o Escola como estrutura teleológica – vestibular. Isomorfia em relação às estruturas contemporâneas, na maioria dos casos. o Professor como responsável x professor como colega pesquisador: comportamentos, autonomia, as dificuldades de ausência de tutela. o Monitoria e Orientação: o máximo da relação mais tutorada dentro da universidade. o Os riscos da especialização. Leitura do programa. o Não esquecer de frisar: avaliação e recuperação. o Comentar duas noções importantes para o curso: Anacronia. Unidade nacional.
“O direito à literatura”: (Texto no começo dos anos 80)
o Introdutoriamente, comenta a contradição do avanço técnico e do retrocesso humanista, desfazendo a dicotomia civilização e barbárie. “Todos sabemos que a nossa época é profundamente bárbara, embora se trate de uma barbárie ligada ao máximo de civilização.” (p.170) o Como também certo constrangimento do elogio à barbárie. (Os últimos anos assistem certamente a uma perspectiva à vontade em relação à barbárie – linchamentos, a noção seletiva de direitos humanos, feminicídio, práticas de extermínio, homofobia etc.) O mesmo vale para os comentários sobre a fraseologia e o comportamento da classe dominante (p.171), p. ex., a festa recente da diretora da Vogue, Donata Meirelles. Em síntese, estamos em tempos de uma violência de classe desinibida. Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=PjcUOQbuvXU. o Seção 2: O que é indispensável pra você? Para Candido, os direitos humanos se assentam no pressuposto de que o que é indispensável para nós também o é para os outros, e que nossos direitos não são mais urgentes do que o dos outros. Candido começa a introduzir o tema de que vai tratar: o que é indispensável pra nós é indispensável pro outro? Nossos direitos são mais urgentes do que os do próximo? A distinção do padre dominicano Joseph-Louis Lebret entre bens compressíveis e incompressíveis1. “Certos bens são obviamente incompressíveis, como o alimento, a casa, a roupa. Outros são compressíveis, como os cosméticos, os enfeites, as roupas supérfluas. Mas a fronteira entre ambos é muitas vezes difícil de fixar” (p.173). Candido saliente o caráter de classe e político essas fronteiras, assim como marca a diferença entre a dimensão individual (consciência) e social (leis) dessa divisão. Sobrevivência física, mas também integridade espiritual. (p.174) E a literatura? o Seção 3: “Chamarei de literatura, da maneira mais ampla possível, todas as criações de toque poético, ficcional ou dramático em todos os níveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura, desde o que chamamos folclore, lenda, chiste, até as formas mais complexas e difíceis da produção escrita das grandes civilizações” (p.174)
1CESTARO, Lucas R. A atuação de Lebret e da SAGMACS no Brasil (1947-1964). Ideias, planos e
contribuições. Tese de Doutorado, USP, São Carlos, 2015. “não há homem que possa viver sem, isto é, sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fabulação” (p.174) “o sonho acordado das civilizações”. “confirma o homem em sua humanidade”. “fornece a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas” Tanto a oficial quanto a proscrita são imprescindíveis. Não tem nada de inofensiva. “humaniza porque faz viver.” Os educadores preconizam e temem os efeitos da literatura o ABRIR DEBATE SOBRE ESSA SEÇÃO: especialmente voltado para a concordância ou discordância se a leitura é bem compressível e se toda literatura é bem compressível ou não (quais os elementos interferem nessa escolha?). o Seção 4: três faces da literatura: Construção de objetos autônomos como estrutura e significado. o A literatura como um modelo de coerência do continuum e dos sentimentos, instrumento que ordena o caos. o Ler a quadra de Gonzaga (p.178) o Age no consciente, mas também no subconsciente e no inconsciente. o Humanização (p.180). Forma de expressão. Forma de conhecimento. o A literatura empenhada e a prevalência da forma. o Seção 5: Debate sobre o romance histórico e social. Victor Hugo, Dickens, Dostoiévski. Trata-se de uma seção importante porque Candido recorta a literatura feita sobre direitos humanos, como também localiza o momento em que miséria se torna tema literário com dignidade. o Seção 6: conclusão – p.186 [leitura].
Abordagem dialética a partir de “De cortiço a cortiço”:
o “Atualmente” (1973) se diz que uma obra nasce antes de outra obra do que estímulos diretos do mundo. Proust: um mundo nasce com um grande artista. Oscarl Wilde: pelos pintores apreendemos a natureza da França. o Reagiam ao Naturalismo: certa transposição direta da realidade ou mesmo um modo de saber sobre a realidade. o A obra é filha do mundo (processo, texto primeiro na apreensão da realidade): a obra é um mundo (montagem, texto segundo, por ver o meio com lentes tomadas de empréstimo). o Quatro abordagens, entre os dois extremos: o mundo foi reordenado dentro da obra, o mundo foi transformado dentro da obra, o mundo foi desfigurado dentro da obra, o mundo foi posto de lado dentro da obra.