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17/04/2019 Os Prazeiros: Origem e formação - Teórico-moz

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Os Prazeiros: Origem e formação


junho 17, 2018  História  735 Followers  2.8k Subscribes

Os Prazeiros
Origem e formação  524 Followers  7.3m Followers
Com o agravamento das contradições no Estado dos Mwenemutapa, novas unidades politicas
onde o estrato dominante era formado por mercadores portugueses estabelecidos como
proprietários das terras (compradas, conquistadas ou doadas), vão emergir, dando origem aos  849 Followers  286 Subscribes

prazos.
O objectivo da criação dos prazos pela coroa portuguesa era incrementar o povoamento da
população colona, controlar as terras situadas ao longo do rio Zambeze e de ocupar POPULAR POSTS
efectivamente os seus territórios coloniais.
Os prazos da coroa surgiram no Vale do Zambeze entre quelimane e Zumbo, na segunda Relevo de Moçambique
metade do seculo XVI (1530). Portanto, Portugal querendo garantir e defender as rotas
Tipos de solos de Moçambique e sua localização
comerciais e uma livre circulação dos produtos de troca (ouro e marfim, tecidos, coares de
missangas, armas de fogo, munições e bebidas alcoólicas) para o interior e ocupar a nossa
Consequências da ocupação efectiva para Europa,
terra de maneira mais organizada, para melhor explorara as nossas riquezas, enviou para África, Moçambique
Moçambique grupos de portugueses e cristãos de de Goa que se fixaram os prazos.
Contudo, o sistema de prazos foi posto em pratica no inicio do seculo XVII quando os Particularidades do colonialismo português, o caso de
portugueses que ai se encontravam começaram a receber grandes extensões de terra (léguas = Moçambique
25km2) ao longo do rio Zambeze, dadas pelo Vice-rei da India (em nome do rei de Portugal),
por um período de 3 a 3 ou 2 a 2 gerações. A penetração Mercantil Árabe - Persa: século IX-XIV
O pedido da ocupação do Prazo só podia ser feito pela filha branca do prazeiro mediante o
pagamento de uma renda o foro. Contudo, os senhores de terra não pagavam o foro e não se FOLLOW BY EMAIL
sentiam vassalos da coroa portuguesa, sendo que cada um era rei da sua propriedade.
A sucessão na posse do prazo era feita por via feminina descendente português, caso
contratario as terras eram lhes retirada. Nesse período era difícil encontrar portugueses
interessados em emigrar para Africa, dai foi decretada uma lei que absorvia todos os
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criminosos condenados à morte, aventureiros, mercadores ansiosos de se tornarem heróis mailing list to get the
nacionais com condição de irem "civilizar a Africa". É assim que se diz que o prazo era o
"lixo do lixo" que compunha parte da sociedade portguesa.
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Objectivos da criação dos prazos
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O governo de Lisboa, ao instituir o sistema de prazos, pretendia:
Acelerar a colonização de Moçambique, incrementar o povoamento da população colona; SUBMIT

Rentabilidade económica de Portugal;


Controlar e sedentarizar os soldados, ariminosos e ventureiros;
Facilitar o processo de comercialização de produtos com os árabes;
Acelerar a colonização de Moçambique com o incremento da população colona.
Requisitos para a ocupação dos prazos
Ser de sexo feminino em especial viúvas dos guerreiros europeus;
Ser de origem ou descendência portugueses ou indiana;
Habitar dentro dos prazos, cumprir os deveres.
Deveres dos prazos
Praticar a agricultura, administrar a justiça, e económica, etc;
Proteger e auxiliar os chefes em casos de guerras;
Pagar imposto anual – foro à coroa, correspondente a 1/10 do rendimento do prazo e
recolhido dos impostos;
Expandir a civilização portuguesa através dos seus domínios.
Ora, na instalação do sistema de prazos surgiram dificuldades: a maioria dos prazeiros era
constituída por criminosos, opositores políticos do regime e desertores (aquele que abondona)
do exército que cumpriam penas de degredo (exilio) em Moçambique. Eram indivíduos que
não se identificavam com os interesses da Coroa, e por isso, extremamente limitados para
agirem como agentes executores da vontade do governo de Lisboa. Assim com o tempo, o
sistema de o prazos em vez de funcionar em função, dos interesses da monarquia portuguesa,
passou a funcionar em beneficio dos prazeiros, que se preocupavam com a conquista e
controlo de maior numero de terras e o aumento do seu poder politico e militar, para garantir
a sua sobrevivência.
Tentativas de regulamentar dos prazos

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17/04/2019 Os Prazeiros: Origem e formação - Teórico-moz
O governo português na tentativa de disciplinar e exercer um certo controlo sobre a
actividade dos prazeiros, publicou leis que visavam introduzir reformas no sistema. Em 1667
foi publicada a primeira reforma, mas seus resultados foram nulos, pois os prazos
continuavam a não respeitar a Coroa Portuguesa e continuavam a administrar os prazos a seu
bel-prazer.
Em 1760, foi publicada a segunda reforma, que dentre vários aspectos especificava que: os
prazos não deviam ter mais de três ou quatro léguas quadradas, os prazos só podiam ser
autorizados pelo governo de Lisboa, depois de um período experimental de 4 anos, os prazos
deveriam permitir a fixaco de ouros europeus dentro dos seus terrenos, deveriam contribuir na
manutenção de fortes, na construção de estradas e travessias de pontes, em tempos de seca e,
contribuir também em homens e armamentos para as expedições.
Apesar desta legislação ser bastante exigente, os prazeiros rejeitaram as reivindicações
portuguesas quanto às suas terras. Estas contradições resultaram na instabilidade política dos
prazos.
Actividades económicas
Os prazeiros gozavam de uma independência quase total:
Fixavam os impostos (mussoco – tributo em géneros) a srem pagos pela população
camponesa residente dentro do prazo e seus arredores;
Condenavam à morte enforcamento, chicotadas, palmatoadas a todos que se recusassem a
actar as suas leis;
Tinham a sua própria força militar, formada principalmente por escravos e mais tarde por
mercenários.
Do ponto de visa económico, ate finais do seculo XVIII o comércio do ouro e marfim
configuravam a base económica de acumulação primitiva do capital dos prazeiros. Mais
tarde, era baseada na pilhagem feita durante as incursões militares, no comércio de peles e de
escravos. Dentro dos prazos, os escravos encontravam-se divididos em dois grandes grupos
com funções distintos:
1. Exercito (A-chicunda) garantia defesa do prazo, a organização de operações de caca de
elefantes e de escravos, cobrança de impostos;
2. Domésticos: produção de alimentos, mineração do ouro e prática de uma indústria ligeira
(barqueiros, pescadores, carpinteiros);
Estrutura sociopolítica
A administração dos prazos era independente da coroa portuguesa e locais. O prazo era
dividido em Aringas e servia de defesa e era chefiado pelos Fumos:
No topo encontramos os Chuangas que eram espécies de inspectores que residiam junto dos
Mamboe e dos Fums e deles davam notícia regular aos prazeiros ou viviam actuacao dos
Fumose Mambos;
A-chicundas, garantiam a segurança militar e escoamento dos produtos dos camponeses;
Mussambazes, eram mercadores negros especializados – comerciavam;
Muanamamguranca militar e alimentar;
Muanamambos e Macazambos, geriam a administração interna;
Niacodas ou caponses, produziam para a subsistência e uma parte era canalizada ao prazeiro
através do imposto – Mussoco.
O aparato ideológico
Os prazeiros aproveitaram da ideológica local – as praticas magico – religiosa, o culto dos
espíritos, a adivinhos para realizar qualquer negócio, viagem, etc.
Os proprietários de prazos tinham o direito de julgar as disputas locas (milandos). Em casos
de morte de um prazeiro (antes do Mambo), instalava-se a desordem, pilhagens e ate
homicídios e realizavam um ritual de uma situação de casos generalizado – o chorreiros.
Decadência
Por volta de 1730, a maioria parte dos prazos existentes entraram em decadência ou tinha sido
abandonado. Na primeira metade do século XIX acentuava-se a decadência dos prazos,
devido aos seguintes factores:
A competição entre os prazeiros e entre os povos vizinhos;
A exportação dos camponeses dos camponeses e A-chicundas garante da segurança militar e
alimentar;
A invasão das forças de Barué e Mwenemutapas aos Prazos entre 1820-1835;
A invasão do Nguni em 1832 em que ate 1840 já tinham ocupado 28 dos 46 prazos,
obrigando-os a pagar tributos;
O despovoamento em que fuga, os A-chicundas atacaram os prazos e destruíram as rotas
comerciais do sertão;
O baixo nível de produção provocado pelas secas, epidemias e elevadas necessidades de
consumo.

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1750) alguns países depois da Primeira Guerra Mundial
(1918-1929)

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1 comentário:

Unknown 24 de março de 2019 às 06:42

Gostei do resumo
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