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Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL

Em 25 de novembro de 2015.

Processo: 48500. 005303/2013-37.

Assunto: Encerramento da Audiência Pública


no 43/15. Proposta de simplificação do
Sistema de Medição e Faturamento –
desobrigação da instalação do medidor de
retaguarda para consumidores especiais.

I - DO OBJETIVO

Apresentar análise das contribuições recebidas no âmbito da Audiência Pública no 43/2015,


que trata de proposta de ato normativo que estabeleça simplificação do Sistema de Medição e Faturamento -
SMF, especificamente no que se refere à desobrigação da instalação do medidor de retaguarda para
consumidores especiais.

II - DOS FATOS

2. Em 23 de julho de 2013, na 27ª Reunião Pública Ordinária, a Diretoria da ANEEL determinou


à Superintendência de Estudos do Mercado – SEM1, com apoio das Superintendências de Regulação dos
Serviços de Transmissão - SRT e de Regulação dos Serviços de Distribuição - SRD, a apresentação, no
prazo de 60 dias, de proposta de regramento objetivando simplificar as regras do Sistema de Medição para
Faturamento - SMF associado a unidades consumidoras sob responsabilidade de consumidores especiais.

3. No período de 18 de dezembro de 2013 a 17 de março de 2014, a ANEEL abriu a Consulta


Pública no 16/2013 com o objetivo de obter subsídios para aperfeiçoamento dos requisitos atinentes ao

1 A Resolução Normativa n° 645, de 19/12/2014, que modificou a estrutura organizacional da ANEEL e alterou seu Regimento
Interno, extinguiu a SEM e passou suas atribuições à recém-criada Superintendência de Regulação Econômica e Estudos do
Mercado – SRM.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 2 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

Sistema de Medição e Faturamento - SMF no âmbito da distribuição, tendo como referência o disposto na
Nota Técnica no 159/2013-SEM/SRC/SRD/ANEEL 2.

4. Em 22/6/2015, a SRM e a SRD emitiram a Nota Técnica no 93/2015-SRM/SRD/ANEEL,


apresentando proposta de simplificação do SMF com a desobrigação da instalação do medidor de retaguarda
e recomendando a submissão do assunto à Diretoria, com vistas à instauração de Audiência Pública.

5. Em 14 de julho de 2015, o assunto foi deliberado pela Diretoria da ANEEL na 25ª Reunião
Pública Ordinária, que decidiu instaurar a Audiência Pública no 043/2015, no período de 17 de julho a 15 de
agosto.

6. Nessa Audiência Pública, foram recebidas 33 contribuições classificadas de acordo com o


quadro a seguir.
Já prevista Aceita Parcialmente aceita Não aceita Não considerada
3 4 6 19 1

III - DA ANÁLISE

7. Afora a análise das contribuições recebidas, constante do ANEXO II desta Nota Técnica,
alguns pontos justificam uma avaliação destacada: (i) estimativa de dados faltantes/inconsistentes e
penalidades por coleta de dados e inspeção lógica; (ii) inexigibilidade do medidor de retaguarda; e
(iii) utilização de medidores de tarifação horossazonal.

III.i. Estimativa de dados faltantes/inconsistentes e penalidades por coleta de dados e inspeção lógica

8. No âmbito dessa audiência pública, fomentou-se o envio de sugestões de métodos atinentes


aos dados faltantes ou inconsistentes que, além de promover uma melhor consistência na estimativa, fossem
também implementados pela CCEE para preenchimento automático dos dados de medição ausente.

9. Quanto a isso, não houve contribuição que propusesse uma metodologia diferente, salvo pela
da Elektro (as demais contribuições ratificam a metodologia existente ou sugerem, de forma geral, a
necessidade de aperfeiçoamento).

10. Quanto à proposição para ajustes de penalidades, alguns agentes ofereceram contribuições
que, em síntese, exprimem condicionamento da “faculdade de instalação do medidor de retaguarda” à revisão
da imposição de penalidades

11. Ou seja, ainda que na Audiência Pública tenha sido solicitado análise da necessidade e, caso
pertinente, propostas para aprimoramento dos critérios e forma de cálculo da penalidade 3, não houve
contribuição nesse sentido. As contribuições enviadas limitaram-se a propor que esse tema deveria ser

2 Protocolo SIC nº 48530.002764/2013-00


3 Item “b” do parágrafo 38 da Nota Técnica no 93/2015-SRM/SRD/ANEEL.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 3 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

discutido previamente, o que não entendemos ser razoável uma vez que atrasaria o processo de facultar a
instalação do medidor de retaguarda e, por conseguinte, atrasaria o usufruto de todos os benefícios dele
decorrentes.

12. É importante ratificar o já apresentado nas Notas Técnicas nos 159/2013-


SEM/SRC/SRD/ANEEL e 93/2015-SRM/SRD/ANEEL: a retirada da medição do medidor de retaguarda não
altera a confiabilidade do processo de coleta de dados a ponto de inutilizar o regramento vigente para a
aplicação de penalidades por coleta de dados e inspeção lógica.

13. A SRM já iniciou o debate e o desenvolvimento de novos métodos de estimativa de dados


faltantes/inconsistentes e de penalidades por coleta de dados e inspeção lógica juntamente com a CCEE,
visando seu aperfeiçoamento. Oportunamente, esses métodos serão submetidos à audiência pública.

14. Conforme os dados de infração apurados pela CCEE, tanto na coleta dos dados de medição
quanto na inspeção lógica, as alegações de caráter geral enviadas à ANEEL acerca da necessidade de
adequação (ou isenção) das penalidades como pré-requisito para a inexigibilidade do medidor de retaguarda
não possuem respaldo fático.

Infração na Coleta de Dados de Medição (Fonte: CCEE)

Infração na Inspeção Lógica (Fonte: CCEE)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 4 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

15. Além da baixa incidência de infrações, é importante notar que a inexigibilidade dos medidores
de retaguarda, nesse momento, abrangerá apenas novas conexões. Destarte, a configuração do parque de
medição das distribuidoras não sofrerá rapidamente alteração substantiva.

III.ii. Inexigibilidade do medidor de retaguarda

16. Consoante proposto na abertura da audiência pública, ratificamos a recomendação à


Diretoria de tornar inexigível o segundo medidor para novas conexões modeladas sob consumidores
especiais. Nenhuma contribuição hábil a modificar a proposta inicial foi oferecida.

17. Adicionalmente, propomos um prazo de até sessenta dias a partir da publicação para
implementação do disposto na Resolução, sendo exigível a partir de então. Tal alteração, fruto de
contribuição, é indispensável para permitir os necessários ajustes nos sistemas da CCEE, que terão de ser
adequados a mais essa configuração de medição, bem como para dar tempo hábil às distribuidoras para
adequações operacionais e confecção (ou adequação) de seus manuais (padrões) técnicos.

III.iii. Utilização de medidores de Tarifação Horossazonal (THS)

18. A CCEE contribuiu para que fosse permitida a utilização de medidores THS, desde que
compatíveis com o acesso direto pela CCEE.

19. Sendo uma medida que, sob qualquer aspecto, representa exclusivamente flexibilização das
obrigações dos agentes, prescinde de submissão específica à AP.

20. Assim, entendemos que poderá ser admitida a utilização desses medidores compatíveis em
todas as conexões no âmbito da distribuição. Caberá à CCEE publicar, conforme sejam testados os
medidores, a lista daqueles em que se obteve êxito na comunicação, especificando fabricante, modelo,
firmware e outras especificações técnicas porventura julgadas relevantes para sua adequada
individualização/identificação.

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL

21. Esta Nota Técnica funda-se na Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996; no Decreto
n 5.177, de 12 de agosto de 2004, art. 2o, inciso IV e § 1o, inciso I; no Decreto no 5.163, de 30 de julho de
o

2004, art. 58; no Decreto no 2.335, de 6 de outubro de 1997, Anexo, art. 4o, inciso IV, art. 6o, inciso XVI, e
art. 12, incisos I e II.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 5 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

V. DA CONCLUSÃO

22. Diante do exposto, entendemos que a proposta de Resolução Normativa resultante da


Audiência Pública no 43/2015, realizada no período de 17 de julho a 18 de agosto de 2015, reúne condições
de ser aprovada pela Diretoria da ANEEL, considerando as disposições apresentadas nesta Nota Técnica.

VI. DA RECOMENDAÇÃO

23. Recomendamos que a minuta de Resolução Normativa constante do ANEXO I, que “Altera o
Módulo 5 do PRODIST e a Resolução Normativa no 506, de 4 de setembro de 2012”, seja aprovada pela
Diretoria da ANEEL.

LUIZ GUSTAVO BARDUCO CUGLER CAMARGO AYMORÉ DE CASTRO ALVIM FILHO


Especialista em Regulação - SRM Especialista em Regulação - SRM

DAVI RABELO VIANA LEITE


Especialista em Regulação - SRD

De acordo:

JÚLIO CÉSAR REZENDE FERRAZ HUGO LAMIN


Superintendente de Regulação Econômica e Estudos Superintendente de Regulação dos Serviços de
do Mercado Distribuição – Substituto

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 6 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO I
Minuta de Resolução Normativa – Audiência Pública no 43/2015

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA No , DE DE DE 2015

Altera o Módulo 5 do PRODIST e a Resolução


Normativa no 506, de 4 de setembro de 2012.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA -


ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com a deliberação da Diretoria, tendo
em vista o que consta do Processo nº 48500.000887/2015-16, resolve:

Art. 1o O art. 24 da Resolução Normativa no 506, de 4 de setembro de 2012, passa a


vigorar com a seguinte alteração:

“Art. 24...................
................................

§ 7o É facultada aos consumidores especiais a instalação do medidor de retaguarda para


compor o SMF de novas conexões ao sistema de distribuição, observando que a opção pela
instalação obrigará ao consumidor os custos de eventual substituição ou adequação a que alude o
inciso III do § 2o.” (NR)

Art. 2o O item 6.1 da SEÇÃO 5.2 do Módulo 5 do PRODIST, aprovado pela Resolução
Normativa no 424, de 1o de janeiro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“6.1 Para os requisitos técnicos mínimos dos equipamentos de medição de


consumidores especiais, livres e centrais geradoras, assim como no caso de conexão entre
distribuidoras, deve-se observar as orientações e as responsabilidades estabelecidas nos
Procedimentos de Rede, ressalvadas as exceções dos itens 6.2 e 6.3.

6.1.1 Admite-se, a critério do acessante, a utilização de medidores eletrônicos de que


trata o item 4.1.2, desde que observados:

a) a classe de exatidão originária do medidor;


b) o disposto no item 3.13.3, permitindo o duplo acesso simultâneo ou mediante
implementação de protocolo que priorize o acesso pela CCEE; e

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 7 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO I
Minuta de Resolução Normativa – Audiência Pública no 43/2015

c) o disposto no item 4.1.3.5.

6.1.2 A CCEE deve disponibilizar a relação dos medidores de que trata o item 6.1.1 que
sejam compatíveis com o SCDE em seu portal eletrônico, explicitando o fabricante, modelo,
firmware e demais especificações técnicas cabíveis, conforme testes por ela realizados, bem como
dos demais medidores já utilizados.” (NR)

Art. 3o A CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL proposta de alteração a


Procedimento de Comercialização com vistas à compatibilização com esta Resolução até 1o de
fevereiro de 2016.

Art. 4o Sem prejuízo de sua implementação em prazo inferior, o disposto nesta


Resolução torna-se exigível a partir de 1o de fevereiro de 2016.

Art. 5o Esta Resolução entra vigor na data de sua publicação.

ROMEU DONIZETE RUFINO

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 8 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

CONTRIBUIÇÃO - 1

PROPOSTA SUBMETIDA À AUDIÊNCIA PÚBLICA: PROPOSTA FINAL DA ÁREA TÉCNICA:

Art. 1o Incluir o § 7º no art. 24 da Resolução Normativa no 506, de 4 de setembro de Art. 1o O art. 24 da Resolução Normativa no 506, de 4 de setembro de 2012,
2012. passa a vigorar com a seguinte alteração:

“Art. 24.............. “Art. 24...................


....
§ 7o Fica desobrigada a instalação do medidor de retaguarda para compor o ................................
SMF para novas conexões ao sistema de distribuição realizadas por
consumidores especiais.” (NR) § 7o É facultada aos consumidores especiais a instalação do medidor de
retaguarda para compor o SMF de novas conexões ao sistema de distribuição, observando
Art. 2o A CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL a proposta alteração a que a opção pela instalação obrigará ao consumidor os custos de eventual substituição ou
Procedimento de Comercialização atinente à presente flexibilização, em até trinta adequação a que alude o inciso III do § 2o.” (NR)
dias da publicação desta Resolução.
Art. 2o O item 6.1 da SEÇÃO 5.2 do Módulo 5 do PRODIST, aprovado pela
Resolução Normativa no 424, de 1o de janeiro de 2011, passa a vigorar com as seguintes
alterações:

“6.1 Para os requisitos técnicos mínimos dos equipamentos de medição de


consumidores especiais, livres e centrais geradoras, assim como no caso de conexão entre
distribuidoras, deve-se observar as orientações e as responsabilidades estabelecidas nos
Procedimentos de Rede, ressalvadas as exceções dos itens 6.2 e 6.3.

6.1.1 Admite-se, a critério do acessante, a utilização de medidores eletrônicos


de que trata o item 4.1.2, desde que observados:

a) a classe de exatidão originária do medidor;


b) o disposto no item 3.13.3, permitindo o duplo acesso simultâneo ou
mediante implementação de protocolo que priorize o acesso pela CCEE; e
Fl. 9 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

c) o disposto no item 4.1.3.5.

6.1.2 A CCEE deve disponibilizar a relação dos medidores de que trata o item
6.1.1 que sejam compatíveis com o SCDE em seu portal eletrônico, explicitando o
fabricante, modelo, firmware e demais especificações técnicas cabíveis, conforme testes
por ela realizados, bem como dos demais medidores já utilizados.” (NR)

Art. 3o A CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL proposta de alteração


a Procedimento de Comercialização com vistas à compatibilização com esta Resolução, em
até cinco dias de sua vigência.

Art. 4o Esta Resolução entra vigor após decorridos sessenta dias de sua
publicação oficial.

Art. 3o A CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL proposta alteração a


Procedimento de Comercialização com vistas à compatibilização com esta Resolução, em
até cinco dias de sua vigência.

Art. 4o Esta Resolução entra vigor após decorridos sessenta dias de sua
publicação oficial.
ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:
ELETRONORTE Ter um medidor sobressalente (não é retaguarda) obrigatório Dessa forma se o medidor do painel der defeito haverá um medidor
para cada medidor instalado no painel. para substituição imediata. Assim, a quantidade de dados que
precisará ser estimada será a menor possível.

Esse é o melhor meio de sincronizar um medidor atualmente. Isso


Sincronismo do medidor do painel por meio de GPS. também evitará a inconsistência de dados.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Fl. 10 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

Não foi ofertada nenhuma justificativa técnica ou apresentados fundamentos concretos que já não tenham sido analisados na NT.93/2015-SEM/SRD/ANEEL e
NT.159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL.

CONTRIBUIÇÃO - 2

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


COPEL Art. 1o Incluir o § 7º , § 8º e § 9º no art. 24 da Resolução A presente Audiência Pública fundamenta a retirada do medidor
Normativa no 506, de 4 de setembro de 2012. retaguarda a partir de dois pilares fundamentais: 1) Baixa utilização
“Art. 24.............. e 2) redução dos custos ao consumidor.
.... Em relação ao baixo índice de utilização, cumpre ressaltar que todos
§ 7º Fica a distribuidora responsável financeiramente pela os processos de envio de dados, ajustes de medição e apuração de
implantação do medidor retaguarda para novas conexões ao penalidades no âmbito da CCEE são fundamentados prevendo a
sistema de distribuição realizadas por consumidores especiais. utilização do medidor retaguarda. O fato deste medidor ser pouco
§ 8º A partir de 201X fica desobrigada a instalação do medidor utilizado não afasta a possibilidade destes processos passarem
de retaguarda para compor o SMF de consumidores por adequações, sob pena de auferir ao distribuidor, e
especiais, ficando à critério da distribuidora decidir pela sua consequentemente ao consumidor cativo, um ônus que
utilização. atualmente é mitigado em função da redundância na medição.
§ 9º Os custos e os ativos associados aos processos descritos Nos fóruns de discussão sobre o assunto, a CCEE informou que
nos parágrafos § 7º e § 8º serão devidamente reconhecidos está trabalhando no desenvolvimento de novas metodologias
pelo órgão regulador nos processos tarifários.” voltadas aos procedimentos de ajustes de medição, que em tese
Art. 2o A CCEE deverá submeter à aprovação da ANEEL em poderiam agregar mais segurança aos processos de estimativas de
até XX dias da publicação desta Resolução o que segue: dados de medição.
I – Propostas de alterações aos Procedimentos de Até que tais estudos sejam concluídos e devidamente submetidos à
Comercialização atinentes à presente flexibilização; avaliação dos agentes e aprovação da Aneel, nossa proposta é de
II – Propostas de aprimoramento das atuais metodologias de que a flexibilização seja realizada em duas etapas:
apuração de penalidades de medição. - O medidor retaguarda seria mantido, sendo os custos da
III – Propostas de aprimoramento das atuais metodologias de implantação assumidos pelas distribuidoras. Desta forma desonera-
Fl. 11 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

ajustes de medição no âmbito do SCDE, que contemplem a se o consumidor especial sem prejuízo aos atuais processos de
ausência do medidor retaguarda; ajustes de medição e apuração de penalidades;
Art. 3o Esta Resolução entra em vigor em 30 após a data de - Em uma etapa seguinte a adoção deste medidor seria opcional,
sua publicação. ficando à cargo das distribuidoras a opção de implantá-lo. Neste
caso, a condição é que sejam implementadas todas as adequações
necessárias no SCDE, bem como revistos os critérios de apuração
de penalidades.
Em ambos os casos, os custos e os ativos associados deverão ser
devidamente reconhecidos nos processos tarifários das
distribuidoras.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
A exoneração da obrigação dos medidores de retaguarda se aplica, nesse momento, apenas às novas UCs de consumidores especiais. Assim, eventual impacto nas
penalidades não será imediatamente experimentado, se é que serão no futuro. A contribuição, também, não apresenta nenhum dado comprobatório da alegação.
Repassar os custos de medidor de retaguarda às distribuidoras, por outro lado, não retira custos de consumidores, mas somente os transforma em tarifa (selo). Sem
falar dos custos inerentes às adequações subjacentes, ainda a cargo dos consumidores.
CONTRIBUIÇÃO - 3

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


ARION OTIMIZAÇÃO EM RECOMENDAÇÃO
ENERGIA Recomendamos manter as atuais exigências técnicas do processo, A alteração do SMF com vistas à simplificação, com retirada do medidor
onde os dados são coletados por medidores, equipamentos que de retaguarda, possui os seguintes pontos que irão impactar
atendem às exigências técnicas e metrológicas, devidamente negativamente no atual processo:
atestados e acompanhados pelo INMETRO, inclusive com 1) Aumentos de custos por redução da Qualidade do Medidor
manutenções preventivas periódicas.
Com isto, o cliente terá a certeza do que foi consumido e a fatura A utilização de medidores que hoje estão instalados em clientes que
será correta. Não existirá espaço para questionamentos da possuem potencial de migração para o mercado livre irá trazer prejuízos
Fl. 12 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

medição, tal qual estamos verificando desde o início da operação do em médio prazo, tendo em vista que estes equipamentos possuem uma
mercado livre. taxa de falha muito mais elevada do que os medidores que atualmente são
Eventuais mecanismos que venham a ser desenvolvidos para exigidos para atendimento ao SMF.
atender aos problemas gerados pela retirada do medidor de A taxa de falha anual de medidores atualmente utilizados é menor que 1%
retaguarda terão de, no mínimo ser validado pelo INMETRO e ao ano, enquanto os medidores utilizados pelas distribuidoras, em clientes
mesmo assim não existe a garantia de que não teremos com potencial de migração para o mercado livre tem uma taxa de falha da
questionamentos futuros. ordem de 3% ao ano. Este dado já foi publicado em diversos trabalhos do
A opção mais viável, para que se tenha um menor custo para o SENDI (Seminário Nacional de Distribuição).
cliente que pretende migrar é a Distribuidora assumir o medidor de Este fato, aliado à retirada do medidor de retaguarda, levará à necessidade
retaguarda, pois além de manter o modelo técnico atual, o valor do de criação de mecanismos para que não se comprometam as medições
medidor será menor, pois a Distribuidora compra este equipamento mensais que se perderem por falha do equipamento. Além disto, haverá
em menor custo do que o cliente, reduzindo assim o custo final do aumento da necessidade de manutenção em campo. Tudo isto irá
processo. aumentar os custos operacionais dos Agentes de Medição e do processo.
A opção mais em viável economicamente para todos os envolvidos
(Agente de Medição, Distribuidora e Cliente Livre) seria a Distribuidora
assumir o custo do medidor de retaguarda atual, pois irá atender ao
objetivo de redução do custo para o cliente e significará também uma
redução de custos operacional para a distribuidora.
2) Aumento de incidência de falta de dados – Necessidade de
Desenvolvimento e validação de como será tratada esta situação.

A retirada do medidor de retaguarda irá aumentar a exposição do risco de


perda de dados. Será necessário desenvolvimento de mecanismos para
que este risco tenha o menor impacto. Estas soluções não estão definidas.
Será necessário fazer um desenvolvimento com premissas técnicas e de
programação, que precisam ser validadas e verificadas previamente. Isto
levará à necessidade de investimentos neste desenvolvimento e validação.
Também inviabilizam a implantação de qualquer mudança em curto prazo.
3) Risco de penalização do cliente por falta de dados e não
atendimento às exigências metrológicas de medição
Fl. 13 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

O custo da retirada do medidor tem impacto positivo num primeiro


momento, mas será prejudicial em curto/médio prazo, pois as situações de
falta de dados, independente da metodologia a ser adotada para
composição dos dados nesta situação, não irá retratar a medida correta.
Será uma projeção.
Metrologicamente será um retrocesso, deixando o cliente sob uma
condição de incerteza e exposto a riscos de ser penalizado por medições
erradas em função da retirada do medidor de retaguarda.
Esta situação poderá inclusive aumentar o numero de questionamentos
judiciais por parte dos clientes, que terá como base o fato de que a medida
da energia cobrada estar sendo feita por metodologia sem rastreabilidade
metrológica atestada pelo INMETRO.
Estes questionamentos judiciais irão ter impacto de grande porte mensal
nos fechamentos e arrecadações do CCEE, pois serão processos que irão
poderão ser suspensos por estar em não conformidade com as exigências
metrológicas vigentes.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
A colocação de que há redução da qualidade do dado medido não possui qualquer respaldo técnico. Ademais, a alegada diferença entre “taxas de falha” entre o
mercado cativo e livre tem relação com a coleta desses dados, ou seja, com a comunicação.
A falta de dados, contrariamente ao alegado, já possui tratamento normativo. Quanto a essa matéria, pretende-se o aperfeiçoamento futuro.
Se alguma penalidade pudesse ser impactada pela desobrigação do medidor de retaguarda, certamente não seria a de consumidores.
Repassar os custos de medidor de retaguarda às distribuidoras, por outro lado, não retira custos de consumidores, mas somente os transforma em tarifa (selo). Sem
falar dos custos inerentes às adequações subjacentes, ainda a cargo dos consumidores.
Quanto ao risco de judicialização, deve-se entender que um consumidor exercerá sua faculdade de não instalar o medidor de retaguarda para então alegá-la em
juízo? Não há viabilidade jurídica para essa tese.
CONTRIBUIÇÃO - 4
Fl. 14 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CELESC A Celesc Distribuição S.A. é contrária a inclusão desse novo 1) A obrigatoriedade da retirada do medidor retaguarda para
parágrafo na Resolução Normativa nº 506, de 4 de setembro consumidores especiais deveria ser precedida da revisão das regras
de 2012. de responsabilidade do agente de medição quanto à penalização por
Inspeção Lógica e Coleta de Dados de Medição uma vez que com
apenas um medidor teremos um aumento na quantidade de dados
faltantes e da indisponibilidade do medidor. Deve-se também atentar
ao fato de que o método atual para estimativas dos dados faltantes
decorrentes de falhas e defeitos em componentes do sistema de
medição, substituição de medidor, impossibilidade de comunicação,
ou incorreção destes valores por problemas técnicos no SMF, deve
ser revisto e aprimorado para que todos os Agentes de Medição
tenham regras mais claras e bem definidas. No caso da Celesc D. o
uso do medidor retaguarda tem sido na ordem de 2,5% a 3%
mensalmente.
2) O aumento na quantidade de casos de ausência dos dados
faltantes por consequência da retirada do medidor retaguarda irá
aumentar o custo operacional do agente de medição, que terá que
possuir uma maior força de trabalho para a estimativa dos dados
faltantes.
3) Deve-se levar em consideração que utilizando dois medidores é
possível efetuar a comparação de dados e parâmetros de medição
entre o medidor principal e retaguarda, que trazem ganho técnico e
operacional na análise dos dados de medição, no caso de
questionamento de inconsistência de dados;
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
Fl. 15 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

MOTIVAÇÃO:
A retirada do medidor de retaguarda é uma faculdade do consumidor, mas não uma obrigação.
A exoneração da obrigação dos medidores de retaguarda se aplica, nesse momento, apenas às novas UCs de consumidores especiais. Assim, eventual impacto nas
penalidades não será imediatamente experimentado, se é que serão no futuro. A contribuição, também, não apresenta nenhum dado comprobatório da alegação,
como esperava o regulador quando inseriu esse tópico na AP, com aliás também não apresenta qualquer comprovação/quantificação/projeção para o aumento dos
custos operacionais.
A falta de dados já possui tratamento normativo. Quanto a essa matéria, pretende-se o aperfeiçoamento futuro.
O alegado “ganho técnico” em ter 2 medidores, como já analisado pela NT.93/2015-SEM/SRD/ANEEL e NT.159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL, não apresenta
razoabilidade.
CONTRIBUIÇÃO - 5

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


EIG - Empresa de “Art. 24.............. Em relação a redação sugerida, entendemos que tanto o consumidor
Inteligência em Gestão de .... livre quanto o consumidor especial devem ser isentados dos custos
Energia Ltda § 1º O consumidor livre ou especial é responsável: de aquisição e implantação do medidor retaguarda.
I – por ressarcir a distribuidora pelo custo de aquisição e A própria Nota Técnica nº 159/2013-SEM-SRC-SDR/ANEEL, de
implantação do medidor de retaguarda e do sistema de 12/12/2013, no item 67, a CCEE informa que entre 1,5% a 2% dos
comunicação de dados; e casos são utilizados os dados de medição de retaguarda. Além
disso, desse total, apenas 1% corresponde à manutenção preventiva
do medidor.
A exigência de uma redundância que venha a atender apenas 0,5%
a 1% dos casos é uma medida muito onerosa para os consumidores.
Se levarmos em consideração que há grande interesse de migração
para o ACL de empresas com grande volume de consumo de
energia, mas cujas unidades de consumo são mais pulverizadas
geograficamente (exemplo: agencias bancárias, redes de hotéis,
redes de lojas de varejo, redes de ensino com escolas e
Fl. 16 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

universidades dispersas), o custo de migração por unidade,


considerando a atual sugestão, praticamente inviabiliza a entrada
destes consumidores no ambiente de contratação livre.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Nesse primeiro momento, para melhor avaliar eventuais repercussões não percebidas ou quantificadas, entendeu-se prudente facultar a instalação do medidor de
retaguarda apenas para novas unidades consumidoras de consumidores especiais.
CONTRIBUIÇÃO - 6

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


EIG - Empresa de Art. 1º Incluir o § 7º no art. 24 da Resolução Normativa nº Considerando que há uma expectativa de grande migração ao ACL,
Inteligência em Gestão de 506, de 4 de setembro de 2012. o texto sugerido abre a possibilidade de o consumidor livre também
Energia Ltda “Art. 24.............. ser beneficiado quanto a não exigência da instalação de medição de
... retaguarda.
§ 7º Fica desobrigada a instalação do medidor de Como efeito dessa medida, entendemos que reduzido esta barreira
retaguarda para compor o SMF para novas conexões ao técnica, podemos diminuir o custo e expandir o acesso ao mercado
sistema de distribuição realizadas por consumidores livres livre de energia.
e especiais.” (NR)
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Nesse primeiro momento, para melhor avaliar eventuais repercussões não percebidas ou quantificadas, entendeu-se prudente facultar a instalação do medidor de
retaguarda apenas para novas unidades consumidores de consumidores especiais.
Fl. 17 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

CONTRIBUIÇÃO - 7

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


AES Art. 1º Incluir os parágrafos 7º e 8º no art. 24 da Resolução Normativa A AES Brasil sugere a manutenção da exigência de instalação do medidor de
nº 506, de 4 de setembro de 2012. retaguarda considerando, porém, a opção de usar um medidor com um padrão
“ Art. 24........................... construtivo simplificado, como, por exemplo, os medidores THS aplicados aos
... consumidores do subgrupo A4. Desta forma, conforme análises realizadas pelas
§ 7º Fica desobrigada a instalação do medidor de retaguarda com as distribuidoras, reduzir-se-ia, aproximadamente, 75% do custo do equipamento
mesmas características do medidor principal para compor o SMF para para o consumidor especial.
de novas conexões ao sistema de distribuição realizadas por Sugere-se ainda que este medidor de retaguarda seja instalado sem a
consumidores especiais (NR). necessidade de comunicação remota, tendo como finalidade apenas o suprimento
§ 8º Nos casos acima, os medidores de retaguarda podem atender aos de eventuais períodos de falha do medidor principal (registro do consumo e
requisitos dos medidores para tarifa horossazonal aplicados aos demanda).
consumidores do subgrupo A4 participantes do ambiente cativo de Segue abaixo a diferença entre os preços médios dos medidores atualmente
contratação de energia elétrica. praticados pelo mercado de fornecedores:
 Medidor padrão SMF atual: R$ 2.852,32;
 Medidor padrão THS: R$ 713,50.

Frisa-se que um medidor de retaguarda com padrão construtivo simplificado não


deixará de assegurar a integridade dos dados de faturamento quando da falha do
medidor principal, permitindo o atendimento do anseio dessa ANEEL, que é o da
redução dos custos de migração dos consumidores para o ACL.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
A justificativa técnica apresentada não observa demais custos subjacentes, já analisados na NT.93/2015-SEM/SRD/ANEEL e NT.159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL.

Ademais, a própria AES informa que: “foi realizado pelas distribuidoras da AES Brasil o levantamento dos motivos das falhas nos SMFs, detectando-se que, na
maioria dos casos, o problema não está relacionado ao medidor, mas sim ao sistema de comunicação”.
Fl. 18 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

CONTRIBUIÇÃO - 8

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


AES Inserção de artigo Em linha com o que já fora exposto na introdução acima, foi realizado
Art. 2º Incluir o § único no art. 27 da Resolução Normativa nº 506, pelas distribuidoras da AES Brasil o levantamento dos motivos das falhas
de 4 de setembro de 2012. nos SMFs, detectando-se que, na maioria dos casos, o problema não está
“Art. 27........................... relacionado ao medidor, mas sim ao sistema de comunicação - conforme
Parágrafo único A infração na coleta de dados de medição pelo demonstrado no quadro abaixo:
SCDE será caracterizada pela ausência de dados por períodos
superiores a 120 (cento e vinte) horas ininterruptas ou 168 (cento e
sessenta e oito) horas alternadas para o mês de apuração.

Por obvio, a redução de custos pela simplificação do SMF (eliminação do


medidor de retaguarda ou a simplificação de suas características) implicará
em maior adesão dos consumidores ao ACL e, por consequência, maiores
demandas à distribuidora relacionadas às intervenções para a regularização
de tais equipamentos.
Por sua vez, o aumento da necessidade de intervenções nos SMFs
demandará um redimensionamento de recursos das distribuidoras para o
atendimento do prazo definido atualmente pela CCEE para regularização
das falhas (72 horas ininterruptas ou 120 horas alternadas – contido no
Submódulo 6.2 - Notificação e gestão do pagamento de penalidades - de
22/12/2014, dos Procedimentos de Comercialização aprovados pelo
Despacho ANEEL nº 4.881/2014).
Sendo assim, a AES Brasil sugere a inclusão do Parágrafo Único no art. 27
da REN 506/2012, com vistas à extensão do prazo para a ausência de
registros nos medidores e a caracterização de infração da distribuidora.
Com essa flexibilização, será possível absorver o aumento da demanda de
manutenção ocasionado pela possível elevação da quantidade de
ocorrências nos SMFs.
Para melhor elucidar a questão, seguem abaixo algumas dificuldades
enfrentadas pelas distribuidoras do Grupo AES para a regularização dos
Fl. 19 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

SMFs:
 As operadoras de telefonia móvel, contratadas para prover o
acesso aos SMFs, definem em contrato os prazos que devem
proceder a resolução de defeitos e problemas em sua rede de
comunicação. Esses prazos podem variar entre 24 e 48 horas.

Para aumentar a produtividade de suas equipes, destaca-se que as


distribuidoras, a fim de evitar deslocamentos improdutivos, aloca
a sua equipe de manutenção para realizar o serviço de
regularização do SMF somente após a confirmação de
inexistência de problemas por parte da operadora de telefonia;

 A mobilização pelas distribuidoras de suas equipes


especializadas em manutenção dos SMFs e respectivos sistemas
de comunicação é dificultada pela extensão geográfica das áreas
de concessão. Na AES Sul, por exemplo, existem deslocamentos
de até 600 km para que a equipe de manutenção chegue ao local
da falha;

Em casos em que a comunicação do SMF é realizada através da


infraestrutura de telecomunicação do próprio consumidor,
destacam-se as situações não gerenciáveis pela distribuidora, tais
como as falhas dos provedores de acesso e as manutenções
realizadas internamente pelo consumidor.

Portanto, entende-se que os prazos propostos estarão coerentes com as


situações acima, enfrentadas cotidianamente pelas distribuidoras, além de
estarem concatenados com o aumento de demanda advindo da proposta da
ANEEL contida na presente audiência pública (simplificação dos SMFs).
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Fl. 20 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

A exoneração da obrigação dos medidores de retaguarda se aplica, nesse momento, apenas às novas UCs de consumidores especiais. Assim, eventual impacto nas
penalidades não será imediatamente experimentado, se é que serão no futuro. A própria contribuição esclarece que: “com essa flexibilização, será possível absorver
o aumento da demanda de manutenção ocasionado pela possível elevação da quantidade de ocorrências nos SMFs”.
Por outro lado, as dificuldades apresentadas são concretas e merecem avaliação futura. Eventuais impactos futuros podem suscitar uma adequação do “tipo” sujeito
à sanção (conforme sugerido) ou um reconhecimento do incremento de custos operacionais. Não se pode, contudo, proceder a uma flexibilização ainda não
comprovada e quantificada, pelo que é sobremaneira importante que as distribuidoras procedam ao acompanhamento, quantificação e comprovação desses
eventuais impactos futuros.
CONTRIBUIÇÃO - 9

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


AES Art. 2º 3º A CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL a proposta Adequação da numeração do artigo.
alteração a Procedimento de Comercialização atinente à presente
flexibilização, em até trinta dias da publicação desta Resolução.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Pelas razões precedentes.

CONTRIBUIÇÃO - 10

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


AES Art. 3º 4º Esta Resolução entra em vigor em 30 60 dias após a data de sua  Adequação da numeração do artigo.
publicação.
Extensão do prazo previsto na proposta da ANEEL, considerando o tempo
necessário para adequação e publicação dos novos padrões de instalação do
SMF pelas distribuidoras.
Fl. 21 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:

CONTRIBUIÇÃO - 11

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CCEE Tornar opcional a instalação do medidor retaguarda para Avaliar a possibilidade de tornar opcional a instalação do medidor
consumidores especiais inclusive com a possibilidade de utilização retaguarda para consumidores especiais mediante acordo entre as
de medidores já aplicados para medição nos consumidores do partes envolvidas.
grupo A (THS). Mediante a evolução tecnológica implantada na nova plataforma de
O aceite destes medidores está condicionado à realização prévia de coleta da CCEE seria possível utilizar novos modelos de medidores
testes junto à CCEE. (mediante testes prévios) facilitando assim a migração da unidade
consumidora ao ACL.
Seria eventualmente evitada a substituição dos medidores já instalados
na unidade consumidora.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Não é possível imaginar que partes tão desiguais possam negociar a instalação do medidor de retaguarda, sem falar na falta de isonomia dentro da mesma área de
concessão.
Quanto à utilização de medidores THS compatíveis, aceita.
CONTRIBUIÇÃO - 12

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


Fl. 22 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

CCEE Metodologias de estimativa de dados de medição A CCEE está elaborando estudos para definição de metodologias a
serem aplicadas para estimativa de dados de medição cujo objetivo
é reproduzir o mais próximo possível o fluxo de energia,
considerando os aspectos operativos da instalação (considerando
período de dados faltantes e inconsistentes) como também prevenir
futuras recontabilizações.
O processo automático de estimativa seria aplicado após o término
do período de coleta de dados de medição de um determinado mês
de referência.
Após implantação seria extinto o processo atual de solicitação de
ajuste de dados de medição no Sistema de Coleta de Dados de
Energia – SCDE.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Vide item III.i desta Nota Técnica.

CONTRIBUIÇÃO - 13

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CCEE Proposta de alteração do critério e forma de cálculo de A CCEE encaminha sugestões de alteração na apuração de
penalidades de medição penalidades de medição para os três tipos de infrações dispostas no
Procedimento de Comercialização Submódulo 6.1 Penalidades e
multas de medição. Anexo – I.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Fl. 23 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

As sugestões encaminhadas pela CCEE anteriormente já haviam sido avaliadas e devolvidas com recomendações. Em razão da ausência da maturação
recomendável, esse tema será submetido a contribuições posteriormente a essa AP. Vide item III.i desta Nota Técnica.
CONTRIBUIÇÃO - 14

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CCEE Minuta de Resolução - Art 2º A CCEE deve submeter à aprovação da Eventuais alterações na especificação técnica do Sistema de Medição para
ANEEL a proposta alteração a Procedimento de Comercialização atinente Faturamento – SMF devem ser consideradas no Submódulo 12.2 dos
à presente flexibilização, em até trinta dias da publicação desta Resolução Procedimentos de Rede.
referente aos processos operacionais junto à CCEE.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
A sugestão é desnecessária, uma vez que inexiste hierarquia entre resoluções e, no presente caso, não se vislumbra aplicável qualquer precedência em razão da
especialidade das normas.
CONTRIBUIÇÃO - 15

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


APINE A Associação entende que a discussão é válida, mas defende Os argumentos para este ponto são:
que a Audiência Pública em vigor foque na remoção do • A extensão da medida a todos os celebrantes do CUSD
requisito apenas para os consumidores especiais, pode comprometer a celeridade de um processo que vem
conforme já colocado na minuta de Resolução Normativa. sendo pleiteado há bastante tempo apenas para os
consumidores especiais;
• O valor do medidor retaguarda no custo de uma usina, ou na
migração de um grande consumidor, não tem impacto
relevante. A barreira econômica é significativa
principalmente para a migração de consumidores especiais
com agregação de carga. A concessão da flexibilidade
Fl. 24 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

apenas para os novos consumidores especiais alinha-se,


deste modo, com a existência de mecanismos de incentivo
específicos ao desenvolvimento de fontes de energia
renovável.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:

CONTRIBUIÇÃO - 16

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


APINE Atualmente a estimativa de dados faltantes é feita de acordo
com o Módulo 2 dos Procedimentos de Comercialização e
entende-se que, no caso de falha do medidor retaguarda, os
procedimentos vigentes já atendem as necessidades de
estimativas que possam surgir.

A Associação está de acordo com a manutenção das


regras atuais para estimativa de dados faltantes ou
inconsistentes.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Fl. 25 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

As regras atinentes às estimativas serão aquelas em vigor, porém pretende-se seu aperfeiçoamento futuro.

CONTRIBUIÇÃO - 17

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


APINE Conforme apresentado na Nota Técnica no 93/2015-
SRM/SRD/ANEEL, a penalidade por ausência de dados é feita
observando-se o critério abaixo do submódulo 6.1 dos
Procedimentos de Comercalização:
3.23. A infração na coleta de dados de medição pelo
SCDE é caracterizada pela ausência de dados por
períodos maiores que 72 (setenta e duas) horas,
ininterruptas, ou 120 (cento e vinte) horas alternadas
para o mês de apuração.
Entendemos que a flexibilização no cálculo da penalidade
deva partir da análise histórica das penalidades já aplicadas
com suas devidas causas, visando averiguar se a retirada do
medidor de retaguarda implicaria realmente em custos
superiores às distribuidoras para manter os tempos
estabelecidos.
Não dispomos de dados para subsidiar uma análise mais
embasada da questão no momento.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Não há contribuição, apenas considerações gerais.
Fl. 26 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

CONTRIBUIÇÃO - 18

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


TRACTEBEL Desobrigação do medidor retaguarda Os argumentos para este ponto são:
A Nota Técnica no 93/2015-SRM/SRD/ANEEL pede a contribuição quanto  A extensão da medida a todos os celebrantes do CUSD pode compromete
à extensão da desobrigação para todos os agentes conectados ao sistema a celeridade de um processo que vem sendo pleiteado há bastante tempo
de distribuição, incluindo consumidores livres, centrais geradoras e apenas para os consumidores especiais;
conexão entre distribuidoras.  O valor do medidor retaguarda no custo de uma usina, ou na migração de
A Tractebel Energia entende que a discussão é válida, mas defende que a um grande consumidor, não tem impacto relevante. A barreira econômica é
Audiência Pública em vigor foque na remoção do requisito apenas significativa principalmente para a migração de consumidores especiais com
para os consumidores especiais, conforme já colocado na minuta de agregação de carga. A concessão da flexibilidade apenas para os novos
Resolução Normativa. consumidores especiais alinha-se, deste modo, com a existência de
mecanismos de incentivo específicos ao desenvolvimento de fontes de
energia renovável;
 Apesar da utilização do medidor retaguarda ser pequena, ao expandi r esta
Caso esta desobrigação seja estendia no futuro para todos medida para grandes consumidores e geradores, o montante de energia que
celebrantes de CUSD, defendemos que, caso seja do seu interesse, o será afetado é maior.
celebrante possa ter a opção de instalar um medidor de retaguarda
(de mesmo padrão do medidor principal) dentro do painel do SMF,
desde que o custo deste medidor seja assumido inteiramente por ele.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:

CONTRIBUIÇÃO - 19

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


ELEKTRO A Elektro, em atenção ao disposto no âmbito da AP 43/2015, mais
especificamente na Nota Técnica 093/2015, apresenta suas contribuições
relacionadas à simplificação do Sistema de Medição e Faturamento,
Fl. 27 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

desobrigando a instalação do medidor de retaguarda para consumidores


especiais.

A Elektro não se opõe à proposta de simplificação do sistema de Medição


e Faturamento, que abrange a desobrigação da instalação do medidor de
retaguarda para consumidores especiais. Entretanto, não somos favoráveis
à flexibilização para todos os pontos de medição de fronteira, como
consumidores livres, centrais geradoras e conexão entre distribuidoras.

A seguir são apresentadas algumas considerações acerca do


entendimento da Elektro exposto acima.

i) Em caso de falta de dados, a estimativa para centrais


geradoras, consumidores livres, importadores e
exportadores é extremamente complexa, principalmente
para os casos de centrais geradoras, e, também pelo
grande porte de tais agentes, qualquer erro pode significar
diferenças financeiras que ultrapassam em muito o valor da
instalação de um medidor de retaguarda.

ii) No caso de clientes especiais, por se tratarem de


consumidores de menor porte, o impacto de eventuais erros
de medição são menores. Além disso, como a maioria
desses clientes encontra-se conectado em pontos que não
se situam na fronteira, eventuais falhas na coleta nos seus
dados de medição não afetariam a medição do ponto de
fronteira, evitando que esse erro afete outros agentes, por
exemplo, no cálculo do rateio de perdas.

Também propomos que as seguintes condições sejam consideradas:


Fl. 28 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

i) Retirada dos nobreaks e utilização de medidores auto-


alimentados (conectados diretamente no alimentador). Hoje
os nobreaks são de propriedade do cliente especial e
frequentemente estão causando mais problemas do que se
comportando como solução em uma falha no fornecimento
de energia; Utilizar medidores auto-alimentados mitiga o
risco de dados faltantes por falha de alimentação do
medidor, uma vez que o medidor só não estará energizado
no caso em que o alimentador for desligado, situação em
que o cliente também não estará consumindo, e as lacunas
podem ser preenchidas por consumo nulo.

ii) Definição clara do que pode ser cobrado no momento da


adequação da medição para migração, já que não há uma
lista uniformizada dos equipamentos e serviços cujos custos
deverão ser arcados pelos clientes que migram para o ACL
(cada distribuidora adota um critério para a cobrança da
adequação);

iii) Caso um consumidor especial (que não possua instalado o


medidor de retaguarda) se torne um consumidor livre que
impacte a fronteira da distribuidora, como já citado
anteriormente, é necessário haver a obrigatoriedade da
instalação do medidor de retaguarda;

No que tange a proposta de novos métodos para estimativa de dados


faltantes ou inconsistentes, contemplando, inclusive a automatização do
processo de preenchimento, a proposta da Elektro é utilizar a média dos 3
últimos períodos semelhantes ao período com dados faltantes que deverá
ser estimado.

Exemplo:
Fl. 29 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

• Período com dados faltantes: 17/08/2015 – segunda-feira – 10h


• Estimativa: média( 10/08/2015 10h; 03/08/2015 10h; 27/07/2015
10h)

Desta forma, eliminamos possíveis diferenças referentes ao


comportamento da carga de cada cliente especial.

Quanto ao cálculo da penalidade por ausência de dados, previsto no


Módulo 6 dos Procedimentos de Comercialização – PdC, a Elektro acredita
que a fórmula não necessita ser alterada, e nossa contribuição segue no
sentido de uma reconsideração dos critérios adotados para as
penalidades:

i) Em caso de dados faltantes (lacunas), seja por falha do


medidor ou calibração, entendemos que é prudente uma
obrigatoriedade da CCEE realizar a estimativa automática
dos dados.

ii) Com a retirada do medidor de retaguarda, entendemos que,


em caso de falha do medidor principal por qualquer motivo,
é plausível que a CCEE considere um período de tempo que
julgue adequado (proposta: 15 dias) para a distribuidora
realizar a troca do medidor e, só a partir de então, comece a
aplicar a fórmula para penalidade. Desta forma, a
distribuidora tem tempo hábil para programação e
deslocamento de suas equipes para realizar a troca do
medidor em questão. Nossa sugestão é que, durante este
período específico, a distribuidora esteja isenta de
penalidades e a estimativa dos dados possa ser realizada
conforme sugerido acima;
Fl. 30 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

iii) Revisão nos critérios de penalização por inspeções lógicas


mal sucedidas, dado que não haverá mais o medidor de
retaguarda como backup. Para além da penalização, pode-
se revisar a necessidade de se realizar tais inspeções, uma
vez que a sua dispensa leva à possibilidade de uma
mudança na tecnologia do canal de comunicação (alteração
de antena para GPRS), contribuindo ainda mais para a
redução dos custos.

Desse modo, a Elektro reitera seu posicionamento de não oposição à


proposta de simplificação do sistema de Medição e Faturamento, que
desobriga a instalação do medidor de retaguarda para consumidores
especiais, desde que sejam observados os seguintes pontos:

i) Não flexibilização para todos os pontos de medição de


fronteira, como consumidores livres, centrais geradoras e
conexão entre distribuidoras;

ii) Retirada dos nobreaks e utilização de medidores auto-


alimentados (conectados diretamente no alimentador);

iii) Definição clara do que pode ser cobrado no momento da


adequação da medição para migração;

iv) Obrigatoriedade da instalação do medidor de retaguarda


para clientes especiais que venham a se tornar livres
(demanda > 3 MW);

v) Para estimativa de dados faltantes ou inconsistentes, utilizar


a média dos 3 últimos períodos semelhantes ao período
com dados faltantes que deverá ser estimado;

vi) Revisão dos critérios adotados para as penalidades de


Fl. 31 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

medição previstas no Módulo 6 dos Procedimentos de


Comercialização – PdC;

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Ainda não se está estendendo a flexibilidade a outros pontos de conexão, inclusive porque se está avaliando melhorias ao processo para estimativa de dados (que consta também da contribuição).
A retirada de nobreaks foi avaliada positivamente pela Nota Técnica 159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL, porém será tratada em momento posterior.
Sobre a definição clara do que pode ser cobrado no momento da adequação, estabelece a REN.506:
§ 1º O consumidor livre ou especial é responsável:
I – por ressarcir a distribuidora pelo custo de aquisição e implantação do medidor de retaguarda e do sistema de comunicação de dados; e
II – no momento da implantação, pelas obras civis e adequações das instalações associadas ao SMF.
§ 2º A distribuidora que atua na área de concessão ou permissão em que se localizam as instalações do ponto de conexão do acessante é responsável:
I – financeiramente pela implantação do medidor principal e dos transformadores de instrumentos;
II – tecnicamente por todo o SMF, inclusive perante a CCEE; e
III – após a implantação, pela operação e manutenção de todo o SMF, incluindo os custos de eventual substituição ou adequação.
É correto o entendimento acerca da obrigatoriedade do medidor de retaguarda para consumidores especiais que se tornem livres, ao menos pelo momento.
A exoneração da obrigação dos medidores de retaguarda se aplica, nesse momento, apenas às novas UCs de consumidores especiais. Assim, eventual impacto nas penalidades não será
imediatamente experimentado, se é que serão no futuro. Eventuais impactos futuros podem suscitar uma adequação do “tipo” sujeito à sanção (conforme sugerido) ou um reconhecimento do
incremento de custos operacionais. Não se pode, contudo, proceder a uma flexibilização ainda não comprovada e quantificada, pelo que é sobremaneira importante que as distribuidoras procedam
ao acompanhamento, quantificação e comprovação desses eventuais impactos futuros.
Sobre dados faltantes e penalidades, vide também item III.i desta Nota Técnica.
CONTRIBUIÇÃO - 20

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CEMAR e CELPA Em relação ao item “a”, o Grupo Equatorial entende que o
custo da medição é pouco expressivo e não seria um fator que
poderia causar a redução da atratividade para migração de
consumidores ao mercado livre.
Os consumidores que analisam o processo sob ótica de
redução de despesas, sempre irão apoiar a desobrigação do
Fl. 32 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

medidor de retaguarda, pelo fato de que gerará, mesmo que


em pequena escala, redução de custos na migração, e esse
argumento não pode ser um balizador para tomada de
decisão. Deve ser avaliado pelo regulador a decisão que reflita
o custo benefício em todo o processo, não somente em uma
etapa do mesmo, mitigando eventuais impactos futuros que
possam complicar inclusive a operacionalização do
faturamento dessas unidades.
Entendemos que uma alternativa para solução é repassar o
custo do medidor e instalação para a concessionária,
reconhecendo posteriormente esses custos na base de
remuneração.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Não foi ofertada nenhuma justificativa técnica ou apresentados fundamentos concretos que já não tenham sido profundamente analisados na NT.93/2015-SEM/SRD/ANEEL e NT.159/2013-SEM-
SRC-SRD/ANEEL (esta última com 130 pgs).
Repassar os custos de medidor de retaguarda às distribuidoras, por outro lado, não retira custos de consumidores, mas somente os transforma em tarifa (selo). Sem falar dos custos inerentes às
adequações subjacentes, ainda a cargo dos consumidores.
CONTRIBUIÇÃO - 21

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CEMAR e CELPA A ANEEL cita na Nota Técnica nº 93/2015-SRM/SRD/ANEEL
que as Distribuidoras não conseguiram apresentar
detalhamento que comprovem os argumentos de que a
desobrigação do medidor de retaguarda exija muitos esforços
adicionais, desta forma, visando detalhar melhor os impactos,
reforçamos que a desobrigação do Medidor de Retaguarda
Fl. 33 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

terá impacto direto no procedimento de inspeção lógica com o


aumento significativo das multas junto às concessionárias e
aumento do custo operacional em adequação da medição
faltante pelo procedimento de ajuste no Sistema de Coleta de
Medição na CCEE (criar arquivo da média das semanas
anteriores, solicitar ajuste no sistema de medição, inserir
arquivo no formato txt no SCDE).
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
A exoneração da obrigação dos medidores de retaguarda se aplica, nesse momento, apenas às novas UCs de consumidores especiais. Assim, eventual impacto nas penalidades não será
imediatamente experimentado, se é que serão no futuro. Eventuais impactos futuros podem suscitar uma adequação do “tipo” sujeito à sanção ou um reconhecimento do incremento de custos
operacionais. Não se pode, contudo, proceder a uma flexibilização ainda não comprovada e quantificada, pelo que é sobremaneira importante que as distribuidoras procedam ao acompanhamento,
quantificação e comprovação desses eventuais impactos futuros. Vide também item III.i desta Nota Técnica.
CONTRIBUIÇÃO - 22

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CEMAR e CELPA O Grupo Equatorial entende que os Procedimentos de
Comercialização – PdC deveriam passar por uma proposta de
aprimoramento em paralelo à esta AP, até para ficar mais
transparente para todos os agentes envolvidos se realmente
esses aprimoramentos são factíveis e suficientes para mitigar
eventuais prejuízos decorrentes da ausência de um medidor
de retaguarda.
Entretanto, como isto não ocorreu, sugerimos que a alteração
ora proposta de desobrigação do medidor de retaguarda, caso
prospere, comece a vigorar somente após os aprimoramentos
dos Procedimentos de Comercialização – PdC visando mitigar
Fl. 34 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

eventuais prejuízos decorrentes da ausência de um medidor


de retaguarda.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Não foi ofertada nenhuma justificativa técnica ou apresentados fundamentos concretos que já não tenham sido analisados na NT.93/2015-SEM/SRD/ANEEL e NT.159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL.
Vide também item III.i desta Nota Técnica.
CONTRIBUIÇÃO - 23

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CEMAR e CELPA Contribuição adicional referente à composição do SMF para conexão
de pequenas cargas de conexão entre Distribuidoras:
Aproveitamos esta Audiência para propor a alteração no regramento atual
possibilitando a utilização dos medidores eletrônicos empregados em
unidades consumidoras do grupo "A" (medidores "THS") na composição do
SMF, para a coleta de dados de agentes conectados na rede distribuição,
em especial Distribuidoras que acessem outras Distribuidoras. O fato
destes tipos de conexão no regramento atual necessitar de medições
“padrão CCEE” que custam cerca R$ 60.000,00, segundo levantamento
realizado na CEMAR causa inviabilidade econômica para sua aplicação em
especial para situações que os pontos de conexão localizados em locais
com possibilidade de vandalismos (ao tempo) e estão associados a cargas
muito pequenas (para exemplificar, na CEMAR existem cargas de acesso
à Eletrobrás Piauí para atendimento à apenas 1 unidade consumidora na
concessão da CEMAR, com carga contratada de 2 KW, e a faturamento no
ponto de conexão em torno de R$ 45,00 mensais, valor este que em 1.330
meses (111 anos) de faturamento não seria suficiente para pagar sequer o
custo do medidor instalado pela Distribuidora acessante. Portanto, a
proposta da CEMAR é que a regra atual seja alterada visando estabelecer
patamares de tipos e complexidade de SMF de acordo com a carga
associada ao referido ponto de conexão.
Fl. 35 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Foi aceita a contribuição da CCEE para utilização de medidores THS compatíveis.

CONTRIBUIÇÃO - 24

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


NEOENERGIA Art. 1º Incluir o § 7º no art. 24 da Resolução Normativa no 506, A instalação do medidor de retaguarda garante a segurança dos
de 4 de setembro de 2012: dados de medição, possibilitando, entre outras ações, o ajuste
Art. 24. Para o caso de acesso de consumidor livre ou mensal de dados de medição na CCEE que foram perdidos devido a
especial ao sistema de distribuição, o SMF deve ser instalado falhas, tais como problemas de comunicação entre o conjunto de
pela distribuidora que atua na área de concessão ou medição e o centro de coleta, os quais implicam em informações
permissão em que se localizam as instalações do ponto de divergentes das reais e que não são criticadas pelo sistema SCDE
conexão do acessante. da CCEE. A utilização dos dados do medidor de retaguarda garante
(...) o faturamento real sem qualquer estimativa (redução de homens-
§ 7º Fica desobrigada facultado a Distribuidora, que terá tal hora) e garante a confiabilidade do faturamento. Além de possibilitar
custo inserido no processo tarifário, a instalação do medidor as manutenções necessárias no medidor principal.
de retaguarda para compor o SMF para novas conexões ao
sistema de distribuição realizadas por consumidores especiais.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Não foi ofertada nenhuma justificativa técnica ou apresentados fundamentos concretos que já não tenham sido analisados na NT.93/2015-SEM/SRD/ANEEL e
NT.159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL.
CONTRIBUIÇÃO - 25
Fl. 36 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


NEOENERGIA Art. 2º A CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL a A instalação do medidor de retaguarda, conforme já relatado,
proposta alteração a Procedimento de Comercialização garante a segurança dos dados de medição, possibilitando, entre
atinente à presente flexibilização, em até trinta dias da outras ações, assim o grupo Neoenergia mantem sua posição de
publicação desta Resolução. manter a utilização desse equipamento, ainda que este seja
§1º Nesse procedimento deverão ser contemplados os instalado por conta da distribuidora com seu custo reconhecido no
seguintes itens: processo tarifário. Ressalta-se que o processo de ajuste dos
I - Dispensa de cobrança do valor referente a abertura e/ou consumos na faturados em caso de falha, principalmente se os
manutenção, em caso de revisão de consumo; dados forem já registrados na CCEE.
II - Dispensa de concordância por parte do consumidor em Assim, subsidiariamente, entendemos que os procedimentos de
caso de falha comprovada da medição, onde será utilizado comercialização deverão ser alterados para prever os seguintes
critérios de calculo previsto no art. 115 da REN 414/2010; pontos:
III - Previsão de que a recontabilização poderá ocorrer no mes
subsquente; 1- Em caso de revisão de consumo, sendo necessária
IV - Aumento no prazo do período de ajuste; recontabilização, solicitar que a CCEE dispense a cobrança do valor
necessário à sua abertura e manutenção. Custo da distribuidora,
neste caso, é aproximadamente R$6.000/mês.
2- Em caso de falha comprovada de medição, dispensa de
concordância/anuência do processo de recontabilização por parte do
cliente. Podem ser estabelecidos critérios de cálculo a exemplo dos
presentes na Res. 414, artigo 115.
3- Que a recontabilização ocorra no mês posterior ao mês da
solicitação.
4- Possibilidade de dilatação do período de ajuste.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Fl. 37 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

Não foi ofertada justificativa apta a embasar a contribuição ofertada.

CONTRIBUIÇÃO - 26

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CEMIG A medição de faturamento aplicada ao mercado livre atualmente
exige uma série de recursos de comunicação e outros requisitos
técnicos somente presentes em medidores de um padrão superior
ao utilizado em maior escala no Brasil nos consumidores cativos do
grupo A4. Esta necessidade, aliada aos requisitos especiais de
operação e manutenção tais como o cadastramento de ocorrências
no SCDE, além de implicar na utilização de medidores de custo 5 a
15 vezes superior ao medidor padrão THS, exigem que as equipes
de manutenção de campo sejam especializadas, atuando de forma
centralizada devido principalmente ao acesso restrito ao SCDE. Isto
posto, de forma a mirar sempre na modicidade tarifária, as
distribuidoras são impossibilitadas de utilizar o mesmo padrão de
medição em todos os clientes e consequentemente imputam um
custo operacional maior à tarifa. Os padrões técnicos altamente
diferenciados exigem que utilizemos equipes de manutenção
diferentes para cada seguimento de mercado, esses padrões
técnicos diferenciados também nos forçam a substituir o SMF
existente nas instalações de consumidores cativos de forma a
atender às exigências técnicas peculiares exigidas para a
comercialização pela CCEE.
Considerando que estamos tratando de consumidores especiais,
que deverão comercializar sua energia representados por um
Comercializador Varejista onde as alterações da forma de
contratação deverão ser muito mais dinâmicas, entendemos que a
utilização de um padrão de medição único para os mercados livre e
Fl. 38 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

cativo irá contribuir, e muito, para a viabilização da inclusão destes


clientes no mercado livre de energia. Todo o setor elétrico
(consumidores, distribuidoras e regulador) ganharia, não só no
custo da implantação da medição como também na padronização
única na operação e manutenção do SMF, utilizando procedimentos
para os quais as equipes de manutenção das distribuidoras já estão
preparadas e não será necessário aumento de custos operacionais
e estoques em função da forma de contratação da energia pelos
clientes.
Entendemos, portanto, que a padronização da medição utilizando o
padrão completo das medições do grupo A4 e medidores THS com
telemedição deve ser o objetivo do projeto de simplificação da
medição, deixando de ser foco das discussões a simples
possibilidade de retirada ou não do medidor de retaguarda.
A Cemig concorda com a desobrigação opcional da instalação do
medidor de retaguarda somente aos consumidores especiais, desde
que a mesma seja acompanhada da extinção de penalidades pela
falta de envio de dados ao SCDE. Se não houver flexibilização das
penalidades e dos procedimentos da CCEE, a CEMIG se posiciona
em discordância do texto proposto pela NT 93/2015.
Para possibilitar a simplificação da medição, seja utilizando o
padrão dos consumidores do grupo A4 ou simplesmente retirando o
medidor de retaguarda, as seguintes simplificações na aplicação
das penalidades seriam necessárias:
Criar um item nos Procedimentos de Comercialização específico
para aplicação nos casos de penalidades por falta de inspeção
lógica para os consumidores especiais, baseado nos resultados dos
testes e nos sistemas a serem aprovados para utilização nestes
consumidores, prevendo inclusive a possibilidade da não realização
da inspeção lógica em sistemas de comunicação unidirecionais,
onde o medidor envia as leituras para uma central de coleta de
Fl. 39 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

dados;
Criar um item nos Procedimentos de Comercialização específico
para aplicação nos casos de penalidades por falta de coleta de
dados de medição para os consumidores especiais. Neste item
deverá ser prevista a aplicação de penalidades apenas para a falta
de dados por mais de 10 dias úteis.
As penalidades foram instituídas em épocas onde o processo era
incipiente, com o viés de educar e verificar a aplicação da
metodologia regulamentada. Atualmente, as regras, processos e
procedimentos necessários para o estabelecimento efetivo dos
Sistemas de Medição e Faturamento já estão consolidados, de
forma que a penalização por falta de envio de dados ao SCDE se
torna desnecessária, pois a mesma perde o sentido de educar o
agente do setor elétrico, uma vez que a possível falta de envio de
dados ao SCDE acarretada pela desobrigação da instalação do
medidor de retaguarda para consumidores especiais não trará
prejuízo nem à distribuidora e nem ao consumidor. Além disso, a
simplificação do sistema de medição com a manutenção dos
procedimentos e penalidades atualmente exigidos pela CCEE
relacionados à disponibilização das informações feriria fortemente
os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, pois haveria
redução de exigência apenas para uma das partes.
Além do mais, levando-se em consideração que o objetivo de todos
é a redução dos custos do SMF, a proposta da Cemig é a
viabilização da utilização do medidor padrão THS nas medições dos
consumidores livres conectados na Média Tensão e especiais, cujo
custo de 2 medidores ainda ficaria mais baixo do que 1 único
medidor no padrão atual.
Adicionalmente também seria necessária a simplificação técnica dos
medidores e do SMF em si, pois as exigências técnicas atuais
oneram os demais consumidores cativos, pois exigem medidores de
Fl. 40 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

custo muito superior àqueles praticados de maneira geral,


contrariando o princípio básico da modicidade tarifária. A exigência
de fontes ininterruptas de alimentação auxiliar para os medidores,
exigência de duplo acesso simultâneo aos medidores, entre outros
itens obrigam as distribuidoras adquirirem equipamentos cujo custo
é muito superior ao custo de um medidor THS padrão.
A simplificação do SMF de uma maneira geral somente deve ser
levada em consideração para os clientes livres conectados em
Média Tensão e os especiais.
As exigências para os demais pontos de conexão ao sistema de
distribuição devem permanecer como estão, visto que frente aos
montantes de energia ou uso de sistema contratados nos demais
pontos de conexão o custo desse medidor de retaguarda é
desprezível.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Vide item III.i desta Nota Técnica.
Foi aceita a contribuição da CCEE para utilização de medidores THS compatíveis.
Sobre demais recomendações, esclarecemos que o estudo acerca de simplificações e aperfeiçoamentos não está concluído.
CONTRIBUIÇÃO - 27

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


CPFL Art. 1º Incluir os § 7º e 8º no art. 24 da Resolução Normativa nº Entende-se possível a desobrigação do medidor de retaguarda se
506, de 4 de setembro de 2012. também for flexibilizada as penalidades associadas a falta de
“Art. 24.............. medição (sejam revisto os critérios do PdC referentes às
.... Penalidades). A retirada do medidor retaguarda pode expor a
§ 7º Fica desobrigada a instalação do medidor de concessionaria as penalizações devido a vulnerabilidade de
Fl. 41 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

retaguarda para compor o SMF para novas conexões ao ausência de dados com a utilização de somente um medidor.
sistema de distribuição realizadas por consumidores
especiais.” (NR)
O medidor de retaguarda é contabilizado como ativo da
§ 8º Em caso de defeito do medidor de retaguarda do SMF distribuidora, tendo a contrapartida financeira do consumidor
instalados em consumidores especiais já existentes, é (obrigação especial), contudo as manutenções são de total
facultado a distribuidora a sua substituição, de forma a responsabilidade das distribuidoras (física e financeira). Desta
compatibilizar o previsto no § 7º . forma, utilizando o mesmo critério utilizado para as novas ligações,
em caso de avaria deste medidor de unidades consumidoras que já
possuam tais equipamentos, sugere-se facultar a distribuidora a
sua substituição.
Esta possibilidade permitirá buscar padronização das instalações.
Também visa não onerar os demais consumidores que
indiretamente arcariam com a aquisição de tal equipamento quando
substituído.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
A contribuição será avaliada nas próximas etapas (deve ser reenviada), uma vez que o estudo acerca de simplificações e aperfeiçoamentos não está concluído.

Caso o medidor de retaguarda seja apenas facultado aos acessantes, sua reposição poderia se dar as expensas do acessante que assim o queira.
CONTRIBUIÇÃO - 28

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


ABRADEE A Abradee entende que a proposta de desobrigação da instalação do
medidor de retaguarda para consumidores especiais somente pode ser
implementada a partir do momento em que sejam reavaliadas as
penalidades relativas à ausência de coleta de dados e à inspeção lógica,
Fl. 42 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

bem como flexibilizadas as regras de medição e contabilização para mitigar


a necessidade de recontabilizações.
De fato, a Nota Técnica 93/2015 também concluiu pela necessidade de
aprofundamento do debate com foco na proposta de novos métodos para
estimativa de dados faltantes ou inconsistentes e de alteração dos critérios
e forma de cálculo da penalidade por ausência dos dados de medição.
Porém, a minuta de resolução não prevê explicitamente a revisão desses
quesitos pela CCEE e define a aplicação da desobrigação do medidor de
retaguarda a partir de trinta dias após a publicação da regulamentação.
Nesse contexto, ABRADEE considera relevantes i) que seja concedido um
prazo para que a CCEE possa propor o aprimoramento dos critérios de
cálculo e revisão das penalidades por ausência de medição e ii) que a
vigência da desobrigação da retaguarda seja permitida somente a partir da
aprovação das mencionadas regras da CCEE, evitando assim que as
distribuidoras sejam penalizadas indevidamente.
Adicionalmente, conforme mencionado na contribuição anterior para a CP
16/2013, a ABRADEE sugere que, caso as alterações sejam
implementadas, passe a ser adotado, para eventuais casos de
indisponibilidade de dados, o mesmo procedimento já previsto para o
mercado cativo na Resolução Normativa 414/2010, tornando mais justo o
tratamento dispensado aos consumidores dos dois mercados (livre e
cativo) conectados ao sistema de distribuição.
Por fim, a ABRADEE ratifica o entendimento de que a isenção ou
flexibilização do critério de penalidade deva ser condição preliminar e
necessária à retirada do medidor de retaguarda dos consumidores
especiais.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Vide item III.i desta Nota Técnica.
No que tange à contribuição para uniformização entre mercado cativo e livre (medição faltante), lembramos que há diferenças tecnológicas relevantes entre os
equipamentos de medição utilizados nesses ambientes de contratação. No mais, não é possível afirmar, por simples inferência, que uma metodologia seja mais justa
Fl. 43 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

que outra.

CONTRIBUIÇÃO - 29

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


ABRACEEL Da Eliminação do Medidor de Retaguarda

Segundo a NT nº 159/2013, do custo total do SMF, as unidades


conectadas em tensão inferior a 69kV, os medidores representam entre
20% e 30% e que facultar a instalação do medidor de retaguarda poderia
representar uma economia em torno de 10% a 15% dos custos totais com
a adequação da medição. Para as demais unidades, este custo está em
torno de 10% a 15% e a desobrigação do medidor de retaguarda traria
uma economia de 5% a 7,5%, metade do custo total dos medidores. A
referida nota técnica analisa que a desobrigação não traria prejuízos ao
sistema, dado que a CCEE informou que utiliza apenas 1,5% a 2% dos
dados de medição de retaguarda. Deste montante, em torno de 1%
corresponde à manutenção preventiva do próprio medidor de retaguarda.
Logo, a utilidade para obtenção de dados é de apenas 0,5% a 1,0% dos
casos.
Dessa forma, entendemos que a baixa utilização efetiva do medidor de
retaguarda pela CCEE não justifica sua implementação, e desobrigação de
sua instalação representaria diminuição direta de custos ao consumidor
final. Além disso, a exigência de um segundo medidor traz consigo custos
acessórios, tais como um painel de medição maior e consequentes obras
civis adicionais, sendo ambas de responsabilidade financeira do
consumidor que deseja migrar para o ACL. Na medida em que o mercado
livre amadurece a ponto de promover maior abertura a participação de
consumidores de menor porte, como, por exemplo, com a regulamentação
do comercializador varejista e possibilidade de comunhão de cargas de
fato e de direito, os custos de adequação de SMF são cada vez mais
relevantes na tomada de decisão para migração e podem se constituir uma
efetiva barreira de entrada para os consumidores especiais no mercado.
Fl. 44 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

Conforme apresentado pela Aneel na Análise de Impactos Regulatórios


(AIR) da presente Audiência Pública, as opções relacionadas na NT
159/2013 apresentam benefícios e dificuldades de implementação em
níveis bastante distintos, sendo conveniente a separação desse processo
de simplificação em etapas, priorizando a análise dos itens que, a princípio,
proporcionem maior redução de custos e maior rapidez de implementação.
A desobrigação do medidor de retaguarda para consumidores especiais
novos é, dentre as ações aventadas na referida nota técnica, a que
apresenta melhor relação benefício/custo. Sendo assim, o Fase apoia a
proposta apresentada pela Aneel que desobriga a instalação do medidor
de retaguarda para compor o SMF para novas conexões ao sistema de
distribuição realizadas por consumidores especiais, conforme disposto na
minuta de resolução constante da Nota Técnica nº 93/2015 –
SRM/SRD/Aneel.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:

CONTRIBUIÇÃO - 30

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


ABRACEEL Da manutenção dos medidores THS

Os testes realizados pelo Comitê de Medição da Câmara, que avaliou a


possibilidade de realização da inspeção lógica pela CCEE nos medidores
THS atualmente utilizados pelos consumidores cativos de alta tensão, o
que poderia viabilizar a migração para o mercado livre sem a necessidade
de troca do medidor.
Os testes realizados apontam que é possível para a CCEE acessar os
dados de medição com a manutenção do medidor THS, desde que o
sistema de comunicação das distribuidoras possua um protocolo aberto, o
Fl. 45 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

que já ocorre na maioria das concessionárias. Nesse sentido, entendemos


que os esforços despendidos pela CCEE e agentes no Comitê de Medição
são plenamente justificáveis e devem ser intensificados, na busca de uma
solução ainda mais robusta para a questão e que permita a migração para
o mercado livre com a manutenção do medidor THS e sem a necessidade
de manutenção de canal de comunicação exclusivo com a CCEE.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Foi aceita a contribuição da CCEE para utilização de medidores THS compatíveis. Ressalva-se, porém, que a solução para a comunicação não pode ser tão simples.
A CCEE, no mínimo, tem que garantir sua prioridade na utilização do canal de comunicação.
CONTRIBUIÇÃO - 31

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


ABRACEEL Da proposta para estimativa de dados faltantes

Dada a deficiência no medidor ou nos demais equipamentos de medição,


os dados faltantes dos consumidores livres e especiais, assim como
unidades de geração no ACL, são estimados como rege o Procedimento
de Comercialização, Módulo 2, Anexo do submódulo 2.1, “Coleta e ajuste
de dados de medição”, como segue abaixo: a) Considerar, caso disponível,
os dados do medidor de retaguarda, quando constatado dado incorreto do
medidor principal; b) Caso a estimativa seja para apenas uma hora, utilizar
a média entre a medida anterior e a posterior à hora com medição faltante
ou incorreta; c) Para a medição de geração líquida, considerar a medição
de geração bruta, deduzindo o consumo interno e/ou perdas; d)
Considerar, caso disponível, medição destinada ao controle operacional; e)
Na medição a três elementos, na perda total do TP ou da tensão de uma
fase (tensão igual a zero), ou na perda total do TC ou da corrente de uma
fase (corrente igual a zero), os dados podem ser estimados multiplicando-
se os dados coletados por 1,5; f) Na medição a três elementos, na perda
Fl. 46 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

total dos TP ou das tensões de duas fases (tensões iguais a zero), ou na


perda total dos TC ou das correntes de duas fases (correntes iguais a
zero), os dados podem ser estimados multiplicando-se os dados coletados
por três.
Entende-se que o Procedimento de Comercialização 2.1 já prevê a
impossibilidade de aquisição dos dados faltantes de consumo por meio do
medidor de retaguarda e disponibiliza quatro alternativas para estimativa
desses dados (itens b, d, e e f). Portanto, com a desobrigação do medidor
de retaguarda, não é necessária a alteração na metodologia de estimativa
de dados faltantes. Portanto, com a desobrigação do medidor de
retaguarda, não é necessária a alteração na metodologia de estimativa de
dados faltantes. O Fase apoia a manutenção dos métodos para estimativa
de dados faltantes ou inconsistentes, conforme disposto no Procedimento
de Comercialização, Módulo 2, Anexo do submódulo 2.1.
AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Vide item III.i desta Nota Técnica.

CONTRIBUIÇÃO - 32

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


PETROBRÁS A Petrobras vem, por esta, apresentar suas contribuições para a Audiência
Pública nº 43/2015, que trata da simplificação do Sistema de Medição para
Faturamento - SMF, desobrigando a instalação do medidor de retaguarda
para consumidores especiais.

Nesse sentido, cumpre destacar que a regulação atual, que obriga a


instalação de medidores de retaguarda pelos agentes da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou, ao longo dos
anos, um ganho inexpressivo na confiabilidade das medições.
Fl. 47 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

A CCEE, que é a gestora do processo de contabilização, informou que


"entre 1,5% e 2% dos casos são utilizados os dados de medição de
retaguarda", conforme o item 67 da Nota Técnica nº 159/2013-SEM-SRC-
SRD/ANEEL, transcrito abaixo:

"67. Adicionalmente, informa a CCEE que entre 1,5% e 2%


dos casos são utilizados os dados de medição de
retaguarda. Desse montante, em torno de 1% corresponde à
manutenção preventiva do medidor (o restante é que
corresponde à efetiva utilização como redundância típica).
Está-se, portanto, a exigir uma redundância que é útil em
apenas 0,5% a 1% dos casos. Falhas concomitantes do
medidor principal e de retaguarda são registradas em torno
de 2,5%."

Outro ponto comentado pela Nota Técnica 159/2013- SEM-SRC-


SRD/ANEEL é o item 157 (reproduzido abaixo), que trata da necessidade
de se obter medição com a exatidão recomendada em norma.

"157. Posto isso, relaciona-se o apanhado dos principais


apontamentos:
..........
a utilização dos medidores de retaguarda é insignificante. No
mais, para falhas concomitantes, nada havia ou há para
fazer. Para a calibração dos medidores, é possível instalar
um medidor de retaguarda temporariamente ou até substituir
por outro já calibrado, sem que sejam necessários 2
medidores em cada conexão;"

Portanto, não é justificável a exigência do medidor de retaguarda, não só


para os consumidores especiais, mas também para todos os usuários que
celebram Contrato de Uso do Sistema de Distribuição – CUSD, como foi
proposto na Consulta Pública 16/2013.
Fl. 48 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

Assim, a Petrobras apresenta uma proposta de alteração na minuta de


resolução disponibilizada pela ANEEL no sentido de desobrigar a
instalação do medidor de retaguarda para todos os usuários que celebrem
CUSD.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Nesse primeiro momento, para melhor avaliar eventuais repercussões não percebidas ou quantificadas, entendeu-se prudente facultar a instalação do medidor de
retaguarda apenas para novas unidades consumidores de consumidores especiais.
CONTRIBUIÇÃO - 33

ENTIDADE: CONTRIBUIÇÃO: JUSTIFICATIVA:


Instituto de Engenharia do O IEP contribuindo para a Audiência Pública nº 43/2015 cujo objetivo é
Paraná-IEP “obter subsídios para a proposta de ato normativo que simplifica o Sistema
de Medição e Faturamento, desobrigando a instalação do medidor de
retaguarda para consumidores especiais”, apresenta a seguir suas
considerações.

A análise das notas técnicas 159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL e 93/2015-


SRM/SRD/ANEEL de parte da Câmara Técnica de Energia[i] do Instituto
de Engenharia do Paraná – IEP concluiu:

- Os custos devem ser reduzidos permanentemente, por isso a alteração


em andamento tem princípios salutares;

- Os custos da distribuidora também devem ser reduzidos;


Fl. 49 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

- Perdas não técnicas devem ser evitadas. A retirada do medidor de


retaguarda de alguns poucos consumidores livres (1.793)[ii], que está
sendo proposta pela Aneel, cria uma insegurança na medição da
distribuidora e tende a aumentar as perdas que serão repassadas aos
demais consumidores (70 milhões);

- A distribuidora já tem uma parcela gerenciável muito pequena sobre o


faturamento total, em média 15%, o restante são recursos que se destinam
a pagar 40% para energia, 3% para transmissão e incríveis 42% para
tributos mais encargos. Por isso qualquer erro de medição pode trazer
sérias repercuções para a concessão;

- Os exemplos de concessões em estado falimentar reverberam pelo


Brasil, vide AP 49/2015, na qual a Aneel está sugerindo a antecipação de
recursos da conta CCC para cobrir o rombo no caixa das distribuidoras do
Norte do país. Aumentar a possibilidade de erro da medição só faz agravar
o quadro;

- Estudos devem ser aprofundados e as alterações devem ser precedidas


de uma grande certeza de que a medição não será prejudicada e os
benefícios ocorram para todos os consumidores e não apenas para os
consumidores livres;

- A economia prevista com a retirada do medidor de retaguarda é centenas


de vezes menor que os possíveis erros de medição, portanto injustificável;

- A judicialização decorrente da falha da medição pode ser muito maior


que o benefício que está sendo sugerido.

AVALIAÇÃO ANEEL: Aceita Não Aceita Parcialmente Aceita Não Considerada Já Prevista
MOTIVAÇÃO:
Fl. 50 da Nota Técnica no 260/2015-SRM-SRD/ANEEL, de 25/11/2015

ANEXO II
Relatório de Análise de Contribuições – Audiência Pública no 43/2015

Não foi ofertada nenhuma justificativa técnica ou apresentados fundamentos concretos que já não tenham sido analisados na NT.93/2015-SEM/SRD/ANEEL e
NT.159/2013-SEM-SRC-SRD/ANEEL.
Quanto ao risco de judicialização, deve-se entender que um consumidor exercerá sua faculdade de não instalar o medidor de retaguarda para então alegá-la em
juízo? Não há viabilidade jurídica para essa tese.

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