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Fundamentos sobre Sistemas de Informação

Para o entendimento do conceito de Sistemas de Informação, é fundamental conhecer um pouco da


Teoria Geral dos Sistemas (TGS), surgida em meados da década de 1920, quando o biólogo húngaro
Ludwig von Bertalanfy estudou a autorregulação dos sistemas orgânicos.
Estes foram entendidos como sistemas abertos, ou seja, sistemas que interagem com o meio ambiente,
incorporando alterações benéficas e neutralizando as maléficas (autorregulação regenerativa).
A TGS surgiu como uma crítica à abordagem científica reducionista predominante na época, que reduzia
as entidades. Ela direciona a análise do pesquisador para o todo, ou seja, para as relações entre as partes
que se interconectam e interagem orgânica e estatisticamente.
Aplicada à Ciência da Administração, a TGS resultou em uma nova abordagem administrativa: a
abordagem sistemática para gestão das organizações.
As abordagens administrativas anteriores não consideravam o lado externo da organização, centrando-
se nos assuntos internos da organização de forma estanque, simplificando as organizações e,
consequentemente, toda a gestão.

A abordagem sistêmica da administração está fundamentada em dois dos principais conceitos da teoria
geral dos sistemas:
a) Interdependência das partes – refere-se à composição das entidades, onde o todo de uma
entidade é composto por partes de outras entidades, que são interdependentes com relação ao
todo;
b) Tratamento adequado da realidade reconhecida como complexa – é o reconhecimento da grande
complexidade da sociedade moderna, que exige técnicas específicas para lidar com o
pensamento complexo.

Entre os principais aspectos a serem considerados quando da definição das partes de um sistema estão
a continuidade da operação do sistema e a facilidade de substituição de partes defeituosas ou
problemáticas do sistema.
Exposta a importância da visão sistêmica, desenvolvem-se a seguir os conceitos de sistema, estímulo
(evento de negócio), dado e informação.

Um sistema é um conjunto de elementos interconectados, de tal modo que a transformação em uma de


suas partes influencia todas as demais. Originário do grego, o termo “sistema” significa “combinar”,
“ajustar”, “formar um conjunto”. Pode-se afirmar que há uma relação causa-efeito entre as partes que
compõem um todo (sistema).

Podem-se imaginar inúmeros sistemas de diferentes portes, desde o sistema solar até o sistema
molecular. São exemplos de sistemas: hidráulico de um veículo, financeiro de um país, de transporte de
uma cidade, respiratório de um ser humano e contábil de uma organização.
Dentro de uma organização, há diversos sistemas em operação: planejamento e controle da produção,
gestão de materiais, gestão dos recursos humanos, gestão das finanças, entre outros.

No ambiente organizacional, há várias fontes de estímulos para os sistemas de informação. Um estímulo


é denominado evento de negócio, como exemplos: recebimento de um pedido de compra, entrada de
dinheiro em conta corrente referente a um pagamento, recebimento de uma reclamação de cliente. Estes
eventos requerem ações por parte dos sistemas de informação.

Uma das formas mais corriqueiras da percepção de um estímulo nas organizações é a chegada de dados
que caracterizam um evento do ambiente de negócios.
Imagine-se um ambiente de comércio eletrônico via Internet, em que o cliente fornece seus ,dados
à organização vendedora por meio de uma das páginas da web que compõem a loja virtual. Dessa
forma, o evento pedido de compra é caracterizado na organização pela chegada de um conjunto
de dados: nome do cliente, número do cartão de crédito, data do pedido, produto solicitado,
quantidade do produto, endereço de entrega, entre outros.

Conceitualmente, o termo dados é utilizado para caracterizar a simples observação de um estado,


facilmente registrado por intermédio de atributos que o particularizam.
No exemplo citado, trata-se de um conjunto de atributos que caracterizam o estado de um “pedido de
compra”.
Quando alguém trabalha um conjunto de dados, interpreta-o, contextualiza-o e dá-lhe algum propósito,
está gerando informação.

No exemplo, geram-se as seguintes informações com base no total dos dados de pedidos de vendas
acumulados: o total de pedidos de compras colocados na organização durante o mês, seu total efetivado,
quanto cada linha de produtos representa no total de pedidos do período.
É interessante observar que o sistema de informação trata dados, seja criando, alterando, excluindo, ou
simplesmente os lendo. Da análise dos dados pode-se gerar a informação que apresenta o maior
potencial de agregação de valor à organização.

A transformação de Dados em Informação é um processo.


Processo: Uma série de tarefas logicamente relacionadas, executadas para atingir um resultado definido.
Conhecimento: É o corpo ou as regras, diretrizes e procedimentos usados para selecionar, organizar e
manipular os dados, para torná-los úteis para uma tarefa específica.
Entrada - É a atividade de captar e juntar os dados primários. A entrada pode ser um processo manual
ou automatizado.
Exemplo: Ao se produzir cheques de pagamentos, as horas trabalhadas de cada empregado devem ser
coletadas antes que o cheque de pagamento possa ser calculado ou impresso.
Processamento - Envolve a conversão ou transformação dos dados em saídas úteis. Envolve cálculos,
comparações, tomadas de ações alternativas e a armazenagem de dados para uso futuro.
O processamento pode ser feito manualmente ou com assistência de computadores.
Exemplo: No aplicativo de folha de pagamento, as horas trabalhadas de cada empregado devem ser
convertidas em pagamento liquido.
Saída - Envolve a produção de informações úteis, geralmente na forma de documentos, relatórios e dados
de transações.
Pode ser produzida de formas variadas. Para um computador, as impressoras e as configurações de tela
são dispositivos de saída comuns. Pode também ser um processo manual envolvendo relatórios e
documentos manuscritos.
Exemplo: Cheques de pagamentos a empregados, relatórios para gerentes e informações fornecidas a
acionistas, bancos, governo e outros grupos.
Feedback - É uma saída usada para fazer ajustes ou modificações nas atividades de entrada ou
processamento.
Erros ou problemas podem fazer com que os dados de entrada sejam corrigidos ou que um processo seja
modificado.
Exemplo: Em uma folha de pagamento: talvez o número de horas trabalhadas de um empregado tenha
entrado no computador como 400 horas, em vez de 40.

Componentes do Sistema de Informação

A constituição de um sistema de informação envolve diversos componentes e atores que devem estar
harmonicamente integrados. A essência de um sistema de informação são os seus insumos – dados –,
que, quando processados por softwares analíticos, geram informações.
Nessa afirmação já se identificam dois importantes recursos dos sistemas de informação: seus dados e
informações e as instruções (algoritmos) utilizadas para processá-los.

Dados, informações e softwares valem-se da infraestrutura de informática, ou seja, dos recursos de


tecnologia da informação, por serem processados e salvaguardados para futuros usos.
Outro recurso tecnológico importante para operação dos sistemas de informação sõ recursos de
telecomunicações, que permitem aos diferentes ambientes computacionais constituírem uma rede para
compartilhamento de dados, informações e softwares entre si.
Recursos de dados e informações: conjunto de caracteres armazenados que constituem os
dados ou informações, bem como o conjunto de atributos a eles referentes: tamanho, localização,
seus usuários, período de atualização, data de criação, etc.

Recursos de software: abrangem todos os softwares necessários para o processamento dos


algoritmos que constituem o sistema de informação.

Recursos de hardware: processadores, meios de armazenamento, equipamentos para interação


homem-máquina, entre outros dispositivos físicos que constituem o que convencionalmente se
denomina computador.

Recursos de telecomunicações ou rede: equipamento e softwares específicos para operação e


gestão do tráfego de dados e informações entre computadores.

O componente humano está fortemente presente na constituição dos sistemas de informação,


abrangendo tanto os profissionais da informática responsáveis pela construção, operação e evolução do
sistema quanto o público cliente que utiliza o sistema, genericamente denominado usuário final.

Recursos humanos: equipamento e softwares específicos para operação e gestão do tráfego


de dados e informações entre computadores.

Desses cinco recursos que caracterizam e compõem o sistema de informação, alguns exigem maior
atenção do administrador. Entre os que apresentam uma profunda redução de importância ao longo dos
últimos anos, estão os recursos de hardware e os recursos de rede.
Na década de 1960, o componente principal e mais caro de um sistema de informação era o hardware.
Os softwares, a maioria deles voltados para a automação de atividades, eram relativamente simples de
serem idealizados por serem uma reprodução do que se fazia na operação manual.
Os componentes do hardware tiveram seus custos substancialmente reduzidos ao longo dos anos. Para
constatar isso basta observar a capacidade dos processadores atuais versus seu preço.

Quanto à redução da importância dos recursos de tecnologia da informação nas organizações, ocorreu
uma polêmica recente, nos meios acadêmicos e nos organizacionais, motivada pela publicação do artigo
de Nicholas Carr (2003): “IT doesn’t matter” (tecnologia da informação não importa).
Nesse texto, o autor define os recursos de TI como commodity, ou seja, recurso não estratégico, por
estarem disponíveis a todas as organizações.

Muitos questionaram essa posição, como Keen, por exemplo, que a refutou, afirmando:

 Quando todas as empresas têm, essencialmente, acesso aos mesmos recursos de tecnologia
da informação, a diferença competitiva e os benefícios econômicos que as empresas possam
ganhar reside no gerenciamento da TI e não nas diferenças tecnológicas (KEEN, apud
DEVARAJ e KOHLI, 2002, p. 20).

Analisando a posição de Carr e de seus antagonistas, nota-se que não há discordância na essência das
ideias. Há de se considerar e ressaltar a definição utilizada por Carr para TI, declarada em uma pequena
nota de rodapé, apresentada na última página de seu polêmico artigo:

 “Tecnologia da Informação” é um termo confuso. Nesse artigo, ele é utilizado em seu senso
comum, denotando as tecnologias utilizadas para processar, armazenar e transportar
informações no formato digital (CARR, 2003).

Como o próprio Carr aponta, a definição do termo TI é bastante confusa e pode ser entendida de muitas
formas, de acordo com a experiência de cada leitor. É provável que muitos dos seus antagonistas não
tenham lido a discreta nota de rodapé de seu artigo ou, se a leram, não a interpretaram devidamente.

Muitos autores já vinham trabalhando com a mesma ideia de Carr: o simples fato de as organizações
investirem na compra de tecnologias de processamento, meios de armazenamento e meios para
o transporte de informações não resolve mais seus grandes desafios, muito menos apresenta
potencial para a TI ser considerada um recurso estratégico.

As crescentes facilidades para utilização dos componentes da TI e rede resultaram na “comoditização”


desses recursos. Cada vez mais há oferta da infraestrutura de TI como se fosse utilidade pública. A
empresa usuária não precisa possuir a infraestrutura de TI, pois ela pode fazer uso compartilhado com
milhares ou milhões de outros usuários.

Para discutir:

Analise os fragmentos destacados e discuta qual a sua posição em relação à redução da


importância dos recursos de tecnologia da informação nas organizações.

Referências

De Sordi, José Osvaldo. Administração de Sistemas de Informação: uma abordagem interativa. São Paulo
: Saraiva, 2010
LAUDON, Kenneth; LAUDON, Jane. Sistemas de Informação Gerenciais. 9. ed. São Paulo : Pearson
Prentice Hall, 2010.

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