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A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR

VISANDO A LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO


DE APRENDIZAGEM
Autor: Roberto Rodrigues Costa
Prof. Orientador: Maria Santana Pimentel
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Ciências Biológicas (BID 0484) – Estágio I
21/11/2018

RESUMO

Diante do tema proposto, estarei realizando uma apresentação da minha prática pedagógica e
relatos das minhas experiências docentes por meio do uso da ludicidade nas práticas de sala de
aula utilizadas para melhor aquisição e aprimoramento dos conhecimentos dos alunos bem como a
minha atuação como coordenador pedagógico frente a este desafio. Por muito tempo os jogos e as
brincadeiras eram considerados um passatempo sem outros objetivos; era a forma que as crianças
utilizavam o tempo livre. As brincadeiras eram feitas sem ter qualquer significado pedagógico. Os
brinquedos que existiam eram somente para distrair, enquanto seus pais trabalhavam, faziam suas
obrigações ou conversavam. Atualmente sabe-se que as brincadeiras e jogos infantis são
representações da vida real da criança e que ajudam a desenvolver sua capacidade de imaginar,
pensar e agir por si própria sem depender de um adulto para ensinar. Essas atividades são
essenciais na formação integral da criança, principalmente quando ela está na fase de
desenvolvimento escolar. No entanto, para que tenham efeito na educação, elas precisam ser
trabalhadas de forma pedagógica. O presente estudo teve como objetivo verificar a influência do
lúdico nas séries finais do ensino fundamenta durante a minha vivência pedagógica, buscando
embasamento na bibliografia disponível, para entender como a criança aprende através da
ludicidade no processo de ensino/aprendizagem, bem como no desenvolvimento global da criança.
Por meio desta pesquisa foi possível entender o quanto o lúdico pode ser um instrumento
importante e imprescindível na aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das
crianças.

Palavras-chave: Ludicidade. Aprendizagem. Desenvolvimento

1 INTRODUÇÃO

Em grande parte das sociedades contemporânea, a infância é marcada pelo brincar, que faz
parte de práticas culturais típicas, mesmo percebendo que sua prática esteja reduzida no meio
educacional e social.
É pautando-se, sobretudo em Vigotsky, que este trabalho se estrutura diante de suas teorias e
afirmações que possibilitam um melhor entendimento sobre o mundo do brincar, em suas raízes
mais profundas enquanto fator necessário para o desenvolvimento da criança, daí a necessidade da
abordagem do estudo na área de concentração formação e profissionalização docente baseado no
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tema “A formação profissional do professor visando a ludicidade como instrumento de


aprendizagem”.
Esse anseio se deu por perceber que o cotidiano escolar, exige cada vez mais que o professor, dê
respostas às demandas que permeiam o espaço educativo, entendendo que, isoladamente, o mesmo
não conseguirá dar conta de todos os acontecimentos que perpassam o ambiente escolar, por isso o
gestor escolar, juntamente com o coordenador pedagógico tem uma importante missão de reunir,
discutir e articular com o conjunto dos professores possíveis alternativas para o aprimoramento das
ações pedagógicas voltadas para o lúdico na sala de aula, levando em consideração a experiência
dos docentes, como também contribuindo através do exercício da reflexão dos mesmos, no
acompanhamento das ações didáticas em coerência com o projeto pedagógico da escola.
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo". Se se achasse confinado a
sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento
espontâneo.
A ludicidade exige uma predisposição interna do gestor escolar, o que não se adquire apenas
com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam muito importantes, mais com
ação e compartilhamento das mesmas, dando o suporte necessário ao professor para que entendam a
importância de melhorar sua prática na sala de aula, para que seu trabalho tenha um significado
positivo. Trata-se de ir um pouco mais longe ou, talvez melhor dizendo, um pouco mais fundo.
Trata-se de formar novas atitudes, daí a necessidade de que os professores estejam envolvidos com
o processo de formação de seus educandos. Isso não é tão fácil, pois, implica romper com um
modelo, com um padrão já instituído, já internalizado.
A escola tradicional, centrada na transmissão de conteúdo, não comporta um modelo lúdico.
Por isso é tão frequente ouvirmos falas que apoiam e enaltecem a importância do lúdico estar
presente na sala de aula, e queixas dos futuros educadores, como também daqueles que já se
encontram exercendo o processo de graduação em licenciaturas, de que se fala da importância da
ludicidade, se discutem conceitos de ludicidade, mas não se vivenciam atividades lúdicas. Fala-se,
mas não se faz.
Sabemos que o lúdico tem sido considerado uma ferramenta importante para o aprendizado do
aluno. Isso se deve ao fato de que o aluno, quando inserido num ambiente em que esteja envolvido
com jogos, dinâmicas, desafios e outros, terão despertado sua motivação para descobrir o novo e
produzir conhecimento.
A escolha do tema deveu-se ao interesse de obter novos conhecimentos a respeito da minha
prática pedagógica a partir das atividades lúdicas. Percebeu-se pelos estudos realizados que o ensino
e aprendizagem na maioria das vezes continuam sendo insatisfatório, o que sugere a necessidade de
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mudanças no âmbito educacional onde o professor precisa ter bastante cuidado em relação ao uso
das suas metodologias e estratégias de abordagens.
Por meio do lúdico em minhas práticas pedagógicas foi possível melhorar o
desenvolvimento social, pessoal e cultural em qualquer fase da vida dos meus alunos, pois é de
conhecimento geral que os jogos e brincadeiras fazem parte da vida de todos, melhorando a
comunicação e a socialização do individuo.
A produção deste trabalho possibilita a ampliação de estudos acerca da temática, uma vez
que em minhas vivências abordadas ao decorrer deste estudo será possível perceber como foi
importante para o avanço significativo dos alunos, melhorando na interação e assimilação de
conteúdos, mas devemos considerar a sua importância para que a aprendizagem aconteça é
necessário que os planos de aulas estejam completamente articulados e flexíveis buscando sempre
embasamento em teóricos que defendem a temática.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E VIVÊNCIA DA DOCÊNCIA

Consideramos relevante o papel do professor cuja ação pedagógica tenha compromisso em


esclarecer para as crianças quais objetivos que querem alcançar naquela atividade, quais são as
regras, porque as crianças precisam compreender que o brincar é um instrumento de aprendizagem
por meio de um momento de diversão. Deste modo é válido que o professor repense a sua prática
pedagógica para um maior domínio na sua área de conhecimento, apresentando, assim, uma postura
consciente para criar alternativas de enfrentamento que propiciem às suas crianças, ambientes de
aprendizagem que elas se identifiquem, diante do que foi proposto neste trabalho à área de
concentração escolhida formação e profissionalização docente, deveu-se a necessidade da
abordagem de como o professor vem se preparando para o processo formativo em suas práticas
pedagógicas, o tema em estudo voltado as questões estratégicas e metodológicas a fim de buscar
melhoria em suas ações, A formação profissional do professor visando a ludicidade como
instrumento de aprendizagem.
De acordo com Perrenoud (1995, p.28): “ensinar é organizar as interações e atividades de modo
que cada aluno se defronte constantemente com situações didáticas que lhe sejam as mais
fecundas.” Na formação acadêmica dos professores tem-se pouco contato com disciplinas voltadas
para como o professor deve repassar o seu conhecimento ao aluno, e muitos acadêmicos se formam
sem saber como trabalhar diretamente com os alunos e repassar os conhecimentos adquiridos dentro
da sala de aula.
Dentro desta perspectiva, é relevante pensar por quais razões este tema foi escolhido e o quanto
é necessário rever quais caminhos seguir para assegurar práticas concretas comprometidas em
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questões didático-metodológicas, que estabeleçam uma relação estreita entre o processo de


aprendizagem da criança e a comunidade da qual faz parte. Assim, o fazer pedagógico tornar-se-á
um ideal que vai além do domínio dos conteúdos. Freire (1996, p.106) diz: “Como professor não
me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha.
Não posso ensinar o que não sei”.
Em grande parte das sociedades contemporânea, a infância é marcada pelo brincar, que faz
parte de práticas culturais típicas, mesmo percebendo que sua prática esteja reduzida no meio
educacional e social.

A concepção de educação que envolve o aluno enquanto ser histórico e social é adotado
neste estudo a fim de consolidar uma concepção que confirma a teoria VIGOTSKIANA de
aprendizagem, pois foi a partir deste estudioso que o conceito de brincar e brinquedo se propõem
com mais propriedades na educação e que utilizei como referencial para minha prática docente.

A brincadeira é consagrada como atividade essencial ao desenvolvimento da criança, pois


sabemos que a brincadeira é cada vez mais vista como atividade que, além de promover o
desenvolvimento global das crianças incentiva a interação, e a formação do cidadão crítico e
reflexivo.

Arantes (2006) defende que atualmente, a brincadeira ganha visibilidade por vários
pesquisadores e é salientada como sendo parte do desenvolvimento humano, abrangendo suas
relações interindividuais e socioculturais. Kishimoto (2008) e Pinto (2003) reiteram que a atividade
do brincar na criança acontece de forma livre e espontânea, sozinha ou em grupo, mas requer a
supervisão do docente. Ainda seguindo essa linha de pensamento, Wallon (2007) complementa que
o brincar é uma atividade da infância e as crianças executam com dedicação, porém salienta sobre
os seus objetivos relacionados às matérias educativas. Bomtempo e Teles diz que,

Brincando elas desenvolvem originalidade, auto direção, inventividade, curiosidade,


pesquisa, percepção da realidade, apreciação do novo, autoestima e autoconhecimento,
além de ajudar a ensinar a dividir e esperar sua vez, lidar com seus temores, seu estresse,
projetar seus sentimentos, identificar suas emoções. No ar livre, as brincadeiras
proporcionam habilidades motoras, como saltar, pular, correr, rolar etc. Já com o uso dos
brinquedos, são habilidades motoras finas, sobretudo pelo uso do quebra-cabeças,
pinturas e faz-de-conta. (Bomtempo, (2008) e Teles (1999).

Os pesquisadores têm mostrado há muito tempo a importância do jogo ou do brinquedo


como veículo necessário para o desenvolvimento social, emocional e intelectual, demonstrado a
relevância do brinquedo como meio de fornecer à criança um ambiente planejado e enriquecido que
permita a aprendizagem de várias habilidades.
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A criança quando na manipulação de jogos, brinquedos e brincadeiras, como parte de sua


cultura educacional, vai aprendendo os costumes da sua vida cotidiana, como: esperar por sua vez,
pegar fila, respeitar regras, ganhar e perder, dentre tantos costumes adquiridos ao longo de seu
desenvolvimento.

A evolução semântica da palavra "lúdico", entretanto, não parou apenas nas suas origens e
acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade. O lúdico passou a ser reconhecido como traço
essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o
simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do
brincar espontâneo, passando a necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. O lúdico
faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando-se por ser espontâneo
funcional e satisfatório.
Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta,
mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro
conseguem e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção,
momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro,
momentos de vida.
Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz ludicidade
para a sala de aula é muito mais uma "atitude" lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa
postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica
não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva.
Iniciei na área docente no ano de 2008 em uma associação filantrópica como professor
voluntário de turmas da antiga 4ª série, atual 5º Ano do Ensino Fundamental na cidade de Teodoro
Sampaio – Bahia, a 120 km da capital Salvador – Bahia, nesse período eu ainda desenvolvia uma
prática digamos que metódica e sem muitos resultados satisfatórios, embora com uma postura rígida
e séria, prezava pelo ensino tradicional muito forte no interior recebi o convite em 2009 para
lecionar na rede municipal de ensino a disciplina de Ciências nas séries finais do ensino
fundamental e EJA a partir daí houve um pensamento mais reflexivo das minhas práticas em sala de
aula o que exigiram em mim mudanças, pois, neste mesmo ano iniciava o curso de Pedagogia pela
UNITINS – EDUCON, onde mediante estudos e pesquisas conheci alguns teóricos que me
chamaram á atenção e percebi que partir do início do século XX, segundo Kishimoto (1993)
algumas instituições de educação infantil desenvolveram o jogo a partir de teorias pedagógicas
influenciadas por Frobel, Claparède, Dewey, Decroly e Montessori. Com o passar do tempo foi se
tornando mais visível a possibilidade de utilizar os jogos e brinquedos para desenvolver a
aprendizagem de forma lúdica. Foi então que a partir desse conhecimento que comecei a articular
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minhas aulas buscando inserir atividades diferenciadas onde pudesse garantir a interação e
aprendizagem prazerosa durante as minhas aulas. Passei a realizar pesquisas com base nesta
proposta de ludicidade, buscava sempre observar os outros colegas, questionando os mais antigos
na área, isso foi me ajudando a criar a minha própria maneira de abordagem dos diversos conteúdos
apresentados na disciplina, a realização de debates, seminário por meio do uso de recursos
tecnológicos, pesquisas de campo, apresentações teatrais, transformação de conteúdos em músicas
baseadas em ritmos da cultura nordestina e entre outras estratégias.
O professor precisa ter criatividade para poder trabalhar com brincadeiras, as quais precisam
ser planejadas quando estas são de cunho pedagógico, viabilizar os materiais necessários para a
brincadeira, criar regras claras e simples, para que tudo se encaminhe de forma pedagógica e
produtiva para que os alunos possam brincar e adquirir conhecimento de forma mais prazerosa, por
esta razão umas das áreas de concentração apresentadas no curso que me atraem está relacionada a
metodologia do ensino. Contudo, diante das transformações e inovações que surgem a passos
acelerados e dinâmicos, é preciso estar atento e aberto às mudanças. Para Libâneo (1994, p.16) “a
prática educativa é um fenômeno social e universal, sendo uma atividade humana necessária à
existência e funcionamento de todas as sociedades”. Por isso a escola ainda é o local mais adequado
para a prática educativa e deve possibilitar o desenvolvimento das capacidades intelectuais dos
alunos.
Para (POZO, 202, p.91) “Há muitos tipos diferentes de prática, cujo êxito dependerá das
metas da aprendizagem e dos processos que os alunos possam pôr em marcha”. Não há apenas um
tipo de prática educativa eficaz, inúmeros professores dispostos a incrementar melhorias a sua
prática docente, vão em busca de uma didática alternativa. A velocidade com que os conceitos e
teorias surgem, faz com que caso o professor não esteja atento a estas mudanças, seja considerado
obsoleto, diante da urgência de uma sociedade ávida de informações. No contexto atual, o professor
de ciências e demais áreas ainda enfrentam inúmeros desafios no ambiente escolar. Dentre estes,
citam-se a dificuldade de acompanhar as recentes descobertas científicas e avanços tecnológicos,
adequando-os ao cotidiano dos alunos, falta de apoio para obter requalificação e atualização
profissional, por isso eu buscava utilizar o máximo de recursos possíveis através de projetos
didáticos para qualificar as minhas aulas tornando-as o melhor espaço de convivência e
aprendizagem dos meus alunos.
Sou professor por amor a profissão e por acreditar que a educação é uma arma
transformadora, estar na sala de aula me renova as esperanças para um mundo ainda melhor, em
2011 diante da desenvoltura do meu trabalho pedagógico fui convidado para a coordenação, onde
fiquei por 03 anos, dentro deste período lecionei na rede estadual as disciplinas de Matemática,
Química e Física no Colégio Estadual Assis Valente em Teodoro Sampaio-Bahia, atuei como
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professor alfabetizador pelo Programa do Governo Federal PACTO-PNAIC das séries iniciais do
ensino fundamental, como professor de Língua Portuguesa das séries finais do ensino fundamental
realizava confrarias de leituras, projetos de leitura e escrita, participei de diversas propostas de
formação continuada que contribuíram significativamente em minha prática docente o que difere
completamente do professor que me tornei.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir que é de grande importância a profissionalização docente observando que a


criança, a infância e a aprendizagem constituem um tripé fundamental para uma construção
saudável destes indivíduos enquanto futuros cidadãos, repletos de direitos e deveres, mas também
que sejam munidos de uma infância construtiva para sua formação. Desta forma, verificou-se o
papel do lúdico em minha prática e experiência docente foi o marco positivo para melhoria do meu
trabalho para alcançar resultados cada vez melhores. A importância do preparo dos docentes para
uso de tais ferramentas e estratégias no ensino foi ressaltada, mas destacou-se um aspecto por vezes
esquecido que a necessidade da criança desenvolver habilidades não propriamente acadêmicas
dentro do espaço escolar.
Este artigo mostra que a brincadeira em minha vivência foi a melhor maneira de estimular o
desenvolvimento físico, cognitivo, linguístico e social dos meus alunos que chegavam a escola
sempre alegres, demonstrando cada vez mais interesse e motivação. O brincar não deve acontecer
de forma rígida como realizava anteriormente antes dos processos formativos, mas estimular a
espontaneidade e a imaginação, pois é por meio das brincadeiras satisfazem que os alunos
desenvolvem grande parte de seus desejos e interesses particulares.
Diante disso a diversidade de recursos é fundamental para que as crianças tenham a oportunidade de
liberar energias, desenvolver a criatividade e a sociabilidade. Vale lembrar que durante a minha
trajetória de regência enfrentamos vários dilemas, como pontos negativos, a começar com a
realidade da escola, que se apresenta longe do que seria ideal para favorecer a aprendizagem dos
alunos, principalmente pela falta de recursos materiais, mas ainda assim foi possível realizar um
trabalho com excelência. No entanto em conversas que tive com alguns professores na época que
iniciei a minha carreira docente, me foi relatado que não trabalhavam com a ludicidade por ser
muito complicado conter as crianças, elas se desentendiam e começavam brigar ficando difícil
controlá-las, por isso preferiam não trabalhar com os jogos e brinquedos. Já outros destacaram que
achava muito importante, pois fazia com que os alunos aprendessem mais. O professor precisa ter
criatividade para poder trabalhar com brincadeiras, as quais precisam ser planejadas, viabilizar os
materiais necessários para a brincadeira, criar regras, para que tudo se encaminhe de forma
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pedagógica e produtiva para que os alunos possam brincar e adquirir conhecimento de forma mais
prazerosa.
Percebi que quando o conhecimento é construído através do lúdico o aluno aprende de maneira
mais fácil e divertida, estimulando a criatividade, a autoconfiança, a autonomia e a curiosidade, pois
faz parte do seu contexto naquele momento o brincar e jogar, garantindo uma maturação na
aquisição de novos conhecimentos rompendo diversos paradigmas, pode dizer que essa temática de
estudos me agrada e me fazem bem, estimulando em mim o desejo de provocar o já que os mesmos
possuem conhecimentos prévios acerca de vários assuntos pela sua vivência e interação social,
adquiridos, sobretudo, pela internet. Assim ao frequentarem a escola estes buscam novo saberes,
vivências e novas possibilidades. Os educadores, por sua vez, devem se preparar para trabalhar com
o criar, pois a criatividade deve ser vista como um elo dinâmico e contínuo. Nessa perspectiva, o
docente não deve ver o aluno como receptor passivo de estímulos, mas como uma pessoa capaz de
ação, que interaja, crie e recrie possibilidades e novas aprendizagens.
Um desenvolvimento harmônico, lúdico, que inclui aprender a ouvir opiniões diferentes e a contra-
argumentar, estabelecendo comparações objetivas entre várias maneiras de se compreender um
mesmo fato, pouco a pouco vai contribuir para tornar o aluno apto a um intercambio, real com os
outros, favorecendo a troca de experiências, por estar baseada na cooperação e na reciprocidade.

REFERÊNCIAS

BOMTEMPO, T. Ensinar Brincando: aprendizagem pode ser uma grande brincadeira.2ª ed.
Rio de Janeiro:Wac

FREIRE, Paulo, Pedagogia do oprimido. Rio de janeiro: Paz e Terra, 2003.

KISHIMOTO, Tizuko M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis, RJ: Vozes,
1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública- a pedagogia crítico-social dos


conteúdos. São Paulo: edições Loyola, 1990.

PERRENOUD, Ph. Construire des compétences dês Pécole. Paris: ESF 1995.

POZO, J. I. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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