estrangeira; por ex em
1. 1.
cebimento ou um pagamento em moeda e~ plo, fluxos de caixa provenientes de uma
trangeira. subsidiária estrangeira.
'
AS FIRMAS GERALMENTE TÊM POL.l:TICAS PARA AS FIRMAS NORMALMENTE NÃO TÊM POLÍTI
4. ENFRENTAR A EXPOSIÇÃO DE TRANSAÇÃO CAS PARA ENFRENTAR A EXPOSIÇÃO ECONÔ
4.
MICA
-
REFERE-SE A CONTRATOS NOMINAIS CUJO REFERE-SE AOS EFEITOS SOBRE O FLUXO
7. VALOR É FIXADO EM TERMOS DE MOEDA ES 7. DE CAIXA ATRAVÉS DE MUDANÇAS NOS cus
TRANGEIRA. TOS, PREÇOS E VOLUME.
·-
Adaptado de SRINIVASULU, S.L. St::ateg1c R. e s ponse to Fore1gn t:xchang e
Risks. The Co1uml:;>ia Journa1 of Wor1d Bus1ness, (spr. 1981), r-15.
13:4.
Nesse particular, ressaltamos que o risco de câmbio
só ocorre num contexto de inflação não neutra e quando as ta
xas de câmbio não acompanham a paridade do poder de compra.
~==---
Em resumo, pode-se concluir haver evidências de que
no longo prazo as taxas de câmbio são irrelevantes, quando
considerados os fatores inflação e paridade do poder de com-
pra. No curto prazo, entretanto, todas as firmas - multina-
cionais ou nacionais - estão expostas aos riscos inerentes às
flutuações nas taxas de câmbio.
I
/
-
ADMINISTRACAO
#
' #
TATICA E ESTRATEGICA
-
DA . EXPOS I CAO AO RISCO
-
DE . CAMBIO .
'.
'·
,_' .· "
:I
136.
5.1 - INTRODUÇÃO
e ADMINISTRAÇÃO TÁTICA
Via de regra, a expressão "administração tática" é
empregada para definir o conjunto de técnicas e métodos, in -
ternos e externos, que a administração utiliza para neutrali-
zar, minimizar ou evitar os riscos de câmbio relacionados com
a exposição de conversao e/ou transação. Essas práticas sao
usrialmente conhecidas como "cobertura" e "hedging".
...
'hedge' de balanço
adiantamentos e atrasos de pagamentos
I,NTERNAS 'netting' (interligar, compensar operações)
. 'matching' (combinar, corresponder pagamentos
' e recebimentos)
. seleção da moeda de faturamento
. portfolio de moedas
e ADMINISTRAÇÃO ESTRAT~GICA
e TÉCNICAS INTERNAS
•
1
Hedge 1 de Balanço
~.:.._
• 'Netting'
• 'Matching 1
Basicamente, o termo 1
matching 1 (combinação) é uti-
lizado para designar o processo segundo o qual uma companhia
procura cotejar seusfluxos de.recebimento com os de pagamen-
to numa dada moeda, para montantes e periodos equivalentes I
te o·período considerado.
(83) BOOTHE, Robert & MADURA, Jeff. Reducing Exposure to Exchange Rate
Ri.sk: A case Study, Iong Range P1anning, 18(3):98-101, jun.1985 .
Portfolio de Moedas
e TtCNICAS EXTERNAS
·coadjuvando as técnicas internas na proteção con-
tra a exposição de conversão, a administração dispõe ainda de
-um ,conjunto de técnicas de 'hedging' de âmbito externo à com
· panhia.
= DM 199.988
(*) Taxa a termo é a taxa cotada hoje para entrega da moeda em alguma da-
ta futura (no caso, para entrega em um ano).
(**) Taxa pronta futura espéradá éa taxa queSé espera venha a prevalecer no
mercado pronto em alguma data futura (no caso,em um ano).
No. exemplo considerado, espera-se que a taxa pronta futura do marco
alemão desvalorize-se em 20%, eill relação ao dÓlar, acima da expect~
tiva incorporada na taxa a termo, em um ano.
156.
Empréstimos Paralelos
a) Na data do acordo:
• A matriz alemã envia marcos alemães para a filial fran
cesa na Alemanha;
• A matriz francesa envia francos franceses, equivalentes
aos marcos alemães (pela taxa pronta corrente) , ã fili-
al da firma alemã na França;
/
b) No vencimento:
• A filial da firma francesa na Alemanha devolve o mesmo
montante recebido em marcos alemães ã matriz alemã;
• A filial da firma alemã na França~ por sua vez, devolve
a mesma quantia recebida de francos franceses a matriz
francesa.
cionadas a seguir:
a) Normalmente na o necessitam de qualquer aprovaçao gover
namental dos países envolvidos;
b) Não precisam de garantias porque o eventual na o paga - -
mento de uma das partes pode ser compensado pelo na o
resgate do empréstimo pela outra parte;
c) Não envolve nenhum risco cambial.Um simple? acordo .en-
tr€ as partes pode eliminar o problema da desvaloriza -
ção de uma moeda em relação à outra. Por exemplo, po
de-se estabelecer que se o marco alemão desvalorizar -
..:::;__ _
se, digamos, em mais de 5% em 30 dias, a matriz alemã
teria que fornecer mais marcos para a filial francesa
'
na Alemanha, de modo-a compensar a desvalorização o-
corrida, e vice-versa na França no caso de uma desvalo ·
rizaçãb do franco francês. Tal provisão nao envolve
risco uma vez que a totalidade dos marcos ou francos
·~· ..
a) Providências no Brasil:
• A filial brasileira da firma norte-americana locali
za uma outra firma estrangeira no Brasil (digamos ,
francesa) que necessita de cruzados para sua expan -
sao;
• A filial da firma norte-americana envia cruzados pa
ra a filial da firma francesa;
b) Providências no Exterior
• A matriz francesa envia dólares para a matriz norte-
americana;
Ou a matriz francesa envia francos para a subsidiá -
contrato a termo.
'·
Entretanto, o cálculo correto do custo anualizadode
um contrato a termo, deve considerar o custo de oportunidade
·envolvido o qual depende da taxa pronta a prevalecer no futu-
ro. Nessas condições, a fórmula acima precisaria ser ajusta
_. qa para:
/. ( 3. 6 OIn) ( (e - f ) I e ) • 1 OO,
1 1 0
1
on~e "e ~ é a taxa pronta futura (desconhecida) .
• DIVERSIFICAÇÃO DE OPERAÇÕES
e DIVERSIFICAÇÃO DE FINANCIAMENTOS
tadbr nos Estados Unidos para seu modelo conhecido como "Be -
·'. -
/~ourb" (por volta de 1970, a companhia detinha 69 do mercado
automobilístico nos EUA) , a VW começou a enfrentar problemas
com o colapso do sistema de taxas de câmbio fixas de Bretton
Woods.
~::::.-
gante,exportadora de um único produto,para uma companhia ver-
dadeiramente multinacional1 produtora de uma linha mais varia-
__ da de produtos.
//
O Brasil, dadas suas características de país de moe
~a fraca, inflação elevada e controle cambial rígido, enqua -
dra-se perfeitamente no enfoque administrativo agressivo, cu-
jo objetivo básico é aumentar ativos e diminuir passivos em
moedas fortes e vice-versa em cruzados, procurando beneficiar-
se de movimentos favoráveis na taxa de câmbio, muito embora
tal enfoque não-se constitua propriamente numa estratégia de
'hedging' mas sim numa postura especulativa.
e- TÉCNICAS OPERACIONAIS:
e TtCNICAS F!NANCEIRAS:
e MECANISMOS OFICIAIS
EXPOSIÇÃO CAMBIAL I
CONVERSÃO
e EFEITOS TRIBUTÁRIOS
5.9-RESUMO
Ao longo deste Capitulo examinamos as técnicas mais
utilizadas na administração de cada um dos três principais ti
pos de exposição de câmbio. No caso da exposição de conver-
são, enfatizamos ~ue o 'hedge' de balanço constitui-se no me-
canismo mais apropriado de proteção. Ressaltamos que a ex-
posi-ção de transação pode ser compensada mais eficientemente
pela cobertura no mercado a termo (ou futuro) , no mercado mo-
netário e no mercado de opçoes em moedas. Finalmente, sali-
---. entamos que a principal técnica para administrar a exposição
econômica consiste na diversificação internacional de vendas,
produtos e fontes.
Ponderamos também que, além das técnicas acima, as
companhias multinacionais, bem como as firmas operando em am-
bito internacional, dispõem, subsidiariamente, de uma multi -
pl~cidade de políticas e técnicas, internas e externas, volta
/
183.
Administração Tática
. 'Hedge' de balanço
Datas das de- .Adiantamentos e atra
CONVERSÃO 'HEDGE' monstraçoes sos de pagamentos Tesouraria,
3 meses- • 'netting'(compensação Vendas
1 ano .'matching'~ombinaçã~ Compras
.Práticas de fatura -
mento
.Portfolio de moedas
.Mercado a termo(e f~
turo)
.Mercado monetário
.Permutas cambiais:
- empréstimos paral~
los
- trocas de moedas
- trocas de crédit~
·· -- Administração Tática:
Duração do Todas as práticas aci
TRANSAÇÃO COBERTURA compromisso ma(exceto o'hedge' de
específico balanço)
Principais Técnicas: Tesouraria,
/
.Mercado a termo (e Vendas,
futuro) Compras
.Mercado monetário
.Mercado de opçÕes
.Moeda de faturamento
Planejamento Estraté-
gico:
Para todo o Diversificação inter-
ECONÔMICA ADMINISTRA- horizonte nacional
ÇÃO ESTRAT~ de planejame~ Aspectos Operacionais Todos os depar-
GICA to escolha de mercados ~ tamentos, inclu
propriados, produtos, indo: controla-
O - 10 anos
preços, fontes de ma- doria, pesquisa
ou mais
térias-primas, pesqu! e desenvolvime~
sa e desenvolvimento, to, planejamen-
promoçÕes, etc.; to, superior a-ª
ministração
Aspectos. Financeiros:
dÍvida de longo prazo.
moeda, vencim~nto,pra
ça de emissão. -
-~
()
RESUMO,
CONCLUSOES
E CONSIDERACOES FINAIS
I
'
.· -
/
~,-:'.;85.
e CONSIDERAÇÕES GERAIS
e A PERSPECTIVA BRASILEIRA
homia.
!
1
-
APENDICE
; . ·;
195.
AP~NDICE:
ESTRANGEIRAS
ANTECESSOR, O SFAS NQ 8
PRONUNCIAMENTO, O SFAS NQ 52
...~--
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
64.
----. Nesse mercado um seguro contra as incertezas.
Jornal da Tarde:l4,18 jun. 1986.