Catarina de Sena adquire «Se sarete quello che dovate essere, uma visão europeia da metterete il fuoco dell’ amore in tutto il mondo» sua missão, a partir da sua pequena cidade de Siena. «Se forem o que devem ser, iluminareis o mundo com Para nós, pessoas do século XXI, confrontados com os o fogo do amor» nacionalismos exacerbados, das fronteiras que se SANTA CATARINA DE SENA CARTA 368 tornaram barreiras, é difícil imaginar a Europa do século XIV, onde todos se consideravam concidadãos daquele que havia sido um império unido e onde se moviam livremente entre os vários estados. (….) As suas cartas revelam uma verdadeira acção europeia de onde poderemos tirar algumas lições para o governo civil ou os princípios de uma doutrina política. Elas tem um certo sabor de modernidade que poderia ser aceite por qualquer europeu sinceramente democrata. A autoridade é apenas um elemento temporário e segundo os modos e costumes de cada país. (…) A Signoria, ou seja o poder político, é, para Catarina de Sena, um serviço que deve ser prestado à comunidade, por amor fraterno, como forma de regular as paixões desordenadas, como sejam o egoísmo, a vaidade, a avareza, o medo. Trata-se de uma doutrina profundamente cristã, como apenas uma mística poderia propor, mas é também uma doutrina profundamente humana, democrática, que antecipa o homem político ideal. (…) A Europa de hoje poderia facilmente reconhecer-se nesses princípios constitucionais destinados a reconciliar os governantes com os cidadãos e os cidadãos com os governantes, e a levar ao triunfo da justiça, o bem comum e paz.
Mario Castellano, OP S. Caternina da Siena e l’Europa Quaderni Cateriniani 30 (pp. 4, 13&14)