Vous êtes sur la page 1sur 1

Fichas de trabalho Domínio Educação Literária

Crónica de D. João I
Lê atentamente o excerto que se segue da Crónica de D. João I de Fernão Lopes.

DO ALVOROÇO QUE FOI NA ÇIDADE CUIDAMDO QUE MATAVOM O MEESTRE,


E COMO ALLO1 FOI ALVORO PAAEZ E MUITAS GEMTES COM ELLE.

O Page do Meestre que estava aa porta, como2 lhe disserom que fosse pella villa segumdo
já era perçebido3, começou dhir rrijamente a gallope em çima do cavalo em que estava, dizemdo
altas vozes, braadamdo pella rrua: Matom o Meestre! matom ho Meestre nos Paaços da
Rainha! Acorree4 ao Meestre que matam! E assi chegou a casa dAlvoro Paaez que era dalli
5 gramde espaço.
As gemtes que esto ouviam, sahiam aa rrua veer que cousa era; e começamdo de fallar
huũs com os outros, alvoraçavomsse nas voomtades5, e começavõ de tomar armas cada huũ
com melhor e mais asinha6 podia. Alvoro Paaez que estava prestes e armado cõ huũa coiffa7
na cabeça segumdo husança daquell tempo, cavallgou logo a pressa em çima dhuũ cavallo que
10 anos aviia que nom cavallgara; e todos seus alliados com elle, braadamdo a quaaes quer que
achava dizemdo: Acorramos ao Meestre, amigos, accorramos ao Meestre, ca filho he delRei dom
Pedro. E assi braadavom ell e o Page himdo pella rrua.
Soarom as vozes do arroido8 pella cidade ouvimdo todos braadar que matavom o Meestre;
e assi como viuva que rei nom tiinha, e como sse lhe este ficara em logo9 de marido, se move-
15 rom todos com maão armada, corremdo a pressa pera hu10 deziam que sse esto fazia, por lhe
darem vida e escusar morte. Alvoro Paaez nom quedava11 dhir pera alla, braadamdo a todos:
Acorramos ao Meestre, amigos, acorramos ao Meestre que matam sem por que.
A gemte começou de sse jumtar a elle, e era tanta que era estranha cousa de veer. Nõ cabiam
pellas ruas primçipaaes, e atrevessavom logares escusos12, desejando cada huũ de seer o
20 primeiro; e preguntamdo huũs aos outros quem matava o Meestre? nom mimguava 13 quem
rrespomder14 que o matava o Comde Joham Fernamdez, per mamdado da Rainha.

LOPES, Fernão, 1994. Crónica de D. Joao I. Capítulo XI/11. Volume I.


Porto: Civilização (pp. 24-25) (1.a ed.: 1644)

1. lá; 2. quando; 3. prevenido; 4. acorrei, socorrei; 5. alvoraçavomsse nas voomtades: encolerizavam-se; 6. depressa;
7. proteção da cabeça; 8. ruído, algazarra; 9. lugar; 10. onde; 11. parava; 12. escuros, recônditos; 13. faltava;
14. respondesse.

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas ao questionário.

1. Explica como se sugere, no texto, que as ações do Pajem e de Álvaro Pais concretizam um
plano previamente traçado.

2. Caracteriza os atores individuais cuja atuação se destaca no texto.

3. Explicita o modo como se aborda, no excerto, a afirmação da consciência coletiva.

OEXP12DP © Porto Editora

Vous aimerez peut-être aussi